O que a morte de Bin Laden, o desaparecimento de voo MH370 da Malaysian Airlines e o nascimento do bebê real têm em comum? Todos foram notícias de interesse internacional e que geraram a curiosidade dos usuários da internet em acessar informações não oficiais, como fotos e vídeos. Não por acaso, esses eventos também foram usados como isca por cibercriminosos para espalhar, em redes sociais, campanhas maliciosas como spam e fraudes online.
Segundo o analista de segurança da fabricante de antivírus russa Kaspersky Lab, Thiago Marques, os cibercriminosos se aproveitam de notícias de grande interesse para oferecer suposto acesso a detalhes que não estão disponíveis por fontes oficiais e, assim, viralizar campanhas e programas maliciosos com a intenção de infectar o maior número de vítimas possível.
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"Notícias com imagens polêmicas, especialmente em redes sociais, são frequentemente utilizados por cibercriminosos como isca que levam a sites falsos, como também para espalhar malware ou software indesejado", alerta Marques. Não é à toa que o Facebook está organizando uma grande campanha mundial para evitar a disseminação de notícias falsas em sua plataforma.
Tanto o Facebook como o Google enfrentaram críticas generalizadas por permitir que artigos de fontes não confiáveis se espalhassem durante as eleições presidenciais dos EUA e líderes europeus expressaram preocupação de que tal desinformação possa afetar os próximos eventos políticos em todo o continente.
Ainda segundo o especialista, ao clicar em links de notícias falsas, o usuário pode ser redirecionado para uma página em que, supostamente, poderá ver o vídeo, imagem ou informação. Porém, antes de acessar o site, a página pode exigir que o internauta compartilhe uma mensagem nas redes sociais e instale um plugin.
Em muitos casos, o software faz download de um programa indesejado que exibe automaticamente anúncios enquanto o usuário navega na web, a fim de gerar lucro aos seus autores. Além disso, outras campanhas podem espalhar spam e até mesmo baixar outros malwares que roubam as senhas para serviços bancários online e, portanto, o dinheiro de suas vítimas.
"A maioria dos usuários acredita em tudo o que vê ou lê na internet, sem se preocupar em verificar a autenticidade da notícia", comenta Marques. "Com isso, a internet e redes sociais tornaram-se o local perfeito para a criação e expansão de conteúdo falso e enganoso, graças à rápida capacidade de compartilhamento", completa o especialista.
As dicas para evitar cair no conto do vigário são simples, porém efetivas. Segundo a Kaspersky Lab, o usuário deve procurar informações sobre fatos diretamente em fontes oficiais. O internauta também deve evitar clicar em links de sites duvidosos. A curiosidade, nestes casos, pode causar problemas sérios. Utilizar um antivírus atualizado no computador ou dispositivo móvel também é outra atitude que pode assegurar as informações pessoais mais críticas.
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