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Em outubro de 2018, a dentista Sônia Regina Schindler, de 58 anos, foi à cabine de votação sem dúvidas. Incomodada com os governos petistas, apertou 17 e ajudou a eleger Jair Bolsonaro presidente. Um ano e meio depois, se arrepende da escolha. "Acordei com a crise da saúde", afirmou a eleitora de Brusque, Santa Catarina.

A falta de empatia do presidente com os doentes e a tese de que a Covid-19 seria uma "gripezinha" foram apontadas como motivo para a desconfiança de apoiadores de Bolsonaro em pesquisa qualitativa conduzida por professores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) durante a pandemia.

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"Estou formada há 35 anos, trabalho no SUS desde sempre, não posso compactuar com governo que abandona a saúde", disse Sônia.

O levantamento da Unifesp identificou três perfis de bolsonaristas: os "fiéis", que mantêm um apoio constante ao presidente; os "apoiadores críticos" e os "arrependidos", que se decepcionaram com o presidente e desejam que ele saia do cargo.

Os arrependidos apontam três razões para se sentirem assim: episódios de desdém por parte do presidente em relação aos mortos; o estilo agressivo de governar, que criou instabilidade sobretudo com governadores; e a conduta de Bolsonaro em relação aos filhos Flávio, Eduardo e Carlos.

A professora aposentada de Curitiba Maria Christina Cardoso, de 61 anos, e sua filha, a representante farmacêutica Deborah Cardoso, de 30, também estão no grupo dos arrependidos.

"Me envolvi muito com o movimento da Lava Jato e quando ele (Bolsonaro) surfou nessa onda, infelizmente, acreditei. Me arrependi quando ele começou a se indispor com (o ex-ministro da Justiça Sérgio) Moro", disse Maria Christina. "Vi que o combate à corrupção não era seu compromisso." O ex-juiz da Lava Jato deixou o governo em abril acusando o presidente de interferência na Polícia Federal.

Deborah afirmou que votou em Bolsonaro principalmente por alternância de poder. A pandemia trouxe o arrependimento. "Com tudo que está acontecendo, sinto vergonha de falar que votei nele e me sinto responsável pelo que está acontecendo", disse. "Além de incoerente com sua campanha eleitoral, a minha opinião é que é um governo fascista."

Apesar de desiludidos e frustrados, porém, alguns desses "arrependidos" dizem que mesmo assim poderiam votar em Bolsonaro de novo em 2022, mostrou a pesquisa da Unifesp. Desta vez, não por esperança ou desejo de mudança, como afirmaram ter feito em 2018, mas por não enxergar nenhuma alternativa política ou eleitoral.

Outro levantamento, este da FGV com mais de 7 mil entrevistados, explorou a relação entre os impactos do coronavírus e a preferência eleitoral das pessoas. Os resultados apontaram que a proximidade com alguém que veio a falecer pela covid-19 reduz em torno de 20% as chances do eleitor de direita e centro direita votar em Bolsonaro.

Retórica

"O bolsonarismo fiel não tem uma fidelidade absoluta e total ao projeto bolsonarista. Mesmo os mais radicais avaliaram negativamente a gestão de Bolsonaro na pandemia e a tese da 'gripezinha'", disse a pesquisadora Esther Solano, que conduziu o levantamento da Unifesp. "É uma rachadura e uma quebra de confiança até no bolsonarismo fiel. Os 30% de apoio da base do presidente não são absolutamente coesos e não têm fidelidade total a longo prazo."

A pesquisa da Unifesp foi conduzida por meio de entrevistas em profundidade com 27 pessoas que disseram ter votado em Bolsonaro, compõem as classes C e D e moram na região metropolitana de São Paulo.

Para o cientista político Carlos Melo, os dados possibilitam deixar mais claras as divisões dentro do bolsonarismo. "O bolsonarismo é mais crítico na postura do presidente na covid-19, a economia é relativizada, e os filhos aparecem como um grande problema para o presidente, um calcanhar de Aquiles, mesmo para o grupo que votou nele."

Uma "vitória" de Bolsonaro é a retórica da dicotomia saúde versus economia. Os entrevistados têm medo da covid-19, mas têm igualmente medo do desemprego.

As pessoas gostariam de manter o isolamento, mas pensam que este é inviável para quem é pobre. "Se essa narrativa tiver mais reverberação, a base bolsonarista pode se manter estável e talvez consiga reverter a tendência de queda", disse Esther.

O auxiliar de almoxarifado Jidijá Tyaki Marques, de 27 anos, mantém o apoio ao presidente, mas "não como antes". Ele critica o episódio da "gripezinha" - foi assim que Bolsonaro se referiu à covid-19 em um pronunciamento em março. "(O governo é) Bom, mas ainda tem bastante coisa pra melhorar", afirmou.

Quem também não se arrepende do voto em Bolsonaro é Sueli Salvestro, professora de 63 anos. "Ele está se esforçando", disse a moradora de Sorocaba (SP). "Avalio que ele não tem culpa (sobre o coronavírus), que ele avisou a respeito do carnaval. Ele alertou." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na tentativa de conter a expansão da folha de pessoal e melhorar o planejamento, o governo federal resolveu apertar as regras para a concessão do aval de novos concursos. A partir de 1º de julho, o Ministério da Economia vai exigir estudo de impacto financeiro de longo prazo na análise de autorização de concursos públicos da administração pública federal.

Essa análise vai levar em conta o tempo médio que o servidor permanece na ativa. Levantamento do governo aponta um tempo médio de 34,2 anos na ativa, 24,6 anos na inatividade e mais 11 anos de remuneração dos pensionistas dos servidores depois da sua morte.

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A decisão coincide com o prazo de análise da área econômica para novos pedidos de reposição dos servidores dos diversos órgãos do governo. Caso sejam aceitos, a previsão de concurso e do gasto adicional têm de constar na proposta de Lei Orçamentária de 2021, que será enviada no fim de agosto.

Contenção

Por conta do ajuste fiscal, os concursos estão sendo feitos, nos últimos anos, de forma pontual, como ocorreu com a Polícia Federal. Os pedidos já chegaram e estão sob análise. A contenção da folha, um dos maiores gastos obrigatórios do governo, com Previdência e juros, está na lista de prioridades da equipe econômica, que não conseguiu emplacar até agora a reforma administrativa. A Lei de Responsabilidade Fiscal já prevê uma avaliação de impacto orçamentário-financeiro nos primeiros três anos após a contratação do servidor.

O governo avalia que a tendência é que os custos de um servidor sejam gradualmente maiores ao longo do tempo, em virtude do aumento na expectativa de vida da população. Assim, a despesa com um servidor permanece na folha de pagamento durante toda a sua vida funcional ativa, passando pelo período de aposentadoria e continua até que o seu último dependente perca o direito à pensão. Hoje, em média, são 69,8 anos de comprometimento da União com o servidor.

Segundo Wagner Lenhart, secretário de gestão e desempenho de pessoal do Ministério da Economia, a nova norma vai introduzir a perspectiva de longo prazo na análise do impacto orçamentário e levará em consideração itens relevantes à composição da despesa com a folha de pagamento, entre eles: progressões, promoções, reajuste e incorporação de gratificações.

"Precisamos enxergar lá na frente qual vai ser o impacto dessa contratação", diz o secretário. Ele destaca que, com a pandemia da covid-19, os desafios fiscais que já eram enormes ficaram ainda maiores.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um estudo realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), revelou que os negócios liderados por empreendedores mais velhos são os que sofrem impactos na crise provocada pelo novo coronavírus. De acordo com a pesquisa, entre os entrevistados com 56 anos ou mais, 51% fecharam suas empresas temporariamente, enquanto 45% dos gestores de até 35 anos resolveram mudar os rumos dos segmentos que atuam e continuam no mercado.

Chamados de sêniores, os empreendedores com 56 anos ou mais, segundo o estudo, amargaram mais prejuízos. Quarenta e seis por cento desses empresários acreditam que seus negócios funcionam apenas com a presença dos donos. “Por outro lado, 35% dos empreendedores com até 35 anos passaram a utilizar ferramentas digitais, tendência que se estendeu em diversos setores nos pequenos negócios, principalmente nesse período da crise. Em todas as faixas etárias houve significativa diminuição do faturamento, com queda maior entre os mais velhos, chegando a 71% de perda, onde houve queda. Onde houve acréscimo de receita, os negócios dirigidos pelo público mais jovem chegaram a alcançar 40% de aumento em relação a uma semana normal”, acrescentou o Sebrae.

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No total, 10.384 empreendedores participaram da pesquisa, promovida do dia 30 de abril a 5 de maio. O Sebrae revelou o perfil dos participantes: “O público com até 35 anos é composto majoritariamente por Microempreendedores Individuais (MEI) com maior participação do total de entrevistados nas áreas de comércio e serviços, conforme identificou a amostragem do Sebrae. Em relação ao gênero, 53% do empresariado mais jovem é composto por mulheres. Considerando o grau de instrução dos entrevistados, entre os empreendedores mais velhos está a maior proporção de pessoas com baixa escolaridade: 18% tem ensino médio incompleto ou menos. No entanto, nessa faixa etária é quando os empreendedores mais arrecadam. Os mais novos faturam R$ 23,3 mil e os empresários com 56 anos ou mais chegam aos R$ 32,6 mil”.

Confira, a seguir, os principais resultados do levantamento realizado pelo Sebrae em parceria com a FGV:

- Entre os donos de pequenos negócios mais velhos, há uma proporção mais alta dos que fecharam temporariamente (51%);

- Entre os mais novos, há uma proporção mais alta dos que mudaram mais o funcionamento (45%); - Os mais velhos tiveram mais negócios que não conseguem funcionar, pois só funcionam presencialmente (46%);

- Os mais novos passaram a utilizar mais ferramentas digitais (35%);

- Todas as faixas etárias tiveram diminuição de faturamento, mas a queda foi maior entre os mais velhos. Onde houve queda, a queda foi de -71%, nesse grupo dos mais velhos;

- Onde houve aumento de faturamento, foi maior entre os mais novos (+40%);

- Os mais novos têm 3,3 empregados, em média. Os mais velhos 3,7, em média;

- Os mais velhos conhecem mais a medida governamental de redução de jornada e salários. Mas foram os mais novos que mais utilizaram a redução de jornada e salário;

- Em geral, os mais velhos são os que mais costumam buscar e mais conseguem empréstimo bancário;

- Os mais novos precisam 21% a menos para manter o negócio sem fechar (R$11,6 mil contra R$ 14,6 mil entre os com 56 anos ou +);

- Entre os mais jovens, há maior proporção de mulheres (53%); - Entre os mais velhos é alta a proporção de pessoas com baixa escolaridade (18% têm ensino médio incompleto ou menos);

- Os empreendedores mais novos têm negócios com 4,6 anos, em média. Os mais velhos 9,8 anos, em média;

- Os mais novos faturam R$ 23,3 mil, em média. Os mais velhos faturam R$ 32,6 mil em média.

Dez por cento do PIB da União Europeia (UE), 27 milhões de empregos: o turismo é um dos principais setores da economia do continente. Duramente atingidos pela crise do coronavírus, os profissionais temem um verão historicamente ruim, mesmo que estejam tentando se adaptar.

Férias de verão?

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Na França, principal destino turístico do mundo, o presidente Emmanuel Macron alertou na terça-feira (5) que "era muito cedo para dizer se poderemos ter férias" neste verão.

O comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, alertou que "certas áreas serão abertas aos turistas e outras não", dependendo da situação da saúde.

Nesta quinta-feira, a Organização Mundial do Turismo (OMT) estimou que o número de turistas internacionais poderia cair de 60 a 80% durante o ano de 2020.

Em geral, cidadãos e autoridades parecem concordar com férias "locais". "Será, no início, o momento da ultra-proximidade", disse o secretário de Estado francês, Jean-Baptiste Lemoyne, no final de abril.

Várias pesquisas de opinião estimam que a grande maioria dos franceses planeja ficar em seu país durante as férias de verão.

No Reino Unido, um importante fornecedor de turistas para a Europa, "as reservas para este verão caíram muito significativamente", disse um porta-voz da ABTA, a associação britânica de profissionais de viagens.

Ele quer acreditar que "quando o confinamento for suspenso, o desejo de viajar para ver entes queridos e tirar férias bem merecidas será renovado".

Como o setor vai se adaptar?

Alguns hotspots turísticos estão se preparando para reabrir. A Acrópole de Atenas, assim como todos os sítios arqueológicos da Grécia, poderá receber o público a partir de 18 de maio, anunciou o país nesta quinta-feira.

Mas a ABTA adverte: "será necessário condições sanitárias adequadas", em particular para permitir o distanciamento social. Isso se aplica ao setor da aviação, que também é muito afetado pelo fechamento das fronteiras.

Em regiões muito turísticas, surgem as mesmas perguntas: como tranquilizar os turistas e, ao mesmo tempo, salvar uma temporada de verão que promete ser historicamente ruim?

Na Espanha, a cidade de Gandia (sudeste) planeja recrutar supervisores, ou mesmo banir crianças da praia em determinados momentos para impor o distanciamento social.

As varandas dos restaurantes serão ampliadas e os menus poderão ser visualizados em um smartphone, em vez de passar de mão em mão.

A rede RoomMate Hotels prevê tapetes impregnados de alvejante para desinfetar as solas dos sapatos e rodas das malas quando os clientes chegarem, que serão submetidos a um teste de temperatura e equipados com máscaras, gel e luvas.

Na Itália, o ministro da Cultura, Dario Franceschini, lamentou na imprensa: "que turismo é esse, se, por exemplo, só uns poucos puderem comer em um restaurante ou em uma pizzaria?"

Todas as partes interessadas são unânimes em pedir diretrizes claras e consistentes. As instituições europeias estão trabalhando em "regras finalizadas e harmonizadas em nível europeu" para a recepção de turistas, garantiu na terça-feira Thierry Breton.

Respostas esperadas "nos próximos dias".

Qual o impacto econômico?

Pós-doutorando na ESTHUA em Angers (Estudos Superiores em Turismo e Hotelaria da Universidade de Angers), Johan Vincent trabalhou em como as crises econômicas estão modificando o setor do turismo.

"O turismo sempre recomeça, porque os atores econômicos se adaptam às crises que enfrentam", declarou à AFP. No entanto, "será necessário um grande esforço de adaptação".

Um esforço que exigirá investimentos, enquanto o setor está parado há vários meses.

Na Espanha, o segundo maior destino turístico do mundo, o número de visitantes estrangeiros caiu 64,3% em março em comparação com o ano anterior.

E globalmente, a OMT calcula que o setor já perdeu US$ 80 bilhões nos três primeiros meses do ano. Impacto total estimado da pandemia: mais de 1 trilhão de dólares!

A Europa está atualmente negociando um fundo de estímulo "gigantesco", segundo Thierry Breton, que por sua vez mencionou uma faixa de "1 a 20 bilhões de euros".

O setor aéreo, um dos mais afetados pela crise causada pela pandemia da covid-19, deve sofrer impactos negativos em sua cadeia pelo menos até o fim de 2023, segundo a consultoria Bain & Company. Hoje, a maior parte da frota global de aviões está parada por causa do fechamento de fronteiras e das medidas de distanciamento social.

Segundo o estudo da Bain, fabricantes de aeronaves devem registrar uma queda significativa em suas produções nos próximos cinco anos. No caso das companhias aéreas, a demanda global só deve voltar ao patamar pré-coronavírus em meados de 2022, isso considerando que a crise seja moderada.

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Para as fabricantes, a consultoria prevê uma situação mais difícil no segmento de aeronaves de grande porte (com dois corredores), que deve retomar o nível pré-crise em dezembro de 2023. Entre os aviões menores (de um único corredor), a projeção é de recuperação a partir de novembro de 2021.

Até agora, a Airbus, por exemplo, reduziu sua produção em um terço. Segundo a companhia, não é possível afirmar quando o nível pré-covid-19 será retomado. A empresa reconhece que o segmento de aviões de grande porte sofrerá mais, mas lembra que modelos de um corredor e com alcance internacional, segmento em que é líder, devem se recuperar mais rápido.

O estudo da consultoria aponta também que, com a crise, 35% da frota global de aeronaves ainda deverá estar parada no fim deste ano, e que o cancelamento de encomendas de aviões pode chegar a 20% mesmo com os governos ajudando as aéreas. A Gol, por exemplo, anunciou na semana passada que, em meio a uma negociação com a Boeing para ser compensada pelo atraso na entrega de aviões 737 MAX, reduziu suas encomendas de 129 jatos para 95.

A Bain & Company indica ainda que o novo cenário econômico favorecerá a manutenção de aeronaves antigas no mercado, prejudicando empresas como Embraer, Boeing e Airbus. A fabricante brasileira de aviões é uma das que lançou recentemente uma nova família de jatos, cuja principal vantagem é gastar menos combustível. O problema, segundo a Bain, é que aeronaves mais econômicas deixam de ser tão atraentes para as empresas aéreas quando o preço do petróleo está em baixa, como acontece agora.

Outro fator que não favorece as fabricantes no momento é que deve crescer o número de aviões disponíveis no mercado secundário. Isso fará com que os preços dos jatos usados sejam mais vantajosos quando comparados com os novos.

Menos pessimista que a Bain, o banco UBS prevê neste ano uma queda de 16% na produção da Boeing e da Airbus. A americana deve fabricar 490 unidades, enquanto a europeia, 860, aponta relatório do banco. O UBS, porém, prevê que as antigas estimativas de produção que tinha para o setor sejam atingidas apenas em 2023.

Demanda por voo. Para as companhias aéreas, a Bain projeta um cenário tão complexo quanto para as fabricantes. A queda na demanda global por voos deve atingir 70% em junho e ficar entre 40% e 55% neste ano. O número está em linha com estimativas da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), que prevê recuo de 55% na receita com passageiros.

No caso das empresas aéreas que operam na América Latina, a Bain espera que a demanda por voos domésticos retorne ao nível que se tinha antes da crise apenas no início do segundo semestre de 2022. Para voos internacionais, isso não ocorrerá antes de junho de 2024.

Segundo André Castellini, sócio da consultoria, além dos impactos da crise econômica e do fechamento de fronteiras, mudanças nos hábitos do consumidor devem reduzir a procura por voos no futuro. "O segmento corporativo deve ficar mais restritivo para viagens após experimentar um uso maior das videoconferências", explica.

O consultor dá a própria empresa como exemplo. Hoje, quando profissionais são recrutados no exterior, um funcionário vai até o local para fazer a seleção. "Isso deve mudar. Talvez, a primeira fase passe a ser por vídeo."

Esse cenário de recuperação a partir do segundo semestre de 2022 considera que a crise vai ser moderada. Caso ela se prolongue e as mudanças no hábito do consumidor sejam muito profundas, a retomada se daria ainda mais tarde.

O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, diz, no entanto, não ser possível prever quando a recuperação deve ocorrer, dado que dólar e combustível estão muito voláteis. Ele afirma também não ser possível saber qual será o comportamento das pessoas quando o pior da crise passar. "Só posso dizer que o setor vai se recuperar, como e em quanto tempo são especulações."

Até agora, a demanda doméstica no Brasil recuou 90%, enquanto a internacional, perto de 100%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pesquisa Datafolha realizada entre os dias 18 e 20 de março indica que a maioria dos trabalhadores brasileiros temem que sua renda diminua por causa dos impactos econômicos causados pela propagação do novo coronavírus. Segundo a pesquisa, 79% dos entrevistados preveem que a economia brasileira será muito afetada pelo vírus, enquanto apenas 16% acham que ela será pouco afetada, e somente 3% dizem que ela não será prejudicada.

Entre eleitores do presidente da República, Jair Bolsonaro, o pessimismo é menor, mas segue como a opinião da maior parte dos entrevistados: 72% daqueles que disseram ter votado em Bolsonaro afirmam que a economia será muito afetada pelo coronavírus.

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Os eleitores de Bolsonaro também consideram que a atuação do Ministério da Saúde diante da crise do coronavírus é melhor que a do presidente da República. Entre os que disseram ter votado em Bolsonaro, a aprovação do mandatário quanto ao andamento da crise é de 56%, 8 pontos porcentuais abaixo da aprovação do Ministério, de 64%.

Mesmo abaixo do Ministério, a aprovação de Bolsonaro entre seus eleitores ainda é bem maior que a avaliação positiva feita pela população em geral, de 35%.

O Datafolha ouviu 1.558 pessoas entre quarta, 18, e sexta, 20. Feita por telefone para evitar contato com o público, a pesquisa tem margem de erro de três pontos para mais ou para menos.

<p dir="ltr">Nesta segunda-feira (16), o cientista político Adriano Oliveira analisa em seu podcast sobre o avanço do Codvirus-19 no Brasil e os impactos diretos sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e a Economia do nosso país. Oliveira destaca seu receio de como as ações e medidas tomadas pelo governo federal, que tem uma linha liberal, irão refletir na assistência que o Estado precisa dar as pessoas, sobretudo as mais pobres. Ele também falou sobre a atitude do presidente Bolsonaro, ao sair da quarentena e cumprimentar as pessoas na rua, desfazendo todas os cuidados para a não-transmissão do coronavírus.&nbsp;</p><p dir="ltr">Adriano pontua que o presidente precisa urgentemente assumir o controle do país ao invés de ficar alimentando questões ideológicas. Oliveira&nbsp; questiona se o governo federal irá anunciar recursos financeiros para ajudar os estados e municípios no combate à pandemia. O cientista político também pergunta se o ministro da economia irá tomar medidas para garantir, por exemplo, a proteção do emprego, e reforço do bolsa-família. Confira todos os detalhes no podcast dessa semana.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;</p><p dir="ltr">O programa Descomplicando a política é exibido na fanpage do LeiaJá, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 19h. Além disso, também é apresentado em duas edições no formato de podcast, as segundas e sextas-feiras.&nbsp;</p><p dir="ltr">Confira mais uma análise a seguir:</p><div>&nbsp;</div><iframe allowfullscreen webkitallowfullscreen mozallowfullscreen width="350" height="50" src="https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/5fbc59e8b8b00ec07528... scrolling="no" frameborder="0"></iframe>

Diante da iminente retomada de cruzeiros na Ilha de Fernando de Noronha, o biólogo marinho e integrante da ONG Ecoassociados, Hugo Rossiter, criticou a presença de grandes embarcações em um dos ecossistemas mais sensíveis de biodiversidade do Brasil. Ele destaca que, além do ambiente marinho, fauna e flora terrestres estão ameaçados com a grande movimentação de pessoas.

Há sete anos a Ilha não recebe cruzeiros regularmente, mas uma visita do presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Gilson Machado, junto ao senador Flávio Bolsonaro (sem partido), avaliou a liberação para fins turísticos. Para o biólogo, a presença de navios de cruzeiro em áreas de preservação e nos arredores do arquipélago aumenta a possibilidade de desastres. "Pode até ter acidentes em relação à hélices com golfinhos, tubarões e tartarugas, que são animais de grande porte, que a gente sabe da presença que têm na Ilha", apontou.

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Além do alto risco de acidentes, a intensidade da movimentação de pessoas é proporcional à produção de lixo. Logo, os impactos estendem-se ao ambiente terrestre. "Vai afetar não só a fauna e flora marinha, mas também vai atingir os organismos da Ilha em si", complementou. O secretário de Meio Ambiente de Pernambuco, José Bertotti, já havia criticado a medida e disse que esse tipo de visitação "não respeita a natureza".

De olho no turismo ambiental, Gilson Machado informou que obteve a aprovação da Marinha para instalar 12 novos pontos de recifes artificiais. A intenção é utilizar os naufrágios para atrair amantes do mergulho exploratório.

Hugo Rossiter reforça que tal medida é discutível. "Dependendo do material e como ele for manuseado, pode até afetar [o ambiente]. No casco de embarcações, por exemplo, pode ficar liberando material do barco que pode ser tóxico para os animais", concluiu.   

A previsão feita em janeiro de aumento de 20% nas vendas de carros importados por marcas sem fábricas no País, tendo como base a melhora da economia, já está sendo revista para possível queda nos negócios em razão da disparada do dólar. "A cotação do dólar começou o ano em R$ 3,80 e, no segundo mês, já está em R$ 4,50; como podemos fazer planejamentos?", questiona José Luiz Gandini, presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos (Abeifa) e da Kia Motors, maior importadora do País.

A previsão era de vender 42 mil veículos, mas hoje a Abeifa não tem projeção. A entidade previa a abertura de 60 concessionárias este ano, mas Gandini não vê chances de isso ocorrer.

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O setor já teve 850 revendas em 2011, quando foram vendidos 199 mil veículos importados, e hoje tem 419. O fechamento de lojas se intensificou com a aprovação, em 2012, do programa Inovar-Auto, que impôs alta de 30 pontos porcentuais no IPI de carros feitos fora do Mercosul, que varia de 7% a 25%.

Desde então, executivos da Abeifa fazem peregrinações a Brasília para discutir a redução do Imposto de Importação, de 35%, mas, segundo Gandini, não há respostas nem mesmo do governo Bolsonaro, que tem agenda liberal e prometia reduzir a alíquota para 20%. "Esse corte ajudaria a compensar as perdas com a volatilidade cambial e não teria qualquer efeito na balança comercial, pois representamos apenas 1,3% das vendas de veículos no País", justifica.

Gandini lembra que os importadores empregavam 35 mil funcionários em 2011, número que hoje é de 14 mil. "As novas lojas gerariam cerca de 1,8 mil vagas."

No primeiro bimestre foram vendidos 5.075 carros importados. O número é 2,1% superior ao de igual período de 2019 mas, se a valorização cambial se manter, logo a comparação será negativa. Além do II, o carro importado paga outras taxas superiores às do nacional.

"Os governos não tratam os importadores como empresas brasileiras", diz Gandini.

Segundo ele, a epidemia de coronavírus ainda não afeta os negócios do setor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

É "evidente" que o novo coronavírus terá um profundo impacto na indústria aeronáutica e na economia em seu conjunto - afirmou o diretor comercial da Boeing, Ihssane Mounir, nesta quarta-feira (12).

O novo coronavírus deixou mais de 1.100 mortos e contaminou milhares de pessoas, principalmente na China, chegando também a cerca de 20 países. A disseminação levou muitos países a fecharem suas fronteiras aos viajantes procedentes da China.

"Várias grandes companhias aéreas reduziram suas conexões para e a partir da China. Isso representa uma perda de faturamento", afirmou Mounir.

"Há viagens de negócios canceladas, mercadorias paradas (...) Isso terá um impacto na economia, no faturamento, terá um impacto nestas companhias aéreas (...) É evidente", avaliou.

Ihssane Mounir participa do salão aeronáutico de Singapura, o principal evento deste tipo na Ásia que começou na segunda-feira, em meio ao cancelamento de muitos participantes, preocupados com a propagação do novo coronavírus.

Mais de 70 expositores desistiram de participar da feira, entre eles a companhia americana Lockheed Martin e as canadenses Bombardier e De Havilland.

Nesta edição esvaziada do evento, os participantes têm de passar por um scanner térmico e higienizar as mãos.

Singapura registrou 47 casos de pessoas com o novo coronavírus. Na semana passada, a cidade-Estado aumentou seu nível de alerta sanitário.

Na Ásia, o impacto do vírus, que paralisou as grandes cidades chinesas, está começando a afetar as cadeias de produção.

O fabricante de automóveis General Motors teve de suspender parcialmente suas operações na Coreia do Sul por falta de algumas peças fabricadas na China.

Também foram afetadas a japonesa Nissan e a sul-coreana Hyundai.

A Boeing compra da China alguns dos componentes para suas aeronaves, mas ainda não sofreu o impacto do coronavírus em suas operações, segundo seu diretor comercial.

Um satélite que orbita a Lua encontrou o local da queda da sonda indiana Vikram, que caiu em setembro quando tentava pousar, informou a Nasa nesta segunda-feira (2).

O centro Goddard, da agência espacial americana, publicou imagens que o Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) captou em outubro e novembro de um local em que se distinguem marcas do impacto e restos dispersos do dispositivo acidentado.

É difícil distinguir os rastros a olho nu, mas a análise da Nasa encontrou nestes pixels cerca de 20 partes e vários locais onde se detectam perturbações sobre o solo lunar.

Uma passagem anterior do LRO neste mesmo lugar tinha produzido uma série de imagens, mas na ocasião a luz não era boa e a Nasa não tinha encontrado ali nenhum vestígio de Vikram.

A Índia lançou a missão Chandrayaan-2 em 22 de julho. A nave espacial principal, que permanece em órbita ao redor da Lua, desprendeu-se do módulo de alunissagem Vikram dias antes do previsto. Quando Vikram estava a 2 km de altitude, no final da descida, perdeu-se o contato.

Em 10 de setembro, a Agência Espacial Indiana (ISRO) anunciou que Vikram tinha sido "localizado" pelo orbitador Chandrayaan-2, mas sem comunicação e que estava tentando restabelecer o contato.

Com este projeto, a Índia tentava se tornar o quarto país, depois de Estados Unidos, Rússia e China, a posar com sucesso uma sonda no satélite da Terra e o primeiro a conseguir fazê-lo em um dos polos lunares.

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Para conter óleo e resíduos despejados no mar, a rede australiana de barbearias Grand Royal resolveu usar o cabelo de seus clientes para confeccionar barreiras ecológicas de contenção artesanais. A iniciativa se deu após uma parceria feita com a Universidade de Tecnologia de Sydney e a entidade Sustainable Salons - 'Salões sustentáveis'.

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A grande quantidade de cabelo que iria parar no lixo dos salões é recolhida e envolvida em um tecido. A estrutura do instrumento cria uma barreira física e absorve o óleo derramado.

A Sustainable Salons coleta até 95% das lixeiras de salões e redireciona o material para reciclagem. Todo valor ganho com a reciclagem é doada a organizações sociais dedicadas a alimentar pessoas em condição vulnerável.

Desde o fim de agosto, um derramamento criminoso de óleo cru atingiu mais de 770 localidades do Litoral brasileiro, sobretudo na região Nordeste. O impacto sem precedentes contaminou o ambiente marinho ainda não foi solucionado pelas autoridades competentes.

Assustados com a chegada de manchas enormes de petróleo a suas praias paradisíacas, moradores de Pernambuco se organizaram rapidamente para limpar o estado. Mas duas semanas depois, com as praias já sem vestígios de óleo, eles temem que seja tarde demais para salvar a alta temporada do turismo, que se aproxima.

Moradores das praias do Paiva e Itapuama e da Enseada dos Corais, cerca de 30km ao sul do Recife, contam que quando a maré negra apareceu - quase dois meses depois do surgimento das primeiras manchas, na Paraíba - eles estavam sozinhos, sem equipamento de proteção ou conhecimento sobre como enfrentar o desastre.

Pescadores, guias de turismo, trabalhadores das praias e vizinhos se jogaram no mar para tentar capturar a massa viscosa, em meio ao odor penetrante de combustível.

"Fiquei impactada, porque tinha gente entrando no mar sem luva, sem equipamento nenhum, em meio àquele óleo. Nunca tinha acontecido isso", conta a vendedora de coco Glaucia de Lima, 35, que continua limpando voluntariamente as pequenas partículas que chegam.

A correria inicial de funcionários e voluntários se reduziu. Com um misto de tristeza e euforia, eles mostram no celular imagens daqueles dias de caos, principalmente de um menino saindo do mar com o corpo coberto de petróleo.

O governo federal, através da Marinha, informou que, desde o começo do desastre, mobilizou mais de 2,7 mil militares, dezenas de navios e aviões para monitorar o vazamento, e que reforçou o número de agentes de controle ambiental em terra. Mas entre os moradores dos locais afetados, a ajuda é considerada tardia e insuficiente.

- Natureza pede socorro -

A areia agora parece limpa, se vista de longe. Mas a poucos quilômetros de distância, no rio Massangana, o óleo está impregnado nas raízes de um manguezal, bioma de transição entre as águas do rio e do mar.

"Estamos vendo que a natureza pede socorro. Não tem como esperar" que o poder público realize a limpeza, alerta o marisqueiro Vandécio Santana, que, vestindo um macacão branco impermeável, luvas industriais e colete salva-vidas, retira do manguezal outra sacola contendo sedimento orgânico contaminado.

Vandécio se tornou um dos rostos da tragédia ao denunciar, aos gritos, as consequências de não se responder ao vazamento a tempo, em um vídeo que viralizou na internet e o levou a dar entrevistas na TV.

- O que acontecerá com o turismo? -

Enquanto aguardam os resultados químicos que dirão se a água de suas praias está própria para o banho e os frutos do mar estão aptos para o consumo, os moradores do sul de Pernambuco se perguntam como o problema afetará a alta temporada do turismo, às vésperas das festas de fim de ano.

Giovana Eulina é guia de ecoturismo, professora de gestão ambiental e conhece a fundo o município de Cabo de Santo Agostinho: “Vai prejudicar o turismo? Vai. Vai ser necessário trabalhar em alguma campanha para incentivar as pessoas a virem para cá."

A experiência de Giovana contrasta com a da turista Beatriz Bastos, gerente de loja, que aproveita seu último dia de férias com amigas na praia de Calhetas, uma pequena enseada de águas cristalinas em Pernambuco. Em seu itinerário desde Maceió, em que passou pelas famosas piscinas naturais de Maragogi, em Alagoas, elas quase não perceberam os efeitos do vazamento.

"Teve uma praia só em que a gente encontrou um pouquinho de mancha, que ficou no pé. Vimos muitos turistas, os hotéis, pousadas e praias estavam cheios, nenhum lugar estava vazio", contou Beatriz.

Vizinhos de Cabo de Santo Agostinho e outros municípios do sul de Pernambuco convocaram para este domingo um grande ato para agradecer aos voluntários por seu trabalho e mostrar aos turistas que as praias estão limpas. "Vamos abraçar a praia, mostrar que os turistas têm que vir, não deixem de vir não, porque está amenizando", pede a vendedora Gláucia.

Coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos (PSOL) condenou, nesta segunda-feira (23), a atuação do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), diante da segurança pública no Estado. Na última sexta (20), Ágatha Félix, de 8 anos, foi morta após ser atingida por um tiro no Complexo do Alemão, que testemunhas apontam ter sido disparado por policiais. 

Para Boulos, “Witzel é um sociopata que deveria estar preso”. “Ele tem que sair algemado do Palácio da Guanabara para ir para o Bangu, fazer companhia para Sergio Cabral. Os antecessores dele foram presos por corrupção, ele deve ser preso por homicídio. Tem sangue nas mãos. Esse cara é assassino. E quem defende esse tipo de política é cúmplice”, disparou em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan.  

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Na avaliação de Boulos, o governador está “fazendo uma competição dura com o narcotráfico para ver quem é mais nocivo para a comunidade” ao defender que a “polícia tem que metralhar uma favela”. 

“Uma coisa é ter uma polícia orientada a combater a violência, que é parte do seu papel, outra é ter um sociopata no comando do Governo do Estado orientando que se metralhe comunidades onde vivem milhões de pessoas… Quando a mensagem de quem vem de cima, de quem tem Poder e Governo, é de violência total, isso chega como uma autorização ao policial. Ele não precisaria olha a kombi, onde estava a Aghata, primeiro, ele poderia atirar”, observou. 

Para Boulos, o problema do Rio de Janeiro “não é só o policial, é o modelo de segurança que se criou a polícia que mais mata e mais morre”. 

Indagado sobre como isso deveria ser combatida a violência e difusão do narcotráfico no Rio, Boulos disse que é preciso investir mais em inteligência. 

“Política de segurança pública não é com tiro porrada e bomba. O vizinho de Bolsonaro, acusado de matar Marielle, numa operação de inteligência, se apreendeu 110 fuzis com esse cidadão. Pegue as operações no Rio de Janeiro, nos últimos cinco anos, não se apreendeu nem a metade o que em uma operação. O narcotráfico tem que ser enfrentado e isso é com inteligência”, salientou o psolista. 

“É preciso ter uma política de integração das polícias, cada polícia no Brasil age como barata tonta. Você precisa ter um investimento pesado com inteligência, como fez a maioria dos países que reduziram a violência”, emendou Boulos. 

Após o vazamento de cinco metros cúbicos de óleo que atingiu áreas naturais de Ipojuca, no Grande Recife, a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), que integra o Complexo Industrial de Suape, foi multada em R$ 704 mil. De acordo com a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), cerca 4,5 hectares foram impactados com o vazamento ocorrido no último dia 26. 

"As punições podem aumentar de acordo com os resultados de novas investigações. Estão em análise amostras do solo para saber se houve ou não contaminação do solo e de águas subterrâneas", ressaltou o secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade José Bertotti.

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Mais de 20 técnicos do CPRH realizaram o levantamento que apontou que o resíduo foi derramado pela empresa. Parte do material chegou a ser contido por barreiras instaladas no leito do Rio Taveiro do Meio, porém, além da água, flora, fauna e o solo foram impactados.

Em nota, o órgão detalhou a determinação. "Pela poluição e contaminação do Rio Taveiro do Meio, a CPRH estabeleceu uma multa de R$ 500 mil. Já pelo impacto disso na fauna e pelo descumprimento da Resolução Conama nº 398/2008 sobre o Plano de Emergência Individual, foram expedidas mais duas autuações contra a Rnest, cada uma no valor de R$ 100 mil. A refinaria ainda terá que arcar com mais R$ 5,9 mil por infringir Lei Estadual 14.249/2010".

Em 20 dias, a refinaria também deverá apresentar "um plano de remediação para a área afetada, que contemple a retirada do óleo no leito do rio, limpeza da vegetação e do solo contaminados". Para o diretor de Fontes Poluidoras da CPRH Eduardo Elvino, o tempo de recuperação da área é estimado entre seis meses e um ano. A variação depende das ações propostas pela refinaria.

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Um pai e os dois filhos - um menino de seis anos e uma menina de quatro - foram atropelados por bandidos que fugiam em um carro roubado, em Taguatinga, no Distrito Federal. Mesmo com o impacto, a família não se feriu gravemente.

As autoridades informaram que o veículo havia sido roubado por dois suspeitos e após atingir a família, ainda colidiu com dois carros. Carlos Alberto Vidal, de 48 anos, e Anailson Rocha de Araújo, 27, foram capturados e encaminhados à delegacia do município, onde ficaram à disposição da Justiça, nessa segunda-feira (5).

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O pai apresentou-se como médico e dispensou o auxílio do Corpo dos Bombeiros. A família seguiu para o Hospital Anchieta, onde não foi constatada nenhuma fratura ou lesão grave, de acordo com o Metrópoles.

O veículo era conduzido por Carlos Alberto. Com a apreensão, ele foi reprovado no teste do bafômetro, que registrou 0,63 mg/l. O suspeito tem uma ficha criminal extensa e poderá pegar 15 anos de detenção por roubo, lesão culposa e embriaguez ao volante, segundo o delegado Daniel Azevedo Monteiro.

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A decisão do ministro do STF Dias Toffoli, de mandar suspender as investigações em todo o País que contenham dados compartilhados do Controle de Atividades Financeiras (Coaf), pode travar não apenas o cerco à corrupção, mas também um acervo de mais de cinco mil inquéritos e ações judiciais sobre facções criminosas e tráfico de entorpecentes.

Entre janeiro de 2014 e junho de 2019, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, braço do Ministério da Economia, produziu 1.586 Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) sobre organizações, inclusive as que controlam presídios, e mais 4.391 exclusivamente sobre narcotráfico, totalizando 5.977 feitos que embasam investigações das Promotorias e Procuradorias e também das Polícias Federal e nos Estados.

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A ordem de Toffoli, dada na última segunda-feira, 15, a partir de um pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL/RJ), alvo de investigação do Ministério Público do Rio por suposta lavagem de dinheiro quando exercia o mandato de deputado estadual fluminense, atinge indistintamente todos os procedimentos que alojem dados do Coaf.

A determinação do ministro deve prevalecer até novembro, quando o Supremo coloca a matéria em votação no plenário.

Os investigadores temem que a imposição do ministro possa contaminar todos os procedimentos que se baseiam em alertas do Coaf, ou seja, não apenas os casos de malfeitos com recursos públicos, mas inclusive os atribuídos a grupos violentos.

Naquele período, entre janeiro de 2014 e junho de 2019, os técnicos do Conselho elaboraram 9.421 relatórios sobre atos de corrupção. Além de outros 36 sobre terrorismo e outros milhares de documentos apontando para movimentações atípicas de investigados por fraudes (4.592 relatórios), crimes contra o sistema financeiro (767), exploração ilegal de minério (296), tráfico de pessoas (42), sonegação fiscal (2.200) e armas (397).

Em cinco anos e meio, do total de Relatórios de Inteligência Financeira do Coaf, 3% foram enviados à Justiça (510 documentos), segundo informa o Conselho.

Os destinatários de 97% dos relatórios foram órgãos de investigação - Ministério Público Federal, Ministério Público nos Estados, Polícia Federal, Polícia Civil nos Estados e Controladoria-Geral da União receberam 15.436 rastreamentos de contas.

Nesta quinta-feira, 18, a Polícia Federal suspendeu todas as investigações que contenham dados financeiros e bancários compartilhados sem autorização judicial. A decisão foi tomada pelo corregedor-geral substituto da PF, delegado Bráulio Galloni.

Os inquéritos da PF nessas condições serão devolvidos à Justiça.

Em Mato Grosso do Sul, a Procuradoria classificou como "devastadora" a medida. Pelo menos um terço das investigações sobre atos de lavagem de dinheiro no Estado pode ser afetado, calculam os procuradores que atuam na área.

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (17), o Ministério da Educação (MEC) apresentou um programa que, na teoria, promete dar mais autonomia financeira às universidades e institutos federais. Batizada de ‘Future-se’, a medida será opcional por parte das instituições de ensino.

“O Programa Institutos e Universidades Empreendedoras e Inovadoras (FUTURE-SE) tem por finalidade o fortalecimento da autonomia administrativa, financeira e de gestão das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), por meio de parceria com organizações sociais e do fomento à captação de recursos próprios. O Future-se divide-se em três eixos: Governança, Gestão e Empreendedorismo; Pesquisa e Inovação; e Internacionalização. O programa terá prazo de duração indeterminado e a participação no Future-se será por meio de adesão, na forma e no prazo estabelecidos em regulamento específico”, explicou o MEC, no texto de apresentação da medida.

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De acordo com o MEC, as instituições que aderirem ao programa deverão se comprometer a vários procedimentos. O primeiro é utilizar uma organização social contratada que será responsável por dar suporte à realização de atividades relacionadas aos eixos de gestão, governança e empreendedorismo; pesquisa e inovação; e internacionalização.

Outra exigência é que as universidades deverão adotar diretrizes de governança. Essas diretrizes, no entanto, ainda não foram definidas pelo MEC, que promete defini-las futuramente. As instituições de ensino ainda deverão adotar um programa de “integridade, mapeamento e gestão de riscos corporativos, controle interno e auditoria externa”.

Com a proposta de captar fundos que serão revertidos para as universidades, uma das medidas previstas pelo programa é a venda de imóveis federais ociosos, pertencentes às instituições de ensino. O dinheiro apurado, segundo o MEC, será revertido para as próprias instituições.

Para o ministro da Educação Abraham Weintraub, o Future-se é a junção das melhores ideias que poderão colocar o Brasil em um patamar educacional elevado. “Liberdade, conhecimento, pesquisa, conhecimento. A crise incomoda, faz com que a gente repense as estruturas, a forma de pensar. Se ela for bem conduzida, ela permite reformulações. O que a gente está propondo é uma reformulação profunda. O objetivo realmente é colocar o Brasil no patamar que estão os outros países. Estamos trazendo as melhores ideias. Será que dá certo no Brasil? Sim, dá certo! É um marco de uma mudança estrutural que a gente precisa atingir”, argumentou Weintraub.

Como será a operacionalização do programa?

Segundo o Ministério da Educação, a operacionalização do programa se dará por meio de contratos de gestão concretizados entre a União e as instituições de ensino federais. Os contratos serão firmados com uma organização social, “cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à cultura e estejam relacionadas às finalidades do Programa”.

Ainda de acordo com o MEC, os contratos de gestão poderão ser celebrados com organizações sociais já qualificadas pela própria pasta ou por outros ministérios. Dessa forma, não haverá a necessidade de chamamento público, desde que “o escopo do trabalho esteja no âmbito do contrato de gestão já existente”.

Também já está definido o objetivo do contrato. O MEC selecionou divulgou procedimentos que devem ser adotados:

·Plano de ação para os próximos 04 anos do contrato; 

·Metas de desempenho, indicadores e prazos; 

·Sistemática de acompanhamento e avaliação de resultado, com indicadores de qualidade e produtividade;

·Diretrizes na governança e na gestão da política de pessoal, incluindo a observância de: 

a) limite prudencial e critérios para a realização da despesa com remuneração e vantagens de qualquer natureza;

b) vedação das práticas de nepotismo e de conflito de interesses; e

c) critérios para ocupação de cargos de direção e assessoramento, segundo o grau de qualificação exigido e os setores de especialização profissional.

·Condições para suspensão do contrato; e 

·Penalidades para o caso de descumprimento das cláusulas contratuais.

Aos contratos firmados será dada ampla divulgação, no sítio eletrônico do Ministério da Educação.

MEC detalha eixos

Antes da implantação do Future-se, o MEC disponibilizou uma consulta pública. A apuração, disponível na internet, permite que a população mande sugestões que possam melhorar o desempenho do programa. Para auxiliar a sociedade e dar mais detalhes sobre a iniciativa, o Ministério da Educação explicou cada eixo do Future-se, além do fomento. Confira no texto a seguir:

Fomento

Para dar cumprimento ao contrato de gestão, a União e as Ifes poderão fomentar a organização social por meio de repasse de recursos orçamentários e permissão de uso de bens públicos. A Secretaria de Patrimônio da União transferirá a administração de bens imobiliários para o Ministério da Educação, com a finalidade de constituir fonte de recursos para o FUTURE-SE. 

O Ministério da Educação poderá participar como cotista de fundos de investimento, a serem selecionados mediante procedimento simplificado. Esses fundos de investimento deverão ter natureza privada e patrimônio próprio separado do patrimônio do cotista e do administrador, sujeitando-se a direitos e obrigações próprias.

A integralização das cotas nos fundos de investimento será autorizada em ato do Poder Executivo, ouvido o Comitê Gestor do Programa. Os fundos de investimento responderão por suas obrigações com os bens e direitos integrantes de seu patrimônio, ficando o cotista obrigado somente pela integralização das cotas que subscrever.

A dissolução dos fundos de investimento de acordo com seu estatuto e seus recursos retornarão ao Ministério da Educação.

Não incidirão impostos ou contribuição social de competência da União sobre a integralização de cotas pelo Ministério da Educação ou sobre os rendimentos do fundo de investimento destinados ao FUTURE-SE. Os fundos de investimento deverão elaborar os demonstrativos contábeis de acordo com a legislação em vigor e conforme o estabelecido nos seus estatutos.

Os estatutos dos fundos definirão, inclusive, as políticas de aplicação, critérios e níveis de rentabilidade e de risco, questões operacionais da gestão administrativa e financeira e regras de supervisão prudencial de investimentos.

O Ministério da Educação poderá doar, condicionalmente, bens imobiliários para as Organizações Sociais participantes do FUTURE-SE, desde que a rentabilidade da gestão patrimonial seja vertida para ações inseridas no âmbito das Ifes.

As organizações sociais que recepcionarem bens imobiliários deverão integralizá-los em fundos de investimentos, para constituir recursos de longo prazo, a ser investido com objetivos de preservar seu valor, gerar receita e fomentar as atividades de que trata o programa.

Constituídos os Fundos de Investimentos e garantida a sua sustentabilidade econômica e financeira, o Comitê Gestor, por meio de ato do Poder Executivo, poderá propor o uso de percentual de recursos do principal para a aplicação nas ações dos 3 eixos do programa, na etapa inicial de formação de poupança do fundo.

O Ministério da Educação poderá doar a rentabilidade das cotas dos fundos, diretamente, para as Organizações Sociais participantes do Programa, desde que estas utilizem tais recursos nas ações dos eixos do programa.

O Ministério da Educação poderá destinar recursos para unidades que tenham reduzido potencial de captação de recursos, como forma de ação supletiva. 

É facultada a cessão de servidores titulares de cargo efetivo em exercício na instituição federal de ensino superior, que exerçam atividades relacionadas ao contrato de gestão, à Organização social. Caberá à Organização Social o ônus pela remuneração ou pelo salário vinculado ao cargo do agente cedido, acrescidos dos encargos sociais e trabalhistas.

Não será incorporada à remuneração de origem do servidor cedido qualquer vantagem pecuniária adicional que vier a ser paga pela Organização Social. Os servidores das Ifes poderão participar das atividades realizadas pelas organizações sociais, nas finalidades vinculadas ao FUTURE-SE, sem prejuízo de suas atribuições funcionais, desde que cumprindo a carga horária de aulas. 

A Organização Social deverá adotar Código de Ética e Conduta para os servidores cedidos e deverá atuar de modo a aferir a responsabilidade dos agentes, pelos atos praticados durante o contrato de gestão, comunicando o órgão ou entidade cedente acerca das apurações de responsabilidade em andamento.

Em caso de descumprimento das obrigações dispostas no Código de Ética e Conduta, o servidor cedido deverá retornar à instituição de origem, sem prejuízo da aplicação de demais penalidades cabíveis. 

Quando a responsabilização depender de competências ou prerrogativas de natureza disciplinar ou ética, a Organização Social dará ciência ao órgão ou entidade cedente, para que tome as providências administrativas cabíveis.

Eixo 1: Governança, Gestão e Empreendedorismo

Governança

A governança abrange os processos de administração dos recursos e a capacidade de planejar, formular e implementar políticas, visando à melhoria da gestão, à sustentabilidade do desenvolvimento e ao melhor manejo dos recursos. As Ifes participantes deverão implementar e manter mecanismos, instâncias e práticas de governança, em consonância com as seguintes diretrizes:

*Direcionamento das ações para a busca de resultados para a unidade acadêmica e para a sociedade, encontrando soluções inovadoras para lidar com a limitação de recursos;

*Promoção da simplificação administrativa, da modernização da gestão pública e da integração dos serviços públicos, especialmente por meio da utilização de instrumentos digitais e eletrônicos;

*Incorporação de padrões elevados de conduta para orientar o comportamento dos agentes públicos;

*Implementação de controles internos fundamentados na gestão de risco; 

*Adesão a códigos de autorregulação; e

*Promoção da comunicação aberta, voluntária e transparente das atividades e dos resultados da organização, de maneira a fortalecer o acesso público à informação.

As organizações sociais também deverão obedecer a regras de governança.

As Ifes e organizações sociais que aderirem ao programa deverão instalar ouvidoria, para recebimento de reclamações, denúncias e atendimento ao usuário e deverão observar requisitos de transparência, tais como:

*Elaboração de carta anual, com a explicitação dos compromissos para execução dos objetivos de políticas, bem como dos impactos econômico-financeiros resultantes desses objetivos, mensuráveis por meio de indicadores objetivos;

*Divulgação tempestiva e atualizada de informações relevantes, especialmente aquelas relativas a atividades desenvolvidas, cursos ofertados, índices de evasão, e descrição da composição da remuneração dos servidores; e 

*Elaboração de política de divulgação de informações, em conformidade com a legislação em vigor e com as melhores práticas.

Os documentos resultantes das ações de transparência acima deverão ser publicamente divulgados na internet.

Empreendedorismo e gestão

As IFES participantes, com o auxílio das organizações sociais contratadas, deverão atuar para: 

*Apoiar a criação, atração, implantação e a consolidação de ambientes promotores de inovação, com foco no estabelecimento de parceria com o setor empresarial, incluídos parques e polos tecnológicos, incubadoras e start-ups;

*Aprimorar os modelos de negócios e a capacidade de oferecer inovações que supram a demanda da sociedade;

*Aperfeiçoar a gestão patrimonial de seus bens, mediante cessão de uso, concessão, comodato, fundo de investimentos imobiliários, realização de parcerias público-privadas, entre outros mecanismos; 

*Promover suas marcas e produtos; 

*Fomentar a arrecadação de receitas próprias; e

*Promover ações de empregabilidade para os alunos das instituições. 

As Ifes do programa FUTURE-SE estão autorizadas a conceder a pessoas físicas ou jurídicas o direito de nomear uma parte de um bem, móvel ou imóvel, de um local ou evento, em troca de compensação financeira (“naming rights”).A autorização para esta ação deverá ser precedida de estudo que demonstre que o preço de mercado da imagem da Ifes e a proposta apresentada pela pessoa física ou jurídica representa ganhos para a instituição.

Será permitida, ainda, a criação de Sociedades de Propósito Específico (SPE), por departamento nas Ifes, garantindo que um percentual do lucro auferido retorne para a Ifes.

O Ministério da Educação ficará responsável pela a construção de plataformas que permitam a aproximação entre as instituições de ensino e o setor produtivo, de modo a criar um ecossistema de inovação e empreendedorismo, bem como a fomentar e orientar as Sociedades de Propósito Específico. 

Eixo 2: Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 

A Organização Social contratada deverá, em parceria com as Ifes:

*Buscar a implementação do Novo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei 13.243/2016), aumentando a interação com o setor empresarial, no intuito de contribuir com a capacidade inovadora do setor e atender às demandas do setor empresarial por inovação;

*Aprimorar as atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação, de nível nacional e internacional, buscando disseminar a cultura da inovação, da propriedade intelectual e da transferência de tecnologia;

*Potencializar e difundir o papel das IFES nas atividades de cooperação com os setores público e privado; 

*Atrair a instalação de centros de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I) nas Ifes; 

*Fortalecer os Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT), nos institutos e universidades federais; 

*Facilitar a realização de projetos de pesquisa e desenvolvimento, conjuntamente com universidades estrangeiras, incluindo projetos que incluam empresas brasileiras e estrangeiras nos projetos de P,D&I;

*Promover a contínua interação entre empresas e IFES aptas a produzir pesquisa e desenvolvimento, com valor para a inovação. 

O professor em regime de dedicação exclusiva, inclusive aquele enquadrado em plano de carreiras e cargos de magistério superior, poderá exercer, em caráter eventual, atividade remunerada de pesquisa, desenvolvimento e inovação, na organização social contratada, e participar da execução de projeto aprovado ou custeado com recursos próprios, desde que cumpra sua carga horária ordinária.

A remuneração recebida em razão da elaboração, execução e êxito de qualquer programa desenvolvido no âmbito do FUTURE-SE é de natureza privada, não integrando a remuneração do servidor público, para nenhum fim, nem gerando reflexos de qualquer natureza na remuneração do cargo público, inclusive previdenciários.

Caso o docente seja premiado pelo projeto de pesquisa, desenvolvimento ou inovação ou por publicação com destaque nacional ou internacional, desenvolvida a partir da parceria firmada, o valor por ele recebido a esse título possui natureza privada e não se incorpora aos seus vencimentos, para nenhum fim, nem gerando reflexos de qualquer natureza na remuneração do cargo público, inclusive previdenciários. 

O servidor público federal que desenvolver invenção, aperfeiçoamento ou modelo de utilidade e desenho industrial, bem como a sua Instituição Federal de Ensino Superior, poderá ter participação nos ganhos econômicos resultantes da exploração de direito de propriedade intelectual. 

A participação do servidor, em relação ao valor das vantagens auferidas pela entidade com a exploração da patente ou do registro, deverá ser determinada por meio de análise do caso concreto. Os valores que o professor vier a receber constituem verba de natureza privada e não se incorporam a remuneração do servidor e não geram reflexos de qualquer natureza na remuneração do cargo público, inclusive previdenciários. Esses valores tampouco servirão de base de cálculo para qualquer benefício adicional ou vantagem coletiva ou pessoal.

Eixo 3: Internacionalização

Compete às instituições participantes, conjuntamente com as Organizações sociais contratadas, promover:

cursos de idiomas para os docentes, por meio de parcerias com instituições privadas, para promover a publicação em periódicos no exterior;

intercâmbio entre universidades nacionais e internacionais, trazendo para as universidades brasileiras professores estrangeiros renomados;

oferta de bolsas em instituições estrangeiras, de modo a contemplar, preferencialmente, estudantes com alto desempenho acadêmico e/ou atlético; 

ações de premiação de alunos que, além de possuírem elevadas notas, ocupem posição de destaque intelectual, demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliação, e não tenham indicativo de desabono de sua conduta. 

A política de internacionalização de conhecimento, dispondo sobre a organização e gestão dos processos, deverá assegurar: 

fluxo contínuo de intercâmbio de professores, fomentando a pesquisa e uma melhor colocação nos índices e rankings internacionais;

facilitação de reconhecimento de diplomas estrangeiros em instituições de ensino público ou privadas com alto desempenho, reconhecidas pelo MEC

facilitação do reconhecimento de créditos das disciplinas cursadas em plataformas tecnológicas ofertadas por instituições de excelência no exterior.

Fundo da autonomia financeira das Ifes

Para que o programa seja viável será constituído um Fundo, vinculado ao Ministério da Educação, com a finalidade de possibilitar o aumento da autonomia financeira das Ifes, bem como ampliar e dar previsibilidade ao financiamento das atividades de pesquisa, extensão, desenvolvimento, empreendedorismo e inovação, por meio do fomento a novas fontes de recursos, os recursos relacionados ao projeto deverão ser vertidos em Fundo de investimento, que será selecionado mediante procedimento simplificado.

Os imóveis de propriedade das Ifes participantes e os direitos reais a eles associados poderão ser destinados à integralização de cotas no fundo.

Constituem recursos do Fundo:

I – as receitas decorrentes de:

a. prestação de serviços compreendidos no objeto da IFES, tais como estudos, pesquisas, consultorias e projetos;

b. comercialização de bens e produtos com a marca das instituições apoiadas;

c. alienação de bens e direitos;

d. aplicações financeiras que realizar;

e. direitos patrimoniais, tais como aluguéis, foros, dividendos, bonificações, comodatos e concessões; 

f. exploração de direitos de propriedade intelectual; 

g. acordos e instrumentos congêneres que realizar com entidades nacionais e internacionais;  e

h. matrículas e mensalidades de pós-graduação lato sensunas universidades federais.

II – as doações, legados e subvenções realizados por pessoas físicas ou jurídicas, de direito privado ou público, inclusive de Estados, Distrito Federal, Municípios, outros países, organismos internacionais e organismos multilaterais;

III – os ganhos de capital e os rendimentos oriundos dos investimentos realizados com seus ativos; 

IV – a quantia recebida em decorrência das leis de incentivo fiscal;

V – as doações da rentabilidade das cotas do MEC nos fundos de investimento, como forma de ação supletiva, desde que autorizado pelo Comitê-gestor;

VI - rendas provenientes de outras fontes.

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O estudo de impacto do rompimento da barragem Sul Superior, da mineradora Vale, em Barão de Cocais (a 93 km de Belo Horizonte), aponta para a morte de moradores e "inundação generalizada de áreas rurais e urbanas" em três municípios, além de possíveis interrupções de estradas e problemas com abastecimento de água e de luz.

O estudo, que no meio técnico do setor é conhecido como "dam break", relata ainda possibilidade de "danos estruturais em pontes e travessias importantes nos municípios atingidos". Além de Barão de Cocais, os municípios a serem afetados pela lama são Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo.

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Nas três cidades, a população que precisará ser retirada de casa para não ser levada pela lama ultrapassa 10 mil pessoas, sendo 6.052 em Barão de Cocais, 2.444 em São Gonçalo do Rio Abaixo e 1.700 em Santa Bárbara. O total de moradores nos três municípios é de aproximadamente 73,8 mil pessoas, sendo 32 mil em Barão de Cocais, 31 mil em Santa Bárbara e 10,8 mil em São Gonçalo do Rio Abaixo. As três cidades já passaram por simulados de evacuação.

Em Barão de Cocais, o meio-fio de algumas ruas foi pintado de laranja para indicar que será invadido pelo rejeito da Vale. Há pinturas em nove bairros, incluindo o centro e a avenida principal da cidade. O foco são áreas mais baixas, adjacentes ou às margens do Rio São João, que corta o município. A possível rota da lama fez até o fórum e uma escola municipal da cidade mudarem de lugar. A prefeitura estima que 3 mil edificações seriam atingidas.

Segundo o estudo de "dam break", a lama também vai devastar áreas de preservação permanente "nas faixas marginais ao leito dos cursos de água". O relatório prevê "assoreamento de cursos de água a jusante, com deposição de rejeitos no leito e planícies de inundação e possível alteração da calha principal".

O "dam break" diz que haverá "inundação generalizada de áreas rurais e urbanas com graves potenciais de danos estruturais e perda de vidas humanas, especialmente no distrito de Socorro e nos municípios de Barão de Cocais, Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo", além de "problemas relacionados ao abastecimento de água nas comunidades ribeirinhas e irrigação nas regiões abastecidas", com "possíveis interrupções nos acessos locais de terra, rodovias, linha de transmissão e fornecimento de energia".

Nos distritos de Socorro, Tabuleiro e Piteira, os três próximos à barragem, cerca de 450 pessoas já foram retiradas de suas casas. O estudo diz também que ocorrerá "alteração ou remoção da camada vegetal e do hábitat, remoção do solo de cobertura, deposição de rejeitos e demais prejuízos a fauna e flora características da região".

Histórico

A barragem Sul Superior teve nível de segurança elevado a 3, que indica risco iminente de ruptura, em 22 de março, depois que uma auditoria se negou a emitir laudo de segurança para a estrutura. No dia 13, a empresa informou às autoridades que o talude da mina da represa poderia desmoronar, ocasionando abalo sísmico que poderia fazer com que a Sul Superior se rompesse.

O estudo foi feito pela empresa Potamos, a pedido da Vale, e entregue nesta terça-feira, 21, ao Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), por determinação judicial, depois que a Promotoria julgou insuficiente relatório anterior de impacto fornecido pela mineradora. O MP-MG informou que o estudo foi juntado ao processo e "dará ciência do conteúdo aos órgãos de Estado para que avaliem se os planos emergenciais apresentados pela Vale em juízo estão adequados ao pior cenário possível em caso de rompimento da barragem".

Caso não apresentasse o estudo, a Vale seria multada em R$ 300 milhões. Procurada pela reportagem, a empresa não se manifestou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de devastar a Riviera Francesa em 2013, destruir Daca em 2015 e destruir Tóquio em 2017, uma simulação internacional de impacto de asteroides foi realizada na sexta-feira e deixou Nova York em ruínas.

Apesar de ser uma simulação de oito anos de preparação, cientistas e engenheiros tentaram, mas não conseguiram desviar o asteroide assassino da Grande Maçã.

O exercício tornou-se um evento regular na comunidade internacional de especialistas em "defesa planetária".

A última edição começou na segunda-feira perto de Washington, com o seguinte alerta: um asteroide de cerca de 100 a 300 metros de diâmetro tinha uma chance, de acordo com cálculos gerais, de 1% de atingir a Terra no dia 29 de abril de 2027.

Enquanto os meses fictícios passavam na simulação, a probabilidade de a rocha espacial gigante colidir com a Terra subiu para 10% - e depois para 100%.

A NASA lançou uma sonda em 2021 para examinar a ameaça de perto. Em dezembro dessee ano, os astrônomos confirmaram que estavam indo direto para a área de Denver e que a cidade do oeste dos EUA seria destruída.

As principais potências espaciais dos Estados Unidos, Europa, Rússia, China e Japão decidiram construir seis "impactores cinéticos" - sondas destinadas a atingir o asteroide para mudar sua trajetória.

Levou tempo para construir os impactores e esperar pela janela de lançamento correta.

Os impactos foram definidos para agosto de 2024.

Três impactadores conseguiram atingir o asteroide.

O corpo principal foi desviado, mas um pequeno fragmento continuou em um caminho mortal, desta vez em direção ao leste dos Estados Unidos.

Washington considerou enviar uma bomba nuclear para desviar a rocha de 60 metros - repetindo uma estratégia bem-sucedida que salvou Tóquio no ano passado -, mas foi prejudicada por divergências políticas.

Tudo o que restava era se preparar para o impacto. Com seis meses, os especialistas só podiam prever que o asteroide estava indo para a área de Nova York.

Com dois meses pela frente, confirmou-se que a cidade seria destruída.

- Evacuação -

O asteroide entraria na atmosfera em 69.000 quilômetros por hora explodiria 15 km acima do Central Park.

A energia da explosão seria mil vezes maior que a da bomba nuclear lançada em Hiroshima. Isso destruiria tudo num raio de 15 km, segundo os cientistas.

Manhattan seria completamente destruída. As janelas a até 45 km seriam espatifadas e os danos se estenderiam até 68 km do do epicentro.

As questões levantadas pelo cenário eram infinitas.

Como as autoridades evacuariam dez milhões de pessoas? Levar as pessoas para a segurança dos furacões mostrou a dificuldade da tarefa.

"Dois meses podem não ser tempo suficiente para fazer uma evacuação você está retirando pessoas que estão presas, que precisam reconstruir suas vidas para onde estão sendo levadas", observa Brandy Johnson, um "cidadão irritado" no exercício.

O asteroide assassino é, claro, "altamente improvável", diz Paul Chodas, engenheiro da NASA que é o designer do jogo, em entrevista à AFP.

"Mas queríamos que as questões fossem expostas e discutidas", acrescentou.

Os astrônomos da conferência aproveitaram a oportunidade para defender o projeto do telescópio espacial NeoCam, que ajudará os cientistas a identificar melhor os asteroides e reagir mais cedo às ameaças.

- Risadinha -

A ideia de que a Terra tem que se defender contra um asteroide chocava-se, no passado, com o que os especialistas chamam de "fator risadinha". Mas em 15 de fevereiro de 2013, um meteoro contribuiu para acabar com o desdém.

Naquele dia, um asteroide de 20 metros apareceu do nada e explodiu quando entrou na atmosfera, 23 quilômetros acima da cidade russa de Chelyabinsk.

Os habitantes sentiram o calor da explosão a 60 km de distância. As janelas de milhares de edifícios explodiram. Mil pessoas ficaram feridas.

"O aspecto positivo de Chelyabinsk foi que provocou uma consciência do público e dos políticos", disse à AFP Detlef Koschny, codiretor do Escritório de Defesa Planetária da Agência Espacial Europeia (ESA), representado por cerca de dez pessoas na conferência.

Apenas os asteroides cuja órbita os aproxima a menos de 50 milhões de quilômetros da Terra nos interessam. Os astrônomos os estão descobrindo todos os dias: mais de 700 já este ano, com um catálogo total de 20.001, anunciou Lindley Johnson, do escritório de coordenação de defesa planetária da Nasa, criado em 2016.

Entre os que mais apresentam riscos estão, por exemplo, uma rocha chamada 2000SG344: com cerca de 50 metros de diâmetro e uma chance em 2.096 de colidir com a Terra dentro de 100 anos, segundo a ESA.

A maioria é menor, mas 942 têm mais de um quilômetro, segundo o astrônomo Alan Harris, que informou à plateia que alguns grandes asteroides provavelmente ainda estão escondidos no céu: "A maioria está estacionada atrás do Sol".

São principalmente os telescópios americanos, no Arizona e no Havaí, que os detectam.

A ESA instalou um telescópio na Espanha e planeja outros no Chile e na Sicília.

Muitos astrônomos pedem um telescópio no espaço, já que, da Terra, não se pode ver os objetos do outro lado do Sol.

O próximo exercício de simulação terá lugar em 2021 em Viena.

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