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Bola da marca 'Canarinha' marcou a infância de muitos amantes do futebol - Foto: Nathan Santos/LeiaJáImagens

São quase três da tarde quando um menino franzino arrasta com dificuldades duas barrinhas de ferro encobertas por redes desgastadas. Adiante, um grupo de garotos aguarda inquieto a chegada das traves para mais um dia de futebol raiz entre amigos, em que pés descalços desfilam em um campo de barro batido e com pequenos vestígios de grama maltratada. Um dos garotos se arrisca ao subir em um telhado onde estrategicamente uma bola era guardada; dessa forma, após ser banhada em um recipiente com água, a redonda recebia raios solares durante todo o dia. Era assim que meninos humildes deixavam a bola de vinil mais resistente, evitando furos e fortalecendo um sonho em comum: ser jogadores profissionais.

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Dezenas de garotos partiam animados para o Parque do Caiara – na Zona Oeste -, um dos espaços da periferia do Recife que serviam para o lazer da criançada, que praticamente se resumia ao futebol. Há 15 anos, bola de couro era quase um sonho de consumo impossível para os meninos de subúrbio. Na ausência do cobiçado brinquedo, bolas conhecidas como “dente de leite”, feitas a base de vinil e com textura leve, supriam a alegria dos pequenos que aproveitavam suas tardes em partidas disputadas, tão acirradas quanto jogos profissionais. Afinal, o time perdedor era obrigado a bancar o refrigerante “Simba” para a equipe vencedora; ninguém queria perder, mas independentemente do resultado, todo mundo acabava se refrescando com refrigerante e comendo pães recheados de mortadela.

Nas peladas recifenses, uma marca imperava entre os garotos. As “Bolas Canarinha”, cuja embalagem estampava um sósia do ídolo Ronaldo Fenômeno, eram as preferidas da meninada, tanto pelo preço acessível – na época entre R$ 3 e R$ 5 -, quanto pela facilidade de encontrá-las. Qualquer lojinha de bairro oferecida o brinquedo. Hoje, porém, muitos desses garotos se afastaram diante das obrigações da vida adulta. Mas nas memórias de cada um deles, resistem momentos de uma época em que a infância pobre, porém feliz, reunia meninos em torno do futebol e de uma amizade contemplada pelas brincadeiras populares. Hoje adultos, eles dificilmente cravam a data exata da última vez que quando crianças saíram para se divertir no futebol com bola de vinil. Restam lembranças e muita saudade.

Emanuel França relembra da época em que jogava com os amigos no Parque do Caiara, Zona Oeste do Recife. Foto: Nathan Santos/LeiaJáImagens

Rodrigo Barbosa, 29, e Emanuel França, de 28 anos, viveram essa fase quando crianças. Nascidos na comunidade do Caiara, no Recife, os rapazes estampam sorrisos ao recordarem da época em que as Bolas Canarinha eram o principal brinquedo dos garotos. Praticamente, todos eles não realizaram o sonho de se tornarem jogadores profissionais, mas nem por isso a fase de brincadeiras perdeu o brilho. “Era uma época boa demais. Todo mundo se reunia, brincava, era uma alegria só. Hoje você não tem mais isso. Diminuiu o número de crianças jogando bola na rua ou parques”, comenta Rodrigo, que assim como Emanuel trabalha na função de barbeiro. Ao falarem da infância, os jovens são pura nostalgia. Veja no vídeo

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“Bolas Canarinha, a bola que faz o craque”

Jacó Venancio Filho não temeu mudança. Inicialmente empresário do ramo de panificação, em Caruaru, Agreste de Pernambuco, Jacó resolveu mudar de segmento de maneira radical. Após conhecer um trabalho oriundo de São Paulo, o empreendedor abriu mão de vender pães para implantar uma fábrica de bolas de vinil. Há 50 anos, nascia a fábrica das Bolas Canarinha, na época com 12 funcionários, dois fornos e sete tipos de modelos do produto.

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A primeira sede da empresa foi na Rua Imperial, 1.526, área central do Recife. Posteriormente, mudou-se para a saudosa Rua da Aurora, também no Centro. Hoje, no entanto, o empreendimento está instalado no bairro da Mustardinha, Zona Oeste da cidade, resistindo ao tempo e aos efeitos da tecnologia que trava crianças em frente a celulares, enquanto que as brincadeiras de rua agonizam.

Filho de Jacó e atual dono da fábrica, Edmilson Barbosa recorda com nostalgia da época em que o pai arriscou seus investimentos no negócio de bolas. “A família abraçou a ideia, meu pai sempre foi um grande empreendedor. Saímos do interior e viemos para Recife. Somos pioneiros no Nordeste do Brasil”, diz Barbosa com orgulho. De acordo com o empresário, antes da fábrica pernambucana, as bolas eram trazidas de São Paulo para o mercado local.

Curiosamente, a marca ‘Bolas Canarinha’ surgiu em 1970, dois anos após a inauguração da fábrica. Foi uma estratégia para concorrer com outra bola chamada ‘Pelé’, líder de vendas no período. Inicialmente, a produção era de 5 mil bolas por dia; nos tempos de pico, o ritmo passou para 50 mil redondas diárias. Atualmente, devido à crise econômica que afeta o país e à concorrência do mercado chinês – que passou a produzir bolas para comercializar no Recife -, são fabricadas de 15 mil a 20 mil bolas por dia, dependendo da demanda de clientes.

“Em 70, quando o Brasil foi campeão da Copa do Mundo, surgiu a marca Canarinha. Uma bola que criamos para combater a bola Pelé, produto de vinil que mais se vendia no Brasil. A tecnologia é uma coisa presente em todo o segmento, e desde então a gente faz várias bolas, mais pesadas, mais maneiras, personalizadas, para eventos,  cliente é que diz o que quer. As regiões que mais vendemos são Norte e Nordeste. Temos grandes clientes, podemos citar o Atacado dos Presentes. No Centro do Recife, temos outros vários compradores. Podemos dizer que nossa bola é do povão, mas também estamos sofrendo bastante com a entrada do mercado chinês no Brasil. Para combater isso, investimos em qualidade e ficamos mais próximos dos clientes”, relata Edmilson.

O empresário confessa que a expansão tecnológica entre as crianças ofuscou em certa medida o gosto por bolas. “Prejudica muito. Lá atrás, todo sonho de uma criança era ter uma Bola Canarinha. Hoje, infelizmente, as crianças querem celulares. A bola é importante para o desenvolvimento de uma pessoa, principalmente na parte física. Além disso, com o aumento da população e a construção de prédios, muitos campos de futebol sumiram”, opina o empreendedor.

Hoje, a dúzia de Bolas Canarinha custa em torno de R$ 70 para revenda. No varejo, a unidade sai em média por R$ 8. 

A fábrica possui hoje 45 funcionários, passando para 100 no período de pico que vai de julho a novembro. Para uma bola ficar pronta para venda, o processo de fabricação gira em torno de 40 minutos. O percentual de unidades que se perdem por erros de fabricação vai de 2% a 3% do total.

Questionado sobre qual é o seu maior sonho como empresário, o dono das Bolas Canarinha vislumbra um país mais forte economicamente. “Meu maior sonho é que o Brasil venha a ter boa educação, segurança e trabalho para todo mundo. Antes de tudo, sou um empresário e gosto de trabalhar. O plano das Bolas Canarinha é continuar crescendo e atingindo outros nichos de mercado”, diz Edmilson.

Trabalhadores da Mercedes-Benz em Juiz de Fora (MG) cruzaram os braços e paralisaram a produção nessa segunda-feira (15). À tarde, eles foram para a Câmara Municipal para participar de uma audiência pública convocada por vereadores locais para discutir a situação da unidade que, segundo os políticos, estaria sob risco de fechar as portas.

O encontro na Câmara foi organizado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais após informações de que a Mercedes estaria estudando transferir a operação para outro Estado. A medida deixaria desempregados mais de 1,1 mil trabalhadores. "Resguardar empregos e a produção na cidade é muito importante", disse Antônio Almas, prefeito de Juiz de Fora.

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O diretor de comunicação da Mercedes, Luis Carlos de Morais, participou da audiência e negou o fechamento. "Nós investimos R$ 700 milhões em Juiz de Fora e tivemos a maior crise econômica da história deste País", justificou. Ele disse que a indústria de caminhões trabalha com ociosidade de 60% e citou as dificuldades de se produzir no Brasil. "Não é fácil, com tantos problemas, chegar na Alemanha e falar que queremos mais investimentos."

Marco Antônio Jesus, presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos de Minas Gerais, cobrou mais exatidão da montadora e disse que a continuidade da produção das cabinas de caminhão na cidade segue sendo uma dúvida. Ele afirmou que a empresa foi beneficiada com investimentos do governo estadual 20 anos atrás, quando abriu a fábrica em Juiz de Fora. "Então a empresa precisa ter responsabilidade social com os trabalhadores."

Ajustes

Em nota, a direção da Mercedes-Benz disse que "em nenhum momento informou que deixaria de produzir em Juiz de Fora", pois a unidade tem importância estratégica para o grupo. A unidade produz cabines para os caminhões feitos na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

Sem dar detalhes, a empresa admitiu, contudo, que há necessidade de ajustes, "tanto na produção como nos processos logísticos", para tornar a empresa mais eficiente e competitiva no mercado. Informou ainda que, dos R$ 2,4 bilhões de investimentos planejados para 2018 a 2022, também há um aporte para a planta mineira.

A companhia lamentou a paralisação dos funcionários e argumentou que o mercado está retomando suas demandas. "Estamos em um período em que o mercado de caminhões está retomando suas demandas e, com a paralisação, estamos deixando de produzir nossas cabinas de caminhões para atender nossos clientes."

No primeiro trimestre a Mercedes vendeu 6.646 caminhões, alta de 61,7% em relação ao mesmo período de 2018.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pelo menos seis pessoas morreram e 30 ficaram gravemente feridas em uma explosão que atingiu uma fábrica de produtos químicos no leste da China nesta quinta-feira (21) - informaram autoridades locais no Weibo, o Twitter chinês.

Muitas outras pessoas nas imediações ficaram levemente feridas na explosão em uma instalação administrada pela Tianjiayi Chemical em Yancheng, na província de Jiangsu. "A causa do acidente está sob investigação", afirmaram.

A explosão ocorreu às 14h48 local (3h48 de Brasília) na fábrica da empresa Tianjiayi Chemical, localizada na cidade de Yancheng, na província de Jiangsu (leste). Esse é o mais recente incidente industrial que atinge a China nos últimos anos.

Por volta do horário da explosão, a administração de acompanhamento de terremotos na China relatou um tremor de magnitude 2,2 em Lianyungang, uma cidade perto de Yancheng. Imagens da emissora estatal CCTV mostraram janelas de casas próximas arrancadas com a força da explosão.

Uma vista aérea do local da explosão mostrou uma grande área de destruição em um parque industrial, onde vários incêndios ainda eram registrados. Um jornalista da CCTV no local do incêndio falou de uma forte fumaça tóxica invadindo os arredores.

"No momento, o resgate ainda está acontecendo ... A causa do acidente está sob investigação", disseram autoridades.

Residentes feridos perto do local da explosão foram enviados para hospitais para tratamento, de acordo com as autoridades locais. A equipe médica, bem como o pessoal do Departamento de segurança pública e dos bombeiros, foram enviados para a área da deflagração.

- Prédios desabados -

Segundo a agência oficial de notícias Xinhua, que menciona autoridades locais, a explosão ocorreu após um incêndio em uma fábrica de fertilizantes em um parque industrial químico.

Trabalhadores perto do local da explosão teriam ficado presos após ondas de choque da explosão derrubarem prédios próximos da fábrica, segundo o relatório.

Operários cobertos de sangue foram vistos correndo para fora da fábrica, afirmou a Xinhua, citando testemunhas.

A TV ainda mostrou imagens de uma enorme explosão, com as chamas envolvendo a fábrica de produtos químicos.

Outras imagens mostram uma coluna de fumaça espessa acima do prédio.

- Histórico de desastres -

Acidentes industriais são comuns na China, onde os regulamentos de segurança são muitas vezes mal aplicados.

Em novembro, um vazamento de gás causou uma explosão em uma fábrica de PVC em uma cidade do norte da China que sediará as Olimpíadas de Inverno de 2022, matando 24 pessoas e ferindo 21 outras.

Um relatório publicado pelas autoridades locais em fevereiro revelou que a empresa química chinesa responsável pelo acidente escondeu informações e enganou os investigadores.

Em julho passado, uma explosão em uma fábrica de produtos químicos no sudoeste da província de Sichuan deixou 19 mortos e 12 feridos.

A empresa havia empreendido construções ilegais que não passaram nos controles de segurança, de acordo com as autoridades locais.

E, em 2015, explosões químicas em uma instalação de armazenamento de contêineres mataram pelo menos 165 pessoas na cidade portuária de Tianjin, no norte do país.

As explosões causaram mais de US$ 1 bilhão em prejuízos e provocaram revolta contra a percepção da falta de transparência sobre as causas do acidente e de seu impacto ambiental.

Encontrada com mofo nas paredes, pisos e vidros quebrados, telhado com sujeira e até com a presença de pássaros dentro da unidade, fábrica da Ambev, localizada em Juatuba, Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi interditada por técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Sipov) Minas Gerais.

Amostras das cervejas e chopes das marcas Skol, Antártica Sub Zero, Brahma, Original, Caracu e Serrana foram recolhidas para que o Mapa realize uma inspeção mais detalhada sobre as condições desses líquidos. O Ministério abriu um processo administrativo contra a Ambev, o que pode resultar em multa de até R$ 117 mil.

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Segundo o chefe substituto do Sipov, Adenir Monteiro, nesta última sexta-feira (15), foi realizada reunião com representantes da empresa e o plano de correção das não conformidades foi insatisfatório. Por isto, a fábrica, que funciona desde a década de 70, permanecerá interditada por tempo indeterminado.

A empresa estava funcionando sem o registro do Ministério. Conforme informado pelo Mapa, foram esgotadas todas as possibilidades de solução dos problemas e os prazos para adequação não foram cumpridos.

Resposta

Por meio de nota, a Ambev afirmou que "em razão de questões administrativas com o MAPA as operações da cervejaria de Juatuba-MG estão temporariamente suspensas para a realização de pequenas reformas de estrutura, que já estão em andamento. As questões não têm qualquer relação com a qualidade das bebidas produzidas na cervejaria e tampouco há risco de desabastecimento do mercado local"

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, apresentou na quarta-feira, 13, o seu primeiro projeto, que propõe flexibilizar as regras para instalação de fábricas no Brasil destinadas à produção de armas de fogo e de munições. Em vigor desde julho de 1934, a atual legislação proíbe, já em seu primeiro artigo, a instalação desse tipo de indústria.

"Apresentamos este projeto com o objetivo de resgatar o livre exercício dos direitos e simplificar o arcabouço normativo concernente à matéria, facilitando a sua interpretação e aplicação por parte das autoridades constituídas - em especial o Exército Brasileiro, a Polícia Federal e as Secretarias de Segurança Pública -, bem como corrigindo distorções existentes na Lei atualmente em vigor", alega o senador na justificativa do projeto.

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Para ele, as alterações propostas em seu texto, "além de corrigirem as distorções existentes, devem ampliar e contribuir para o impulso à indústria de defesa nacional, elevando os patamares de competitividade, pesquisa, produção, desenvolvimento de tecnologia e excelência, aumentando a capacidade produtiva e tornando o Brasil mais competitivo junto ao mercado externo".

Em janeiro, o presidente assinou um decreto que altera regras para facilitar a posse de armas - a possibilidade de o cidadão guardar o equipamento na residência ou no estabelecimento comercial de que seja dono. É a primeira medida do presidente em relação ao compromisso de armar a população. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A empresa italiana Ferrero suspendeu "temporariamente" a produção na maior fábrica de Nutella do mundo, situada em Villers-Écalles, na Normandia, norte da França.

Segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira (21), a decisão foi tomada por "precaução", após controles internos terem detectado "anomalias" no nível de "qualidade" de um produto usado na fabricação do creme de avelã e do chocolate Kinder Bueno.

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"Podemos garantir que essa situação não diz respeito a nenhum produto atualmente no mercado e que o fornecimento a nossos clientes prossegue ininterruptamente", afirma a empresa.

A Ferrero realizará análises em sua unidade de Villers-Écalles, e os resultados devem ser divulgados até o fim da semana. A planta fabrica cerca de 600 mil potes de Nutella por dia, o equivalente a um quarto da produção mundial.

Da Ansa

O encerramento da fábrica da Ford em São Bernardo, que ocorrerá ao longo de 2019, representa a demissão de 2,8 mil trabalhadores, segundo estimativa do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

A Ford informou que estima despesas não recorrentes de US$ 460 milhões em razão da decisão anunciada nesta terça-feira, 19, de encerrar as atividades no ABC.

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A fábrica é a mais antiga em operação da montadora no Brasil.

A montadora disse que a decisão faz parte de um esforço para voltar a lucrar na América do Sul. Em balanço referente ao ano passado, a Ford apresentou prejuízo de US$ 678 milhões na região.

A fábrica de São Bernardo era responsável pela produção de caminhões da montadora.

No Brasil, a marca ocupava a quarta posição no segmento, com 12% de participação em 2018, atrás de Mercedes-Benz, Volkswagen e Volvo.

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O Corpo de Bombeiros da cidade de Werl, no oeste da Alemanha, foi acionado para uma ocorrência inusitada na última segunda-feira (10). Conter cerca de uma tonelada de chocolate que escorria pelo asfalto.

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O acidente incomum ocorreu após o tanque de uma fábrica de chocolate vazar e inundar a rua. Conforme publicação do diário Soester Anzeiger, um "pequeno defeito técnico" causou o vazamento.

Cerca de 25 homens do Corpo de Bombeiros de Werl trabalharam na remoção do chocolate, que já estava endurecendo, utilizando pás. Eles foram auxiliados por funcionários da fábrica.

O restante do produto que ainda restava na via foi retirado com água quente e maçarico, para assegurar que o asfalto não ficasse escorregadio. A limpeza se estendeu até a manhã da terça-feira (11).

Após todo o trabalho e reparo no tanque, a produção na fábrica estava prevista para ser retomada na manhã desta quarta-feira (12). A empresa tem 130 funcionários permanentes, além de 50 a 80 trabalhadores sazonais.

Um operário de 28 anos morreu na manhã desta sexta-feira (12) após ser atingido por um portão de ferro. O acidente aconteceu na fábrica da ASA Indústria e Comércio, em Afogados, na Zona Oeste do Recife. De acordo com a Polícia Civil, um cabo de aço que sustentava um dos portões de ferro da empresa rompeu e a estrutura caiu sobre Rafael Alves de Holanda.

O acidente aconteceu por volta das 6h. O corpo do jovem, que trabalhava como operador de empilhadeira de produtos, foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. A Polícia Civil informou que instaurou inquérito para identificar os responsáveis pelo acidente.

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Em nota, a Asa Indústria e Comércio lamentou o ocorrido e disse que está prestando toda a assistência médica e psicológica à família da vítima. Disse, ainda, que "com o intuito de evitar especulações, a empresa comentará os detalhes do acidente apenas quando as autoridades emitirem o laudo da perícia técnica". Ainda de acordo com a empresa, "o acidente ocorreu em uma área da fábrica que conta com normas operacionais e procedimentos de segurança muito rigorosos". Por fim, a Asa afirmou que está colaborando com as autoridades para a elucidação do ocorrido.

A refinaria de alumina Alunorte, da multinacional norueguesa Hydro, seguindo orientação técnica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (SEMAS), anunciou na segunda-feira (8) a retomada da produção com 50% da sua capacidade. A atividade será supervisionada pela SEMAS.

A decisão segue a autorização excepcional do órgão ambiental federal IBAMA, na última sexta-feira, 5 de outubro, que autorizou a empresa a utilizar a tecnologia de filtro prensa, a mais moderna tecnologia disponível para processamento de resíduos de bauxita. A expectativa é que a produção da Alunorte consiga gradativamente chegar a 50% em até duas semanas.

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“Com a documentação consistente, comprovando a integridade do nosso sistema de descarte de resíduos de bauxita, quando baseado no uso de nosso filtro prensa, e em alinhamento com a SEMAS, estamos agora em condições de retomar com segurança 50% das operações da Alunorte”, disse John Thuestad, Vice-Presidente Executivo da área de Bauxita e Alumina da Hydro. “Este é um desdobramento muito bem-vindo para garantir milhares de empregos no Pará, bem como assegurar o fornecimento para nossos clientes e mercados globais”, acrescentou.

A Alunorte suspendeu as operações depois de passar cinco meses, desde março, com 50% de seu potencia produtivo em atividade. Autoridades ambientais federais determinaram que fossem interrompidas as atividades de comissionamento da nova área de depósito de resíduos de bauxita, o DRS2 e do novo filtro prensa, enquanto que a Justiça também ordenou a interrupção do comissionamento do DRS2.

Em consequência, a Alunorte se limitou a depositar os resíduos de bauxita na antiga área de depósito DRS1 usando filtros tambor, que são menos eficientes. Na semana passada, especialistas geotécnicos externos recomendaram que o uso do DRS1, com base no processamento pelo filtro tambor, fosse descontinuado.

Com informações da assessoria da Hydro Alunorte.

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Hydro Alunorte anuncia paralisação de operações no Pará

 

A Volkswagen colocou os funcionários da fábrica de Taubaté, no interior de São Paulo, em férias coletivas por causa da queda na exportação de veículos para a Argentina. A montadora não informou a quantidade de trabalhadores que a medida abrange, mas afirmou em comunicado que nenhum turno de produção foi suspenso e que o retorno dos funcionários afastados deve ocorrer no dia 29.

É a segunda vez neste ano que a multinacional adotou a medida na unidade de Taubaté. Em ambos os casos, a empresa afirmou que a ação é para flexibilizar a produção, levando em consideração a atual crise econômica que afeta a Argentina.

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"Embora o mercado brasileiro demonstre evolução em 2018, os envios para a Argentina foram momentaneamente reduzidos. Para fazer frente a essa redução nos volumes de veículos exportados a partir do Brasil para a Argentina, estamos pontualmente utilizando ferramentas de flexibilização da produção, como férias coletivas, de forma a promover os ajustes necessários, garantindo assim a sustentabilidade do negócio", diz o comunicado.

A multinacional é uma das principais empregadoras de Taubaté, com cerca de 3,1 mil funcionários diretos.

Após uma série de denúncias de consumidores que encontraram ratos dentro do saco da pipoca "Kinitos" e a posterior interdição da fábrica responsável pela produção de pipocas e biscoitos distribuídos em todo o estado, a Ordep Fabril Nordeste LTDA, fabricante da pipoca, decidiu mover uma ação extrajudicial contra uma página de humor. De acordo com o documento enviado por e-mail ao administrador da página "Recife Ordinário", que publica seus conteúdos no Instagram e no Facebook, a empresa ameaça processar os responsáveis pelas postagens com críticas e humor envolvendo a marca.

Em seu Instagram pessoal, o administrador da página, Gabriel Oliveira, explicou a situação. "Como o Recife Ordinário é de humor, eu comecei a fazer umas brincadeiras sobre isso. Além de postar as matérias originais dos veículos de comunicação, eu também fiz [resenha] porque a gente pode fazer críticas com humor. Também temos a função de crítica social, principalmente eu que sou consumidor da pipoca. O que aconteceu foi mostrado por todas as mídias locais e a vigilância sanitária também fechou a fábrica. Recebemos esse e-mail e podemos ser processador por difamação e danos morais. Tentaram no censurar, calar a voz do povo. A gente só tem a internet para poder fazer alguma coisa e ainda querem tentar nos censurar. A empresa grande não vai calar a voz da gente", publicou o youtuber em mensagens de vídeos.

Confira a notificação:

O caso

A polêmica envolvendo a marca Kinitos teve início após uma criança encontrar um rato dentro de um saco de pipoca da marca e de uma pessoa passar mal após comer um biscoito também fabricado pela empresa. A criança, de nove anos, abriu o saco de pipoca no dia 23 de setembro e comeu metade do conteúdo até perceber que havia um rato.

Já no último dia 2 de outubro, mais uma consumidora denunciou ter encontrado um roedor morto dentro de uma embalagem de pipoca. O relato foi feito pela atendente de telemarketing Marília Borba. Ela registrou um boletim de ocorrência na Delegacia do Consumidor, no Recife. 

--> Após rato ser encontrado em pipoca, fábrica é interditada

--> Criança encontra rato em saco de pipoca em Olinda

A Vigilância Sanitária e a Polícia Civil fizeram uma visita à fábrica na última sexta-feira (28). Segundo a delegada Beatriz Gibson, foram encontradas várias irregularidades, tais como maquinário antigo, falta de manutenção dos equipamentos, área com rejeitos exposta e a demora no descarte dos rejeitos. A fábrica da Kinitos está impedida de prosseguir com as suas atividades até que o sistema de produção se encaixe nas normas da Vigilância Sanitária. A pipoca que estava sendo produzida e as já ensacadas para a comercialização foram recolhidas e incineradas durante uma inspeção feita pelo órgão no local.

"Nós instauramos inquérito policial que irá guarnecido não só do laudo da Vigilância Sanitária como também do laudo do Instituto de Criminalística. De antemão, sabemos que um alimento nessas condições é impróprio para o consumo, e aí temos legislação muito forte nesse sentido e a pena é de dois a cinco anos", explicou Gibson. A empresa também recebeu advertência. Após as perícias do Instituto de Criminalística, o representante da Kinitos deverá prestar depoimento.

A página de humor 'Recife Ordinário' publicou uma série de críticas e piadas por conta da investigação dos ratos encontrados nos sacos de pipoca. 

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Confira a nota completa publicada pela página de humor:

"Na manhã de hoje, a página Recife Ordinário recebeu por e-mail uma ação extrajudicial movida pela empresa de pipoca Kinitos. O advogado da mesma ameaçou nos processar caso não fossem retiradas todas as postagens feitas envolvendo a marca. . O que eles não esperavam é que, nós da Recife Ordinário, não nos amedrontamos com esse tipo de ameaça. De acordo com nossos advogados, isso não passa de uma tentativa de intimidação, uma vez que não há nenhum termo jurídico que nos impeça de fazer críticas VERÍDICAS sobre a marca Kinitos. Todas as informações divulgadas em nossa página foram retiradas de veículos de comunicação de grande credibilidade (TV Jornal, G1.com e TV Clube). Inclusive, a Polícia Civil em conjunto com a Vigilância Sanitária interditaram a fábrica, que só voltará a funcionar normalmente após se adequar as normas de higiene e produção. Não foi a Recife Ordinário e nem você, consumidor, que colocou um rato dentro dos sacos de pipoca. O único responsável por esse erro gravíssimo que colocou a vida de pessoas, inclusive a minha, em risco é a empresa Kinitos! . Nós, como consumidores, temos o direito de criticar e divulgar a falta de higiene e controle de qualidade de qualquer fabricante. Por isso, peço a você que se sentiu lesado pela Kinitos que se manifeste (educadamente) nos comentários e em seu perfil oficial @kinitosoficial o quanto você repudia esse tipo de censura a Recife Ordinário. Eles não vão calar a voz do consumidor! Ninguém está imune a críticas. Vivemos em uma democracia e temos direito de expor nossas opiniões! . Sugiro a empresa Kinitos que se preocupe mais em retirar os ratos de dentro de suas pipocas ao invés de gastar tempo, dinheiro e exposição na internet processando o consumidor pernambucano apenas por criticar (com razão) o seu produto inapropriado para consumo humano".

A Polícia Civil, através da Delegacia do Consumidor, deu uma coletiva nesta segunda-feira (1º) para detalhar as ações tomadas após a denúncia de que um rato foi encontrado dentro de saco de pipoca em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). A fábrica foi interditada e o produto que já estava produzido, incinerado.

O local só poderá reabrir após se adequar às normas sanitárias. A delegada Beatriz Gibson, responsável pelas investigações, confirmou que há um segundo caso registrado de rato encontrado em pipoca e que uma criança também passou mal após comer biscoito da mesma empresa.

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O caso anterior havia ocorrido no mês de agosto, em Abreu e Lima, na RMR. Segundo a delegada, crianças que participavam de um grupo de estudo comeram do mesmo saco de pipoca e uma delas levou o resto para a casa. Quando essa criança comia novamente o produto ao lado da mãe, descobriu um pequeno rato. “A mãe apavorou-se, ligou para a mãe da criança que tinha ofertado a pipoca, que disse que foi comprada a uma vendedora em Abreu e Lima, e essa ligou para a empresa”, destaca a delegada. Ao todo, cinco mães se reuniram e conseguiram conversar com um representante da fábrica.

Na reunião, a empresa Kinitos se desculpou pelo ocorrido, recomendou que a família procurasse uma unidade de saúde, entregou um kit de produtos como brinde e ainda deu R$ 500 para cada mãe. Entretanto, uma das crianças passou mal após comer o biscoito que foi dado como brinde. “A mãe procurou a data de validade do produto e não encontrou”, ressalta a delegada. Diante da situação, as mães decidiram procurar a polícia para denunciar o fato.

O caso mais recente ocorreu no dia 23 de setembro. O menino de nove anos havia ganhado a pipoca em uma festa infantil e descobriu que havia um rato no interior do saco quando estava em casa na companhia do pai.

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Após o caso, a Vigilância Sanitária e a Polícia Civil fizeram uma visita à fábrica (confira o vídeo acima) na última sexta-feira (28). Segundo Beatriz Gibson, foram encontradas várias irregularidades, tais como maquinário antigo, falta de manutenção dos equipamentos, área com rejeitos exposta e a demora no descarte dos rejeitos.

Para voltar à produção, a Kinitos deverá cumprir uma série de determinações e receber nova visita da polícia e da Vigilância Sanitária. "Nós instauramos inquérito policial que irá guarnecido não só do laudo da Vigilância Sanitária como também do laudo do Instituto de Criminalística. De antemão, sabemos que um alimento nessas condições é impróprio para o consumo, e aí temos legislação muito forte nesse sentido e a pena é de dois a cinco anos". A empresa também recebeu advertência. Após as perícias do Instituto de Criminalística, o representante da Kinitos deverá prestar depoimento. Um gerente teria sido demitido após a polêmica.

Uma parceria da Penitenciária de Tacaimbó (PTAC), no Agreste, com uma empresa de estofados tem levado cadeiras produzidas na prisão para as salas de jantar de muitas famílias da região. Ao todo, 12 detentos da unidade estão produzindo cerca de mil cadeiras mensalmente.

O anexo da fábrica, dentro da PTAC, funciona há cerca de um ano e meio. “Por enquanto, os detentos produzem apenas cadeiras para salas de jantar, mas há planos para diversificar a produção e aumentar a oferta de estofados na PTAC”, informa o gerente da PTAC, Felippe Diniz. 

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Os detentos cumprem a carga horária das 8h às 16h, tendo direito à remuneração de um salário mínimo e à remição de pena na proporção de um dia a menos da pena para cada três dias trabalhados. As atividades, que englobam produção, embalagem e carregamento, são supervisionadas e orientadas por um funcionário da fábrica. 

Com informações da assessoria

A empresa de segurança móvel Kryptowire anunciou que descobriu que milhões de smartphones com o sistema operacional Android já saem de fábrica contendo vulnerabilidades em seu sistema. As falhas, encontradas em modelos de empresas como a Asus, LG e ZTE, variam em gravidade, mas compartilham uma coisa em comum -  elas não deveriam existir.

As falhas, segundo os pesquisadores, são um problema do sistema operacional Android, que é aberto e permite que empresas terceirizadas modifiquem o código de acordo com suas preferências. A prática é comum do mercado, mas pode trazer dores de cabeça e resultar em erros de firmware que colocam os usuários em risco.

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“O problema não vai desaparecer, porque muitas pessoas na cadeia de suprimentos querem poder adicionar seus próprios aplicativos, personalizar, adicionar seu próprio código. Isso aumenta a superfície de ataque e aumenta a probabilidade de erro de software”, diz o diretor executivo da Kryptowire, Angelos Stavrou, em entrevista ao site WIRED.

Em sua pesquisa, os especialistas citam dispositivos da Asus, LG, Essential e ZTE. O modelo Asus ZenFone V Live, por exemplo, apresentou uma falha que deixava seus proprietários expostos a uma invasão completa do sistema. Um hacker poderia tirar screenshots, gravar vídeos da tela de um usuário e até modificar suas mensagens de texto.

A Asus disse que está ciente das recentes preocupações de segurança e que está trabalhando diligentemente e rapidamente para resolvê-la com uma atualização. A Essential, a LG e a ZTE responderam à WIRED dizendo que haviam corrigido alguns ou todos os problemas identificados pela Kryptowire após serem alertados pela empresa.

Os pesquisadores, porém, questionam se lançar uma atualização é o suficiente para corrigir o problema. "O usuário tem que aceitar a atualização. Então, mesmo que as empresas enviem o patch para o telefone, talvez ele não queira instalar", diz Stavrou.

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A fabricante de chips Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. fechou várias de suas fábricas na última sexta-feira (3), depois que seus sistemas foram atingidos por um vírus de computador, informou a Bloomberg. A TSMC é a maior fornecedora de semicondutores do mundo e produz componentes para empresas como AMD, Apple, Nvidia e Qualcomm.

A empresa disse à Bloomberg que esta é a primeira vez que um ataque de vírus afeta suas linhas de produção e que grau de infecção variou em cada unidade fabril. A companhia, porém, não revelou se as máquinas afetadas estavam produzindo processadores para a Apple, nem que receita foi perdida como resultado.

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A desaceleração chega em um momento crítico para a empresa, já que muitas empresas de tecnologia estão trabalhando para lançar sua próxima geração de produtos. Em maio, a TSMC começou a fabricar o chip A12 da Apple, que deve ser usado na linha de iPhones que será lançada em setembro. Os novos chips devem ser menores, mais rápidos e eficientes.

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Um incêndio de grandes proporções atingiu uma fábrica de produtos plásticos no Belenzinho, na zona leste de São Paulo. Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio começou por volta das 21h30 desta segunda-feira (23), dentro de uma fábrica na Rua Siqueira Bueno.

Cerca de 30 viaturas foram deslocadas ao local. O combate às chamas varou a madrugada desta terça-feira (24) e foi dificultado pela quantidade de plástico presente dentro da fábrica. Não há registros de vítimas.

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A Defesa Civil Municipal foi acionada. O órgão informou que o prédio será totalmente interditado e que as chamas não atingiram casas vizinhas. A fábrica é localizada ao lado de uma escola e de residências. A causa do incêndio ainda é desconhecida, mas testemunhas afirmam ter visto um balão de ar quente cair dentro do prédio.

A Samsung Electronics está inaugurando nesta segunda-feira (9) a maior fábrica de smartphones do mundo. A unidade está localizada em Noida, uma cidade satélite da capital indiana, Nova Delhi, e poderá produzir até 120 milhões de telefones por ano.

De acordo com a Bloomberg, a Samsung usará a fábrica, que tem área de 35 acres, para produzir telefones básicos que são vendidos por menos de US$ 100, além de dispositivos topo de linha como o Galaxy S9.

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A Índia é um grande mercado de smartphones com mais de 400 milhões de usuários, mas a população de 1,3 bilhão do país significa que ainda há muito potencial inexplorado.

A Samsung foi superada recentemente pela fabricante chinesa Xiaomi como a maior fornecedora de smartphones da Índia. Até mesmo a Apple, que concorre exclusivamente no segmento mais sofisticado do mercado, começou a fabricar telefones no país, como o iPhone 6s e o iPhone SE.

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Acusada de sonegar R$ 4 bilhões em impostos, a empresa de bebidas Dolly informou nesta segunda-feira, 18, o fechamento de uma de suas três fábricas, localizada nas cidade de Tatuí, no interior de São Paulo.

A unidade empregava 700 funcionários, de um total de 2 mil trabalhadores. Além da fábrica de Tatuí, Dolly mantém parques industriais em São Bernardo do Campo e em Diadema, na Grande São Paulo.

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Segundo a assessoria de imprensa de Dolly, o motivo para o fechamento da fábrica é a impossibilidade de acessar o caixa da empresa. A Justiça bloqueou as contas bancárias relacionada à empresa e ao empresário Laerte Codonho, dono da Dolly. Ele teve prisão preventiva decretada em maio como decorrência de uma ação conjunta entre o Ministério Público do Estado de São Paulo, a Procuradoria da Fazenda e a polícia. As autoridades justificaram a prisão para evitar a destruição de provas.

Codonho passou oito dias preso temporariamente no 77º DP (Distrito Policial) de Santa Cecília, região central de São Paulo. Foi preso no dia 18 de maio. O executivo é suspeito dos crimes de fraude fiscal continuada, sonegação, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Investigadores estimam que as fraudes praticadas pelo empresário tenham gerado um prejuízo de R$ 4 bilhões ao longo de 20 anos.

Conhecido por criticar abertamente a Coca-Cola, fabricante de refrigerantes líder de mercado do País, ele aproveitou o momento da prisão para mostrar às câmeras um cartaz "Preso pela Coca-Cola" ao ser conduzido à delegacia. Na ocasião, o Ministério Público, por meio do Grupo Especial de Delitos Econômicos (Gedec), confiscou três helicópteros, 13 automóveis de luxo e cerca de R$ 30 mil em moeda estrangeira, além de documentos.

Apesar de estar solto, Codonho terá restrições: ele terá de se apresentar à Justiça todo mês e não poderá entrar em contato com outros investigados -- o ex-gerente financeiro da empresa, César Requena Mazzi, e o ex-contador da fabricante, Rogério Raucci, também foram liberados. O executivo não poderá sair de casa aos finais de semana.

Este não é o primeiro problema do empresário com a Justiça. Em 2017, o grupo Ragi Refrigerantes, dono da Dolly, foi alvo da Operação Clone, da Secretaria da Fazenda de São Paulo, por fraudes relacionadas ao pagamento de ICMS. Em fevereiro deste ano, Codonho foi condenado a 6 anos e 7 meses de prisão, pela Justiça de São Paulo, por sonegação de benefícios previdenciários.

Empresa

Fundada em 1987, a Dolly ganhou notoriedade por fabricar refrigerantes vendidos a preços populares. No início dos anos 90, durante o boom desse segmento no País, a companhia cresceu com outras empresas regionais - o Brasil chegou a contabilizar 700 fabricantes de pequeno porte há cerca de 20 anos. Boa parte das marcas locais de refrigerante - que, segundo uma fonte do setor, atuavam com alto grau de informalidade - acabou indo à falência.

Em 2004, Codonho iniciou briga com a Coca-Cola ao acusar a multinacional de práticas anticoncorrenciais. O que começou como um processo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) evoluiu para críticas públicas, estampadas em outdoors, e culminou com o cartaz exibido pelo empresário durante sua prisão.

Em 2017, a Dolly se envolveu em uma disputa com o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar). Após o órgão recomendar que a empresa tirasse do ar campanha por preocupações relacionadas à publicidade infantil, a fabricante acionou o Conar na Justiça para impedi-lo de avaliar outras de suas propagandas.

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