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Jair Bolsonaro ganhou uma lata de leite condensado com seu rosto em um café da manhã organizado pelos novos vizinhos do Condomínio Solar de Brasília, nesse domingo (23). Ele e a ex-primeira-dama Michelle aceitaram o convite para participar de um evento que reuniu apoiadores em uma doceria. 

A chegada de Bolsonaro foi marcada por gritos de mito e jingles usados em sua campanha. A doceria foi decorada com bandeiras e dezenas de pessoas o receberam com camisas amarelas estampadas com seu rosto. 

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O ex-presidente fez um discurso e comentou sobre as imagens da invasão dos seus apoiadores ao Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. “Deus está do nosso lado”, afirmou. 

Mesmo antes da divulgação do circuito de segurança, bolsonaristas já espalhavam que a depredação da Praça dos Três Poderes partiu de supostos infiltrados. Após o compartilhamento das imagens, criou-se a tese de que a atual gestão foi conivente com a invasão. Agora, situação e oposição defendem uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os episódios que culminaram na prisão de mais de mil pessoas. 

A nova vizinhança foi cuidadosa com a organização do evento e distribuiu latas de leite condensado com o rosto de Bolsonaro. O rótulo tinha escrito: "Nosso Eterno Presidente desde 2019" e, também acompanhava os dizeres: "+Pátria, +Família, +Liberdade".  

Nas redes sociais, Michelle Bolsonaro agradeceu pelo café da manhã. "Uma manhã linda de muito carinho! Obrigada, vizinhos!", publicou.

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Um jovem de São Paulo comprou um celular por uma loja online e, ao abrir a embalagem, havia uma caixa de leite condensado no lugar do aparelho. O produto foi entregue nesta segunda-feira (9).

Johnata tornou o caso público nas redes sociais para tentar ter uma resposta das Americanas, empresa que comprou o produto. Na publicação, ele contou que estava com dificuldade para entrar em contato com a empresa que, após o post viralizar, o procurou. 

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Em nota, as Americanas informou que "entrou em contato com o cliente e informou que está priorizando o envio do produto comprado. Em paralelo, a companhia está investigando o caso internamente". 

Em publicação na quarta-feira (10), Johnata informou que, de acordo com a empresa, a entrega do aparelho estava prevista para esta quarta (11).

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender que os mais de 35 mil comprimidos de Viagra, comprados através das Forças Armadas, serão utilizados no tratamento de doenças reumáticas e pulmonares. De acordo com o mandatário, a proporção dada à nova polêmica do Governo Federal se compara à que aconteceu com a compra de leite condensado, em 2021. Ele também criticou a imprensa pela repercussão negativa. A informação é do UOL.

No começo da semana, foi revelado que as Forças Armadas aprovaram a compra de 35.520 unidades de viagra, remédio utilizado geralmente para tratar da disfunção erétil. Dados levantados pelo deputado federal Elias Vaz (PSB) mostram que oito pregões foram realizados por unidades ligadas aos comandos da Marinha, Exército e Aeronáutica.

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Já a polêmica do leite condensado aconteceu no ano passado, em janeiro, após o Metrópoles divulgar que o Executivo gastou R$ 1,8 bilhão em itens de alimentação, sendo R$ 15,6 milhões em leite condensado.

Segundo Bolsonaro, há 15 ou 20 anos, o potencial do Viagra no combate à disfunção erétil teria sido descoberto no decorrer de pesquisas que visavam eficácia no tratamento da hipertensão arterial pulmonar. As declarações ocorreram durante um café da manhã realizado no Palácio da Alvorada, residência oficial do Executivo, com pastores e líderes evangélicos. Participaram representantes da Convenção das Assembleias de Deus no Brasil.

"(..) 15 ou 20 anos atrás estavam pesquisando algo para combater a hipertensão arterial pulmonar, que matava muito. E foi descoberto um remédio para isso. Paralelamente também, esse mesmo remédio serviu para doenças reumatológicas [sic]", disse o presidente. "E, como efeito colateral, aparecia algo aí que combatia a impotência sexual. Depois ficou conhecido como viagra. Então, as Forças Armadas compram o viagra para combater a hipertensão arterial e também as doenças reumatológicas."

Bolsonaro declarou considerar que "apanha todo dia de uma imprensa que tem muita má-fé e que é ignorante também nos assuntos". Na visão dele, os veículos de comunicação não buscaram informações sobre as necessidades que justificam a compra do viagra.

"[A imprensa] não procura saber porque comprou aí os 150 mil comprimidos de viagra. Mas faz parte. Como no ano passado apanhamos muito também, eu apanhei, por ter gasto alguns milhões com leite condensado. O leite condensado era para a Presidência da República. Então fizemos as contas e dava ali alguns milhões de latas de leite condensado que eram usadas aqui. Mas isso é todo dia e toda hora. Eles têm um método, um objetivo. E a gente incomoda", completou.

 

A plataforma de e-commerce Mercado Livre divulgou uma lista que apresenta uma relação dos itens mais vendidos do site, ao longo de 2021. Entre os principais destaques, estão os equipamentos que oferecem proteção ao Covid-19 e os produtos alimentícios.

No primeiro mês de 2021, as máscaras descartáveis 50u foram os itens mais vendidos, junto ao Leite Condensado, que também se destacou nos meses de fevereiro, abril, maio, agosto, outubro, novembro e dezembro.

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Em fevereiro e março houve uma grande procura por Discos Rígidos (HDs) e em abril, foi possível identificar uma alta demanda no site por cervejas, que voltou a ganhar destaque em junho, julho e agosto.

As bolachas de chocolates ganharam destaque em setembro, já as máscaras n95 foram bastante procuradas em junho e outubro. Os demais itens que aparecem na lista são: Oxímetro de pulso, esfregão de chão, detergente, café e azeite.  

De acordo com o levantamento do Mercado Livre, o e-commerce já conta com 66 milhões de usuários ativos e 17 milhões de vendedores. Muito desse crescimento ocorreu durante a pandemia, período em que o site expandiu seus serviços de maneira expressiva, como por exemplo, a modalidade de entrega no mesmo dia da compra e a inclusão do pagamento via PIX.

Em celebração pelos 100 anos do Leite Moça no Brasil, a Nestlé vai retirar provisoriamente de suas embalagens a tradicional imagem de uma camponesa carregando dois baldes. Pela primeira vez na história da marca, serão colocadas ilustrações de “mulheres reais”, que, segundo a empresa alimentícia, simbolizam as brasileiras que usam o produto no cotidiano. A chegada da edição comemorativa às redes sociais, no entanto, provocou polêmica nesta sexta-feira (18).

No Twitter, de tão comentado, o assunto “Leite Moça” alcançou o topo dos Trending Topics brasileiro. O debate teve início quando parte dos internautas passou a criticar uma das embalagens divulgadas nas redes sociais da Nestlé, na qual a ilustração de mulheres comuns estampa a latinha de leite condensado. “O Leite Moça está fazendo 100 anos e resolveu apagar do rótulo a moça que dá nome ao produto pelo ‘empoderamento de mulheres reais’. Ficou igual imagem de cigarro mostrando como você fica ao usar o produto” criticou um usuário.

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Em outro tuíte, um rapaz chegou a propor uma ação de boicote à marca. “Qual lata você prefere? A do Leite Moça tradicional, com a camponesa, ou essa nova versão, com a gordinha? Na dúvida, compre de outra marca”, disse. Depois de respostas contrárias ao seu posicionamento, o dono da conta chegou a chamar de “boiolas” os profissionais de marketing da Nestlé: “Agora apareceu um monte de quadrilha e mulher do cabelo roxo me atacando por causa do post. Foram acionados pelos boiolas do marketing da Nestlé”.

Enquanto algumas pessoas concordaram com os comentários negativos sobre as mudanças no rótulo, outras acusaram os comentários de serem preconceituosos. “Trocar a identidade visual de uma marca é sim perigoso, mas vocês não estão falando isso preocupados com o lucro da empresa e sim porque se incomodam com corpos normais e mulheres normais”, destacou uma mulher em seu Twitter.

Para além do Leite Moça

Deslocando o foco da discussão, um tuíte chamou atenção para o funcionamento das indústrias Nestlé. “Nem sabia que a Nestlé trocou a embalagem do Leite Moça, porque pelo preço, já nem olho.. agora vocês sabiam sobre todo processo de industrialização e capitalização da água promovido pela Nestlé?”, publicou a usuária. Na sequência, acrescentou: “Dá pra defender a ideia do rótulo da embalagem, sem defender a empresa?!”

Além da produção alimentícia, a Nestlé também tem uma história marcada por problemas judiciais ligados à exploração de água mineral em várias partes do mundo. No Brasil, em 2001, o Ministério Público do estado de Minas Gerais moveu uma ação contra a empresa, após os moradores de Parque das Águas, em São Lourenço, cidade do sul mineiro, alegarem que o engarrafamento da água por parte da multinacional estaria comprometendo a qualidade do líquido e a vazão nas fontes. 

Em 2006, após as articulações de moradores da cidade entrarem em contato com ONGs suíças, onde inúmeras organizações apoiaram a campanha, a Nestlé teve de parar a produção de água engarrafada “Pure Life” em São Lourenço. Contudo, devido ao número de polêmicas em torno da falta de conhecimento sobre a quantidade de água envasada no Brasil, a multinacional declarou, em 2018, a venda das fábricas de água mineral em todo o território nacional.

Acompanhe a discussão no Twitter:

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Além de 700 mil quilos de picanha, 80 mil garrafas de cerveja e milhares de litros de leite condensado pagos com impostos do contribuinte, ao longo de 2020, as Forças Armadas complementaram o cardápio com outras regalias. Mesmo com a crise econômica agravada pela pandemia, de acordo com dados oficiais levantados por 10 deputados do PSB, as refeições da Segurança Nacional também incluíam lombo de bacalhau, uísque 12 anos e conhaque.

"É um poço sem fundo. Quanto mais investigamos, mais absurdos e irregularidades encontramos. Se não bastasse o governo comprar picanha e cerveja, ainda tem o corte mais caro do bacalhau, uísque e conhaque com indícios de superfaturamento", afirmou o deputado Elias Vaz de Andrade (PSB-GO) ao Estadão.

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Ele e os demais representantes da sigla enviaram uma representação para que o procurador-geral da República, Augusto Aras, investigue os altos investimentos. O Tribunal de Contas da União (TCU) também será acionado e uma CPI pode ser instaurada para apurar o processo de aquisição.

"É uma casa portuguesa, com certeza"

O levantamento oficial do Painel de Preços do Ministério da Economia informa que, durante o ano passado, foi aprovada a compra de 140 mil quilos de lombo de bacalhau e 9,7 mil quilos de filé do peixe já salgado. Só o comando da Aeronáutica solicitou 500 mil quilos de lombo pelo preço do quilo a R$ 150.

Além da indigesta herança portuguesa aos cofres públicos, aparentemente, as Forças Armadas têm as bebidas alcoólicas como insumo fundamental em suas operações. O 38º Batalhão de Infantaria adquiriu 10 garrafas de uísque Ballantine's, mas não rendeu-se aos rótulos mais 'jovens' e instituiu que as garrafas tivessem 12 anos de cura. O valor proposto para cada unidade foi de R4 144,13.

Sem paladar para Ballantine's 12 anos, a Marinha preferiu solicitar 15 garrafas de Johnnie Walker Black Label, que possui o mesmo tempo de envelhecimento. O valor de cada garrafa foi de R$ 164,18.

Já que nem todas as ações necessitam de uísque, o Batalhão Naval da Marinha foi mais humilde e aprovou a compra de 660 garrafas de conhaque dos rótulos "Presidente" e "Palhinha", com valor individual de R$ 27,06.

Mesmo com as licitações aprovadas, o Ministério da Defesa classificou como um "grande equívoco" apresentar o valor total dos processos de compra homologados como valores efetivamente gastos. "É imprescindível que se faça essa segmentação adequada, quando se faz a totalização dos valores, interpretação e principalmente a divulgação pública destes dados, de modo a evitar a desinformação", posicionou-se em nota.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello encaminhou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, notícia-crime protocolada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, por suposto desvio de recursos públicos relativos aos gastos de R$ 1,8 bilhão em alimentos pelo Executivo em 2020.

O procedimento é praxe no Supremo, que encaminha a notícia-crime à PGR para que seja avaliada a real necessidade de abertura de uma investigação contra o presidente da República.

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A notícia-crime é embasada em reportagem do portal Metrópoles, que afirmou que os gastos alimentícios do governo federal somaram mais de R$ 1,8 bilhão em 2020.

Segundo o veículo, dados do painel de compras do Ministério da Economia mostram que foram gastos R$ 15 milhões na compra de leite condensado e R$ 2 milhões na aquisição de chicletes, por exemplo. Na petição, o PDT considera se tratar de itens supérfluos e de gastos desproporcionais e, por isso, cobra investigação para verificar se houve superfaturamento ou condutas corruptivas.

O leite condensado tornou-se um dos assuntos mais comentados na última semana após a divulgação do painel de compras do Ministério da Economia. No levantamento feito pelo núcleo de jornalismo de dados de Metrópoles (M)Dados, que considerou os dados da pasta, o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) gastou R$ 15 milhões com leite condensado em 2020.

O dado revoltou muitos brasileiros, virou meme nas redes sociais e até a apresentadora Ana Maria Braga aproveitou o assunto para ensinar aos telespectadores como fazer leite condensado caseiro, gastando pouco, no "Mais Você" (Globo), dando uma alfinetada no governo.

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Durante um almoço com ministros na última quarta-feira (27), Bolsonaro xingou a imprensa quanto ao dado divulgado. "Quando vejo a imprensa me atacar dizendo que comprei 2,5 milhões de latas de leite condensado, vai pra p* que o pariu, imprensa de m*! É pra enfiar no r* de vocês da imprensa essas latas de leite condensado", disse, e afirmou que a compra do produto foi destinada ao Exército, aos programas alimentares dos ministériso da Cidadania e Educação.

Em alta diante da polêmica, o leite condensado é feito de um processo que elimina 60% da água presente no leite de vaca, e também adiciona açúcar. Uma lata possui em torno 1.300 calorias, 80 gramas de proteínas e gorduras, e mais de 200 gramas de carboidrato. "Ele é rico em cálcio, potássio e fósforo, bom para a formação óssea e contração muscular. É também uma ótima fonte de energia para quem tem um gasto calórico muito alto", explica a nutricionista clínica funcional Joyce Serafim.

Por conta de seus benefícios, o leite condensado foi popularizado durante a Guerra Civil Americana (1861-1865) e passou a ser utilizado na alimentação dos soldados, já que era fácil de transportar e estocar. Mas alguns cuidados em seu consumo devem ser tomados. "Para quem não tem um gasto energético alto, como a maioria das pessoas, o consumo deve ser apenas de uma colher de sopa, de maneira esporádica. Uma vez que ele é rico em açúcar refinado, o excesso, causa doenças crônicas como diabetes e obesidade. Temos que comer com moderação", alerta Joyce.

Os apreciadores de leite condensado também podem usufruir do produto em outros alimentos. Para isso, a chef de cozinha Mirian Rocha indica duas receitas para serem feitas com o produto, o Café Bombom, servido em Barcelona (Espanha), e o Bolo de Cacau, que possui duas camadas e parece um pudim.

Café Bombom

Ingredientes:

1/3 de xícara de leite condensado

2/3 de xícara de café tirado na hora

Basta colocar em uma xícara de café expresso o leite condensado e o café tirado na hora. Depois basta se servir com as duas camadas formadas, e misturar conforme precisar adoçar.

 

Bolo Cacau

Ingredientes:

2 ovos

Duas colheres de sopa de manteiga em temperatura ambiente

Uma xícara de açúcar

Duas xícaras e meia de farinha de trigo (pode ser com fermento enriquecida)

200ml de leite

3 colheres de chocolate em pó

Uma colher de sopa fermento

Uma lata de leite condensado

No preparo, bater à mão os ovos, a manteiga e o açúcar. Acrescentar a farinha de trigo, e continuar a misturar com uma espátula. Depois, adicionar o leite até a massa ficar cremosa. Colocar o chocolate em pó, misturs e, por fim, adicionar o fermento. Untar com manteiga uma forma de furo no meio. Derramar a lata de leite condensado dentro da forma e, depois, despejar a massa do bolo por cima, de maneira lenta, para não misturar as partes. Levar para assar em forno aquecido a 160º, com tempo médio entr 40 e 50 minutos. Após assar, aguarde para que o bolo esfrie e desinforme com cuidado.

Na esteira da polêmica sobre os gastos do governo com alimentação no ano passado, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo diminuiu despesas com esse tipo de item nos últimos anos. Acompanhado do ministro Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União (CGU), Bolsonaro concedeu entrevista à rádio Jovem Pan e disse que a Presidência da República gastou R$ 26 mil em dois anos de governo.

O presidente citou dados das despesas com gêneros alimentícios dos dois últimos anos do governo de Dilma Rousseff e da gestão de Michel Temer, que teriam gasto R$ 460 mil e R$ 250 mil, respectivamente. No último domingo, reportagem do portal Metrópoles, mostrou que os gastos de toda a administração federal com alimentação em 2020 somaram mais de R$ 1,8 bilhão. A compra ganhou repercussão pelos altos valores despendidos com itens supérfluos, como mais de R$ 15 milhões em leite condensado.

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Após a polêmica, Wagner Rosário comentou que recebeu do presidente a orientação de "varrer todos os sistemas" do governo para checar os valores disponibilizados.

Na entrevista, Rosário destacou que não houve "ilegalidade" nos gastos do governo e, em tom de crítica, afirmou que houve "interpretação equivocada" dos dados disponibilizados no sistema Painel de Compras, do Ministério da Economia.

Segundo ele, os dados do painel mostram o que o governo licitou, e não o que de fato comprou. Ele admitiu ainda que a plataforma agrupa itens e pode replicar valores.

Em nota divulgada hoje, o Ministério da Defesa informou que, em relação às compras com leite condensado, "o valor total gasto pelas Forças Armadas, em 2020, foi de R$ 1.784.617,64".

Sobre a redução nos gastos do governo mencionada por Bolsonaro, Wagner Rosário destacou que os gastos do Executivo têm sido mais "criteriosos" e afirmou que o aumento de gastos obrigatórios limita outras possibilidades de despesa em razão do teto de gastos - que limita o crescimento de gastos à variação da inflação. "Temos o teto de gastos, mas o piso continua subindo e achatando os gastos", disse.

Bolsonaro reconheceu ainda que ficou "chateado" a repercussão da notícia sobre os gastos com comida e leite condensado. Ontem, 27, durante almoço em uma churrascaria, ao lado de ministros, políticos aliados e cantores sertanejos, Bolsonaro xingou a imprensa pela divulgação dos gastos.

"A gente fica chateado. Acabo de vez em quando explodindo, isso é do meu comportamento, não adianta falar que vou mudar que não vou, mas tudo bem, vamos tocar o barco, vamos em frente", acrescentou.

Após a repercussão negativa dos gastos do governo federal com alimentação no ano passado, o Ministério da Defesa, maior comprador de gêneros alimentícios, justificou o dinheiro investido pela pasta. Em nota, o órgão afirma que o montante foi usado para custear as refeições de 370 mil homens e mulheres em 1,6 mil instalações militares em todo o País.

A manifestação veio depois que o portal Metrópoles fez um levantamento das despesas do governo federal com base nos dados disponíveis no painel de compras do governo, ligado ao Ministério da Economia. O site considerou apenas gastos que somaram mais de R$ 1 milhão cada e chegou ao total de R$ 632 milhões consumidos pelo Ministério da Defesa e suas autarquias. Quando consideradas todas as despesas, o somatório é ainda maior, salta para cerca de R$ 668 milhões. O valor se refere a compras pagas em 2020, incluindo aquelas empenhadas em ano anterior.

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O Comando do Exército lidera os gastos: foram mais de R$ 496 milhões. Em seguida, vem a Aeronáutica, responsável por R$ 135 milhões para compra de alimentos, e a Marinha por R$ 32 milhões. Já os gastos do próprio ministério foram bem mais reduzidos: cerca de R$ 1,2 milhão.

Entre os itens comprados, o leite condensado para 'energia' das tropas, que rendeu memes nas redes sociais e ficou entre os assuntos mais comentados da internet, e chiclete para 'higiene bucal' em situações excepcionais. Há ainda frutos do mar e vinho.

COM A PALAVRA, O MINISTÉRIO DA DEFESA

"O Ministério da Defesa (MD) informa que as Forças Armadas devem, por lei, prover alimentação aos militares em atividade. Ao contrário dos civis, os militares não recebem qualquer auxílio alimentação.

O efetivo de militares da ativa é de 370 mil homens e mulheres, que diariamente realizam suas refeições, em 1.600 organizações militares espalhadas por todo o País.

O valor da etapa comum de alimentação, desde 2017, é de R$ 9,00 (nove reais) por dia, por militar. Com esses recursos são adquiridos os gêneros alimentícios necessários para as refeições diárias (café da manhã, almoço e jantar). Esse valor não é reajustado há três anos.

As Forças Armadas têm a responsabilidade de promover a saúde da tropa por meio de uma alimentação nutricionalmente balanceada, em quantidade e qualidade adequadas, composta por diferentes itens.

O leite condensado é um dos itens que compõem a alimentação por seu potencial energético. Eventualmente, pode ser usado em substituição ao leite. Ressalta-se que a conservação do produto é superior à do leite fresco, que demanda armazenamento e transporte protegido de altas temperaturas.

No que se refere a gomas de mascar, o produto ajuda na higiene bucal das tropas, quando na impossibilidade de escovação apropriada, como também é utilizado para aliviar as variações de pressão durante a atividade aérea.

Salienta-se ainda que, em 2020, as Forças Armadas mantiveram plenamente suas atividades, uma vez que a defesa do País e a segurança das fronteiras marítima, terrestre e aérea, bem como o treinamento e o preparo, são essenciais e não foram interrompidas. As Operações Covid-19 e Verde Brasil 2 demandaram um enorme esforço das tropas diuturnamente. Só no combate à pandemia, mais de 34 mil militares atuaram diariamente em todo o território nacional.

Em suma, considerando o efetivo das Forças Armadas, é natural que os totais de gêneros, quando somados, apresentem valores compatíveis com sua missão e tarefas."

O senador Fernando Collor (Pros-AL), e o presidente Jair Bolsonaro, há algum tempo vem trocando afagos públicos e nesta quinta-feira (28), o ex-presidente, minimizou as críticas direcionadas ao governo federal pelos gastos milionários com alimentos e disse que a narrativa foi criada ‘do nada’. Os elogios aconteceram na cerimônia alusiva à liberação de tráfego na ponte sobre o Rio São Francisco, na BR-101, entre Alagoas e Sergipe.

Fernando Collor, que no passado esteve contra a parede quando presidente, e precisou renunciar para não sofrer a destituição do cargo, disse a Bolsonaro para que não fique abatido com as chuvas de críticas pelos gastos do governo em meio a pandemia.  

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“O presidente vem enfrentando uma tempestade em função do nada, de algo criado do nada. Mas eu tenho certeza, posso dizer ao presidente Jair Bolsonaro, que em momento nenhum fique desestimulado em função dessas críticas. É uma chuva que rapidamente vai passar, porque o capote de Vossa Excelência é muito robusto", disse.

Apesar de considerar que tenha sido algo 'criado do nada', os dados da denúncia que envolve os gastos milionários estão presentes no Portal da Transparência do governo. Collor ainda reforçou seu apoio dizendo que o presidente tinha apoio da população brasileira e apoio da classe política e que os bons ventos retornariam ao seu governo.

"Mas, como disse, tenho certeza que, para um bom comandante, basta esperar os bons ventos e ter o seu norte bem definido para levar esta grande nave que é a nação Brasil a um bom termo e a um porto seguro”, completou. 

Ex-ministro da Secretaria de Governo, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz usou o Twitter, nesta quinta-feira (28), para afirmar que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não tem respeito com os brasileiros, nem noção institucional e do cargo que ocupa.

A avaliação do ex-aliado de Bolsonaro foi pela forma com que o presidente se posicionou diante da imprensa e da divulgação de que seu governo gastou R$ 15 milhões com leite condensado, além de um total de quase R$ 1,8 bilhão com outros alimentos. Nessa quarta (27), o presidente xingou à imprensa e mandou os jornalistas enfiarem o leite condensado no r***.

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Ao compartilhar um vídeo do momento, Santos Cruz escreveu: "VERGONHA. Vulgaridade. Sem noção institucional e do cargo. Falta de respeito com a população e o país que representa. Nada a ver com a necessidade de medidas de apoio às empresas, pessoas e reacão a comentários. Populismo barato. Não é exemplo nem caminho para solução".

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 A postura do presidente foi exposta quando encontrava aliados, no momento ele disse: "Quando vejo a imprensa me atacar dizendo que comprei 2 milhões e meio de latas de leite condensado, vai pra p*** que o pariu, imprensa de m****! É pra enfiar no r*** de vocês da imprensa essas latas de leite condensado". Ministros e parlamentares que estavam no local com Bolsonaro, aparecem rindo com as declarações do presidente.

As denúncias feitas pela imprensa, com base em dados públicos do Portal da Transparência, de que o governo federal gastou mais de R$ 1,8 bilhão com alimentos em 2020 e, desse total, R$ 15 milhões somente com leite condensado, levaram o senador Humberto Costa (PT-PE) a pedir uma investigação sobre a empresa fornecedora do produto.

As compras da administração Bolsonaro registraram - além de leite condensado, que o presidente gosta de comer com pão - chiclete, pizza, geleia de mocotó e refrigerantes, entre outros itens, para abastecer órgãos do governo. A empresa responsável pelo leite condensado, Saúde & Vida Comercial de Alimentos Eireli, que tem contratos de R$ 37 milhões com a atual gestão, seria da mulher de um pastor e mãe de um empresário que também teria recebido do governo R$ 25 milhões em contratos.

Uma busca pelos proprietários das firmas nas redes sociais, no entanto, demonstra que eles têm origem econômica simples e incompatível com as cifras astronômicas que teriam recebido, o que denotaria a existência de laranjas e empresas de fachada. "Nós sabemos que o presidente e sua família são experts nesse tipo de prática. Agora, queremos saber se isso foi levado para dentro da administração federal e virou um modo de operar do governo", afirmou o senador.

Em ofícios enviados ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Humberto Costa pede que os órgãos investiguem o caso para analisar se os produtos comprados foram efetivamente entregues e se, dada a quantia milionária empregada, a empresa teria capacidade financeira para firmar o contrato, que beneficiou, especialmente, o Ministério da Defesa.

*Da assessoria de imprensa

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O Ministério da Defesa justificou que a compra de altas quantidades de leite condensado para as Forças Armadas se dá pelo "potencial energético" do item na alimentação de 370 mil homens e mulheres que realizam refeições em 1,6 mil instalações militares em todo o País. Em nota divulgada na noite desta quarta-feira (27), a pasta chefiada pelo general Fernando Azevedo e Silva afirmou que o contingente militar é "predominantemente jovem, o que pode aumentar as quantidades consumidas".

"O leite condensado é um dos itens que compõem a alimentação por seu potencial energético. Eventualmente, pode ser usado em substituição ao leite. Ressalta-se que a conservação do produto é superior à do leite fresco, que demanda armazenamento e transporte protegido de altas temperaturas", diz a nota.

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Em 2020, o governo federal gastou cerca de R$ 15,6 milhões com leite condensado. Os dados estão no painel de compras do governo, ligado ao Ministério da Economia, e foram apresentados em reportagem publicada pelo portal Metrópoles.

O Ministério da Defesa é o órgão que mais comprou leite condensado no ano. A despesa despertou uma série de críticas nas redes sociais e cobrança de explicações por parte de integrantes da oposição.

A nota da Defesa também justificou o gasto de R$ 2,2 milhões com chicletes pelo governo federal. De acordo com a pasta, "o produto ajuda na higiene bucal das tropas, quando na impossibilidade de escovação apropriada, como também é utilizado para aliviar as variações de pressão durante a atividade aérea".

O comunicado acrescenta que os valores são todos compatíveis com as missões e tarefas desempenhadas. Além disso, ressaltou que considera um gasto de R$ 9,00 por dia, por militar. O valor não é reajustado desde 2017.

"As Forças Armadas têm a responsabilidade de promover a saúde da tropa por meio de uma alimentação nutricionalmente balanceada, em quantidade e qualidade adequadas, composta por diferentes itens", frisa o texto.

Após a repercussão das compras, publicações nas redes sociais passaram a distorcer o levantamento do Metrópoles, atribuindo toda a compra dos itens alimentícios ao presidente Jair Bolsonaro. O R$ 1,8 bilhão gasto com alimentos diz respeito a todo o governo federal, incluindo atividades voltadas à educação e a programas sociais dos ministérios.

Xingamento

Em discurso nesta quarta-feira, Bolsonaro atacou a imprensa por revelar os gastos do seu governo. "Quando vejo a imprensa me atacar dizendo que comprei 2 milhões e meio de latas de leite condensado, vai pra p*** que o pariu, imprensa de m****! É pra enfiar no r*** de vocês da imprensa essas latas de leite condensado", vociferou.

O presidente Jair Bolsonaro reagiu nesta quarta-feira (27) a críticas que tem recebido pelo gasto de R$ 15 milhões com leite condensado por órgãos da administração federal no ano passado. Em almoço que reuniu ministros, aliados e cantores sertanejos em uma churrascaria de Brasília, o presidente atacou a imprensa com xingamentos e, sem apresentar números, disse que na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2014, a despesa foi maior.

"Quando vejo a imprensa me atacar dizendo que comprei 2,5 milhões de latas de leite condensado, vai pra p* que o pariu, imprensa de m*! É pra enfiar no r* de vocês da imprensa essas latas de leite condensado", disse Bolsonaro ao microfone, em discurso para os demais convidados. A churrascaria foi fechada para receber o grupo, mas um vídeo com as declarações do presidente foi divulgado nas redes sociais. "Não é pra Presidência da República essa compra de alimentos, até porque nossa fonte é outra. (É) Alimentação de 370 mil homens do Exército, (para) programas de alimentação do Ministério da Cidadania, do Ministério da Educação..."

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O almoço, realizado hoje, em uma churrascaria lotada, reuniu cantores como Netinho, Naiara Azevedo, Amado Batista e Sorocaba e os ministros Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Gilson Machado (Turismo), Fábio Faria (Comunicações), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), além dos secretários especiais de Cultura, Mario Frias, e da Pesca, Jorge Seif.

Alguns parlamentares também estavam no encontro, além do filho mais novo do presidente, Jair Renan, do pai do jogador de futebol Neymar Jr, Neymar da Silva Santos, e do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB.

Apesar da fala do presidente, o montante gasto, revelado pelo site de notícias Metrópoles, deixa claro que o valor diz respeito a toda administração federal e não apenas à Presidência. De acordo com a reportagem, o gasto global do Executivo federal com alimentos e bebidas registrou um aumento de 20% em relação a 2019. Neste total estão ainda despesas de cerca de R$ 2,2 milhões com chicletes e R$ 32,7 milhões com pizza e refrigerante, por exemplo.

Bolsonaro chamou a divulgação dos recursos gastos, disponíveis no Painel de Compras atualizado pelo Ministério da Economia, de "acusações levianas". O presidente prometeu falar sobre o assunto na live semanal de amanhã, 28, ao lado do ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário.

"Amanhã na live, junto com o ministro Wagner Rosário, da CGU, vamos demonstrar tudo isso. Inclusive que em 2014 a Dilma comprou mais leite condensado do que eu", disse.

O almoço comemorativo que lotou uma churrascaria na Vila Planalto, em Brasília, não estava previsto na agenda oficial do presidente. No restaurante, Bolsonaro agradeceu o apoio de representantes da indústria da música e recorreu a um discurso ideológico ao relembrar sua eleição para presidente.

"Vocês foram uma parcela decisiva por ocasião das eleições em 2018, quis Deus que o País acordasse. Há um grande mal que se aproximava, que é o socialismo, o comunismo, o fim da nossa liberdade", disse Bolsonaro em vídeo divulgado nas redes sociais do deputado Carlos Freitas (PSL-SC).

Os cantores endossaram o apoio a Bolsonaro. "É uma honra poder dar voz a um setor tão importante da nossa economia. Obrigado Jair Bolsonaro por ouvir o que o setor de entretenimento tem para falar", disse o cantor Sorocaba, em suas redes sociais. Trechos do encontro foram divulgados pelo cantor em sua página no Instagram.

O vídeo com xingamentos de Bolsonaro à imprensa foi divulgado pelo assessor especial da Presidência da República, Tercio Arnaud, na plataforma Telegram.

No ano passado, Bolsonaro também se reuniu com cantores sertanejos, recebidos em 29 de janeiro no Palácio do Planalto.

Antes do encontro de hoje, Bolsonaro esteve no Ministério da Economia, onde se reuniu com o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Paulo Solmucci. Ele prometeu dar uma resposta, em até duas semanas, sobre medidas de apoio ao setor de bares e restaurantes, impactados por medidas de restrição de funcionamento em razão do avanço da pandemia da Covid-19.

Da sede da pasta da Economia, o chefe do Executivo seguiu para o restaurante com Solmucci, que também participou do almoço.

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Autor de um pedido de investigação sobre as compras do Executivo - incluindo os R$ 15 milhões gastos em leite condensado - ao Tribunal de Contas da União (TCU), o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) censurou o "apagão" no Portal da Transparência. Ao Estadão, Vieira afirmou que a inacessibilidade do portal "aumenta suspeita" sobre os gastos e disse ter solicitado informações à Controladoria Geral da União (CGU) sobre a "queda" do site oficial.

"Solicitei informações sobre esse 'apagão' (no Portal da Transparência). Isso só aumenta a suspeita de problemas sérios nestes gastos", afirmou o senador. Ao lado dos deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES), o senador protocolou um pedido para abertura de investigação, pelo TCU, sobre os gastos. Ao Estadão, o parlamentar explicou que a medida pretende determinar as responsabilidades por cada uma das despesas, identificando eventuais fraudes e abusos.

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"O pior é saber que este tipo de despesa teve um aumento de 20% em 2020, ano de pandemia e home office. O básico da gestão é fazer boas escolhas, dentro dos princípios de eficiência e moralidade", disse Vieira. E completou: a sensação é de desperdício, de desrespeito com o interesse público."

O Portal da Transparência do governo federal, canal de prestação de contas dos gastos públicos feitos pelo Executivo, ficou fora do ar entre a noite de terça-feira (26) e a manhã desta quarta (27), sendo restabelecido após às 8h da quarta. O portal ficou inacessível no mesmo dia em que os gastos do Executivo com alimentos viraram centro do debate público, motivando pedidos de investigação de parlamentares.

Os gastos alimentícios do governo federal somaram mais de R$ 1,8 bilhão em 2020. Além dos R$ 15 milhões gastos com leite condensado, R$ 2,2 milhões pagos em chicletes e R$ 32,7 milhões em pizza e refrigerante.

Apenas o montante pago pelo leite condensado é cinco vezes mais que tudo que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) recebeu para fazer o monitoramento por satélite de toda a Amazônia, Pantanal e demais regiões do País - R$ 3,2 milhões no mesmo período, segundo dados levantados pela consultoria Rubrica.

Após a repercussão do gasto bilionário do governo Bolsonaro com alimentos em 2020, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) fez uma série de publicações em defesa do pai nesta quarta-feira (27). O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi duramente criticado pelas altas aquisições em itens supérfluos, com destaque para a compra de mais de R$ 15 milhões em leite condensado.

"Leite condensado não se mistura com mortadela", escreveu o filho 02 do chefe do Executivo para afirmar que uma 'narrativa' foi criada com intuito de desgastar seu pai, mesmo com as informações repassadas pelo próprio Governo Federal. Ele considerou o leite condensado uma das marcas do presidente e explicou que as compras foram divididas entre os ministérios.

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Do gasto total com o doce, R$ 14,2 milhões foram repassados ao Ministério da Defesa para alimentar seus 334 mil integrantes ativos das Forças Armadas. "O item é um produto calórico indicado a quem faz muitas atividades físicas e serve de base para a elaboração de vários outros alimentos comuns a mesa dos brasileiros como bolos", escreveu o parlamentar.

Eduardo virou a mesa e atacou a oposição e os novos pedidos de impeachment protocolados em razão dos gastos com comida. Ele reiterou a honestidade do presidente e disse que a postura dos adversários políticos foi pela falta da "teta que estavam acostumados".

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Ana Maria Braga achou uma forma um tanto inusitada para ‘alfinetar’ o governo federal. Na última terça (26), após notícias de que os gastos da gestão com leite condensado foram de R$ 15,6 milhões, a apresentadora resolveu compartilhar uma receita do doce para que, segundo ela, nenhum centavo a mais fosse gasto com a iguaria. Os comentários, no entanto, divergiram bastante do posicionamento da apresentadora. 

No Twitter, Ana compartilhou um link que trazia a receita para produção de leite condensado em casa. Na legenda, ela escreveu: “A pedidos: uma receita de leite condensado caseiro, pra você fazer ao invés de gastar R$ 15 milhões comprando”. Ela recebeu alguns elogios pelo posicionamento, porém, também houve muitos comentários em tom de crítica. 

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Enquanto alguns se divertiam com a ‘cutucada’ de Ana, outros aproveitaram para criticá-la. “Espalhando fake news senhora?”; “Não entre nessa narrativa Ana já foi explicado a quem tentou emplacar esse discurso o que abrange esses gastos que inclui até as forças armadas”; “Você como uma Senhora tão bem informada, não deveria se prestar a esse papel, pare de passar vergonha”. “A idade não te ensinou que há momentos que o silêncio vale ouro. Falar tolice sem ver a verdade, é atitude de ignorantes”

 

O Portal da Transparência do governo federal, meio pelo qual a administração presta contas dos gastos públicos, saiu do ar na noite dessa terça-feira (26) e permanecia sem acesso até o início da manhã desta quarta-feira (27). Mas já estava no ar por volta das 8h30. O portal se tornou inacessível após os gastos do Executivo com alimentos - incluindo os R$ 15 milhões pagos em leite condensado - virarem centro do debate público.

Os gastos alimentícios do governo federal somaram mais de R$ 1,8 bilhão em 2020. Além dos R$ 15 milhões gastos com leite condensado, R$ 2,2 milhões pagos em chicletes e R$ 32,7 milhões em pizza e refrigerante. O total gasto em alimentos em 2020 é 20% maior que em 2019.

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Os altos valores das compras do Executivo entraram na mira da oposição. Parlamentares formalizaram uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo a abertura de investigação sobre as compras do Executivo. Um documento protocolado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES) argumenta que o aumento das despesas fere o princípio da moralidade administrativa.

"Em meio a uma grave crise econômica e sanitária, o aumento de gastos é absolutamente preocupante, tanto pelo acréscimo de despesas como pelo caráter supérfluo de muitos dos gêneros alimentícios mencionados", diz um trecho da representação.

Representantes do PSOL, o deputado David Miranda (RJ) e as deputadas Fernanda Melchionna (RS), Sâmia Bomfim (SP) e Vivi Reis (PA) protocolaram uma ação para que o procurador-geral da República, Augusto Aras, abra investigação sobre os gastos de R$ 1,8 bilhão.

Governo gastou mais com alimentos que com Inpe e ICMBio

Algumas comparações mostram o tamanho do gasto do governo federal com alimentos. Apenas o montante pago pelo leite condensado é cinco vezes mais que tudo que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) recebeu para fazer o monitoramento por satélite de toda a Amazônia, Pantanal e demais regiões do País - R$ 3,2 milhões no mesmo período, segundo dados levantados pela consultoria Rubrica.

Nos últimos dois anos, o Inpe - principal órgão federal responsável pelas pesquisas espaciais e monitoramento -, o Ibama e o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) tiveram seus orçamentos reduzidos, o que comprometeu a capacidade de o governo realizar ações estruturais de proteção, fiscalização e combate do desmatamento nas florestas nacionais - a Amazônia registrou volume recorde de queimadas no ano passado.

Os gastos alimentícios do governo federal, que somaram mais de R$ 1,8 bilhão em 2020, entraram na mira da oposição. Parlamentares formalizaram representações junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo a abertura de uma investigação sobre as compras do Executivo.

Nos documentos, protocolados nessa terça-feira (26), os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES) argumentam que o aumento das despesas fere o princípio da moralidade administrativa.

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"Em meio a uma grave crise econômica e sanitária, o aumento de gastos é absolutamente preocupante, tanto pelo acréscimo de despesas como pelo caráter supérfluo de muitos dos gêneros alimentícios mencionados", diz uma das representações.

A ofensiva jurídica organizada pelos congressistas é uma reação à reportagem veiculada pelo portal Metrópoles, que revelou o crescimento de 20% nos gastos com alimentos pela administração federal - o que inclui de ministérios a autarquias.

Segundo a publicação, que levantou dados com base no painel de compras do Ministério da Economia, foram mais de R$ 15 milhões em dinheiro público para comprar leite condensado e R$ 2 milhões para aquisição de chicletes, por exemplo.

"A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta deve se atentar especialmente à legalidade, legitimidade e economicidade. Esses três parâmetros, para além do aludido princípio da moralidade, se considerada a atual conjuntura brasileira, podem ter sido amplamente ofendidos", afirmam os parlamentares.

Ao TCU, o senador Randolfe Rodrigues argumenta que o dinheiro poderia ter sido usado, por exemplo, na construção de 180 hospitais de campanha para tratar pacientes com Covid-19 ou no pagamento de mais uma parcela do auxílio emergencial a três milhões de famílias.

"Será que os gestores do Executivo Federal entendem que os agentes públicos são mais cidadãos do que boa parte da população brasileira, que vive, no máximo, nos limites da cesta básica?", questiona no documento.

Defesa

A reportagem entrou em contato com o governo e aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestação.

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