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O novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que está sendo lançado nesta sexta-feira (11) irá investir R$ 1,7 trilhão em todos os Estados do País. Na lista de investimentos por Estado, o Rio de Janeiro é o que mais receberá dinheiro pelo programa, seguido por São Paulo, Minas Gerais, Sergipe, Bahia e Paraná. Já os que menos receberão investimentos são Rondônia, com R$ 29,6 bilhões, Amapá e Roraima - estes com a mesma quantia cada, de R$ 28,6 bilhões - e Acre, com R$ 26,6 bilhões.

A prioridade do Executivo federal no programa serão as obras inacabadas, seguidas de pedidos de governadores e, por último, solicitações dos ministérios. Os investimentos previstos com recursos do Orçamento Geral da União somam R$ 371 bilhões e os das empresas estatais, R$ 343 bilhões. Também entram na conta financiamentos, na ordem de R$ 362 bilhões, e desembolsos do setor privado, em um total de R$ 612 bilhões. O maior volume de recursos é previsto para até 2026, mas parte da lista inclui gastos que serão feitos depois.

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A lista de investimentos por Estado estava sendo mantida sob sigilo pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, nos últimos dias. Conforme mostrou o Estadão/Broadcast, a ideia era evitar que as Unidades da Federação que receberão menos recursos percebessem antes do anúncio e intensificassem o lobby por mais benfeitorias em seus territórios.

Confira abaixo a lista de recursos - do maior para o menor - por Estado e as principais obras de cada região contempladas pelo PAC:

Rio de Janeiro: R$ 342,6 bilhões

16 novas plataformas para Desenvolvimento da Produção de Petróleo e Gás Natural; 11 Gasodutos Interligados e 1 Gasoduto de Escoamento - Rota 3, Refinaria Duque de Caxias - Coprocessamento e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

São Paulo: R$ 179,6 bilhões

Implantação de túnel Santos - Guarujá, Extensão da Linha 2 Verde do Metrô - Vila Prudente - Penha - Guarulhos, Trem de Passageiros São Paulo - Campinas e moradias Minha Casa, Minha Vida.

Minas Gerais: R$ 171,9 bilhões

Concessão/duplicação da BR 381 - Governador Valadares - Belo Horizonte; as concessões das BR 153, 262 e 040; a construção da BR 367 - Salto da Divisa - Almenara; a Construção da BR 135 - Manga - Itacarambi e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Sergipe: R$ 136,6 bilhões

Duplicação da BR-101 - Sul e Norte; o gasoduto do Projeto Sergipe Águas Profundas e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Bahia: R$ 119,4 bilhões

Duplicações das BR 101, da divisa de Sergipe a Feira de Santana; BR-116, de Serrinha a Feira de Santana; BR 242, de Barreiras a Luis Eduardo Magalhães; Contorno Norte de Feira de Santana; a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL); Duplicação da Estrada do Derba - BRT Águas Claras até o Subúrbio; Barragens Catolé, Morrinhos, Baraúnas e Rio da Caixa; a Adutora da Fé e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Paraná: R$ 107,2 bilhões

Construção do Contorno Leste de Guaíra - BR 163, a Construção da BR 487 (Boiadeira - Serra dos Dourados - Cruzeiro do Oeste), moradias do Minha Casa, Minha Vida e concessão de seis lotes de rodovias.

Goiás: R$ 98,5 bilhões

Hospital do Câncer, o BRT de Luziânia e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Maranhão: R$ 93,9 bilhões

Adequação da BR-135/316 - Miranda do Norte - Timon; a duplicação da BR-010 - Imperatriz-Açailândia; a universalização do abastecimento de água em Barreirinhas, São Luís e Imperatriz e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Pernambuco: R$ 91,9 bilhões

Transnordestina, a Adequação da BR 423 (São Caetano - Lajedo), a Adequação da BR 104 (Caruaru - Divisa PB), a Adutora do Pajeú (2ª Fase), a Adutora do Agreste Pernambucano (1ª Etapa) e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Rio Grande do Sul: R$ 75,6 bilhões

Duplicação da BR 116 - Porto Alegre - Pelotas, a Construção de acessos à nova Ponte do Guaíba, a Adequação do trecho Porto Alegre - Novo Hamburgo da BR 116, a Duplicação da BR 290, trecho Eldorado do Sul - Pântano Grande, a Barragem Arroio Jaguari, a Barragem Arroio Taquarembó e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Pará: R$ 75,2 bilhões

No conjunto de obras do programa, estão as mais importantes para o Pará, como a Ponte sobre o Rio Xingu BR-230, Duplicação da BR 316 (Castanhal - Trevo de Salinas), a Pavimentação da BR 308 (Viseu - Bragança), a Derrocagem do Pedral do Lourenço e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Ceará: R$ 73,2 bilhões

Duplicação da BR-116 - Pacajus - Boqueirão do Cesário - Tabuleiro do Norte, a Transnordestina, a duplicação do Eixão das Águas do Ceará, o Cinturão das Águas do Ceará - Trecho I, o Ramal do Salgado e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Espírito Santo: R$ 65,9 bilhões

Concessão/duplicação da BR-262; a construção do contorno de Serra Mestre Álvaro - BR-101/ES; a barragem Rio Jucu; o novo Hospital Geral de Cariacica e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Mato Grosso: R$ 60,6 bilhões

Construção da BR-158 - Contorno da Terra Indígena; a construção da BR-242 - Gaúcha do Norte - Santiago do Norte e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Tocantins: R$ 57,9 bilhões

Construção da ponte sobre o Rio Araguaia - Xambioá; a pavimentação da BR-010 - Paranã - Divisa Goiás; a pavimentação da BR-235 - Guaraí - Pedro Afonso; o novo Hospital da Mulher e Maternidade em Araguatins e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Piauí: R$ 56,5 bilhões

Duplicação da BR 343 (Teresina - Altos), a Construção da BR 330 (Divisa MA - Entroncamento PI 392 - Entroncamento PI 397 e Ponto de Ribeiro Gonçalves), a Adutora de Jaicós, a Barragem Nova Algodões e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Santa Catarina: R$ 48,3 bilhões

Nova Sede do Instituto de Cardiologia, moradias do Minha Casa, Minha Vida e Adequação da BR 470 (Navegantes - Rio do Sul), Adequação da BR 280 (São Francisco do Sul - Jaraguá do Sul) e Adequação da BR 282 (Florianópolis - São Miguel Do Oeste).

Distrito Federal: R$ 47,8 bilhões

Expansão do Metrô de Ceilândia, o BRT Norte - Plano Piloto a Planaltina, a adequação da BR-080 e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Amazonas: R$ 47,2 bilhões

Restauração da BR-174, a ampliação do Terminal Manaus Moderna, o Porto de São Raimundo, os aeroportos de Coari, Fonte Boa, Parintins e São Gabriel da Cachoeira; o Luz para Todos e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Alagoas: R$ 47 bilhões

Duplicação da BR-101, a duplicação do Arco Metropolitano de Maceió, o Canal do Sertão Alagoano - Trecho 5, o Novo Hospital Metropolitano do Agreste - Arapiraca e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Rio Grande do Norte: R$ 45,1 bilhões

Duplicação da BR 304 - Reta Tabajara, Duplicação da Mossoró - Entroncamento RN 016, Duplicação da BR 304 - Entroncamento RN 120 - Entroncamento BR 226, Barragem Oiticica, Ramal do Apodi, Novo Hospital de Urgências e Emergências em Trauma e Neurocirurgia Parnamirim e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Mato Grosso do Sul: R$ 44,7 bilhões

Construção do contorno de Três Lagoas; a adequação da BR-267 - Alto Caracol - Porto Murtinho; o aeroporto de Dourados e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Paraíba: R$ 36,8 bilhões

Duplicação da BR 230 (Campina Grande - Farinha), a Adequação da BR 230 (Cabedelo - Oitizeiro), Vertentes Litorâneas da Paraíba (Trechos I e II), e os Hospitais de Clínicas e Traumatologia do Sertão Paraibano - Patos, e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Rondônia: R$ 29,6 bilhões

Ponte Internacional de Guajará-Mirim, a Travessia Urbana de Ji-Paraná, o Aeroporto de Ji-Paraná e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Roraima: R$ 28,6 bilhões

Restauração da BR 174, a Linha de Transmissão Manaus - Boa Vista, o Hospital Geral de Roraima e moradias Minha Casa, Minha Vida.

Amapá: R$ 28,6 bilhões

Construção da BR-156 Norte e Sul, o Porto de Santana e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Acre: R$ 26,6 bilhões

Restauração da BR 364, ponte sobre o Rio Juruá, nova maternidade de Rio Branco e moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida.

A redução da desigualdade regional e social no Brasil é um dos pontos defendidos pela governadora Raquel Lyra a partir da aprovação da Reforma Tributária. Em entrevista à GloboNews na noite deste domingo (6), a chefe do Executivo estadual ressaltou que o Nordeste deve fazer parte da solução para avanços regionais mais equilibrados e que a reforma possa fortalecer a competitividade na região.

“Temos diante de nós uma grande oportunidade, que é finalmente o Brasil conseguir aprovar a sua Reforma Tributária, uma simplificação tributária, tendo sob o ponto de vista dos governadores brasileiros, especialmente do Nordeste, a oportunidade de trabalhar o combate à desigualdade social e regional. Esperamos trabalhar a reforma como um grande fator de união do Brasil e não de sua divisão”, destacou Raquel Lyra.

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Raquel explicou a defesa dos governadores do Nordeste e Norte do país em relação ao critério de composição do Conselho Federativo, colegiado que ficará responsável por distribuir os recursos do tributo criado pela proposta da reforma, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). “O que os governadores do Nordeste e do Norte defendem é a semelhança daquilo que acontece no Senado Federal, ou seja, para cada ente federado representado que se possa valer um voto”, registrou.

Outro ponto mencionado durante a entrevista foi a divisão de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, no qual a governadora defendeu que os critérios da partilha possam ser colocados na Constituição, e não levados para Lei Complementar. As discussões sobre o tema já estão sendo feitas pelos governadores do Nordeste em fóruns, encontros do Consórcio Nordeste, entre outros ambientes.

“Também defendemos que se possa utilizar critérios, como o do PIB invertido, para permitir que os estados que têm menor arrecadação possam receber mais recursos do fundo. Assim, a gente consegue ter uma política verdadeira de enfrentamento de uma desigualdade histórica, sob pena da Reforma Tributária não cumprir o seu papel, que é de equilibrar o Brasil. O Nordeste precisa começar a ser visto como parte da solução do nosso país”, frisou a governadora.

Ainda nesse domingo, Raquel também se posicionou sobre as declarações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sobre a reforma tributária. Ela deixou claro que os pleitos do Nordeste são nada além do que a região tem direito. 

"[O Nordeste] deve receber atenção nas discussões federativas por tanto tempo de descaso e indiferença. Nossos pleitos não vão além do que é justo diante de uma construção histórica tão conhecida", disse. 

Romeu Zema defendeu a criação de um consórcio composto por autoridades do Sul e Sudeste, por um protagonismo maior da região.  O posicionamento foi visto como uma espécie de propagação separatista, causando reações de políticos. 

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*Com a assessoria de imprensa

Mais quatro Estados atenderam a recomendação do Ministério da Agricultura e declararam emergência zoossanitária em virtude dos casos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) detectados no País. A medida foi adotada por Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso do Sul e Tocantins e tem validade de 180 dias. Na última sexta-feira (21) Santa Catarina já havia declarado a entrada na fase de emergência.

As medidas adotadas pelos governos estaduais seguem orientação do Ministério da Agricultura, que recomendou na última quinta-feira que Estados declarem emergência zoossanitária para poderem acessar recursos da União para conter o avanço da gripe aviária. O governo federal já havia declarado emergência zoossanitária em todo o território nacional em 22 de maio, o que possibilitou a liberação de R$ 200 milhões em recursos direcionados para ações de controle e combate à influenza.

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O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), informou que a ação foi tomada após agenda com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e demais governadores na última semana. "Junto com os demais governadores e secretários, nos reunimos com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para debater ações conjuntas diante do avanço do vírus. Por isso, decidimos decretar estado de emergência zoossanitária no Espírito Santo por 180 dias", escreveu em sua conta oficial do Twitter. O Estado possui 29 casos confirmados da doença, sendo 28 em aves silvestres e um em produção de subsistência, chamado de criação doméstica.

A Bahia publicou decreto semelhante no último sábado (22) e justificou que a medida segue "acordo nacional" entre o ministério e os Estados. "Essa ação articulada entre os Estados e o governo federal é um jeito de mostrar nossa responsabilidade com a produção de aves e respeito aos grandes produtores. Mas, também, à produção em pequena escala, que vai desde o produtor de quintal a uma granja de menor porte. Ou seja, ao sistema da produção de alimentos e à economia nacional", afirmou o governador do Estado, Jerônimo Rodrigues, em nota. De acordo com o governo, a Bahia faz parte de uma das principais rotas migratórias de aves silvestres que atravessam o continente, a Rota Nordeste Atlântica. Até o momento, o Estado acumula quatro casos registrados em aves silvestres.

O governo de Mato Grosso do Sul afirmou, em nota, que, mesmo sem focos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), o Estado irá reforçar as ações preventivas e de monitoramento para evitar a entrada do vírus a partir da emergência zoosanitária. Em junho, o Estado havia decretado "estado de alerta" para a doença, após a confirmação do vírus nos países vizinhos. "Estamos desde fevereiro com barreiras sanitárias em Corumbá. Inclusive, junto com a Avimasul (Associação de Avicultores), colocamos o arco sanitário para desinfecção de caminhões. Agora estamos com barreiras na fronteira com o Paraguai. Portanto, aqui no Estado já estamos estabelecendo medidas sanitárias desde fevereiro", disse o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, na nota.

O Estado solicitou ao governo federal o aporte de R$ 2,7 milhões para reforçar as barreiras sanitárias e as unidades móveis de fiscalização e para gestão do Sistema de Monitoramento, Avisos e Ações que é de responsabilidade do (Grupo Especial de Atenção à Suspeita de Enfermidades Emergenciais ou Exóticas de Mato Grosso do Sul).

Tocantins, que também segue livre da doença no plantel, afirmou que o Estado de emergência visa garantir a "efetividade de medidas de prevenção e enfrentamento" e reforça o alerta para a eventual entrada do vírus no Estado. Segundo nota da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) do Estado, a declaração possibilitará acesso aos recursos financeiros federais, logística e demais materiais necessários para execução das ações preventivas. "A medida assegura mais agilidade e atenção a uma doença que pode causar grandes prejuízos econômicos caso afete aves comerciais", disse o presidente da Adapec, Paulo Lima, na nota. A agência lembra que a rota "Brasil Central" de aves migratórias, que compreende os rios Araguaia e Tocantins, utilizados para produção das aves, passa pelo território do Estado.

Na última sexta-feira (21), o governo federal publicou o decreto que oficializa o fim das escolas cívico-militares no Brasil. O programa educacional foi criado em 2019, no governo Bolsonaro, e tinha como objetivo mesclar a rotina e disciplina militares, sendo gerenciados por oficiais da reserva e da ativa, dentro do currículo básico das instituições de ensino, sendo as aulas ministradas por professores civis, mas com incentivo financeiro federal.

Ao todo, 202 escolas aderiram ao programa. Com o fim do modelo, os espaços não serão fechados, ficando livre a escolha de cada estado e município em assumir o modelo de forma independente, ou reintegrar a instituição ao modelo regular de ensino, nos conformes tradicionais do Ministério da Educação (MEC). 

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A decisão já havia sido publicada no dia 10 de julho pelo MEC, informando que o programa seria descontinuado. Desde então, diversas figuras políticas, principalmente da ala da direita e extrema-direita, teceram críticas à notícia. Deputados federais por Pernambuco, como o Coronel Meira (PL) e Clarissa Tércio (PP), publicaram seus comentários acerca da decisão do governo. 

O Coronel Meira, que já vinha criticando o anúncio do encerramento, informou nas redes sociais, algumas horas após a assinatura do decreto, que protocolou um projeto de decreto que susta os efeitos da decisão do presidente da República e do MEC. A deputada Tércio, por sua vez, chegou a publicar em suas redes sociais seu repúdio à decisão, argumentando que ela mesma estudou em escola militar em sua formação básica, destacando o que avalia como benefícios do modelo de ensino.  

Segundo o cientista político Arthur Leandro, tais atitudes já eram esperadas, tendo em vista a formação do pensamento extremista e conservador. “Essa abordagem é importante para reforçar o tipo de identificação que esses políticos têm com as suas bases. Então fazem parte da persona e do tipo de vínculo que eles têm com segmentos políticos relevantes, pessoal dentro das igrejas, os segmentos das polícias militares. Então é importante que esse tipo poder de identificação seja reforçado”, disse em entrevista ao LeiaJá

Permanência em alguns estados 

Apesar de ter sido vastamente criticado quando lançado, o programa vai continuar em vigor em alguns estados, como o Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. O governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), publicou em suas redes sociais, desde o pré-anúncio do MEC, que continuaria o programa em seu estado de maneira independente. 

Fonte: Reprodução/redes sociais 

Sobre o assunto, o cientista político Augusto Teixeira explicou ao LeiaJá que a decisão em manter o modelo em alguns estados já era uma tendência prevista, devido ao histórico deles. “Alguns governadores vão essencialmente considerar o fato de que este modelo era interessante na perspectiva de que permitia trazer aspectos distintivos para o ensino público. Primeiramente o elemento de maior ordem, coordenação de ações, da mesma forma que tem um elemento inspirado na vivência militar, ordem unida, a disciplina, a presteza em relação aos horários, tal como o respeito aos docentes". 

Além de Leite, governadores conservadores como o carioca Claudio Castro (PL) e o paulistano Tarcísio de Freitas (Republicanos) também decidiram por manter o modelo. “Este modelo é interessante porque permite, na visão desses [governadores], trazer ordem, trazer o elemento de disciplina e trazer um elemento que é admirado no mundo militar, que é exatamente a concepção de ordem, obediência, disciplina, hierarquia, etc. Coisas que normalmente não são vistas no ensino público tradicional civil”, analisa o professor. 

Volta da ‘normalidade’ 

Pensando ainda na decisão do fim do modelo, Arthur Leandro observa que a atitude governamental não seria esperada apenas de uma gestão petista. “Eu vejo como a rejeição de uma medida administrativa que era precária do ponto de vista legal e que era previsível, na volta do governo Lula, na verdade como seria, digamos, se houvesse um governo Ciro, por exemplo. Seria a volta de um modelo de normalidade do presidente que tivesse sido eleito”, comenta. 

De olho em 2026 

A revogação do programa cívico-militar pelo governo federal levanta uma série de questionamentos e dúvidas, além de possíveis projeções para a corrida presidencial em 2026. A principal delas é voltada justamente aos governadores que escolheram por manter o modelo em seus estados. Isso porque, segundo Augusto Teixeira, seria uma forma de ganhar um reconhecimento ou um voto de confiança da ala bolsonarista menos extremista, mas que também é antipetista. "Ao destoar do governo federal, ou ao manter certas políticas que possam soar populares, especialmente para o eleitorado, isso pode sim ser interessante para o contexto eleitoral de 2026”, argumenta. 

Educação no Brasil 

A pauta do fim das escolas cívico-militares, por mais que tenham sido vistas com bons olhos pela situação e por diversas frentes educacionais, ainda ficam algumas questões não respondidas, como observa Arthur Leandro. 

“O fato é que a gente não sabe ainda como o Brasil vai melhorar seus indicadores educacionais do ponto de vista das escalas, das métricas internacionais, que avaliam nosso sistema educacional. Como fazer para superar as distâncias entre os estados que tem melhor desempenho daqueles que tem pior desempenho? Como acessar e prestar serviço de qualidade para as populações mais vulneráveis? Tem diversas questões do ponto de vista de política educacional que ainda não foram esclarecidas”, finaliza.

O Estado de Santa Catarina atendeu a recomendação do Ministério da Agricultura e declarou emergência zoossanitária em virtude dos casos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) detectados no Estado. A medida foi publicada em decreto em edição extra no Diário Oficial do Estado e tem validade de 180 dias.

Em nota, o governo do Estado disse que a medida "possibilita a mobilização de verbas da União, a articulação com outros ministérios, organizações governamentais das três esferas e organizações não governamentais". Com o decreto, o Estado pode também oferecer recursos próprios para serem aplicados nas ações de combate à doença. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, o Estado tem dois casos de gripe aviária detectados, sendo um ave silvestre e outro em ave de subsistência.

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A medida segue orientação do Ministério da Agricultura, que recomendou nesta quinta-feira, 20, que Estados declarem emergência zoossanitária para poderem acessar recursos da União para conter o avanço da gripe aviária. "Essa união é importante porque reforça o nosso pedido para que o Ministério argumente junto ao Japão. Certamente outros casos virão em outros Estados e é preciso ter um plano rápido de ação para minimizar os prejuízos", disse o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL).

O governo federal já havia declarado emergência zoossanitária em todo o território nacional em 22 de maio, o que possibilitou a liberação de R$ 200 milhões em recursos direcionados para ações de controle e combate à influenza.

Uma técnica de tortura em que os dedos das mãos de pessoas encarceradas são fraturados já foi identificada em cinco estados pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT). Segundo o órgão, a prática foi encontrada a partir da atuação da Força Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP), ligada ao Ministério da Justiça. 

Coordenadora do MNPCT, a advogada Carolina Barreto Lemos revelou que o órgão começou a perceber a disseminação dessas ocorrências em locais de incursões realizadas pela FTIP, como Rio Grande do Norte e Ceará. Há registros, ainda, de presos com dedos quebrados em Roraima, Amazonas e Pará. 

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                                                            Presidiários mostram as mãos lesionadas              Foto: Acervo do MNPCT (2019)

“Por óbvio, isso é uma forma completamente ilícita, não é algo que possa se justificar a partir de nenhum viés, não há nenhuma justificativa legal, isso se configura muito claramente enquanto um crime. Um crime de tortura porque é uma forma de castigar, de impor um castigo ilegítimo, injustificado, para além do castigo que é a própria privação de liberdade”, avalia a advogada. Acrescenta que a prática de se fraturar dedos está completamente fora dos padrões de uso proporcional da força. 

Liderada por policiais penais federais, que coordenam os policiais penais mobilizados, a FTIP foi criada para ser empregada na resolução de crises, motins e rebeliões, no controle de distúrbios e no reestabelecimento da ordem e da disciplina nos sistemas prisionais. A força-tarefa foi empregada pela primeira vez no país em 2017, na Penitenciária de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, diante de uma crise que resultou na morte de 26 presos. 

A advogada lembra da declaração de Mauro Albuquerque, apontado por ela como um dos mentores da técnica de quebrar dedos. Ele defendeu a ação durante audiência pública na Câmara Municipal de Natal (RN), em 12 de setembro de 2017, após denúncias de maus-tratos contra presidiários no estado, quando era secretário estadual de Justiça e da Cidadania, conforme consta em relatório produzido pelo MNPCT, em 2019. 

Albuquerque afirmou, durante a audiência, que “quando se bate nos dedos – falo isso não é porque não deixa marca nos dedos não... porque deixa marca – é para ele não ter mais força para pegar uma faca e empurrar num agente [policial], é para não ter mais força para jogar pedra”, aponta o relatório. 

A FTIC não só fazia as intervenções nos momentos específicos de crises, mas realizou também treinamento de policiais penais nos estados, o que levou a uma repetição das ocorrências para além da atuação da própria força, ressalta a coordenadora do Mecanismo. 

“E, com isso, dissemina-se as técnicas para além da sua atuação, a própria técnica de quebrar os dedos. Tanto é que, no fim do ano passado, em novembro, o órgão vai ao Rio Grande do Norte, que era o local que teve treinamento pela FTIP, apesar de a força não estar lá mais naquele momento, e identifica novamente [essa técnica] sendo usada”, relatou Lemos. 

Tortura

Segundo a coordenadora do MNPCT, o uso dessa forma de tortura ainda não foi superado, inclusive porque a força-tarefa continua existindo e atuando, no entanto, com outro nome.

“A equipe não deixou de existir, ela mudou de nome, atualmente está sendo chamada de Focopen, que é Força de Cooperação Penitenciária. Se não me engano, mas completamente ela continua atuando, e, até onde a gente saiba, partindo dos mesmos os parâmetros anteriores”, diz. 

A presidenta do Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura (CEPCT) do Ceará, Marina Araújo, confirma que a ação de fraturar os dedos das pessoas no cárcere não se trata de ocorrência pontual no estado e que a prática de tortura nas unidades prisionais cearenses é um fato identificado há alguns anos como padrão sistemático. 

“Tanto quebra-dedos como posições de tortura são identificados, inclusive, como práticas que estão institucionalizadas, como sanções disciplinares que as pessoas internas hoje têm sido submetidas pela Administração Penitenciária a cumprir como procedimento disciplinar”, afirma. 

Em ofício enviado na última quinta-feira (6) ao governo do estado do Ceará, a CEPCT - junto a outras entidades contra a tortura - denuncia 33 casos de tortura no período de um ano (julho de 2022 a junho de 2023), recebidos pelo Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e de Execução de Medidas Socioeducativas do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará. 

“O contexto de tortura foi identificado por diversos órgãos locais e familiares, tem sido denunciado exaustivamente, cotidianamente, e esse cenário já foi documentado e comprovado em diversos relatórios de órgãos inclusive nacionais. Como exemplo, a gente tem um relatório de 2019 do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura que identificou uma série de práticas de tortura e tratamento cruel dentro das unidades prisionais. Este mesmo cenário foi constatado pelo relatório de inspeções do Conselho Nacional de Justiça no ano de 2021”, revela Marina.  

As denúncias do ofício incluem ainda 26 mortes de internos nas unidades prisionais cearenses entre 2019 e 2021, com base em dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ); e cinco suicídios de agentes penais cearenses somente no ano de 2021, conforme aponta o relatório da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do estado. 

Os dados do CNJ - que apontaram as 26 mortes no sistema prisional do estado - são divergentes do que foi divulgado pelo governo, o que demonstra problemas em relação à transparência, segundo Marina.

“Foram identificadas pela Secretaria de Segurança Pública somente quatro mortes no mesmo período analisado pelo CNJ. Então, tem um ponto que é sobre a transparência de dados e sobre acesso à informação de casos de tortura e de mortes nas unidades prisionais que precisa também ser pontuado”, alerta. 

Combate

A coordenadora do MNPCT, Carolina Lemos, salienta que técnicas de tortura de modo geral são muito disseminadas pelo Brasil e que estão estruturalmente presentes na atuação das forças dentro do sistema prisional.

“Elas se repetem, ainda que não tenha tido um intercâmbio direto entre os estados. Então, às vezes o que a gente vê em Minas Gerais vai ter algo parecido com o Amazonas ou Paraná, porque tem uma disseminação dessas técnicas históricas”, analisa. 

Em relação ao combate e prevenção de tortura no país, Carolina aponta que é necessário um controle externo para atingir o objetivo. “É fundamental um trabalho sistemático e qualificado de prevenção dessas práticas por meio da ação fiscalizatória, que é você fazer as visitas não anunciadas, chegar de surpresa nas unidades para ver o que está acontecendo de fato”, salienta. 

Além do controle por meio das Defensorias Públicas e dos Ministério Públicos, ela destaca a importância dos Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura estaduais, além do nacional, que tem a função exclusiva de fazer visitas regulares, produzir relatórios e recomendações para as autoridades. 

Segundo a advogada, a ideia dos mecanismos é que as visitas regulares a espaços de privação de liberdade contribuam para uma mudança na medida em que esses espaços que estão longe dos olhos do público vão ser sujeitos a um olhar externo regular. 

“A natureza preventiva se dá justamente com essa possibilidade de estar sempre sujeito a um olhar externo. É claro que o Brasil é um país de tamanhos continentais, então, mesmo um órgão nacional, ele sozinho não dá conta disso porque não consegue estar tão sistematicamente em 27 unidades da federação”, diz. Acrescenta que é fundamental também que os estados tenham seus mecanismos estaduais, que existem hoje em apenas seis unidades da federação. 

De acordo com essa medida, o Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura (CEPCT) do Ceará tem trabalhado pela aprovação de projeto de lei sobre o tema, para criar um Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura, um órgão autônomo com peritos especializados para garantir as visitas e a prevenção à tortura em unidades de privação de liberdade no estado. A minuta do projeto está desde 2018 nas mãos do Poder Executivo para que apresente à Assembleia Legislativa, informa o comitê. 

“Outro ponto também fundamental é destacar que somente a instalação de câmeras nos fardamentos de policiais penais não vai resolver o problema. A gente acredita que as condições de apuração e investigação, e também de reparação das vítimas e das suas famílias, bem como a responsabilização, são pontos principais para se garantir”, assegura a presidenta do comitê Marina Araújo. 

Para ela, é importante fortalecer as estruturas de órgãos de fiscalização da atividade policial como a controladoria geral de disciplina, a delegacia de assuntos internos, e essas estruturas precisam estar fortalecidas pelo Poder Executivo, preconiza. 

Governo

A Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização do Ceará (SAP) informou, em nota, que considera as acusações infundadas e que “repudia a tentativa de ataque coordenado contra as políticas de ressocialização em larga escala da população privada de liberdade do Ceará”. Segundo a secretaria, o sistema recebe visitas regulares de instituições fiscalizadoras, como Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública, além de entidades de controle social, e mantém uma Ouvidoria própria, vinculada à Ouvidoria do governo estadual. 

“O sistema prisional do Ceará virou um modelo de referência nacional em vários aspectos, com destaque para a ressocialização e a segurança física e emocional da sua população privada de liberdade. Entre os anos de 2009 até 2019, os presídios cearenses tiveram 210 presos assassinados. Desde que a SAP foi criada em 2019, esse número caiu para duas vidas perdidas de forma violenta, justamente nos primeiros meses de criação da pasta quando houve reação do crime perante a reorganização do sistema penitenciário cearense e assim permanece até hoje”, diz a nota. 

Segundo a SAP, o estado realizou, nos últimos quatro anos, em parceria com a Defensoria Pública do Ceará, mais de 125 mil revisões processuais entre os internos do sistema penitenciário do estado, o que contribuiu para a redução de 30 para 21 mil pessoas em regime fechado. A Secretaria da Administração Penitenciária  diz que foi a maior redução realizada no país.

 

Criminosos apontados como autores de um mega-ataque à cidade de Confresa, no Mato Grosso, estão há 27 dias sendo caçados pela polícia em uma mobilização que envolve agentes de cinco Estados. Na fuga, esses suspeitos têm se alimentado dos milhos das lavouras enquanto se escondem na região da cidade de Pium, no centro-oeste do Tocantins, a 181 quilômetros da capital Palmas.

Foram as espigas de milho carcomido abandonadas à beira da TO-080 que chamaram a atenção das equipes "Força Comando" e "Equipe Força 90", da Força Tática da Polícia Militar de Mato Grosso, na altura da entrada da Fazenda Terra Bom. O grupo desembarcou das viaturas, acionou o Bope do Mato Grosso e seguiu as pegadas até encontrar os suspeitos com quem trocaram tiros no dia 2 de maio.

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Segundo os militares, assim que entraram na mata após o tiroteio encontraram um dos alvos, um paraense de 32 anos, ainda com sinais vitais e respiração ofegante. O suspeito foi levado para o hospital da cidade de Marianópolis, onde teve o óbito confirmado.

Era o 13º dos 15 suspeitos mortos na Operação Canguçu, que reúne 320 policiais militares e civis de Mato Grosso, Tocantins, Pará, Goiás e Minas Gerais.

Na sexta-feira, 5, os militares tocantinenses encontraram mais espigas de milho, sapatos velhos e sal com ureia, abandonados na região de Pium, próximo ao povoado Café da Roça.

"Aqui tem muita plantação de milho, então serve para ter subsistência, além dos recursos da mata e alguma casa dispersa", avalia o coronel da PM do Tocantins Francinaldo Machado Bó, que coordena a tropa tocantinense na operação.

Até este domingo, 15 suspeitos morreram durante confrontos na região, dois foram presos no cerco policial no Tocantins. Outras duas prisões ocorreram em Redenção (PA) e outra em Araguaína, norte do Tocantins, de um suspeito de ser um dos articuladores da logística do assalto frustrado a uma caixa-forte da transportadora de valores Brinks, em Confresa (MT), no dia 9 de abril.

O coronel disse não ser possível divulgar quantos suspeitos ainda podem estar na região e acredita que há menos deslocamentos dos remanescentes. "A esta altura, eles procuram se movimentar pouco para gastar pouca energia. Esperamos em breve encerrar a operação."

O coronel orienta que a população deve seguir com a rotina mais discreta, evitar sair de casa e não enfrentar os suspeitos. "Em caso de algum contato com os ladrões, que se reservem e atendam ao que pedirem. Se possível usem o 190 para avisar a Polícia Militar ou qualquer policial que esteja patrulhando a cidade".

Comunicação entre PM e indígenas ajuda na localização de bando

Os bandidos chegaram em Confresa (MT) em carros blindados. Era dia 9 de abril. Vinham de uma fazenda no Pará, como mostrou o Estadão na semana passada. Haviam planejado o crime durante mais de um ano e investido cerca de R$ 2 milhões. O alvo era uma caixa-forte da transportadora de valores Brinks. Logo que entraram na cidade, atacaram o quartel da Polícia Militar. A 737 quilômetros dali, os homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope), de Mato Grosso, receberam online as primeiras informações sobre o assalto. Ia começar a grande caçada.

Entre Confresa e a cidade de Santa Terezinha, em Mato Grosso, vivem oito etnias indígenas, entre elas os Tapirapés, os Carajás e os Canelas. A área conta com uma dezena de aldeias, quase todas na rota de fuga planejada pelos bandidos. O que eles não sabiam era da existência de uma rede de informações com ligações com a PM de Mato Grosso, mantida no aplicativo WhatsApp, por meio do qual os indígenas avisam os policiais sobre problemas e ocorrências na região.

Essa rede foi um dos fatores decisivos da Operação Canguçu, a grande caçada que envolve 320 policiais de cinco Estados. Acredita-se que outros dez estejam perdidos nas matas de Tocantins, principalmente na região de Marianópolis (TO).

O "Zap dos Indígenas" foi só um dos imprevistos no caminho da quadrilha da qual participava Danilo Ricardo Ferreira, integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), com ligações com o traficante Edilson Borges Nogueira, o Biroska, morto em 2017 em uma briga interna da facção. Danilo foi o primeiro dos bandidos mortos pelos policiais, no dia 10 de abril - a caçada já teve 11 enfrentamentos. (Colaborou Marcelo Godoy)

O país ganhou 28 distritos municipais em 2022, segundo dados da Divisão Territorial Brasileira (DTB) divulgados nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado que mais ganhou distritos foi Minas Gerais (16), seguido por Pernambuco (nove). Amazonas, Rondônia e Mato Grosso ganharam um distrito cada um. Também foram criados 12 subdistritos.

Segundo o IBGE, distritos e subdistritos são unidades administrativas internas aos municípios brasileiros.

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De acordo com o IBGE, foram extintos sete distritos e 52 subdistritos no ano passado.

Com as mudanças, o Brasil passou de 10.649 distritos e 683 subdistritos em 2021 para 10.670 distritos e 643 subdistritos em 2022.

O número de municípios no país se mantém o mesmo desde 2013, em 5.568. A ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco, segue sendo o único distrito estadual do Brasil.

A Divisão Territorial Brasileira detalha a estrutura territorial do país, enumerando as Macrorregiões, Unidades da Federação, Regiões Geográficas Intermediárias e Imediatas, Mesorregiões, Microrregiões e municípios, além de suas subdivisões internas distritos e subdistritos.

A DTB, publicada desde 1940, pode ser acessadas no site do IBGE.

Topônimos

O IBGE também divulgou nesta terça-feira a publicação Alterações Toponímicas Municipais, que trouxe, nesta edição, apenas uma alteração para nomes de municípios. Santo Antônio do Leverger, em Mato Grosso, passou a se chamar Santo Antônio de Leverger.

Segundo o IBGE, a origem de Leverger é o distrito de Santo Antônio do Rio Abaixo, em 1835, que surgiu a partir da exploração do ouro no local.

Em 1943, já como município, passa a se chamar Leverger, uma referência ao Barão de Melgaço, Augusto João Manoel Leverger, que foi presidente da então província de Mato Grosso. Em 1948, o nome mudou para Santo Antônio do Leverger.

Na publicação, o IBGE registra 132 mudanças de nomes de municípios no Brasil ocorridas desde 1938.

Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) - associados à Covid-19 - mantiveram a tendência de alta já registrada nas últimas semanas no Amazonas e São Paulo e também apresentam tendência clara de aumento no Ceará e no Rio de Janeiro.

É o que revelam informações divulgadas nessa sexta-feira (10) no último Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os dados de 26 de fevereiro a 4 de março apontam, ainda, para sinais iniciais de aumento em Mato Grosso do Sul e no Pará.

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O avanço da SRAG por Covid-19 - que gera hospitalizações - está mais associado a casos na população adulta. O InfoGripe também registra crescimento de casos entre crianças e adolescentes, mas não há uma associação viral clara, segundo o coordenador do boletim, Marcelo Gomes.

"Na Bahia, em Mato Grosso do Sul, no Paraná, em Santa Catarina e, em menor escala, em São Paulo, existe aumento nos casos positivos para rinovírus nas crianças até 11 anos", disse o pesquisador, em texto divulgado pela Agência Fiocruz de Notícias. 

Vacinas

Ele destaca que o novo cenário de crescimento reforça a importância da campanha de vacinação iniciada no dia 27 de fevereiro pelo Ministério da Saúde, em que os grupos prioritários já podem receber as vacinas bivalentes contra covid-19, atualizadas para conferir maior proteção contra a variante Ômicron. 

Ao todo, 18 unidades da federação apresentam tendência de crescimento nos casos de SRAG, porém, apenas nas destacadas pelo estudo o movimento já pode ser considerado realmente uma expansão. No Amazonas, além da covid-19, as hospitalizações por SRAG também estão associadas a casos de influenza A. 

Apesar disso, o boletim informa, também, que em Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina há um crescimento de casos de SRAG concentrado entre crianças e adolescentes, que, até o momento, não se reflete na população adulta. 

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Seccional do Distrito Federal (OAB/DF) enviaram um pedido, na última sexta-feira (10), para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, solicitando autorização para que os golpistas presos no dia 8 de janeiro sejam transferidos para as cadeias de seus respectivos Estados. O documento afirma que é "preocupante a situação vivenciada no sistema prisional do Distrito Federal". A solicitação reforça um pedido anterior da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) e a Defensoria Pública da União (DPU), que apresentaram a mesma demanda à Corte no final de janeiro.

O ofício afirma que a ocupação das penitenciárias do Distrito Federal teve um aumento repentino com a prisão de cerca de 1,4 mil pessoas entre os dias 8 e 9 de janeiro. Esse crescimento fez com que alguns serviços do órgão não fossem prestados com qualidade, em respeito à lei.

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Um exemplo, segundo a Ordem dos Advogados do Brasil, é que os agendamentos para atendimento dos advogados aos presos não estão sendo realizados "em tempo minimamente razoável"; alguns relatos afirmam que os encontros chegaram "a ultrapassar semanas, diante da intensa procura dos profissionais à unidade prisional".

"O aumento abrupto da massa carcerária causou o aumento no número de atendimentos de saúde, de escoltas, de atendimentos de advogados e de outras rotinas carcerárias, fato que impacta negativamente em todo Sistema Penitenciário, ocasionando atraso nos procedimentos administrativos, dificuldade de organizar a visita reservada entre advogado e cliente como preceitua a Lei 8.906/94, demora nos atendimentos de saúde, etc., uma vez que não houve acréscimo no efetivo de policiais penais para dar conta de toda a demanda e, ainda, não podemos esquecer do impacto financeiro para os cofres públicos do Distrito Federal", diz o documento.

A Ordem dos Advogados do Brasil ainda afirma que "o preso provisório tem o direito de permanecer custodiado em estabelecimento penal próximo ao seu meio social e familiar e, portanto, o recambiamento dos presos residentes em outra unidade da federação é uma medida justa que se impõe, diante dos argumentos aqui exarados".

Como mostrou o Estadão, a realidade dos detidos nas cadeias da Papuda e Colmeia, em Brasília inclui banhos de chuveiro frio, noites sobre um colchão fino lançado no chão e o mau cheiro que escapa do banheiro. O cenário não difere das condições vividas em penitenciárias de todo o País. As prisões provisórias dos golpistas foram aprovadas ainda em janeiro pelo ministro Alexandre de Moraes.

O ataque dos radicais

No dia 8 de janeiro passado, radicais apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF). Aos gritos, eles pediam intervenção federal para tirar do poder o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito democraticamente, mesmo sem respaldo pela Constituição. O ataque aos prédios públicos provocou destruição e nas sedes dos Três Poderes e também deixou feridos, incluindo agentes de segurança.

Levantamento feito pelo Estadão mostrou a invasão vinha sendo preparada por extremistas leais do ex-presidente Bolsonaro desde o dia 3 de janeiro quando radicais começaram a divulgar com grande intensidade mensagens em aplicativos como o Telegram e o WhatsApp para levar manifestantes de todo o País para Brasília, com todas as despesas pagas.

A Secretaria do Tesouro Nacional divulgou, nesta terça-feira (7), que o Governo pagou, apenas em janeiro, R$ 908 milhões em dívidas atrasadas de sete estados. Nestes casos, a União funcionou como uma espécie de fiadora dos Estados diante de operações de crédito com instituições financeiras.

Foram pagos R$ 107 milhões do Rio de Janeiro, R$ 78,3 milhões de Goiás, R$ 60,9 milhões do Rio Grande do Sul, R$ 327,3 milhões do Maranhão, 188 milhões de Minas Gerais, R$ 120,1 milhões do Piauí e R$ 26,2 milhões de Pernambuco.

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Em todo o ano de 2022, a União pagou R$ 9,78 bilhões em dívidas atrasadas de estados e municípios.

 

O Tesouro Nacional honrou R$ 1,08 bilhão em dívidas garantidas dos entes subnacionais pela União, totalizando R$ 9,78 bilhões em 2022, informou o órgão nesta segunda-feira (9) no Relatório de Garantias Honradas pela União em operações de crédito.

Em dezembro, a maior parte foi referente ao Estado do Rio de Janeiro, de R$ 643,20 milhões, seguido de Pernambuco (R$ 141,29 milhões), Goiás (R$ 76,20 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 57,57 milhões). Depois ainda aparecem os R$ 57,57 milhões do Estado do Maranhão, R$ 43,39 milhões do Estado do Piauí, R$ 24,98 milhões do Estado de Alagoas e R$ 32,06 milhões do município de Taubaté (SP).

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No ano, o Rio de Janeiro também teve o maior volume honrado, com 40,64% do total, R$ 3,98 bilhões. Os outros mutuários com os maiores valores honrados em 2022 foram Minas Gerais (R$ 1,98 bilhão, ou 20,23% do total), Goiás (R$ 1,29 bilhão, ou 13,17% do total) e Rio Grande do Sul (R$ 886,57 milhões, ou 9,06% do total).

O Tesouro ainda informou que, desde 2016, a União realizou o pagamento de R$ 51,69 bilhões com o objetivo de honrar garantias em operações de crédito.

Nove Estados terão novos governadores a partir deste domingo. Esses estreantes no cargo representam um terço dos 27 governadores eleitos em 2022. Os outros 18 foram reeleitos e retornam ao Executivo estadual.

O Nordeste é a região que mais reúne representantes de primeira viagem, com novos governadores na Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí e Sergipe.

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Rio e Minas

O governador reeleito do Rio, Cláudio Castro (PL), é o único nome da Região Sudeste que confirmou presença na posse de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República.

Também reeleito em outubro, o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), disse que não irá à cerimônia em Brasília.

O Palácio Tiradentes alegou conflitos de agenda entre a posse de Zema em Belo Horizonte e o evento na capital federal.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sem pedir aval às respectivas Assembleias Legislativas, os governos de São Paulo, Bahia, Paraná e Tocantins repassaram mais de R$ 1 bilhão em créditos adicionais para pagar salários de representantes de Tribunais de Justiça e Ministérios Públicos somente em 2021. Mais da metade desse valor se refere ao sistema paulista. Em ano de pandemia, os gastos com salários de servidores e subsídios de magistrados estaduais superaram as folhas de pagamento de toda a estrutura de pessoal da saúde nos Estados mencionados.

Os dados são de um levantamento da plataforma Justa, especializada em pesquisa sobre gestão do sistema de Justiça, obtido pelo Estadão. Têm como base as regras determinadas pelas Leis Orçamentárias Anuais (LOAs) aprovadas pelos deputados estaduais com os valores a serem distribuídos a cada pasta ou Poder no ano seguinte.

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Somados, os Tribunais de Justiça de São Paulo, Bahia, Paraná e Tocantins receberam no ano passado R$ 591 milhões em créditos adicionais sem aprovação dos Legislativos. Já a parcela extra repassada aos Ministérios Públicos dos mesmos Estados foi de R$ 420 milhões (veja quadro nesta página). Os valores alteraram a hierarquia determinada para os gastos estaduais em 2021.

Na Bahia, a decisão do governador Rui Costa (PT) de liberar mais R$ 291 milhões ao sistema de Justiça fez com o que os orçamentos do TJ-BA e do MP-BA superassem, por exemplo, as verbas destinadas em 2021 a Ciência e Tecnologia (R$ 87 milhões), Cultura (R$ 167 milhões) e Habitação (R$ 50 milhões).

No ano passado, a LOA deu a Costa a possibilidade de remanejar até 30% do orçamento sem a necessidade de pedir nova aprovação à Assembleia. Em geral, essa brecha varia de 17% (caso de São Paulo) a 30%, e é aprovada pelos deputados ao debater as LOAs. Costa foi anunciado na semana passada pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva como o próximo ministro da Casa Civil.

Mas foi o governo de São Paulo, gerido por João Doria (PSDB) em 2021, que puxou a lista de gastos extras. Foram R$ 546 milhões em créditos adicionais, a maior parte para o MP. Os repasses compuseram um orçamento já elevado do sistema de Justiça paulista e que, mesmo durante a pandemia, só cresceu - ano passado, a alta no orçamento do TJ-SP foi de 7% em relação a 2020, alcançando R$ 10 bilhões.

A cifra superou a soma reservada para custeio e investimento de dez secretarias estaduais paulistas, entre elas Gestão Ambiental (R$ 2,3 bilhões), Habitação (R$ 2,2 bilhões) e Assistência Social (R$ 1,2 bilhão). Também foi mais alta que toda a estrutura financeira da USP e da Unicamp em 2021, as maiores universidades estaduais, cujos orçamentos somaram juntos R$ 8 bilhões.

Em todos os casos apontados no estudo, os subsídios e salários dos TJs ainda superaram os vencimentos somados das quatro secretarias estaduais de saúde. Em São Paulo, por exemplo, a folha de pessoal é de R$ 5,7 bilhões ao ano.

Controle

A diretora executiva da Justa, Luciana Zaffalon, considera que o pleito por cada vez mais créditos ao Judiciário faz parte de um discurso de gestão, na contramão do interesse público, e com consequências políticas. "Os resultados da nossa análise tornam difícil refutar a suspeita de que haja uma negociação política que leva a uma rotina de neutralização da independência judicial", disse.

De acordo com Luciana, as mesmas instituições que pleiteiam créditos adicionais atendem a pedidos dos governos estaduais para impedir novas despesas, como no caso de compra de medicamentos ou de abertura de leitos de UTI. "Há um contrassenso. Como você pode admitir que o mesmo sujeito que está suspendendo a garantia de direitos por zelo com a economia pública receba essa quantidade de créditos adicionais?"

O especialista em Direito Público Adib Kassouf Sad defende a autonomia do Poder Judiciário no que diz respeito ao planejamento orçamentário, para que se evite justamente que a instituição fique com o "pires na mão". "Não me parece algo muito republicano, ainda mais quando sabemos que o Judiciário é responsável por averiguar irregularidades dos demais Poderes", disse.

Já o cientista político Rafael Cortez ressalta que decisões do tipo deveriam passar pelo Legislativo para dar publicidade ao processo. "Me parece que muitas vezes a questão de definição orçamentária para salário é feita de uma maneira distanciada. Há um momento em que os Poderes acabam fazendo um certo conluio para isso ficar escondido do controle público. O processo decisório não é muito feito à luz do jogo democrático", afirmou.

Cortez ainda chama atenção para o "timming" dos repasses extras, em meio a debates de ajustes fiscais no País. "O processo decisório, quando envolve ajustes de salário, quase sempre consegue ser feito apartado de uma discussão pública mais ampla e isso ajuda a criar uma percepção de afastamento, de crise de representatividade. Ou, de que alguma maneira, a despeito da separação formal, os membros que ocupam os diferentes Poderes acabam criando uma 'casta'", afirmou.

Previsão

O TJ-SP contestou os valores do estudo. O órgão argumentou que R$ 103,5 milhões - e não R$ 218 milhões - foram abertos em créditos adicionais em 2021, sendo R$ 36 milhões para reposição de despesas com pessoal. "Todos os demais créditos foram com oferecimento de receita do próprio TJ-SP, sem aporte de recursos novos, apenas trocando uma destinação por outra", afirmou, em nota.

O governo de São Paulo, por sua vez, não negou os extras. "O Poder Executivo atende os pleitos do Poder Judiciário quando é possível realocar verbas já previstas no orçamento, sem acréscimo no gasto total da administração pública", informou, em nota.

Da mesma forma, o TJ-PR negou que tenha recebido recursos complementares no ano passado. "Recebemos apenas os valores previstos nas leis orçamentárias e que transitaram por todas as etapas legislativas", afirmou. A reportagem não teve resposta do gestão Ratinho Júnior (PSD).

Já o governo da Bahia, assim como o governo paulista, defendeu a concessão de créditos suplementares ao Poder Judiciário desde que condicionados à disponibilidade de caixa.

Em resposta aos questionamentos levantados pelos tribunais de São Paulo e do Paraná, a Justa ressaltou que as informações foram obtidas nos respectivos portais da transparência. "No caso de São Paulo, as despesas previstas para pessoal do TJ eram de R$ 7 bilhões na Lei Orçamentária e houve acréscimo de R$ 218 milhões. No Paraná, o valor acrescido foi de R$ 103 milhões", afirmou a entidade. As demais instituições não se manifestaram, assim como o governo do Tocantins.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pelo menos uma em cada cinco cidades brasileiras relata falta de doses para vacinar crianças de 3 a 11 anos contra a Covid-19, de acordo com uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) entre o dia 22 e a segunda-feira (28). O levantamento também aponta que a maioria teve aumento de casos da doença e de procura por testes e volta da recomendação de máscaras.

"É fato que até o momento temos a vacinação como a maior arma contra a Covid-19, seguida das medidas de distanciamento social e proteção individual, como a máscara, por exemplo. E notamos pela pesquisa que essas medidas já começaram a ser adotadas por grande parte dos municípios que enfrentam alta na disseminação da doença", explica Paulo Ziulkoski, presidente da CNM.

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A pesquisa ouviu 1.970 municípios na última semana de novembro. Dentre os 416 que apontaram falta de vacinas para o público infantil dos 3 aos 11 anos, a maioria está no Nordeste (31,5%), seguida por Centro-Oeste (26,9%), Sudeste (19,4%), Sul (17,5%) e Norte (10,8%). A maioria (85,1%) diz não ter estoque suficiente da Coronavac, o único produto autorizado para crianças de 3 e 4 anos. Uma parcela de 152 cidades (36,5%) também relata falta da Pfizer infantil, destinada ao público de 5 a 11 anos. Na última quarta-feira, o Ministério da Saúde enviou um lote de doses da Coronavac para serem distribuídas aos Estados e municípios, mas as secretarias alegam que a quantidade foi baixa para a demanda.

No Recife, a vacinação em crianças de 3 e 4 anos foi suspensa na própria quarta e, segundo a prefeitura da capital pernambucana, dois ofícios foram enviados ao governo federal, cobrando remessas prometidas, mas nenhum deles foi respondido. Esta foi a segunda vez em um mês que a Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) precisou suspender a imunização. Após a primeira interrupção, no início de novembro, o governo federal enviou 1,3 mil doses, que já se esgotaram. Apenas 27,27% das crianças de 3 e 4 anos moradoras da cidade conseguiram a imunização até o momento.

SEM DOSE

O Rio de Janeiro também suspendeu a primeira aplicação da vacina em crianças de 3 e 4 anos, por causa "da pequena quantidade de doses recebidas na última remessa enviada pelo Ministério da Saúde", segundo nota da Secretaria de Saúde. Na capital fluminense, o estoque enviado foi redirecionado para completar o esquema vacinal com a segunda aplicação, em unidades específicas

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que a vacinação segue normalmente, mas que tem aplicado a Coronavac apenas em crianças de 3 e 4 anos, enquanto as demais até os 11 anos têm recebido a dose pediátrica da Pfizer. A pasta afirma aguardar o envio de novos lotes pelo governo federal, mas ainda não há data prevista de quando isso deve acontecer.

AUTORIZAÇÃO

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a vacina Comirnaty, produzida pela Pfizer, para crianças dos 6 meses aos 4 anos de idade. No entanto, a Coronavac continua a ser o único imunizante incorporado pelo Ministério da Saúde para crianças de 3 e 4 anos. A Pfizer afirmou que foram entregues 24 milhões de doses da sua vacina pediátrica contra a covid para serem aplicadas em crianças de 5 a 11 anos. O último lote, enviado em agosto com 2,06 milhões de doses, tem validade até janeiro. A empresa reforça ainda que "tem capacidade de produção para fornecer mais vacinas" e "atender às necessidades do país".

O Instituto Butantan informou ter repassado um total de 12 milhões de unidades da Coronavac ao Ministério da Saúde neste ano. Desde o dia 10, quando fez a entrega do último lote adicional de 1 milhão de doses solicitadas pelo Ministério da Saúde, o instituto não foi mais procurado pelo governo federal. Pelo menos 2,6 milhões de doses já foram produzidas neste trimestre e estão prontas para a entrega, com validade de um ano, diz o Butantan.

O infectologista Júlio Croda, da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, destaca que essa falta de vacinas pode apresentar um risco aumentado de hospitalização e óbito para as crianças, visto que elas compõem o segundo grupo de maior risco de internações em UTI. "O covid é a doença imunoprevenível que mais matou crianças nessa faixa etária, mais do que qualquer doença que é prevenível por vacina" diz o médico, que ressalta que as mortes estão associadas à falta de esquema vacinal completo. Para mitigar o problema, destaca a importância de se adquirir e distribuir mais imunizantes.

Procurado pela reportagem, o ministério negou que haja desabastecimento de vacinas e afirmou que elas "são enviadas de maneira proporcional e igualitária". Não foi enviada uma previsão de quando novas remessas devem ser enviadas via Programa Nacional de Imunizações (PNI). Segundo o presidente da CNM, a entidade vai remeter um ofício ao governo federal "para apresentar os dados da pesquisa e buscar soluções".

TRANSIÇÃO

Como o Estadão mostrou, a equipe responsável pela transição de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apontou na última semana que a administração de Jair Bolsonaro ainda não havia comprado as doses necessárias para manter a imunização contra a covid no País em 2023.

Anteriormente, a precariedade dos dados disponíveis fez com que o Tribunal de Contas da União (TCU) informasse ao grupo de transição que não era possível nem avaliar o cumprimento de metas de imunização no País. Um documento aponta que faltam dados de morbidade (doenças adquiridas) e mortalidade relacionados à síndrome pós-covid 19. A falta de informações "pode afetar o planejamento das políticas de saúde, em razão do número elevado de possíveis casos", diz. (Colaborou Stéphanie Araújo, Especial Para o Estadão)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As fortes chuvas persistem e devem atingir praticamente todo o País nesta terça-feira (29). Pelo menos sete Estados estão com alerta vermelho para grande perigo de alagamentos, transbordamentos e deslizamentos de terra em razão de acumulado de chuva de até 100 mm por dia. Nesta terça-feira, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou sobre os riscos para São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Anteriormente, também foi emitido o mesmo alerta válido entre segunda-feira (28) e terça para Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia.

A Climatempo também ressalta que a situação é de perigo para as áreas do leste de Santa Catarina, do Paraná e do sul de São Paulo. "A presença de um cavado nos níveis médios e altos da atmosfera vai favorecer a formação de nuvens carregadas, que serão reforçadas pelo fluxo intenso e constante de umidade nos níveis mais baixos da atmosfera", acrescenta a empresa de meteorologia.

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Até esta terça-feira também há previsão de chuvas intensas em áreas de Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Tocantins, Amapá, Amazonas e Roraima. Conforme o Inmet, em algumas localidades, onde o alerta é laranja, o acumulado pode chegar a 50 mm em 24 horas com ventos de até 60 km/h.

Paraná

Em Guaratuba, litoral do Paraná, um deslizamento de terra na BR-376, na altura do quilômetro 669, deixou uma pessoa morta. A vítima foi localizada pela Polícia Rodoviária Federal do Paraná por volta das 4h20 desta terça-feira, segundo informações oficiais. As equipes de resgate do Corpo de Bombeiros do Paraná e de Santa Catarina ainda realizam trabalhos de busca pela região.

Na noite de segunda-feira, o carro do prefeito de Guaratuba, Roberto Justus, também foi atingido no deslizamento de terra neste trecho do litoral que liga os Estados do Paraná e de Santa Catarina. A rodovia foi interditada em ambos os sentidos.

Capital paulista

A terça-feira será mais um dia com tempo instável na cidade de São Paulo. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo, precipitações mais significativas são esperadas a partir das primeiras horas da tarde, com potencial para formação de alagamentos e transbordamentos de pequenos rios e córregos. A noite ainda terá chuvas, porém em menor volume. Os termômetros variam entre 16°C e 25°C.

Na quarta-feira, 30, a expectativa é de sol entre muitas nuvens pela manhã e pancadas de chuva entre o meio da tarde e o início da noite. O solo encharcado, no entanto, aumenta o potencial para formação de alagamentos e deslizamentos em áreas de risco. A mínima deve ser de 17°C na madrugada e no período da tarde a máxima pode chegar a 27°C.

Os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) do País começaram a agendar a diplomação dos eleitos nos respectivos Estados. No Distrito Federal, por exemplo, foi marcada para 19 de dezembro a cerimônia para governador, vice-governador, senadora, suplentes, deputados distritais e federais eleitos ou reeleitos.

A diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu vice Geraldo Alckmin (PSB) é responsabilidade do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ainda não foi agendada oficialmente.

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A não oficialização da data deve-se ao fato de a prestação de contas da campanha de Lula no pleito deste ano ainda não ter sido avalizada pelo TSE. De acordo com o calendário eleitoral de 2022, encerrou-se no sábado, dia 19 de novembro, o prazo para a entrega do balanço final. O PT entregou as contas na sexta, 18, segundo o tribunal.

Enquanto o governo federal enfrenta um vácuo por causa da troca de gestão, os Estados aproveitaram a Cúpula do Clima (COP-27) em Sharm el-Sheik, no Egito, para ir atrás de verbas e parcerias estrangeiras. Neste ano, pela primeira vez os governadores da região da Amazônia montaram até um pavilhão oficial, um dos mais concorridos.

O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal é formado pelos nove Estados que abrigam o bioma: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

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O governo do Amapá, por exemplo, foi à África em busca de estabelecer parcerias e possíveis financiamentos para um parque, o Amaparque, projeto socioambiental e urbano na região metropolitana dos municípios de Macapá e Santana. No escopo estão a requalificação ecológica de áreas degradadas, melhorar a mobilidade urbana e diminuir a insalubridade nas áreas úmidas e em seu entorno. O objetivo é criar um complexo ecológico e turístico, com parques lineares em seis trechos da região metropolitana, tratamento de esgoto por fitorremediação, um ecomuseu, além de um centro de vivência da ressaca com acesso na área da Lagoa dos Índios, envolvendo um total de 17,43 km². O custo do projeto é de R$ 21 milhões.

Segundo o secretário de Planejamento do Amapá, Eduardo Tavares, com o projeto a área poderá ser considerada um Sítio Ramsar. "A chancela é reconhecida pela Unesco (braço da ONU para educação e cultura) e denomina as zonas úmidas que têm prioridade no acesso à cooperação técnica internacional e apoio financeiro para promover projetos com intuito de proteção e utilização sustentável dos recursos naturais, favorecendo a implementação de um modelo de desenvolvimento que proporcione qualidade de vida aos moradores da região", afirma.

CARBONO

Em outra frente, nesta semana Amapá, Pará, Mato Grosso e Amazonas assinaram acordo com a Coalizão Leaf para acessar o mercado de crédito de carbono. A Coalizão Leaf é uma iniciativa global voluntária que reúne empresas e governos para fornecer financiamento para a conservação de florestas tropicais e subtropicais - incluindo negociações para compra e venda de créditos de carbono. Foi criada em 2021, na COP-26, para captar dinheiro de grandes empresas, com capital de US 1,5 bilhão para comprar créditos em locais que se adaptem às boas práticas.

Se falta dinheiro e disposição dos países desenvolvidos em estabelecer um fundo de financiamento para as nações em desenvolvimento, o sucesso das negociações entre os entes subnacionais (Estados, províncias e cidades) pode ser medido não só por isso. Alguns dos objetivos são a transferência de informações e conhecimento para que, por exemplo, possam desenvolver os próprios planos.

Outro exemplo é o Consórcio Brasil Verde, lançado na COP de Glasgow, e que reúne todos os Estados do País. Presidido pelo governadordo Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), o objetivo é atrair investidores e internalizar conhecimentos. Para ele, a eleição de Lula e a expectativa de fortalecimento da atuação da União na área ambiental não vão diminuir a relevância desse e de outros consórcios. "O movimento dos governadores surgiu como forma de compensar a ausência do governo federal no tema, mas agora se fortalecerá no esforço conjunto porque o governo federal sozinho não tem condições de atender as NDCs (as metas de redução de emissões de gases de efeito esfufa)", afirma.

"Precisamos andar juntos para fazer a fiscalização do desmatamento, da transição energética e desenvolvimento de tecnologias como o hidrogênio verde."

SP

Esse tipo de negociação é chamado de paradiplomacia e, de fato, tende a crescer na ausência de uma ação efetiva do governo federal, diz a advogada e especialista Carolina Bonatto Fairbanks. Nesta COP, por exemplo, longe das florestas tropicais, Estados como São Paulo também participaram de várias negociações. Na pauta, de escassez hídrica à eletrificação de frotas de transporte urbano. O Estado lançou um Plano de ação Climática visando a mitigar a emissão de 17 milhões de toneladas de Gases do Efeito Estufa até 2030.

O programa é resultado da parceria firmada por 12 Estados com o Pomuc (implementado pela agência alemã de cooperação internacional GIZ - com o apoio do Ministério Alemão de Economia e Clima, no âmbito da Iniciativa Climática Internacional- IKI). A cooperação viabilizou uma série de estudos sobre as trajetórias de carbono para estabelecer metas do Plano de Ação Climática (PAC 2050). Ele entrou em consulta pública esta semana.

Segundo Carolina Bonatto Fairbanks, os acordos e projetos que nascem desses processos paradiplomáticos podem e devem ser cobrados pela população "Toda questão ambiental depende da boa vontade e é mais fácil fazer esforços nos entes subnacionais. É um esforço coletivo."

*O REPÓRTER VIAJOU A CONVITE DO INSTITUTO CLIMA E SOCIEDADE

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os Estados devem receber até esta sexta-feira (11) um milhão de doses pediátricas da Pfizer para crianças com comorbidades entre 6 meses e menores de 3 anos de idade para a proteção contra a Covid-19. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quinta (10). O anúncio da distribuição acontece quase dois meses após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso do imunizante. Nas últimas semanas, o Brasil e o mundo têm registrado uma nova onda de casos.

As doses pediátricas, conforme o comunicado da pasta, serão distribuídas "de forma proporcional e igualitária". Para São Paulo, está prevista a chegada de 206,3 mil doses do imunizante. O total, no entanto, é menor do que as 615 mil solicitadas pela Secretaria de Saúde do Estado.

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Atualmente, a campanha de vacinação contra covid-19 em São Paulo contempla todas as crianças de 3 e 4 anos de idade, que estão aptas a tomar a Coronavac. Em setembro, o Instituto Butantan doou 2 milhões de doses para o Estado.

Até o momento, há duas vacinas pediátricas disponíveis para todas as crianças: a da Pfizer, que pode ser aplicada para quem tem mais de 5 anos, e a da Coronavac, disponível para faixa etária de 3 a 4 anos.

A ampliação do uso da vacina para crianças que não são imunocomprometidas será avaliada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec), segundo o Ministério da Saúde. De acordo com os dados da pasta, 938,4 mil crianças entre 3 e 4 anos tomaram a primeira dose da vacina e 323,9 mil receberam a segunda aplicação do imunizante em todo o País.

O Ministério da Saúde recomenda que as vacinas contra o coronavírus sejam administradas nas crianças simultaneamente aos demais imunizantes do calendário vacinal ou em qualquer intervalo na faixa etária de 6 meses de idade ou mais.

Aumento de casos

A chegada da vacina pediátrica aos braços dos mais novos acontece em um período de recrudescimento da doença e aumento de casos da covid-19 no Brasil e em demais países do mundo, como Estados Unidos e China. O país asiático, que pratica a política de zero contaminação, contabilizou na semana passada o maior número de infectados dos últimos seis meses.

De acordo com os especialistas, o crescimento pode estar associado ao surgimento de duas novas subvariantes da variante Ômicron, a BQ.1 e XBB. No Brasil, as equipes de vigilância dos Estados já rastrearam a presença dessa linhagem do vírus em novos pacientes. Em São Paulo, a Secretaria de Saúde confirmou, na última terça-feira, 9, a primeira morte de uma paciente de 72 anos contaminada pela BQ.1.

Na maioria dos casos, as pessoas que estão contraindo a covid-19 não têm apresentado quadros graves da doença. Mesmo assim, especialistas reforçam a necessidade de usar máscaras em locais fechados e atualizar e completar o esquema vacinal para todos os que estão aptos a receber algum imunizante contra a covid-19.

Protestos de caminhoneiros em diversos estados brasileiros, alguns iniciados na noite de domingo (30), atrapalharam o trânsito nas rodovias e levaram ao atraso de viagens de ônibus. Muitos passageiros foram pegos de surpresa no meio do caminho, o que fez dobrar o tempo de algumas viagens. Os manifestantes – que protestam contra o resultado das eleições - fecharam, total ou parcialmente, as estradas, usando os próprios veículos como bloqueio ou ateando fogo em pneus e outros materiais.

Em praticamente todos os casos houve intervenção da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na tentativa de desobstruir as pistas em diálogo com os manifestantes, muitas vezes sem sucesso. No meio da tarde desta segunda-feira (31), um grupo tentou parar a Ponte Rio-Niterói, mas foi logo contido pela Polícia Militar (PM), que liberou o trânsito.

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Segundo balanço parcial da PRF, divulgado no início da noite, houve bloqueios em pelo menos 20 estados. Entre os que tiveram maior número de casos, Santa Catarina registrou 42 bloqueios, Mato Grosso do Sul, 32 interdições, Paraná teve 18 interdições e 6 bloqueios, Pará teve 17 interdições, mesmo número de Rondônia. Goiás registrou 10 interdições, Rio de Janeiro, 9 interdições, São Paulo teve 7 bloqueios. De acordo com a PRF, 75 manifestações foram desfeitas

Viagens suspensas

Na Rodoviária do Rio de Janeiro, segundo a porta-voz Beatriz Lima, houve uma queda de 80% no movimento de embarques rumo a São Paulo, que num dia normal é cerca de 2,5 mil pessoas. As empresas que fazem a rota decidiram suspender as viagens e estão remarcando sem custo os bilhetes.

“A venda de bilhetes rodoviários do Rio de Janeiro em direção a São Paulo e regiões que utilizam a Via Dutra em seu trajeto estão suspensas, hoje, pelas empresas de ônibus regulares que estão monitorando a situação. Os passageiros devem procurar as centrais de atendimento das viações para remarcação das passagens sem custo. Lembramos que as demais linhas seguem normais e que os serviços do terminal continuam funcionando 24h”, se pronunciou em nota a porta-voz.

Justiça Federal

Em uma ação movida pela empresa K-Infra Rodovia do Aço, permissionária da Rodovia BR-393, no Rio de Janeiro, o juiz federal Iorio Siqueira D´Alessandri Forti acolheu ação de interdito proibitório, determinando que caminhoneiros ou pessoas se abstenham de fechar total ou parcialmente a BR-393. Ele ordenou também a remoção de pessoas ou veículos, bem como a identificação dos responsáveis, impondo multa de R$ 5 mil para cada pessoa, por hora de interrupção.

A decisão diz respeito unicamente à rodovia em questão e não afeta as demais estradas do estado ou do país.

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