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O comitê da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a infância pediu que a Rússia revogue a lei que proíbe "propaganda" gay à qual menores possam ter acesso.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira (5), o painel observa que o objetivo inicial da lei é proteger as crianças, mas que ela "encoraja a estigmatização e a discriminação contra" gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros, o que inclui crianças.

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O Comitê para os Direitos da Criança disse que teme que "vagas definições do que é propaganda levem a ataques e perseguições" à comunidade gay russa, o que pode incluir abusos e violência contra essas pessoas.

A lei, aprovada pelo presidente Vladimir Putin em julho do ano passado, é vista por ativistas como uma proibição de praticamente qualquer expressão dos direitos dos gays e está no centro das atenções, na medida em que a Rússia sedia os Jogos Olímpicos de Inverno, que começam nesta semana no balneário de Sochi. Fonte: Associated Press.

Na tarde desta terça-feira (28), ativistas da Articulação Brasileira de Gays (ARTGAY) em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, protocolaram uma representação com denúncias de violação de direitos humanos e assassinatos de homo-afetivos por preconceito no Estado. 

De acordo com o coordenador do ARTGAY em Caruaru, Cleyton Feitosa, em Pernambuco, cerca de 10% da população é formada por gays, deste percentual, 99% já sofreram algum tipo de violência. “Protocolamos o pedido de uma audiência, ainda não temos data, mas o movimento foi feito em todos os estados onde há o ARTGAY. Nós queremos fazer uma provocação para que o Ministério Público interceda pelos direitos do público de ativistas gays”, informou Feitosa.

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Em mais de 20 Estados brasileiros, os ativistas solicitaram ao Ministério Público a convocação do governador e do secretário de Defesa Social para assinarem um termo de ajustamento de condutas (TAC) com garantias para a segurança dos homossexuais.

Entre as solicitações estão a criação de unidades policiais para lidar com ocorrências relacionadas a crimes de ódio e delitos de intolerância, garantia de um campo para registro de orientação sexual e identidade de gênero nos registros de ocorrência criminal, em casos de detenção ou restrição de liberdade, os gays fiquem em celas separadas, para prevenir violência.

Centenas de gays e lésbicas indianos tomarão as ruas de Nova Délhi no domingo exigindo igualdade de direitos e uma reversão da recente proibição de relações sexuais entre gays, no dia em que o país comemora seu Dia da República.

Integrantes de vários grupos de direitos humanos e ativistas da sociedade civil também vão aderir à marcha de protesto, que vai começar no coração do distrito comercial da cidade após o fim das celebrações pelo Dia da República.

"Queremos perguntar ao governo se estamos incluídos na atual ideia da Índia de uma república", declarou Mohnish Malhotra, um dos organizadores da parada, à AFP.

"O governo falhou em seu dever constitucional de proteger e promover os direitos dos homossexuais", acrescentou.

As relações sexuais entre gays foram legalizadas em 2009, quando o Supremo Tribunal de Délhi decidiu que vários artigos da Constituição que as criminalizavam infringiam os direitos fundamentais.

No entanto, no mês passado o Tribunal de Apelações indiano decidiu que o Supremo Tribunal havia ultrapassado as suas competências e que uma lei aprovada em 1860 durante o domínio colonial britânico ainda estava válida.

A situação dos direitos humanos continua sendo "muito problemática" na Rússia a alguns dias do início dos Jogos Olímpicos de Sochi, em 7 de fevereiro, declarou nesta terça-feira a ONG Human Rights Watch (HRW), que denunciou, em particular, a "violência homofóbica".

"Os casos Khodorkovsky e Pussy Riot já não ofuscam os Jogos Olímpicos de Sochi, mas a situação em matéria de direitos humanos continua sendo muito problemática", ressaltou Tatiana Lokshina, da rádio moscovita da Human Rights Watch no relatório anual da organização.

À adoção de uma lei que penaliza a "propaganda homossexual" diante de menores se seguiram "uma retórica homofóbica na imprensa favorável ao poder e uma escalada da violência homofóbica", acrescentou.

A perspectiva de que casais homossexuais portugueses possam vir a adotar crianças no futuro próximo foi posta em dúvida depois de o Parlamento do país ter aprovado, nesta sexta-feira (17), a realização de um referendo sobre o tema. O Parlamento de Portugal aprovou no ano passado uma lei que permite que homossexuais casados adotem filhos de seus parceiros. Porém, a proposta de conceder a esses casais os mesmos direitos de adoção que os heterossexuais foi rejeitada.

A maior legenda no Parlamento, o Partido Social Democrata, de centro-direita, usou de sua maioria nesta sexta-feira para forçar um referendo sobre a adoção por casais do mesmo sexo. Eles venceram por 11 votos de diferença, com a abstenção dos parlamentares do mais novo membro da coalizão, o Partido Popular.

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A oposição acusou os social-democratas de tentarem desviar a atenção dos problemas econômicos do país. A palavra final sobre a possibilidade de convocar um referendo cabe ao Tribunal Constitucional e ao presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva. O Judiciário e o Executivo devem se pronunciar a respeito nos próximos dois meses. Fonte: Associated Press.

O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, recusou-se a promulgar uma lei aprovada pelo Parlamento do país para criminalizar os homossexuais e pediu aos deputados que revisem o projeto, informou hoje a imprensa local, mas os termos usados por ele para se referir aos gays causou revolta entre ativistas.

Em carta enviada ao presidente do Parlamento ugandense para justificar sua decisão, Museveni alegou que "pessoas anormais" não precisam ser encarceradas ou mortas. Segundo ele, os homossexuais do país precisam de "reabilitação econômica".

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No texto, Museveni atribui o homossexualismo em parte à "procriação desordenada" das sociedades ocidentais. Em outros casos, prossegue ele, homens tornam-se gays por "motivo de dinheiro" e mulheres "viram lésbicas por falta de sexo com homens".

Os detalhes da carta, publicados pelo jornal local Daily Monitor e confirmados por uma porta-voz da presidência, provocaram revolta entre os defensores dos direitos dos homossexuais.

A caracterização dos homossexuais pelo presidente "gera ainda mais ódio" em um país onde a discriminação aos gays já é exacerbada, declarou o ativista Frank Mugisha. Para ele, "não há motivo para comemorar" o fato de Museveni não ter promulgado a lei, aprovada pelo Parlamento no fim do ano passado. Fonte: Associated Press.

 

Diante das discussões sobre homofobia que tomaram conta das mídias sociais nos últimos dias, o LeiaJá promoveu, na manhã desta quinta-feira (16), um debate sobre o tema “O que é e o que não é homofobia?”.

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Personagem central das denúncias, o professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Ademir Ferraz, participou do encontro, e, pela primeira vez na imprensa, discutiu o assunto com o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da instituição de ensino pernambucana, um dos principais grupos que emitiu acusações contra o docente. A coordenadora geral do DCE, Rosane Suellen de Oliveira, representou os estudantes.

Também participou do debate a integrante da Comissão da Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Maria Júlia Leonel. O apresentador Thiago Graf conduziu as discussões. Confira abaixo o debate na íntegra:

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Já está no ar o debate que o LeiaJá transmite ao vivo entre o professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Ademir Ferraz, a representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Roseane Sullen, e a integrante da Comissão de Combate à Homofobia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Maria Júlia. CONFIRA.

Os participantes discutem o tema “O que é e o que não é homofobia”. Recentemente, o professor foi acusado de fazer postagens homofóbicas no Facebook.

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O professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Ademir Ferraz, de 62 anos, postou, recentemente, diversas opiniões em sua página no Facebook que estão gerando polêmica entre alunos e o público em geral. As postagens, como muitos internautas afirmam, têm características homofóbicas.

Em uma das opiniões, postada na última quinta-feira (9), Ferraz se pronunciou da seguinte forma: “Meu filho, minha filha, homo, gay, do armário ou sei lá que tu es; Eu já estou começando a odiar estes fresquinhos tipo galinha choca... Não dá mais para suporta tanta frescura. Você é homo, tudo bem, mas precisa ficar jogando pena pra todo lado? Atrapalhando palestras dos outros, chamando a atenção no transito? Pega teu namorado, vai para a PQP e deixa os Heteros viverem. Daqui a pouco o pessoal do armário, que vive defendendo todo tipo de coca-fanta vai querer que nós, heteros, não saímos de casa. Estamos sendo minoria. Tenho ódio de homo galinha”. Em resposta a esse post, muitos internautas se posicionaram.

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“Gente, essa postagem dele não é nada diante de outras que ele escreve no mural. Professor, jamais. Ele precisa é ser internado”, escreveu uma usuária. Outra internauta descreve a postagem do educador como preconceituosa. “Nossa que postagem preconceituosa. Entendo que cada um tem o direito de se expressar, porém agredir outra pessoa verbalmente em público é uma falta de educação ainda mais advinda de um professor, cujo o lema é educar”, opinou.

O professor, em resposta às críticas, declarou que alguns alunos não entenderam as mensagens. “Percebi na grande maioria dos alunos que criticaram meu post que eles não sabem ler. Ou seja: Temos uma gama muita alta de alunos na UFRPE que olham as letras. Aqueles que perceberam não haver nada demais no post, serão ótimos profissionais. Os demais terminarão seus cursos e já estão rezando para obterem bolsa incompetência, bolsa dominó, e tantas outras”, disse Ferraz, em uma postagem nesse domingo (12).

UFRPE e o professor

Nossa reportagem conversou com a assessoria de comunicação da UFRPE. A instituição declarou que, como o fato não envolve a instituição e não há um processo oficial em relação à universidade, a UFRPE não tem um posicionamento formal e não procurou o professor para conversar sobre a situação. De acordo com a assessoria, a reitora Maria José de Sena está ciente do fato e apenas falará caso algum processo judicial envolva a UFRPE.

Em conversa na manhã desta segunda-feira (13) com a nossa equipe, o professor Ademir Ferraz informou que a repercussão começou quando ele expos sua opinião no Facebook sobre alguns estudantes e após presenciar fatos envolvendo gays. Segundo o docente – que há mais 30 anos atua na UFRPE como professor de matemática e, atualmente, integra o Departamento de Pesca e Aquicultura -, sua crítica é contra o “jeito espalhafatoso” de alguns gays. “Estou cansado de gente que age como galinha. O que está acontecendo é que nós não podemos falar mais nada”, disse.

Ainda sobre as críticas dos alunos e do público em geral, o professor afirma que não teme processo judicial. “Não tenho medo de aluno. Tem professor que tem medo. Tenho oito advogados na minha família e sei que nas minhas postagens não há nada demais. O processo judicial pode ser revertido contra os próprios alunos, porque muitos me xingaram”, relatou Ferraz.

Sobre a postagem em que falou de ódio, o professor descaracterizou qualquer tipo de crime. “Ter ódio não é crime. Crime é o que você faz com o ódio”, falou.

A União dos Escoteiros dos Estados Unidos aceitará jovens homossexuais em suas fileiras, a partir desta quarta-feira (1º), uma mudança criticada por uma parte do movimento. Durante duas décadas, a associação proibiu expressamente o ingresso de jovens gays, ao contrário de outras organizações mais abertas, como a das bandeiras, que aceitam lésbicas.

Em maio passado, com 61% dos votos favoráveis na assembleia geral dos escoteiros americanos, decidiu-se pela suspensão dessa proibição, a partir de 1o de janeiro de 2014. A proibição se mantém para o caso dos adultos que são do quadro de funcionários.

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"Estimamos que toda criança merece ter a chance de fazer parte dos Escoteiros", explicou o diretor de Relações Públicas da organização, Deron Smith, em um e-mail à AFP. A União dos Escoteiros dos Estados Unidos (BSA, na sigla em inglês), uma associação fundada em 1910, reúne 2,6 milhões de jovens rapazes. Mais de 1,5 milhão de seus membros tem entre 7 e 11 anos.

Pelo menos 70% das organizações integrantes dos BSA são religiosas, e essa nova política desperta críticas internas. A Igreja mórmon explicou que aceitará a presença de homossexuais sempre e desde que respeitem "certos padrões" que incluem "a abstinência em matéria de relações sexuais".

Associações como a Tropa 835, de Auburn, no estado de Washington (noroeste), cujos membros adultos estimam que a homossexualidade é contrária aos preceitos bíblicos, decidiram se afastar dos BSA.

O Parlamento ugandês aprovou nesta sexta-feira um projeto de lei que reprime a homossexualidade de maneira draconiana, com penas que podem chegar à prisão perpétua para os reincidentes, informaram a imprensa e os ativistas.

"Estou oficialmente na ilegalidade", declarou após a votação o militante homossexual Frank Mugisha.

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O governo indiano estuda a possibilidade de legislar sobre os direitos dos homossexuais, com o objetivo de revogar a decisão do Supremo Tribunal, que, na véspera, aprovou manter a lei que considera a homossexualidade um crime.

O ministro indiano das Finanças, P. Chidambaram, indicou que a decisão da corte devolvia o país ao século XIX e destacou que é preciso estudar meios para revogar o veredicto o mais rápido possível. "O que fizemos foi voltar a 1860 e estou muito decepcionado", afirmou.

O ministro da Justiça, Kapil Sibal, também indicou que o Executivo está estudando opções para acabar com o artigo da lei referente ao tema.

O Supremo Tribunal da Índia confirmou na quarta-feira a vigência de uma lei do período colonial britânico que considera a homossexualidade um crime, um banho de água fria para os defensores dos direitos dos homossexuais.

Em uma sentença de 2009, o Alto Tribunal de Nova Délhi destacou que o artigo 377 do código penal de 1860, que considera um crime as relações homossexuais consentidas, em particular a sodomia, constitui uma "violação dos direitos fundamentais" da Constituição.

Mas o Supremo Tribunal adotou outra decisão ao considerar que o artigo está de acordo com a lei fundamental. "Legislar sobre esta questão é competência do Parlamento", afirmou o juiz G.S. Singhvi na decisão desta quarta-feira.

A decisão de 2009 foi criticada por grupos religiosos, em particular por líderes muçulmanos e cristãos, que apresentaram um recurso ao Supremo Tribunal. "O poder legislativo deve prever a supressão deste artigo da lei, de acordo com as recomendações do procurador-geral", completou Singhvi.

O código penal vigente qualifica de "contranatural" a homossexualidade, castigada com multas e até 10 anos de prisão. Apesar da lei quase nunca ser aplicada, as associações de defesa dos direitos dos homossexuais denunciam humilhações, intimidações e perseguição policial. "A decisão do Supremo Tribunal é totalmente inesperada. É um dia negro para a comunidade homossexual", lamentou Arvind Narayan, advogado da associação para os direitos dos homossexuais Alternative Law Forum.

A Anistia Internacional considerou em um comunicado que a decisão é "um duro golpe para os direitos de igualdade, dignidade e à vida privada de cada um". "Esta decisão faz a Índia retroceder vários anos em seu compromisso de proteger os direitos elementares", afirmou G. Ananthapadmanabhan, diretor geral da ONG no país.

A Índia fica próxima de um grupo de países islâmicos e africanos que consideram a homossexualidade um crime.

Começa nesta terça-feira (22) o Festival de Cinema da Diversidade Sexual, primeiro evento local dedicado à temática LGBTTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros). A abertura acontece nesta terça (22), às 19h30, no Cinema São Luiz, onde o festival acontece até o próximo sábado (26). A programação completa, com competição de curtas, oficinas, palestras, debates e exibição de longas-metragens, pode ser conferida no site do festival. A entrada é gratuita.

O diretor André Brasileiro e a atriz Hermila Guedes conduzem a cerimônia de abertura do festival, que homenageia este ano Rutílio de Oliveira (1959-2012), idealizador do Recifest, e o coletivo Angu de Teatro, que completa dez anos. Ao todo, 47 curtas e dois longas-metragens serão exibidos no Cinema São Luiz, que terá seu primeiro andar ocupado por um louge da boate Metrópole, e exposições de objetos da artista Xuruca Pacheco e da grife Rogay Por Nós, de Mauro Lira.

Durante a abertura terá uma mostra do longa-metragem Tudo o que Deus criou, produção paraibana cujo roteiro gira em torno de um jovem de 23 anos que precisa assumir uma família enquanto passa por um conflito de identidade. Fazem parte do elenco, nomes como: Letícia Spiller, Guta Stresser, Maria Gladys e Cláudio Jaborandi. O diretor André Costa Pinto estará presente para apresentar o filme.

A partir da próxima quarta (23) começam a ser exibidos os curtas internacionais, inéditos na América do Sul. Já a competição oficial está dividida em nacional e pernambucana e será exibida nos dias 24 e 25. Os filmes serão julgados por uma comissão formada pelos cineastas Kátia Mesel (PE), Alexander Mello (RJ), Beto Normal (PE), Quiá Rodrigues (RJ) e Uirá dos Reis (CE).

Serviço:

Recifest – Festival de Cinema da Diversidade Sexual

22 a 26 de outubro

Cinema São Luiz (Rua da Aurora 175 – Boa Vista)

Entrada gratuita

(81) 3031-0352

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A Comissão de Direitos Humanos e Minorias, comandada pelo pastor Marco Feliciano (PSC-SP), aprovou nesta quarta-feira (16), projeto de lei que permite a organizações religiosas expulsarem de seus templos pessoas que "violem seus valores, doutrinas, crenças e liturgias". A proposta ainda desobriga igrejas a celebrar casamentos em "desacordo com suas crenças". O objetivo é evitar que decisões judiciais obriguem a celebração de uniões entre homossexuais, além de permitir a retirada de manifestantes que fizerem protestos dentro de templos, como duas garotas que chegaram a ser presas no mês passado por se beijarem durante culto comandado por Feliciano.

Autor do projeto, o deputado Washington Reis (PMDB-RJ), deixou claro tal intenção na justificativa da proposta. "Deve-se a devida atenção ao fato da prática homossexual ser descrita em muitas doutrinas religiosas como uma conduta em desacordo com suas crenças. Em razão disso, pelos fundamentos anteriormente expostos, deve-se assistir a tais organizações religiosas o direito de liberdade de manifestação".

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Designado por Feliciano como relator, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi o responsável pelo parecer favorável. Ele argumentou que as organizações têm o direito de definir suas próprias regras de funcionamento e que a participação nelas deve ser limitada a quem concorda com suas doutrinas. "Do contrário pode-se entender como verdadeira imposição de valores que não são próprios das igrejas, sendo que, aqueles que não concordarem com seus preceitos, basta eximir-se voluntariamente da participação em seus cultos". O projeto seguirá agora para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A aprovação gera nova polêmica em relação ao comando do pastor na comissão. Feliciano assumiu sob acusação de homofobia e racismo por declarações feitas em redes sociais. Apesar dos protestos, permaneceu no cargo e conduziu a votação do projeto apelidada de "cura gay", que revogava resolução do Conselho Federal de Psicologia que proíbe os profissionais da área de colaborar com eventos e serviços que ofereçam tratamento e cura de homossexualidade, além de vedar manifestação que reforce preconceitos sociais em relação aos homossexuais. A proposta foi levada ao plenário e derrubada.

Entre os dias 22 e 26 de outubro será realizado o Recifest – Festival de Cinema da Diversidade Sexual, primeiro evento local dedicado a filmes de temática LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). O festival, que acontecerá no Cinema São Luiz, vai ter sua programação completa anunciada na próxima terça-feira (15).

Para esta primeira edição, a curadoria formada pelo diretor Ricky Mastro e pelo produtor Alexandre Taquary selecionou títulos nacionais e estrangeiros. Haverá também competição de mostras, e os melhores filmes vão receber troféus confeccionados pela estilista Xuruca Pacheco. A programação do festival vai contar também com premiações e oficinas e debates sobre o assunto.

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Duas obras de ficção estão confirmadas para a abertura e encerramento do festival, com a presença dos realizadores. O filme paraibano Tudo o que Deus criou, de André Costa Pinto, trata da história de um jovem que precisa assumir uma família enquanto passa por um conflito de identidade. A outra obra é dos cearenses Guto Parente e Uirá dos Reis, intitulada Doce Amianto, que conta a história de uma travesti que sente-se abandonada por seu amor.

Realizado pela Associação Cultural Bondosa Terra, o Recifest conta com o patrocínio da Fundarpe/Governo de Pernambuco, através do edital de fomento do Funcultura Audiovisual, e tem como homenageados o ator e produtor Rutílio de Oliveira (1959-2012), idealizador do Recifest, e o coletivo Angu de Teatro, que completa dez anos e fará o cerimonial do evento.

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É hora do intervalo numa escola localizada no Recife. A maioria dos alunos é formada por adolescentes e que estão no pico da puberdade. Rodas de conversa se formam, risadas são escutadas em alto e bom som, e à margem dos grupos, um garoto, de aproximadamente 14 anos, está meio cabisbaixo. O motivo? os amigos descobriram que ele ainda é virgem e várias “brincadeiras” foram feitas.

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Parece uma história de seriado adolescente, mas não é. O fato que aconteceu com um estudante, que preferiu não ser identificado. Trata-se de mais um caso de indiferença. De um lado, garotos e garotas que já iniciaram a vida sexual, com idades entre 14 e 15 anos. Do outro, um menino, que ainda é virgem e sofre discriminação. Por vergonha, ele se afastou dos outros alunos e até deixou de assistir as aulas, sendo prejudicado pedagogicamente.

E pior desfecho aconteceu com o amigo da estudante Sandy Freitas de 13 anos. “Meu amigo, como eu, estudava numa escola estadual de Paulista – cidade localizada no Grande Recife -. Ele era católico e só queria perder a virgindade quando casasse. Os amigos deles tiraram muita onda (sic). Ele se suicidou”, conta Sandy. Para a também estudante Geovana França, 15, brincadeiras de mau gosto são bastante frequentes e fazem sofrer muitos estudantes. “Na escola mesmo, eu sei de vários casos. Com as meninas é bem mais tranquilo, porque elas aceitam mais a opção das pessoas que querem continuar virgens. Já entre os meninos, as brincadeiras são bem mais pesadas”, relata Geovana.

Gabriela Ribeiro, de 14 anos, revelou que ainda é virgem e já sofreu por isso. “E não só na escola. No meu trabalho, tem meninas mais velhas que eu e elas sempre falam de sexo. Eu só fico por fora e envergonhada. Na minha escola já vi pessoas mentindo, dizendo que já transaram, só para não serem excluídas dos grupinhos”, conta.

Além da discriminação, o preconceito ainda é forte em relação aos homossexuais. Apesar de várias discussões em favor dos gays, principalmente nas redes sociais, a situação não é das melhores nos corredores escolares. Uma estudante de uma escola privada da capital pernambucana que se diz lésbica e não quis ser identificada nesta reportagem, afirma que o preconceito não parte só dos alunos. O desrespeito também surge dos educadores.

“Os coordenadores me chamavam para dizer que eu não estava agindo normal. As pessoas me olhavam estranho. Eles reclamavam e diziam que iam falar com meus pais. Casais heterossexuais se abraçavam e se beijavam nos corredores das escolas. Não que eu queria ficar agarrando a minha parceira, mas, só queria ter o mesmo direito de todos”, conta a jovem, que tem 15 anos. A namorada da menina, que não revelou a idade e seu nome, também passou por casos preconceituosos. “Isso me prejudicou bastante na escola. Às vezes, não tinha vontade nem de estudar”, relata.

“Brincadeira só é bom quando diverte todo mundo”

De acordo com a psicóloga escolar, Auxiliadora Cunha, a escola tem um papel fundamental para identificar e resolver problemas de preconceito. “É dever da escola ambientar o aluno da melhor forma possível, de forma que ele seja aceito pelos outros estudantes e se sinta bem. Brincadeira só é bom quando diverte todo mundo”, explica Auxiliadora. Segundo a profissional, qualquer tipo de atitude que exclua um indivíduo pode o prejudicar socialmente. “Se você sofre preconceito, certamente terá problemas emocionais. Na escola não é diferente”, complementa.

Para resolver situações como essas, a psicóloga destaca que as escolas devem agir para que os problemas não se agravem. “É necessário intervir. Nós devemos trabalhar questões de respeito às diferenças. Orientação sexual é algo que também necessita ser trabalhado nas escolas. Isso é fundamental”, finaliza a profissional.

Grupos defensores dos direitos dos gays na Itália propuseram, na quinta-feira, 26, boicote à Barilla, maior fabricante de massas do mundo. O protesto é um ato de repúdio contra declarações do presidente da empresa, Guido Barilla.

O executivo, de 55 anos, afirmou à emissora italiana Radio 24, durante programa de grande audiência no país, que em hipótese alguma faria propagandas de TV em que seus produtos fossem consumidos por famílias formadas por casais homossexuais. “Se os gays não gostarem, podem comer outra marca”, afirmou Guido. “O conceito de família sagrada continua sendo um dos nossos valores fundamentais.”

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Guido Barilla não parou por aí. “Todo mundo tem o direito de fazer o que quer, mas sem perturbar as pessoas à sua volta.” E foi além: “Eu não tenho nenhum respeito pela adoção por famílias homossexuais porque isso diz respeito a uma pessoa que não é capaz de escolher”, disse, referindo-se aos filhos adotados por gays.

A reação às declarações foi imediata. Uma série de imagens ironizando o executivo e defendendo a liberdade de opção sexual espalhou-se pela internet. E gays de todo o mundo foram convocados a deixar de consumir produtos fabricados pela Barilla.

O barulho do episódio alcançou o Parlamento da Itália. O deputado Alessandro Zan, ativista gay do partido de esquerda Sinistra Ecologia Libertà, ressaltou o tom homofóbico das palavras de Guido Barilla. “Este é mais um exemplo da homofobia italiana”, falou Zan à imprensa na Itália. “Estou me juntando ao boicote à Barilla e espero que outros parlamentares façam o mesmo.”

Emenda ao soneto

A Barilla, fundada há 136 anos e presente hoje em mais de uma centena de países, tem uma linha de 20 produtos, entre massas e molhos. Domina metade do mercado italiano e pelo menos um quarto das vendas nos Estados Unidos. Mas, diante da repercussão negativa do caso, teme ter sua liderança abalada de alguma forma.

Pensando nisso, seus publicitários agiram rapidamente. Na própria quinta-feira, 26, transmitiram novo programa comercial na TV, no horário do almoço, em que aparecia uma tradicional família composta por mãe, pais e filhos - como habitualmente. Mas, na sequência, telespectadores puderam acompanhar uma retratação de Guido Barilla. “Peço desculpas caso meus comentários tenham criado mal-entendido ou polêmica ou se eu ofendi alguém”, disse. “Somente queria (com as declarações dadas no rádio) sublinhar o papel central da mulher na família.”

Guido também tentou se desculpar pelo Twitter: “Peço muitas desculpas por ter ofendido a sensibilidade de tantos. Tenho o mais profundo respeito por todas as pessoas, sem distinção”. Ivan Scalfarotto, defensor dos direitos dos homossexuais e deputado na Itália pelo Partido Democrático, disse ser “deprimente” um homem de negócios e viajado como Guido ter dito o que disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, negou nesta quinta-feira que os homossexuais sejam discriminados em seu país e defendeu uma nova lei aprovada no Parlamento russo e que foi alvo de críticas pelo mundo.

Segundo Putin, a nova legislação "proíbe apenas a propaganda de relações sexuais não tradicionais entre menores" de idade e em nenhum momento "infringe os direitos das minorias sexuais".

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A recente aprovação da lei levou a pedidos de boicote aos Jogos Olímpicos de Inverno em 2014, que ocorrerá em Sochi.

Putin observou que, ao passo que alguns países da Europa aprovaram a união entre pessoas do mesmo sexo, "os europeus estão morrendo (...), e casamentos gays não resultam em filhos".

Ele defendeu ainda que os casais heterossexuais tenham mais filhos para reverter um processo de declínio populacional. "Deixem-nos fazer nossa escolha do jeito for melhor para nosso país."

Os comentários de Putin foram feitos durante uma conferência na cidade russa de Valdai. Fonte: Associated Press.

Milhares de pessoas que defendem a causa LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e travestis), se reuniram neste domingo (15), na orla de Boa Viagem, Zona Sul, na 12ª Parada da Diversidade do Recife. A festa que teve concentração no Parque Dona Lindu, contou com um show da cantora Gaby Amarantos, que fez todo mundo dançar com seus hits já conhecidos.

Para a cantora paraense, o evento realizado na praia mostra a diversidade presente não só no Recife, como em todo País. “Hoje eu vi gente de todo jeito lá curtindo, não era um evento só de quem tava militando e comemorando. Tinha muita criança, muitos casais, muitos heterossexuais também. Temos que acabar com essa segregação e mostrar que de verdade todo mundo é igual”, afirmou a cantora.

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Quem também marcou presença no evento foi o ex-BBB Aslan Cabral, ele que inclusive acompanhou todo o percurso da Parada no trio da boate Metrópole. Para Aslan, este não é apenas um momento de festa, é a hora de cobrar ao poder público políticas para o grupo LGBT. “Se pegássemos todos que estão aqui presentes e colocássemos em votos de um representante legitimo, teríamos realmente alguém apto de fazer valer essa diversidade. Não pode ficar só na festa, só no treme-treme”, pontuou.

O tema da Parada 2013 foi “Felicidade é Coisa Séria! Nossa luta é por respeito e dignidade”. Assim como Aslan, a empresária Maria do Céu, proprietária da boate Metrópole, estava no trio proclamando palavras de incentivo e força às milhares de pessoas que caminhavam acompanhando o trio.

Foi o caso de um grupo dos primos Valdir Peixoto, de 24 anos, e Poliana Maria, 24. Ele homossexual e ela lésbica, que diferente de muitos, não recebem aceitação dos pais e familiares. “Foi difícil de assumir no início, mas eu não estou fazendo nada de errado, nem mal a ninguém. Eu sou feliz desse jeito e tive que me aceitar”, afirmou Valdir.

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Organizações que reúnem militantes gays em Londres saudaram as palavras do papa Francisco, que disse a jornalistas que não "julgava os homossexuais". Mas os ativistas lembraram que a mudança no tom Vaticano sobre o assunto não mudou a polêmica posição da Igreja sobre o tema. '' Acreditamos que o Papa esteja apenas tentando reparar a política linha dura contra as mulheres e os gays, tentando limitar a saída em massa dos católicos liberais da igreja '', afirma Peter Tatchell, militante dos direitos humanos.

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