Tópicos | gays

O sírio Omar, um homossexual de 20 anos, solicitou asilo na Holanda depois de ver imagens de sua famosa Parada do Orgulho Gay, mas, quando chegou ao país, viu seus sonhos desmoronarem ante o assédio de seus companheiros de refúgio.

Embora a Holanda tenha sido o primeiro país do mundo a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, em 2001, em seus centros para solicitantes de asilo a aceitação da diversidade sexual não é a norma, denunciam ONGs de defesa aos direitos dos homossexuais.

"Chegar à Holanda, o país da liberdade de expressão, e ser perseguido por ser gay é uma loucura", lamenta Omar. "É surpreendente que estas pessoas, após passar pelo que passaram, tenham sido capazes de me assediar por isso", disse este sírio, que chegou à Grécia em um barco, antes de pisar em solo holandês, graças a um falso passaporte espanhol.

Este jovem de cabelos impecavelmente penteados decidiu se mudar para a Holanda depois de uma busca na internet. "Li artigos dizendo que o país era muito tolerante com os homossexuais e que Amsterdã era a capital da comunidade LGBT", conta.

Mas a situação é diferente nos acampamentos de solicitantes de asilo, afirma Omar, que fugiu da guerra e da intolerância.

"Fui ameaçado de morte, disseram-me que eu era a vergonha dos refugiados, empurravam-me para o fim das filas", descreve este jovem, nascido no seio de uma família rica de Damasco.

Graças aos fones de ouvido para escutar música e saindo o menos possível de seu quarto, ele evitava a companhia de outros aspirante ao asilo. "Tive a sorte de não sofrer agressões físicas", confessa o jovem, que finalmente encontrou refúgio na casa de Lianda, uma holandesa lésbica de 25 anos.

Refúgios

Segundo a associação de defesa aos direitos dos homossexuais (COC, na sigla em holandês), a violência contra alguns imigrantes gays chegou a casos de agressões sexuais. Alguns deles, aterrorizados, não se atreviam a sair de seus quartos.

O jornal holandês AD reportou também a ocorrência de roupas queimadas e camas manchadas com excremento e comida. Um imigrante homossexual dormiu, por uma semana, em uma floresta com medo de voltar ao seu quarto, segundo o jornal. Assim como aconteceu com Omar, um holandês acabou abrigando este último.

A associação Secret Garden assegura que dois imigrantes homossexuais tentaram, inclusive, o suicídio.

A COC relatou ter reunido 14 denúncias desde meados de outubro até final de dezembro, enquanto a associação recebia, anteriormente, cerca de uma ou duas a "cada vários meses".

"Tememos que seja apenas a ponta do iceberg", explica à AFP o diretor da organização Koen van Dijk, destacando que a maioria dos imigrantes homossexuais não denunciam por medo de represálias ou por não saberem a quem pedir ajuda.

Diante destes problemas, a prefeitura de Amsterdã pôs à disposição, entre os meses de outubro a dezembro, duas casas de refúgio para uma dezena de imigrantes homossexuais, uma medida de urgência e excepcional para uma situação que "assim o exigia", segundo uma porta-voz.

A cidade está disposta a executar outras "soluções à medida", caso seja necessário. A associação COC pede pela abertura de casas deste tipo, ainda que não constituam uma solução permanente.

Vulneráveis

Os homossexuais que haviam sido acolhidos nestes refúgios temporários já estão em centros para solicitantes de asilo melhor adaptados. Cinco deles estão, por exemplo, em uma ala separada de um centro menor, com aproximadamente 350 lugares ante as 6.700 precedentes, o que permite detectar mais facilmente eventuais abusos.

A organização que gerencia a acolhida aos refugiados na Holanda, a COA, tenta sensibilizá-los com noções de tolerância e assegura que toma medidas em casos de assédio.

Nas situações mais graves, a polícia é acionada, indica a organização, destacando a existência de outros grupos "vulneráveis" nestes centros, como crianças, mulheres maltratadas e vítimas de tráfico de pessoas.

Omar estima que só uma permissão de residência lhe permitirá começar sua desejada vida nova e retomar seus estudos de direito. Enquanto isto, já encontrou, em seus novos amigos, uma parte do que buscava.

"Queria encontrar pessoas que me aceitassem como eu sou e finalmente pude encontrá-las", diz este jovem, que considera fantástico "saber que é possível passear de mãos dadas na rua com seu namorado sem temer a reação das pessoas".

O Papa Francisco rejeitou nesta sexta-feira de forma inequívoca qualquer outra forma de união indissolúvel que não seja o casamento católico, condenando o que chamou de "confusão" com as uniões gays.

Aos membros do Tribunal da Rota Romana, o Papa argentino ressaltou que "a Igreja indicou ao mundo" durante o último sínodo sobre a família (em outubro de 2014 e outubro de 2015), "que não pode haver qualquer confusão entre a família querida por Deus e qualquer outro tipo de união".

##RECOMENDA##

Apesar de não mencionar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, ficou claro que o Papa incluiu o tema em sua crítica.

Para muitos comentaristas dos dois sínodos, o papa Francisco se viu pressionado pelos conservadores, que o impediram de defender seus pontos de vista liberais, misericordiosos e flexíveis sobre o casamento, o divórcio e a homossexualidade.

Dirigindo-se aos juízes da Rota, o Papa responde assim às especulações da imprensa e às preocupações dos conservadores, posando como o guardião rigoroso do dogma do matrimônio.

Esta crítica ocorre num momento em que os católicos aguardam sua exortação apostólica, que deverá ser lançada provavelmente em fevereiro ou março.

Neste documento solene, o Papa deverá expressar suas posições finais e poderia anunciar inflexões e aberturas.

A família cristã, ele insistiu, é baseada no "casamento indissolúvel, que une para procriar". A família é parte do "sonho de Deus para salvar a humanidade", disse ele, reafirmando que a Igreja deve lançar "um olhar de compaixão" às famílias divididas.

A Corte Constitucional da Colômbia aprovou nesta quarta-feira, sem restrições, a adoção de menores por casais do mesmo sexo, informou a juíza María Victoria Calle Correa, presidente do organismo.

"Segundo a Constituição, os tratados internacionais sobre direitos humanos, a jurisprudência internacional e a jurisprudência desta Corte, a orientação sexual de uma pessoa ou seu sexo não são indicadores da falta de idoneidade moral, física ou mental para a adoção", disse Calle Correa em entrevista coletiva.

Após várias horas de debate, a Corte Constitucional decidiu - por seis votos contra dois - que os casais homossexuais, assim como os heterossexuais, podem adotar crianças desde que cumpram com os requisitos exigidos pelas normas vigentes.

O alto tribunal, que vela pelo cumprimento da Constituição, já havia decidido, em fevereiro passado, pelo direito de adoção por parte de casais do mesmo sexo de menores com laços biológicos com um dos cônjuges.

Em 2007, a Corte Constitucional admitiu a união entre pessoas do mesmo sexo (sem considerá-la matrimônio) e concedeu direitos aos cônjuges no sistema de saúde. No ano seguinte, garantiu o direito de pensão aos casais gays e em 2009 consagrou seus direitos patrimoniais.

O cantor de pop Elton John declarou nesta quinta-feira que continua querendo falar com Vladimir Putin sobre os direitos dos homossexuais na Rússia, após ser vítima de um trote telefônico de um homem que se fez passar pelo presidente russo.

"Os trotes são divertidos, mas a homofobia nunca é engraçada", escreveu o britânico em sua conta do Istagram junto a uma fotografia de um homem ensanguentado, aparentemente vítima de um ataque homofóbico.

##RECOMENDA##

O artista e fervoroso defensor dos direitos dos homossexuais publicou na segunda-feira uma foto de Vladimir Putin nesta rede social, agradecendo ao presidente russo por ter falado com ele por telefone.

Depois, o Kremlin negou que Putin tivesse contactado Elton John. Um enganador, Vladimir Krasnov, confessou mais tarde ter ligado para Elton John fazendo-se passar pelo presidente russo.

O cantor havia expressado anteriormente sua vontade de encontra-se com Putin para abordar com ele os direitos dos homossexuais na Rússia.

Elton John rompeu finalmente seu silêncio após o trote e escreveu no Instagram que lutará "sempre para defender os oprimidos e vítimas de discriminação".

"Se este incidente azarado ajuda a colocar na mesa esta questão essencial, estou feliz de ter caído no trote nesta ocasião", concluiu.

O autor do trote, apresentando-se como Vovan, afirmou na quarta-feira à AFP que Elton John havia ficado "muito contente (pela ligação), dizendo que havia alegrado seu dia e que era um milagre".

A Rússia adotou em 2013 uma lei que multa e condena com penas de prisão todo ato de "propaganda" homossexual diante de menores de idade.

O astro britânico do pop Elton John gostaria de se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, para discutir o tema dos direitos dos homossexuais na Rússia e explicar a ele que "os gays não são um problema", disse o músico à BBC. "Gostaria muito de vê-lo, de me sentar com ele e conversar", declarou o cantor e compositor, ardoroso defensor dos direitos dos homossexuais, em uma entrevista divulgada no sábado. "Diria a ele: venha, os gays não são um problema. Não somos um problema para o mundo. Há problemas muito mais graves", afirmou.

"Seja aberto, e vamos nos unir para tentar resolver os problemas do mundo. Não deixe os gays de lado", acrescentou, considerando que fazer algo assim "provavelmente não surtiria" nenhum efeito. "Mas ao menos pode me dizer que tentei", declarou o cantor, que tem junto ao seu marido dois filhos nascidos de uma barriga de aluguel.

##RECOMENDA##

A Rússia, onde a homossexualidade foi considerada crime até 1993 e uma doença mental até 1999, adotou em 2013 uma lei que pune com multas e penas de prisão qualquer ato de propaganda homossexual diante de menores. Os homossexuais são alvos de um número crescente de agressões, com frequência toleradas ou inclusive encorajadas pelas autoridades, denunciou em dezembro a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW). Elton John esteve no sábado em Kiev, onde defendeu os direitos dos homossexuais na Ucrânia, declarando que este país ainda tem um longo caminho pela frente em busca da tolerância.

Uma funcionária pública americana foi enviada nesta quinta-feira (3) à prisão por desacato após se negar a registrar matrimônios homossexuais, informou a imprensa americana. Kim Davis, uma funcionária de Kentucky (centro-oeste), disse ao tribunal que emitir certificados de casamentos homossexuais é contra suas crenças religiosas.

O juiz federal do distrito, David Bunning, ordenou então sua detenção, segundo o noticiário ABC News. "Este tribunal não pode aceitar que deliberadamente se desobedeçam suas decisões jurídicas", afirmou David Bunning. O juiz esclareceu que a funcionária será liberada apenas se concordar a voltar a emitir licenças matrimoniais para todos os casais, informou a ABC.

##RECOMENDA##

Davis, do condado de Rowan, havia deixado de emitir estes certificados em meados de agosto, após a Suprema Corte de Justiça decidir, em um fato histórico no dia 26 de julho, a legalização do casamento homossexual em todos os Estados Unidos.

Davis argumentava que suas crenças religiosas deveriam eximi-la de por em prática esta função.

A divulgação, nesta sexta-feira (28), de uma carta que o Papa Francisco enviou com a bênção apostólica à escritora Francesca Pardi, autora de histórias infantis sobre famílias formadas por casais homossexuais, gerou polêmica na Itália. "Era uma carta particular que não deveria ser divulgada", declarou o porta-voz adjunto do Vaticano, padre Ciro Benedettini.

A carta papal foi enviada em resposta ao pedido da escritora para ler seus muitos livros, censurado na Itália pelos conservadores católicos por defendem a chamada ideologia de gênero. A escritora, autora de contos e fábulas em que descreve histórias de famílias homoparentais, vencedora do prêmio internacional Anderson em 2012 por seu livro "Piccolo Uovo" ("Pequeno ovo"), divulgou a carta papal, marcada pelo tom tolerante do pontífice argentino.

##RECOMENDA##

Na carta, o Papa deseja que ela "continue a sua atividade frutífera" e se despede com a bênção apostólica "para toda a família" da escritora. "De nenhuma forma, a carta papal endossa o comportamento e ensinamentos que não correspondem ao Evangelho", indica o Vaticano.

Pardi, fundadora da editora "Lo Stampatello", também autora do livro "Piccola storia diz uma famiglia: perchè hai due mamme?" ("Pequena história de uma família. Por que tem duas mães?") e "Piccolo Uovo" ("Pequeno ovo"), disse à AFP que "não quer se tornar um modelo". A escritora enviou em junho ao papa Francisco um pacote com todos os seus livros, fotos de família e panfletos insultuosos contra ela depois que o novo prefeito de Veneza anunciou que alguns de seus livros faziam parte da lista de textos a serem removidos das bibliotecas públicas.

Na carta, Francisco, um leitor apaixonado, também agradeceu por seu "gesto delicado" e pediu-lhe para seguir suas "atividades a serviço das jovens gerações e a difusão dos autênticos valores humanos e cristãos". "Com esse gesto, nos mostrou respeito e nos deu dignidade", disse Pardi, comovida.

"Para mim, não é tão importante o que diz o Papa, porque eu não sou católica. O que me parece importante é a atitude, de não colocar-nos contra a parede. O sentimento que pode haver diálogo", acrescentou. "Os livros se abrem, se leem, se criticam, mas não censuram", insistiu.

O cantor inglês Elton John criticou o prefeito de Veneza (Itália) por uma série de medidas contra os livros infantis que elogiam as famílias formadas por casais homossexuais.

"A preciosa Veneza está afundando, sim, mas não tão rápido como o fanático (Luigi) Brugnaro (o prefeito", escreveu o cantor, que tem dois filhos com o marido David Furnish e possui uma residência em Veneza.

##RECOMENDA##

Eleito em 15 de junho, após 30 anos de hegemonia da esquerda, o prefeito de centro-direita ordenou em julho que as bibliotecas das escolas retirassem 49 livros propostos pela administração anterior, incluindo alguns sobre a família moderna, com pais do mesmo sexo.

Como protesto, várias associações organizaram uma maratona de leituras dos 49 livros proibidos em 49 dias e iniciaram uma campanha para estimular a leitura de todos.

"Sejam rebeldes, leiam!", afirmaram.

O prefeito alega que cabe aos pais educar as crianças sobre os temas e não aos colégios. Por este motivo, se recusa a revogar a ordem.

"Estimado Elton John, você chega a insultar-me para sustentar seu ponto de vista. Acredito que você representa a arrogância do rico que pode permitir-se tudo", escreveu Brugnaro no Twitter.

O prefeito afirma que apesar do cantor ter comprado uma mansão em Veneza, nunca ofereceu recursos para salvar a cidade do problema de suas águas nem participou em sua complexa administração.

Nas empresas que hoje são consideradas referência em respeito à diversidade e aos direitos LGBT, a mudança não ocorreu da noite para o dia. Em quase todos os casos, porém, houve um executivo que tomou a frente desse processo. A McKinsey Glam, que hoje tem 400 membros e 11 mil "simpatizantes" no mundo, surgiu com um pequeno grupo liderado por John DeVicentis. Na Dow Química, a revolução global começou no ano 2000, com a fundação da Dow Glaad. Para que a organização chegasse à América Latina, foram necessários 12 anos e um executivo disposto a ser o rosto da causa gay na região.

Apesar de a Dow ser considerada uma empresa inclusiva, o mexicano Tlacaelel Benavides não se identificava como homossexual no trabalho. Nem os colegas nem seu chefe sabiam que ele tinha um companheiro. Como muitos gays, ele tinha receio de que sua identidade sexual pudesse lhe custar uma promoção ou causar problemas. Só quebrou o silêncio quando surgiu a oportunidade de repatriação para o Brasil. "Era a hora de descobrir se aquilo era sério", lembra o executivo, hoje diretor de marketing para a América Latina.

##RECOMENDA##

A reação foi tão natural que Benavides decidiu liderar a criação da Dow Glaad na América Latina. Em três anos, conseguiu angariar 230 membros - o equivalente a 5,5% do total de funcionários na região. Na empresa, os sistemas de administração de benefícios não diferem os casais gays dos heterossexuais.

Para identificar os funcionários LGBT, a empresa faz uma pergunta - que pode ou não ser respondida - durante as avaliações anuais distribuídas pela intranet. Hoje, 2% dos funcionários da Dow na América Latina se identificam como lésbicas, gays ou transgênero.

Na McKinsey e na Dow, sair do armário é totalmente voluntário. Mas tanto Benavides quanto Bryan Rolfes, da McKinsey, afirmam que, quando executivos do alto escalão se identificam como LGBT, a causa se fortalece. Isso vale tanto para figuras icônicas, como Tim Cook, presidente da Apple, quanto para nomes conhecidos somente dentro de suas companhias. "Recentemente, o vice-presidente do conselho da Dow saiu do armário. Isso é importante, porque os funcionários passam a ter modelos claros", diz Benavides.

Empresas como a Dow, a McKinsey e o Google acabam por reforçar a causa LGBT ao adotar uma padronização global de benefícios e regras de relacionamento interno que impedem o preconceito. No Google, por exemplo, a concessão de benefícios é igualitária, independentemente de casamento oficial - na sexta-feira, 26, a Suprema Corte dos EUA legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Embora a decisão de se declarar gay seja opcional no Google, a empresa acredita que uma posição clara leva a uma produtividade maior no trabalho. "As pessoas devem ser felizes pessoal e profissionalmente, sem ter de interpretar um personagem ou fingir", diz Mônica Santos, diretora de recursos humanos do Google na América Latina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

[@#galeria#@]

Antes mesmo da saída dos trios elétricos, a Avenida Paulista já estava tomada na manhã de hoje (7) pelo público da 19ª Parada do Orgulho LGBT - lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Sob o tema Eu Nasci Assim, Eu Cresci Assim, Vou Ser Sempre Assim: Respeitem-Me!, o evento reúne pessoas de diversos perfis e idades nas ruas da região central da capital.

##RECOMENDA##

Carregando faixas e fotos, o grupo Mães pela Diversidade desfilou pela avenida para pedir respeito. “Estamos lutando por direitos, igualdade e respeito”, disse Sônia Martins, que veio de Brasília para participar da parada. Segundo ela, o apoio dos pais e mães é especialmente importante nesse momento em que o discurso conservador sobre a família tenta retirar direitos dos homossexuais e transsexuais. “O papel das mães, fundamentalmente, neste momento em que se discute a família, é mostrar que os LGBTs têm família. Têm pai, mãe e uma família que os ama. Família não é isso que eles querem colocar”, destacou a mãe que caminhava levando a foto da filha, Alexandra.

A visibilidade é, na opinião do músico Leandro Vilela, o que faz com que o evento seja tão relevante para a comunidade LGBT. “Ao longo destes anos eu via a parada crescendo e é indiscutível a visibilidade que ela traz”, disse o rapaz, participa da parada desde 2003. Ele lembrou, entretanto, a necessidade de que isso seja incorporado como valores pela sociedade.“Visibilidade não só no dia da Parada Gay, como no resto do ano. Seja na novela, seja no comercial de perfume ou em qualquer outra frente, para que a gente seja visto no dia a dia como iguais. A gente não que mais, nem menos, só ser igual”, defendeu.

Além dos militantes e jovens em clima de festa, também passeavam pela Avenida Paulista famílias e casais como o bancário Clóvis e a aposentada Gilda Marques. “[Vim dar] uma olhadinha”, explicou o bancário. “Cada um vive do jeito que quer. É tão importante a gente se amar. Por isso, eu venho curtir e apoiar”, completou Gilda.

Mais cedo, na coletiva de imprensa que abre o evento, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, destacou o papel do Poder Público para garantir os direitos dessa população. “O Poder Público tem que ir além da tolerância. Tem que defender a tolerância, combater a intolerância, mas tem que ter um componente social de resgate da cidadania também”, disse.

Em meio a cobranças de movimentos sociais que também participaram da entrevista, Haddad prometeu ouvir mais os militantes e dar mais transparência aos recursos investidos na parada. “Quanto mais transparência melhor, nesse tipo de coisa. A gente pode fazer inclusive uma conversa aberta com toda a comunidade LGBT, em vez de fazer uma decisão de gabinete”, disse sobre o modelo a ser adotado para organizar a próxima edição do evento.

Cobrado pelos ativistas, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, garantiu que estão sendo feitas as investigações sobre as agressões à travesti Verônica Bolina. “Toda a apuração está sendo acompanhada pela presidente do Conselho LGBT e pela representante da Secretaria da Justiça”, afirmou.

Em abril, fotos publicadas nas redes sociais mostraram Verônica desfigurada após uma ação para contê-la no 2º Distrito Policial (DP) de São Paulo. Presa em flagrante, acusada de tentar matar uma vizinha idosa, a travesti disse que sofreu diversas agressões enquanto estava sob custódia.

O secretário de Estado da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, disse que a Polícia Civil deve concluir em breve a sindicância que apuras o ocorrido. “A sindicância ouviu todas as pessoas envolvidas, já fez dois laudos. A pedido da própria Verônica, está fazendo um terceiro laudo em relação às suas agressões. Ouviu todas as testemunhas que a Verônica solicitou, inclusive, as pessoas que a atenderam no hospital”, ressaltou.

Vários ativistas homossexuais que neste sábado tentavam organizar uma manifestação não autorizada em pleno centro de Moscou foram detidos pela polícia, constatou um jornalista da AFP.

"Queríamos organizar uma manifestação pacífica. Mas há dez anos nos proíbem", lamentou um dos organizadores, Nikolai Alexeiev, enquanto era levado por agentes a um carro da polícia.

Os ativistas se reuniram em uma grande avenida perto da prefeitura de Moscou, mas foram agredidos por ortodoxos que lançaram ovos e tentaram atingi-los com sprays de autodefesa. A polícia agiu e deteve manifestantes homossexuais, além de alguns de seus agressores. "Eles nos prenderam e espancaram nesta décima (marcha) de Orgulho Gay em Moscou", escreveu Alexeiev no Twitter.

A prefeitura de Moscou havia anunciado na quinta-feira a proibição desta "Gay Pride", sem dar explicações. Desde seu primeiro pedido de autorização, em 2006, os homossexuais nunca conseguiram o direito de se manifestar em Moscou e todas as suas tentativas foram dispersadas pela polícia.

O público gay e transexual do Recife teve uma boa oportunidade de ingressar no mercado de trabalho. Uma ação da Prefeitura local, denominada “projeto Emprego e Renda nos Bairros”, foi realizada nessa quarta-feira (27) e cadastrou 37 pessoas no Sistema Nacional de Emprego. Desse número, 13 atendidos foram encaminhados para cargos de trabalho.

“O principal objetivo nesse trabalho é estimular a autoestima dessas pessoas, pois elas já são naturalmente fragilizadas. Existe o estigma de que uma mulher trans só pode ser cabeleireira ou cozinheira. Mas, na realidade, elas podem ter muitas outras aptidões. Por isso, é importante fazer com que elas se sintam mais seguranças para ir atrás de um emprego”, disse a psicóloga do Centro Municipal de Referência LGBT, Paula Albuquerque, conforme informações da assessoria de imprensa. O público foi atendido no próprio Centro, localizado no bairro da Boa Vista, Centro do Recife.

##RECOMENDA##

A ativista Lilian Fontenelle, de 38 anos, foi beneficiada pelo serviço. O projeto conseguiu encaminhá-la para uma vaga de operador de telemarketing, mas, mesmo assim, Lilian não esqueceu como é difícil ingressar no mercado de trabalho. “É muito comum termos nosso direitos de empregabilidade violados. Muitas de nós sofrem transfobia quando chegam em uma entrevista de emprego”, relatou a ativista.

O projeto da Prefeitura do Recife promove atividades para descentralizar o atendimento do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda. De acordo com a PCR, por dia, cerca de 400 oportunidades são oferecidas.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) lançou, na tarde desta segunda-feira (11), a Política LGBT, uma das ações da Semana do Amor Igual, organizada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em parceria com outras instituições. A ideia da Política é garantir o acolhimento, inserção e permanência de gays, lésbicas e transexuais na instituição de ensino. De início, vários projetos estão sendo construídos e devem ser iniciados ainda neste ano. 

Durante o lançamento da Política LGBT, no Campus Recife da instituição de ensino, bairro da Cidade Universitária, ações foram apresentadas, porém, ainda estão em fase de construção. No contexto das ações afirmativas, está previsto o projeto “Vai ter trans na UFPE, sim!”, cuja intenção é minimizar as desigualdades sociais e regionais, além de reduzir as taxas de retenção e evasão escolar das pessoas trans. A iniciativa também promete promover a inclusão social pela educação e disponibilizar bolsa de manutenção para a população LGBT. Ainda dentro das ações afirmativas, a Federal prevê a realização de um programa de televisão, “Na UFPE ninguém precisa ficar no armário”, a ser exibido na grade da TVU, bem como deverão ser criadas parcerias com instituições públicas e privadas para a entrada de alunos LGBT no mercado de trabalho.

##RECOMENDA##

De acordo com o reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, a implantação da Política LGBT é um importante momento de mudança cultural entre a comunidade acadêmica. “A Política vem para favorecer o acolhimento, inserção e permanência da comunidade LGBT na UFPE. Por isso vários projetos estão em fase de construção, de forma transversal com a conscientização dos docentes, discentes e a comunidade técnica”, disse Brasileiro. O reitor também prometeu a criação de uma diretoria de assuntos LGBT e garantiu que serão feitas melhoras no atendimento de pessoas trans no Hospital das Clínicas (HC). “Também está prevista a criação da Ouvidoria da Diversidade, que tem como objetivo de servir como um espaço para tratar de assuntos ligados ao público LGBT”, completou o reitor.

A Política LGBT da Federal também prevê ações direcionadas à saudade. A instituição de ensino pretende aumentar o quadro de funcionários e construir um novo local para o “Espaço de Acolhimento e Cuidado para Pessoas Trans do HC-UFPE. Outra iniciativa, pensando na proteção de gays, lésbicas e trans, promete criar um aplicativo para mapear e denunciar violência e discriminação contra esse público, cujas informações serão direcionadas para a diretoria de assuntos LGBT. Como atualmente a UFPE não tem um regimento para punir agressores, será criado um documento ético com a definição das punições a serem aplicadas.

A professora do Departamento de Psicologia da UFPE e uma das criadoras da Política LGBT, Luciana Vieira, fez questão de destacar o quanto a iniciativa é importante para a Universidade e o ensino superior como um todo. Segundo a docente, para que a Política fosse criada, os alunos foram ouvidos e participaram de diversas atividades. “Essa política foi criada por várias pessoas que ajudaram muito neste trabalho. Ela coloca a UFPE no protagonismo  das políticas públicas das instituições de ensino superior do Brasil”, declarou a professo

Segundo o promotor do MPPE, Maxwell Vignole, integrante da Comissão de Direitos Homoafetivos do Ministério, o órgão vem atuando no Estado para atender os assuntos do público LGBT. Mais de 2 mil pessoas já foram ouvidas sobre o assunto para que sejam realizadas ações práticas de combate ao preconceito e para garantir o respeito a igualdade. O promotor frisou a importância da criação de políticas públicas para atender ao público LGBT, uma vez que é preciso evitar que este tema seja debatido apenas na esfera privada, “entre quatro paredes”. “Temos que trabalhar políticas públicas por meio de um tripé que garante o direito à sexualidade: dignidade, liberdade e igualdade”, completou.

O promotor, que se declarou gay durante sua fala, destacou que as ações em prol do público LGBT fazem ele se orgulhar. “Posso dizer que sou gay e é algo que me orgulho. O movimento LGBT me libertou”, relatou Vgnole. Ele fechou sua apresentação deixando contatos da Comissão de Direitos Homoafetivos: cdh@mppe.mp.br ou (81) 3182-7411.

 

 

Havana, 10/05/2015 - A filha do presidente cubano Rául Castro, Mariela, apoiou uma cerimônia de união entre casais homossexuais nesse sábado (8), mesmo o casamento gay sendo proibido na ilha. Ela dirige o Centro de Educação Sexual, que tem defendido os direitos dos homossexuais, e o evento faz parte das preparações para o Dia Global contra a Homofobia, em 17 de maio.

Embora Mariela tenha sido cuidadosa para não chamar a cerimônia de "casamento", quase duas dezenas de casais homossexuais receberam as bênçãos de clérigos protestantes vindos dos EUA e do Canadá. Ela não participou pessoalmente do evento, mas liderou uma caminhada pelos direitos dos homossexuais por uma das avenidas mais movimentadas de Havana.

##RECOMENDA##

Homossexuais foram discriminados e perseguidos durante boa parte do governo de Fidel Castro. Após transferir o poder para o irmão mais novo, Fidel disse se arrepender do tratamento que seu governo deu aos gays e Cuba começou a conceder mais direitos para os homossexuais nos últimos anos. Fonte: Associated Press.

Na próxima segunda-feira (11), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) lançará, às 14h, a Política LGBT, que tem como foco favorecer o acolhimento, a inserção e permanência de lésbicas, gays, travestis, entre outras pessoas, na UFPE. Segundo a instituição de ensino, o lançamento integra as ações da Semana do Amor Igual – que teve início nesta sexta-feira (8) e vai até o dia 18 -, organizada pelo Ministério Público do Estado.

Além da mesa de abertura com o reitor Anísio Brasileiro, o evento de lançamento contará com debates. Alguns dos temas que serão discutidos são “Políticas de Educação para as Pessoas LGBT: Pensando Acesso e Permanência” e “Espaço de Acolhimento e Cuidado para Pessoas Trans: Conquistas e Desafios”. Também estão programadas diversas atividades culturais.

##RECOMENDA##

O lançamento da Política LGBT será realizado no auditório 3 da Biblioteca Central, localizado no Campus Recife da UFPE. A unidade fica na Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária.

O estado da Califórnia anunciou ações legais nesta quarta-feira para remover uma proposta de referendo que visa proibir a homossexualidade sob pena de morte. A proposta, que tem muito pouca chance de avançar (precisa de 360.000 assinaturas), foi apresentada pelo advogado Matthew McLaughlin, do gabinete do procurador-geral da Califórnia, oeste dos Estados Unidos, no mês passado.

O "Ato de Supressão da Sodomia" sugere que os homossexuais "sejam executados com uma bala na cabeça, ou por outro método mais conveniente". Nesta quarta, a procuradora-geral Kamala Harris afirmou que está tomando as medidas legais necessárias para garantir que a proposta seja rejeitada. "Essa proposta não apenas ameaça a segurança pública como é claramente inconstitucional, totalmente condenável, e não tem lugar em uma sociedade civil", disse a procuradora em pronunciamento.

Harris disse que pediu ao Tribunal de Justiça da Califórnia que isente as autoridades de apreciar o pedido para convocar o referendo. "Se o tribunal não atender a esse pedido, meu escritório será forçado a apresentar uma proposta para legalizar a discriminação", ressaltou a procuradora.

A Califórnia, assim como outros estados norte-americanos, normalmente convocam referendos simultâneos com outras eleições para tratar de várias questões. As iniciativas devem atingir um mínimo de assinaturas. A iniciativa de McLaughlin aponta que "o crime abominável contra a natureza conhecido como sodomia é um mal monstruoso que Deus Todo-Poderoso, doador da liberdade, nos ordena a eliminar, sob pena de nossa destruição total, assim como destruiu Sodoma e Gomorra".

"Por isso, é melhor que os criminosos morram antes que todos nós sejamos mortos pela justa ira de Deus (...) e o povo da Califórnia pede sabiamente, no temor de Deus, para que qualquer um que voluntariamente toque outra pessoa do mesmo sexo para a gratificação sexual seja morto com uma bala na cabeça, ou qualquer outro método conveniente", diz a proposta apresentada pelo advogado.

Por lei, deve-se pagar uma taxa de US$ 200 dólares (cerca de R$ 600) para que a coleta de assinaturas seja iniciada, justificando a convocação de um referendo.

Casais do mesmo sexo se reuniram para dançar tango na praça do Entrevero, em Montevidéu - capital do Uruguai. Organizada por ativistas que lutam pelos direitos dos homosexuais, a noite de tango foi um ato de protesto, realizado para exigir o direito que casais do mesmo sexo possam se divertir no local.

O ato foi motivado depois que duas mulheres que dançavam juntas foram expulsas da 'Milonga', uma festa típica em Montevidéu. Depois da atitude, movimentos contra a discriminação ganharam forças nas redes sociais, dando origem à 'Milonga Inadequada', um evento que integra a todos sem qualquer tipo de violência.

##RECOMENDA##

Confira todos os detalhes no vídeo:

[@#video#@]

Os policiais venezuelanos têm o direito de serem homossexuais, mas apenas se esconderem sua orientação sexual, declarou nesta quarta-feira o comissário para a Reforma Policial, Freddy Bernal, entrevistado pela rede de televisão privada Globovisión.

"Um homossexual pode ser funcionário policial, desde que não manifeste publicamente sua orientação sexual, porque imagine um oficial da polícia que queira usar uma camisa rosa, ou pintar os lábios", disse Bernal entrevistado pelo jornalista Vladimir Villegas.

O comissário, encarregado da modernização policial no país que tem a segunda maior taxa de homicídios do mundo, também falou sobre os aspirantes à polícia que tenham tatuagens, utilizem brincos e piercings ou se considerem hippies.

"Os que vão entrar nos corpos da polícia têm que ser jovens com idoneidade, com ética, com desprendimento, têm que ser garotos saudáveis (...) Um garoto com uma tatuagem não pode entrar na Polícia Nacional Bolivariana; um garoto com um brinco não pode entrar na PNB. Eu já disse isso. Podemos mandá-lo ao ministério da Cultura", disse Bernal.

"Como nós vamos formar oficiais de polícia com um brinco? E não tenho nada contra os que usam brincos! Ou como vamos formar oficiais da polícia... um hippie?", acrescentou o comissário.

Na polícia da Venezuela "pode haver alguma pessoa que seja gay e é direito de cada um sê-lo. Mas não pode manifestar isso publicamente porque vai contra a estrutura da formação do que deve ser um oficial de polícia", disse Bernal.

A Constituição venezuelana proíbe a discriminação de qualquer tipo, incluindo por orientação sexual, mas na vida cotidiana a sociedade mantém múltiplos tabus sobre a homossexualidade.

Na Venezuela, cujo governo se define como socialista, não há nenhum projeto legislativo em estado avançado de discussão sobre o casamento ou uniões civis entre homossexuais - como ocorre em outros países da América Latina - e ainda menos de adoção por parte de casais do mesmo sexo.

Um tribunal egípcio absolveu nesta segunda-feira 26 homens detidos durante uma ação registrada por câmeras de televisão em dezembro. As prisões aconteceram durante buscas policiais por gays numa sauna pública do Cairo.

Quando o veredicto foi lido, aplausos ensurdecedores foram ouvidos no tribunal e alguns dos réus descobriram seus rostos e choraram de alívio. Outros, porém, mantiveram as faces escondidas atrás de jaquetas e cachecóis, ainda traumatizados pela humilhação à qual eles e suas famílias foram expostos durante o caso, que recebeu muita publicidade e atraiu a atenção do público, depois de uma rede de televisão pró-governo ter levado ao ar cenas nas quais se via os homens seminus sendo levados da sauna pela polícia, no dia 7 de dezembro.

##RECOMENDA##

O relacionamento entre pessoas do mesmo sexo não é explicitamente proibido pela lei egípcia, mas a homossexualidade é um tabu social no país conservador, de maioria muçulmana. Somente nos últimos anos personagens gays passaram a aparecer em filmes e na ficção em geral.

"Eles destruíram nossas vidas. Deus nos resgatou", disse um dos réus, que não quis revelar seu nome para preservar sua privacidade, ao cair no choro depois de ouvir o veredicto.

As cenas dos homens sendo levados da sauna causaram tumulto entre grupos ativistas e de direitos humanos. Ativistas, réus e seus familiares ficaram duplamente indignados com o profundo envolvimento no caso da apresentadora de televisão Mona al-Iraqi, que afirmou ter, ela mesma, dado início à ação policial sobre atividades gays na sauna, descrita por ela como "um antro de perversão que espalha a aids pelo Egito".

Os homens foram alvo de várias acusações, dentre elas devassidão e realização de atos indecentes em público. O veredicto desta segunda-feira foi dado após apenas quatro audiências, durante as quais as famílias brigaram com jornalistas que tentavam fotografar seus parentes no banco dos réus.

As pessoas que estavam no tribunal comemoraram depois de a palavra "absolvição" ter sido ouvida do juiz. Vários réus, no interior da gaiola e seus parentes prometeram processar al-Iraqi.

A absolvição aconteceu menos de um mês após um tribunal de apelação ter reduzido as sentença de três para um ano para oito homens condenados por "incitação à devassidão" por aparecerem num vídeo de um suposto casamento entre homens. Ativistas de direitos humanos dizem que 2014 foi o pior ano em uma década para a comunidade gay egípcia, com pelo menos 150 homens detidos e levados a julgamento. Fonte: Associated Press.

Dezenas de pessoas do mesmo sexo se casaram nesta terça-feira (6) a partir do momento em que terminou a proibição do casamento gay na Flórida, o 36º estado americano a permitir os matrimônios homossexuais. "Estou muito feliz porque agora é legal", afirmou William Lee Jones ao jornal Miami Herald, depois de se casar com seu companheiro de mais de dez anos, Aaron Huntsman.

Os dois fazem parte do grupo de pessoas que processou o estado da Flórida reclamando seu direito ao casamento. O juiz de distrito Robert Hinkle decidiu na semana passada que as autoridades oficiais não deviam fazer cumprir uma proibição estatal que fora aprovada pelos eleitores em 2008.

##RECOMENDA##

Em uma decisão anterior, em agosto, Hinkle disse que proibir o casamento gya era inconstitucional e comparou esta medida com a proibição dos casamentos interraciais há 50 anos. "É uma questão de tempo. Não achava que isso fosse acontecer comigo ainda viva", comentou Irma Oliver ao jornal Palm Beach Post depois de casar com sua noiva, Julia Borghese.

A Flórida é o terceiro estado mais povoado dos Estados Unidos depois da Califórnia e do Texas, com uma população de cerca de 20 milhões de habitantes. Em 2013, a Suprema Corte de Justiça reconheceu a igualdade matrimonial quando revogou uma lei federal que definia o casamento em termos estritamente heterossexuais.

Isto pavimentou o caminho para que os casais gays tivessem os mesmos direitos e privilégios que seus pares heteros ante a lei. A decisão judicial deixou para cada um dos 50 estados a decisão de legalizar ou não o casamento de pessoas de mesmos sexo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando