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As mulheres que tomaram um analgésico em associação com a pílula do dia seguinte tiveram mais sucesso na prevenção da gravidez que aquelas que tomaram apenas o anticoncepcional de emergência, afirma um novo estudo médico.

O estudo, publicado na revista científica The Lancet, foi realizado em Hong Kong entre 2018 e 2022 com uma mostra aleatória de 860 mulheres que solicitaram a pílula contraceptiva em um centro médico.

Um teste de 1998 com o levonorgestrel, uma das pílulas do dia seguinte mais populares do mundo, mostrou que o medicamento era 95% eficaz na prevenção da gravidez quando tomado até 24 horas após a relação sexual.

Segundo o estudo de Hong Kong, em um grupo de 418 mulheres que receberam levonorgestrel com piroxicam - um medicamento disponível com receita médica para tratar dores de artrite e inflamações -, apenas uma delas ficou grávida. O tratamento teve eficácia de 99,8%.

Em um segundo grupo com o mesmo número de participantes, que receberam um placebo como analgésico, sete mulheres engravidaram, o que significa uma eficácia de 98,3%.

O resultado é "realmente emocionante", afirmou Sue Lo, coautora do estudo, que chamou a descoberta de "pioneira".

Os dois grupos do estudo não mostraram diferenças significativas nos índices de efeitos colaterais, como atraso na menstruação, informaram os cientistas.

O coordenador do estudo, Raymond Li, explicou que o objetivo da pesquisa era sugerir que um medicamento "imediatamente disponível e seguro" pode reforçar a eficácia do levonorgestrel.

Sue Lo, no entanto, insistiu que mais estudos são necessários antes de recomendar que as mulheres tomem o analgésico piroxicam com a pílula do dia seguinte.

"Qualquer pessoa que precise de um contraceptivo de emergência deve consultar um médico", recordou, antes de insistir que as associações de medicamentos debem ser supervisionadas por especialistas.

Pesquisadores do Reino Unido acabam de publicar uma extensa revisão sobre exercícios físicos e o controle da pressão arterial no British Journal of Sports Medicine. Eles compilaram nada menos do que 270 estudos realizados entre 1990 e 2023 sobre o assunto. Depois de fazer um pente-fino nesse material, os cientistas concluíram que os exercícios isométricos - aqueles que envolvem ficar parado contraindo os músculos - são os que mais derrubam a pressão.

Segundo Renato Pelaquim, diretor executivo do Departamento de Educação Física da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), o achado não é exatamente uma novidade, porque já existiam indícios dos benefícios do treino isométrico no controle da pressão. "O que acontece é que os estudos estão cada vez mais robustos, como essa revisão", analisa. Mas é preciso ter alguns cuidados antes de dar início a um treino com exercícios estáticos, que parecem mais simples do que realmente são.

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Vale lembrar que a Diretriz Brasileira de Reabilitação Cardiovascular, de 2020, já citava o handgrip, feito de três a cinco vezes por semana, durante 12 minutos, como estratégia para redução da pressão arterial. Nesse exercício, o indivíduo aperta uma espécie de aparelho formado por duas hastes - a ideia é forçar dedos, mãos e antebraços. Agora, nesse trabalho recente, um movimento que se destacou foi o agachamento isométrico. Em resumo, ele envolve encostar a coluna na parede e flexionar as pernas, como se estivesse sentado em uma cadeira imaginária.

Depois de ajustar diversos dados, os autores ingleses perceberam que investir nos movimentos isométricos fez a pressão sistólica cair 8.24 mmHg e a diastólica, 4 mmHg. Enquanto a primeira tem a ver com a saída do sangue do coração para o resto do corpo, a segunda ocorre quando o órgão relaxa. Segundo Pelaquim, esse resultado é similar ao obtido com o uso de medicamentos.

Por que exercícios isométricos mexem tanto com a pressão

O especialista da Socesp informa que, no exercício isométrico, os músculos ficam contraídos por muito tempo - na pesquisa, eram cerca de dois a três minutos, chegando a até quatro minutos. Isso gera o que se chama de estresse de atrito. "Significa que tem sangue batendo na parede do vaso sanguíneo, sobretudo nas artérias. E quanto maior esse atrito, maior a liberação de substâncias que relaxam os vasos, causando uma dilatação", descreve. Daí porque há queda na pressão. Esse efeito também acontece no treino aeróbico e resistido, mas não na mesma magnitude.

Mas Pelaquim faz uma ponderação: os estudos costumam acompanhar os efeitos pós-treino, ou seja, quando os indivíduos já estão em repouso. "E precisamos ter um grande cuidado durante a atividade", nota. Isso porque no momento da realização do exercício, as duas medidas de pressão (mas especialmente a diastólica) tendem a subir demais - e isso não é muito positivo para quem já convive com algum fator de risco. Se o sangue chegar com muita pressão no coração de um indivíduo que já tem artérias mais doentes, sobe o risco de ele enfrentar algum evento cardiovascular.

Sendo assim, a recomendação é que pessoas que apresentem qualquer fator de risco cardíaco - principalmente hipertensão - contem com acompanhamento próximo durante o treino, e tenham a pressão avaliada antes de começar os exercícios. Caso os índices se mostrem um pouco desajustados, Pelaquim comenta que o ideal é apostar em estratégias mais conservadoras - e não em um treino isométrico de cara, por exemplo, que exige bastante do corpo. "Com as taxas controladas, aí, sim, dá para considerar opções mais intensas", pondera.

Como incluir exercícios isométricos na rotina de treino

De acordo com o especialista da Socesp, é difícil pensar em uma hora de treino focada apenas em movimentos isométricos - ainda mais se a pessoa não tiver um bom preparo físico. Além de difícil, Pelaquim comenta que esse estilo de atividade não é tão motivador. Porém, como o estudo indica, é uma ferramenta interessante para quem precisa controlar a pressão.

De olho nisso, a dica dele é mesclar modalidades diferentes, em vez de se concentrar em um tipo só - dá para incluir um treino aeróbico, de resistência e até o intervalado de alta intensidade (conhecido como HIIT). Na hora do isométrico, também não é preciso seguir à risca o recado e ficar completamente parado. Dá para adaptar e progredir aos poucos. "Uma possibilidade é diminuir a velocidade de execução de certos exercícios", exemplifica Pelaquim.

"De qualquer forma, no início, essa não seria a minha primeira escolha para indicar a alguém com pressão alta (exercícios isométricos). Eu começaria com opções mais conservadoras e, aos poucos, iria evoluindo", opina. "Mas certamente é uma estratégia a mais, que vem para enriquecer".

Atividades clássicas também fazem diferença

No ranking de modalidades mais potentes no controle da pressão, os exercícios estáticos são seguidos por:

- Treino combinado (aeróbico e resistência).

- Treino de resistência dinâmico (baseado em agachamentos, flexões, uso de pesos, etc).

- Exercícios aeróbicos (como correr).

- HIIT (treino com sessões curtas de alta intensidade intercaladas com rápida recuperação).

Embora os exercícios estáticos tenham despontado como aqueles que mais impactam na pressão arterial, a verdade é que o importante mesmo é se mexer. Os autores da revisão afirmam que, nesse sentido, todas as escolhas são eficazes.

O que as princesas da Disney e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) têm em comum? De acordo com a professora de redação, Marcela Silva, há relação entre as duas temáticas. Durante o primeiro aulão, promovido neste sábado (12), pelo Vai Cair No Enem, a docente usou as princesas da Disney para dar dicas de repertório sócio-cultural para a avaliação dissertativa do exame. 

Na ocasião, a docente apontou questões, a partir das narrativas das personagens, que podem ser usadas na redação do Enem de acordo com os temas exigidos na prova. Entre os aspectos abordados por Marcela Silva estão: relacionamento abusivo, naturalização do sequestro e dependência familiar que, segundo a docente, são temáticas presentes na produção “A Bela e a Fera”. 

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Utilizando em “A Princesa e o Sapo”, a professora de redação frisa pontos como: racismo, empreendedorismo feminino e independência feminina. Já a personagem indígena Pocahontas, filme de 1995, ressalta temas como: preservação da natureza, diversidade cultural, como também feminismo. Sob a atenção dos estudantes, Marcela Silva mostrou exemplos de redação com os repertórios citados, desde a introdução até conclusão.

Entre brincadeiras com os estudantes presentes no aulão do Vai Cair no Enem, o professor Mardock trouxe a primeira fase do aulão de história neste sábado (12), em Olinda, cidade de Pernambuco.

Apresentando os principais momentos da história do mundo, Mardock resolveu questões chave para reforçar os assuntos mais importantes para o Enem, entre elas a teoria da história. 

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“Todos os anos o Enem põe pelo menos uma questãozinha sobre teoria da história. A teoria da história é todo o conhecimento que se levanta sobre a maneira que o historiador analisa a história”, afirma o professor.

Para lembrar os estudantes do conteúdo, Mardock lista quais são conteúdos mais comuns nestas questões sobre teoria da história:

O papel do historiador

Corrente historiográficas 

Modo de produção

Vai Cair No Enem pelo Brasil

Reunindo uma equipe de professores, o Vai Cair no Enem organiza uma série de aulões gratuitos pelo Brasil. A equipe irá visitar os estados de Pernambuco, Pará, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo.

Os estudantes que não conseguirem ir presencialmente, ainda podem aproveitar as aulas pelo YouTube oficial do projeto.

Antes das 8h, a estudante Maria Eduarda Melo, de 18 anos, já aguardava o início do aulão, promovido pelo Vai Cair No Enem, neste sábado (12) na UNINASSAU Olinda. Primeira a chegar no local, Maria Eduarda conta que o objetivo é conseguir uma vaga no curso de publicidade.

Com uma rotina extensa, dividida entre a escola integral e preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, a estudante está otimista e ressalta que, mesmo com um cotidiano agitado, não perde a oportunidade de reforçar os estudos para a prova.

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 "Minha preparação deste ano foi diferente do ano passado, que fiz como treineira. Eu faço cursinho na UFPE aos sábados, estudo integral. É uma rotina bem difícil, porque eu moro no Janga e estudo em Casa Forte. São três ônibus para ir e três para voltar, mas, eu estou estudando. Estou determinada ", disse ao Vai Cair No Enem.

À reportagem, Maria Eduarda conta quais são as expectativas para a edição do Enem 2023. "Esse é um ano decisivo para mim. Eu espero que a prova seja tranquila. Não acho que vai ser muito diferente do Enem do ano passado. Acho que as mudanças serão pequenas, nada muito drástico. Estou bem esperançosa", frisa.

Um estudo da Universidade Sapienza de Roma abriu uma nova perspectiva de cura para tumores, através de um tratamento feito com fortes luzes.

O grupo de pesquisa também contou com profissionais de outras instituições italianas, como o Instituto de Sistemas Complexos do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália, a Universidade Católica do Sagrado Coração e a Fundação Policlínica Universitária Agostino Gemelli.

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A investigação, publicada na revista Nature Communications, se baseou no uso de feixes de laser capazes de penetrar profundamente nos tumores.

Segundo um comunicado dos cientistas responsáveis, a maior parte dos tecidos biológicos absorve a radiação, o que não permite atingir com precisão os tecidos cancerosos.

No novo estudo, os especialistas descobriram que, no interior do tumor, é possível formar "tsunamis óticos", ondas luminosas de intensidade extrema que podem ser usadas para guiar os lasers dentro do tecido.

O modelo foi testado em amostras tridimensionais de tumor pancreático.

"Nossa pesquisa mostra que as ondas extremas são capazes de transportar energia espontaneamente através dos tecidos, técnica que pode ser usada em novas aplicações biomédicas", explicou Claudio Conti, da Universidade Sapienza.

"Mostramos como essas luzes podem aumentar as temperaturas até a morte das células cancerosas, e isso tem implicações importantes para as terapias fototérmicas. Poderemos buscar e tratar regiões específicas de um órgão de maneira não invasiva", concluiu Massimiliano Papi, da Universidade Católica.

Da Ansa

O mercado brasileiro de impressoras encerrou o primeiro semestre de 2023 em alta, sinalizando uma retomada do segmento. De acordo com o estudo do IDC Brasil, durante esses meses, o setor apresentou um faturamento de R$ 820 milhões, cerca de 20% a mais do que no mesmo período de 2022 – um resultado estimulado no segmento corporativo. Em termos de volume, foram vendidos mais de 609 mil unidades, um aumento de 26% na mesma comparação. 

Ainda segundo o estudo, nos três primeiros meses de 2023 foram comercializados cerca de 609 mil equipamentos, sendo 498.000 impressoras jato de tinta, 110.000 a laser e 1.000 materiais. Deste total, 544.000 são modelos multifuncionais. Em termos percentuais, todas as categorias tiveram um crescimento expressivo quando comparados ao primeiro trimestre de 2022, sendo: 28% entre as impressoras jato de tinta, 14% para os modelos a laser e 65% nas matriciais. Segundo o analista de Consumer & Commercial Devices da IDC Brasil, Lucas Caumo, os números refletem o reabastecimento das varejistas, especialmente em relação às marcas mais vendidas. “Com a normalização dos estoques percebemos a retomada do setor, que estava desaquecido nos trimestres anteriores. É um movimento natural tendo em vista que o mercado tinha uma demanda reprimida no segundo semestre de 2022”, explicou. 

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Em relação à operação pelo tipo de impressora, o mercado corporativo foi determinante para o resultado. “O aumento da busca por modelos jato de tinta está relacionado ao crescimento de small business, que são empresas com número pequeno de funcionários e que não necessitam de equipamentos tão robustos como a laser. Sendo assim, o fator preço também foi determinante para a definição desse cenário de unidades comercializadas”, analisou Caumo. O mercado corporativo consumiu 221.000 impressoras no primeiro trimestre de 2023, cerca de 20% a mais do que no ano anterior, gerando receitas de R$ 424 milhões. Já o varejo adquiriu 288.000 unidades, um aumento de 30% em relação a 2022, resultando em uma receita total de R$ 396 milhões. 

 

O quantitativo de jovens que não trabalham e nem estudam atingiu um alto índice no Brasil, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O levantamento realizado pela instituição aponta que, em 2022, 36% da população com idade entre 18 e 24 anos estão nessa condição, ou seja, fazem parte da 'geração nem-nem'. Os números colocam o país em segundo lugar no ranking mundial, ficando atrás apenas da África do Sul.

Outro estudo, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que 73% da geração nem-nem é formada por mulheres. Essa quantidade, de acordo com a organização, tem como causa principal a gravidez precoce. Na mesma pesquisa, aponta-se que mais de três milhões de brasileiros estão desocupados e buscando um emprego há mais de dois anos.

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O mesmo levantamento afirma que existe cerca de cinco milhões de pessoas desistiram de procurar emprego, devido à falta de perspectiva. Ainda segundo o Ipea, metade deles não completou o ensino fundamental, 25% estão na faixa etária de 18 a 24 anos.

O processo de envelhecimento é marcado pela diminuição da capacidade do organismo de combater os radicais livres, resultando em um aumento do estresse oxidativo nas células. Entretanto algumas espécies de plantas medicinais, como a Curcuma longa, Panax ginseng e Rhodiola rosea, apresentam propriedades antioxidantes que combatem o envelhecimento e doenças.

É o que aponta a pesquisadora Uyara Correia de Lima Costa em sua dissertação de mestrado intitulada “Atividade Antioxidante de Plantas Medicinais Utilizadas na Prevenção do Envelhecimento”. A pesquisa foi apresentada, em 2022, ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

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Sob a orientação da professora Elba Lúcia Cavalcanti de Amorim e coorientação de Patrícia Maria da Silva Neri Cruz, o estudo foi realizado utilizando-se extratos secos padronizados. No Laboratório de Produtos Naturais (Lapronat) da UFPE, foram executadas as análises dos antioxidantes sintetizados pelos extratos.

“Para os ensaios de atividade antioxidante, realizada por métodos consolidados, destacou-se a espécie de Curcuma longa, na maioria dos ensaios realizados, mostrando sua capacidade antioxidante superior aos demais”, relata Uyara Lima.

A evaporação das frações seguiu a metodologia desenvolvida pelo laboratório, em que os extratos foram submetidos à coluna filtrante de sílica.

“As frações foram recolhidas à evaporação, sendo colocados em dessecador para eliminação de resquícios de umidade, obtendo-se os extratos secos”, explica a pesquisadora.

Posteriormente, utilizando a técnica de Cromatografia em Camada Delgada (CCD) para identificar as principais classes metabólicas presentes nos extratos, foi constatada a presença de polifenóis, composto bioativo, em que a classe dos flavonoides obteve destaque. Os flavonoides, contidos nos três extratos, atuam na proteção contra agentes oxidantes e, consequentemente, contribuem para a redução do estresse oxidativo (excesso de radicais livres no organismo).

A Curcuma longa, também chamada de açafrão da terra ou simplesmente cúrcuma, é um alimento funcional e uma especiaria amplamente utilizada devido ao seu sabor forte e à coloração característica. Seus componentes possuem propriedades terapêuticas relacionadas a atividades antioxidantes, anti-inflamatórias, antimutagênicas e antimicrobianas.

Foto: Pixabay

Os métodos químicos utilizados durante o estudo, na quantificação e determinação da  atividade antioxidante das espécies analisadas, apontaram o açafrão da terra como aquela de maior potencial antienvelhecimento.

Outra vantagem apresentada é que a cúrcuma pode ser “utilizada na forma de chá por decocção [a planta é fervida junto com a água] ou infusão, em pó como tempero e em cápsulas como suplemento. Além disso, é usada como aditivo alimentar na indústria alimentícia”, conforme aponta a pesquisadora e também nutricionista Uyara Lima.

“É importante ressaltar algumas contraindicações, como é o caso de pacientes em uso de anticoagulantes, além de gestantes e lactantes pela falta de evidências na literatura quanto ao uso seguro nesses casos”, acrescenta.

Por sua vez, o Panax ginseng, popularmente conhecido como ginseng, é uma planta medicinal utilizada para combater fadiga física e mental. Possui uma ampla série de atividades farmacológicas, como anti-inflamatória, neuroprotetora, cardioprotetora, hepatoprotetora, antioxidante, antidiabética e antitumoral.

Foto: Pixabay

É possível consumi-lo nas formas de chá, xarope, comprimidos, cápsulas, em pó e como suplemento alimentar.De acordo com a pesquisadora, “no doseamento [método para quantificar o teor de substâncias] foi possível observar maior prevalência de compostos secundários nos extratos brutos das plantas”. Com base nisso, verificou-se um valor consideravelmente alto em relação ao teor de cumarinas presentes no extrato bruto das raízes de ginseng, comparado às demais plantas medicinais analisadas.

Com relação à Rhodiola rosea, conhecida pelos nomes raiz de ouro ou raiz dourada, a  planta apresenta propriedades voltadas para o ajuste metabólico, redução da fadiga, melhora da capacidade cognitiva e aumento da linha de defesa antioxidante. Também é utilizada para tratar depressão, ansiedade, doenças cardíacas e patologias relacionadas ao envelhecimento.

Foto: Opioła Jerzy/CC

“E pode ser utilizada em preparações farmacêuticas, aditivos alimentares e suplementos dietéticos [diet] facilmente encontrados no mercado”, explica a pesquisadora.

O uso de fitoterápicos, produtos provenientes de plantas medicinais, apresenta um caráter preventivo e terapêutico. Logo, as espécies que apresentam propriedades antioxidantes neutralizam os radicais livres, de modo a propiciar o fortalecimento do sistema imunológico e a prevenção do envelhecimento.

“É uma alternativa segura e de baixo custo para a população, principalmente para aqueles que não têm acesso à assistência médica. Assim, é amplamente utilizada como prática complementar, inclusive nos serviços públicos no Brasil”, relata Uyara Lima. “Porém vale ressaltar que alguns cuidados, como o uso, o cultivo, a colheita e a forma de preparo, devem ser considerados para manutenção da funcionalidade terapêutica das plantas medicinais”, completa.

Outras informações

Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da UFPE

(81) 2126.7515

ppgcf@ufpe.br

 

Por Raiane Andrade, da asscom da UFPE

Um programa baseado na inteligência artificial (IA) pode reduzir a carga de trabalho dos radiologistas na detecção do câncer de mama, segundo os primeiros dados de um estudo publicado nesta quarta-feira (2) na revista "Lancet".

Realizado na Suécia, o estudo permite concluir que não há risco em os radiologistas usarem essa tecnologia para orientar melhor suas analises.

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Os pesquisadores se basearam em uma amostra de 80.000 mulheres, divididas em dois grupos de tamanho semelhante. Todas elas se submeteram a uma mamografia.

O primeiro grupo foi rastreado da forma clássica, com a opinião de dois radiologistas independentes. O segundo, por meio de um programa de IA e um radiologista.

O uso da IA não prejudicou a detecção, e sim a aumentou levemente. A taxa de falsos positivos foi semelhante.

Os resultados podem, eventualmente, reduzir o número de radiologistas dedicados ao rastreio do câncer de mama, considerado uma das formas mais eficazes de se lutar contra esse tumor.

Será necessário, no entanto, confirmar esses resultados ao longo do tempo. Para isso, os pesquisadores irão analisar, ao longo de dois anos, quantas mulheres em cada grupo receberam posteriormente um diagnóstico de câncer, mesmo o tumor não tendo sido detectado no rastreio inicial.

Um projeto de pesquisa sobre o Facebook em torno das eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos publicou seus primeiros resultados nesta quinta-feira (27), que, contra todas as previsões, apontam que o algoritmo da rede social não influencia a opinião de seus usuários.

O trabalho é resultado da colaboração entre a Meta - empresa que controla o Facebook, o Instagram e o WhatsApp - e um grupo de acadêmicos de universidades americanas. Eles receberam amplo acesso a dados internos da companhia e inscreveram dezenas de milhares de usuários para realizar experimentos.

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A equipe acadêmica escreveu quatro artigos sobre o papel do gigante das redes sociais na democracia dos EUA, que foram publicados nas revistas científicas Science e Nature.

Em geral, o algoritmo acabou sendo "extremamente influente nas experiências das pessoas na plataforma", afirmaram os diretores do projeto, Talia Stroud, da Universidade do Texas em Austin, e Joshua Tucker, da Universidade de Nova York.

"Mas também sabemos que mudar o algoritmo mesmo por alguns meses não é provável que mude as atitudes políticas das pessoas", disseram, de acordo com as respostas dos usuários em pesquisas após participarem de experimentos com duração de três meses.

Os autores reconheceram que essa conclusão pode ser devido ao fato de que as mudanças não tiveram tempo suficiente para terem efeito, uma vez que o país vem se polarizando cada vez mais há décadas.

No entanto, "esses resultados questionam as narrativas populares que culpam as câmaras de eco das redes sociais pelos problemas da democracia americana contemporânea", escreveram os autores de um dos artigos publicados na Nature.

- Bolhas -

O algoritmo do Facebook utiliza aprendizado de máquina para decidir quais publicações aparecem primeiro nos feeds dos usuários com base em seus interesses. Ele tem sido acusado de criar "bolhas de filtros" e permitir a disseminação de informações incorretas.

Os pesquisadores recrutaram cerca de 40 mil voluntários por meio de convites em seus perfis do Facebook e Instagram e projetaram um experimento em que um grupo era exposto ao algoritmo normal, enquanto o outro via as publicações ordenadas das mais recentes às mais antigas.

Originalmente, o Facebook utilizava um sistema cronológico reverso e alguns observadores sugeriram que retornar a ele reduziria os efeitos prejudiciais das redes sociais.

A equipe descobriu que os usuários do grupo com feed cronológico passavam metade do tempo no Facebook e Instagram em comparação com os do grupo com o algoritmo.

No Facebook, os participantes com o feed cronológico viram mais conteúdos de amigos moderados, bem como mais fontes com audiências ideologicamente mistas. Mas o feed cronológico também aumentou a quantidade de conteúdo político e pouco confiável visto pelos usuários.

Apesar das diferenças, as mudanças não provocaram alterações detectáveis nas atitudes políticas medidas.

A Meta recebeu as conclusões gerais com satisfação. "Elas se somam a um número crescente de pesquisas que demonstram que há poucas evidências de que as redes sociais causem uma polarização prejudicial ou tenham um impacto significativo em atitudes, crenças ou comportamentos políticos chave", disse Nick Clegg, presidente de Assuntos Globais da Meta.

Um estudo realizado pelo 'Quero Educação' aponta que houve um crescimento da procura por cursos semipresenciais. De acordo com o levantamento, foram mais de 5 milhões de buscas em 2023. Os números se equiparam as ofertas da modalidade presencial, o que demonstra uma mudança notável no comportamento dos alunos, segundo a pesquisa. 

"Essas tendências, refletidas nos dados do estudo, mostram um cenário de transformação do mercado educacional, com estudantes buscando cada vez mais flexibilidade e novos modelos de ensino. A questão que se coloca é: como comunicar corretamente ao aluno as opções disponíveis de ensino se você não pode classificar conforme o mercado convencionou chamar ao longo do tempo?", destaca Marcelo Lima, diretor da Quero Educação, através da assessoria.

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No entanto, o mesmo estudo mostra que as Instituições de Ensino Superior (IES) enfrentam barreiras devido às regulamentações do ministério da Educação (MEC), que impedem a divulgação direta de cursos semipresenciais aos estudantes. De acordo com a Comissão de Ensino e Formação (CEF) do CAU/BR, os normativos vigentes do MEC não reconhecem essa modalidade. O que existe, segundo a pasta, são cursos presenciais que oferecem parte de sua carga horária à distância ou cursos 100% remotos, mas, com atividades presenciais. 

Uma rotina de estudos exaustiva pode trazer malefícios para a saúde mental e física. Não é incomum ver relatos de estudantes que estão se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibulares com um cronograma com 10 horas ou mais de dedicação aos assuntos que podem aparecer nas avaliaçãos.

Ao LeiaJá, a psicopedagoga Juliana Lapenda ressalta que os momentos de descanso podem ser um aliado na preparação para o Enem, como também para vestibulares e concursos. Além disso, ela salienta que um cronograma exaustivo, sem pausas, é prejudicial e pode causar efeitos ao corpo e mente. 

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"Muitas horas de estudo causa um cansaço físico e mental. Não há estudante que consiga render ou assimilar conteúdos com uma rotina exaustiva. É importante destacar que horas de estudo não é sinônimo de eficácia. Muitas vezes, é melhor ter poucas horas dedicas à leitura e resolução de questões para ter um rendimento melhor. Nem sempre quantitade é sinônimo de qualidade", observa.

Para a psicopedagoga, as pausas são fundamentais, pois será nesses momentos em que o estudante terá a possibilidade de se dedicar a coisas que sente prazer em fazer, algo que vai além da leitura de conteúdos. "No cronograma construído pelo aluno é importante sempre ter esse descanso. Ele pode usar esse momento para tirar um cochilo, ver os amigos, fazer algo que realmente goste", ressaltou à reportagem.

Juliana Lapenda chama atenção para o papel da família durante essa preparação e pausas. "O adolescente já está em uma situação de cobrança, porque é uma prova em que se tem a ideia que é obrigatório passar. Então, cabe a família diminuir essa cobrança e incentivar esse descanso". Além disso, ela salienta que no caso do estudante apresentar sintomas de ansiedade ou depressão é importante procurar um especialista, ou seja, um psicólogo. 

Neste período de férias ou recesso escolar, a psicopedagoga reforça que sair um pouco da rotina de estudo não será prejudicial na preparação e que o ritmo pode ser retomado sem alterações. "Férias é férias. Todo mundo precisa desse momento, até os profissionais precisam dessa pausa. Nesse momento, o estudante pode fazer uma pequena viagem, um passeio, coisas que o desligue por alguns instantes dos estudos, do Enem, vestibulares ou concurso. Saber aproveitar esses momentos e retornar ao cronograma sem prejuízos, com a saúde mental e física bem". 

Um estudo publicado na revista científica Jama mostrou que hábitos que estimulem a mente, como escrever cartas, ter aulas, jogar xadrez, palavra cruzada ou montar quebra-cabeças, podem reduzir o risco de demência em até 11% na velhice.

A pesquisa analisou 10.318 australianos saudáveis acima de 70 anos. A seleção considerou que os participantes não apresentassem comprometimento cognitivo no momento em que fizeram a inscrição no estudo, entre março de 2010 e dezembro de 2014.

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Os pesquisadores analisaram os dados a partir do fim do ano passado considerando os riscos de demência em dez anos desde o início do estudo. Os cientistas isolaram outras variáveis como educação, nível socioeconômico, e outros aspectos de saúde.

De acordo com a pesquisa da American Medical Association, aqueles idosos que frequentemente escreviam cartas ou escreviam no diário, usavam o computador e assistiam a aulas apresentaram um risco 11% menor de desenvolver demência. Já aqueles que frequentemente jogavam xadrez, baralho, faziam palavra cruzada e montavam quebra-cabeças apresentaram um risco 9% menor de demência.

"Esses resultados sugerem que o engajamento no letramento de adultos, arte criativa e atividades mentais ativas e passivas podem ajudar a reduzir o risco de demência na terceira idade", diz a pesquisa.

Os pesquisadores citam que, em 2022, 55 milhões de pessoas apresentavam demência em todo o mundo. A estimativa é de que, a cada ano, cerca de 10 milhões de novos casos sejam identificados.

Os responsáveis pela pesquisa indicam que adotar hábitos que estimulem a mente desde a infância contribuem para reduzir a prevalência da doença. Nesse sentido, a educação infantil tem um impacto positivo considerável.

PEQUENOS HÁBITOS

O estudo destaca ainda que a adoção de pequenos hábitos mentalmente estimulantes na velhice é um fator que pode alterar significativamente as perspectivas. "Para os mais velhos, o enriquecimento do estilo de vida pode ser particularmente importante, porque pode ajudar a prevenir a demência por meio de modificações nas rotinas diárias."

ALTA DE ÓBITOS

Um levantamento inédito feito pelo Estadão com base em dados do portal Datasus, do Ministério da Saúde, revelou em maio que entre 2012 e 2022 o total de óbitos associados a demências aumentou 107% no País, passando de 15,6 mil para 32,4 mil - o equivalente a quase quatro mortes por hora.

Uma nova pesquisa científica desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical da UFPE deu origem a dois artigos que trazem informações importantes sobre pessoas idosas diagnosticadas com HIV.

O estudo foi conduzido pela médica auditora e preceptora da Residência Médica em Geriatria do Hospital das Clínicas (HC) da UFPE, Isaura Romero Peixoto, e constatou um processo de envelhecimento precoce nesses indivíduos, que pôde ser identificado por meio de uma estimativa de idade biológica utilizando inteligência artificial, bem como a baixa contagem de linfócitos T CD4+, disglicemia (pré-diabetes e diabetes) e uso de cannabis como fatores associados ao problema.

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Além de Isaura, a professora Heloísa Ramos Lacerda e a doutoranda Ladjane Santos Wolmer de Melo também participaram do desenvolvimento da pesquisa.

Os artigos são “Factors associated with early biological aging in older people with HIV (Fatores associados ao envelhecimento biológico precoce de idosos com HIV)” e “Older people living with HIV and antiretroviral therapy: The prevalence of dysglycemia and risk factors (Idosos vivendo com HIV e antiretroviral: a prevalência de disglicemia e fatores de risco)”. 

Eles foram apresentados nos congressos Advanced Cardiology & Cardiovascular Research (Reino Unido), Advances in Clinical Research & Trials (Reino Unido) e Future of Preventive Medicine & Public Health (Espanha), renomados eventos internacionais ocorridos em março deste ano.

O estudo ainda envolveu a análise de dados de uma amostra de pessoas vivendo com HIV/aids e estão em tratamento com Terapia Antirretroviral (TARV), que são atendidos em ambulatórios especializados do Hospital Universitário Oswaldo Cruz da Universidade de Pernambuco (UPE) e do Hospital das Clínicas da UFPE, uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

O Boletim Epidemiológico HIV/Aids publicado pelo Ministério da Saúde, em dezembro de 2022, reforça o aumento da infecção entre a população envelhecida. Mesmo com a pandemia da covid-19, foram registrados 1.517 casos de HIV entre os brasileiros mais velhos em 2021, representando um aumento em relação ao ano anterior (2020), quando mais de 1.200 pessoas idosas foram diagnosticadas com a infecção.

“Estudos apontam como causas para esse evento a falta de informação por parte das pessoas idosas, decorrente do fato dos profissionais de saúde acharem que as pessoas idosas são assexuadas”, diz a médica Isaura.

A pesquisadora, por sua vez, ainda ressalta que a falta de uso de preservativo por pessoas idosas é uma das causas da infecção pelo HIV, assim como a persistente crença de que o vírus afeta exclusivamente pessoas homossexuais, destacando a utilização de uma abordagem mais abrangente para esse público.

“Estudos como esses alertam para a necessidade de campanhas de prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) que envolvam pessoas com 60 anos ou mais. Precisamos dar visibilidade à pessoa idosa”, acrescenta.

Da assessoria da UFPE

Um estudo publicado nesta segunda-feira (10) na revista Nature Medicine mostra que as altas temperaturas que atingiram a Europa no ano passado podem ter causado a morte de mais de 61 mil pessoas, um número que tende a continuar crescendo conforme as temperaturas extremas se tornam comuns. O alerta foi dado durante o início do verão no Hemisfério Norte e uma semana após o planeta bater recorde de calor.

Pesquisadores examinaram dados oficiais de 35 países europeus e usaram modelos epidemiológicos para estabelecer uma correlação entre mortes e aumento de temperatura na região - um método parecido com aquele usado para estimar o número de mortes do coronavírus. Eles identificaram um aumento de óbitos entre o fim de maio e o início de setembro de 2022, em comparação com a média registrada em um período de 30 anos.

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Segundo o estudo, sem medidas de prevenção, a mortalidade relacionada ao calor será de 68.116 mortes em média a cada verão até o ano de 2030. Os autores preveem que esse número aumentará para mais de 94 mil, em 2040, e mais de 120 mil, em meados do século.

É provável que o atual verão europeu seja ainda pior, já que além das mudanças climáticas, a Terra entrou em um padrão climático natural de El Niño pela primeira vez em quatro anos, provocando condições que aumentarão o calor em muitas partes do mundo.

Vulneráveis

Entre os que morreram em 2022, a maioria era de mulheres, especialmente aquelas com mais de 80 anos. Entre os mais jovens, os homens morreram em taxas mais altas. Os países mediterrâneos, onde as temperaturas são mais altas no verão, foram os que mais sofreram. Os idosos continuam vulneráveis, especialmente aqueles sem acesso a ar-condicionado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pessoas com sobrepeso, mas não consideradas obesas de acordo com o índice de massa corporal (IMC), não apresentam alto risco de morte, de acordo com um novo estudo publicado nesta quarta-feira (5), que destaca as limitações do IMC como métrica na medicina.

Os resultados, publicados na revista PLOS ONE, surgem em um momento em que a população dos países ricos e pobres continua a ganhar peso. Nos Estados Unidos, mais de 70% dos adultos estão acima do peso ou são obesos.

O índice de massa corporal, descrito pela primeira vez por um matemático belga no século XIX, é calculado dividindo o peso de uma pessoa pelo quadrado da sua altura.

Essa métrica está cada vez mais sendo vista como uma ferramenta limitada para medir a saúde das pessoas.

"Acredito que o que as pessoas devem entender disso é que, por si só, o IMC não é um grande indicador de saúde", disse o autor principal do estudo, Aayush Visaria, da Universidade Rutgers, em Nova Jersey, à AFP.

O especialista afirma que métricas adicionais, como a circunferência da cintura ou exames para visualizar a densidade óssea, gordura corporal e massa muscular, devem ser utilizadas para uma interpretação mais completa.

O excesso de gordura ainda é um fator de alto risco para algumas condições, incluindo doenças cardíacas, diabetes e acidentes vasculares.

"Já vi pacientes com o mesmo IMC, mas com diferenças metabólicas enormes e implicações para a saúde. Por isso, quis investigar mais", acrescentou o Dr. Visaria.

Estudos anteriores sobre a relação entre o peso e a taxa de mortalidade apresentaram resultados inconsistentes ou incertos e se concentraram principalmente em adultos brancos não hispânicos.

Nesta nova pesquisa, Visaria e a coautora Soko Setoguchi se basearam em dados da Pesquisa Nacional de Saúde de mais de 550.000 adultos americanos entre 1999 e 2018, bem como no Índice Nacional de Mortalidade de 2019.

Os pesquisadores calcularam o IMC com base nos pesos e alturas relatados pelos participantes e coletaram dados demográficos, fatores como tabagismo ou atividade física, condições de saúde e até mesmo acesso a serviços médicos.

Mais de 75.000 pessoas incluídas neste estudo faleceram durante o período de pesquisa.

Após ajustar outras variáveis, os resultados mostraram que pessoas com IMC entre 25 e 30, classificadas como com sobrepeso, não apresentaram um risco de morte maior em comparação com os indivíduos cujo IMC estava entre 22,5 e 24,9.

No entanto, o risco de morte aumentou significativamente entre aqueles com IMC inferior a 20 e entre aqueles com IMC igual ou superior a 30, classificados como obesos.

Por exemplo, uma pessoa com obesidade grau 3, ou seja, com IMC de 40 ou mais, mas que nunca fumou ou não tem histórico de doenças cardiovasculares ou câncer de pele, tinha mais do que o dobro de chances de morrer em comparação com uma pessoa equivalente com um IMC médio.

A idade média dos participantes foi de 46 anos, com igual participação entre os gêneros e 69% de brancos não hispânicos. Dentre eles, 35% tinham IMC entre 25 e 30, e 27,2% tinham IMC igual ou superior a 30.

"É um amplo estudo com uma amostra representativa", disse George Savva, bioestatístico do Instituto Quadram, no Reino Unido, à AFP.

"Até onde posso ver, os autores fizeram um bom trabalho ao analisar a relação entre mortalidade e estado de peso inicial."

Savva afirmou que pode ser o caso de que doenças relacionadas ao sobrepeso estejam sendo melhor controladas agora, como pressão alta e colesterol alto.

"Pode-se esperar que a relação entre peso e mortalidade mude ao longo do tempo, e isso é potencialmente o que está sendo mostrado aqui", explicou o especialista.

O período de recesso escolar chegou com o mês de julho, e crianças e adolescentes aproveitam o período de férias em casa. Durante esses 31 dias, a rotina dos jovens é afetada e muda completamente.

Para os vestibulandos, o Exame do Ensino Médio (Enem) está a 4 meses e manter um ritmo de estudos durante esse tempo de descanso pode ser essencial para a aprovação. Como muitos alunos que irão fazer o Enem ainda estão cursando o ensino médio, o período das férias pode mexer com seus hábitos diários.

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Como não perder o ritmo?

Pensando na melhor forma de equilibrar o período das férias e a rotina de aprendizado, o professor de história Wellington José aconselha os estudantes a realizar um plano de estudos semanal neste mês, com dias, horários e disciplinas que serão estudadas ou revisadas conforme as prioridades e metas do aluno.

“Seu plano de estudo precisa ser desenvolvido estrategicamente de acordo com as suas necessidades, tendo por base as áreas dos conhecimentos: Linguagens e Códigos, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática. Não esqueça que revisar os conteúdos que já foram vistos é uma excelente maneira de estudar, pois isso contribui para relembrar os tópicos das disciplinas”, relembra o docente.

“Obviamente, é de extrema importância conciliar o hábito da rotina de estudo com os momentos de descanso para não sobrecarregar o próprio corpo e a mente. É preciso estudar, mas também garantir algum tempo livre para fazer o que gosta. Férias é descanso, mas o vestibulando não pode negligenciar a preparação”, defende o historiador.

Wellington listou as principais atividades que o vestibulando em férias deve seguir para manter seu hábito de estudos sem deixar de curtir seu momento de lazer. Confira:

1. Planeje/organize a rotina.

2. Desenvolva um plano de estudos com a ajuda de um professor.

3. Gerencie os estudos por disciplina.

4. Construa uma rotina de revisão.

5. Aproveite as férias fazendo aquilo que gosta

“É preciso maturidade por parte do estudante para encarar o vestibular. A evolução da aprendizagem e a segurança para resolver as questões do Enem virão mediante um processo organizado, dedicação e planejamento são palavras chaves nesse processo e o período de férias é ideal para reforçar essa rotina de estudo”, finaliza.

O coordenador do ensino médio do Colégio Terceiro Milênio, Gilberto Galvão, também acredita que os estudantes devem saber conectar o descanso e o conhecimento, pois a preparação para o Enem não deve ser interrompida completamente.

“Reserve um tempo todos os dias para revisar as matérias mais importantes, também para fazer exercícios e resolver questões de provas anteriores. Não precisa ser uma carga pesada de estudo, mas manter o ritmo é essencial para não perder o embalo”, afirma Gilberto.

Para o profissional, as férias são um período merecido de descanso e relaxamento, mas também é o momento ideal para revisar e consolidar conhecimento adquirido. O equilíbrio entre o lazer e a prática é essencial nestes dias. O coordenador deseja que os alunos “aproveitem as férias, mas não deixem de lado a sua dedicação e compromisso”. 

“Aproveite para estar com amigos e familiares, praticar atividades físicas, cuidar da sua saúde e desfrutar de momentos de descontração. Ter uma mente e um corpo saudável é fundamental para enfrentar os desafios futuros. Então mantenha-se motivado e focado em seus objetivos. A rotina de estudo pode ser desafiadora, mas é uma preparação para seu futuro e para a realização dos seus sonhos. Cada esforço irá valer a pena”, aconselha o coordenador.

A Secretaria de Educação e Esportes (SEE) de Pernambuco anunciou a abertura das inscrições para o programa Jovens Embaixadores de 2024, que acontecerá nos meses de janeiro e fevereiro. Jovens de 15 a 18 anos que cursam o ensino médio em escola pública podem se candidatar pela internet até o dia 13 de agosto.

Para participar, é preciso saber se comunicar em inglês, ter entre 15 e 18 anos, ser estudante de escola pública, brasileiro, estar cursando o ensino médio no momento da inscrição e participar de alguma iniciativa de impacto social por pelo menos seis meses.

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O programa é uma iniciativa do Departamento de Estado norte-americano que permite que jovens com espírito empreendedor realizem um intercâmbio de curta duração ao Estados Unidos com os custos de deslocamento, hospedagem e alimentação pagos.

Já são 798 jovens beneficiados pela iniciativa que estiveram presentes nas atividades oferecidas, como oficinas sobre liderança, projetos de empreendedorismo social e reuniões com representantes do governo norte-americano.

O uso de lenha residencial no País cresceu em 225 mil toneladas em 2022, ou 1% contra 2021, levando o consumo ao maior volume desde 2009. Segundo o Observatório Social do Petróleo (OSP), as famílias brasileiras consumiram 24,2 milhões de toneladas de lenha, resultado que está diretamente ligado à queda na demanda por gás de cozinha, cujas vendas caíram 1,8% no ano passado, o equivalente a 188 mil metros cúbicos.

A análise do OSP se baseia no Balanço Energético Nacional 2023, divulgado na quarta-feira, 28, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). De acordo com os dados, o uso de lenha nas residências regrediu entre 2007 e 2013, mas voltou a crescer nos anos seguintes, atingindo seu maior patamar no ano passado.

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"O consumo de lenha em 2022 é o maior desde 2009 e a demanda de GLP é a menor da década", afirma Eric Gil Dantas, economista do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais.

O estudo da EPE aponta que desde 2018 a lenha é a segunda fonte de consumo de energia nos lares no Brasil. Em 2022, representou 26% da matriz energética residencial. A eletricidade é a fonte mais utilizada, presente em 46% das residências do país. A terceira fonte de consumo é o gás de cozinha, que responde por 22% da matriz energética residencial.

Segundo ele, o principal responsável pela alta do botijão de gás liquefeito de petróleo de 13 quilos e sua substituição pela lenha residencial foi o aumento dos preços causado pelo PPI (Preço de Paridade de Importação), a política de cálculo dos combustíveis adotada pela Petrobras em 2016 e que chegou ao fim no mês passado.

"Desde o início do PPI, o uso de lenha pelos brasileiros aumentou 24%", informa Dantas.

O preço médio anual do botijão de gás de 13kg subiu 50% em termos reais desde 2016, chegando a R$ 112 na média real para o ano de 2022. Em 2016, o preço médio anual real era de R$ 74.

Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) o preço médio na semana de 18 a 24 de junho era de R$ 103,29 por botijão.

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