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O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou, nesta quarta-feira (13), que indicou outro nome ao Supremo Tribunal Federal (STF) e sua indicação foi rejeitada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Apesar disso, ele seguiu defendendo que o presidente da Comissão de Constituição de Justiça do Senado, Davi Alcolumbre (MDB), paute a indicação presidencial à vaga na Corte e sabatine o ex-Advogado Geral da União, André Mendonça. Mourão disse que não vê motivos para a morosidade de Alcolumbre. 

“Acho que não está correto isso aí. O senador Alcolumbre deveria cumprir a tarefa dele, de presidente da CCJ, botar o nome para ser votado e acabou. Se for aprovado, muito bem. Se não for, muito bem também. É o papel do Senado, confirmar ou não a indicação do presidente da República. Uma coisa, eu digo claramente: não está correto”, frisou para jornalistas ao chegar ao Palácio do Planalto na manhã de hoje. Nesta quarta, completa-se três meses da indicação feita por Bolsonaro. 

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Outra indicação

Mourão foi questionado se o Palácio do Planalto ou ele próprio tinha um plano B, caso o nome de Mendonça seja rejeitado. O vice-presidente disse ter feito uma indicação a Bolsonaro, mas foi rejeitada.

“Tenho, mas minha indicação o presidente não quer", afirmou. Questionado se seria o  ex-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Thompson Flores, ele confirmou.

 “Esse aí. Já havia conversado com o presidente sobre o nome há muito tempo e o presidente também tem conhecimento do papel e da competência técnica e profissional do desembargador, mas ele tem outras variáveis que leva em consideração para essa decisão”, emendou Hamilton Mourão.

Controverso em diversos pontos, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que seu cargo era uma 'desgraça', fez um apanhado do seu período à frente do Executivo e afastou a possibilidade de aplicar um golpe ou melar as eleições 2022. Isolado após o filho Eduardo e outros integrantes da comitiva aos Estados Unidos testarem para Covid-19, ele quebrou a norma sanitária para conceder entrevista à Veja nessa quinta-feira (23).

Após admitir que houve pressão para que o Governo "jogasse fora das quatros linhas" no atrito com o Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro garantiu que "a chance é zero" de dar um golpe de Estado. Ele negou que teria convocado os atos antidemocráticos do 7 de setembro e concordou ter extrapolado em seu discurso na Avenida Paulista.

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A tensão com a Suprema Corte potencializou o coro pelo pedido de afastamento no Congresso, que acumula uma centena de pedidos de impeachment. Ainda assim, considera que se realinhou com o Parlamento "hoje em dia" e pretende "destravar" propostas de Governo nesta semana.

Como apontou na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente voltou a defender que sua gestão não tem casos de corrupção, apesar dos fortes indícios relacionados aos familiares e superfaturamentos apontados na CPI da Covid. "Agora, eu te pergunto: qual é a acusação contra mim? O que eu deixei, em que eu me omiti? O que eu deixei de fazer? Então, não tem cabimento uma questão dessas", concluiu.

Sobre a investigação dos senadores na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), descreveu que "tem gente que não pensa no seu país, ao invés de mostrar seu valor, ele quer caluniar o próximo". Bolsonaro não abriu mão do negacionismo e garantiu: "não errei em nada", em relação ao enfrentamento da pandemia. 

Ele reiterou a culpa da alta na inflação nas políticas de proteção sanitária promovida por Estados e Municípios no decorrer da crise sanitária. "A história vai mostrar que as medidas que tomamos, concretas, econômicas, ajudando estados e municípios com recursos, salvaram as pessoas", avaliou. 

Em perspectiva oposta da Ciência, o mandatário continuou em defesa do falso tratamento precoce para a infecção. "Continuo defendendo a cloroquina. Eu mesmo tomei quando fui infectado e fiquei bom. A hidroxicloroquina nunca matou ninguém", defendeu. Sobre o desinteresse na aquisição de imunizante que atrasou o Plano Nacional de Imunização (PNI), ele explicou que não aceitou as propostas da Pfizer porque a empresa não se responsabilizava sobre efeitos adversos e não investiu na Coronavac com antecedência por falta de comprovação científica.

Ainda sem partido, antes Bolsonaro assegurava que não disputaria a reeleição, entretanto, se mostrou interessado no pleito e chegou a citar a possibilidade de fechar com PP, PL ou PTB, siglas que compõem o bloco do Centrão. O presidente praticamente excluiu a continuidade do vice Hamilton Mourão (PRTB) em sua chapa. 

"O Mourão não tem a vivência política. Praticamente zero. E depois de velho é mais difícil aprender as coisas. Mas no meu entender, seria um bom senador", expressou.

Contrário ao Bolsa Família, classificado como manutenção de um 'curral eleitoral', o líder do Planalto vai mudar o nome do benefício e aumentar o repasse mínimo para R$ 300. Porém, garantiu que não é uma movimentação eleitoreira e nem vai ultrapassar o teto de gastos. "O [ministro da Economia] Paulo Guedes tem dito que a eleição estimula você a gastar para buscar a reeleição. Estimula você a fazer certas coisas que você não quer, para buscar a reeleição, isso aí é natural do ser humano", respondeu.

Ciceroneado pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, um grupo de diplomatas, parlamentares e jornalistas estrangeiros começa nesta quarta-feira (8) a percorrer parte da Amazônia brasileira. Segundo a vice-presidência, apesar de concentrada em cidades do Pará, a viagem é uma oportunidade para o governo federal apresentar a representantes da comunidade internacional a realidade regional e as ações públicas para preservação do bioma e desenvolvimento econômico da região que compreende nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.

"Esta viagem vai se desenvolver na Amazônia Oriental, mais especificamente no estado do Pará. O objetivo é apresentar a estas autoridades estrangeiras - bem como ao público brasileiro, por meio dos formadores de opinião que irão nos acompanhar - a realidade da região e as principais políticas [federais e estaduais] com vistas ao desenvolvimento da Amazônia Legal”, disse Mourão na última segunda-feira (6), no programa Por Dentro da Amazônia, transmitido pela Rádio Nacional AM.

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Segundo a assessoria da vice-presidência, participam da comitiva representantes diplomáticos de oito países (Angola, Espanha, França, Índia, Japão, Paraguai, Suíça e Uruguai), além do Reino Unido (formado por Escócia, Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales) e da União Europeia. Também viajam com o grupo membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA – bloco socioambiental formado pelos países sul-americanos que compartilham o território Amazônico: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela), jornalistas estrangeiros e brasileiros, parlamentares brasileiros e representantes dos ministérios do Meio Ambiente; Minas e Energia; Relações Exteriores e Ciência, Tecnologia e Inovações.

Até a sexta-feira (10), a comitiva visitará as cidades de Altamira, Belém, Medicilândia e Parauapebas. Entre as atividades programadas estão um sobrevoo à Floresta Nacional de Carajás; visitação a complexos mineradores da Vale, à usina de Belo Monte, à Fundação Evandro Chagas e ao Museu Emílio Goeldi, além de encontros com autoridades estaduais.

Em novembro de 2020, o Conselho Nacional da Amazônia Legal realizou uma primeira missão diplomática com o mesmo objetivo. Na ocasião, o conselho, presidido por Mourão e responsável por coordenar e acompanhar a implementação das políticas públicas relacionadas à Amazônia Legal levou chefes de missões diplomáticas da África do Sul, Alemanha, Canadá, Colômbia, França, Espanha, Peru, Portugal, Suécia, Reino Unido, União Europeia e OTCA a visitar pontos pré-definidos nas cidades de Manaus, São Gabriel da Cachoeira e Maturacá, todas no Amazonas.

“[Os integrantes da comitiva] tiveram a oportunidade de ver a realidade destas áreas tão distantes e isoladas do território brasileiro”, acrescentou o vice-presidente, explicando que, este ano, o Pará foi escolhido em função de, segundo Mourão, conciliar grandes centros urbanos, projetos de mineração e de infraestrutura, ações de proteção e preservação ambientais e investimentos em bioeconomia. “Isto [as viagens com representantes de outros países] nos incentiva a buscar cada vez mais recursos que propiciem recursos condições de vida melhores para todos que ali vivem”, acrescentou o vice-presidente durante o programa da Rádio Nacional AM.

Maior floresta tropical do mundo, a conservação da Amazônia desperta atenção internacional, já que, além dos prejuízos imediatos para a população local e para a economia brasileira, sua destruição causaria impactos globais, dentre eles a liberação de grande quantidade de gases de efeito estufa. No início de agosto, após a divulgação dos dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), o vice-presidente disse que o Brasil não atingirá, este ano, a meta de reduzir em 10% o desmatamento da Amazônia.

“Provavelmente, não vou cumprir aquilo que eu achava que seria o nosso papel: chegar a 10% de redução. Acho que vai dar na faixa de 4% a 5%, uma redução muito pequena, muito irrisória, mas que já é um caminho andado”, disse Mourão a jornalistas. Dias depois, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Orlando Leite Ribeiro, destacou os esforços da pasta para reverter imagem negativa do Brasil no exterior em relação ao desmatamento e a queimadas.

“É preciso diferenciar o problema que temos do problema da imagem. Temos, sim, problemas com o número crescente de desmatamento. O governo está ciente disso e tenta reverter. Mas existe um problema maior que é a percepção, no exterior, dessa situação. No imaginário popular europeu, a Amazônia está queimando e estão extraindo madeira no coração da Amazônia, mas a gente sabe que não é isso”, disse Ribeiro durante evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

 

 

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou nesta quarta-feira (8) que não “há clima” para o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), não por parte da população, nem por interesse do Congresso Nacional. A fala do vice acontece após as manifestações de 7 de Setembro, que ocorreram em diversas capitais e no Distrito Federal, e que foram convocadas pelo mandatário em um tom predominantemente antidemocrático.

Mourão, no entanto, não comentou as falas de Bolsonaro em Brasília e em São Paulo durante os atos. Para Mourão, o governo federal ainda tem “maioria confortável” entre os parlamentares e isso o garante permanência. “Não é a maioria pra aprovar grandes projetos, mas suficiente pra impedir algum processo prospere”, continuou. Nesse Dia da Independência, Bolsonaro teceu ameaças ao Supremo Tribunal Federal e ao ministro Alexandre de Moraes, e criticou o Tribunal Superior Eleitoral.

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Sobre as manifestações do 7 de Setembro, o vice-presidente afirmou que foram “expressivas” e que há tensão entre Judiciário e Executivo. “Manifestação expressiva, deixo de comentar discursos que foram feitos, porque é uma questão ética do vice-presidente. Na minha visão, existe um tensionamento entre o judiciário e o executivo”, justificou o militar.

Mourão ainda avaliou que um juiz não pode conduzir inquéritos, se referindo ao inquérito das Fake News que é conduzido pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes

“Tenho uma ideia muito clara sobre o inquérito conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes: não está correto. Juiz não pode conduzir inquérito. Acho que tudo se resolveria se o inquérito passasse para a PGR e acabou. Isso distensionaria os problemas”, disse.

Durante os atos de 7 de Setembro, Mourão postou uma mensagem nas redes sociais ressaltando a liberdade e o respeito na data. Na postagem, ele não comentou sobre as manifestações.

Em seu discurso, o chefe do Executivo chegou a dizer que convocaria o Conselho da República para esta quarta-feira (8), mas a convocação não aconteceu. Para Mourão, entretanto, existem integrantes na Praça dos Três Poderes que acreditam que a crise se estendeu de forma exagerada. “A gente precisa distensionar, existem cabeças ali dentro que entendem que isso foi além do que era necessário e conversando a gente se entende”, concluiu.

Em sessão nesta quarta-feira (8), o STF deve se pronunciar conjuntamente em repúdio aos discursos do 7 de Setembro.

O vice-presidente Hamilton Mourão admitiu, nesta segunda-feira (23), que não vive um bom momento de sua relação com o presidente Jair Bolsonaro, a quem promete lealdade, apesar das desavenças. "Não é uma relação simples. Nunca foi entre presidente e vice, nós não somos os primeiros a viver esse tipo de problema. Mas o presidente sabe muito que ele conta com a minha lealdade acima de tudo. Ele pode ficar tranquilo sempre a meu respeito", disse o general - que negou ter cogitado renunciar ao cargo devido a desentendimentos com o chefe do Executivo.

Segundo reportagem do jornal O Globo, a relação entre os dois se encontra em seu pior momento. Bolsonaro teria se irritado ao saber pela imprensa do comparecimento de Mourão a uma reunião às escondidas com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, inimigo número um da vez do presidente. A atitude do vice seria um dos motivos pela falta de condições de permanecer no cargo.

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A reunião, revelada pelo Estadão, ocorreu no último dia 10, quando o presidente assistiu a blindados da Marinha passarem em frente ao Congresso na data para a qual estava prevista a votação da PEC do voto Impresso, pauta prioritária do presidente, mas que acabou sendo arquivada pelo Parlamento. Naquele dia, Mourão assegurou a Barroso que as Forças Armadas não embarcariam em aventuras golpistas.

O presidente tem feito ataques sistemáticos ao ministro e promete entregar ao Senado pedido de impeachment contra Barroso, assim como fez com o ministro Alexandre de Moraes na última sexta-feira (20).

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) descartou a possibilidade de maiores problemas acontecerem em decorrência ou durante os atos marcados para o próximo 7 de setembro. Eleitores bolsonaristas de todo o país têm alimentado uma discussão inflamada nas redes sociais, fazendo ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF), Câmara dos Deputados e Senado. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou presença nas manifestações em Brasília e em São Paulo. Segundo o mandatário, não é mais possível ficar “inerte” diante da conduta “parcial” da Corte.

Em contrapartida, o vice minimizou os atos: “Isso aí tudo é fogo de palha. Zero preocupação”, disse Mourão nesta segunda-feira (23), em seu gabinete.

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Neste final de semana, Aleksander Lacerda, chefe do Comando de Policiamento do Interior-7 da Polícia Militar de São Paulo (PMSP), gravou vídeo convocando “amigos” para manifestação a favor de Bolsonaro. Na gravação, ele ofende o presidente do Senado, o governador João Doria e ministros do STF. Após a repercussão do caso, Aleksander foi afastado do cargo.

Sobre o episódio, Mourão pontuou que qualquer pronunciamento de caráter político está sujeito ao regulamento disciplinar da PM. Uma reunião do comando-geral da PM foi convocada para às 10h30 desta segunda-feira (23) e pode determinar outras punições a Lacerda.

Favorável ao impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), afirmou, nesta segunda-feira (23), que um governo gerido por Hamilton Mourão, vice-presidente do país, seria "mais sério", uma vez que, segundo Dino, o general "não se comportaria como um arruaceiro". O governador também disse, durante entrevista ao Uol News, acreditar que Bolsonaro pode invadir o Congresso Nacional ou o Supremo Tribunal Federal caso perca as eleições de 2022. 

Lembrando da situação vivida nos Estados Unidos após a vitória do presidente Joe Biden, Flávio disse que "tudo indica" uma reação de Bolsonaro parecida com a de Donald Trump. O ex-presidente americano incentivou atos em todo o país e a invasão do Capitólio. 

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"Acho que a atitude nesse momento deve ser de serenidade, porém, de firmeza porque mesmo que ele [Bolsonaro] não tenha êxito nessas tentativas de invadir o Congresso, invadir o Supremo, coisas desse tipo, tudo indica que algo desse tipo será tentado. E ao tentar, já há vítimas. Nós vimos isso no Capitólio, nos EUA. E temos que evitar essa confrontação entre brasileiros. A paz deve prevalecer, o respeito às regras da democracia deve prevalecer", frisou.

Na entrevista, Flávio Dino também ponderou que a eleição de 2022 pode se deparar com uma guerra civil se o clima instaurado por Bolsonaro, de insegurança e questionamentos do pleito, continuar. 

"Porque se nós formos para a eleição nesse clima gerado pelo Bolsonaro, nós podemos não ter problemas agora no 7 de setembro, mas podemos ter problema no outro 7 de setembro quando se avizinhará a derrota eleitoral do Bolsonaro. E, aí sim, no ambiente eleitoral eles podem perpetrar algum tipo de confrontação, assolar ódio, gerar uma espécie de guerra civil", salientou o pessebista. 

Governo Mourão

Sobre o vice-presidente Hamilton Mourão, que é o primeiro sucessor do presidente em caso de destituição do mandato através do impeachment, Flávio Dino disse que o general "apesar de ser uma pessoa à direita, é uma figura que tem se comportado de modo sério, respeitável, diferente do presidente da República". 

"O Mourão é uma pessoa mais à direita, mas não se comportaria como um arruaceiro, como um bagunceiro. Seria uma saída de transição quem sabe ou será uma saída de transição uma vez que Bolsonaro a essa altura está atormentado de desgovernado, inclusive, psicologicamente. Então, talvez fosse uma saída de transição para que haja eleições em paz no Brasil", declarou Flávio Dino em entrevista ao Uol News.

Segundo Dino, Bolsonaro já cometeu reiterados crimes de responsabilidade que embasariam a sua destituição do cargo. "Sou favorável ao impeachment. A oposição tem tentado, mas o que nós não temos são votos neste instante. Somos minoria na Câmara, mas temos tentado. Eu sou a favor do impeachment não só pelos aspectos políticos, mas também pelos aspectos jurídicos. Nós temos crimes de responsabilidade sendo perpetrados gravemente. Somente esse episódio de ameaçar, coagir o ministro Barroso, coagir o ministro Alexandre de Moraes, em qualquer país seria suficiente para o impeachment", declarou o governador.

O ministro Luis Felipe Salomão, corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o compartilhamento de informações que possam ajudar nas investigações da chapa eleitoral formada pelo atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e por seu vice, Hamilton Mourão (PRTB). As informações são do G1.

"Renovo não só o pedido de informações, como também o de compartilhamento de provas eventualmente produzidas que possam vir a interessar à solução das lides postas nos autos das Aijes (ações de investigação judicial eleitoral)", escreveu Salomão.

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Um dos inquéritos que deve ser compartilhado pelo STF, atendendo ao pedido do TSE, foi aberto em julho por ordem do ministro Alexandre de Moraes e investiga a organização e o funcionamento de uma suposta milícia digital voltada a ataques à democracia. O episódio envolve deputados bolsonaristas e aliados do presidente.

A dupla já é alvo de duas ações de investigação judicial eleitoral, em tramitação no TSE, por possíveis irregularidades na contratação de serviço de disparos em massa de mensagens em redes sociais durante a campanha de 2018. Os processos, apresentados por candidatos adversários, pressionam pela cassação da chapa por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.

Diante do agravamento da crise institucional que pressiona pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o vice Hamilton Mourão (PRTB) teria sido aconselhado a abandonar o Governo. Segundo publicação do Fórum, um general da reserva muito próximo a Mourão sugeriu a saída para viabilizar a destituição do chefe do Executivo.

De acordo com a reportagem, o vice-presidente foi aconselhado pelo amigo no início da semana, mas não deu indícios de apoio. Contudo, a posição teria sido reavaliada nos últimos dias após declarações de Bolsonaro sobre o braço direito do Governo Federal.

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Na segunda (26), em entrevista à rádio Arapuan da Paraíba, o presidente afirmou que "o vice é uma pessoa importantíssima para agregar simpatias e o Mourão tem uma independência muito grande e por vezes atrapalha a gente". Ele ainda comparou o cargo com uma relação de parentesco. “É igual a cunhado. Você casa e tem que aturar o cunhado do teu lado. Não pode mandar cunhado embora", acrescentou.

Durante o posicionamento, Bolsonaro indicou que pretende mudar de vice na chapa de 2022, com a presença de alguém "agregador", preferencialmente com maior tino político.

O mandatário chegou a revelar que escolheu Mourão de última hora, possivelmente com a intenção de ganhar um reforço da ala militar. “A escolha do meu vice na última foi muito em cima da hora, assim como a composição das bancadas, principalmente para deputado federal. Muitos parlamentares, depois de ganharem com o nosso nome, transformaram-se em verdadeiros inimigos. O vice é uma pessoa importantíssima para agregar simpatia. Alguns falam que um bom vice poderia ser de Minas Gerais, de um estado do Nordeste, de uma mulher ou de um perfil mais agregador pelo Brasil”, complementou.

No colo de Lira 

Como sucessor direto em caso de impeachment, nos bastidores, a figura de Mourão estaria sustentando a abertura do processo contra o presidente. Caso confirme a saída da gestão, o sucessor de Bolsonaro passa a ser o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que detém o poder de abrir o procedimento contra o mandatário.

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) preferiu não responder a critica feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra ele. Segundo Bolsonaro, Mourão "atrapalha um pouco" o governo.

"Sem comentários", declarou Mourão após ser questionado pela CNN Brasil sobre o assunto.O vice-presidente está no Peru para acompanhar a posse do presidente eleito Pedro Castillo.

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Em entrevista nessa segunda-feira (26), Bolsonaro chegou a dizer que Mourão foi escolhido "a toque de caixa" e "faz o seu trabalho" com "uma independência muito grande".

“O Mourão faz o seu trabalho, tem uma independência muito grande. Por vezes aí atrapalha um pouco a gente, mas o vice é igual cunhado, né. Você casa e tem que aturar o cunhado do teu lado. Você não pode mandar o cunhado embora. Então, estamos com Mourão, sem grandes problemas“, declarou Bolsonaro ao falar para a rádio Arapuan FM, da Paraíba.

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou o compartilhamento de provas dos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos com as ações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na prática, o TSE, que apura a existência de redes de disparo em massa de fake news de modo ilegal durante as eleições de 2018, recebe novas evidências que sugerem o envolvimento de Jair Bolsonaro na promoção de atos contra o STF e o Congresso. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

Segundo as denúncias encaminhadas ao TSE, o esquema posto em prática nas últimas eleições presidenciais teria sido ilegalmente financiado por empresários, por meio de recursos não declarados. A ação criminosa compreenderia, então, duas ilegalidades. A primeira delas é a captação de dinheiro de empresas para a campanha eleitoral, o que é proibido por lei. E a outra, a formação de caixa dois para disseminar notícias falsas em favor de Bolsonaro e contra seus adversários.

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Com isso, o processo não só possibilitaria a cassação do atual presidente, mas também do vice da chapa, Hamilton Mourão (PRTB). O relator das ações no TSE é o corregedor-geral do tribunal, o ministro Luis Felipe Salomão.

Tensão entre Bolsonaro e STF

Segundo a coluna Painel, da Folha, Moraes não despachou no caso especificamente, mas autorizou o envio de provas das investigações mais sensíveis ao presidente. Na última sexta-feira (9), a Folha já havia noticiado que além de ter aberto novo inquérito sobre a suposta organização criminosa que atua contra as instituições, o ministro do STF juntou a apuração dos atos antidemocráticos (já arquivada) com a das fake news, resultando em um “superinquérito” cujos alvos são todos ao redor do presidente.

No STF, as investigações são interpretadas como uma garantia caso Bolsonaro insista em tensionar ainda mais a relação com os ministros do TSE e STF em decorrência da proximidade da eleição de 2022. Também na sexta-feira, após o presidente proferir ataques contra Luís Roberto Barroso, Moraes, que é o futuro presidente do TSE, usou seu Twitter para se posicionar. "Não serão admitidos atos contra a Democracia e o Estado de Direito, por configurar crime comum e de responsabilidade", disse.

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) parece não estar com o discurso alinhado ao do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Depois de várias declarações de Bolsonaro colocando em risco a realização das eleições em 2022 e duvidando da lisura do processo eleitoral, Mourão afirmou que a disputa presidencial vai acontecer sim. 

"Cumpro o meu papel pelo bem do Brasil. Mas eleição vai haver, eu garanto", declarou ao colunista do UOL Josias de Souza. "As eleições serão realizadas", reforçou Mourão ao falar também sobre o assunto para a CNN.

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Na última sexta-feira (9), assim como já tinha dito em outros momentos, Jair Bolsonaro acusou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de participar de fraudes ao não aceitar a implantação do voto impresso e disse que "corremos o risco de não termos eleições no ano que vem".

 

O vice-presidente Hamilton Mourão criticou novamente a forma como o governo federal se comunicou com a população durante a pandemia do novo coronavírus. Mourão disse nesta quarta-feira (23) que informar corretamente é um "princípio de liderança" e citou a distribuição de notícias falsas. "Tem muita coisa que circula pela internet. Umas são verdadeiras, outras nem tanto. Nessas horas, tem que ter uma informação precisa e veraz, para que as pessoas entendam o que está acontecendo", disse em conversa com jornalistas.

O general ainda cobrou sensibilidade de integrantes do governo em relação ao crescente número de mortes por covid-19. "Ninguém no governo pode ficar achando: não, está morrendo gente aí. Não sou eu, não é meu filho, não é minha filha. Negativo". "Acho que, sem exceção, todos aqui no governo perderam alguém. Podem não ser da família, mas amigos próximos, amigos de uma vida inteira que se foram", lamentou.

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Mourão reiterou a visão exposta nesta terça, 22, em entrevista à GloboNews, quando afirmou que o governo deveria ter realizado "campanha de esclarecimento da população sobre a realidade da doença". Na contramão de Mourão, o presidente Jair Bolsonaro já defendeu a redução dos investimentos em peças publicitárias com informações sobre a pandemia. "Alguém precisa de propaganda na televisão sobre covid ou todo mundo sabe o que está acontecendo?", questionou o presidente em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada no último dia 15.

Na conversa com jornalistas de hoje, o vice-presidente evitou falar sobre as acusações de irregularidades nos contratos do governo para a compra da vacina Covaxin e de suposto favorecimento à empresa Precisa Medicamentos, responsável pela vacina indiana no Brasil.

Mourão fez críticas à CPI da Covid, que, segundo ele, não debate ações do governo "extremamente importantes para mitigar os efeitos da pandemia". Mencionou os programas de auxílio emergencial e de manutenção do emprego. "Medidas foram tomadas para socorrer a economia, as pessoas que trabalham, as empresas que produzem e a própria questão social, com recursos que foram colocados na mão dos mais vulneráveis", disse.

Na avaliação do vice, posicionamentos dele contrários às ideias de Bolsonaro não são o motivo de seu isolamento dentro do governo, mas admite que existem diferenças entre os dois. "O presidente tem uma forma de ver as coisas. Ele é o decisor. Eu tenho outra maneira de ver. Não vou contra as decisões do governo. Agora, algumas observações eu faço", disse.

O general afirmou que não precisa deixar o governo caso concorra ao Senado nas eleições de 2022, mas não confirmou desejo de se tornar parlamentar. Admitiu também que sua presença na chapa de Bolsonaro não é necessária por não pertencer a um partido grande. "Com a eleição polarizada como está nesse momento, o presidente vai precisar de uma composição mais forte que a que o elegeu, que foi praticamente nenhuma em 2018. Consequentemente, algum partido daqueles que o apoiarem vão solicitar para compor a chapa com um vice-presidente".

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) declarou, nesta segunda-feira (10), que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não irá escolhê-lo para compor a chapa à reeleição em 2022. Minimizando a situação, Mourão disse que continua “a ser general da reserva”.

“Tudo indica que ele não me quer como vice. Mas também não vou morrer por causa disso”, declarou Mourão em entrevista ao UOL. Quando questionado sobre uma possível candidatura ao Senado Federal, o militar desconversou. "Por enquanto acompanho o presidente Bolsonaro, porque fui eleito para ser vice-presidente dele até 31 de dezembro do ano que vem", disse.

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O vice também escolheu não comentar a possibilidade de Bolsonaro migrar para o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), onde está inserido, e defendeu o presidente ao negar que ele tenha cometido crime passível de impeachment.

“São questões de interpretações sempre. Não existe uma pressão popular para isso. Você pode dizer que o presidente perdeu popularidade em determinados segmentos da sociedade, mas em outros ele continua com a popularidade dele. Além disso, ele possui uma base consistente dentro do Congresso”, finalizou o general.

 

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou, nesta sexta-feira (16), que o governo não descarta a possibilidade prorrogar a Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na Amazônia por conta do desmatamento. A alternativa está em estudo, segundo Mourão, que é presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal.

"Tem estudo para isso (prorrogar a GLO), caso a gente sinta que precisa reforçar aí as ações a gente solicita ao presidente para prorrogar. Por enquanto, está sendo estudado", disse em conversa com a imprensa na chegada ao Palácio do Planalto nesta manhã.

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A prorrogação da GLO seria uma opção para o governo, caso a meta de redução do desmatamento não seja alcançada. "A minha visão é que temos que chegar a julho com no mínimo 15% de queda no desmatamento. Então, se eu não vou conseguir cumprir essa meta tenho que intensificar as ações", declarou Mourão.

O governo se organiza para a retirada dos militares da região amazônica a partir do dia 30 de abril. De acordo com o vice-presidente, contudo, a decisão pode ser revista com facilidade. "Isso aí tomada a decisão em 24 horas entra em ação", comentou em referência a uma possível determinação para prorrogar a GLO.

O vice-presidente disse ainda que não há uma definição sobre até quando a presença dos militares na região poderia ser prorrogada. "Pode ser só até julho. Tudo vai depender do que vai acontecer daqui para frente." No momento, as políticas ambientais do Brasil retomam ao foco internacional com a aproximação da Cúpula dos Líderes sobre o Clima na semana que vem.

Nesta semana, Mourão publicou o Plano Amazônia 2021/2022, que traz diretrizes para o combate ao desmatamento e queimadas. O documento foi alvo de críticas por propor uma meta baixa de redução do desmatamento ao volume dos níveis médios registrados entre 2016 e 2020. Em carta enviada ao presidente norte-americano Joe Biden, o presidente Jair Bolsonaro citou a necessidade "recursos vultosos" e o pagamento ao Brasil por seus serviços ambientais.

Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou improcedente duas ações para cassar a chapa vencedora das eleições de 2018, formada pelo presidente Jair Bolsonaro e o vice-presidente, Hamilton Mourão.

O tribunal julgou ações de investigação eleitoral protocoladas pela Coligação Brasil Soberano (PDT/Avante), que também disputou o pleito.

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As legendas alegaram que houve prática de abuso de poder econômico por supostos disparos ilegais em massa de mensagens no aplicativo WhatsApp. Pela lei, somente a propaganda paga pode ser feita nas redes sociais. Para justificar a ação, os partidos apresentaram cópia de uma matéria jornalística para embasar a acusação.

Ao julgar o caso, os ministros seguiram voto proferido pelo relator, Luis Felipe Salomão. Segundo o ministro, a coligação não apresentou provas das acusações.

“A inicial veio instruída somente com essa notícia jornalística e, no curso da demanda, a autora não apresentou provas dos supostos fatos e aquelas provas que queria produzir eram impertinentes, inadequadas ou ilegais para comprovar o fato apontado na inicial”, afirmou.

O entendimento foi acompanhado pelos ministros Mauro Campbell, Tarcísio Vieira, Sérgio Banhos, Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

Defesa

Durante o julgamento, a advogada Karina Kufa, representante do presidente, disse que não foram apresentadas provas para embasar a acusação. Segundo a advogada, em outro processo que correu na Justiça, ficou concluído que a matéria jornalística citada não se sustentava.

“Temos uma situação preocupante, sem qualquer embasamento jurídico, sem qualquer prova ou indício de prova e um lapso temporal acima do que é razoável para o julgamento dessa ação”, argumentou.

A advogada Karina Fidelix, represente de Mourão, afirmou que as acusações são genéticas e sem respaldo probatório.

Sem explicação oficial à imprensa, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu na manhã desta terça-feira (9) com seus ministros sem a presença do vice-presidente Hamilton Mourão.

A ausência de Hamilton Mourão em reuniões do governo já havia acontecido na semana passada. O fato chama atenção da imprensa brasileira em meio às suposições de que haveria um racha entre Bolsonaro e seu vice.

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Dos 23 ministros do presidente da República, apenas Fábio Faria, das Comunicações, não participou, porque ele está em viagem ao Japão.

Segundo informações do jornal O Globo, a estratégia é evitar as reuniões de Conselho de Governo, que contam com a participação do vice, e organizar outras, das quais ele pode ser excluído.

Segundo auxiliares da presidência, Bolsonaro entende que o vice usa as informações das reuniões do Conselho de Governo para dar declarações à imprensa, nas quais rebate algumas ações e pontos de vista do presidente.

Além disso, há o imbróglio no fim de janeiro envolvendo um assessor de Mourão, que teve revelada uma conversa com o chefe de gabinete de um deputado federal sobre as articulações em curso no Congresso para um eventual impeachment de Bolsonaro.

O assessor acabou demitido, e Mourão, que reconheceu a veracidade dos fatos, passou a se comunicar menos com a imprensa.

Da Sputnik Brasil

Diante dos rumores de que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vai autorizar o andamento de um dos quase 60 pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) usou o Twitter, nesta segunda-feira (1º), para afirmar que não vê motivos para que o democrata aceite uma das solicitações de destituição do mandato Chefe do Executivo Federal. 

"Como Vice-Presidente, afirmo que não há nenhuma motivação para a aceitação de pedido de impeachment do nosso PR Jair Bolsonaro, o qual tem trabalhado incansavelmente para superar os desafios que o século XXI impõe ao Brasil", escreveu Mourão em defesa do aliado.

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Em caso de afastamento ou até mesmo impeachment de Bolsonaro, Mourão é quem assume o comando do país.

As tratativas de bastidores do presidente para interferir no processo de escolha do novo deputado que vai guiar a Câmara Federal nos próximos dois anos tem gerado insatisfação em Maia, que chegou a ameaçar a aceitação do impeachment como seu último ato no mandato atual que encerra após a eleição marcada para às 19h de hoje. 

O desenvolvimento sustentável da Amazônia só será possível com a participação do setor privado, defendeu nesta quarta-feira (27) o vice-presidente Hamilton Mourão, durante sua participação, de forma virtual, no Fórum Econômico Mundial. Mourão falou no painel Financiando a Transição da Amazônia para uma Bioeconomia Sustentável.

“O futuro sustentável da Amazônia depende da expansão da bioeconomia e isso só vai se tornar realidade com a participação do setor privado”, disse Mourão.

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Segundo o vice-presidente, em um cenário pós-pandemia, os governos da região não terão condições superavitárias para realizar os investimentos necessários para o desenvolvimento da Amazônia, como as ações tecnológicas.

Mourão reconheceu, entretanto, que há problemas de infraestrutura que dificultam a chegada de investimentos na região.

Mourão disse que o ano de 2020 foi o mais “desafiador” no combate às queimadas no país em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

“Apesar da escassez de recursos devido à pandemia, o Brasil trabalhou sem parar para tentar lutar contra os incêndios ilegais e desmatamentos. Foi uma causa difícil, mas não impossível de ganhar”, afirmou.

O vice-presidente disse que as ações do governo também resultaram, em 2020, em uma redução de 17% no desmatamento na Amazônia. Ele disse ainda que apesar da pressão internacional em relação ao aumento das queimadas, o mesmo não pode ser dito sobre os investimentos.

“Mesmo que o interesse sobre o estatuto internacional da Amazônia tenha aumentado, não se pode dizer o mesmo da cooperação técnica e financeira, que está aquém do necessário”, disse.

Segundo o vice-presidente, o Brasil voltou a negociar com governos os recursos para o Fundo Amazônico, estabelecido em 2008. 

Mourão disse ainda que o governo está comprometido com a agenda ambiental e citou as metas climáticas apresentadas pelo país no Acordo de Paris, prometendo zerar, até 2060, a emissão de gases do efeito estufa.

“A nossa tarefa é enorme, mas estamos fazendo os nossos melhores esforços para encontrar meios para implementar políticas e projetos para que a Amazônia possa alcançar seu pleno potencial, para os benefícios da população mundial e brasileira, enquanto preserva seus recursos naturais”, disse.

O vice-presidente Hamilton Mourão comemorou, nesta segunda-feira (18), a aprovação do uso emergencial de duas vacinas contra a Covid-19 no Brasil. Ele não quis entrar em detalhes, contudo, sobre a vacinação da primeira pessoa no País realizada ontem, sob a tutela do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O vice-presidente chamou a repercussão da vacinação de "politicagem".

Ontem, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial no País da vacina Coronavac, desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca.

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"Há três meses atrás o que falei? Que nós iríamos ter vacina, que a vacina seria aprovada. A Anvisa fez o excelente trabalho dela", comentou Mourão na chegada à vice-presidência nesta manhã. Ele ressaltou que o País tem imunizantes suficientes já contratados para vacinar 70% da população brasileira até o fim do ano.

A enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, há oito meses na linha de frente do combate ao coronavírus no Hospital Emílio Ribas, na capital paulista, foi a primeira brasileira a receber uma dose da Coronavac. Logo após a confirmação do registro emergencial, Doria fez uma cerimônia para garantir a primeira foto da vacinação no País antes mesmo que o Butantan assinasse um termo de compromisso exigido pela Anvisa.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, avaliou na tarde de ontem que o evento promovido pelo governador estava "em desacordo com a lei". Questionado sobre a fala do chefe da Saúde, Mourão evitou se aprofundar no assunto: "Não vou entrar nesses detalhes, isso aí tudo é politicagem. Eu não entro na politicagem, (no) meu caso aqui lido com as coisas de modo objetivo, isso aí deixo de lado", disse.

O vice-presidente também disse não ter sentido "nada" ao ver a vacinação da primeira pessoa no País, mas concordou que quanto mais rápido ocorrer a campanha de imunização melhor. Ele ressaltou ainda que é preciso seguir medidas de proteção mesmo após a vacinação. "O próprio ministro Pazuello falou isso semana passada, leva um tempo para que a vacina faça seus efeitos."

Para ele, o primeiro lote da vacina deve permitir a vacinação de até 20% do primeiro grupo prioritário e em abril o Brasil deve atingir a capacidade de imunização contínua. "Julgo, pelos cálculos que estão sendo feitos, a partir de abril a gente entra no modo contínuo de vacinação e consequentemente uma situação melhor para o País como um todo", afirmou.

O processo de imunização dos brasileiros permitirá depois que, na opinião do vice-presidente, o Brasil possa "resolver a situação econômica". "Nós vamos resolver esse problema da pandemia e o principal que vem depois a gente resolver a situação econômica do País de modo que a gente consiga retornar a uma situação melhor de emprego para o nosso povo e o País entre em um ciclo de crescimento", declarou.

Nesta manhã, governadores e o ministro da Saúde entraram em acordo para a antecipação do início da campanha de vacinação contra a Covid-19. Antes prevista para quarta-feira, Pazuello anunciou que a imunização deve começar hoje, às 17 horas. De acordo com o Ministério da Saúde, serão distribuídas 4,6 milhões de doses da vacina aos Estados e cerca de 1,3 milhão permanecem em São Paulo.

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