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O procurador-geral da República Augusto Aras defendeu, nessa quinta-feira (26), que a cassação de candidaturas deve atingir toda a chapa eleitoral do partido beneficiado por 'laranjas', pessoas que se lançam candidatas apenas para garantir o cumprimento de cotas. A manifestação foi enviada em uma ação movida pelo Solidariedade (SD).

O ponto em discussão é a exigência legal de que ao menos 30% das candidaturas dos partidos devem ser femininas e a punição prevista a quem usar 'laranjas' para burlar a lei. A legenda pede que seja dada interpretação de que somente as candidaturas laranja e aqueles que se beneficiaram delas devem ter os registros cassados. Para Aras, esse cenário é ineficiente e levaria ao fim da política pública afirmativa.

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"Isso porque, se o indeferimento do registro recair apenas sobre as candidaturas laranjas, correr o risco de ser descoberto passa a valer a pena. É um incentivo para que os partidos infratores se beneficiem da própria torpeza", afirmou. "Nesse sentido, tudo continuará como antes: poucas mulheres se candidatam verdadeiramente aos cargos eletivos e um menor número delas é eleita".

A manifestação de Aras segue entendimento firmado em agosto do ano passado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). À época, a Corte cassou o mandato de seis dos 11 vereadores da Câmara de Valença do Piauí (PI) que se beneficiaram de cinco candidatas classificadas como laranjas, pois tiveram votação inexpressiva, não praticaram atos de campanha e nem tiveram gastos declarados nas prestações de conta.

O Solidariedade alegou que manter a punição a toda a chapa poderia até reduzir o número de mulheres eleitas, pois atingiria candidatas que não tem relação com as laranjas. Aras, no entanto, destacou que tal cenário 'pode ocorrer ou não, a depender das circunstâncias de cada eleição'.

"Como também pode ocorrer, em consequência da referida cassação de registro, a eleição de um número maior de mulheres de outro partido político. O importante aqui não são os números concretos de cada certame eleitoral, mas a adequação, a necessidade e a proporcionalidade em sentido estrito da política pública como um todo", afirmou.

O entendimento firmado pelo TSE no ano passado deve seguir de referência para a análise de casos semelhantes, como a investigação sobre candidatas laranjas do PSL em Minas Gerais e em Pernambuco. Foi nesta investigação que o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio foi indiciado pela Polícia Federal e denunciado pelo Ministério Público Eleitoral em outubro de 2019.

A Assessoria Especial de Segurança e Inteligência apresentou um relatório parcial apontando 99 casos de homicídio ou tentativas de assassinato de pré-candidatos e candidatos neste ano. O TSE, no entanto, não mostrou dados específicos sobre os crimes nas disputas pelo poder.

Os números divergem do monitoramento do Estadão, que apontou o maior número de mortes por motivações políticas este ano desde a Lei de Anistia e o início da redemocratização, em 1979. Desde janeiro, foram 107 assassinatos, segundo o levantamento. Das vítimas, 33 eram pré-candidatos e candidatos a prefeito e a vereador. Segundo o TSE, houve um salto de crimes desde 2016, quando 46 candidatos e pré-candidatos teriam sido alvo de atentados. Pelo monitoramento do Estadão, foram 47.

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A propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão dos candidatos que concorrem ao segundo turno nas eleições municipais deste ano termina nesta sexta-feira (27). Hoje é também o último dia para a realização de debates no rádio e na televisão. 

Ao todo, 57 municípios brasileiros com mais de 200 mil eleitores terão segundo turno no próximo domingo (29). A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão para a eleição de prefeitos teve início no dia 16 de novembro.

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Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 38.284.410 eleitores estão aptos a votar no segundo turno das eleições municipais de 2020. Das cidades que vão definir os prefeitos em segundo turno, 18 são capitais. 

A Região Nordeste tem a maior quantidade de capitais (sete) que ainda não definiram o chefe do Poder Executivo local: Maceió, Fortaleza, São Luís, João Pessoa, Recife, Teresina e Aracaju. Na sequência, vem a Região Norte, com cinco capitais no segundo turno: Rio Branco, Manaus, Belém, Porto Velho e Boa Vista.

Os eleitores de Vitória, do Rio de Janeiro e de São Paulo (SP) também terão de comparecer às urnas no próximo dia 29. Cuiabá e Goiânia são as duas únicas capitais do Centro-Oeste brasileiro a disputar o segundo turno. No Sul, apenas Porto Alegre (RS) terá disputa.

Segurança Sanitária

Em decorrência da pandemia de Covid-19, o horário de votação foi estendido e será realizado das 7h às 17h (horário local). O horário das 7h às 10h é preferencial para maiores de 60 anos. Os demais eleitores não serão proibidos de votar nesse horário, mas devem, se possível, comparecer a partir das 10h, respeitando a preferência.

Também em virtude da pandemia, o uso de máscaras é obrigatório. Sem ela, o eleitor não poderá votar. Caso seja necessário, o mesário pode pedir que o eleitor se afaste e abaixe a máscara para conferir a foto na identidade.

Entre os protocolos de segurança está a exigência do distanciamento mínimo de um metro. Não será permitido comer ou beber na fila de espera. A medida é para evitar que as pessoas tirem a máscara.

O TSE recomenda que os eleitores levem sua própria caneta para assinar presença no caderno de votação.

Proibições

No dia da votação, a legislação eleitoral proíbe a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos. Também são vedados, até o término do horário de votação, com ou sem utilização de veículos: aglomeração de pessoas com vestuário padronizado ou instrumentos de propaganda; caracterização de manifestação coletiva e/ou ruidosa; abordagem, aliciamento, utilização de métodos de persuasão ou convencimento; e distribuição de camisetas.

A legislação proíbe ainda o uso de alto-falantes, amplificadores de som, a realização de comícios, carreatas e qualquer veículo com jingles; a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna; o derrame de santinhos e outros impressos no local de votação ou nas vias próximas, ainda que realizado na véspera da eleição; e a publicação de novos conteúdos ou a intensificação de conteúdo na internet, podendo ser mantidos em funcionamento as aplicações e os conteúdos publicados anteriormente.

Para oito em cada dez paulistanos, estar envolvido em corrupção é um comportamento inadmissível em um político. O dado é da pesquisa Ibope/TV Globo/Estadão, que, além de analisar a intenção de votos dos eleitores nesta corrida eleitoral em São Paulo, trouxe informações sobre a percepção sobre seus representantes.

O Ibope perguntou aos entrevistados que comportamentos não admitem de jeito nenhum em um político, e ofereceu as seguintes opções: "estar envolvido em corrupção", "fazer aliança com adversários políticos", "empregar parentes quando exerce um cargo público", "não cumprir o que promete em campanha" e "gastar muito mais do que o necessário para fazer uma obra". Os eleitores puderam dar mais de uma resposta.

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O fator corrupção ficou em primeiro lugar no ranking de posturas inaceitáveis, com 79%. A seguir vieram o descumprimento de promessas (48%), o superfaturamento (30%) e o nepotismo (30%).

O instituto também perguntou se os paulistanos costumam acompanhar o trabalho dos vereadores. Seis em cada dez afirmaram que não o fazem. A pesquisa foi realizada entre 23 e 25 de novembro, com 1.001 eleitores. As entrevistas foram realizadas de forma presencial - por causa da pandemia de Covid-19, a equipe do Ibope usou equipamentos de proteção.

As campanhas do prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), e do candidato do PSOL, Guilherme Boulos, vão redobrar a aposta em suas estratégias e recorrer ao tom emotivo e otimista no último dia de exposição na TV antes da votação no segundo turno. Hoje se encerra a propaganda do horário eleitoral e os candidatos terão a última chance de um confronto direto no debate da TV Globo.

Covas, que lidera as intenções de voto, procurou se apresentar na maior parte do chamado palanque eletrônico como um tocador de obras. No último programa, o tucano vai criticar de forma indireta o adversário, Guilherme Boulos (PSOL) e fazer um apelo para que os eleitores optem pela "experiência".

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"Estou fazendo essa campanha de forma transparente. Falando olho no olho, focado nas pessoas. Sem artista famoso, sem político antigo, sem agressões. A minha aliança é com você, com a população", diz Covas, destacando que há uma crise "enorme’" para se enfrentar.

"Essa eleição é sobre quem tem mais experiência e mais condições de juntar forças para motivar São Paulo e oferecer a esperança de verdade. São Paulo é muito grande e diversa para estar a serviço de um único partido, de um projeto de poder. Não é hora de aventuras e de vender ilusões. Ninguém é dono da verdade."

Depois de evitar a nacionalização do debate ao longo da campanha, o PSDB busca reativar o eleitor antipetista com uma narrativa polarizante. O "partido único", no caso, é uma metáfora da frente de esquerda que se formou em torno de Boulos, que inclui Lula, Ciro Gomes, Flávio Dino, Orlando Silva e até Marina Silva.

A campanha uma série de ações de rua em diversos pontos da cidade. A ex-prefeita Marta Suplicy vai reforçar a campanha nas ruas do Grajaú e Parelheiros, no extremo sul, sem o prefeito no carro adaptado.

A campanha tucana minimiza o impacto do último debate da eleição. A avaliação é que formato não permite um confronto beligerante, que é tudo que Covas pretende evitar. Para um integrante da coordenação da campanha, o "ônus" de atacar do adversário será de Boulos.

Periferia

A campanha do candidato do PSOL na TV terá como foco a periferia, onde se concentra a maioria dos eleitores e o candidato ainda vê espaço para crescimento.

Conforme pesquisa Ibope/TV Globo/Estadão divulgada anteontem, Boulos é mais desconhecido entre a parcela mais pobre da população - aquela que recebe até um salário mínimo por mês. Nela, 38% dizem não conhecer o candidato do PSOL o suficiente. Um em cada quatro paulistanos afirma não conhecer suficientemente Boulos. No caso do prefeito, apenas um em cada dez manifesta o mesmo desconhecimento.

Boulos deve se concentrar hoje na preparação para o debate na TV Globo. A estratégia será traçada ao longo do dia conforme o desenrolar dos acontecimentos.

Um fato que preocupa a campanha é a divulgação de vídeos nos quais aliados de Covas acusam Boulos de tentar explorar politicamente a doença do prefeito. O PSOL procura explorar o noticiário negativo que envolve Ricardo Nunes, o candidato a vice na chapa do tucano.

Pesquisas

Conforme as pesquisas, Covas mantém a liderança na corrida eleitoral pela Prefeitura na reta final da campanha em segundo turno. Levantamento divulgado ontem pelo Datafolha, o prefeito tem 47% das intenções de voto, ante 40% do candidato do PSOL. O levantamento mostra ainda que há 4% de indecisos e 9% que pretendem votar nulo ou branco. Em relação à pesquisa anterior, Covas oscilou um ponto - estava com 48%. Já Boulos se manteve com 40%.

Se considerados apenas os votos válidos (excluídos brancos, nulos e o porcentual de eleitores indecisos), o placar é de 54% para Covas ante 46% de Boulos. O levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral sob o protocolo SP-09865/2020.

Na pesquisa Ibope/TV Globo/Estadão divulgada anteontem, o prefeito tem 48% e o candidato do PSOL 37% das intenções de voto. Há, ainda, 4% de indecisos, e 12% pretendem votar nulo ou em branco. O levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral sob o protocolo SP 09681/2020.

O presidente Jair Bolsonaro disse, na noite desta quinta-feira (26), durante transmissão ao vivo em suas redes sociais, que não vai tomar lado no segundo turno das eleições em São Paulo. "Não vou dar dica aqui. Tô fora dessa". Quando comentou sobre as eleições no Rio de Janeiro, o líder do Planalto tampouco pediu votos para o prefeito e candidato à reeleição Marcelo Crivella (Republicanos), apoiado pelo presidente no primeiro turno.

"Votem em quem quiserem", disse Bolsonaro, que tem boa relação com o adversário de Crivella na disputa, o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM). Paes lidera com folga a corrida eleitoral no Rio de Janeiro, segundo pesquisas de intenção de voto. Como mostrou o Broadcast Político, o presidente falhou como cabo eleitoral nessas eleições.

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Ao lado do ministro da Educação, Milton Ribeiro, e do secretário de Alfabetização, Carlos Nadalim, Bolsonaro lembrou que seu candidato na capital paulista, Celso Russomanno (Republicanos), foi derrotado em primeiro turno, e teceu comentários em tom de crítica sobre os rivais desta segunda etapa, o prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), e Guilherme Boulos (PSOL). "O Covas declarou que não votou em mim no segundo turno. Então votou no PT, no Haddad. O outro cara, do PSOL, é conhecido."

Covas, na verdade, já disse publicamente que anulou seu voto nas eleições presidenciais de 2018.

Pandemia

O presidente aproveitou a live para comentar sobre a Covid-19. Segundo ele, a utilização de máscaras como forma de prevenir o novo coronavírus "deve ser o último tabu a cair". "A grande maioria dos que se infectaram da covid foi em casa", voltou a dizer, sem apresentar provas.

Bolsonaro ainda lamentou o acidente de ônibus em Taguaí, no interior de São Paulo.

O candidato à prefeitura do Rio de Janeiro pelo DEM, Eduardo Paes, seria eleito prefeito do Rio de Janeiro se a eleição fosse hoje, segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha na noite dessa quinta-feira (26). Paes teria 55% dos votos, enquanto seu concorrente, o atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), teria 23%. Na pesquisa anterior, há exatamente uma semana, Paes tinha 54% e Crivella, 21%. Ambos variaram dentro da margem de erro, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

A pesquisa desta quinta-feira indicou que 18% dos eleitores consultados votariam em branco ou nulo (eram 22% na pesquisa anterior) e 5% não quiseram ou não souberam dizer (na pesquisa anterior eram 3%). Considerando apenas os votos válidos, Paes tem 70% e Crivella, 30%. Segundo a pesquisa, 90% dos eleitores consultados estão totalmente decididos, enquanto 9% ainda podem mudar e 1% não soube responder.

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A pesquisa Datafolha foi divulgada um dia após a do Ibope, que na quarta-feira (25) registrou 53% para Paes e 28% para Crivella, com 16% de brancos ou nulos e 3% que não quiseram ou não souberam responder.

No primeiro turno, Paes ficou em primeiro, com 37%, enquanto Crivella foi o segundo e obteve 21,9% dos votos. Os votos brancos e nulos representaram 19,23% do total.

O Datafolha ouviu 1.148 eleitores do Rio de Janeiro nos dias 24 e 25 de novembro. A pesquisa foi contratada pela TV Globo e pelo jornal Folha de S.Paulo e está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) com o protocolo RJ-03404/2020. O nível de confiança estimado é de 95%, ou seja, o levantamento tem 95% de chance de representar a realidade.

O prefeito e candidato à reeleição Bruno Covas (PSDB) tem 47% das intenções de voto, ante 40% do candidato do PSOL, Guilherme Boulos, aponta pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 26. O levantamento mostra que há 4% de indecisos e 9% que pretendem votar nulo ou branco. Em relação à pesquisa anterior, Covas oscilou um ponto - estava com 48%. Já Boulos se manteve com 40%.

Se considerados apenas os votos válidos (excluídos brancos, nulos e o porcentual de eleitores indecisos), o placar é de 54% para Covas ante 46% de Boulos.

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A pesquisa divulgada nesta quinta foi realizada entre terça-feira, 24 e quarta-feira, 25 e com 1.512 eleitores e a margem de erro de três pontos porcentuais. O levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral sob o protocolo SP-09865/2020.

Um vídeo que circula na internet mostra que João Campos (PSB) e sua equipe foram expulsos da comunidade Caranguejo Tabaiares, localizada na Zona Oeste do Recife. A expulsão teria acontecido nesta última quinta-feira (25).

“Como é que tu vem pra cá? Cara de pau! Vem fazer o que aqui? Queria tirar a gente daqui e agora vem pra cá. Vai embora daqui! Vai embora, alma sebosa”, diz a mulher que grava o vídeo.

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Isso acontece porque há anos é prometido um habitacional para os moradores da comunidade, mas nada saiu de promessas. Para piorar a situação, o atual prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), padrinho político de João Campos, surpreendeu a comunidade no ano passado com o decreto nº 32.680 de desapropriação em caráter de urgência.

O local, que é uma Zona Especial de Interesse Social (Zeis), sofre com a especulação imobiliária. 

Um grupo de 70 juristas pernambucanos e de outros estados assinou um manifesto repudiando os ataques feitos pelo candidato a prefeito do Recife João Campos (PSB) a sua prima e adversária de campanha, Marília Arraes (PT). No documento, intitulado "Manifesto de Juristas contra as fakes news e graves agressões sofridas pela candidata Marília Arraes", eles ressaltam que o pleito na capital pernambucana tem sido marcado, na reta final, por "um amontoado de fake news", "que tem por finalidade desmoralizar e desconstruir a candidatura de Marília Arraes, com fatos distorcidos e inverídicos".

Além de destacar o disparo de notícias falsas, o grupo lamenta que a campanha do pessebista tenha partido para ataques a fé das pessoas. "Ainda mais trágico é ver o candidato do PSB no Recife, de um partido que já atuou em defesa da democracia, adotar mentiras espetaculosas e fundamentalistas que buscam manipular a fé do eleitor, buscando incitar o medo e a rejeição de evangélicos e católicos contra a candidata Marília Arraes, em um vale tudo abominável, apesar da laicidade prevista na Constituição brasileira e embora saibam que além de mulher, Marília Arraes é mãe e cristã. Na condição de juristas e defensores da democracia, frisamos, portanto, que em decorrência das diversas práticas de fake news com forte conotação de violência de gênero, não podemos nos silenciar diante dessa prática obscura e misógina, sabendo que tais práticas representam ainda uma ameaça ao próprio equilíbrio democrático de uma eleição e uma ameaça ao estado de direito".

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Ao defender a candidata petista, os juristas que subcrevem o manifesto dizem estar do lado da "verdade dos fatos".

A disputa pela Prefeitura do Recife está acirrada neste segundo turno. Segundo a pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (26), Marília Arraes (PT) está na liderança com 43% e João Campos (PSB) em segundo, com 40% das intenções de voto.

O levantamento, encomendado pela TV Globo e a Folha de São Paulo, foi realizado entre os dias 24 e 25 de novembro e tem margem de erro de 3 pontos percentuais, o que confirma que João está tecnicamente empatado com Marília, no limite da margem de erro.

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Nos votos válidos, os resultados são os seguintes: Marília Arraes 52% e João Campos 48%. 

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) se reuniu, nesta quinta-feira (26), no Recife, com prefeitos eleitos nos municípios de Pernambuco. Além da avaliação do resultado eleitoral e do cenário político atual, os gestores apresentaram ao líder do governo no Senado demandas de ações e projetos a serem desenvolvidos em suas cidades em parceria com o governo federal.

Na visita ao senador, a prefeita reeleita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), agradeceu a parceria durante o primeiro mandato e renovou o pedido de apoio na segunda gestão. “Caruaru precisa continuar avançando, e a prefeita Raquel Lyra nos apresentou novos pleitos para a cidade, com ações destinadas às áreas de saúde e infraestrutura viária, assim como o apoio da Codevasf”, explicou Fernando Bezerra.

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Já no encontro com o prefeito eleito de Tacaratu, Washington de Araújo (MDB), FBC registrou a expressiva vitória obtida pelo emedebista na cidade e recebeu os primeiros pleitos do seu futuro mandato, como a retomada das obras do Sistema de Abastecimento de Água Petrolândia/Tacaratu, que levará água a 12 comunidades da região, bem como recursos federais para obras de recapeamento, construção e ampliação de creches, escolas e quadras poliesportivas.

Na mesma direção seguiu a reunião com o prefeito eleito de Petrolândia, Fabiano Marques (PTB). Acompanhado do vice-prefeito eleito Rogério Novaes (PSD) e do vereador Dedé, o gestor solicitou o apoio do senador para liberar recursos investimentos nas áreas de infraestrutura, água e educação. Reeleito no município de Condado, o prefeito Antonio Cassiano informou ao senador que irá a Brasília para discutir projetos em andamento e para agilizar ações junto ao FNDE e ao Ministério da Saúde.

O senador Fernando Bezerra Coelho também teve encontros com a prefeita Maria José (DEM), de Pesqueira, e os prefeitos de Ferreiros, Bruno Japhet (MDB), e de Brejo da Madre de Deus, Hilário Paulo (PSD).

*Da assessoria  

 

Apoiador de Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno da disputa em São Paulo, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB) se viu numa saia justa esta semana, ao ser convidado pelo candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), para discutir a pauta antirracista na Prefeitura semana que vem. A reunião voltou a ser citada nesta quinta-feira, 26, pelo prefeito durante a sabatina da Rádio Eldorado. Covas passou a defender uma proposta de Orlando, a cassação do alvará de funcionamento os estabelecimentos que registrem casos de racismo de forma reincidente. O tema ganhou mais relevância após o assassinado de João Alberto Freitas, asfixiado e espancado até a morte por dois seguranças brancos, no último dia 19, véspera do Dia da Consciência Negra, em uma unidade do Carrefour em Porto Alegre.

"É muito importante enfrentar o racismo estrutural, é uma pauta que deve reunir todos aqueles que são antirracistas", afirmou Orlando ao Estadão, quando questionado se vai à reunião na Prefeitura. "Não é um problema de um partido, de um candidato ou de um campo político", reiterou. "Ele (Covas) é prefeito da cidade até 31 de dezembro. Se ele tiver disposição de fato de adotar alguma medida prática, não é uma coisa ruim." No Twitter, onde Covas e Orlando trocaram mensagens públicas sobre o tema, o deputado não disse explicitamente que participará do encontro.

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"Ainda não vi minhas mídias sociais para ver se ele respondeu, mas essa (ideia da cassação do alvará de funcionamento) é uma boa iniciativa. Vamos apoiar. Espero que ele possa estar comigo na Prefeitura semana que vem", disse o tucano nesta quinta, após uma carreata em Santana, na zona norte da cidade.

Em sabatina ao Estadão, ainda em 3 de novembro, Orlando havia explicado que sua ideia é responsabilizar os donos de estabelecimentos que não treinarem seus seguranças adequadamente para evitar casos de racismo, dificultando que os proprietários possam alegar que a culpa, em casos de violência praticada contra pessoas negras, seria de terceiros.

Também no mês de novembro e ainda antes da morte de João Alberto, Orlando apresentou na Câmara dos Deputados um projeto para fazer com que o "fornecedor de produtos e serviços", responda por "atos de racismo ou discriminação por conta de orientação sexual, condição financeira, origem, ou de qualquer forma discriminatórios praticados em seu estabelecimento". O texto proposto pelo parlamentar ainda obriga os prestadores de serviços a capacitar seus funcionários "para não praticarem atos racistas ou equiparados".

Após a morte de João Alberto, o projeto passou a tramitar em regime de urgência. Orlando também é autor de outras propostas, de anos anteriores, que tentam emplacar medidas de combate ao racismo estrutural.

O que é a pauta antirracista?

A pauta antirracista demanda de seus seguidores - inclusive brancos - um esforço ativo e contínuo de combate a todas as manifestações de racismo, das menos às mais óbvias. Os proponentes da ideia defendem que não basta que pessoas de etnia branca não sejam racistas, é preciso que elas ativamente se oponham à descriminação.

Perguntado sobre a urgência do tema e sobre frequentes pedidos para que pessoas negras tenham calma ao fazer as suas reivindicações em torno do assunto, Orlando - conhecido pelo perfil de parlamentar conciliador - afirmou: "Não nos peça paciência. Não dá para pedir paciência de quem sofre o que sofre no dia a dia, sabe? Tem pressa quem quer romper com o racismo estrutural no Brasil. É muito duro você viver a violência policial, é muito duro você sofre com o desemprego. São muitos fatores que precisam ser enfrentados para ontem. Não é para quando der. Nós já tivemos paciência demais".

O candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, recebeu nesta quinta-feira, 26, o manifesto de apoio de empresários e agentes do mercado financeiro com os quais tem se reunido com frequência desde o início da campanha eleitoral. No texto assinado como #votoboulosmepergunteporque, o candidato é tratado como empreendedor social e, em conversas reservadas, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) é comparado a uma startup de sucesso.

Integrantes deste grupo trabalham junto com a coordenação do plano de governo de Boulos com o objetivo de tornar as propostas mais condizentes com as expectativas do mercado financeiro. Uma das sugestões é incluir pontos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e estipular métricas para as políticas ambientais propostas pelo candidato. Além disso, eles estão ajudando a fazer as contas sobre o custo das promessas e as possíveis fontes de recursos.

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O manifesto é assinado pelo ex-banqueiro Eduardo Moreira, pelo empresário do agronegócio Luis Rheingatntz, o empreendedor social Marcel Fukayama, as empresárias Nina Silva e Eliana Lopes, entre outras pessoas.

O objetivo das reuniões que Boulos vem tendo com empresários, segundo integrantes do grupo, é tentar desfazer preconceitos dos agentes do mercado em relação a Boulos e aproximar o candidato dos escritórios da Avenida Faria Lima, centro econômico da cidade.

O último encontro, realizado terça-feira, 24, reuniu cerca de 50 pessoas. Entre os participantes das conversas estiveram CEOs e CFOs de grandes bancos europeus, diretores e executivos de instituições brasileiras. Quem intermediou os contatos foi a produtora cultural Paula Lavigne, uma das maiores doadoras individuais da campanha do PSOL, com R$ 100 mil. Em uma das primeiras reuniões, Boulos disse em tom de brincadeira que não podia falar dos encontros para o MTST.

O manifesto entregue nesta quinta-feira trata Boulos como empreendedor social. "Boulos é um bem sucedido empreendedor social e político. Fundou e lidera um movimento social que, em duas décadas, apesar da restrição orçamentária, garantiu moradia para mais de vinte mil pessoas e atua em 14 Estados", diz o manifesto.

Neste domingo (29), eleitores de 57 cidades no Brasil voltam às urnas. Veja no vídeo quem são os candidatos que disputam a vaga de prefeito nas capitais onde haverá segundo turno.

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*Da Agência Senado

 

Eleito em primeiro turno para assumir a Prefeitura de Pesqueira, no Agreste de Pernambuco, o Cacique Marquinhos (Republicanos) segue com a candidatura indeferida. Nessa quarta-feira (25), o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) negou os embargos que viabilizavam sua posse.

O embargo impetrado pelo cacique, de 42 anos, é um recurso para esclarecer uma possível contradição ou omissão ocorrida na decisão do TRE. Porém, o colegiado do órgão compreendeu que não houve omissões ou contradições na determinação que já havia indeferido sua campanha.

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Mesmo sem previsão de julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o prefeito eleito ainda pode recorrer do resultado proposto pelo TRE. Marquinhos conquistou 17.654 votos, equivalente a 51,60% dos votos válidos de Pesqueira. Ele ficou a frente de Maria José (DEM), que recebeu 45,48% dos votos, e Antônio Mota (PSOL), com 2,92%. Contudo, uma antiga condenação de incêndio indeferiu seu registro de candidatura.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), detalhou sua proposta de criar uma "Lava Jato municipal" caso venha a ser eleito para um segundo mandato na eleição do próximo domingo (29). Em entrevista à Rádio Eldorado, o candidato à reeleição disse que o objetivo é aumentar a transparência e a participação popular na fiscalização municipal, mas que a estrutura seria formada por voluntários e não estaria subordinada à Prefeitura.

Questionado sobre o que seria a "Lava Jato municipal" e a diferença para os mecanismos de controle já existentes, Covas esclareceu que a medida busca uma ação externa, que não demanda uma nova estrutura na cidade e nem será controlada por um partido ou político específico.

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"É buscar uma ação externa, que não seja uma estrutura da Prefeitura, porque a gente já tem a Controladoria, o Tribunal de Contas, a Câmara Municipal. A gente já tem os órgãos próprios. São pessoas de fora que poderiam ajudar a olhar os contratos. Nenhuma estrutura a ser criada na Prefeitura de São Paulo para isso, mas com advogados, especialistas, que possam, de forma voluntária, ajudar e colaborar, orientando e buscando soluções (...). Não há a criação de nenhuma estrutura nova a ser controlada pelo partido 'A' ou pela candidata 'B'", disse Covas.

Dono da maior coligação durante o primeiro turno - ampliada com as declarações de apoio após a definição do 2º turno -, o tucano também afirmou que não há nenhum acordo prévio sobre a distribuição de cargos no governo entre os partidos. Entretanto, afirmou que, se sair vencedor, a decisão sobre os nomes dos novos secretários e subprefeitos será feita em conjunto com as siglas.

"Eu não fiz nenhum loteamento de futuro governo(...). Você não pode lotear um governo que não existe. Passada a eleição, nós vamos conversar com os partidos que nos apoiaram, verificar se eles têm nomes preparados, capacitados. Não adianta a gente achar que só o meu partido político tem nomes preparados. A gente tem um programa de governo. Quem tiver compromisso com esse programa de governo, capacidade, honestidade, não tem nenhum problema de fazer parte da gestão", disse. "Os diferentes também prestam. Não tem como a gente fazer um governo que seja sectário, voltado exclusivamente às pessoas do meu partido."

O candidato também reiterou críticas que fez à candidatura do seu rival, Guilherme Boulos (PSOL). Em uma peça publicitária, a campanha de Covas afirma que São Paulo será governada por "um partido só" em caso de vitória de Boulos. Entretanto, o candidato adversário já recebeu apoios de vários partidos, como PT, PDT, PCdoB, PSB e Rede. Perguntado se a campanha exagerou na afirmação, o prefeito disse que considerava que todas as siglas defendiam "um projeto só".

"Eu acho que é um projeto só, né? Até porque são projetos muito parecidos, portanto acho que a crítica vale. Acho que é muito mais relacionado [o material de campanha] ao projeto de poder enviesado, que eu acho que não cabe na cidade de São Paulo, que é uma cidade ampla, diversificada, diversa, em que é preciso conversar com direita, esquerda, centro e reconhecer que a gente tem bons nomes em todos os pontos", afirmou.

Diversidade e punição para atos racistas

Na sabatina, Covas também foi questionado sobre a diversidade em seu governo e punições para casos de racismo, como o ocorrido em Porto Alegre - que terminou com a morte do homem negro João Alberto Freitas. O prefeito afirmou que, durante o mandato atual, ampliou a quantidade de mulheres na gestão - de três para sete secretárias municipais -, mas que "não foi possível ter a presença de negros no secretariado". Questionado sobre qual foi a dificuldade dessas nomeações, Covas irritou-se.

"Se eu achasse que a cidade estivesse sem nenhum problema para resolver, eu não era mais candidato à reeleição. Eu acho que a gente avançou muito em várias áreas, mas a gente precisa avançar em muito mais, e essa é uma delas. Não foi possível avançar nesses quatro anos, nós vamos avançar nos próximos quatro", respondeu, dizendo também que assumiu o compromisso de indicar pessoas negras para secretarias em um eventual próximo governo.

Covas declarou que ainda está aprendendo sobre o tema, pois nunca sofreu racismo, mas que São Paulo avançou neste debate nos últimos anos, com a assinatura de um decreto sobre racismo estrutural e com o cumprimento da nomeação de um mínimo de 20% de pessoas negras para cargos de confiança. Ele disse também que pretende adotar uma medida para cassar o alvará de funcionamento de empresas que promovam o racismo.

"O deputado Orlando Silva apresentou esse projeto que trata da cassação de alvará. Eu entrei em contato com ele e marquei para a próxima semana, pedi que a gente pudesse se reunir, para que a gente pudesse ter essa iniciativa na cidade de São Paulo. É uma boa ideia, vamos também trazer isso para cá." Silva disputou a Prefeitura pelo PCdoB e declarou apoio a Boulos no segundo turno da eleição.

Mais de 38 milhões de eleitores voltam às urnas no domingo (29) para eleger os prefeitos das 57 cidades brasileiras em que a disputa será definida no segundo turno. São 18 capitais estaduais e outros 49 municípios com mais de 200 mil eleitores, onde nenhum dos candidatos obteve a maioria absoluta dos votos válidos para se eleger em primeiro turno.

As capitais onde a disputa será definida em segundo turno são as seguintes: Aracaju (SE), Belém (PA), Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).

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O Brasil tem 95 cidades com mais de 200 mil eleitores. Em 37 delas, os prefeitos foram eleitos no último dia 15 de novembro. Depois de domingo, apenas um município brasileiro ficará com a escolha do prefeito ainda pendente: Macapá (AP), com mais de 292 mil eleitores. Prejudicada por um apagão elétrico que se estendeu por 22 dias, a cidade terá o primeiro turno das eleições no dia 6 de dezembro. A segunda fase da disputa está marcada para o dia 20.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu não fazer o primeiro turno em Macapá no próximo domingo devido a uma limitação técnica. Nas 57 cidades onde haverá segundo turno, o sistema de informática do órgão está preparado para apurar e totalizar os votos atribuídos a apenas dois candidatos. Na capital amapaense, dez postulantes disputam o primeiro turno das eleições.

Dos dois senadores que concorreram no último domingo, apenas um continua no páreo. Vanderlan Cardoso (PSD-GO), que obteve 24,67% dos votos no primeiro turno, disputa a prefeitura de Goiânia com o atual prefeito, Maguito Vilela (MDB), que ficou com 36,02% dos votos. Em Natal, onde o senador Jean Paul Prates (PT-RN) conquistou 14,38% dos votos, Alvaro Dias (PSDB) foi reeleito em primeiro turno, com 56,58%.

Calendário e pandemia

Nesta quinta-feira (26), termina o prazo para a realização de reuniões públicas ou comícios com sonorização fixa. Também a partir desta quinta, a Justiça Eleitoral pode expedir salvo-conduto para eleitores que sofrerem violência moral ou física que comprometa a liberdade de votar.

Desde terça-feira (24), os eleitores das 57 cidades onde haverá segundo turno não podem ser presos ou detidos. As exceções são para os casos de flagrante delito, desrespeito a salvo-conduto e sentença condenatória por crime inafiançável (racismo, tortura, tráfico de drogas, terrorismo, ação de grupos armados) ou hediondo.

O TSE manteve para o próximo domingo as mesmas orientações sanitárias contra o coronavírus recomendadas no primeiro turno das eleições. O uso da máscara é obrigatório, e todos devem higienizar as mãos antes e depois de digitar o número do candidato na urna eletrônica. Cada seção eleitoral vai contar com álcool em gel para eleitores e mesários.

Os eleitores devem respeitar a distância mínima de um metro para outras pessoas. Outra recomendação é que cada um leve a sua própria caneta para assinar o caderno de votação. O objetivo é evitar o compartilhamento de objetos e diminuir o contato dos eleitores com superfícies eventualmente infectadas. 

Com informações do Tribunal Superior Eleitoral e da Agência Senado

A mais recente pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo mostra que há diferenças significativas nas taxas de conhecimento dos eleitores sobre cada candidato à Prefeitura de São Paulo. Um em cada quatro paulistanos afirma não conhecer suficientemente Guilherme Boulos (PSOL). No caso do prefeito Bruno Covas (PSDB), apenas um em cada dez manifesta o mesmo.

Esse desconhecimento sobre Boulos é maior entre a parcela mais pobre da população - aquela que recebe até um salário mínimo por mês. Nela, 38% dizem não conhecer o candidato do PSOL o suficiente.

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No primeiro turno, Covas foi o candidato com maior exposição na propaganda eleitoral, por ter a coligação com a maior bancada de deputados federais - principal critério de divisão do tempo de rádio e televisão. Na comparação com Boulos, o prefeito tucano apareceu cerca de dez vezes mais. No segundo turno, os dois candidatos ganharam tempos iguais de propaganda.

Potencial

Em um dos itens do questionário da pesquisa, os entrevistadores do Ibope leram para os entrevistados quatro frases e perguntaram qual delas melhor representaria a opinião deles sobre cada candidato: "com certeza votaria nele", "poderia votar nele", "não votaria nele de jeito nenhum" e "não o conheço o suficiente para opinar" eram as opções.

As respostas mostram que, entre os paulistanos com a opção de voto bem consolidada, há um empate técnico: 31% para Covas e 27% para Boulos. Mas o prefeito tucano desponta como o nome com mais potencial de voto, já que abre larga diferença no campo dos que "poderiam votar": tem 25%, que, somados aos 31% convictos, o leva ao patamar de 57%.

Boulos tem apenas 15% no quesito "poderia votar nele", dez pontos porcentuais a menos que seu adversário.

O Ibope também perguntou aos eleitores se eles ainda podem mudar a preferência de voto até o domingo. Apenas 18% responderam positivamente a essa questão. A maioria dos paulistanos, 81%, garante que seguirá com a sua escolha nos próximos dias, seja ela Covas, Boulos, em branco ou nulo.

Entre os que afirmam que estão sujeitos a mudar de opinião, novamente os mais pobres se destacam: 24% dos que ganham até um salário mínimo por mês, o que significa um a cada quatro pessoas pertencentes a essa faixa salarial, reconhecem a possibilidade. Nas outras faixas de renda, o porcentual não chega a 20%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 25 de novembro, com 1.001 eleitores. As entrevistas foram realizadas de forma presencial. O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerada a margem de erro de três pontos porcentuais. O levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral sob o protocolo SP-09681/2020.

"Sem dúvida alguma, vai tornar o Recife mais atrativo. Nós temos hoje cerca de 65% dos turistas que só ficam aqui no primeiro dia. E é preciso mudar isso, principalmente com diálogo, ver quais são os projetos que o setor tem e canalizar os investimentos para as áreas primordiais, inclusive criando novas alternativas, como o turismo criativo, para levar o turista para as comunidades e fomentar o setor gastronômico", emendou.

Marília também afirmou que pretende, caso seja eleita, revitalizar a orla de Boa Viagem. "Hoje, existe um processo de concessão pública para reforma dos quiosques, mas nós entendemos que deve haver um concurso público de projetos e principalmente a escuta dos moradores. A praia é um meio de lazer totalmente democrático, que as pessoas usam aos domingos. Então, tem que haver uma escuta e oferecer melhores condições aos turistas. Nossa principal prioridade é cuidar da faixa da praia e buscar investimentos do governo federal para isso, como foi feito em Jaboatão, por exemplo", disse.

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*Da assessoria de imprensa

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