Os bombeiros gregos continuam a lutar contra dois grandes incêndios na ilha de Rodes e no noroeste do Peloponeso, em meio a uma onda de calor que deve passar dos 40°C nesta segunda-feira (2).
Mais de 3.000 hectares de pinheiros e olivais foram queimados em Acaia, perto de Patras, na península do Peloponeso, de acordo com estimativas do Observatório Nacional de Atenas. A instituição se baseia em imagens do satélite ambiental europeu Sentinel-2.
Esta superfície ainda pode aumentar. O incêndio, deflagrado no sábado, não estava totalmente controlado na manhã desta segunda, informou o serviço meteorológico grego ANA.
A onda de calor que atinge a Grécia torna ainda mais difícil o trabalho das autoridades nesta região, onde a vegetação está seca pelo calor. Para esta segunda-feira, são esperadas temperaturas entre 44°C e 45°C no oeste do Peloponeso, conforme os serviços meteorológicos.
Em Rodes, as autoridades estão mais otimistas e estimam que o incêndio que eclodiu no centro da ilha no domingo estava sendo controlado nesta segunda-feira, graças a importantes reforços de tropas e de recursos de combate ao fogo enviado à noite.
Bem cedo nesta segunda, quatro aviões-hidrantes começaram a sobrevoar a região de Pandanassa, onde o incêndio foi declarado, disse a Proteção Civil.
"O amanhecer encontra Rodes melhor do que na véspera. As frentes (do incêndio) estão recuando" e estão "quase sob controle", disse o governador do sul do mar Egeu, George Chatzimarkos, em um comunicado publicado nesta segunda-feira.
"O primeiro objetivo, a proteção da vida humana, foi alcançado", e "os danos à rede elétrica foram reparados", acrescentou Chatzimarkos, segundo o ANA.
O pico da onda de calor que castiga a Grécia é esperado para hoje e amanhã, com temperaturas entre 40°C e 42ºC nas ilhas, e de 41°C a 43ºC, no continente, com máximas de 44°C a 45ºC no Peloponeso e na Tessália (Norte).
Há poucos dias, um incêndio devastou o Monte Pentélico, perto da capital grega.
Em julho de 2018, 102 pessoas morreram na cidade costeira de Mati, perto de Atenas, o pior número de mortos causado por um incêndio no país.
Na Grécia, 13.500 hectares queimaram no decorrer do ano, mais que a média de 7.500 hectares entre 2008 e 2020, segundo as estatísticas da UE.