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A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou um projeto de lei que flexibiliza a contratação de artistas que cobram cachês de até R$ 17,6 mil. Proposto pelo Poder Executivo, o objetivo da mudança é reduzir a carga de impostos pagos pelos artistas.

A principal mudança trazida pelo projeto de lei foi a revogação do artigo 10 da Lei nº 14.104/2010, que impedia que artistas que cobram cachês abaixo do limite fixado pela Lei de Licitações de firmar contratos por meio de empresário ou produtor. O valor máximo de cachê permitido para a contratação acompanha uma modificação da lei federal que define a dispensa de licitação, que foi alterado de R$ 8 mil para R$ 17,6 mil por meio de decreto.

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Proposta de Pagamento

A maneira como a contratação é feita também passou por mudanças. Com a aprovação da lei, os artistas deverão apresentar documentos que comprovem o valor que têm cobrado em apresentações anteriores.

Na falta dessa documentação, uma comissão avaliará o valor do cachê cobrado para determinar uma proposta de pagamento por parte do Governo, levando em consideração o valor cultural e artístico do contratado.

Demanda dos artistas

As mudanças foram definidas através de discussões realizadas com artistas e de órgãos ligados à cultura no Estado, que levaram suas demandas ao Conselho Estadual de Política Cultural. A presidente da Sociedade dos Forrozeiros de Pé de Serra, Tereza Aciolly, disse que os artistas do setor da cultura popular eram os que mais sofriam com a tributação dos contratos como pessoa física. 

“Muitos artistas que ganham abaixo de R$ 17,6 mil mas tinham empresas no nome deles ou, também, integravam associações e produtoras, passaram a ter que receber como pessoa física. O imposto chegava a quase 32%. Desde julho, a gente busca o Governo do Estado para que qualquer cachê possa ser pago por meio de pessoa jurídica”, disse ela.

Redução de custos e atraso de cachê

A presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Márcia Souto, defendeu a flexibilização como forma de reduzir custos contratuais. “Foi criada uma dificuldade muito grande para alguns artistas, cuja contratação, submetida a esse novo limite, seria ilegal, a não ser que fossem contratados como pessoas físicas. Isso acarreta recolhimento maior de impostos para eles e gera despesa maior para a Fundarpe [por conta do INSS patronal]”, disse Márcia. 

A aprovação também foi comentada por alguns dos deputados presentes na sessão que aprovou as modificações. Alberto Feitosa (SD) destacou a importância que as novas regras têm no incentivo ao turismo e pediu que o Governo tenha mais agilidade no pagamento dos cachês dos artistas. “A demora pode fazer o contrato se tornar deficitário para quem se apresentou”, disse ele. 

Edilson Silva (PSOL) também se mostrou otimista com a aprovação do texto e declarou esperar que a mudança na lei “inaugure um tempo de aceleração na resolução de questões da classe, que tem uma cadeia criativa imensa, mas ainda com muitos gargalos”.

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*Com informações da Alepe

Produtores culturais e artistas se reunirão, na próxima terça (21), para discutir as úlimas alterações feitas na Lei de Contratações do Estado (14.104/10), no mês de julho. Com as mudanças, artistas com cachê abaixo de R$ 17.600 ficam impedidos de serem contratados sem representação, tendo que formalizar os contratos como Pessoa Física. A reunião é aberta ao público e acontece na Casa dos Conselhos de Cultura de Pernambuco, às 14h. 

O produtor cultural e conselheiro de música do Conselho Estadual de Política Cultural, Guilherme Moura, explicou, em entrevista ao LeiaJá, as implicações destas alterações: "Qualquer artista que tiver cachê menor que 17600 vai ter que  recolher (Imposto de Renda e ISS) na fonte, isso é mais de um terço do cachê. É fora da realidade". Guilherme também apontou quais artistas seriam os mais prejudicados: "A maioria dos artistas novos não tem esse nível de organização. A cultura popular, por exemplo, um número muito alto de grupos não está ainda formalizado como empresa".

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A reunião de terça (21) é uma iniciativa de um grupo independente, o Produtores PE, que pretende explicar à classe os pormenores das alterações na lei bem como dicutir soluções: "A reunião quer convocar os artistas pra explicar isso e a gente se posicionar. A Secretaria de Cultura está se articulando para discutir também, mas se não houver uma pressão popular isso vai demorar, e a nossa preocupação é o Carnaval, já que os editais para conratação abrem agora no segundo semestre", disse Guilherme.  

 Serviço

Debate sobre as mudanças na Lei de Contratação de Artistas

Terça (21) | 14h

Casa dos Cosnelhos de Cultura de Pernambuco (Rua Oliveira Lima, 813 - Boa Vista)

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Entre os dias 6 e 11 de agosto, o Sertão do Pajaú recebe a 11ª edição do Festival de Cinema de Triunfo. O evento contará com a exibição de 36 filmes na mostra competitiva, oficinas, seminários e sessões especiais em Serra Talhada e Afogados da Ingazeira. Em 2018, o festival homenageará a atriz e professora pernambucana IIva Niño e o ator baiano João Miguel.

A etapa formativa é composta por três oficinas: Crítica Cinematográfica, ministrada pela crítica audiovisual e jornalista Carol Almeida, Documentando, com o cineasta Marlom Meirelles, e Laboratório Fernando Spencer de Roteiro, com o roteirista e diretor carioca Allan Ribeiro.

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“Em mais uma edição, o Festival de Cinema de Triunfo marca uma posição de resistência no Sertão do Pajeú ao convidar o público da região a conhecer a recente produção audiovisual brasileira e a refletir sobre os mais diversos temas que vão ganhar a tela do Cine Theatro Guarany”, ressalta o secretário de Cultura Marcelino Granja. Confira a programação completa:

 SEGUNDA-FEIRA (6)

 18h30 – Cerimônia de Abertura

Programa 1: Mostra Competitiva de Curta-metragem

Uma Balada para Rocky Lane (Documentário, 20 minutos, 2017, PE), de Djalma Galindo
Fazenda Rosa (Animação, 08 minutos, 2017, PE), de Chia Beloto
O Malabarista (Animação, 11 minutos, 2018, GO), de Iuri Monteiro
Arara: Um filme sobre um Filme Sobrevivente (Documentário, 13 minutos, 2017, MG), de Lipe Canêdo
Repulsa (Ficção, 20 minutos, 2017, PE), de Eduardo Morotó

Programa 2: Mostra Competitiva de Longa-metragem Nacional
Classificação: Livre

Em Nome da América (Documentário, 96 minutos, 2017, PE), de Fernando Weller

TERÇA-FEIRA  (7)

8h30 - Sessão Especial Festival Criancine
Classificação: Livre

13h30 - Sessão Cineclubista - Fepec
Exibição de filmes seguida de debate

18h30 - Programa 3: Mostra Competitiva de Curta-metragem

Tempo Circular (Documentário, 20 minutos, 2018, PE), de Graciela Guarani

Lampião e o Fogo da Serra Grande (Ficção, 23 minutos, 2017, PE), de Anildomá Willans de Souza
Oceano (Ficção, 15 minutos, 2018, CE), de Amanda Pontes e Michelline Helena
Nome de Batismo - Alice (Documentário, 25 minutos, 2017, PE), de Tila Chitunda
O Vestido de Myriam (Ficção, 15 minutos, 2017, RJ), de Lucas H. Rossi

Programa 4: Mostra Competitiva de Longa-metragem Nacional
Classificação: 10 anos

Construindo Pontes (Documentário, 73 minutos, 2017, SP), de Heloisa Passos

QUARTA-FEIRA (8)

8h30 - Sessão SESC

13h30 - Sessão Cineclube Pantim

Exibição de filmes seguida de debate

18h30 - Programa 5: Mostra Competitiva de Curta-metragem
Classificação: 12 anos

Cine S. José (Documentário, 11 minutos, 2017, PE), de William Tenório
Furnas dos Negros (Documentário, 21 minutos, 2017, AL), de Wladymir Lima
Fantasia de Índio (Documentário, 18 minutos, 2017, PE), de Manuela Andrade
Maria (Documentário, 16 minutos, 2017, AM), de Elen Linth e Riane Nascimento
Edney (Ficção, 15 minutos, 2017, PE), de João Roberto Cintra

Programa 6: Mostra Competitiva de Longa-metragem Nacional
Classificação: 12 anos

Amores de Chumbo (Ficção, 98 minutos, 2017, PE), de Tuca Siqueira

QUINTA-FEIRA (9)

8h30 - Sessão Festival Stopmotion
Classificação: Livre

13h30 – Exibição  Especial “Além da Lenda”
Classificação: Livre

18h30 - Programa 7: Mostra Competitiva de Curta-metragem
Classificação 14 anos

Cor de Pele (Documentário, 16 minutos, 2017, PE), de Livia Perini
A Viagem de Ícaro (Documentário, 18 minutos, 2018, GO), de Kaco Olímpio e Larissa Fernandes
Entre Pernas (Ficção, 20 minutos, 2018, PE), de Ayla de Oliveira
Casa Cheia (Ficção, 14 minutos, 2017, PE), de Carlos Nigro
11 Minutos (Ficção, 17 minutos, 2018, BA), de Hilda Lopes Pontes

Programa 8: Mostra Competitiva de Longa-metragem Nacional

Elegia de um Crime (Documentário, 92 minutos, 2018, SP), de Cristiano Burlan

 SEXTA-FEIRA (10)

8h30 - Sessão Outras Palavras

13h30 - Programa 9: Mostra Competitiva de Curta-metragem Infanto-juvenil

A Formidável Fabriqueta de Sonhos Menina Betina (Animação, 07 minutos, 2017, PA), de Tiago Ribeiro

Médico de Monstro (Ficção, 11 minutos, 2017, SP) de Gustavo Teixeira
Órion (Ficção, 17 minutos, 2016, PR), de Rodriane DL
Próxima (Ficção, 15 minutos, 2017, SP), de Luiza Campos
Solito (Animação, 05 minutos, 2017, RS), de Eduardo Reis
Cadarço (Ficção, 17 minutos, 2017, SP), de Eduardo Mattos

18h30 - Programa 10: Mostra Competitiva de Curta-metragem dos Sertões e Nacional

Meu Livro Proibido (Ficção, 20 minutos, 2018, BA), de Thom Galiano e Robério Brasileiro
Òpára de Òsun: quando tudo nasce (Animação, 04 minutos, 2018, BA), de Pâmela Peregrino
Quando decidi ficar (Ficção, 25 minutos, 2018, PB), de Maycon Carvalho
Entremarés (Documentário, 20 minutos, 2018, PE), de Anna Andrade
No fim de tudo (Ficção, 15 minutos, 2017, RN), de Victor Ciriaco

Programa 11: Mostra Competitiva de Longa-metragem Nacional
Classificação: 12 anos

Organismo (Ficção, 96 minutos, 2017, PE), de Jeorge Pereira

SÁBADO (11)

16h – Exibição “Especial Aurora 1964” (Documentário, 110 minutos, 2017, PE), de Diego DiNiglio 

19h30h – Cerimônia de Encerramento

 Exibição do Programa Piloto #TVPENOAR

Homenagem a atriz Ilva Niño

Homenagem ao ator João Miguel

Sessão 6 - ENCONTROS DE CINEMA

Debates com os realizadores do Festival
Todos os dias, sempre às 10h
Local: Pousada Alpes (Triunfo)
Mediação: Tiago Montenegro

Debates, Encontros e Roda de Diálogos

SEXTA-FEIRA (10)
15h - Seminário: A arte da Direção
Participantes: Anna Andrade (PE), Caroline Azevedo (RJ), Hilda Lopes Pontes (BA), Rodriane DL (PR), Pâmela Peregrino (RJ), Tuca Siqueira (PE), Uilma Queiroz (PE), Ayla Oliveira (PE)
Mediação: Cynthia Falcão (TVPE)
Local: Pousada Alpes (Rua Galdino Diniz, 250, Triunfo)

SÁBADO  (11)

15h – Painel: Representatividade LGBTQI no Cinema.
(Exibição do programa piloto da série MULHER ORIGINAL)
Participantes: Carlota (PE), Maria Moraes (AM), Allan Ribeiro (RJ), Victor Ciriaco (RN)
Mediação: Tiago Montenegro
Local: Pousada Alpes (Rua Galdino Diniz, 250, Triunfo)

14h - Expedição / visita guiada com o #CineRuaPE Itinerante ao Theatro Cinema Guarany
Com: Kate Saraiva (Cine Rua PE), Diana Rodrigues (Historiadora) e Janaina Guedes (SECULT)

SESSÃO 7 - Exibições Itinerantes

Afogados da Ingazeira

TERÇA-FEIRA (7)
9h - Exibição Especial “Além da Lenda” (1ª temporada)
Classificação: Livre
Local: Cine São José
Entrada Gratuita

19h - Exibição “Especial Aurora 1964” (Documentário, 110 minutos, 2017, PE), de Diego DiNiglio 
Seguida de debate com o Diretor do filme
Classificação: 12 anos
Local: Cine São José
Entrada Gratuita

Serra Talhada

QUARTA-FEIRA (8)
9h - Exibição Especial “Além da Lenda” (1ª temporada)
Classificação: Livre
Local: CEU das Artes (Bairro Caxixola)

17h - Exibição Especial “Aurora 1964” (Documentário, 110 minutos, 2017, PE), de Diego DiNiglio 
Seguida de debate com o Diretor do filme
Local: Auditório da UFRPE/UAST

QUINTA-FEIRA (9)

9h - Exibição Especial Sessão Criancine
Local: CEU das Artes (Bairro Caxixola)

 Serviço

11º Festival de Cinema de Triunfo

Segunda (6) a Sábado (11)

Gratuito

 

A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) finalmente divulgou o local da realização da apresentação gratuita e inserida na grade de atrações do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), da peça de teatro “O Evangelho Segundo Jesus Cristo Rainha do Céu”, na tarde desta sexta-feira (27). O espetáculo será realizado às 21h na Rua Celso Galvão, nº 01, no bairro de Heliópolis. 

Desde o anúncio da realização do espetáculo teatral, diversas polêmicas cercaram o festival devido a protestos de pessoas que acusavam o monólogo de ser desrespeitoso ao cristianismo.

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Entre os opositores declarados do espetáculo, estão: o atual prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB), que proibiu a abertura do Centro Cultural de Garanhuns à peça, e o Bispo Diocesano Dom Paulo Jackson, que emitiu uma nota oficial declarando que a Igreja Catedral fosse utilizada pelo FIG. 

As apresentações independentes organizadas através de financiamento coletivo e com venda de ingressos já esgotada e o local só será divulgado para o público pagante no momento da retirada dos bilhetes. 

Os interessados em assistir à montagem gratuita promovida pela Fundarpe após uma decisão judicial do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) em uma ação iniciada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) deverão retirar o ingresso gratuitamente a partir das 20h desta sexta-feira (27), portanto uma hora antes da apresentação, no local da montagem da peça. Cada pessoa só poderá retirar um ingresso e a indicação indicativa do espetáculo é de 18 anos.

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Após comunicado oficial, emitido pela Secretaria de Cultura e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), a peça 'O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu' volta a integrar a programação do 28º Festival de Inverno de Garanhuns (FIG).

No texto, os órgãos afirmaram que informações, como dia, local e horário, seriam divulgadas na manhã desta sexta-feira (27), após diálogo com a produção do monólogo. Em entrevista ao LeiaJá, a diretora do espetáculo, Natalia Mallo, confirmou o contato da Secult e Fundarpe. "Houve diálogo com as instituições. No momento, estamos em negociação sobre o horário e local para apresentação", disse.

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Além disso, Mallo contou que o monólogo terá duas sessões, uma promovida pelo financiamento coletivo, realizado por artistas e produtores independentes, e outra na grade oficial do festival, ambas serão nesta sexta-feira (27).

Após determinação do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), acatando o pedido do Ministério Público (MPE), a Secult e Fundarpe decidiram reinserir a peça 'O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu', que conta com uma atriz trans no papel de Cristo, na programação do FIG.

A montagem foi censurada e retirada da grade do evento devido ao posicionamento contrário do prefeito de Garanhuns, Izaías Regis (PTB), que alegou não concordar que a triz trans, Renata Carvalho, desse vida a Jesus Cristo na peça.

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O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) atendeu ao pedido do Ministério Público de Pernambuco, determinando que a peça de teatro “Jesus Rainha do Céu” seja incluída novamente na programação oficial do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). 

Após as polêmicas que levaram ao cancelamento, uma campanha de financiamento coletivo conseguiu arrecadar recursos o suficiente para encenar a peça no mesmo período do festival, de modo independente, em local ainda não revelado pela organização, que teme represálias após ter sofrido ameaças. 

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Apesar disso, o MPPE solicitou à justiça que determinasse a inclusão da apresentação na programação do festival por entender que o fato de o governo ter, através de curadoria, escolhido colocar a peça na programação e retirado depois devido a pressões motivadas por intolerância configuram uma ação discriminatória por parte do Estado. 

Direito de escolha do Estado

O primeiro pedido feito através do promotor Domingos Sávio Pereira Agra foi negado pelo juiz Enéas Oliveira da Rocha, que entendeu não haver ação discriminatória por parte do Estado de Pernambuco, representado no caso pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) pois, segundo sua decisão, “se a discricionariedade para contratar ou não artistas para apresentação é do Poder Público, não há que se falar em censura porque os artistas não têm direito subjetivo à apresentação [têm expectativa de direito], que fica condicionada à celebração de contrato administrativo com o Estado – sempre discricionariamente”. 

Em outro trecho da decisão judicial, o magistrado alega que “o cancelamento da peça teatral em questão com fulcro em critérios que traduzem o princípio do respeito ao sentimento religioso da comunidade, a meu ver, não afronta o princípio da dignidade humana''. 

Recurso

Diante do fato, o Ministério Público recorreu ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), alegando que houve extrapolação do limite da discricionariedade do Estado, de acordo com o que foi escrito no recurso pelo promotor de Justiça Domingos Sávio. 

“Verifica-se que não há justiça na exclusão de uma apresentação que, até prova em contrário, foi prévia e regularmente selecionada pela curadoria responsável por aprovar a programação do FIG 2018”, afirmou ele, que complementa sua argumentação alegando também que “se o próprio Estado de Pernambuco reconhece a intolerância das manifestações contrárias que visaram a impedir a apresentação, não existe, no caso, espaço para a discricionariedade administrativa", requerendo a concessão da tutela provisória de urgência satisfativa para que seja determinado ao Estado de Pernambuco que volte a incluir, em 24 horas, a peça na grade de programação do FIG 2018. 

Determinação de inclusão

Na noite da última terça-feira (24), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), através do desembargador Sílvio Neves Baptista Filho, que integra a 2ª Turma da 1ª Câmara Regional de Caruaru, reformou a decisão do juízo de primeira instância, além de instituir uma multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento da decisão. 

Assim, fica garantida toda a segurança necessária à realização do evento, bem como que o Município de Garanhuns se abstenha de embaraçar o cumprimento da tutela. Na decisão, que foi dada em caráter de liminar, o desembargador leva em consideração o princípio de liberdade de expressão, apresenta jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), trazendo o artigo 220 da Constituição e manifestações de outros tribunais brasileiros a respeito da apresentação da peça.

"A exclusão da apresentação prévia e regularmente selecionada pela curadoria responsável por aprovar a programação do festival demonstra um comportamento contraditório da administração pública, vedado pelo ordenamento jurídico, máxime porque se anteriormente a peça já havia sido incluída na programação do FIG 2018 por atender os critérios estabelecidos no edital, não poderia o Poder Público, de forma contraditória, sem justa motivação, excluí-la das festividades”, afirmou ele. Confira a íntegra da decisão. 

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O Coletivo Pernambuco, formado por artista e bandas do Estado, denunciam atrasos no pagamento dos cachês referentes ao Carnaval. O grupo alega, por meio de nota, desrespeito e falta de compromisso por parte do Governo do Estado e ausência de justificativas da Fundação de Cultura de Pernambuco (Fundarpe) e Empetur, que são responsáveis pelos festejos de Momo nos municípios pernambucanos.

"Apesar de exigirem dos artistas o profissionalismo necessário para lidar com a burocracia imposta pelo Estado, o governo parece acreditar que os artistas trabalham apenas por amor à arte. Vale destacar que para cada show realizado durante o carnaval, os artistas pernambucanos precisam investir recursos em ensaios, figurino, equipe técnica, transporte, etc. Ao se apresentarem no carnaval e passarem meses sem receber seus cachês, os artistas perdem seu poder de investimento, de promover a renovação e expansão da nossa arte, paralisando suas carreiras e prejudicando, inclusive, a divulgação da música pernambucana para além das fronteiras de nosso estado. Isso prejudica, mais uma vez, a carreira dos cantores da nossa região", diz trecho do comunicado enviado à imprensa.

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O documento foi assinado pelos grupos Banda de Pau e Corda, Coral Edgard Moraes, Som da Terra, Quinteto Violado, Maestro Forró & OPBH e por artistas como Nena Queiroga, homenageada do Carnaval do Recife, Spok, André Rio, Nonô Germano e Almir Rouche.

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Ao contrário do que foi divulgado pela Fundarpe na coletiva de imprensa do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) de 2018, realizada nesta quinta-feira (28), a assessoria de imprensa de Maria Rita publicou nota esclarecendo que a cantora não irá ao evento. “Não houve acerto contratual das duas partes”, diz o comunicado.

Com o tema “um viva à liberdade”, o Festival terá início no dia 19 de julho e irá até 28 do mesmo mês. A abertura acontecerá no Palco Dominguinhos, com shows de Cordel do Fogo Encantado, Orquestra Santa Massa, Siba e a Fuloresta e Anderson do Pife com a banda de pífano Zé do Estado. Entre outras atrações estão artistas como Flávio Venturini, Odair José e Bárbara Eugênia. 

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A 28ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns, no Agreste pernambucano, já tem data para acontecer. O anúncio foi dado nesta segunda-feira (23) pela Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult) e Fundação de Cultura do Estado (Fundarpe).  O evento, que reúne shows, oficinas exposições, será entre os dias 19 e 28 de julho.

A programação está em processo de elaboração, após o encerramento do prazo de inscrições na última terça-feira (17). Novamente a Praça Guadalajara, área central da cidade, será palco principal da festa. O Festival de Inverno de Garanhuns é realizado em parceria com a Prefeitura de Garanhuns,  SESC-PE, SEBRAE, Conservatório Pernambucano de Música e a Cepe Editora. 

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Após dois meses de portas fechadas, o Cinema São Luiz, equipamento cultural localizado no centro do Recife, deve retomar suas atividades dentro de poucos dias. Nesta terça (27), a Secretaria de Cultura de Pernambuco informou, através de sua assessoria, a compra dos equipamentos necessários para reparos no maquinário do cinema. 

A nota informou que a Fundarpe já realizou a aquisição das placas do projetor e que nos próximos dias será feita sua instalação acompanhada por profissionais especializados. Também foi explicado o motivo da suspensão das atividades do cinema, que se deu pela queima da placa IPC, que impossibilita o projetor de funcionar normalmente. 

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Os reparos nos equipamentos acontecem às vésperas da realização de um grande evento, a Semana Arte Mulher, que abre sua programação na próxima segunda (5). Problema parecido ocorreu em novembro do último ano e quase inviabilizou o festival Janela Internacional de Cinema do Recife. À época, o projetor do São Luiz voltou a funcionar em virtude da ação da equipe do Janela para que o festival pudesse acontecer. 

Confira a nota da Secult na íntegra:

NOTA SOBRE PROJETOR DIGITAL DO SÃO LUIZ

A Fundarpe já adquiriu as placas do projetor digital do São Luiz. Nos próximos dias será feita a instalação das peças, que será acompanhada por profissional especializado. A suspensão temporária das exibições deveu-se à queima da placa IPC, que impossibilita o projetor de funcionar regularmente. Tão logo foi detectado o problema, a Fundarpe iniciou processo da compra das placas TI ICP MOD e IMB 4k do projetor digital.

Foram realizados dois certames licitatórios, através do processo administrativo nº 2211/017, e do processo administrativo nº 2663/017, que não obtiveram êxito legal. De modo que a Fundarpe, por meio da Comissão Permanente de Licitação, pôde efetuar a compra por Dispensa de Licitação, com base no art. 24, inciso V, da Lei Federal nº 8.666/1993. Segundo a lei, é dispensável a licitação: “quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas”.

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Desde o dia 13 de dezembro, o Cinema São Luiz, na bairro da Boa Vista, Centro do Recife, está de portas fechadas. Sem avisos nas redes sociais ou na fachada do prédio, o equipamento cultural segue há dois meses sem previsão de reabertura.

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De acordo com um funcionário, que não deseja ser identificado, problemas no projetor motivaram a pausa. Ainda segundo ele, o gestor do espaço, Gustavo Coimbra, está mantendo diálogo com a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) para que haja a liberação de verba e, assim, comprar a peça que falta. A quantia necessária para resolver o problema não foi revelada.

"Os únicos trabalhadores que aparecem por aqui são os da limpeza, segurança e o gestor do cinema. A gente acha que ele vai passar mais tempo fechado e é, muito provável, que só reabra para o Cine PE, em maio", disse o funcionário. O LeiaJá entrou em contato, por e-mail e por telefone, com a assessoria da Secretaria de Cultura de Pernambuco, para questionar sobre a situação do cinema, mas não tivemos resposta.

Desde 2017, o equipamento cultural vem enfrentando problemas com o projetor. Dias antes da realização do Janela Internacional de Cinema, organizado pelo diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho, enfrentou problemas com o projetor que só foram sanados com a chegada de uma peça.

 

"A pergunta do dia: Quando a Fundarpe vai pagar os cachês atrasados dos artistas locais?", questionou Lia de Itamaracá em uma postagem feita no seu Facebook. A cantora utilizou as redes sociais para demonstrar sua insatisfação com a falta de pagamento que, no seu caso, já estaria se arrastando há 8 meses. De acordo com Beto Hees, seu produtor e representante, o Governo do Estado deve a Lia o valor referente a seis contratações feitas no último ano.

“O mais antigo é referente a 7 de junho, quando Lia foi chamada para algumas atividades de lazer nas escolas. Tem também o cachê na Fenearte, uma ciranda em Itamaracá feita em outubro e apresentações em outras quatro escolas”, explicou. Segundo o produtor, a última promessa feita pela Fundarpe foi de que o dinheiro cairia na conta no dia 31 de dezembro, ou, no máximo, até o dia 2 de junho. Em nenhum dos dias, no entanto, foi realizado algum pagamento. “Esse governo não respeita o artista popular”, desabafou.

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“Está tudo parado. A gente está sem saber o que fazer e os músicos me cobrando direto. Alguns até me acusaram de ter gasto o dinheiro todo, sendo que está lá na Fundarpe a prova de que a gente ainda não recebeu pagamento nenhum vindo deles”, contou Lia de Itamaracá em entrevista ao LeiaJá.

Beto Hees afirmou ainda para a reportagem que o atraso é comum há muitos anos: “Isso é uma constante. Não é só agora porque o país está em crise que eles estão com dificuldade de pagar os artistas locais. Sempre foi essa irresponsabilidade e falta de respeito com o artista local. Sempre tem que fazer uma ‘baixaria’ para receber da Fundarpe”.

O produtor esclareceu que seus problemas têm sido com o Governo do Estado, especificamente, e não com a Prefeitura do Recife, que, segundo ele, já teria pagado o cachê do contrato mais recente feito com Lia de Itamaracá. Beto também garantiu que não prestarão mais nenhum serviço para a Fundarpe este ano. Assim, para contratar a ciranda de Lia será necessário entrar em contato diretamente com a sua produção.

Procurada pelo LeiaJá, a Fundarpe não respondeu aos questionamentos sobre os cachês dos artistas locais até a publicação dessa matéria.

Nesta sexta (29), a presidente da Fundarpe, Márcia Souto, falou ao LeiaJa sobre a atual situação o Museu de Arte Contemporânea de Olinda e o Cine Olinda. Fechados há bastante tempo, os equipamentos culturais - sob responsabilidade da instituição - ainda aguardam reformas, sem previsão concreta de reabertura de suas portas.

Segundo Márcia, em janeiro de 2018 deverá ser publicado um edital para licitar a empresa que realizará a reforma do Cine Olinda. “O projeto estava pensado para equipamentos não digitais então, precisamos adequar tudo isso”, disse a presidente. O especialista em equipamentos audiovisuais, Oswaldo Emerino, foi chamado para redesenhar o antigo projeto para o cinema olindense, fechado há mais de meio século. Os recursos estaduais reservados para esta reforma são de R$ 2 milhões.

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Já o Museu de Arte Contemporânea de Olinda, o MAC, já teve alguns reparos feitos como revisão telhado, banheiros, concerto de escadaria e aquisição de armários para guarda do acervo. Porém, o prédio principal do equipamento permanece fechado por conta de problemas estruturais maiores. “Nós fizemos quatro licitações para essa reforma da parte estrutural. As licitações não prosperaram nem deram deserta. Por não ter dado deserta, não podemos fazer contratação direta. Então estamos chamando, agora, o terceiro colocado desta quarta licitação para ver se conseguimos realizar o projeto.”, explicou Márcia.

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Nesta sexta (29), o Governo de Pernambuco lançou os editais Audiovisual, Geral e Música do Funcultura para o próximo ano. O secretário de Cultura, Marcelino Granja, e a presidente da Fundarpe, Márcia Souto, falaram, em coletiva de imprensa, sobre as novidades para os próximos editais que passam a ser regidos pela lei 16.113/17. Os novos editais estarão, em breve, disponíveis na internet. 

A principal diferença para o próximo ano será a de um acréscimo de recursos. Segundo a nova legislação, o recurso mínimo destinado para o Funcultura passa a ser de R$ 36 milhões, o que garante um aumento de mais de meio milhão, diretamente voltados para o fundo. Sendo assim, o edital do audiovisual será acrescido em R$ 290 mil, o geral em R$ 140 mil, e o de música em R$ 130 mil.  “É a consolidação de um crescimento no Funcultura. A gente termina 2017 bem, com editais mais fortes, mais democráticos e mais inclusivos.”, assegurou o secretário. Além disso, os proponentes passam a serem isentos das taxas administrativa e de fiscalização.

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Outras novidades correspondem à entrada do segmento de games no Funcultura audiovisual, com um aporte exclusivo de R$ 150 mil.  Este edital continuará priorizando o regime de cotas, num esforço para sua democratização, com o reforço na parceria com a Agência Nacional do Cinema (Ancine). Já o edital geral estará mais voltado para os festivais, e formação na área de patrimônio e design de moda, este último com um aporte de R$ 140 mil.

Informatização

Uma promessa antiga, desde o início dos trabalhos da atual gestão da Secretária de Cultura, é a informatização do Funcultura. A presidente da Fundarpe, Márcia Souto, e o secretário, Marcelino Granja, garantiram que o processo está em curso e que a primeira etapa a ser colocada em prática será a de cadastro de produtores culturais, no primeiro semestre de 2018.

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Interessados em participar das pré-conferências da 4ª Conferência Estadual de Cultura têm até o dia 7 de novembro para se inscrever. Ao todo, serão doze pré-conferências que abrangem todos os segmentos da cultura como Artes Visuais, Artesanato, Audiovisual, Cultura Popular, Circo, Dança, Design e Moda, Fotografia, Gastronomia Literatura, Música, Teatro e Ópera e Patrimônio Cultural. Todos os encontros serão entre os dias 18 de novembro e 16 de dezembro.

A quarta conferência reunirá fazedores de cultura, poder público e sociedade civil, que discutirão e aprovarão a proposta do Plano Estadual de Cultura do estado. Além disso, a Secretaria de Cultura de Pernambuco e a Fundarpe promovem uma plenária final, que será entre os dias 23 e 25 de março de 2018, cujo objetivo é traçar um plano para estruturação e consolidação do Sistema de Cultura do Estado.

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Foi divulgado na última terça-feira (17) o resultado do 5º Prêmio Pernambuco de Literatura. Cinco escritores do Estado foram premiados durante cerimônia no Palácio do Campo das Princesas. Na ocasião, estavam presentes o governador Paulo Câmara, o secretário de cultura Marcelino Granja, a presidente da Fundarpe Márcia Souto e Ricardo Leitão, presidente da Cepe Editora.

Durante a cerimônia, Paulo Câmara assinou decreto de ampliação do prêmio, que passará se chamar Prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura. “É uma iniciativa mais do que justa com a memória do mestre Hermilo, um intelectual pernambucano de referência universal. Uma maneira também de fazer com que as novas gerações conheçam o seu trabalho e sua contribuição para a cultura de Pernambuco e do Brasil”, afirmou.

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Os autores Ezter Liu, Walter Cavalcanti Costa, Fred Caju, Enoo Miranda e Amâncio Siqueira foram os consagrados da noite. Todos terão as obras inéditas editadas e receberão o prêmio em dinheiro.

Localizada no bairro do Espinheiro, a casa onde morou o compositor Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba, abriga um grande acervo do artista. Na última semana, um vídeo circulou nas redes sociais e mostrou que o espaço estaria à venda. Após um grande apelo da sociedade civil, a Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE) acatou o pedido para tombamento da residência.

A Fundação de Cultura do Estado fará um levantamento histórico e cultural do espaço. A presidente do órgão, Márcia Souto, ressalta a importância e valor imaterial do imóvel. “O imóvel servirá para salvaguardar a memória artística pernambucana, através da arte deste ícone da nossa cultura, Capiba”, afirma.

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O levantamento feito pela fundação será encaminhado para o Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural, que emitirá o parecer definitivo sobre o tombamento. Atualmente, a residência está em processo de desapropriação pelo Governo de Pernambuco

Uma cerimônia, nesta quinta-feira (17), reuniu os seis novos Patrimônios Vivos pernambucanos: Maria dos Prazeres (parteira tradicional), Mestre Chocho (música), André Madureira (dança), José Pimentel (artes cênicas), Reisado Inhanhum (reisado) e a Sociedade dos Bacamarteiros do Cabo (cultura popular). A celebração aconteceu no Teatro de Santa Isabel.

Todos os agraciados foram eleitos pelo Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CPPC), no último dia 13 de julho. A Sociedade dos Bacamarteiros do Cabo, o Reisado Inhanhum e o Mestre Chocho ainda se apresentaram no palco, antes de depois, da diplomação.

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Na ocasião, a Fundarpe entregou ainda o 2º Prêmio Ayrton de Almeida Carvalho de Preservação do Patrimônio Cultural aos seguintes projetos: "Método Oca - Oficina de Cinema de Animação"; "Projeto Cultural Mapeamento de Bandas de Música de Pernambuco"; e "Oratorianos Conservação e Restauração da Coleção de Obras Raras São Felipe Neri da Faculdade de Direito do Recife". Cada um dos vencedores receberá um incentivo no valor de R$ 20 mil.

O Dia Estadual do Maracatu será comemorado neste sábado (5), às 18h, em Olinda. A concentração do encontro de Maracatus acontece no Largo do Amparo, localizado no bairro do Varadouro. A festividade é realizada pela Associação dos Maracatus de Olinda (AMO), Prefeitura do município e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).

A comemoração contará com presença dos maracatus Nação Camaleão, Leão Coroado, Nação da Luanda, Tigre, Badia, Nação Pernambuco, Nação Maracambuco, Estrela de Olinda e Baque Nômade. O cortejo terá início no Largo do Amparo e seguirá até os Quatro Cantos, onde os mestres das diversas Nações apresentarão seus cantos tradicionais.

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O Dia Estadual do Maracatu foi instituído pela Assembleia Legislativa de Pernambuco, através da Lei 560/1997, e objetiva fortalecer e celebrar a resistência do Maracatu Nação. O dia 1º de agosto foi escolhido para homenagear o nascimento do mestre Luiz de França, do Maracatu Leão Coroado.

Serviço

Dia Estadual do Maracatu

Largo do Amparo (Varadouro, Olinda)

Sábado (5) | 18 h

Gratuito

O Festival de Inverno de Garanhuns ainda tem todo esse sábado (29) pela frente, com atrações em vários polos, mas a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) já promoveu uma coletiva de imprensa para apresentar um balanço do evento. No encontro, Márcia Souto, presidente da Fundarpe, exaltou o FIG, que, na sua ótica, evoluiu. "Esse ano trouxe um saldo muito positivo esse ano, o festival amadureceu, hoje ele mostra um perfil mais definido e que cumpre o papel de mostrar o novo, através da arte. Ele também se renovou, com atrações diversas, como o circo. O teatro também cresceu, houve um desejo maior do público de participar e de ver", disse.

Somente na praça Mestre Dominguinhos, circularam 250 mil pessoas, segundo dados da organização. Márcia, porém, destacou a importância dos outros polos, atividades e equipamentos. "O festival não pode ser apenas entretenimento. Nós fazemos política cultural. Esse é o papel do estado. É mais fácil tocar a pessoa através da arte. Precisamos formar esse público. Com o esvaziamento do Ministério da Cultura como se vê hoje, manter um festival forte é uma vitória enorme", afirmou.

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Esse ano, o orçamento do evento girou em torno de R$ 6,5 milhões. Mesmo com a crise, o FIG manteve sua programação normal. "No serviço público, o mais fácil é não fazer, é só dar uma desculpa que não tem dinheiro e pronto. Mas pode-se fazer de outras formas, com alternativas criativas", ressaltou, Márcia, que já começa a planejar a edição de 2018. "Anoto tudo que fico vendo para fazer essa memória. O interessante de estar na execução é que a primeira coisa que você vê são os defeitos, então fico memorizando. Temos relatórios diários para aprimorar, mas não é fácil. A construção do festival é possível por parcerias importantes, como Sesc, Senac, Prefeitura e Cepe", lembrou.

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