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Junho é o mês dedicado à conscientização sobre o câncer de rim. Grupos de pacientes se organizaram, em vários países, e formaram uma rede global independente – o International Kidney Cancer Coalition (IKCC) – para potencializar a difusão de informações sobre a doença. Este ano, o dia 18 de junho foi escolhido como o Dia Mundial do Câncer de Rim. O tema deste ano é "Precisamos falar sobre atividades físicas".

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O objetivo é incentivar pacientes, cuidadores, familiares, amigos e profissionais da saúde a promover conhecimento, como uma das formas mais eficazes de diminuir as taxas preocupantes do câncer renal. Esse tipo de tumor é o 12º mais comum, responsável por cerca de 3% dos casos de câncer no mundo. Apesar da baixa incidência, o índice de mortalidade é alto, cerca de metade dos pacientes.

Estudos mostram que ser fisicamente ativo reduz o risco de câncer de rim em até 22%. Se você já tem câncer de rim, mesmo uma atividade física moderada pode ajudar nos resultados do tratamento em até 15%, assim como reduzir potenciais efeitos causados pelo câncer, como fadiga, ansiedade, depressão, além de melhorar a qualidade de vida.

O problema é que três em cada quatro pacientes de câncer de rim não estão praticando atividades físicas. A Academia Americana de Medicina Esportiva e a Sociedade Americana de Câncer recomendam 150 minutos por semana de atividades físicas moderadas, o que corresponde a uma caminhada de 50 minutos, três vezes por semana.

Em 2019, no Brasil, foram registrados 6.500 novos casos de câncer renal, com 3.400 mortes decorrentes da doença. Outra peculiaridade é a incidência por gênero. O câncer de rim é aproximadamente duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres.

Fatores como idade avançada, tabagismo, obesidade, histórico de doença renal (como cálculo ou cisto) são considerados de risco. O câncer de rim é uma doença silenciosa, que não costuma apresentar sintomas em suas fases iniciais.

O supervisor de vendas Marcos Alexandre Salgado foi surpreendido com o diagnóstico de câncer de rim. Em setembro do ano passado, ele percebeu que havia sangue na urina. Procurou logo os médicos e fez exames. A tomografia mostrou um tumor de 16 cm. Em novembro, Marcos foi operado para a retirada do rim esquerdo.

Em março deste ano, começou o tratamento com imunoterapia. “Descobrir o câncer desse jeito, por acaso, foi um susto, mas estou bem. Não deixo a doença me abalar”, garante Marcos.

Assim como acontece com vários outros tipos de tumor. O diagnóstico precoce é uma arma poderosa no combate ao câncer renal. As chances de cura, quando a doença é descoberta no início, podem ser superiores a 90%.

Com apoio do Centro de Tratamento Oncológico (CTO).

O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), bolsonarista que quebrou uma placa com o nome da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, pagou R$ 110 mil por 11 serviços da consultoria Samuel Maciel Sociedade Individual de Advocacia, que ainda não existia legalmente. Apenas um dia depois dos pagamentos, a empresa foi oficialmente aberta, com sede em Petrópolis (RJ), cidade do político. As informações são da revista Época.

Embora tenha utilizado dinheiro do contribuinte para fazer o pagamento, Silveira poderia ter recorrido, sem gastos aos cofres públicos, a uma consultoria legislativa à disposição dos deputados, especializada em 22 áreas. Além disso, o bolsonarista não apresenta documentos que comprovam que o trabalho foi executado. No primeiro contrato de Silveira com a empresa consta que os serviços de "consultoria e assessoria jurídica" duraram de 24 de abril a 23 de maio de 2019.

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A data de abertura oficial da empresa, segundo registra a Receita Federal, é de 25 de abril. As notas fiscais emitidas pela empresa seguintes ao primeiro pagamento seriam quase todas do deputado, um dos pouquíssimos clientes a contratar seus serviços, se não o único, durante um ano. Tanto Silveira quanto o escritório se recusaram a comentar o caso.

Parques, restaurantes e casas de eventos fechadas. Devido à pandemia do novo coronavírus, a Associação Brasileira de Motéis (ABMotéis) espera que as poucas opções de lazer disponíveis para os casais elevem a demanda do setor nesta sexta-feira (12), Dia dos Namorados. A instituição já admitiu grande queda no faturamento dos motéis nos últimos três meses e revela que as redes suspenderam campanhas publicitárias tradicionais da data. Mas se mostra confiante no aumento orgânico da clientela.

A Love Week, principal ação do setor moteleiro para o Dia dos Namorados, equivalendo ao que representa o período natalino para outros nichos comerciais, por exemplo, não será realizada este ano, em decorrência das medidas preventivas à Covid-19 recomendadas pelas autoridades de saúde. A ABMotéis aposta agora no aumento do tempo de estadia e dos usuários do serviço. “Por ser um ambiente privativo e ‘sem contato’, o setor vem percebendo que os hóspedes estão procurando os motéis para diárias e pernoites. Além da garagem privativa, uma vez que, as pessoas têm viajado mais de carro”, ressaltou a associação, por meio de nota.

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Usufruindo de mais tempo nos motéis, os clientes também passaram, nos últimos meses, a consumir maior quantidade de bebidas e alimentos. “Fator este que corrobora com a ideia das pessoas substituindo locais públicos - e que apresentam maior risco de contaminação - pelos motéis e seus ambientes privativos para jantar”, ressalta a ABMotéis.

Prejuízo e demissões

Nem a ABMotéis e nem gerentes de famosos motéis do Recife toparam dar entrevista à nossa reportagem sobre um possível prejuízo no Dia dos Namorados. No entanto, em maio passado, um dos diretores da associação, Carlos Eduardo Melo (Pixoto), proprietário dos conhecidos Eros e Nexos, admitiu que durante a pandemia, houve queda de 80% na procura pelos motéis.

“Eu tinha 250 funcionários, tive que demitir 150 e não sei como será até o final deste mês de maio. A queda começou no início da quarentena. Em abril ficou pior e eu acredito que não se recupere nem tão cedo”, disse ele em entrevista ao Jornal do Commercio.

Mesmo diante do cenário de incerteza, alguns estabelecimentos garantem que restam poucas vagas nas suítes para o Dia dos Namorados. O Lemon, por exemplo, fez postagem dizendo que havia reservado 70% do horários para esta sexta (12), enquanto que o Eros Hotel estima em 50% essa ocupação já previamente agendada. 

Higiene

Para superar a desconfiança dos consumidores durante a pandemia da Covid-19, o setor garante estar reforçando as medidas de higiene no período. “Visando atender seus clientes de maneira segura e responsável em tempos de Covid-19, a ABMotéis firmou uma parceria com a Bureau Veritas, empresa reconhecida internacionalmente na certificação profissional de higiene e limpeza de grandes empresas de diversos setores, inclusive, do setor hoteleiro”, diz o posicionamento oficial da associação.

De acordo com a instituição, todas as redes associadas têm acesso a um manual com orientações sobre a Covid-19. “Também vale ressaltar que a maioria dos motéis utiliza aparelhos de ozônio durante a higienização de cada unidade, prática muito comum no setor nos últimos anos”, conclui a ABMotéis.

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O mundo virtual mudou bastante o comportamento dos indivíduos, especialmente quando o assunto é a possibilidade de conhecer novas pessoas e a paquera. Foi-se o tempo em que admitir que se apaixonou por alguém que conheceu pela internet era algo incomum.

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Com a rotina cada vez mais conectada, nada mais normal que os relacionamentos também começarem virtualmente. Tinder, Facebook, Instagram, Bate-papo da UOL, Badoo e até sala de jogos on-line são algumas de muitas opções para quem deseja navegar nas horas vagas para se distrair com uma boa conversa e quem sabe ter a possibilidade de encontrar a cara-metade.

Em atividade até os dias atuais, o Bate-papo da UOL surgiu em 1996 e é considerado o primeiro e mais conhecido chat dedicado a namoro. Já o extinto MSN, criado em 1999, não tinha necessariamente o mesmo objetivo, mas também foi utilizado para criar laços afetivos.

Casados há 11 anos, a agente de segurança Anna Ruth e o taxista Joaziel se conheceram na sala de bate-papo da UOL em 2007. Na época, Anna Ruth não tinha a intenção de arranjar relacionamento sério, pois tinha terminado uma relação de 12 anos. “Nunca fui uma pessoa que costumava sair para eventos e baladas. Entrei no chat despretensiosa, apenas com a intenção de conhecer pessoas novas e fazer amizade”, afirma.

“Na sala de bate-papo as pessoas se chamavam para conversar entre elas. O Joaziel iniciou a conversa, ficamos trocando informações e falamos sobre o que gostávamos de fazer. Eu achei a conversa bem agradável! Saímos do chat da UOL e fomos para uma mais reservada, o MSN, lá poderíamos postar foto e visualizar quem a pessoa realmente era. Eu e ele sempre fomos verdadeiros desde o início com a nossa identidade”, conta Anna Ruth.

A agente de segurança confessa que tinha receio de conhecer pessoas pela internet, porque sabia que existiam muitos golpes e situações falsas. “No mundo virtual, cada um é o que quer ser e você pode fantasiar uma pessoa que não existe. Na época, minha filha tinha 10 anos e existia o receio de me envolver com alguém que não sabia a história e colocar a segurança dela em risco”, afirma Anna Ruth. “Justamente por isso demorei dois anos conhecendo o Joaziel pela a internet e conversando por telefone para ter certeza que ele era uma pessoa séria”, complementa.

“O nosso primeiro encontro foi na Estação das Docas. Tivemos um final da tarde muito agradável e a primeira impressão dele foi a melhor possível. Foi apenas uma questão física, de se abraçar e ficar juntos, mas já nos conhecíamos bastante e sabíamos quem éramos e o que gostávamos de fazer”, afirma a agente de segurança.

O casal namorou a distância por duas vezes. Primeiro, quando Anna Ruth, em 2010, teve que ir trabalhar em São Luís; e em 2012, quando Joaziel começou a trabalhar em uma empresa que precisava manter viagem constante e ficar em média dois meses fora de Belém. “Continuamos o nosso namoro mesmo a distância. Conversávamos todos os dias por telefone e internet para matar a saudade”, diz Anna Ruth. 

 “Normalmente, não comemoramos o Dia dos Namorados juntos, porque eu trabalho por escala e nem sempre estou de folga na data. Mas este ano é diferente, eu estarei de folga e vamos comemorar juntos, em casa mesmo, irei preparar um lanche especial para nós dois”, afirma a agente de segurança.

Os brasileiros estão em segundo lugar no ranking de países que mais utilizam o Tinder, um dos recursos tecnológicos e aplicativos mais famosos quando o tema é paquera. Segundo dados divulgados pela a empresa, o número de “matches” ─ a combinação quando duas pessoas se curtem  ─ dados por homens e mulheres no Brasil está acima da mundial.

Ana Blanco e Jonas Junnior se conheceram pelo Tinder, em maio de 2016, e estão juntos há três anos e dois meses. “Ele tinha dado match no meu perfil e começamos a conversar, mas eu estava no Tinder para conhecer várias pessoas. Então, não rolou muito envolvimento de primeira e cada um seguiu o seu rumo”, conta Ana Blanco.

“Em fevereiro de 2017, o Jonas me chamou no inbox do Instagram e começamos a conversar. Ele tinha terminado com uma menina na época e eu também tinha saído de um relacionamento ruim. Dei o meu número para ele e começamos a conversar, todos os dias ele me ligava e ficávamos até de madrugada jogando conversa fora. Marcamos de sair no final de fevereiro, e desde então, estamos juntos”, afirma Ana Blanco.

O primeiro encontro do casal foi na Estação das Docas. Eles foram almoçar juntos no Retiro da Sé, restaurante do qual a mãe de Jonas é uma das donas. Para eles, a história é muito engraçada, mas rende boas lembranças. “Quando finalmente nos encontramos, fiquei bastante nervosa. Ele me levou para conhecer a mãe dele, e pensei no quanto ele era louco de fazer isso, mas fomos conversando e ele me deixou confortável”, conta Ana Blanco. “Notei o quanto ele era atencioso, gostava de ouvir, fofo, educado e engraçado. Ele sempre uma ótima pessoa”, complementa.

O casal namorou a distância por dois anos quando Ana passou no vestibular antes do primeiro ano de namoro deles e se mudou para o Rio Grande do Sul para estudar, e Jonas fez intercâmbio. “Foi um período muito difícil, mas a gente superou. Hoje em dia, estamos passando a quarentena juntinhos”, afirma Ana Blanco.

Para comemorar o Dia dos Namorados, Ana Blanco e Jonas Junnior pretendem fazer algo especial para celebrar o primeiro ano que eles vão passar a data juntos. “Temos o costume de fazer coisas em casa, por exemplo, como cozinhar. O nosso plano é fazer um jantar na laje de casa”, afirma Jonas Junnior.

Thayenne Galeão é acadêmica de Medicina Veterinária e paraense, e o Gustavo Marana é acadêmico de Administração e paulista, eles estão juntos há cinco anos e dois meses. O casal se conheceu no ambiente on-line do Console Playstation 3. “Comecei a jogar on-line com 14 anos de idade. Fiz muitas amizades inclusive, com o Lucas, que é de São Paulo, e em uma partida do jogo conheci o Gustavo, que era bastante amigo dele. Nós nos aproximamos e sempre tivemos um carinho mútuo e respeito. Desde então, começamos a conversar todos os dias e criar laços afetivos”, conta Thayenne Galeão.

“Quando completei os meus 17 anos fiz prova de vestibular para a Universidade Adventista de São Paulo (UNASP) e fui aprovada. Em março, eu e o Gustavo marcamos de nos conhecer e foi muito lindo”, afirma Thayenne Geleão. “No feriado que tivemos em abril, nós viajamos para Cubatão, município de São Paulo, com a intenção de conhecer os meus amigos que jogavam comigo e com ele. Na noite do dia 19 de abril, ele me pediu em namoro e eu aceitei”, complementa.

Por conta dos acasos da vida, Thayanne teve que voltar para Belém em julho, o namorado ficou em São Paulo e eles começaram a namorar a distância. “Ele ficou desesperado quando contei que não conseguiria voltar para São Paulo. O Gustavo acabou vindo para Belém com a família de ele conhecer a minha e no final deu tudo certo”, afirma a universitária.

“Depois de três meses ele veio para Belém de novo e acabamos criando esse ciclo de se ver de três em três meses e sempre intercalamos. Se eu passar o ano-novo com a família dele, no próximo ano ele vem passar com a minha. Eu vou em janeiro para São Paulo e ele vem em julho para Belém. Às vezes, a gente se vê até antes de três meses, mas dependemos muito dos preços das passagens aéreas”, conta Thaynne Galeão.

Para matar a saudade o casal costuma conversar todos os dias por WhatsApp, se ligar e ainda joga junto com os amigos de anos atrás. “Nós trabalhos e estudamos, sempre tentamos dar atenção um para o outro e se fazer mais presente do que nunca, principalmente por sabermos que, às vezes, passamos por muito estresse no dia a dia. Nós amamos muito e temos um respeito muito grande e admiração pelo outro”, afirma a universitária.

“A pandemia atrapalhou os nossos planos para o Dia dos Namorados, porque já estamos há mais de seis meses sem nos ver e provavelmente vamos ficar mais um tempo, pois não podemos viajar”, afirma Thayanne Galeão. “Vou ficar presente no Dia dos Namorados e tentar fazer uma surpresa para ele, enviar alguma lembrancinha para a casa dele, porque é de costume a gente enviar algo sem que o outro espere. Eu nunca deixo passar em branco e prezo muito essas datas especiais, apesar de já ser o quinto ano juntos, parece que é o primeiro dia dos namorados com ele”, complementa.

Por Amanda Martins

 

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Falar de amor após a chegada da pandemia do novo coronavírus é também falar de muita saudade que aperta os corações apaixonados. Há mais de dois meses em isolamento social, muitos casais não se encontram. Os abraços, beijos e trocas de carinhos tiveram que ser adiados a favor de um bem maior que é a contenção do vírus.

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O mês junho é conhecido por ter uma data especial para os amam, dia 12, Dia dos namorados, período no qual os casais fazem programações especiais e procuram formas de expressar o amor e a admiração que sentem pelo o amado. Em 2020, a data vai ser comemorada de uma forma diferente e com adaptações, mas não será menos especial para os amantes.

Juliana Pereira e Geilson Rodrigues estão juntos há dois anos. Com o início da pandemia e as restrições de isolamento social, Geilson, que não é paraense, optou por voltar para o município de Açailândia, no Maranhão, e a namorada permaneceu em Belém com a família. Os planos de uma pequena viagem para Salinas como comemoração do Dia dos Namorados tiveram que ser adiados e eles vão passar a data distantes um do outro.

Para tornar o dia em questão especial mesmo longe, eles pretendem fazer a programação predileta do casal, mas que no momento será realizada de maneira virtual. “Nós vamos pedir alguma coisa para comer e, posteriormente, vamos assistir a um filme”, afirma Geilson sobre a comemoração adaptada do Dia dos Namorados com Juliana. “É o que estamos limitados a fazer”, lamenta.

“Muita gente está deixando de fazer alguma coisa ou não vai fazer por estar longe. Eu e a Juliana podemos adiar a comemoração. Claro que no dia vamos celebrar, mas acredito que vamos posteriormente fazer alguma coisa presencial para comemorar”, diz Geilson Rodrigues.

O fato de estudarem Medicina faz com que os dois sejam muito próximos e que a saudade só aumente por conta do distanciamento atual, segundo o namorado de Juliana. “Como sempre tivemos esse contato de estar juntos tanto na faculdade quanto nos finais de semana, é algo difícil de desvencilhar de uma hora para a outra”, afirma Geilson Rodrigues. “Fazemos videochamada e nos ligamos pelo menos cinco vezes na semana”, conta.

“Temos muitas coisas para estudar e problemas para resolver em casa. Nem sempre conseguimos atender o outro quando, mas tentamos ao máximo ligar para saber como o outro está e se manter por perto mesmo estando longe”, afirma Juliana Pereira.

Segundo Geilson Rodrigues, o casal conversa muito sobre as coisas que estão acontecendo ao redor deles e sobre os familiares com fatores de riscos para contrair o vírus. Ele afirma que é importante existir essa relação de cuidado e preocupação com outro dentro de um relacionamento mesmo diante do caos atual. “É sempre bom lembrar que nós temos um ao outro, e que servimos muito de apoio perante tanta ansiedade”, assegura.

Os namorados Johann Sampaio e Matheus Ferreira estão juntos há quatro anos. Para matar a saudade durante a pandemia e passar um tempo juntos, o casal tem utilizado todas as plataformas on-line disponíveis. “Conseguimos assistir série ao mesmo tempo por um aplicativo, cada um em sua casa, e depois que terminamos o episódio comentamos por mensagem ou ligação como se estivéssemos perto um do outro”, diz Johann Sampaio sobre a programação com o namorado durante a quarentena.

Johann Sampaio sabe da importância de ficar em casa e deixar a comemoração para depois. Conta que duas comemorações do Dia dos Namorados foram vividas longe de Matheus, mas que ele tem uma lembrança muito especial de um dia que o casal passeou pela a Ilha do Combu. “Atravessamos a cidade de Belém e tivemos um dia bem especial juntos”, afirma.

“O período da pandemia está sendo uma experiência completamente diferente, apesar de nós estarmos conectados. Às vezes, é muito difícil porque estou trabalhando”, conta Johann Sampaio. “Nós continuamos matando a saudade por videochamada e por mensagem”, afirma o namorado de Matheus Ferreira.

Para Johann Sampaio, toda essa situação do isolamento social só serviu para que provasse o quanto Matheus é uma pessoa especial. “Ele é um ser humano incrível, que consegue passar por toda essa situação e me ajudar quando não estou conseguindo. Ele conversa bastante comigo, me dá dicas, isso só faz com que eu o ame ainda mais”, afirma.

Tábata Mickaelle, de Belo Horizonte (MG), e Carol Moreira, de Santos (SP), se conheceram por meio de uma rede social e namoram a distância há quase dois anos. Elas se encontram sempre que possível, e, antes da pandemia, já tinham planejado várias surpresas uma para a outra, que iriam fazer no Dia dos Namorados. 

"Eu ia para São Paulo e nós íamos passar o feriado e o final de semana juntas. No Dia dos Namorados, a minha intenção era fazer um café da manhã e um almoço caprichados para ela, algo bem romântico. O dia seria muito tranquilo e relaxante", imaginou Tábata. Segundo Carol, ela surpreenderia Tábata com um presente e a levaria para jantar num restaurante de comida japonesa. Depois elas comeriam fondue, sobremesa que Tábata sempre teve vontade de provar, de acordo com Carol. "Após o jantar, nós íamos para o terraço do SESC Avenida Paulista, para ela poder ver a cidade inteira", conta. 

Como a pandemia atrapalhou os planos, agora o casal planeja fazer o que já faz quase todos os dias, com ajuda da internet. "A intenção é aproveitar a companhia uma da outra, apesar de qualquer coisa. Então vamos fazer ligação por vídeo, assistir algo juntas e mandar presentes uma para a outra. Não precisa ser nada muito caprichado, mas sim algo que a gente saiba que a outra vai gostar. Isso a gente tem feito mesmo fora de datas especiais, porque é importante manter esse contato e esse carinho em datas comuns também", disse Tábata. 

"Namoramos a distância esse tempo todo e sempre tivemos que nos adaptar, mas durante a pandemia ficou diferente porque não saber quando vamos poder nos ver pesa um pouco. Por isso, a gente começou a procurar todas as maneiras possíveis para se manter presente. Às vezes é um brownie no meio da tarde que aparece aqui ou um docinho que eu mando para ela, a gente lendo um livro junta ou vendo uma série ou filme. São coisas pequenas que para mim fazem muita diferença e me fazem sentir muito mais completa no meio disso tudo", afirma Carol.

Max Monteiro e Rafael Menezes, de Belém, se conheceram e se aproximaram na faculdade. O casal se encontrou todos os dias durante quatro meses e, segundo Max, foram meses maravilhosos. Quando a pandemia chegou no Brasil e o distanciamento social foi ordenado, não foi fácil para eles, que tiveram que ficar longe um do outro para não colocar suas vidas e outras em risco. "Obviamente o contato virtual não substitui o pessoal, mas estamos ressignificando muitos sentimentos durante esse tempo distante e estamos na expectativa de nos encontrar novamente quando tudo melhorar", afirma Rafael.

 "O Rafael é muito especial para mim. Jamais outra pessoa me fez sentir tão feliz como ele me faz. Nós não somos perfeitos e um relacionamento não é tão fácil quanto parece, mas ele é o amor da minha vida e eu pretendo que um dia ele deixe de ser meu namorado e seja meu marido. Quero construir uma família, ter uma casa, ter filhos e cachorros e quero ter tudo isso com ele", disse Max. Mesmo com a distância, o casal pretende fazer com que o dia seja especial, principalmente porque é a primeira vez que Max passa a data namorando. 

Por Amanda Martins e Ana Luiza Imbelloni.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que sete milhões de pessoas morrem anualmente por causa do tabagismo. Destas, 900 mil são vítimas de fumo passivo. Ou seja, quase 13% das vítimas do tabaco não colocam um cigarro na boca. O Brasil tem hoje cerca de 21 milhões de fumantes, segundo dados do Ministério de Saúde.

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O isolamento social, imposto pela pandemia do novo coronavírus, agrava o problema. O jornalista e cineasta Afonso Gallindo, de 51 anos, é um exemplo. Fumante há 30 anos, ele dobrou a quantidade de cigarros consumidos, chegando a fumar duas carteiras por dia. “Estava iniciando um tratamento para parar de fumar antes de surgir a covid-19, mas tive que parar. Como sou ansioso e hiperativo, esse período em casa superdimensionou minha dependência química e motora ao cigarro”, avalia.

Afonso mora com a mãe, que é idosa e passa a maior parte do tempo deitada, desde que sofreu uma queda e fraturou o fêmur. “Minha preocupação com a saúde dela é ainda maior, porque ela é mais suscetível a problemas como pneumonia e problemas respiratórios”, explica.

Para não incomodar a mãe com o cigarro, ele só fuma na varanda do apartamento ou dentro do próprio quarto, quando tem que trabalhar em home office. “Não tem como proteger ela 100% dos efeitos do cigarro, como o fumo passivo, mas faço o possível para não expô-la tanto à fumaça do cigarro”, afirma.

Parar de fumar é uma das principais recomendações para quem quer ter uma vida mais saudável e reduzir o risco de doenças graves. “Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 30% dos cânceres podem ser evitados se adotarmos hábitos saudáveis. Evitar a obesidade, o sedentarismo e o álcool, ter uma boa alimentação e, especialmente, não fumar são atitudes fundamentais para viver mais e com qualidade”, explica o oncologista clínico Sandro Cavallero, do Centro de Tratamento Oncológico (CTO). 

Entre os chamados cânceres evitáveis, o de pulmão é o mais comum. Está diretamente relacionado ao consumo de tabaco, que está na origem de 90% dos casos. “As pesquisas já comprovaram que o fumo está relacionado a pelo menos 17 tipos diferentes de câncer. Somente o abandono do hábito de fumar aumenta a proteção contra a doença em cerca de 50%”, lembra o médico.

Os fumantes passivos têm praticamente os mesmos riscos de desenvolver câncer. “Para aqueles que são tabagistas ativos, que ainda não conseguiram parar de fumar, mas estão preocupados com sua saúde e a de sua família, é importante saber que, quando fumam, outros também fumarão, mesmo não querendo. Isso significa que todos que estão expostos à fumaça do cigarro se transformam em tabagistas passivos, respiram as mesmas substâncias tóxicas dos derivados do tabaco, que se espalham no ambiente”, lembra o oncologista.

Estudos do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostram que mais de 150 mil mortes poderiam ser evitadas por ano no Brasil, caso o uso do tabaco fosse eliminado. Segundo o INCA, até o final de 2020 serão registrados 31.270 novos casos de câncer de traqueia, brônquio e pulmão, em decorrência do tabagismo.

Com apoio da assessoria do Centro de Tratamento Oncológico (CTO).

 

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Conhecida como uma das datas mais importantes do calendário brasileiro, o Dia das Mães, neste domingo (10), será comemorado de uma maneira diferente. Com a pandemia do novo coronavírus, vieram transformações de hábitos, comportamentos e comemorações.

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Em belém, boa parte dos filhos vai passar o dia longe das mães, já que o isolamento social é a forma mais eficaz de prevenção ao vírus. Uns meses atrás, amar era estar perto, próximo. Hoje, a pandemia ressignifica esse ato. Estar longe, não visitar e não abraçar se tornaram prova de amor.

Apesar da distância, a tecnologia ajuda a fazer com que essa data seja especial. A videochamada já se tornou um hábito para algumas famílias.

A empreendedora Larissa Matos está há 23 dias sem ver a mãe e disse que a tecnologia tem ajudado bastante a amenizar a saudade. “Fico triste por estar longe, isolada, sem poder abraçar beijar ou presenteá-la, mas ao mesmo tempo sou grata por minha mãe estar com saúde e tendo responsabilidade em manter o isolamento”, disse.

Socorro Barbosa, que faz parte do grupo de risco, explicou que está há mais de 40 dias em isolamento social e que sente muita falta dos carinhos e da companhia das pessoas que ama. “É difícil devido à dificuldade dessa doença, já que nunca passamos o Dia das Mães separadas”, ressaltou.  

Há também mães e filhos que terão o privilégio de poder passar essa data presencialmente, já que estão desde o início do isolamento juntos.

Segundo a bacharel em Direito Carolina Vilhena, passar essa data junto com a mãe é um privilégio, ainda mais sabendo que estão todos com saúde. “A quarentena tem seu lado bom, nos faz valorizar mais aqueles que estão conosco sempre”, explicou.

“A única coisa que mudou é que todo ano passávamos este dia todos reunidos na casa da minha tia, irmã da minha mãe. Só. Hoje vamos passar só nós duas, com saúde e felizes”, disse Carolina, explicando que essa será a única mudança da comemoração do Dia das Mães.

Maria de Nazaré Vilhena, mãe da Carol, diz ser muito grata a Deus por estar junto de sua filha, o que é maravilhoso para ela, mas lamenta a ausência do filho mais novo, que não vai estar presente. “Só tenho a agradecer a Deus. Sou muito feliz porque meus filhos estão bem”, finalizou.

 

 

A proliferação do novo coronavírus avança em Pernambuco e, este domingo (12), marca um mês que o Estado confirmou a primeira infecção. Desde então, medidas de isolamento foram reforçadas com a proibição de reunião de pessoas e suspensão da rede de ensino, junto ao comércio. De acordo com a Secretária de Saúde do Estado (SES), 72 mortes já foram registradas e 816 pacientes seguem em observação, desses 227 são profissionais da saúde. Diante da pandemia, o Governo disponibilizou 225 leitos de enfermaria e 161 UTIs.

A primeira notificação ocorreu no dia 25 de fevereiro. Com sintomas de febre e complicações respiratórias, cinco pessoas que haviam retornado da Itália, levantaram suspeita e passaram por testagem da doença. Em apenas mês depois, a SES confirmou a primeira vítima fatal. Tratava-se de um idoso, de 85 anos, que morreu cinco dias após ser internado no Hospital Oswaldo Cruz, na área Central do Recife. Ele sofria de diabetes, hipertensão e cardiopatia isquêmica.  

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Na época, o secretário de Saúde do Estado, André Longo, destacou a importância da conscientização para conter a disseminação. “Cada um de nós tem a opção de escolher ser um agente de proteção, ou de transmissão. Ficar em casa, neste momento, significa salvar vidas. O momento exige consciência e responsabilidade de todos”, declarou.

Ainda que o monitoramento tenha iniciado no fim de fevereiro, os primeiros pacientes confirmados com a Covid-19 só foram registrados no dia 12 de março. O resultado do teste de um casal com 71 e 66 anos, residente do bairro de Boa Viagem, na Zona Sul, e com histórico recente de viagem à Itália, acendeu o alerta das autoridades. Recife representa cerca de 60% das notificações em Pernambuco. As áreas nobres do próprio bairro de Boa Viagem e na Torre, Zona Norte, são os locais com maior incidência no município.

Transmissão comunitária

Cinco dias depois, a doméstica, de 47 anos, que trabalhava na residência do casal foi contaminada. Ela prosseguiu com as atividades, mesmo diante do diagnóstico dos patrões, que foram mantidos em isolamento domiciliar. Ainda no dia 17, o Estado confirmou a detecção de transmissão comunitária, quando não é possível identificar de onde partiu o contágio. O jeito foi proibir eventos com mais de 50 pessoas que, posteriormente, caiu para 10, no intuito de evitar aglomerações.

Um dia depois, 18 de março, toda a rede de ensino, dentre escolas, cursinhos e universidades tiveram as atividades suspensas. O prazo para reabertura foi programado para o dia 30 de abril, contudo, é provável que seja estendido. O comércio também precisou ser fechado, mas só no dia 22. A expectativa para o retorno é no dia 17 de abril, no entanto, a data também pode ser reavaliada.

Navio retido no Recife e vítima estrangeira

Transportando 609 pessoas de 18 nacionalidades, o navio Silver Shadow, de bandeira bahamenha, atracou no Porto do Recife no dia da primeira confirmação do novo coronavírus em Pernambuco (12). Durante o desembarque, um canadense, de 78 anos, apresentou sinais de infarto e, ao ser socorrido, foi verificado que os sintomas eram semelhantes ao dos pacientes acometidos pelo vírus.

Após exame, o idoso e a esposa foram confirmados com a Covid-19 e encaminhados para uma unidade particular de saúde. O turista morreu no dia 26. Os demais passageiros, que estavam impedidos de desembarcar, só começaram a ser retirados a partir do dia 20, em uma operação que durou dois dias.

Perfil dos infectados

Conforme o último levantamento feito pela SES, a maioria dos 816 contaminados estão entre 30 e 59 anos, representando 524 doentes. Já a incidência em pessoas acima de 60 anos, inseridas no grupo de risco, soma 201 idosos. Em um recorte de gênero, 361 homens foram infectados, enquanto a doença se espalha mais rápido entre as mulheres, que protagonizam 455 registros. Os dados do Ministério da Saúde apontam que em todo o Brasil, 19.638 pessoas estão com o novo coronavírus e 1.056 morreram pela infecção.

Na última terça-feira (10), a Câmara dos Vereadores de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), aprovou, em uma primeira votação, o projeto de lei nº 042/2020, do vereador Antônio Oliveira (PP), presidente da Casa, que proíbe o comércio, propaganda, distribuição ou implantação de contraceptivos pós-coitais, a exemplo de pílula do dia seguinte, dispositivo intra uterino (DIU), implante subcutâneo de liberação de progestógeno (Norpant), pílula RU 486 e vacina anti-HCG, pela rede municipal de saúde. A matéria passará por segunda votação na próxima sessão ordinária, que ocorrerá na terça-feira (17), a partir das 9h.

Em sua redes sociais, o vereador Antônio Oliveira afirmou que é cristão e que seu projeto surge em “defesa da vida”. “Meu compromisso como cidadão, legislador, pai e avô é lutar com todas as minhas forças para impedir por fim a uma vida humana inocente”, publicou.

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De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), todas as mulheres e meninas em risco de uma gravidez indesejada têm o direito de acesso à contracepção de emergência e esses métodos devem ser rotineiramente incluídos em todos os programas nacionais de planejamento familiar. Além disso, a contracepção de emergência deve ser integrada aos serviços de cuidados de saúde para as populações em maior risco de exposição a relações sexuais desprotegidas, incluindo cuidados e serviços de pós-estupro para mulheres e meninas que vivem em situações humanitárias e de emergência.

“As estimativas mais recentes indicam que 222 milhões de mulheres e meninas adolescentes têm uma necessidade não atendida de contracepção, e a necessidade é maior quando os riscos de mortalidade materna são mais altos. A rápida expansão programas anticoncepcionais será essencial para reduzir a necessidade não atendida de informações e serviços. O compromisso com os direitos humanos na prestação de serviços de saúde sexual e reprodutiva articulados na Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), em 1994, não deve ser comprometido pela pressão para uma rápida expansão”, diz relatório da OMS intitulado “Garantir os direitos humanos dentro programas contraceptivos: uma análise de direitos humanos de indicadores quantitativos existentes”.

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A entrada das mulheres na política é um processo muito recente, de meados do século XX, segundo a professora Brenda de Castro, mestra em Ciência Política. “A gente demorou muito tempo para adquirir direitos básicos, de liberdade individual no contexto civil e o próprio direito de participação e envolvimento político. A nossa geração ainda vive um processo recente da garantia e da certeza desses direitos. É um processo que tem crescido no mundo, mas de forma desigual, pois alguns países têm mais participação, envolvimento político e direitos civis do que outros”, explicou.

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No Brasil, de acordo com a professora, existe um aumento gradativo da participação da mulher na política, seja em cargos representativos diretos, seja no processo de envolvimento por movimentos sociais e outras esferas. Porém, na visão dela, ainda está muito longe do desejado ou até mesmo do recomendado por instituições internacionais e pela nossa legislação. “Atualmente, na Câmara dos Deputados, apenas 15% são mulheres, enquanto a legislação incentiva a cota de 35% nos partidos. Isso mostra que muito precisa ser feito e que a representatividade é mais do que apenas mulheres estarem fisicamente presentes em espaços políticos que sempre foram vistos como espaços que elas não deveriam ocupar”, informou a professora.

Para Luciana Leal, 39, pré-candidata a vereadora, a participaçaõ feminina na política tem que avançar. “A política é vista hoje como algo sujo. Precisamos ir contra esse pensamento, no qual os homens têm que tomar decisões e fazem leis para mulheres. Está na hora de nós fazermos nossas próprias leis”, disse a pré-candidata.

Ainda de acordo com Luciana, infelizmente a classe feminina é muito desunida. As mulheres, observa, são criadas em um sistema que as ensina a competir entre si.

 “A política sempre foi muito atrelada, na tradição ocidental europeia, a um espaço masculino. É interessante perceber que existe uma questão cultural que desincentiva a participação das mulheres, com ideias de que, por exemplo, as mulheres são mais emotivas, são irracionais e não conseguem lidar com questões do poder, e que homens seriam mais aptos, biologicamente, para desempenhar essa função”, afirmou Brenda. Segundo ela, é possível perceber também o quanto as mulheres são atacadas pela aparência nesse meio, além de serem colocadas como desestabilizadas.

Segundo a professora Brenda, algumas movimentações nos últimos anos têm feito a mulher perceber a necessidade de ocupar espaços políticos, entendendo seu papel como cidadã e entendendo que tem que haver envolvimento. Brenda acredita que daqui a algumas gerações, apesar de todos os empecilhos, a sociedade continuará nesse ritmo, no sentido de defender e alcançar direitos, e também de participar de discussões, pautar demandas e identificar novas soluções.

Sexismo e preconceito

As maiores dificuldades que as mulheres enfrentam na política são o sexismo e o preconceito moral. Segundo Pamela Massoud, 33 anos, 1ª suplente de vereadora em Belém, as mulheres acabam entrando na política vistas como laranjas, apenas para ocupar cargos. “Temos outro problema também. Quando a mulher ocupa um espaço de liderança na política, no Legislativo ou Executivo, as pessoas não acatam de primeira as decisões que elas tomam”, explicou a suplente.

Estrella Cristina, 29, líder nacional da Juventude do Partido Cidadania, começou a fazer política para se posicionar como voz de mulheres que ainda não conseguiram falar do que querem, do que passam e do que sentem. “Acredito que a mulher tem o poder de transformar as coisas e a vida das pessoas. As mulheres têm muito a contribuir com a sociedade. Estou na politica para incentivar outras mulheres a serem pessoas políticas, para que essa transformação aconteça”, declarou. A líder encoraja dando seu próprio exemplo de superação, para que as mulheres saibam que elas também podem estar no mesmo lugar que Estrella, sendo vistas, ouvidas e lutando por direitos.

A cientista política Brenda de Castro conclui que, nos últimos anos, é perceptível um engajamento cada vez maior de mulheres jovens na política. “É interessante porque traz renovação. Temos uma classe política muito masculina, muito branca e muito mais velha. Trazer novos pontos de vistas, novas soluções e novos desafios é fundamental para que os representantes políticos simbolizem a diversidade da sociedade”, declarou.          

Por Ana Luiza Imbelloni e Quezia Dias.

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Neste domingo (8) é comemorado o Dia Internacional da Mulher e será disputado, pela sétima rodada do Campeonato Paraense, o clássico entre Remo e Paysandu, o Re x Pa. A data marca a luta das mulheres pela conquista do seu espaço e liberdade para frequentar diversos locais sozinhas, inclusive estádios de futebol, como torcedoras ou profissionais.

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Predominantemente masculino e preconceituoso, o futebol surgiu marcado pelo machismo. No dia 14 de abril de 1941, o Decreto-Lei 3199/ art.54 determinava que as mulheres eram proibidas de praticar diversos esportes. Somente no início dos anos 2000 elas começaram a frequentar, mais assiduamente, as partidas de futebol.

Profissionalmente, a situação também só vem se modificando há pouco tempo. A radialista esportiva Paula Marrocos destacou a importância da participação da mulher no esporte. "Eu hoje tenho muito orgulho do espaço que eu conquistei, de ser uma inspiração para outras meninas, de dar essa representatividade. Pois a mulher pode estar realmente onde ela quiser, e que isso não vire um clichê e seja em si um fato na nossa sociedade", disse.

Paula ressaltou o aumento da visibilidade da figura feminina no futebol. "Hoje em dia a gente já consegue ver mais mulheres no esporte, por isso me sinto representada quando eu vejo uma apresentadora, uma comentarista, uma repórter, participando de uma transmissão comentando a respeito de um jogo e falando em programas esportivos", assinalou.

A radialista falou sobre os comentários machistas que ouviu após a narração da final do Campeonato Feminino de Futebol 2019. "Logo após eu realizar a narração, junto com a Karen Sena e a Lauany Challiê, recebi muitos comentários na internet a respeito desse evento, dizendo que nós não tínhamos capacidade, que estávamos ali só pra atender uma cota. Foi a primeira transmissão totalmente feminina pela rádio no Norte e Nordeste do país. Foi um momento muito importante para a gente. Eu tive a oportunidade de estrear como narradora de futebol. Tive muitos pontos positivos e alguns negativos", avaliou.

Apesar do machismo, Paula Marrocos continua lutando por um lugar para a mulher no esporte. “Que nós não sejamos cotas, mas que sejamos de fato tratadas como profissionais, e que esse espaço seja nosso não porque a gente tá chegando para ocupar, mas porque ele está ali para ser ocupado por pessoas competentes", destacou.

Para a radialista, levantar a bandeira da defesa das mulheres é fundamental para mudar a realidade. "Tenho certeza também que tenho muito apoio de minhas colegas de trabalho, de outras empresas, como a Mari Malato e a Tayná Martinez da CBN (Rádio CBN Amazônia). São pessoas que eu admiro e viraram referências para mim", disse.

Paula também aponta a importância de ter que se firmar nesse meio. "A resposta para todo esse machismo dentro do esporte é você ter conteúdo e lutar para conseguir mostrar para as pessoas que você está ali porque de fato você entende, porque você conhece", afirmou.

Bianca Mesquita, jogadora da equipe feminina do Clube do Remo, ressaltou quais foram as maiores dificuldades enfrentadas ao entrar no mundo do futebol no Estado. "O futebol feminino aqui no Pará não é muito valorizado. As barreiras são grandes por sermos mulheres, com o machismo e o preconceito, então é muito difícil. Não temos grandes oportunidades como os homens têm. É muito complicado você receber uma proposta de um clube grande para fora, ter um contrato assim como em um time masculino. Sem falar que não temos ajuda de nada, nem patrocínio ou qualquer outra coisa. Estamos no clube por amor", contou a jogadora.

Aline Costa, técnica da equipe feminina do Paysandu Sport Club, reclamou da falta de auxílio para as mulheres do futebol feminino paraense. "Nossa maior dificuldade é a falta de estrutura e apoio com as nossas atletas", afirmou. "Um grande exemplo desse descaso pode ser observado no campeonato de futebol feminino de 2019, no qual a atleta bicolor Dan fraturou a sua clavícula no estádio e teve que ser levada para o hospital por um carro de aplicativo, devido à falta de auxílio médico na partida. No dia também não houve presença de policiamento."

Arbitragem

Outra figura importante no Pará é a nova bandeirinha do quadro da FIFA, Bárbara Loiola. Ela contou que no esporte paraense há inúmeras dificuldades, principalmente a baixa visibilidade. "Dificuldades temos em todos os lugares, não só aqui como em outros Estados. Claro que há mais visibilidade no Rio de Janeiro e São Paulo devido aos jogos e aos times de lá. Mas eu acredito que um excelente trabalho dentro do campo vai fazer você ser vista", observou.

A torcedora remista Caroline Gomes, secretária da torcida Barra Brava Camisa 33 e atuante na diretoria da banda do clube, revelou suas dificuldades sendo uma mulher na torcida. "O primeiro impasse que eu tive foi dentro de casa, pelo fato de não deixarem eu ir para os jogos por eu ser mulher. Depois que aceitaram que eu iria, começou a questão da roupa. Queriam que eu sempre fosse com roupas maiores, nada muito curto, nem apertado. E quando você vai sozinha de ônibus, ao entrar você já se vê rodeada de aproximadamente uns 30 homens, e nenhum tem o mínimo do respeito, de que qualquer comentário pode te fazer sentir mal e oprimida. Ao chegar no estádio continua a mesma coisa. Escutamos muitas piadinhas e muitos comentários machistas", destacou.

Na opinião de Caroline, as pessoas precisam entender que o esporte não é majoritariamente masculino. "É um espaço de visibilidade para todos, e todas as mulheres devem ter a total liberdade de ir para onde quiserem, para o jogo que quiserem e com a roupa que quiserem, pois já passou mais do que da hora de nós começarmos a andar livremente sem ter que se sentir oprimida em qualquer maneira", afirmou.

A torcedora bicolor Williane Coelho, colunista desportiva no blog nacional MEC (Mulheres em Campo), falou sobre o que significa para ela ser uma mulher dentro do esporte. "Eu sinto, além da realização pessoal, uma responsabilidade, por ocupar um lugar de fala que não é só meu. O que eu falo tem peso para as mulheres em geral", disse.

"Falar que se sente representada seria diminuir o tamanho do machismo no futebol, porque você colocar três ou quatro mulheres em um programa esportivo não é representatividade, é você tentar sanar um problema da sociedade. Ainda existe um caminho longo para trazer as mulheres dentro do campo", disse Williane, ao ser questionada sobre a representatividade feminina no futebol.

Mesmo com todo preconceito e a falta de reconhecimento, as mulheres continuam lutando por igualdade na sociedade. Neste domingo não será diferente. Centenas de torcedoras de Clube do Remo e Paysandu Sport Club estarão no estádio do Mangueirão, às 16 horas, seja para torcer ou trabalhar. Elas vão acompanhar o clássico de número 753. Os clubes estão programando homenagens para as mulheres.

Reportagem de Beatriz Reis, Karoline Lima, Sabrina Avelar e Yasmin Seraphico.

 

 

 

 

O assédio sexual é um comportamento abusivo que constrange e amedronta mulheres. Muitos casos ocorrem no ambiente de trabalho.

Uma estudante entrevistada para esta reportagem, que preferiu não se identificar, foi vítima de um caso. “Eu já sofri várias vezes assédio tanto no local de trabalho quanto fora dele. Teve um que eu nunca vou esquecer”, contou.

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O primeiro caso, em  2016, relatou, ocorreu em uma entrevista de emprego. “Ele (o empregador) falou que queria marcar uma reunião comigo, um jantar. No decorrer do caminho eu percebi que não era isso, e ele me levou para outro lugar”, disse a estudante. “Ele tentou me agarrar dentro do carro dizendo que eu só ia conseguir o emprego se ficasse com ele, ou seja, ele queria que eu dormisse com ele. Então quer dizer que só pelo fato de ser mulher e aparecer uma proposta eu vou ter que me deitar com uma pessoa para poder subir na vida? Não. É errado”, afirmou.

Para o advogado João Paulo Bentes Martins, existem várias legislações que protegem as mulheres. A primeira é a lei Maria da Penha, especifica para que elas não sofram com agressões tanto psicológicas quanto físicas. As mulheres podem denunciar casos de assédio na Delegacia da Mulher. “Em relação a outras leis, temos a Consolidação das Leis Trabalhistas, que visa à proteção jurídica tanto pro empregador quanto para o empregado. Se for mulher, existem dois tipos de assédio na relação de trabalho: o assédio moral, que se encaixa na legislação trabalhista, e o assédio sexual, que vai para o Código Penal”, explica.

Muitas mulheres optam por não fazer a denúncia por medo de serem expostas ou sofrerem retaliações. Segundo a psicóloga Amanda Almeida, as medidas psicológicas que podem ser  tomadas são as preventivas e reativas. “Os treinamentos de ética e treinamentos jurídicos para assédio moral podem ser preventivos e como medidas reativas, o afastamento de vítima e agressor e acompanhamento psicológico”,  explica.

Para a especialista, o acompanhamento psicoterápico é de extrema importância. ”Outra forma é ter suporte no ambiente de trabalho, saber mais e ler sobre, porque muitas mulheres nem sabem que estão passando por assédio. Esclarecer isso é ter a segurança de como agir caso passe por uma situação dessa novamente”, conclui.

 Por Ana Luisa Damasceno e Carla Alves.

 

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O Dia Internacional da Mulher surgiu a partir de diversos movimentos feministas, no início do século XX. Sendo celebrado todos os anos, marca e relembra a luta por direitos, respeito e visibilidade que tem se tornado cada vez mais frequente entre as mulheres. Hoje, o sentimento de muitas ainda é de desvalorização, apesar dos grandes avanços e das conquistas de espaços antes considerados inatingíveis, como no campo da ciência, em trabalhos masculinizados e na arte.

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Durante muitos séculos, a voz das mulheres no âmbito artístico foi silenciada. Dentro das correntes acadêmicas a maioria dos seus integrantes era de homens, o que não significava a ausência das mulheres. “A elas não era dado espaço de reconhecimento”, lembra a professora de História da Arte Ana Paula Andrade.

“Hoje, na contemporaneidade, a gente consegue ter mais espaços para essas mulheres. O modernismo brasileiro traz, por exemplo, grandes nomes como Tarsila do Amaral e Anita Malfatti", informa a professora.

Já no campo literário, novas artistas femininas estão surgindo, como é o caso do projeto de competição “Slam Dandaras do Norte”, idealizado pela MC e poeta Shaira Mana Josy. Ele tem como objetivo fortalecer grupos de mulheres, de Belém e da região Norte, que utilizam expressões artísticas como poesia, hip hop, rap, grafite e fotografia. ”A maioria das mulheres sempre escreveu suas angústias, sempre usou a caneta e o papel como forma de desabafar, já que nós sempre fomos silenciadas”, diz Shaira.

A partir da criação desse projeto, muitas mudanças significativas podem ser vistas nas artes locais, sendo uma delas a coragem que as mulheres passaram a ter após fazerem parte das batalhas de poesia. Além disso, houve o crescimento de saraus poéticos em Belém e o grupo levou muitas mulheres a refletir sobre a importância de escrever e ser protagonista das próprias ações. “Nunca se falou tanto em poesias, poetas mulheres quanto a gente está falando agora”, comenta a responsável pela iniciativa.

Shaira acredita que a arte tem o poder de influenciar mulheres a partir do momento em que elas veem outras mulheres conquistando o espaço que historicamente lhes era negado, com performances que representam as inquietações e revoltas femininas. A MC ressalta que a valorização e remuneração da arte feminina são importantes, tendo em vista que os homens ainda são mais privilegiados. Assim como o respeito, entende a artista, já que o preconceito e o machismo, presentes na sociedade, são reproduzidos até mesmo por mulheres.

Embora existam grandes obstáculos a serem superados, grupos e artistas femininas como as Dandaras do Norte são importantes ferramentas para buscar a igualdade entre os gêneros dentro da arte e da sociedade no geral. A professora de Sociologia Brenda de Castro ressalta “a necessidade de rever o sistema, a estrutura baseada no patriarcado que acaba limitando que as mulheres possam, de forma coletiva, ter mais liberdade para que não sofram nenhum tipo de opressão”.

Por Carolina Albuquerque, Isabella Cordeiro e Karoline Lima.

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O dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, marca a luta por direitos iguais entre homens e mulheres. Durante muito tempo, a mulher foi subjugada na sociedade, educada para o casamento, servir ao marido, cuidar dos filhos e ser dona do lar. Hoje, com a construção do protagonismo feminino, assumindo profissões consideradas “masculinas”, elas mostram que lugar de mulher é onde ela quiser.

Segundo a antropóloga Rachel Abreu, com a Lei do Divórcio em 1977, o fim último que era o casamento não se sustenta mais, e a mulher começa ter a emancipação e ser inserida no mercado de trabalho. “Nos dias atuais, o panorama de profissões é abrangente. As mulheres estão indo cada vez mais longe e conquistando patamares inimagináveis”, diz a antropóloga. “Mulheres são jogadoras de futebol, dirigem coletivos, estão em gestão de empresas, em cargos altos, na construção civil e na ciência, espaços que antes eram predominantemente masculinas”, complementa.

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Luísa Dias Barros, geóloga, é a primeira mulher assumir a gestão do curso de Geologia da Universidade da Amazônia – UNAMA. Segundo ela, nas décadas de 1960 a 1980 havia poucas mulheres no curso de geociências, uma em cada turma. “Na minha geração, os comentários machistas são menores. Atualmente, por exemplo, nós temos a primeira mulher paraense na Agência Nacional de Mineração como gerente e a Associação Brasileira de Mulheres na Geociência”, afirma.

“A maioria das mulheres sente-se reconhecida por ocupar cargos predominantemente masculinos. É gratificante estar nesse posto mostrando que não é questão de gênero e, sim, de postura profissional. Acho legal servir de exemplo para meninas”, declara a geóloga.

De acordo com dados do estudo “Estatística de gênero: indicadores sociais das mulheres do Brasil”, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mulheres trabalham, em média, três horas a mais por semana que homens. Apenas 39,1% dos cargos gerenciais são ocupadas por elas – e o número diminui ainda mais conforme aumenta a faixa etária.

“Ser mulher e trabalhar com futebol masculino é ter sempre que fazer duas vezes mais. Produzir duas vezes mais, estudar duas vezes mais, fazer aquela foto diferente, ter um olhar mais sensível para então conseguir um destaque e ser reconhecida. No meu início foi assim, ninguém acreditava no meu trabalho. Demorei a encontrar alguém que quisesse pagar pelas minhas fotos”, declara a fotografa Talita Gouvêa.

“Já sofri vários tipos de preconceito e comentários machistas, que me deixavam para baixo, mas sempre procurava reerguer a cabeça. Fico feliz por ter vencido barreiras e conseguido trabalhar como frentista sendo uma profissão dominada por homens”, afirma a frentista Herica Nunes.

“É extremamente importante discutir sobre relações de gênero. Não é questão de força, e sim de justiça social. Assim como homens podem desempenhar atividades muito bem, as mulheres também”, reitera Rachel Abreu.

Para a tatuadora Samantha Marques, as críticas machistas sobre o estilo de desenho e traço mais “grosseiro para uma mulher” que trabalha sempre vão existir, mas ela procura absorver apenas as construtivas. “Sinto orgulho por tudo o que conquistei e a minha maior inspiração são outras mulheres artistas, seja de tatuagem ou não”, afirma. "Para o dia 8 de março, desejo mais empatia entre as mulheres, sejam elas cis, trans… Mais sororidade, que possamos nos apoiar e crescer sem pisar umas nas outras. Que as pessoas no geral vejam que mulher não é um objeto de posse. Que sejamos respeitadas em nossas escolhas.”

Por Amanda Martins.

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Estar rodeado de pessoas queridas para celebrar mais um ciclo de vida acaba sendo algo raro para os nascidos no dia 29 de fevereiro. Embora todo ano uma festinha dê boas-vindas à idade nova, o gosto especial de viver o "seu dia" fica restrito a cada quatro anos, quando o dia é inserido no calendário. Conhecidos como 'saltadores', pela relação íntima com o tempo, muitos brincam com a capacidade de "enganá-lo" e um suposto poder de longevidade. Além da conexão e o sentimento de privilégio com a data incomum, eles compartilham uma sensação especial de orgulho.

Acostumados a celebrar o aniversário em dias que não marcam seu nascimento - geralmente 1º de março ou 28 de fevereiro - eles são forçados a enfrentar a crendice popular que determina que festejar com antecedência ou atraso traz má sorte para o decorrer do ano. Assim como dão um ‘calote’ no tempo, frases populares como “só te pago no dia 29 de fevereiro”, servem para enganar cobradores e constatar a baixa frequência da data, que a torna quase inexistente. 

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Com um 2020 bissexto e o acréscimo em fevereiro, a reportagem do LeiaJá conversou com alguns ‘saltadores’ para conhecer suas impressões e experiências passadas. Desde 2016 sem celebrar no dia do nascimento, eles não alteraram a documentação e exaltam a escolha com orgulho.

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Ao destacar a lei de registros, a presidenta da Associação dos Registradores das Pessoas Naturais do Estado de Pernambuco (Arpen), Anita Cavalcanti, afirma que não há impedimentos para que a criança tenha a data nos documentos. "Em momento nenhum a Lei 6.015 faz menção às pessoas nascidas no dia 29 de fevereiro. Não há diferença, o registro é normal como qualquer outro", pontua. 

Com o boato que os bissextos passariam a ser registrados nos dias entre o 29, ela reforça que os cartórios devem cumprir o encaminhamento feito pelas maternidades e os aniversariantes não serão lesados futuramente. "O cartório tem a obrigação de aceitar o que tem na Declaração de Nascidos Vivos. Em momento nenhum a gente pode mudar a data que consta ali", complementa.

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“Ano eu comemoro em todos, aniversário só de quatro em quatro”

Jailam das Chagas, nascido em 1976, admite que chegou a esquecer um de seus aniversários e, como habitual, organizou a festança para o dia 28. Só durante a comemoração, ele foi lembrado que o dia seguinte marcava de fato o seu nascimento e, para “não passar em branco”, fez mais uma comemoração. No entanto, o que impressiona é o fato do proprietário de uma lanchonete na Zona Norte do Recife revelar que a meia-irmã também é bissexta. Ele reforça que está ansioso para a chegada dos 44 anos e planeja fazer uma festa junto com a meia-irmã Valéria.

O adolescente Dannilo Miranda também descreve um sentimento diferente para 2020. Na espera dos seus 16 anos, desde 2004, o estudante só vivenciou três anos bissextos, ainda muito novo. A mãe Cláudia Pessoa conta que retornou ao cartório para corrigir a vontade do escrivão, que não optou por não colocar o nascimento correto na certidão do menino. Como é seu primeiro “aniversário”, a mãe garante que ele vai ganhar um "festão" com todos os amigos.

Devido à condição, Jéssika Malheiros não pôde nem ter a tradicional festa de 15 anos. Às vésperas dos seus 33 anos, ela garante que não se importou em não realizar o baile de debutante e que a grande celebração é dividir a data com quem ama. A dona de casa também pretende comemorar este ano de forma especial e relata tentativas humoradas do pai para não dar presente.

Após dividir a vida por 68 anos, um casal de idosos morreu com um dia de diferença, no fim do mês passado. Após completar dois anos de casados, eles foram morar em uma fazenda em Norseland, em Minnesota, nos Estados Unidos, e permaneceram no local até precisarem ser hospitalizados.

"Assim que a mamãe morreu, ele foi ladeira abaixo e morreu em um dia. Difícil imaginar que tenha sido coincidência", acredita o filho Bruce. Durante as seis décadas, o casal criou os sete filhos plantando milho, soja, trigo e alfafa.

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Há cerca de seis meses, Corinne Johnson, de 87 anos, foi diagnosticada com um problema cardíaco e faleceu no dia 24 de novembro. Um dia depois, o marido Robert morreu em decorrência de um câncer.

 

Em alusão ao Dia da Consciência Negra, o Espaço Cultural Nossa Biblioteca está realizando diversas atividades, entre elas rodas de conversas, jogos teatrais adaptados para treinamento corporal do teatro negro, jogo de tabuleiro humano, que ajudará a exemplificar de forma didática a história da escravidão no Brasil, exercícios teatrais e outros. A temática do evento é toda voltada para o universo cultural africano, origens, religiosidade e costumes.

A programação começou no dia 4 e vai até o dia 23 deste mês, no espaço cultural localizado na avenida 25 de Junho, no bairro do Guamá, em Belém.

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Victor Ramos, um dos colaboradores do Espaço Cultural, falou um pouco sobre a importância do evento. “Não é chegar e dizer o que eles têm que fazer ou como têm que agir. A gente cria um encantamento nos jovens. Tentamos passar como a diversidade é bonita, para que eles comecem a se valorizar. A maioria dos alunos são negros e já sofreram ou sofrem com o preconceito. E a gente tem essa responsabilidade social de conversar com eles e dizer que não são eles que estão errados, e sim as pessoas que os desrespeitam e agem com preconceito”, explicou o colaborador.

O mês da consciência negra contará também com apresentação narrativa de origem afro-indígena e danças folclóricas de origem africana, cuja a ideia é o resgate a ancestralidade. As apresentações ocorrerão no dia 23 de novembro em uma atividade denominada “Rua de leitura”.

Um dos participantes, o aluno Geisel Damasceno está há sete anos no espaço cultural. “Para mim está sendo incrível participar dessa programação, me sinto de alguma forma importante. É bom trabalhar para aumentar a autoestima e a representatividade das crianças e jovens dos bairros periféricos, que são a maioria negros”, destacou o aluno.

O público presente e os moradores das proximidades também poderão interagir com os alunos, que farão um programa fictício para entrevistá-los e saber o que as pessoas conhecem e entendem a respeito do dia da consciência negra. Uma data que simboliza uma história de luta e resistência.

Serviço

Evento: Mês da Consciência Negra.

Data: 4 a 23 de novembro. Horário: Durante todo o dia.

Local: Espaço Cultural Nossa Biblioteca.

Endereço: Avenida 25 de junho, nº214, Guamá.

Contato: (91) 3249-5270. Redes sociais: @ecnossabilioteca.

Da Ascom Nossa Biblioteca.

 

 

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Produtores regionais participaram na Estação das Docas, em Belém, de evento comemorativo ao Dia Nacional da Cachaça, 13 de setembro. A 1ª Mostra de Cachaça Paraense teve degustação gratuita de cachaça de jambu, bacuri e açaí, para maiores de 18 anos, e exposição.

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A cachaça também é conhecida por outros nomes: pinga, aguardente, marvada, branquinha, dependendo de cada região. No Pará, uma das mais conhecidas é a cachaça de jambu, planta consumida na culinária paraense, como no tacacá e pato no tucupi, e que agora faz sucesso misturada com o álcool.

O paraense Leandro Augusto Alves Marques, advogado de 40 anos, é sócio proprietário de uma empresa que produz a famosa cachaça. “Na minha infância eu sempre viajava com meu avô, que era do interior do Estado. Tive as primeiras impressões com produtos tradicionais da nossa culinária quando íamos para o município Santarém Novo, que fica a 200 quilômetros de Belém”, conta o empreendedor.

Leandro revela que sempre teve interesse em fazer alguma coisa com o jambu. Em 2008, ele teve seu primeiro contato com a bebida. “A primeira impressão que tive do jambu em bebida foi quando provei um licor, muito ruim por sinal. Nunca esqueci deste momento”, revela.

Apesar do gosto nada agradável da bebida, Leonardo não desistiu do produto. “Não saía da minha cabeça a vontade de fazer algo com o jambu. Em 2012 passei a produzir a cachaça com jambu comercialmente para amigos”, comentou. A cachaça tem um grande diferencial em relação a outras bebidas pela sensação de tremor que a planta causa na boca.

Em 2013, saiu a primeira garrafa de cachaça de jambu da produção de Leandro. Hoje em dia, ele fabrica, além da cachaça, licor de jambu, licor de açaí e jambu, doce de cupuaçu, azeite aromatizado com pimenta, molho de pimenta com tucupi, camarão, pata de caranguejo empanado e castanha do Pará. A última novidade da sua empresa e o lançamento da vodka com jambu.

O empresário informa que todos os produtos usam matérias-primas orgânicas e sustentáveis. “Nas cidades próximas a Belém encontramos quase todos os nossos insumos orgânicos e sustentáveis. De agricultura familiar, onde todos da família trabalham para a horta. Quando tive a ideia de fazer os produtos, sempre pensei na seguinte situação: quero fazer o cliente se transportar para Belém e sentir o verdadeiro gosto da nossa terra e sem conservantes”, observa.

Com reportagem de Sandy Brito.

 

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O Dia dos Pais é aguardado com ansiedade por quem pensa em homenagear seus "heróis". A expectativa é ainda maior para os próprios pais, que recebem mimos e carinhos em dobro, nesse dia.

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Ser pai é ter a responsabilidade de transferir aprendizado e sabedoria para os filhos. Disso o compositor paraense Thiago Albuquerque, integrante da banda Ultranova, entende muito bem.

O cantor, pai dois meninos Benjamin, de um de 1 ano, e Gabriel, de 20 dias, explica que ser pai é se conhecer como ser humano para dar o melhor na criação dos filhos. "É se sentir inseguro de falar ou demonstrar algo que machuque ou que transmita maus valores para o ser que agora você mais ama. Ser pai é invejar a mãe. Pois sabemos, e percebemos isso no momento do nascimento, que a pessoa em quem ele mais confia e ama é sua mãe. É inevitável. Com o tempo achamos essa relação divina. Essa ligação entre mães e filhos é algo que nós, pais, temos que acompanhar e aprender como lição diária", disse.

Thiago afirma que todo pai, de certa forma, volta a ser criança, ao acompanhar, ensinar e aprender junto com o filho. "Ver a borboleta pousar em uma folha, um gato no telhado, a lua entre as nuvens, o voo dos urubus, passear na praça, dar comida aos peixes, provar algo pela primeira vez, rir de coisas que só criança entende o porquê de ser engraçado. Estou ansioso para chegar o momento em que vou ensinar meu filho a jogar videogame e futebol", detalhou.

Para o músico, ser pai é ser tolerante e aceitar as diferenças que existem entre pais e filhos. "Ser pai é beijar o filho todos os dias sem esperar que ele o beije de volta. É abraçá-lo sem esperar que ele corresponda. É fazer carinho, colocar pra dormir, dar banho e trocar fralda. É ficar triste quando seu filho ficar doente, ficando mofino junto com ele. Ser pai é espantar a tristeza com uma única lembrança do sorriso de seu filho", concluiu.

Renato Campos, 50 anos, assumiu a criação de sua filha Isabelle tendo que conciliar o trabalho como agente de segurança com as responsabilidades de ser pai. “Ser pai, para mim, foi um momento inesquecível em minha vida. Estive presente no crescimento e no desenvolvimento de minha filha, isso é uma experiência indescritível que muda a pessoa para uma versão melhor de si mesmo”, disse.

Renato relata que ser pai solteiro o tornou uma pessoa mais atenciosa para com a sua filha. “Ser pai solteiro foi uma experiência. Com todas as dificuldades que enfrentei junto a minha filha, percebi que sua personalidade e caráter se formavam de acordo com o meu, isso faz a gente repensar e se atentar mais a alguns detalhes. Para mim é uma experiência gratificante poder educar e fazer dela uma criança feliz”, contou.

Com a colaboração de Bruna Braz.

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