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A noite de paredão dessa terça-feira (23) no BBB, reservou uma eliminação de Carla Dias com uma diferença de menos de 1% em relação a Rodolffo, segundo mais votado. Ao ficar na casa, sua reação foi de comemoração, com direito a banho de piscina e relaxar na jacuzzi.

O cantor, que polemizou a fazer “piada” preconceituosa sobre Fiuk gostar de usar vestido, imaginava que iria sair e por não ter essa resposta, minimizou seu erro e disse ter pensado isso por conta do “mimimi do povo pra cima e para baixo”.

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“Se eu tivesse feito cag*da grande, não tinha como não sair, não tem como. Ainda mais no mundo de hoje, o tanto de mimimi pra cima e pra baixo aí, não tinha como”, disse ele em conversa com Arthur, durante banho na jacuzzi.

Arthur tentou corrigir a fala do brother. “Não é o termo não é nem mimimi véi, são as pautas da rapazeada aí, as lutas. Tem uma galera que realmente sofre demais com esse tipo de coisa, então é normal o Gil ter se sentido ofendido”.

Os dois continuam conversando e Rodolffo concluiu que está feliz que seu erro não o pôs pra fora da casa, pesando na sua eliminação.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), apresentou ao Ministério Público (MP) uma representação contra Roberto Jefferson, ex-parlamentar e presidente do PTB, na última sexta-feira (19), por injúria e homofobia. Jefferson teria chamado o governador de “viado” e “calcinha cor de rosa” em entrevista.

Na semana passada, dia 12 de março, Roberto Jefferson, que é investigado pelo inquérito dos atos antidemocráticos contra o Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu os adjetivos preconceituosos a Eduardo Leite enquanto criticava as restrições decretadas pelo governador para conter o avanço da pandemia no estado. Eduardo declarou que a atitude de Jefferson era “uma agressão” que não é exclusivamente a ele “mas a toda sociedade”.

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Eduardo Leite disse em vídeo que as falas de Jefferson são “manifestações que geram confrontos”, "discórdia", enfatizou que essas atitudes “são indignas e não podem ser toleradas”.

Em seu perfil nas redes sociais, a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul publicou uma nota de repúdio contra as falas de Roberto Jefferson. O órgão afirmou que as falas do ex-parlamentar desinformam a população quanto à gravidade da pandemia e ofendem o governador do estado e grupos minoritários.

"Ademais, cabe ressaltar que alimentar discursos negacionistas leva a desinformação, fragiliza o combate à pandemia e deixa desarmônica as relações institucionais, o que por sua vez pouco - ou nada - contribuem para o fortalecimento da democracia e de seu pleno funcionamento… Por estas razões, a Defensoria Pública expressa sua solidariedade com toda comunidade LGBT, com o senhor governador Eduardo Leite e com todos os gaúchos que clamam pela restauração da racionalidade no debate público”, declarou a Defensoria.

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Defensor dos direitos LGBTQI+, Agripino Magalhães, afirma que após denunciar o jogador Neymar Júnior ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por causa de suposto caso de homofobia em um áudio vazado, começou a receber ameaças de morte e tentativas de suborno. No áudio, é possível ouvir o atleta desferindo diversas ofensas homofóbicas ao ex-namorado da mãe, Tiago Ramos.

Segundo Magalhães, que também é deputado estadual suplente pelo PSB de São Paulo, um homem o procurou oferencendo dinheiro para que desistisse da denúncia e apagasse todas as postagens relacionadas ao caso. Esse homem é supostamente representante de Neymar e teria oferecido um suborno de R$ 350 mil reais.

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No áudio, é possível além de ouvir Neymar proferindo ofensas homofóbicas como “viadinho” e outros termos pejorativos, os seus amigos, que não foram identificados, oferencendo ajuda ao jogador para vingança e até agredir Tiago Ramos.

A promotora responsável pelo caso, Cristiana Tobias Steiner, da 1ª promotoria de Justiça Criminal da Capital, afirma que não foi encontrado nos áudios intenção de cometimento de crimes em razão da orientação sexual da vítima e que caberia à própria vítima, Tiago Ramos, entrar com representação por injúria. Ainda assim, a promotora decidiu que o caso segue com instalação de inquérito para apurar os crimes de ameaça.

 

Segundo informações da colunista Fábia Oliveira, o jogador Neymar Jr. será alvo de um novo inquérito policial por causa das denúncias de homofobia, incitação ao ódio e ameaça de morte contra Tiago Ramos feitas em 2020 pelo ativista LGBTI+ Agripino Magalhães.

Ainda de acordo com a jornalista, Neymar Jr. vai depor na próxima quarta-feira, dia 10, na 15ª Delegacia Policial em São Paulo. Agripino comemorou o novo inquérito:

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As pessoas pensaram que o assunto tinha sido encerrado, mas nós recorremos contra a decisão do arquivamento do Ministério Público de São Paulo na época, e agora a nova ação avançou para a formalização das provas e, se Deus quiser, nós vamos chegar a abertura mesmo de um processo contra Neymar. Acredito que o jogador será ouvido também por esses dias por videoconferência.

O ativista falou sobre a indenização e o respeito com as pessoas LGBTI+:

Nós estamos pedindo três milhões de dólares (cerca de 17 milhões de reais) de indenização e não é tanto pelo dinheiro, é pelo respeito que as pessoas precisam ter pelos LGBTI+. É uma forma de provar que não se pode ofender com chacotas, músicas, xingamentos e até ameaçar qualquer pessoa por sua orientação sexual. Existem pessoas que só aprendem, só acordam para a vida quando dói no bolso.

O advogado Ângelo Carbone deu mais detalhes do caso e da dimensão da ação de uma pessoa com a popularidade de Neymar Jr.:

É bom ressaltar que ninguém é contra o Neymar. Ninguém quer aparecer. O problema maior de toda essa polêmica está no fato do jogador ser uma pessoa com milhões de seguidores. Fãs de todas as idades, mas boa parte jovens, que podem pensar que é normal xingar, ameaçar e até mesmo matar um LGBTI+. Não! Temos que mudar essa mentalidade e punir aqueles que incentivam esse absurdo.

 

O Arcebispo de Natal, no Rio Grande do Norte, Dom Jaime Vieira Rocha, causou polêmica após sua postura em uma entrevista durante uma festividade nesta segunda-feira (1º). O religioso, perguntou ao integrante da equipe de comunicação se a entrevista estava sendo usada para 'ridicularizar' ele, e por conta disso, nas redes sociais foi acusado de homofobia. Em nota, ele pediu desculpas. 

O vídeo que viralizou nas redes sociais mostra o Arcebispo se negando a conceder entrevista para Ricardo Sérgio e questionando se a entrevista buscava ridicularizar. Nas redes sociais a maioria das críticas foram direcionadas ao sacerdote. 

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"O que ele sofreu é lamentável e merece repúdio, mas você não pode afirmar que ele está cercado de rejeição", disse um internauta. Já outros afirmavam que não se tratava de homofobia e ele ficou incomodado com o "show". "É só respirar o padre, qual foi o problema? Subiu lá pra fazer show?", disse um defensor. 

Em nota, Dom Jaime se pronunciou sobre o ocorrido: "Desculpas se posso ter causado algum inconveniente aos irmãos dessa amada paróquia no âmbito das relações interpessoais, na noite desta segunda-feira, 01 de fevereiro, após a última novena da Festa de Nossa Senhora da Piedade".

Ele também direcionou algumas palavras ao rapaz envolvido na situação: "Ao agente Ricardo Sérgio e demais membros daquela equipe da Pascom, meu reconhecimento pelo importante trabalho que desempenham, bem como todas as equipes da Pastoral da Comunicação em nossas paróquias, especialmente, durante este período da pandemia, proporcionando que os fiéis possam participar das missas e demais celebrações, mesmo de forma virtual. Que Deus os recompense pelo zelo missionário e evangelizador, por meio da comunicação", finalizou.

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O coletivo Fiel LGBT anunciou que terá uma reunião com representantes do Corinthians nesta sexta-feira, no Parque São Jorge. Em dezembro, o clube alvinegro fez uma publicação homofóbica em seu perfil no Twitter relacionada ao rival São Paulo e prometeu que tomaria uma série de medidas para evitar que o episódio voltasse a acontecer, inclusive um curso de reciclagem para funcionários. Conforme apurou o Estadão, o encontro desta sexta tem com o objetivo conhecer as pessoas do coletivo e ouvir suas ideias.

No dia seguinte ao episódio homofóbico, o Fiel LGBT publicou uma carta aberta ao Corinthians. Nela, o coletivo repudiou o acontecimento e afirmou que para o clube "ser o time do povo", precisaria ser, também, "o time de todos". "Acreditamos que qualquer um pode ter a bola nos pés e um escudo no peito, independentemente de sexualidade", acrescentou.

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O primeiro contato entre clube e Fiel LGBT aconteceu há cerca de dez meses. Em decorrência da pandemia da covid-19 não houve a possibilidade de encontro presencial entre as partes. Desta forma, a reunião que acontecerá nesta sexta será inédita.

Em 15 de dezembro, o Corinthians fez uma postagem homofóbica em seu perfil no Twitter. Ao responder um seguidor sobre a invencibilidade no clássico contra o São Paulo, na Neo Química Arena, o clube publicou a foto de um panetone, fazendo alusão ao Morumbi. A relação entre o palco dos jogos do time rival e o tradicional doce natalino é uma provocação de cunho homofóbico em que o estádio seria "recheado de frutinhas".

A mensagem foi apagada pouco depois. No entanto, o perfil do São Paulo na rede social rebateu a provocação homofóbica ao lembrar a campanha realizada pelos clubes em agosto de 2019. Naquela época, o Corinthians compartilhou uma mensagem contra gritos homofóbicos nos estádios. O São Paulo, então, repostou a publicação corintiana e questionou se "não era no dia-a-dia" o combate ao preconceito, referindo-se ao texto original publicado pelo clube alvinegro em 2019.

"Caros torcedores, infelizmente um colaborador nosso se referiu ao estádio do Morumbi com uma piada homofóbica nesta tarde, por completa ignorância do sentido. Como o post é totalmente incompatível com a missão do Corinthians, foi apagado. Pedimos sinceras desculpas pelo ocorrido", escreveu o clube naquela época.

No dia seguinte, o Corinthians anunciou medidas internas de combate à homofobia. "Instalaremos imediata e permanentemente uma reciclagem de todos os profissionais da área, com conversas e palestras a respeito de boas práticas de Comunicação e Responsabilidade Social, envolvendo entidades e pensadores de causas pertinentes à missão do Corinthians", revelou.

A cantora Ivete Sangalo recebeu, no último domingo (27), o Troféu Mário Lago no programa Domingão do Faustão. Reconhecimento dado por sua contribuição cultural nos últimos anos. Durante o programa, Ivete aproveitou o seu momento de discurso para fazer uma crítica social ao país e levantou questionamentos sobre a desigualdade e preconceito sofrido por 'minorias'.

"Somos conhecidos por nossa alegria e agradeço demais por isso, mas há também de ter um reconhecimento de nossas falhas como sociedade. O nosso país é o que mais mata homossexuais no mundo. O Brasil é um país racista, homofóbico, de feminicídio e de ataques às minorias, que na verdade não são minoria", disse a cantora.

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"Agradeço muito pelo fato de ser uma pessoa famosa, mas sou mãe. O meu filho pode correr na rua sem camisa. Para mim, seria terrível não deixar meu filho andar na rua porque poderia ser alvejado por uma bala... Ou um filho meu ser homossexual e não poder ser feliz. Me perguntam muitas vezes o que eu vou ensinar para minhas filhas sobre esse mundo machista. Não ensino às minhas filhas, ensino ao meu filho que ele tem que entender o seu próprio poder, mas que também precisa respeitar o poder de existência do outro, de quem quer que seja", emendou Ivete.

O nome da artista alcançou os assuntos mais comentados do Twitter após seu discurso na atração, principalmente porque a cantora é conhecida por não se manifestar em assuntos de políticas sociais e é sempre discreta ao levantarem polêmicas com o seu nome.

O Corinthians anunciou nesta quarta-feira que vai tomar uma série de medidas para evitar o mesmo incidente registrado nas redes sociais na última terça. Após o perfil oficial do clube no Twitter fazer uma piada homofóbica sobre o São Paulo, a diretoria disse em nota oficial que tomou "medidas cabíveis" com relação aos responsáveis pela postagem e vai promover cursos de reciclagem para o departamento de comunicação com conteúdo sobre causas sociais.

A polêmica teve início na tarde de terça-feira. Ao responder a um seguidor no Twitter sobre a invencibilidade no clássico contra o São Paulo na Neo Química Arena, o Corinthians publicou uma foto de panetone para falar sobre o Morumbi. A relação entre Morumbi e panetone na provocação homofóbica é que o estádio do São Paulo "é cheio de frutinhas", assim como a tradicional iguaria natalina.

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A mensagem foi apagada logo depois, mas o perfil oficial do São Paulo rebateu o conteúdo ao relembrar de outra postagem feita pelo Corinthians em agosto do ano passado. Nela, o clube alvinegro fazia uma campanha contra gritos homofóbicos em estádios. O São Paulo recuperou essa publicação e questionou se essa postura não deveria ser aplicada no dia a dia.

Após esse incidente, o Corinthians contou que tomou algumas atitudes contra o responsável pela mensagem e o seu gestor imediato. Para evitar novos problemas, o time alvinegro prometeu realizar cursos para toda a equipe de comunicação. "O clube instalará imediata e permanentemente uma reciclagem de todos os profissionais da área, com conversas e palestras a respeito de boas práticas de Comunicação e Responsabilidade Social, envolvendo entidades e pensadores de causas pertinentes à missão do Corinthians", disse em nota.

O clube se comprometeu a divulgar à torcida todas as etapas desses cursos de atualização e por enquanto suspendeu as atividades do quadro "Fala, Fiel", que promove interações em tempo real com os torcedores no Twitter. A atividade só será reatividade depois da realização dos cursos voltados à equipe do departamento de comunicação.

O Corinthians fez uma postagem homofóbica em seu perfil no Twitter nesta terça-feira. Ao responder a um seguidor sobre a invencibilidade no clássico contra o São Paulo na Neo Química Arena, o clube publicou a foto de um panetone para falar sobre o Morumbi. A relação entre o estádio e panetone na provocação homofóbica é que o estádio do São Paulo "é cheio de frutinhas", assim como o tradicional doce natalino.

A mensagem foi apagada pouco depois. No entanto, o perfil do São Paulo rebateu a provocação homofóbica ao lembrar a campanha realizada pelos clubes em agosto de 2019. Na época, o Corinthians compartilhou uma mensagem contra os gritos homofóbicos nos estádios. Nesta terça, o São Paulo repostou a publicação corintiana e questionou se "não era no dia-a-dia" o combate ao preconceito, referindo-se ao texto original publicado pelo Corinthians em 2019.

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Após apagar a publicação homofóbica, o Corinthians fez uma postagem para se desculpar. "Caros torcedores, infelizmente um colaborador nosso se referiu ao estádio do Morumbi com uma piada homofóbica neste tarde, por completa ignorância do sentido. Como o post é totalmente incompatível com a missão do Corinthians, foi apagado. Pedimos sinceras desculpas pelo ocorrido", escreveu o clube.

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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal marque o depoimento do Ministro da Educação, Milton Ribeiro, sobre a acusação da prática do crime de homofobia. Em entrevista ao Estadão, publicada em setembro, Ribeiro disse que o 'homossexualismo (sic)' é resultado de 'famílias desajustadas'. A declaração levou a Procuradoria-Geral da República (PGR) a pedir a abertura de um inquérito, mas Toffoli, relator do caso na Corte, decidiu que o ministro fosse ouvido antes da instauração do procedimento.

No despacho, Toffoli diz que a data e a hora devem ser acertadas com o titular da pasta da Educação. A autorização do ministro ocorreu uma semana depois de Milton Ribeiro rejeitar o acordo oferecido PGR que poderia livrá-lo da abertura de inquérito por homofobia. Para isso, o ministro teria de admitir que cometeu crime preconceituoso contra homossexuais, o que poderia ser interpretado como um sinal contraditório do próprio governo Bolsonaro, que tenta no STF justamente 'relativizar' o conceito de homofobia.

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No mesmo despacho, o ministro do STF também negou o pedido do Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH) para participar do depoimento do ministro. "Não são possíveis tais intervenções nessa fase prematura de investigação", observou Toffoli.

Contexto

Pastor presbiteriano, Milton Ribeiro assumiu o MEC em julho, substituindo Abraham Weintraub e prometendo ter um estilo mais moderado. Na entrevista ao Estadão, publicada em 23 de setembro, o ministro defendeu mudanças em relação à educação sexual. Segundo Ribeiro, muitas vezes a disciplina é usada para incentivar discussões de gênero. "E não é normal. A opção que você tem como adulto, de ser um homossexual, eu respeito, não concordo", afirmou ele na ocasião.

"Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato e caminhar por aí. São questões de valores e princípios", disse.

Após o pedido de abertura de inquérito contra o ministro da Educação, a AGU pediu ao STF, no dia 14 de outubro, que reconheça uma série de 'excludentes de ilicitude' em casos de homofobia e transfobia. O objetivo é que a Corte esclareça que 'não só a liberdade religiosa, mas a própria liberdade de expressão, (englobando a manifestação artística, científica ou profissional), respalda a possibilidade de manifestação não aviltante a propósito da moralidade sexual'.

Na avaliação de uma fonte que acompanha o caso, o recurso para esvaziar o entendimento da Corte no histórico julgamento que enquadrou a homofobia e a transfobia como racismo tem o objetivo de livrar Ribeiro de condenação. "É necessário assegurar liberdade para a consideração de morais sexuais alternativas, sem receio de que tais manifestações sejam entendidas como incitação à discriminação", alegou a AGU.

Ao pedir a abertura da investigação contra o ministro, logo após a entrevista ao Estadão, o vice-procurador-geral da República considerou as declarações de Ribeiro "depreciativas a pessoas com orientação sexual homoafetiva" e "ofensivas à dignidade do apontado grupo social".

O Ministério Público Federal abriu uma investigação contra a cantora gospel Ana Paula Valadão para apurar declarações homofóbicas feitas por ela durante um congresso religioso, realizado em 2016. As informações foram divulgadas pelo colunista de Lauro Jardim, do Jornal 'O Globo'.

Ana Paula, que também é pastora evangélica, estava ministrando em um culto no Congresso Diante do Trono, projeto criado por ela e conduzido por toda a sua família, quando afirmou que relações entre pessoas do mesmo sexo não são "normais" e fez uma ligação direta da aids aos casais LGBT.

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"Isso não é normal. Deus criou o homem e a mulher e é assim que nós cremos. Qualquer outra opção sexual é uma escolha do livre arbítrio do ser humano. E qualquer escolha leva a consequências. (...) A Bíblia chama de qualquer opção contrária ao que Deus determinou, de pecado. E o pecado tem uma consequência que é a morte. Está aí a aids para mostrar que a união sexual entre dois homens causa uma enfermidade que leva à morte e contamina as mulheres, enfim...", afirmou a cantora.

O caso aconteceu em 2016, mas viralizou na internet após um vídeo ser amplamente compartilhado nas redes sociais. 

No processo iniciado pelo MPF diz que: "a situação, na forma em que foi narrada, caracteriza-se como 'discurso de ódio', restando ao estado o dever de proteger as vítimas e responsabilizar os infratores, de maneira que essa atuação é ainda mais necessária no atual cenário brasileiro, em que a homofobia se encontra tão presente e multiplicam-se casos de ódio e intolerância".

Milton Ribeiro, pastor e atual ministro da Educação do governo Bolsonaro, recusou um acordo oferecido pela Procuradoria Geral da República (PGR) que poderia livrá-lo da abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por homofobia. O acordo em questão exigia que o ministro admitisse que cometeu crime ao dizer que o "homossexualismo (sic)" é "fruto de famílias desajustadas", declaração que levou a PGR a pedir o início da investigação na corte. 

A possibilidade de firmar um acordo foi oferecida por Humberto Jacques, vice-procurador-geral da República em 25 de setembro, mesmo dia em que que o órgão pediu a abertura de inquérito ao STF. Já no dia 5 de novembro, o jornal Estadão obteve um ofício em que o vice-procurador-geral informou o advogado-geral da União, José Levi, que questionou o titular do Ministério da Educação (MEC) sobre "eventual interesse em entabular um acordo de não persecução penal", já perguntando se havia interesse em fechar o acordo. 

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“Observa-se que, até o momento, não houve resposta por parte do ministro da Educação quanto à intenção de entabular o acordo. Por tal razão, o Ministério Público Federal questiona, por meio deste ofício e, diretamente ao representante judicial constituído pelo ministro Milton Ribeiro, se há interesse em firmar o acordo em menção", diz o ofício. 

Nesta quinta (26), Ribeiro formalizou a recusa ao acordo em uma representação enviada ao Supremo, reforçando “o seu mais firme pedido de desculpas, já formulado publicamente, a toda e qualquer pessoa que tenha se sentido ofendida pelas palavras proferidas”. 

Após o pedido de abertura de inquérito, a Advocacia Geral da União (AGU) pediu, no dia 14 de setembro, vários “excludentes de ilicitude” em casos de homofobia e transfobia. O objetivo do governo é que o STF esclareça que “não só a liberdade religiosa, mas a própria liberdade de expressão, (englobando a manifestação artística, científica ou profissional), respalda a possibilidade de manifestação não aviltante a propósito da moralidade sexual”. 

Desde então, a AGU tem sido alvo de críticas. O caso ficou com o ministro do STF Dias Toffoli, aliado de Bolsonaro, que se recusou a abrir um inquérito determinando que antes Milton Ribeiro deveria depor à Polícia Federal. 

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Uma mulher foi detida pela Polícia Militar na noite da sexta-feira (20) por agressão, injúria racial e homofobia contra funcionários e clientes da padaria Dona Deôla, na Pompeia, zona oeste de São Paulo. De acordo com comunicado divulgado pelo estabelecimento no Instagram, a mulher insultou e agrediu funcionários e clientes que se mobilizaram para defendê-los.

Vídeo divulgado pela GloboNews e pelo G1 mostra a mulher questionando se aquela "era uma padaria gay" e dando tapas em um cliente. Ela teria dito ainda, segundo a emissora, que "odeia veados".

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Segundo a padaria, como os funcionários não podem tomar nenhuma medida que envolva contato físico com os clientes, eles chamaram a polícia, que prendeu a agressora em flagrante.

Os funcionários e clientes agredidos prestaram depoimento.

A Dona Deôla diz ter se colocado à disposição das autoridades, se comprometendo a disponibilizar as imagens das câmeras de segurança do local.

A empresa disse ainda que estar em contato com as vítimas "para oferecer todo suporte na tomada das medidas legais cabíveis".

Por fim, a padaria disse repudiar qualquer ato de discriminação e reiterou "seu compromisso com a proteção e o bem estar dos seus funcionários e clientes".

A reportagem não conseguiu contato com a mulher autora das agressões.

Ao G1, ela afirmou que "foi provocada" por dois clientes, admitiu que foi agressiva, mas pediu desculpas e disse que "não teve a intenção" de ofender ninguém. Afirmou ainda "não ter nada contra homossexuais".

Após realizar publicações homofóbicas no Facebook, um advogado foi alvo de uma ação da Ordem dos Advogados de Pernambuco (OAB), que resultou em uma liminar da Justiça Federal. Nessa quarta-feira (11), a 2ª Vara de Pernambuco determinou que ele não poste mais mensagens discriminatórias, sob a aplicação de multa diária de R$ 1.000.

Inscrito na OAB-PE desde 2015, em março deste ano, o acusado usou termos pejorativos para atacar a comunidade LGBTI+ e escreveu que a orientação homossexual seria indesejada. "Pq tem viado que não gosta de Bolsonaro? Tu acha que teus pais queriam que você fosse gay, caso pudessem escolher? Seja feliz e não torça por bandidos, ou vai dizer que viadagem também desvia caráter?", afirmou na rede social.

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Em outro conteúdo, o réu aumentou o tom preconceituoso e reforçou a "ausência de idoneidade moral", na visão da Ordem, que analisa o direito da sua inscrição nos quadros de filiados. "A comunidade Gay está com raiva de mim, e do que eles me xingam? DE VIADO!!!!! Como assim???? Piada pronta. E para ficar pior é só o povinho de esquerda nojento. Querem impor uma ditadura Gay”, postou.

A OAB-PE argumentou que a postura “vai na contramão da intransigente defesa pela Ordem dos Advogados do Brasil dos direitos de todo cidadão, inclusive das pessoas LGBTI+”.

Na decisão da juíza federal substituta Marina Cofferri, os comentários “ultrapassam os limites do direito à liberdade de expressão, tendo em vista que invadem o plano da dignidade e honra alheias, causando impactos negativos sobre a comunidade LGBTI+ e sobre a sociedade em geral, por meio da degradação do sentimento de respeito que deve reger as relações entre os indivíduos".

Em sua justificativa, ela ainda aponta que “a gravidade da conduta de publicação de mensagens ofensivas à dignidade da comunidade LGBTI+ através das redes sociais, dada a capacidade de proliferação das mensagens via internet, fazendo com que o discurso incitador da homofobia adquira proporções transnacionais. Deste modo, considero que não pode o Poder Judiciário omitir-se do seu dever de garantir a fruição igualitária de direitos por todos, resguardando a manifestação das diferentes identidades que compõem a sociedade plural e complexa em que vivemos e inibindo comportamentos discriminatórios”, destacou.

Presidente da Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês), Greg Clarke anunciou sua renúncia ao cargo após dar declarações consideradas racistas por entidades que lutam contra o preconceito no país europeu.

Durante uma palestra a um comitê do parlamento inglês na manhã desta terça-feira, focado em diversidade, Clarke se referiu a jogadores negros como "atletas de cor" e afirmou que pessoas do sul da Ásia tem interesses de carreira diferente aos dos afro-caribenhos, citando como exemplo a área de tecnologia da informação. Ainda citou a homossexualidade como uma 'escolha de vida' e criticou as goleiras do futebol feminino.

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Poucas horas depois, Clarke renunciou ao cargo e pediu desculpas por ter ofendido pessoas com suas declarações. "As minhas palavras inaceitáveis perante o Parlamento foram um péssimo serviço para o nosso jogo e para aqueles que o assistem, jogam, arbitram e administram. Isso cristalizou minha decisão de seguir em frente", afirmou o ex-dirigente em comunicado.

"Estou profundamente triste por ter ofendido essas diversas comunidades no futebol que eu e outros trabalhamos tanto para incluir. Gostaria de agradecer aos meus amigos e colegas do jogo pela sabedoria e pelos conselhos que compartilharam ao longo dos anos e renunciaram à federação imediatamente", completou Clarke.

A FA também publicou uma nota após a saída de Clarke e garantiu que apoia a diversidade no futebol. "Gostaríamos também de reafirmar que, como organização, estamos absolutamente comprometidos em fazer tudo o que pudermos para promover a diversidade, abordar a desigualdade e combater todas as formas de discriminação no jogo", declarou a entidade.

O cargo de presidente da FA será ocupado interinamente por Peter McCormick. O processo eleitoral para escolher um novo presidente para a FA deve começar ainda nesta semana.

O vigário da cidade italiana Borgio Verezzi, dom Fabio Ragusa, criticou o papa Francisco durante uma missa e o chamou de "um herege que deve ser convertido", ao comentar as declarações do argentino sobre as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo.

A declaração foi dada por duas vezes nas missas da manhã e da noite do último domingo (1º) e provocou a ira dos fiéis.

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"Indigno, herege e necessitando de conversão", disse o religioso na homilia.

Na primeira celebração, Ragusa foi apenas criticado, mas na segunda os fiéis abandonaram a igreja e se queixaram para o padre oficial.

"Recebi uma avalanche de mensagens dos fiéis sobre o que tinha acontecido pela manhã e temia que acontecesse de novo. Alguns fiéis choravam ao telefone, outros me disseram que não iriam mais à igreja se dom Ragusa celebrasse a missa", contou o sacerdote Joy Thottamkara.

Thottamkara, que esteve presente na missa da noite de domingo, chegou a intervir e interrompeu Ragusa: "você está fora do assunto a respeito do Evangelho, termine a homilia e continue a missa".

O episódio foi levado para o bispo da região, monsenhor Guglielmo Borghetti, que suspendeu o vigário. "Nenhum sacerdote se deve permitir pronunciar palavras semelhantes contra o papa Francisco. Uma ação disciplinar será tomada contra Ragusa que limitará a sua atividade e ele deixará de ser vigário paroquial de Borgio Verezzi", afirmou.

A polêmica está relacionada às declarações de Jorge Bergoglio no documentário "Francesco", onde ele comenta as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo e pontua que "as pessoas homossexuais têm o direito de estar em família, são filhos de Deus, têm o direito à família".

Na entrevista, Francisco falou sobre a legislação argentina que igualava os matrimônios heteros e homoafetivos, acrescentando que, no contexto específico, é preciso fazer uma lei de convivência civil, porque eles têm o direito de serem cobertos legalmente.

Da Ansa

O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) assinou, junto com outros parlamentares de oposição, o requerimento para convocar o advogado-geral da União José Levi Mello, para prestar esclarecimentos no Plenário da Câmara. A ação dos deputados pede explicações acerca da atitude da Advocacia Geral da União (AGU) de solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir, via embargo de declaração, a liberdade de expressão na lei que criminaliza a homofobia.

Os deputados temem que essa solicitação possa legitimar “discursos de ódio”. Para o Supremo, a repressão a atos homofóbicos não devem limitar “o direito de pregar e de divulgar livremente” conceitos relacionados à homossexualidade, entretanto, essas manifestações não devem configurar “discurso de ódio”.

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Tal consideração, descrita no acórdão, para alguns juristas, impede a livre exposição de ideias sobre o assunto. O Supremo, em junho do ano passado, deu um importante passo para combater a homofobia, transformando em crime práticas discriminatórias contra essa população. No entanto, para os deputados de oposição, o embargo de declaração proposto pela AGU é autoritário e representa um retrocesso, inclusive, possibilitando que os LGBTQ+ voltem ao estado de vulnerabilidade.

“Com essa ressalva na lei, a AGU quer legitimar manifestações que possam ferir os direitos dos homossexuais e, também, incitar à violência”, argumentou, em nota, Gadêlha. O deputado acrescenta: “Não podemos aceitar retrocessos, sobretudo quando eles dificultam o combate à LGBTQfobia”.

Desde junho de 2019, condutas homofóbicas passaram a ser punidas na Lei do Racismo. O requerimento assinado pelos parlamentares foi proposto pela deputada federal Natália Bonavides (PT).

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, recusou-se a abrir inquérito contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro. A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia solicitado o procedimento para apurar suposta prática de homofobia. O pedido se baseou em entrevista publicada pelo Estadão, no dia 24 de setembro.

Na reportagem, Ribeiro atribui a homossexualidade de jovens a "famílias desajustadas". O vice-procurador-geral reputou as declarações do ministro como "manifestações depreciativas a pessoas com orientação sexual homoafetiva" e disse que Milton Ribeiro fez "afirmações ofensivas à dignidade do apontado grupo social".

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Dias Toffoli, no entanto, negou o pedido, sob o argumento de que houve um "equívoco na autuação pela Secretaria da peça ministerial como 'INQUÉRITO', por não ter sido ainda autorizada sua instauração por este Relator". Na prática, para Toffoli, o ministro pode prestar explicações antes de que seja formalizada a abertura de inquérito. Só aí então ele passaria a ser formalmente investigado.

Nos últimos dias, o ministro tem se aproximado ainda mais do presidente Jair Bolsonaro. No final de semana, ele recebeu o presidente em sua casa para uma confraternização. Antes disso, esteve com o presidente na casa do colega Gilmar Mendes quando foi batido o martelo pela indicação de Kassio Mendes para a vaga de Celso de Mello no Supremo.

Não é comum ministros do Supremo deixarem de instaurar inquéritos quando solicitado pela Procuradoria-Geral da República. A decisão de Toffoli não significa, porém, que Milton Ribeiro não poderá ser investigado. Na prática, o ministro do Supremo criou uma etapa a mais na investigação, uma fase que, na visão da Procuradoria-Geral da República, não era necessária.

A PGR destacava ainda um segundo trecho das declarações dadas por Milton Ribeiro. "Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem e caminhar por aí", disse o ministro da Educação, na entrevista.

Após a repercussão das declarações, Ribeiro divulgou nota para informar que sua fala foi "interpretada de modo descontextualizado". "Jamais pretendi discriminar ou incentivar qualquer forma de discriminação em razão de orientação sexual", escreveu o ministro, que pediu desculpas. "Nesta oportunidade, diante de meus valores cristãos, registro minhas sinceras desculpas àqueles que se sentiram ofendidos e afirmo meu respeito a todo cidadão brasileiro, qual seja sua orientação sexual, posição política ou religiosa", declarou, na ocasião.

Na entrevista, Milton Ribeiro afirmou que deve revisitar o currículo do ensino básico e promover mudanças em relação à educação sexual. Segundo ele, a disciplina é usada muitas vezes para incentivar discussões de gênero. "Quando o menino tiver 17, 18 anos, ele vai ter condição de optar. E não é normal. A opção que você tem como adulto de ser um homossexual, eu respeito, mas não concordo", afirmou o ministro, em trecho também destacado pela PGR.

O nome de Landon Donovan, ex-jogador e hoje técnico de futebol, não ficou apenas na história que construiu ao longo da carreira de atleta nos clubes e na seleção estadunidense. Após ofensas homofóbicas a um dos comandados do craque no San Diego Loyal, clube da United Soccer League (USL) – espécie de segunda divisão, o "Capitão América" ordenou que o time abandonasse o jogo que vencia contra o Phoenix Rising.

O time de Donovan atuava em casa e vencia a partida por 3x1. Após o terceiro gol anotado por Martin, que é homossexual, o meio-campista jamaicano Junior Flemmings, do Rising, passou a ofender o jogador do Loyal pela orientação sexual do boleiro. Sob protestos dos atletas e do treinador, que reclamavam da postura do adversário, o árbitro Joseph Salinas decidiu expulsar o próprio ofendido por ter se revoltado com as palavras homofóbicas.

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O técnico Landon Donovan | Foto: Divulgação / San Diego Loyal 

A partir da decisão da arbitragem, Donovan pediu que os jogadores do Loyal abandonassem o gramado do Torero Stadium, na Califórnia (EUA). Na coletiva de imprensa, o técnico relatou: "Se eles não estão dispostos a agir, então nós precisamos agir. Nossos jogadores disseram que não iriam aceitar aquilo. Eles estavam conscientes naquele momento de que estavam abrindo mão de qualquer esperança de chegar à decisão. Eles estavam derrotando um dos melhores times da liga, mas disseram que não importa, que há coisas mais importantes na vida, que é preciso defender aquilo em que acreditamos".

Ao longo da carreira, Donovan fez 254 gols por todos os clubes que passou e disputou três Copas do Mundo pela seleção estadunidense. Com a camisa do selecionado norte-americano, o "Capitão América" tem 162 jogos e 57 tentos anotados.

Aos 70 anos de idade, Angela Ro Ro guarda lembranças tristes e amargas de violências sofridas ao longo da vida. Em entrevista recente, ela relembrou algumas delas, como um estupro que sofreu, ainda criança, por parte de um tio, e espancamentos pelos quais passou por conta de homofobia. Eventos trágicos e que deixaram marcas na vida da cantora. 

Ro Ro falou ao Gay Blog sobre os momentos difíceis que precisou enfrentar ao longo de sua história. Um dos primeiros, ainda muito pequena, aos nove anos, quando foi abusada por um tio. “Foi brutal. Meu tio não usou o pênis porque era um brocha. Ele tinha trancado a porta do quarto da minha mãe, quando ela não estava, e foi na cama dos meus pais. Tenho sequelas até hoje. Eu não tinha nada de sexy. Ele que era um maluco tarado. Levantei, mesmo sangrando, comecei a limpar para minha mãe não ver vestígios”. Ela disse, ainda, que só contou o ocorrido para a família aos 27 anos, por medo e pelo trauma que ficou. 

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Além disso, a cantora também relatou agressões físicas durante os anos 1980, por ser lésbica. “Fui espancada cinco vezes por policiais civis e militares por homofobia e quase sofri uma tentativa de estupro quando tinha 30 e poucos anos na década de 1980. Acho que foi em 1984/85”. Por conta desses episódios, Angela teve a visão prejudicada. “Eu fui muito espancada, perdi a minha visão do olho direito e tenho apenas 60% da do olho esquerdo, mas eu não tropeço na rua”, disse demonstrando a força pela qual já é bem conhecida.  

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