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Um homem foi preso, na manhã desta quarta-feira (21), no metrô do Recife, dentro de um trem da Linha Centro, entre as estações Afogado e Joana Bezerra. O homem é suspeito de assediar sexualmente uma passageira, na manhã dessa terça (20). A vítima contou para a mãe ter sido molestada e fez o mesmo percurso no metrô em companhia da genitora. 

Ao ver o suspeito no trem, a vítima gritou e chamou a segurança do metrô. Para evitar que fosse linchado pela população, os guardas presentes na estação detiveram o homem. A vítima, a mãe e o suspeito foram encaminhados para a delegacia.

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Segundo as informações da assessoria de comunicação da Companhia Brasileira de Trens e Transportes Urbanos (CBTU)/Metrorec, foram solicitadas as imagens do circuito de câmeras de segurança, destas terça (20) e quarta-feira (21), a fim de auxiliar na comprovação do flagrante.

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Os episódios de violência contra a mulher parecem não ter fim na Região Metropolitana do Recife (RMR). Nesta segunda-feira (19), uma estudante foi assaltada a mão armada e ameaçada de estupro no estacionamento da Faculdade de Direito do Recife (FDR), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na Boa Vista, no centro da capital pernambucana. 

Segundo alunos da Faculdade, o caso aconteceu no início da tarde, por volta das 13h30. A vítima, identificada como menor de idade, foi socorrida por profissionais da FDR. Ao Jornal do Commercio, a vítima afirmou que o agressor a segurou pelo braço, apontou a arma para sua barriga e exigiu o celular. O homem ainda a ameaçou de estuprar, ali mesmo, caso ela não entregasse o aparelho. 

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A UFPE ainda não se comunicou oficialmente sobre o caso. O Diretório Acadêmico de Direito divulgou o caso, por meio das redes sociais, e já marcou uma reunião em caráter de urgência para tratar dos casos de violência contra a mulher no local e na cidade como um todo. O encontro acontecerá na próxima quarta-feira (21), às 17h30, na sala do Diretório. 

Uma rebelião nessa sexta-feira (16), na Funase de Abreu e Lima, provocada por rixas entre grupos rivais, está mantendo as mães dos adolescentes no local. Os jovens promoveram confusão no local, quebrando móveis e incendiando colchões. Segundo fontes, grupos de adolescentes foram ameaçados de morte por detentos de outras alas.

De acordo com Necy do Carmo Soares, conselheira tutelar, as mães estão enviando denúncias de que a rebelião continua. Apesar do Batalhão de Choque ainda estar no local, tendo sido chamado para conter os adolescentes desde ontem, os internos continuam ameaçando de morte os grupos rivais. “Algumas mães estão dentro das celas com os adolescentes em celas completamente destruídas, adolescentes feridos, vários adolescentes feridos”, narrou Necy.

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Eliane Nemésio, mãe de um dos jovens ameaçados, conta que grupos rivais, que se chamam “quadrado”, junto com a ala externa, ameaçam os menores de outras áreas. “Eles disseram que, quando as mães saírem, vão matar os meninos”, contou. Segundo ela, depois das visitas, as mães permanecerem dentro da unidade, a fim de evitar novo ataque aos filhos. “Agora as mães estão lá dentro, dizendo que não vão sair até o diretor tomar uma providência”, afirma.

Quando contatado, Paulo Salgado, assessor da Funase, alegou desconhecer as ameaças e a permanência das mães na Unidade.

 

A Polícia Rodoviária Federal realizou a prisão de dois jovens após assalto a uma residência. Os rapazes foram autuados às margens da BR-428, no município de Petrolina, Sertão pernambucano. De acordo com a PRF, o caso aconteceu na última quinta-feira (15).

A ação dos policiais aconteceu após a informação de que populares haviam ouvido disparos de arma de fogo, nas proximidades da unidade da PRF. Foi realizada averiguação no entorno e vários jovens com as características fornecidas foram vistoriados, mas nenhum portava arma.

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Em seguida uma arma foi localizada, por um parente da vítima, no quintal da residência onde aconteceu o crime. A diligência permaneceu em busca dos suspeitos que estavam tentando fugir em um táxi. Ambos foram reconhecidos pela vítima e conduzidos à delegacia da Polícia Civil na cidade.

A Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) impediu a Venezuela de sediar a série final do Grupo 2 do Zonal Americano da Copa Davis, por meio de uma carta enviada na sexta-feira (2). A entidade alegou problemas de segurança no país, que enfrenta uma grave crise econômica, e a Federação Venezuelana de Tênis protestou.

As partidas estavam programadas para serem disputadas entre os dias 16 e 18 de setembro, na cidade litorânea de Barcelona. Após a determinação da ITF, a Venezuela deve propor uma cede neutra até a próxima quinta-feira, ou então a série vai acontecer no Peru.

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"Esta decisão nos pegou desprevenidos", afirmou Luis Contreras, presidente da Federação Venezuelana de Tênis, por telefone à Associated Press. O mandatário protestou de maneira veemente. "Isto é algo para países paralisados por guerra. Nós fomos à Colômbia no meio do terrorismo e do narcotráfico nos anos 1980, estivemos no Peru do Sendero Luminoso", atacou Contreras, citando a organização acusada de atos terroristas em território peruano.

"Estamos na pior crise da história do país, não podemos negar, mas não há razão para o veto", acrescentou. Em março, a Venezuela recebeu o Paraguai pela mesma Copa Davis e o evento não registrou qualquer incidente.

Por outro lado, a ITF lançou apenas um comunicado sobre o cancelamento das partidas no país sul-americano. "A prioridade para nós é a segurança dos jogadores, oficiais e espectadores. A Venezuela tem direito a nomear uma sede neutra, sujeita à aprovação do comitê da Copa Davis", anunciou a entidade em comunicado oficial.

Rodoviários da Região Metropolitana do Recife (RMR) protestaram durante a manhã desta segunda-feira (28), no centro do Recife, nas avenidas Conde da Boa Vista e Dantas Barreto. Na manifestação, os rodoviários pedem mais segurança no transporte público do Grande Recife, tanto para os profissionais, quanto para os passageiros. Mobilização da categoria foi motivada após duas investidas de assaltantes que dispararam contra motoristas dos coletivos no último sábado (27).  

Com cartazes, faixas e um carro de som para disseminar a mensagem da passeata, os motoristas e cobradores dos ônibus se dizem esgotados com a violência dentro dos coletivos. Para chamar atenção da sociedade, o Sindicato dos Rodoviários organizaram a mobilização e paralisaram o trânsito em trechos da ponte Duarte Coelho e a Rua do Sol. Por volta das 12h, de acordo com a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), a manifestação teve fim e o trânsito segue normalizando na área central do Recife. 

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A insegurança nos coletivos do Grande Recife já vem sendo abordada em vários protestos na capital pernambucana. Para o sindicato da categoria, o descaso do Governo de Pernambuco com a situação põe a vida dos passageiros e dos profissionais em risco todos os dias. Segundo o porta-voz do Sindicato dos Rodoviários, Genildo Pereira, entre janeiro e agosto de 2016, já são mais de mil assaltos registrados dentro dos ônibus. 

No último fim de semana, durante o sábado (27), dois motoristas de ônibus foram baleados por assaltantes enquanto dirigiam. Por volta das 8h um homem atirou em um motorista de ônibus que fazia a linha CDU/Várzea, na Avenida Caxangá, Zona Oeste da cidade. O tiro atingiu a mão do condutor, de raspão. Populares afirmaram que o ônibus seguia em direção à área central do Recife e, no momento do disparo, estava com cerca de 50 passageiros que se assustaram com o episódio. O suspeito foi conduzido ao Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP).

Poucas horas depois, no mesmo dia, outro caso de violência envolvendo o transporte público foi registrado. No início da tarde, dois adolescentes armados entraram em um ônibus da linha Rio Doce/CDU, nas proximidades do Centro de Convenções (Cecon), em Olinda, anunciando um assalto. Um dos suspeitos foi baleado e morreu após fugir. O segundo ficou ferido, mas mesmo assim conseguiu balear o motorista do veículo.

Os dois jovens, de 16 e 17 anos, subiram no coletivo pedindo todos os pertencentes dos passageiros. O suspeito mais velho atirou no motorista, atingindo o pescoço do condutor. Foi quando um policial militar fora de serviço que estava no coletivo reagiu, atirando na perna de um deles. A dupla ainda conseguiu escapar do ônibus. O adolescente ferido não resistiu e morreu antes mesmo de ser socorrido. 

Já o motorista, Roberto Carlos de Souza, de 50 anos, deu entrada em estado grave no Hospital da Restauração. De acordo com o HR, o motorista passou por cirurgia e segue internado na unidade de tratamento intensivo (UTI). O estado de saúde do rodoviário ainda é grave, mas o quadro está evoluindo bem, conforme informações do Hospital. 

Foi realizado, nesta terça-feira (16), o primeiro encontro para discutir os ataques aos bancos em Pernambuco. A reunião que aconteceu na sede da Secretaria de Defesa Social (SDS), policiais e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Para discutir a questão, foi criado um Grupo de Trabalho a fim de traçar estratégias para a violência nas instituições financeiras. 

Com ocorrências em todo o Brasil que vão de explosões e arrombamentos de bancos e terminais eletrônicos a violência contra empresas e veículos de transporte de valores, propostas de ação para evitar esses acontecimentos foram colocadas em pauta. Além disso, a busca de uma colaboração mútua no sentido de minimizar o poder de fogo das quadrilhas, reduzindo o número de investidas foi abordada. 

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De acordo com o Secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, a principal conquista do Grupo de Trabalho será trazer os bancos para a luta contra essas quadrilhas. A forma que isso acontecerá será através de investimentos na segurança física das agências e caixas eletrônicos, e não apenas priorizar o combate aos crimes cibernéticos, como acontece atualmente. 

Ainda, de acordo com o secretário, algumas medidas que podem ser adotadas pelas instituições, a fim de ampliar a força contra a insegurança nas instituições financeiras, como brigar no Congresso pelo agravamento das penas para quem portar armas de grosso calibre, equipamentos para incineração das cédulas em casos de assalto e a liberação, em tempo real, das imagens dos circuitos de segurança das agências, para facilitar o trabalho da polícia. De acordo com a SDS, esta última medida já é prevista em Lei assinada pelo governador Paulo Câmara, mas os bancos conseguiram uma liminar para não cumpri-la.

* Com informação da assessoria

Episódios de furtos têm exposto insegurança na Vila Olímpica, na Barra da Tijuca. Na manhã deste sábado (13), o Comitê Olímpico divulgou o roubo de cerca de R$ 20 mil do quarto de um atleta. Após revistas, um funcionário foi identificado portando o valor específico e foi detido. Mais tarde, outro caso de furto.

Segundo a Polícia Civil, uma jogadora francesa de handebol teve 50 euros furtados e uma jovem de 20 anos foi presa em flagrante. A mulher irá responder em liberade pela acusação, depois de ter sido encaminhada ao Juizado do Torcedor.

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Em entrevista ao G1, o diretor de comunicação do Comitê Olímpico, Mário Andrada, confirmou um maior rigor com a fiscalização no local de hospedagem dos atletas. "A segurança foi aumentada na Vila Olímpica. A justiça está trabalhando e não temos informações sobre a frequência dos furtos em relação a outros Jogos", garantiu Andrada. 

O Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco realizou uma mobilização na manhã desta sexta-feira (12). Durante uma hora eles interditaram a PE-15 para chamar a atenção sobre a insegurança no transporte público.

Segundo Benilson Custódio, presidente do sindicato, nas últimas 24 horas foram registradas nove ocorrências em coletivos da Região Metropolitana do Recife (RMR). Em uma delas, um motorista foi baleado no braço, no Cabo de Santo Agostinho.

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“Nesse trecho onde fizemos o protesto foram realizados quatro assaltos nas últimas horas”, afirmou. Após a paralisação, o trânsito foi liberado e os coletivos voltaram a circular.

Abordagem de moto, a cavalo, com arma de fogo e invasão às residências. Essas formas de roubos e assaltos têm sido verificadas com uma frequência quase que constante em Olinda. Assustada, a população tem apelado para a união entre os moradores para que, coletivamente, possam reforçar a segurança no local seja estreitando o elo entre si ou contando com o apoio policial da Companhia Independente de Apoio ao Turista (CIATur) do município. 

Moradores montaram um grupo no Facebook com o intuito de mobilizar a população no intuito de, além de montar estratégias para driblar a insegurança e se protegerem. O Eu Morador de Olinda possui quase mil pessoas e, de acordo com Rodrigo Edipo, há também um grupo no WhatsApp onde relatos da violência são comunicados. “O Sítio Histórico era um lugar tranquilo, mas de uns quatro meses para cá tem ficado cada vez mais frequente a violência por aqui. Em apenas dois meses, somente entre a travessa e a Rua do Bonfim, foram registrados 40 assaltos”, aponta a alta estatística reportada pelos moradores. 

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Sobre as modalidades dos crimes, os mais variados possíveis podem ser constatados, desde abordagem sem arma e a pé para roubar o celular ou mesmo ação utilizando cavalo. Assaltantes praticam os crimes fortemente armados ou mesmo com cacos de vidro. Dentre os casos mais preocupantes, estão os de agressão a mulheres e invasão a casas ocupadas, pegando os moradores completamente de surpresa. 

“Teve o caso de uma senhora que estava no quintal de casa, às 6h da manhã, lendo, quando de repente um homem tocou no ombro dela e disse que havia pessoas atrás dele e pedindo ajuda para sair dalí”, contou a técnica em enfermagem, Evânia Serpa, explicando que a mulher precisou ser socorrida após o susto. 

A advogada Katarine Araújo explicou que o grupo realizou um levantamento de porta em porta documentando os relatos dos casos de assalto sofridos pelos moradores do Sítio Histórico. Com isso, foi possível ver que não há um padrão na abordagem dos criminosos, tais como horários, arma usada e o que é roubado. “Nós procuramos ajuda com as secretarias na prefeitura e nunca fomos ouvidos. Com a CIATur nós temos um bom acesso, no entanto, falta estrutura também para eles”.

Além disso, Araújo, busca a justificativa para que o número de crimes na região tenha sido alavancado. “Os criminosos encontraram a vulnerabilidade daqui, afinal, os moradores, até os mais antigos, apontam que o Sítio Histórico não era assim. Até mesmo a arquitetura do lugar facilita, porque os muros não são altos, as portas das nossas casas são na calçada, os carros ficam nas ruas”, relata. 

A iluminação precária das ruas e o não funcionamento das 16 câmeras de monitoramento do local, também podem ser uma lacuna que facilita a ação dos meliantes que agem tanto em grupo quanto sozinhos. “Nem mesmo os alunos dentro da escola estão livres disso. Os meus filhos saem de casa e eu não sei se vão voltar. Um dos meus filhos foi assaltado duas vezes no mesmo mês e, amigos deles, já relataram assaltos dentro da própria escola porque os criminosos pulam o muro, assaltam alunos e até mesmo professor”, aponta Evânia Serpa. Por conta disso, na última sexta-feira (5), os alunos da Escola Sigismundo Gonçalves, no Carmo, realizaram protesto com cartazes e pedidos de segurança. 

Apesar das evidências, a insegurança não pode ser verificada nas estatísticas, pois na maioria dos crimes as vítimas não realizam Boletim de Ocorrência, não deixando claro para a polícia de que há vulnerabilidade no local. Por conta disso, os moradores do Sítio Histórico estão realizando uma campanha, distribuindo panfletos explicando sobre a necessidade do B.O e como ele pode ser feito. 

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Contradição entre polícia e moradores

“Posso lhe garantir que o Sítio Histórico de Olinda é o local mais seguro da Região Metropolitana do Recife porque nós lançamos um efetivo lá que em muitos lugares da RMR não têm”, assegura o comandante da CIATur, Major Alano. Além disso, é alegado que as estatísticas de roubo, assalto e homicídio é mínima e “o que acontece é um aumento em todo o território e no local tem assaltos como em qualquer lugar”. 

Como estratégia, o Major aponta que é feito um remanejamento do efetivo de acordo com a problemática do período e que no Sítio Histórico de Olinda são feitas rondas com quatro viaturas, durante as 24h, além de um efetivo de 112 agentes com escala de 12h por 36h. No entanto, os moradores alegam que as rondas são finalizadas às 23h e que, mesmo assim, não resolve o problema da população. 

Prefeitura alega reunião com moradores

A Prefeitura de Olinda aponta que reuniões são realizadas com a população de acordo com a necessidade dela. No último dia 11 de maio, foi realizado um encontro entre moradores, CIATur e representantes da Secretaria de Segurança Urbana. É alegado ainda que a estrutura do bairro também é cuidada, como a troca imediata de lâmpadas quebradas propositalmente pelos bandidos a fim de facilitar suas ações. No entanto, foi apontado que a questão de segurança não é um papel direto da prefeitura, mas que ela deve acionar os órgãos competentes de acordo com as necessidades e que a CIATur e o órgão trabalham em parceria. 

O resultado desse cenário são pessoas mudando hábitos, horários e se dizendo paranoicas. Além de tudo, preocupadas com os próximos meses, afinal, as prévias carnavalescas estão se aproximando e os riscos podem se ampliar. “Nós estamos pedindo mais segurança no Sítio Histórico porque a gente acredita que aqui é um lugar de todo mundo”, apela Katarine Araújo. 

A facção que levou insegurança ao Rio Grande do Norte e fez com que homens do Exército e da Marinha ocupassem a capital, Natal, nasceu há três anos. O Sindicato RN faz parte de um novo fenômeno que autoridades do Norte e Nordeste vêm enfrentando: criminosos que se uniram como uma resistência ao crescimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo em seus Estados.

Em pouco mais de uma semana, o grupo fez 108 ataques, em 38 cidades, contra a instalação de bloqueadores de celular em penitenciárias do Estado. Ônibus deixaram de circular e o turismo foi afetado, em uma região conhecida por suas praias, dunas e outras belezas naturais.

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As autoridades estimam em pelo menos mil os integrantes da facção. Ela surgiu na Penitenciária Alcaçuz, a maior do Estado, localizada em Nísia Floresta, e no Presídio Estadual de Parnamirim, na Grande Natal. "Começamos a ter notícia do Sindicato ao mesmo tempo nos dois presídios", diz o juiz de execuções penais Henrique Baltazar.

O magistrado conta que o PCC já tinha operações nos presídios do Estado desde 2010. Por meio de escutas telefônicas o Ministério Público Estadual estimava que a facção paulista tinha entre 200 e 300 integrantes nos presídios - para uma população carcerária de cerca de 8 mil detentos. "Havia criminosos daqui que não gostavam do PCC, das normas rígidas de seu estatuto, e decidiram se organizar para fazer frente a eles. Mas não era nada levado muito a sério. Era, como se diz, um bando de ‘nóias’, drogados", continua o juiz.

A coisa mudou em 2015, à medida em que traficantes e ladrões de banco mais organizados foram se juntado ao grupo. Em março, os integrantes do Sindicato organizaram uma rebelião nos dois presídios. O motim se espalhou por outras cadeias do Estado e só se encerrou após uma negociação que incluiu mais respeito aos familiares dos presos nas visitas. Atrás das grades - que, aliás, já não existem no interior das cadeias, segundo o juiz -, o grupo passou a ser visto como vitorioso, e cresceu.

Na mesma rebelião, os potiguares do PCC se amotinaram no presídio de Mossoró, onde estavam concentrados. "Aconteceu que Mossoró foi o único em que o governo entrou na cadeia e acabou com a rebelião. Rapidamente. Eles ficaram desmoralizados", diz o juiz.

O crescimento do Sindicato está relacionado, também, com suas associações. A facção precisou buscar outros fornecedores de drogas para alimentar seus negócios. E se associou, em uma espécie de cooperativa do crime, com outras facções regionais que surgiam como resposta ao domínio dos paulistas.

"Eles antes faziam negócios com o PCC no Paraná. Chegamos a interceptar teleconferências, feitas entre presos de três cadeias diferentes", continua Baltazar. "Aí eles se associaram a outros grupos muito parecidos com eles, de outros Estados. Com os Amigos da Amazônia, com a Al-Qaeda, de Alagoas, e com o Comando Vermelho do Ceará. É assim que eles têm comprado drogas para abastecer o Estado", afirma.

Mortes

O juiz faz as contas: diz que em 2014 havia 300 integrantes do PCC nas cadeias e 200 do Sindicato. Após a rebelião de 2015, o PCC terminou com 200 membros e o Sindicato, 1 mil. "Nesse crescimento, teve muito ‘suicídio’. Houve uns 30 casos de suicídio nas cadeias, que acompanhamos. Na verdade, o cara ‘era suicidado’ pelos companheiros."

O secretário da Segurança Pública do Estado, general do Exército Ronaldo Cavalcanti Lundgreen, também afirma que a situação nos presídios foi uma das agravantes para a crise. Ele diz que somente com a abertura de mais vagas nos presídios é que as facções perderão forças. "A instalação dos bloqueadores foi só o fósforo riscado." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Insegurança, onda de assaltos, falta de estrutura e o pouco efetivo da polícia no bairro de Aldeia, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR) resultaram em uma reunião com uma série de promessas de melhorias na atuação da Secretaria de Defesa Social (SDS) e da Polícia Militar. Na última terça-feira (26), mais de 100 moradores cobraram das autoridades mais segurança. Apesar do secretário executivo da Secretária de Defesa Social, Alexandre Lucena, ter garantido a realização de uma série de ações em face da situação crítica, dois dias depois, nesta quinta-feira (28), um universitário foi baleado no rosto e teve seu veículo roubado na Estrada de Aldeia.

De acordo com o Fórum Socioambiental de Aldeia, o secretário expôs para a comunidade as dificuldades enfrentadas pelo governo do estado no cenário atual da crise financeira e seus reflexos para com a segurança pública. Lucena reconhece que o 20º Batalhão conta com o menor efetivo da Região Metropolitana e que tem várias carências materiais. O secretário informou que há dois processos licitatórios para aquisição de caminhonetes 4x4 e motos submetidos a entraves burocráticos e, portanto, no momento sem solução de fechamento.

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Uma das demandas da comunidade era de que não havia policiamento suficiente para monitorar a região. De acordo com o secretário, a licitação de viaturas ordinárias para a patrulha de bairro já foi concluída e nas próximas semanas o 20º Batalhão receberá veículos novos, inclusive para atender Aldeia. Quantidades, no entanto, não foram definidas. Ele informou que há um concurso público para aumento de 1500 efetivos para Polícia Militar com previsão de disponibilização de policiais para o segundo semestre do ano de 2017. 

Durante a reunião, as autoridades presentes conversaram com os moradores e salientaram a importância da realização do registro de ocorrências por parte da comunidade. Lucena pontuou que toda logística e planejamento da polícia é construída com base na estatística de ocorrências. O Coronel Meira, Secretário de Segurança Cidadã e Mobilidade da Prefeitura de Camaragibe, garantiu o compromisso da prefeitura na implantação do sistema de monitoramento ao longo da Estrada de Aldeia.

De acordo com a Prefeitura de Camaragibe, a gestão municipal mantém o compromisso de disponibilizar a infraestrutura de rede de dados, sala de monitoramento e efetivo, entretanto espera da comunidade, especialmente dos condomínios e empresários, a disponibilização das câmeras. Já para justificar a falta de infraestrutura na iluminação de Aldeia, o secretário Cel. Meira informou que o processo de licitação de iluminação pública para o município foi concluído e que será iniciado pela PE 27, na Estrada de Aldeia. 

O projeto contempla uma requalificação completa do sistema de iluminação da estrada, incluindo a implantação de iluminação LED.  Entretanto, ele salientou que o projeto de implantação do novo sistema de iluminação só contempla o território de Camaragibe, ou seja, até o Km 13 da estrada. O coronel justificou a demora como resultado de uma problemática existente entre o município e a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), só há pouco resolvida, inclusive com a intermediação da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). Meira assumiu que informaria sobre a evolução da execução do projeto através da Rede Comunidade Conectada Fórum Aldeia (Grupo Whatsapp).

Sobre a demanda do Fórum Socioambiental de Aldeia em relação a um novo prédio para abrigar a Guarda Municipal de Camaragibe e a 3ª Companhia, Meira salientou que não é atribuição da guarda fazer combate à marginalidade, mas informou que a licitação para conclusão do prédio, localizado na altura do KM 10 da estrada de Aldeia, foi concluída. O processo também engloba obras de instalação da 2º Cia do 20º Batalhão que será transferida de São Lourenço da Mata para Camaragibe. A previsão de entrega das instalações para as duas companhias da PM está prevista para ocorrer três meses após a divulgação da empresa vencedora da licitação.

Insegurança 

Ainda sobre a estratégia de segurança, o coronel Eduardo Amorim fez um apelo específico com relação as rotas de fuga: apelou para a comunidade evitar a instalação de lombadas, pois atrapalham as viaturas e favorecem os meliantes que atuam em moto. A reivindicação de uma delegacia da Polícia Civil em Aldeia também será analisada pelo secretário executivo da SDS. 

No último dia 2 de julho, um assalto a uma farmácia na Estrada de Aldeia resultou na morte por latrocínio do idoso Nilton José Dias, 62, morador do bairro. No último dia 10 de julho, um grupo de moradores organizou um ato com a intenção de chamar a atenção das autoridades para o problema do aumento da criminalidade na região.

No dia 28 de julho, um estudante foi baleado no rosto e teve seu carro roubado. De acordo com o coronel do 20º Batalhão da Polícia Militar (BPM), Eduardo Amorim, os dois suspeitos haviam realizado assaltos no bairro de Chã de Cruz e estavam em fuga. Na altura do KM 4 da Estrada de Aldeia, os homens desceram do carro, que já era roubado, atiraram contra o estudante João Lucas Uchôa de Siqueira e roubaram o veículo da vítima. 

João Lucas está internado no Hospital Português, no centro do Recife, e passa por cirurgia nesta tarde. “Nós já reforçamos a área. Mas é muito difícil encontrar os suspeitos porque aquela área é uma rota de fuga”, conta o coronel do 20º BPM. 

Alunos da Universidade Federal Rural de Pernambuco denunciaram a insegurança vivida por eles, principalmente, no entorno da instituição. Diante de trechos escuros e falta de policiamento, assaltos à mão armada e abordagens ameaçadoras passaram a assustar os estudantes e moradores que trafegam pela área. 

Diante disso, o Portal LeiaJá observou as condições e o temor dos alunos em reportagem. Após isso, o vice-reitor da instituição, Marcelo Carneiro Leão, divulgou através da sua conta no Facebook o resultado da reunião com o Departamento de Logística e Serviços (Delogs-UFRPE), setores de segurança e do circular, com as medidas a serem tomadas pela instituição. 

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Foram apontados quatro iniciativas para reforçar a segurança no local. “A partir de 20/06 o nosso circular terá experimentalmente dois novos trajetos (um trajeto até às 15h e outro a partir das 15h). Estes novos trajetos serão divulgados amplamente a partir de amanhã”. De acordo com Carneiro Leão, o objetivo da medida é evitar os engarrafamentos na avenida Dom Manoel de Medeiros, que corta vários centros da Universidade, a fim de tornar o tempo de espera nas paradas de ônibus menores, com isso, aumentado a frequência de passagem do modal. 

Um dos principais locais de crime apontados pelos estudantes é o prédio que funciona o curso de Medicina Veterinária. Por conta disso, será implantado um ponto de ônibus na guarita do centro.  

Outra promessa é de que “será colocado um vigilante específico no trecho da via que liga a entrada da Veterinária ao CEGOE, visto que o trecho está interditado para passagem de veículos (carros e motos), por conta da obra de recapeamento e da Biblioteca, e apresenta um grande fluxo de pessoas”.

O terceiro ponto é integrar o sistema do Circular com a segurança da instituição, através de presença dos vigilantes e do uso de comunicação via rádio pelos motoristas e vigilantes. Já a manutenção do esquema de veículos nas principais paradas externas da UFRPE, nos períodos de almoço e da noite também foi apontada como medida para a segurança.

O vice-reitor informa que, em breve, haverão outras duas ações voltada à segurança, no entanto, ainda não podem ser divulgadas. Quanto ao reforço da segurança efetuada pela Polícia Militar, Carneiro Leão afirmou que ainda estão sendo feitas cobranças para que a segurança no entorno da Universidade seja realizada. 

A Universidade de Toronto foi fechada e os prédios foram cercados por agentes policiais nesta segunda-feira, após relatos de uma pessoa suspeita no local, possivelmente armada.

Segundo a agente Allyson Douglas-Cook, as notícias vieram de um prédio em construção no campus, que fica no centro da cidade. O serviço de segurança não reconheceu um homem mascarado que passou pelo local, mas também não soube identificar se ele trabalhava no local. Fonte: Associated Press.

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Sem garantias de que poderá fazer a gestão completa do novo Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, para além dos próximos 12 meses, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) não escondeu a frustração na cerimônia que marcou o início das atividades do espaço. Andrew Parsons reclamou que até a parceria com o governo do Estado estava ameaçada com alterações que ele não esperava no decreto que regula a atuação do CPB no centro.

"A gente veio aqui para um momento de celebração e de início de trabalho. Mas a gente sai daqui com muita dúvida sobre o nosso papel na gestão do centro de treinamento e nosso relacionamento com o governo do Estado de São Paulo", afirmou Parsons, visivelmente abalado. Ele não quis se alongar na resposta e evitou fazer mais comentários sobre o assunto.

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O evento contou com a presença do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e de Leonardo Picciani, o novo ministro do Esporte. Apesar de muitos atletas e medalhistas paralímpicos estarem presentes, Parsons não foi convidado a falar no microfone para os presentes e o nome do CPB não apareceu nas comunicações oficiais do governo. Isso já causou uma estranheza inicial para a entidade, mas a ducha de água fria foi quando descobriu que o texto a ser publicado nesta terça-feira no Diário Oficial será diferente do discutido no processo de construção do espaço.

Pouco antes da cerimônia, Parsons deu entrevista falando sobre a importância daquele centro de treinamento de alto rendimento e de como o CPB pretendia investir para manter o local funcionando. Mas, logo que subiu ao palco, mudou a fisionomia e lamentou a mudança de rota. A ideia inicial era que o trabalho pudesse ser realizado lá a longo prazo. A entidade construiria academia e laboratório, por exemplo, mas agora já não sabe como será em 2017.

A secretária estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella, afirmou que não percebeu qualquer constrangimento entre CPB e governo do Estado e minimizou o ocorrido. Ela informou que será preciso esperar a publicação do decreto, mas que ele contará com o termo de "permissão de uso" para o CPB.

"O decreto diz que nos próximos 12 meses o CPB tem uma permissão de uso do Centro. A linguagem oficial é diferente, não usa expressões como 'gerir'. Mas eles (CPB) estarão aqui dentro tomando conta das instalações. Os empréstimos precisam ser pontuais, têm de ter data para começar e acabar, depois vamos fazer uma parceria com um outro formato, com outra dimensão legal que certamente vai privilegiar a presença do CPB aqui por muito mais tempo", completou.

A secretária revelou que após a Paralimpíada será feito um chamamento público para que surjam propostas para o CT e espera que o CPB participe. "O governo tem que trabalhar com transparência", frisou. Linamara explica que o Centro de Treinamento está dentro do Parque Fontes do Ipiranga e que o Estado não pode abrir mão da responsabilidade que tem. "O CPB vai se encarregar de todas as atividades relacionadas a treinamentos, isso significa também áreas como fisioterapia e condicionamento físico. Essas ações estão dentro do termo de cooperação e serão responsabilidades deles."

Inicialmente, o CPB se mostrou disposto a bancar os R$ 30 milhões anuais para a gestão do espaço em recursos advindos da Lei Piva. A entidade tem receita estimada em R$ 130 milhões. Porém, com o imbróglio sobre quem vai gerir de fato o espaço, a entidade está com dúvidas se vai fazer todos os investimentos necessários com equipamentos porque não sabe quem tomará conta do espaço, que abrigará 15 modalidades paralímpicas, no futuro.

Diante da mobilização – e possível greve - da Polícia Militar do estado, inúmeros boatos sobre arrastões e outras práticas criminosas atingiram as redes sociais dos recifenses, nesta quarta-feira (27). Apesar de a PM desmentir alguns boatos surgidos à tarde, leitores e a própria equipe do Portal LeiaJá presenciou episódios de violência nas ruas da capital pernambucana. 

Os ônibus foram os principais pontos de ação dos criminosos. Próximo ao Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) da UFPE, um homem armado com facão subiu em um veículo da linha CDU Boa Viagem (Caxangá). Assaltou e levou os pertences de passageiros que estavam na parte traseira do ônibus. Há relatos de assaltos dentro de ônibus no Curado IV, Agamenon Magalhães.

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Na Avenida Visconde de Albuquerque, no bairro da Madalena, um grupo “surfava” sobre um ônibus; os passageiros, assustados, desceram do veículo. Condutores de carros particulares deram ré, também temerosos. Perto da estação de metrô do Barro, na Zona Oeste, passageiros relataram uma troca de tiros. 

Até a publicação desta matéria, a Polícia Militar seguia em negociação com o governo do estado, na Secretaria de Administração, após a categoria não ter aceitado a proposta de 17% de reajuste para soldados. 

O empresariado brasileiro segue pessimista e inseguro em relação ao Brasil. Em ranking dos empresários mais inseguros em relação à economia, segundo a pesquisa Internacional Business Report (IBR), da Grant Thornton, o Brasil ocupa a terceira posição, atrás apenas da Grécia e Botswana. Já o índice que reflete o otimismo do empresariado, referente ao primeiro trimestre do ano, ficou negativo em 13%, deixando o Brasil no 11º lugar entre 36 países analisados nesse quesito.

"O nível de pessimismo captado na pesquisa pode ter uma mudança rápida a partir de perspectivas concretas de uma reforma fiscal e melhoria da gestão orçamentária que trazem reflexos diretos no cenário econômico. Ações governamentais, como essa, podem causar um impacto rápido no humor dos empresários", afirma o sócio líder de consultoria, Daniel Maranhão.

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A pesquisa mostra que o trabalho está mais concentrado em ganho de eficiência, controle de custos e gestão de fluxo de caixa, com o planejamento para aumento de produção ficando de lado. "Este cenário negativo traz à tona uma expectativa de redução de demandas e, por consequência, queda na rentabilidade e aumento de desemprego. Além disso, o Brasil ainda continua sendo um país com custo da energia alto, o que impacta diretamente o custo de produção", destaca.

A expectativa de rentabilidade das empresas caiu consideravelmente em relação ao último trimestre, passando de 39% para 27%, queda de 12 pontos percentuais tanto no trimestre quanto no ano. O crédito também preocupa. A expectativa, segundo o levantamento, é de redução na oferta de crédito no curto prazo. A percepção sobre a escassez de recursos passou de 25% para 34%, configurando o pior índice desde o primeiro trimestre de 2012, mostra o IBR.

O levantamento, no entanto, não avalia ou mede critérios políticos, conta o sócio da Grant Thornton. Por outro lado, ele destaca que o resultado da pesquisa "pode ser traduzido como uma insatisfação com os resultados econômicos obtidos pelo governo nos últimos tempos, o que reflete diretamente na expectativa de melhora do ambiente de negócios no Brasil". Maranhão explica que a pesquisa não fez questionamento direto sobre o impeachment, mas o tema foi levado em conta visto que a pesquisa foi realizada no primeiro trimestre deste ano.

Uma marcha em solidariedade às vítimas dos ataques da última terça-feira em Bruxelas, programada para este domingo na capital belga, foi cancelada devido a razões de segurança, disseram os organizadores do evento neste sábado.

Autoridades belgas pediram no início do dia que a manifestação fosse adiada por várias semanas para liberar a polícia para as ações em andamento e outras medidas de segurança necessárias. "Entendemos completamente as emoções", disse o ministro do Interior belga, Jan Jambon. "Entendemos que todos querem expressar esses sentimentos". Mas, disse ele, "convidamos os cidadãos a não fazer essa demonstração".

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"Os organizadores da manifestação compreendem totalmente estes argumentos. A segurança dos cidadãos é uma prioridade absoluta. Instamos os cidadãos para não vir a Bruxelas no domingo", disse Emmanuel Foulon, organizador da marcha.

A Bélgica está no segundo nível mais alto de alerta de terror, após os ataques ao aeroporto de Bruxelas e a uma estação de metrô da cidade, que mataram 31 pessoas e deixaram outras 340 feridas na última terça-feira.

Fonte: Associated Press

Impossível, no atual panorama do futebol, pensar em clássico e não associar diretamente a violência. Brigas, vandalismo, quebra-quebra de ônibus, roubos - seja a mão armada ou não -, arrastões e até mortes. O saldo em relação à segurança social é indubtavelmente negativo. E a motriz de toda essa força que afasta o público dos estádios são as torcidas organizadas (TO's). Na contra-mão do caos criado nos jogos mais tradicionais entre clubes brasileiros, famílias enfrentam os riscos para apoiar seus times e tentam passar para as gerações seguintes a experiência. Mas com muita precaução.

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Torcedor do Sport, Eliel Benício foi criado indo aos jogos do Leão e vivenciando na Ilha do Retiro. Aos 36 anos, o rubro-negro tenta dá ao filho, Lucas, de 4 anos, a mesma experiência. Mas admite que não é fácil. 'Eu sempre que posso venho de táxi e com muita precaução. Em dias de jogo à tarde, nós chegamos bem cedo, por volta das 10h e vamos para a piscina. Após a partida, esperamos um pouco, para não pegar multidão e ser mais seguro de ir embora', conta.

As medidas de segurança foram adotadas após um incidente vivenciado após um jogo na Ilha do Retiro, com integrantes da Torcida Jovem - TO originada do Sport, mas que teve vínculo rompido pelo clube. "Houve uma vez em que eu estava com Lucas, saindo do jogo. Resolvi voltar de ônibus e estava tudo bem até a metade do caminho, quando uns integrantes da Jovem entraram e fizeram o maior quebra-quebra. Inclusive, quebraram uma janela do nosso lado e Lucas começou a chorar. Depois disso, só levo ele aos jogos quando vou de carro ou de táxi", fala.

A situação de Eliel e Lucas não são raras, pelo contrário. Torcedor do Náutico, Joel Antônio da Silva costuma acompanhar o Timbu em todas as partidas no Recife. O alvirrubro não deixa de levar os filhos aos jogos, mas costuma se precaver em clássicos e multiplica os cuidados quando a partida é na casa do rival. "Nós sempre vamos com roupas comuns e só colocamos os uniformes quando entramos no estádio, porque sabemos que as confusões e violências ocorrem com mais frequência na área externa. E também sempre chegamos cedo, antes da Fanáutico (TO do Timbu), e já entramos no estádio assim que libera a entrada", diz.

Pollyana Machado, mãe de Caio Luca, de 13 anos, e Felipe Luca, 6 anos, revela que chegou a deixar de frequentar os estádios por conta da falta de comodidade e - princípalmente - segurança. Entretanto, foi 'obrigada' a voltar aos jogos do Sport a pedidos dos filhos. "Eles cresceram vindo para o campo e sempre gostaram muito. Mas por conta da violência passamos a ver as partidas pela televisão. Ainda assim, eles insistiram tanto que nós voltamos a vir para a Ilha do Retiro, até nos clássicos", declara.

De acordo com o jornal O Globo, o Brasil se tornou o país com mais mortes relacionadas a futebol. Entre os anos de 2010 e 2014, foram contabilizados 94 homicídios. Dentre eles, o lamentável caso do torcedor do Sport, Paulo Ricardo Gomes da Silva, que foi assassinado após ser atingido com um caso sanitário, arremessado do anel superior das arquibancadas do Arruda. As famílias remam contra a maré em um cenário que nem mesmo o esporte justifica.

Desde os atentados de novembro, Paris assusta os turistas, que são agora menos numerosos na capital francesa, mas os que vão dizem relativizar os riscos e desfrutar do encanto da Cidade Luz.

Paris, a cidade mais visitada do mundo - 19 milhões de visitantes estrangeiros em 2014 -, não foi esvaziada de turista, nem muito menos, mas as filas para entrar no Museu do Louvre ou para subir na Torre Eiffel são menos densas desde os atentados jihadistas, que causaram 130 mortos e centenas de feridos em 13 de novembro.

As reservas nos hotéis baixaram 20%, calcula François Navarro, diretor do Comitê de Turismo da região parisiense. Muitos turistas, começando pelos japoneses, chineses e russos, desistiram da viagem. Estes clientes procedentes de países distantes não representam os maiores contingentes de turistas na França, mas são os que mais gastam dinheiro durante sua visita.

"Desde os atentados de Paris, 60% de nossos clientes que previam ir à França anularam a viagem ou modificaram seu destino", declara Wang Yang, da agência de viagens Liurenyou de Pequim. Guo Wei, intérprete chinesa, confirma esta tendência ao afirmar que vai "esperar para ver se o Estado Islâmico ataca novamente a França antes de planejar uma viagem".

Muitos turistas chineses consideram que a segurança na França "deixa bastante a desejar", completa Wang. Os atentados de janeiro contra o semanário Charlie Hebdo, um policial e um supermercado kosher já haviam afetado o setor turístico. Mas o movimento voltou ao seu ritmo normal três meses depois.

As repercussões dos atentados de novembro foram mais fortes porque os alvos dos ataques foram as varandas de bares e restaurantes e uma casa de shows. Contudo, Navarro espera que os números do setor voltem a aumentar em março, e destaca que nunca houve tantas medidas de segurança em Paris, "o que tranquiliza os turistas".

'A magia de Paris'

As autoridades francesas multiplicaram as iniciativas para favorecer o retorno dos turistas, em particular os asiáticos, como a redução do prazo para conceder vistos aos cidadãos chineses. No que diz respeito à segurança, foram mobilizados 10.000 militares para proteger os distintos lugares do país, os locais mais visitados contrataram companhias privadas de vigilantes para reforçar a proteção.

Annika, uma alemã de 23 anos que viaja sozinha pela primeira vez, declara-se "tranquilizada" pelas patrulhas militares nas ruas e pelo controle sistemático das bolsas nas entradas das lojas e de monumentos turísticos. "No início, não queria vir devido aos atentados, mas decidi não ceder ao medo" e agora "a magia de Paris acabou com todo o medo que restava".

Assim como Anikka, muitos turistas relativizam os riscos quando estão em Paris. Um casal de namorados, Joel Haywood e Yao, que vivem em Pequim, dizem que os atentados "podem ocorrer em qualquer lugar" e se mostram encantados com Paris, que é "como haviam nos falado". Os atentados fazem "parte da nossa história. Mas Paris continua sendo a capital do amor, da gastronomia e das compras", afirma Navarro.

Mark Woods e Samantha Arnold, um casal de turistas britânicos entrevistado em frente à catedral Notre Dame, compartilham desta visão romântica de Paris. "Acabou de me pedir em casamento. Isso demonstra esta visão", disse a jovem. Mark detalha que a pediu em casamento "debaixo da Torre Eiffel".

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