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O Projeto de Lei n° 2126/11 que trata do Marco Civil da Internet e a proposta sobre a destinação dos recursos da multa adicional do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), cobrada em demissões sem justa causa, serão as pautas da Câmara Federal desta terça-feira (12). As iniciativas serão debatidas em sessão extraordinária no Plenário da Casa Legislativa em Brasília, a partir das 14h.

Sendo ambos os projetos do poder executivo, o governo e os líderes da base aliada ainda não fecharam um acordo para viabilizar a votação do projeto de lei do marco civil da internet. A maior divergência ocorre em torno da chamada neutralidade de rede, regra que impede os provedores de dar tratamento diferenciado a determinado conteúdo ou serviço. A regra impede, por exemplo, a venda de pacotes com produtos específicos, como apenas acessar e-mail ou apenas redes sociais.

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Na Câmara o assunto divide opiniões. Alguns deputados defendem que haja a neutralidade liberdade para o usuário usufruir o serviço pago para fazer qualquer coisa como baixar vídeos, músicas, acessar emails, entre outras coisas. Já outros desejam que o serviço seja liberado apenas para acessar conteúdos. O projeto já foi debatido em comissão geral na última quarta-feira e está pautado para ser discutido nesta terça e na quarta-feira (13).

Multa do FGTS - O texto original do Projeto de Lei Complementar (PLP), n° 328/13 direciona ao programa habitacional Minha Casa, Minha Vida os recursos arrecadados com a multa adicional incidente sobre o FGTS do trabalhador demitido sem justa causa.

Em sessão no dia 17 de setembro, o Congresso manteve o veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto que acabava com essa contribuição adicional de 10%. No entanto, o relator da proposta na Comissão de Finanças e Tributação, deputado Guilherme Campos (PSD-SP), quer retomar a redação do projeto vetado pela presidente Dilma e acabar com a multa. 

*Com informações da Agência Cãmara Notícias

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço publicou no Diário Oficial (DO) desta sexta-feira (1), a resolução nº 732. A medida trata dos orçamentos financeiro, operacional e econômico do FGTS para o exercício de 2014 e do orçamento plurianual de aplicação para o período 2015/2017.

O detalhamento dos orçamentos está presente em cinco anexos, com dados mês a mês. A medida, cita, ainda, que serão alocados R$ 8,9 bilhões para fins de concessão de descontos nos financiamentos a pessoas físicas, dos quais serão destinados R$ 6 bilhões para produção ou aquisição de imóveis novos, passíveis de enquadramento no Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU), integrante do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV).

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No dia 29 de outubro, o Conselho Curador do FGTS aprovou orçamento recorde de R$ 72,66 bilhões para 2014. No ano passado, o orçamento aprovado para 2013 foi de R$ 59,665 bilhões. Com suplementação, totalizou R$ 71,1 bilhões.

Para habitação, o valor aprovado para o ano que vem foi de R$ 57,86 bilhões. Os descontos concedidos, no montante de R$ 8,9 bilhões, incluem R$ 6 bilhões de subsídios ao programa Minha Casa Minha Vida.

Para saneamento básico, o orçamento será de R$ 5,2 bilhões. O orçamento prevê, ainda, R$ 8 bilhões para infraestrutura urbana e R$ 1,6 bilhão para operações urbanas consorciadas. O documento aprovado pelo conselho prevê orçamento de R$ 72,66 bilhões em 2015 e de R$ 73,76 bilhões em 2016 e em 2017.

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou nesta terça-feira (29), proposta encaminhada pelo Ministério da Fazenda que prevê que o Tesouro Nacional pague ao fundo R$ 100 milhões mensais, de abril a dezembro do próximo ano, para abater uma dívida de cerca de R$ 4,5 bilhões referentes à arrecadação da multa adicional do FGTS. A informação é do ministro do Trabalho, Manoel Dias.

"Certamente no decorrer de 2014 vamos em cima de dados que possam fazer com que a gente estabeleça um retorno mais rápido e maior", afirmou o ministro, após ser questionado por jornalistas se o pagamento não é pequeno diante do montante de R$ 4,5 bilhões. No ano que vem, segundo Dias, o governo discutirá como será pago o restante.

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O ministro apontou que o valor que o Tesouro tem que repassar ao FGTS chega a R$ 9 bilhões, se somado com o montante de aproximadamente R$ 4,5 bilhões devido pelo subsídio do Minha Casa Minha Vida.

Revisão de orçamento- O orçamento do FGTS para 2014, aprovado nesta terça, tem uma revisão prevista para maio do ano que vem, segundo o secretário executivo substituto do conselho curador do fundo, Manoel Eugênio de Oliveira. Nesta tarde, o conselho aprovou o orçamento recorde de R$ 72,66 bilhões para 2014.

Apesar de recorde, o valor aprovado é, para alguns gastos, menor do que o realizado neste ano. O ministro do Trabalho disse que o orçamento é uma previsão e que mais recursos podem ser liberados ou realocados. No ano passado, o orçamento aprovado para 2013 foi de R$ 59,665 bilhões. Com suplementação, chegou a R$ 71,1 bilhões.

Questionado sobre os impactos da elevação do teto para compra de imóveis com recursos do FGTS, aprovada em setembro pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), Oliveira afirmou que o valor dos saques do fundo pode aumentar até R$ 2 bilhões por ano, se houver forte demanda. "Não vai gerar estresse nas contas do fundo", garantiu.

Entidades sindicais patronais foram, nesta terça-feira (8), ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o adicional de 10% à multa sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no caso de demissão sem justa causa. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviço e Turismo (CNC) entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) contra esse adicional. Além disso, as Confederações Nacionais do Sistema Financeiro (Consif) e das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg), juntas, também apresentaram ação semelhante ao STF. O ministro Luís Roberto Barroso foi designado o relator das duas ações.

Mas o questionamento no STF irá além, pois a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que entrará com ADI semelhante no máximo até esta quarta-feira, 9. O adicional à multa está mantido porque a presidente Dilma Rousseff vetou a proposta de acabar com ele e, ao analisar o veto, em setembro, o Congresso decidiu manter a decisão do Palácio do Planalto.

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A Consif aponta no documento que a decisão da presidente de vetar o fim da multa foi uma decisão política. "Observa-se que o veto foi exclusivamente político, não trazendo em seu corpo qualquer fundamentação jurídica para a manutenção da contribuição em comento."

"A destinação dos recursos é específica e já foi cumprida, portanto não tem mais finalidade", afirmou ao Broadcast a chefe da divisão sindical da CNC, Patrícia Duque. "O veto não foi derrubado, então a Adin se mostrou a medida correta", explicou. A CNC argumenta que há um desvio de finalidade na cobrança, já que a contribuição, que a entidade chama de "socorro temporário", foi criada com o objetivo específico de cobrir o déficit causado pela atualização monetária insuficiente ocorrida nas contas vinculadas ao FGTS no período de 1989 até 1991, época da edição dos "Plano Verão" e "Plano Collor".

"O adicional não é revertido para o trabalhador, que continua percebendo apenas os 40% de multa rescisória sobre o montante dos depósitos realizados durante seu contrato de trabalho", aponta a CNC. "A demissão sem justa causa passou a ser onerada com uma alíquota total de 50% a título de contribuições ao FGTS: 40% destinados à indenização para o trabalhador; e 10% a título de receita para saldar o mencionado déficit do Fundo."

A CNC aponta, por fim, que os objetivos já foram alcançados e o montante que agora é arrecadado com a contribuição é usado pela União para outros fins. A Consif também argumenta que a permanência da contribuição não se justifica porque a recomposição do fundo já foi realizada e o patrimônio líquido do FGTS voltou a ser positivo em 2008.

O governo enfrentou dificuldades, mas conseguiu manter a cobrança da multa adicional de 10% sobre o FGTS paga pelas empresas nos casos de demissão sem justa causa. Trata-se de contribuição que rende à União mais de R$ 3 bilhões por ano. Para os partidos de oposição, no entanto, o governo utiliza esse dinheiro para engordar o superávit primário e ajudar no cumprimento das metas. Na noite do dia 17 de setembro, deputados e senadores optaram por preservar o veto presidencial a um projeto que visava extinguir essa multa e chancelaram também a vontade do Executivo em outras seis matérias.

Após reunião nesta quarta-feira (25), o Conselho Curador do FGTS aprovou um aumento de R$ 12,4 bilhões em mais gastos no orçamento para 2013, conforme informação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Desse total, R$ 10 bilhões serão destinados a programas de concessão de financiamentos na área de habitação popular e outros R$ 2,43 bilhões em descontos para a população de baixa renda, dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.

Com a suplementação aprovada, o orçamento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para este ano prevê R$ 45,7 bilhões a serem aplicados em habitação popular. A reunião foi presidida pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias. Segundo ele, a suplementação não compromete a sustentabilidade do FGTS, que tem previsão de encerrar o exercício com patrimônio líquido de R$ 55 bilhões. "A suplementação hoje aprovada é essencial para que o trabalhador de baixa renda possa adquirir sua casa própria, além de favorecer a geração de postos de trabalho", afirmou.

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O MTE informou também que, segundo a Caixa Econômica Federal, até junho, houve comprometimento de 65% do orçamento para financiamento a habitação popular e 73% do valor destinado a descontos em 2013, demonstrando um crescimento de 9,36% e 17,75%, respectivamente, com relação ao mesmo período de 2012.

Além de habitação, o orçamento deste ano prevê R$ 5,2 bilhões em saneamento básico, R$ 7 bilhões em infraestrutura urbana, R$ 8,9 bilhões destinado a descontos para famílias de baixa renda, além de R$ 4,3 bilhões para demais operações da área de habitação.

A manutenção da cobrança da multa de 10% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) pelo Congresso Nacional recebeu duras criticas do senador pernambucano, Armando Monteiro (PTB). Ele argumentou que a cobrança penaliza a economia brasileira, pois eleva os custos de quem produz e contrata formalmente os trabalhadores.

Para Armando, não é o empregador que perde e sim o trabalhador brasileiro que precisa ter um mercado de trabalho amplo e dinâmico. Ele diz que o Brasil, infelizmente, insiste em elevar o custo do trabalho e ir na contramão daquilo que corresponde, verdadeiramente, ao interesse do trabalhador.

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No entendimento do senador, o Congresso errou quando não confirmou o que havia aprovado, recentemente. “Nós havíamos derrubado o veto por maioria ampla. Como é que um mês depois esse mesmo Congresso não reafirma a sua posição? Isso mostra que o Congresso muitas vezes exerce papel de subalterno”, disse Armando.

Na avaliação do senador, é por situações como esta que a sociedade brasileira sempre manifesta preocupação com o parlamento. “Isso é um desprestígio institucional do Congresso que, nos momentos em que deve afirmar posição de independência, se alinha com os interesses ocasionais do Governo e não da sociedade”, salientou.

Segundo Armando, quem perde com esse posicionamento é a economia brasileira. O prejuízo, reiterou, é o encarecimento dos custos de quem contrata formalmente. “O Brasil está caro, quem quer empregar e gerar emprego formal é penalizado. É mais um estímulo para quem contrata informalmente”.

A multa rescisória de 10% foi criada em 2001 para cobrir rombos nas contas do FGTS provocados pelos Planos Verão e Collor 1, de combate à inflação, em 1989 e 1990. Além da multa rescisória de 10%, o empregador que demite sem justa causa paga ainda ao empregado indenização equivalente a 40% do saldo do FGTS. Este direito continua assegurado ao trabalhador.

O projeto de lei enviado nesta terça-feira, 17, ao Congresso pelo Executivo para tentar manter a multa adicional de 10% sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nos casos de demissão sem justa somente entrará em vigor em 1º de janeiro de 2014. Na prática, isso significa que os recursos oriundos dessa arrecadação extra somente serão vinculados por lei ao programa Minha Casa Minha Vida a partir dessa data.

Da mesma forma, somente os trabalhadores demitidos sem justa causa e que não são beneficiários do principal programa habitacional do governo federal poderão sacar o valor da multa.

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Hoje, o Poder Executivo enviou ao Congresso o Projeto de Lei Complementar (PLP) 328 de 2013, costurado nos últimos dias com a base aliada para tentar preservar o principal veto presidencial que será analisado na noite desta terça-feira, 17, pelos parlamentares. A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse recentemente que a multa representou cerca de R$ 3,2 bilhões no ano passado.

Conforme o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, publicou na semana passada, o projeto de lei complementar vincula os recursos da cobrança extra ao Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). Pela proposta, trabalhadores que tenham sido demitidos sem justa causa e que não participam do Minha Casa Minha Vida poderão receber o valor arrecadado pela contribuição quando se aposentarem. Caso o Congresso mantenha o veto de Dilma e aprove a nova proposta, esses dois pontos só terão validade a partir do início do ano que vem.

A oposição tem acusado o governo de usar esse montante, na verdade, para fazer caixa e contribuir com o superávit primário.

A multa adicional foi criada em 2001 para zerar o rombo decorrente de decisões judiciais que obrigaram o governo a compensar o fundo pelas perdas relativas aos Planos Verão, no governo Sarney, e Collor I. O déficit foi coberto em julho de 2012 e desde então a indústria acusa o governo de usar os recursos para fazer caixa. No início de julho, deputados aprovaram a sua extinção, mas o projeto foi vetado integralmente pela presidente Dilma.

A Caixa Econômica Federal, em parceria com a Justiça Federal de Pernambuco (JFPE), vai promover, a partir da próxima segunda-feira (16) até sexta-feira (20), em Recife (PE), um mutirão de conciliação de débitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O objetivo é reunir 230 empresas em débito com o Fundo para firmar com elas acordos de parcelamento das dívidas referentes a contribuições inadimplentes, de acordo com a Política Nacional de Conciliações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 

Estão previstas condições excepcionais de negociação para a conciliação dos débitos, por meio da Resolução nº 615/2009, do Conselho Curador do FGTS, regulamentada pela Circular CAIXA nº 508/2010. Atualmente, essas 230 empresas selecionadas já possuem processos de execução fiscal em trâmite na 11ª; 22ª e 33ª Varas Federais da JFPE. Os interessados deverão se dirigir ao 10º Andar da Justiça Federal (Seção Judiciária em Pernambuco), localizado na Avenida Recife, no prédio da JFPE. 

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De acordo com o gerente de filial do FGTS da CAIXA, em Recife, Francisco Ayrton de Vasconcelos, a recuperação desses créditos será importante para os trabalhadores e também para a sociedade, já que os recursos serão investidos em obras de saneamento, infraestrutura e habitação. “As obras do Via Mangue, corredor leste-oeste e corredor norte-sul, tem como funding o FGTS. Portanto, são necessários para as grandes obras de mobilidade do nosso estado, além de captar mais investimento para outros setores, como energia, portos e hidrovia”, explica Vasconcelos.

Para saber o dia e horário de agendamento da audiência, os interessados devem entrar em contato com a CAIXA, por meio da gerência do FGTS, pelo endereço eletrônico gifugre11@caixa.gov.br ou pelos telefones (81) 3419-5730 e 3419-5788. Para os processos já em pauta, o advogado representante da empresa também será notificado da audiência pelo Diário Eletrônico da Justiça Federal – TRF 5ª Região.

Após um pedido pessoal da presidente Dilma Rousseff ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o governo conseguiu adiar por aproximadamente um mês a votação de dois vetos que preocupavam o Palácio do Planalto pelo alto impacto financeiro que poderiam causar nos cofres do Tesouro. O Congresso iria manter em discussão apenas as propostas que travavam a pauta de votações do Legislativo.

Apesar de um dos vetos incômodos ao Planalto ter continuado na pauta, o governo trabalhava com a expectativa de que não haveria número suficiente de senadores para obrigar a União a compensar Estados e municípios por desonerações de impostos federais. Assim, mesmo que os deputados derrubassem o veto de Dilma, o dispositivo seria mantido - é preciso aprovação de 257 votos na Câmara e 41 no Senado para rever a decisão presidencial. Como a votação é feita em cédula de papel, o resultado só será conhecido nesta quarta-feira, 21.

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Segundo o governo, a mudança faria com que a União tivesse de repassar R$ 11 bilhões ao ano a Estados e municípios com base nas políticas de incentivos já em andamento. A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) tem dito que, se o veto for derrubado, o governo deve ir ao Supremo Tribunal Federal.

A principal vitória do governo, mesmo que temporária, foi retirar da pauta o debate sobre o fim da multa adicional de 10% do saldo do FGTS para demissões sem justa causa, cobrança que rende aproximadamente R$ 3 bilhões anuais ao Tesouro. Criada em 2001 para cobrir um rombo decorrente de decisões judiciais, a cobrança atingiu seu objetivo em julho de 2012, mas continuou a ser cobrada. O governo alega que esse dinheiro permite a manutenção de investimentos no programa Minha Casa, Minha Vida, mas já aceita debater o fim escalonado da multa.

Alvo de forte lobby empresarial, a derrubada do veto no FGTS era tida como certa na sessão de ontem, 20. Agora, o tema só será debatido pelo Congresso em 17 de setembro. Neste tempo, o governo tentará convencer a base e os representantes de entidades empresariais a aceitar uma solução alternativa, como o escalonamento para o fim da cobrança em um período que pode ser de quatro anos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do PT na Câmara, deputado federal José Guimarães (CE), afirmou que a proposta de escalonar em quatro anos o fim da multa adicional de 10% sobre o saldo do FGTS atende ao princípio de "responsabilidade fiscal". Ele acredita que a alternativa seria capaz de atender ao desejo do governo de evitar uma perda imediata de R$ 3 bilhões anuais e a dos empresários de se livrar da cobrança.

Aprovado pela Congresso, o fim imediato da multa foi vetado pela presidente Dilma Rousseff. O veto pode ser derrubado ainda este mês pelos parlamentares, caso seja colocado em votação. O jornal O Estado de S. Paulo revelou nesta sexta-feira que o governo trabalha com o escalonamento como "plano B".

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"Essa ideia do escalonamento pode se galvanizar. É o ponto de equilíbrio para as posições todas convergirem, dá uma demonstração de equilíbrio, de responsabilidade fiscal", disse Guimarães. "Como líder do PT, estou defendendo essa proposta. E vamos, na próxima semana, fazer o diálogo com o governo, o Congresso e os empresários", complementou.

No Congresso, porém, a proposta não foi tão bem-recebida. O líder do PSD na Câmara, deputado Eduardo Sciarra (PR), reiterou que seu partido defende o fim imediato da cobrança. A mesma posição é do líder do PSB na Casa, deputado Beto Albuquerque (RS): "A manutenção a partir de agora dessa cobrança significa a criação de um novo imposto. Nossa tendência é derrubar o veto".

Criada em 2001 para cobrir um rombo decorrente de decisões judiciais sobre os planos econômicos Verão e Collor, a multa adicional irriga os cofres do governo com R$ 3 bilhões anualmente. Desde julho do ano passado o objetivo que motivou a criação da cobrança foi atingido e o recurso deixou de ir para os cofres do FGTS, passando a servir, na prática, para inflar o superávit primário. O governo argumenta que a arrecadação extra permite a manutenção de investimentos no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

Para neutralizar a pressão de empresários e confederações patronais pelo fim imediato da multa adicional de 10% sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), em demissões sem justa causa, o Palácio do Planalto já negocia com líderes da base aliada no Congresso um plano B. A proposta é um novo projeto de lei complementar para escalonar a cobrança de forma a eliminá-la em quatro anos. A presidente Dilma Rousseff foi consultada e autorizou sua equipe a prosseguir no debate.

Criada em 2001 para cobrir um rombo decorrente de decisões judiciais sobre os planos econômicos Verão e Collor, a multa adicional irriga os cofres do governo com R$ 3 bilhões anualmente. Desde julho do ano passado, o objetivo que motivou a criação da cobrança foi atingido e o recurso deixou de ir para os cofres do FGTS, passando a servir, na prática, para inflar o superávit primário. O governo argumenta que a arrecadação extra permite manter investimentos do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

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A Câmara aprovou, no mês passado, o fim da cobrança a partir de 1.º de junho de 2013. A presidente aproveitou o argumento da retroatividade e vetou integralmente a proposta. O tema, porém, tem forte apoio na base por interessar a grandes grupos empresariais, e o governo sabe que terá dificuldade de manter a decisão, principalmente diante das turbulências na base. Para derrubar o veto é necessário ter 257 votos na Câmara e 41 no Senado, o que os defensores do fim da cobrança acreditam conseguir.

A proposta de escalonamento é vista como a única forma de convencer os aliados a não retirar de forma abrupta os recursos dos cofres federais. O governo já tentou vincular por lei os recursos ao programa Minha Casa, Minha Vida, mas não conseguiu sequer aprovar a urgência da proposta.

Aceita pelo Congresso a ideia de diluir o prejuízo, Dilma perderia menos de R$ 1 bilhão no próximo ano e deixaria o maior problema para seus sucessores. "Acho que tem viabilidade. Vamos tentar bater o martelo na semana que vem. Se conseguirmos um acordo, dá para manter o veto e votar um projeto rapidamente", disse ao Estado um dos parlamentares que negocia com o Planalto.

'Sem negócio'

Um dos articuladores da derrota do governo na Câmara, o líder do PSD, Eduardo Sciarra (PR), diz não haver condições de aceitar a proposta. "Ouvi esse comentário de uma proposta nestes termos, mas com a gente não tem negócio. É uma questão conceitual, queremos o fim do imposto, que já cumpriu sua finalidade. Somos contra a alta carga tributária do País." Ele espera que o veto seja colocado em votação na sessão do Congresso convocada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para o dia 20 de agosto.

A demissão por justa causa já obriga os empresários a pagar uma multa de 40% sobre o saldo do FGTS, que vai para o bolso do trabalhador. Numa tentativa de ajudar o governo, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), propôs que o adicional de 10% seja mantido e crie uma poupança para ser sacada pelo trabalhador no momento da aposentadoria. A proposta, porém, não encontrou ressonância na Casa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por observar irregularidades, o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco ingressou uma ação civil pública contra a Comissão Intersindical de Conciliação Prévia Trabalhista e também contra os sindicatos de trabalhadores a ela vinculados. A denúncia foi realizada por três ex-empregados da empresa Conseil Logística e Representações LTDA.

O MPT apurou a utilização de comissão intersindical de conciliação por diversas empresas, do mesmo ou de outros setores econômicos, para o pagamento de verbas rescisórias devidas a ex-funcionários. De acordo com as investigações e depoimentos de testemunhas, as empresas realizavam os procedimentos de quitação dos contratos de forma que os funcionários não tinham outra escolha senão aceitar o que lhes era sugerido perante comissão.

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Em muitos dos depoimentos, foram relatadas audiências, organizadas por empresas ligadas à comissão, em que os funcionários dispensados tinham advogados sugeridos pelos ex-empregadores e nem sequer sabiam a função de direito dos participantes e coordenadores da sessão.

O procurador do Trabalho que está a frente do caso, Leonardo Osório de Mendonça, afirma que a troca do pagamento das verbas rescisórias pelo acordo realizado perante a comissão de conciliação prévia seria evidentemente nefasta para o trabalhador. “Ao ser dispensado, ou ele aceitaria o que o empregador lhe oferecesse no momento da conciliação perante a comissão, ou, nada receberia de verbas rescisórias, devendo ingressar na Justiça do Trabalho para o recebimento até mesmo do salário do último mês, que não se esqueça faz para das verbas resilitórias [ou rescisórias]. Preferiria logicamente receber o pouco oferecido, renunciando a várias verbas alimentares, a ficarem meses, ou anos sem receber o saldo do FGTS ou seguro-desemprego”. 

O MPT requereu justiça do Trabalho o comprometimento da comissão em comunicar ao órgão ministerial todas as queixas apresentadas que envolvam o pagamento de parcelas rescisórias aos trabalhadores e a não vincular o pagamento de custas processuais à possível conciliação realizada na comissão. Em caso de descumprimento destas obrigações, o órgão estipulou pagamento de multa de dois mil reais.

Na ação, também foi pedido que a ré se abstivesse de realizar qualquer tipo de conciliação que envolva pagamento de parcelas rescisórias a trabalhadores, bem como não realizar qualquer tipo de homologação ou acordo em queixa apresentada por trabalhador não vinculado ao setor econômico. A multa por descumprimento destas obrigações é de cinco mil reais.

O MPT pediu ainda pagamento de R$ 500 mil por dano moral coletivo pela Comissão Intersindical de Conciliação Prévia Trabalhista. Os sindicatos também devem ser condenados solidariamente à primeira ré ao pagamento de R$ 250 mil, também a título de dano moral coletivo. Todos os valores arrecadados devem ser convertidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador.

Com informações de assessoria

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou nesta sexta-feira que a pasta é a favor do veto da multa adicional de 10% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) paga pelas empresas nos casos de demissões sem justa causa. Dias argumentou que o valor pago atualmente se destina a projetos sociais, como o Minha Casa, Minha Vida. "Isso representa um projeto importantíssimo na vida de brasileiros que ainda não têm uma casa", disse.

"O projeto ainda tem alcance social muito grande e, oportunamente, em um momento correto, o governo brasileiro entenderá que deve ser encerrado a cobrança desse adicional", disse. Ele participou nesta sexta-feira do programa "Bom Dia, Ministro", da TV NBR. Nesta quinta-feira, 25, a presidente Dilma Rousseff vetou a proposta, que retiraria R$ 3 bilhões anuais dos cofres do governo. O texto previa o fim da cobrança da contribuição a partir de 1.º de junho de 2013.

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A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) pediu nesta quarta-feira ao governo que não vete o fim da multa adicional de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) paga pelas empresas nos casos de demissões sem justa causa. O projeto foi aprovado, recentemente, pelo Congresso e aguarda a sanção presidencial. O presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, reuniu-se nesta quarta-feira com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, com quem tratou do assunto. De acordo com Vieira, Mantega não deu nenhuma resposta sobre o pedido.

Outro assunto discutido no encontro foi a prorrogação da carência de empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concedidos a empresas de cidades do Rio atingidas por chuvas em 2011. O presidente da federação disse que o assunto havia sido tratado também com o BNDES e que o ministro da Fazenda afirmou que uma resposta favorável deve sair em breve por meio de decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN). A linha do financiamento é de R$ 580 milhões e beneficiou cerca 4,7 mil pequenas e médias empresas.

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Atendendo ao pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 6ª Região condenou a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) por terceirização ilícita. Além de perda salarial e jornada exaustiva, a prática tem acarretado a elevação dos índices de acidente de trabalho graves e até mesmo fatais, motivo pelo qual o TRT imputou multa de R$ 2 milhões por dano moral coletivo.

De acordo com a decisão, a Celpe terá que registrar todos os empregados ilicitamente contratados por meio de empresas interpostas, com data retroativa ao início de suas atividades na empresa; além de pagar as diferenças salariais e recolher Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e contribuição previdenciária decorrentes do registro.

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A empresa terá também, que regularizar o meio ambiente de trabalho, não substituindo eletricista por ajudante de eletricista, fornecer equipamento de proteção individual (EPI) adequados e respeitar a jornada máxima permitida por lei. A ação do MPT foi amparada por um relatório enviado pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.

O documento afirmava que após a privatização da empresa foi acentuado o processo de contratação de trabalhadores, inclusive eletricistas, por empresas terceirizadas para realizarem serviços essenciais e permanentes da Celpe. A quantidade de “terceirizados” foi quase triplicada entre 2000 e 2010, passando de 1.900 para 5.498.

Entre os que trabalham diretamente no sistema de distribuição de energia elétrica, exercendo a função de eletricista (1.994), ou ajudante de eletricista (513), apenas 385 são diretamente contratados pela CELPE como empregados, representando cerca de 15% do total.

Ficou comprovado que a Celpe estabelece meta de produtividade até mesmo para os eletricistas, que desenvolvem atividade perigosa, e essas metas são difíceis de serem atingidas – o que aumenta a pressão em cima dos trabalhadores. A análise dos registros eletrônicos do banco de dados da concessionária demonstrou os excessos de jornadas.

Ainda foi constatada a substituição ilegal de eletricista por ajudante de eletricista, a ausência de treinamento para vários trabalhadores e a existência de eletricista até mesmo analfabeto – o que é proibido por norma regulamentadora do MT.

Com informações da assessoria

Os deputados federais derrubaram, na noite desta quarta-feira, 03, uma multa adicional sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nos casos de demissão sem justa causa, que rendia aos cofres da União cerca de R$ 3 bilhões ao ano. Como a Câmara optou por votar o texto do Senado - sem modificações -, a matéria segue para a sanção presidencial.

A votação foi expressiva pelo fim da multa adicional, com o apoio de 315 deputados. Votaram contra apenas 95 parlamentares.

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Votar a matéria sem alterações foi a estratégia adotada pelos deputados contrários à manutenção da multa para evitar que o texto voltasse para o Senado. Lá, com uma base do governo mais sólida, temiam que a tramitação se alongasse. O problema é que, pelo texto do Senado, a contribuição social adicional deveria ter deixado de existir em 1º de junho deste ano. O ponto não foi alterado e, portanto, pode haver um impasse referente à retroatividade.

Na votação, as galerias do plenário da Câmara contavam com forte presença de empresários e de membros da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que comandou um lobby pela aprovação do projeto. A cada intervenção de deputados favoráveis à extinção da multa, que se diziam contrários à criação de "um novo imposto no País", os empresários respondiam com aplausos. Outro argumento ouvido foi que o dinheiro é, na verdade, usado para fechar as contas do governo e vai para o superávit primário.

O líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), rebateu as críticas e disse que parte dos recursos é utilizada para programas habitacionais, como o Minha Casa, Minha Vida. Outro argumento é que o governo vem promovendo desonerações para diversos setores, inclusive a indústria. "A geração de emprego só é possível porque o governo realizou as desonerações", disse Guimarães.

O governo, querendo manter os recursos, chegou a se articular para apresentar um projeto alternativo, que vincularia as receitas a um fundo habitacional do Minha Casa, Minha Vida e, dessa forma, tornaria a multa dos 10% sobre o FGTS permanente. O PP chegou a apresentar um projeto nesses termos, mas a resistência da oposição e de partidos da própria base foi tamanha que, na terça-feira, 03, sequer o requerimento de urgência conseguiu ser aprovado.

O projeto votado - que extinguiu a contribuição de 10% sobre o FGTS - havia sido pautado em plenário em maio, mas aquela sessão foi interrompida por falta de quórum.

Criada em 2001, a multa adicional de 10% sobre o FGTS servia para zerar o rombo decorrente de decisão judicial que obrigou o governo a compensar o fundo pelas perdas relativas aos planos Verão, no governo Sarney, e Collor I. Em julho de 2012, o déficit foi coberto e a multa deveria ter sido extinta. A contribuição adicional se soma aos 40% que os empregadores têm de pagar quando a demissão é imotivada, razão pela qual a indústria alega que aumenta o custo Brasil e diminui a competitividade do setor produtivo.

Para evitar uma perda de arrecadação de R$ 3 bilhões anuais, o governo prepara uma manobra nos bastidores para manter em vigor a multa adicional de 10% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) nas demissões sem justa causa. Um projeto acabando com a multa está previsto para votação na próxima semana na Câmara, mas o governo prepara um texto alternativo para ser votado antes, vinculando os recursos ao programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

Instituída de forma provisória em 2001 para sanar um déficit decorrente de decisões judiciais, a cobrança deveria ter acabado em julho do ano passado, quando o rombo foi coberto. O fim da cobrança adicional é uma bandeira da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que vê no adicional um dos fatores de aumento do chamado custo Brasil.

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Os empresários lembram que a legislação já determina o pagamento de uma multa de 40% do FGTS no caso de demissões em justa causa, que vai para o bolso do trabalhador. Na visão de Flávio Castelo Branco, gerente executivo de política econômica da entidade, ao defender a manutenção da cobrança extra o governo estará, na prática, criando mais um tributo.

"A sociedade está saturada com a alta carga tributária e a manutenção desse adicional é a criação de um imposto. Vamos tentar inviabilizar essa ideia da mesma forma que trabalhamos para derrubar a CPMF", disse o executivo.

Votação

Para derrubar o adicional, é preciso conseguir maioria absoluta na Câmara dos Deputados, ou seja, obter 257 votos entre os 513 deputados. O líder do PSD, Eduardo Sciarra (PR), acredita que se o quórum na casa estiver alto na próxima quarta-feira, 03/07, dia marcado para a votação, é possível conseguir o apoio necessário para derrubar a cobrança.

"Nós temos o compromisso do presidente Henrique Eduardo Alves de colocar a matéria em votação e com a Casa cheia acredito que conseguiremos derrubar a multa", disse. Sciarra ressalta, porém, que a proposta deverá ser devolvida ao Senado porque a data para encerramento da cobrança deve ser alterada para janeiro de 2014.

Argumento

A intenção do governo ao apresentar a proposta é fazer com que a parte da base aliada simpática ao fim da multa ganhe um argumento para defender a manutenção da cobrança. Quando o tema foi debatido no Congresso no final de maio, deputados do PT já tinham usado da tribuna a justificativa de que os recursos permitiam a execução de programas do governo, citando inclusive o Minha Casa, Minha Vida.

Com a vinculação expressa em lei, acredita-se ser possível disseminar na base o discurso da necessidade da cobrança do adicional. Outro discurso que pretende-se usar em defesa da multa extra é que ela desestimula a demissão.

O governo federal já negociou com Alves (PMDB-RN) para que sua proposta tenha precedência à defendida pelos empresários. A intenção é aprovar a vinculação antes para evitar até que seja levada a voto que derrubaria a alíquota. A proposta patrocinada pela CNI foi incluída na pauta da próxima semana, enquanto a do governo não chegou formalmente ao Congresso.

Alves só concordou em marcar uma data para a votação da proposta que acaba com a multa em debate porque o PSD de Sciarra estava obstruindo as deliberações de projetos de interesse do governo, cobrando uma solução para o tema. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Força Sindical ingressou nesta terça-feira com uma ação na Justiça Federal de Brasília reivindicando a revisão dos saldos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A ação representa centenas de sindicatos filiados à central e pede a reposição de perdas que, de acordo com a entidade, chegam a 88,3%, por causa da correção errada da Taxa de Referência (TR) que é aplicada sobre o FGTS.

"Desde 1999, o FGTS dos trabalhadores brasileiros está sendo corrigido de maneira errada. O confisco na correção chega a 88,3%. Só nos últimos dois anos, somam, aproximadamente, 11% de perda, na correção", diz a nota divulgada pela Força Sindical. O presidente da central, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, recomenda aos trabalhadores que procurem os sindicatos para aderir ao processo.

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse, nesta terça-feira, 28, que não convém fazer projeção, agora, sobre a contagem do prazo de sete dias para que a Casa aprecie as Medidas Provisórias oriundas da Câmara dos Deputados. Foi ele que na votação da MP dos Portos anunciou que devolveria as MPs que chegassem com menos de uma semana ao Senado. Nesta terça-feira, 28, contudo, na chegada ao Congresso, Calheiros quis dividir a responsabilidade sobre essa afirmação com os demais colegas. "Essa não foi uma decisão minha. Foi do Senado, e precisa ser preservada", disse.

Questionado sobre se, no caso de a Câmara aprovar ainda nesta terça-feira, 28, duas novas Medidas Provisórias, o prazo no Senado seria contado a partir de hoje, Calheiros respondeu: "Não queria fazer conta agora, não".

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A Câmara não conseguiu votar, na segunda-feira, 27, as Medidas Provisórias 601 e 605. Na manhã desta terça-feira, 28, no entanto, lideranças partidárias fecharam acordo de procedimentos para votar nesta terça-feira, 28, as duas MPs, que estão trancando a pauta do plenário da Câmara. A oposição não fará obstrução, uma vez que o projeto que extingue a multa adicional de 10% sobre o FGTS nos casos de demissão sem justa causa deve ser apreciado pela Câmara no dia 3 de julho. A determinação de uma data para a votação do projeto era a condição que a oposição pediu para não obstruir as votações.

A MP 601 estende os benefícios da desoneração da folha de pagamento previstos no Plano Brasil Maior aos setores da construção civil, do comércio varejista, de serviços navais e de outros produtos. A medida também prorroga o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), que devolve às empresas parte dos tributos com base no faturamento com exportação.

A MP 605 assegura o corte na conta de luz. A MP permite a transferência de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para o pagamento das usinas térmicas, em medida que assegurou ao governo a possibilidade de baratear as contas de luz. Essas MPs perdem validade na próxima segunda-feira, 3, último dia, portanto, que o Senado terá para votar as duas medidas.

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