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A quantidade de resíduos sólidos urbanos destinados inadequadamente no Brasil cresceu 16% na última década. O montante passou de 25,3 milhões de toneladas por ano em 2010 para 29,4 milhões de toneladas por ano em 2019.

Em 2010, 43,2% do total de resíduos eram descartados de forma incorreta (para lixões ou aterros controlados). Em 2019, esse percentual subiu para 59,5%. Os dados são do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020, lançado pela Associação Brasileiras das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

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De acordo com a entidade, a destinação inadequada dos resíduos para lixões ou aterros controlados, e não para os aterros sanitários, prejudica diretamente a saúde de 77,65 milhões de brasileiros atualmente, e gera um custo ambiental e para o sistema de saúde de cerca de US$ 1 bilhão por ano.

Três regiões descartam seus resíduos inadequadamente acima da média nacional (59,5%). O Nordeste concentra o maior número de cidades com destinação irregular: 1.340 municípios (74,6%), seguido da Região Norte, com 79% das cidades (357 municípios) e do Centro-Oeste, 65% dos municípios (305 cidades).

Segundo a Abrelpe, considerando a manutenção do cenário atual, serão necessários 55 anos para que aterros controlados e lixões sejam encerrados em todo o país. “A lentidão observada nos últimos dez anos, aliada à projeção dos indicadores futuros, evidencia a extrema urgência para se viabilizar as ações necessárias para o encerramento definitivo dessas práticas medievais de destinação de resíduos”, disse o diretor-presidente da associação, Carlos Silva Filho.

Geração de lixo

Nos últimos dez anos, a geração total de resíduos sólidos urbanos no Brasil cresceu 19%, subindo de 67 milhões de toneladas por ano, em 2010, para 79,6 milhões de toneladas por ano, em 2019. De acordo com a Abrelpe, até 2050 a produção de lixo deverá crescer mais 50% e poderá alcançar 120 milhões de toneladas por ano.

Coleta

Pelo levantamento, a quantidade de resíduos coletados no país cresceu 24%, chegou a 72,7 milhões de toneladas e atingiu 92% de cobertura no país, índice que implica déficit de 6,3 milhões de toneladas por ano sem coleta, que acabam abandonadas no meio ambiente. 

Segundo a Abrelpe, apenas dez estados do país têm índice de cobertura de coleta  acima da média nacional: São Paulo (99,6%), Rio de Janeiro (99,5%), Santa Catarina (95,84%), Goiás (96,1%), Rio Grande do Sul (95,5%), Distrito Federal (95%), Paraná (95%), Espírito Santo (93,7%), Amapá (93,3%) e Mato Grosso do Sul (92,7%). Os menores índices de cobertura de coleta são registrados nas regiões Norte e Nordeste, com os estados do Ceará (80,1%), Rondônia (78,9%), Pará (76,7%), Piauí (69,2%) e Maranhão (63,9%) nas últimas cinco posições.

Composição do lixo

De acordo com a pesquisa, os resíduos orgânicos ainda permanecem como principal componente do lixo dos brasileiros em 2019, com participação de 45,3%, o que representa pouco mais de 36 milhões de toneladas por ano. Já os resíduos recicláveis secos somam 35%, sendo compostos principalmente pelos plásticos (16,8%), papel e papelão (10,4%), vidros (2,7%), metais (2,3%) e embalagens multicamadas (1,4%). Os rejeitos, por sua vez, correspondem a 14,1% do total e são, principalmente, os materiais sanitários. Quanto às demais frações, os resíduos têxteis, couros e borrachas somam 5,6% e outros resíduos, 1,4%.

"Ao longo dos anos temos observado uma mudança no perfil dos resíduos, com gradual redução na proporção de matéria orgânica e aumento dos recicláveis secos, que já ultrapassam um terço do total e nos quais predominam os materiais plásticos, com mais de 13 milhões de toneladas descartadas a cada ano”, ressalta Silva Filho.

Coleta seletiva

As iniciativas de coleta seletiva, que estavam presentes em 56,6% dos municípios em 2010, foram registradas, em 2019, em mais de 73% das cidades. Esse tipo de coleta, no entanto, segundo a Abrelpe, ocorre ainda de forma incipiente.

“A inexistência de um mercado estruturado para absorver os resíduos e as dificuldades logísticas e tributárias devem ser objeto de atenção prioritária, juntamente com a estruturação dos sistemas de logística reversa definidos por lei, já que no período de uma década, apenas aqueles cuja obrigatoriedade antecede o Plano Nacinoal de Resíduos Sólidos apresentam resultados satisfatórios”, destaca Carlos Silva Filho. 

Até julho do próximo ano, as cidades brasileiras vão vivenciar uma onda de criação de taxas e tarifas para bancar os serviços de lixo. Hoje, apenas 47% dos municípios têm algum tipo de arrecadação específica para sustentar essa atividade. O valor recolhido com essas taxas cobre pouco mais da metade dos custos, de acordo com o Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos mais recente do governo.

Sancionado em julho, o novo marco legal do saneamento estabeleceu o prazo de um ano paras os municípios criarem uma taxa ou tarifa para o lixo. Com a regra, a lei busca dar sustentabilidade financeira a um setor que precisa de investimentos.

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Todas as dez cidades mais bem pontuadas no Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana de 2019, produzido pelo Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb) e PwC Brasil, cobrem mais da metade das despesas por meio de arrecadação específica. As quatro primeiras colocadas - Santos, Niterói, Blumenau e Rio de Janeiro - pagam quase ou integralmente 100% desses custos a partir de uma taxa ou tarifa.

Além do aspecto financeiro, o marco legal tenta dar solução para um grave revés ambiental enfrentado no País: os lixões a céu aberto. Ao menos quase dois mil municípios ainda usam lixões ou aterros irregulares, segundo pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM). A estimativa do Selurb é de que o custo para remediar a poluição gerada por lixões pode ser até 34 vezes mais alto que a destinação adequada dos resíduos sólidos.

Onde a taxa já existe, os valores cobrados pelas cidades variam e, dentro dos municípios, o preço muda segundo o perfil do consumidor. Há diferenças entre o que é cobrado dos estabelecimentos comerciais e residenciais, além de variações calculadas sobre o tamanho da casa, por exemplo. Há também casos de isenção. Em Curitiba (PR), a taxa residencial é de R$ 275 por ano. Milhares de famílias contam com um desconto de 50%, e algumas não pagam nada. Um dos critérios para a isenção é que a renda familiar por pessoa seja de até 25% do salário mínimo (hoje, R$ 261,25).

As Prefeituras podem escolher embutir esse valor em outra conta já paga pelo cidadão, como o IPTU, por exemplo. Hoje, o setor também debate alocar essa contribuição na conta de energia, opção considerada mais eficiente para enfrentar a inadimplência. A forma de cobrança também depende se a arrecadação é por taxa ou tarifa. Na primeira, o recurso vai direto para o caixa do município, que escolhe como vai prestar o serviço. Na tarifa, o valor é cobrado diretamente pela concessionária contratada para cuidar da atividade. Nos dois casos, a Câmara Municipal da cidade precisa aprovar uma legislação para instituir o tributo.

Produção

Para o diretor de Relações Institucionais do Selurb, Carlos Rossin, a lei é essencial para o País enquadrar definitivamente o manejo do lixo no setor de "utilities" - como já acontece com água e energia, por exemplo. Nesses casos, o cidadão já está acostumado com a ideia de pagar uma valor específico pelos serviços.

Essa percepção, para ele, tem relação direta sobre como as pessoas se relacionam com a produção de resíduos. Rossin cita que o modelo mais avançado de cobrança mundo afora é pelo qual o morador paga pela quantidade de resíduos produzida.

Em uma década, o País viu a produção de resíduos sólidos urbanos crescer 11%, passando de 71,2 milhões de toneladas por ano em 2010 para 79 milhões de toneladas agora, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) lançou, nesta quarta-feira (18), a nova edição da revista MPT em Quadrinhos, com enfoque na importância de criação de cooperativas de catadoras e catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis e nos direitos trabalhistas dessa categoria. O evento virtual teve transmissão pelo canal TVMPT no YouTube. Você pode assistir clicando aqui.

O MPT defende que o trabalho fundamental desenvolvido por catadoras e catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis precisa ser cercado de todos os cuidados, a garantia de segurança e saúde no desempenho das tarefas. Por isso, entende que a melhor maneira para que se garanta isso é por meio da criação de associações e cooperativas de catadoras e catadores.

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A coordenadora nacional da Conap, Ileana Neiva, destacou que os municípios, na implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, devem incentivar a criação e o desenvolvimento destas associações ou cooperativas. “De forma coletiva, é mais fácil obter os meios para a sustentabilidade ambiental e promoção da emancipação econômica dos trabalhadores de baixa renda, garantindo-lhes, ainda, a infraestrutura adequada para a realização com saúde e segurança de suas tarefas”, argumentou Ileana Neiva.

Do site do MPT/PA.

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"Tem muitos anúncios ou comerciais na TV tentando conscientizar as pessoas a não jogarem lixo nas ruas, mas infelizmente isso é uma educação de berço. Se o pai não passa para o filho a ideia de cuidar do meio ambiente, o filho não vai passar para o seu filho e assim sucessivamente. Isso é muito triste. Acho que deveria haver uma multa pesada para que as pessoas se esforçassem, pelo menos, a não jogarem lixo nas ruas", disse a estudante Camilla Maia, opinando sobre a falta de educação ambiental das pessoas. Para ela, isso se reflete numa produção em massa de lixo na Região Metropolitana de Belém.

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Os candidatos que disputam as eleições municipais deste ano terão essa pauta como desafio: a destinação final dos resíduos produzidos em Belém, Ananindeua, Marituba e outros municípios da Região Metropolitana. O prazo do acordo entre a prefeitura de Belém e o aterro sanitário da empresa Guamá Tratamento de Resíduos Sólidos em Marituba acaba em setembro de 2021.

O contrato faz parte dos compromissos que as prefeituras assumiram pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010. É uma lei federal que prevê metas e normas para garantir a preservação do meio ambiente e reduzir os impactos dos resíduos sólidos na natureza.

Entre essas metas está a gestão integrada de resíduos sólidos entre a empresa contratada da prefeitura e cooperativas de reciclagem, políticas de educação ambiental para evitar a geração de mais resíduos e, também, a erradicação dos grandes lixões e aterros sanitários por parte dos governos municipais até o ano de 2014, mas, esses projetos foram adiados inúmeras vezes por falta de estudos. Planeja-se adiar mais uma vez para 2021 para que as prefeituras estudem as melhores soluções para acabar com os lixões a céu aberto.

Lixão do Aurá

No Pará, a lei determinou o fechamento do lixão do Aurá em 2015, o segundo maior lixão do país, por número de catadores. O lixão, que abrange os três municípios mais populosos da Região Metropolitana, Belém, Ananindeua e Marituba, foi fechado por não seguir as normas da Política Nacional de Resíduos Sólidos, colocando em risco a saúde da população do entorno, contaminando o solo e a bacia hidrográfica de Belém.

Logo após o fechamento, a prefeitura de Belém, em conjunto com outras prefeituras, fechou um acordo com a empresa Guamá Tratamento de Resíduos Sólidos, que tinha uma área no município de Marituba para tratamento dos dejetos, mas, no início de 2019, houve um desentendimento entre a empresa e a prefeitura de Belém sobre o pagamento pelo frete do lixo, o que acabou na quebra do contrato e fechamento do aterro. Sem um local adequado para o descarte do lixo, no mesmo mês, o lixão do Aurá foi reativado, mas em julho de 2019, por meio de acordo, o aterro sanitário de Marituba voltou a funcionar e segue até setembro de 2021.

A prefeitura de Belém se pronunciou, por meio de nota (veja texto abaixo), dizendo que uma ampliação da coleta seletiva depende de análise orçamentária e financeira, pois é toda subsidiada pelo poder público, tornando inviável qualquer mudança repentina. Quanto às soluções alternativas, dependem de estudo técnico objeto de consultoria, que já está sendo contratada por meio de licitação.

A nota ainda esclarece que a data de encerramento do aterro é objeto de análise do Tribunal de Justiça, pois aguarda decisão. Segundo a prefeitura, já existe uma área não explorada no local, que seria capaz de receber resíduos por mais 1 ano e 8 meses.

Aterro sanitário

Para a sanitarista e engenheira ambiental Miroslawa Luczynski, o único modelo ideal de tratamento de lixo para Belém e Região Metropolitana ainda é o aterro sanitário. "Belém é uma cidade de grande porte e as cidades que formam a região metropolitana também já são cidades de médio a grande porte. Então, não tem outro tipo de tratamento ou projeto mais adequado para esse tipo de cidade. A partir de médio a grande porte já se tem que trabalhar com aterro sanitário. E o que vai para o aterro sanitário é justamente o rejeito. Não foram feitas redução, reutilização e reciclagem, isso é rejeito. Então, é esse rejeito, esse resto que não se aproveita, isso vai para o aterro sanitário", diz.

A engenheira ressalta que o bom funcionamento de um aterro sanitário, sem impacto ambiental, exige políticas públicas, gestão pública, e a população tem que estar envolvida para que possa entender que o aterro sanitário é a destinação final mais adequada. Também é necessário cultivar a ideia de coleta seletiva, um dos tipos de tratamento para essa diminuição de resíduos.

Um aterro sanitário fora das normas ou descarte inadequado de lixo em uma determinada área, que logo depois se torna lixão, explica a sanitarista, pode impactar de forma drástica o meio ambiente, seja nos aspectos hídrico e aéreo, como no solo. Também pode pôr em risco a saúde da população com doenças.

"O descarte inadequado ou incorreto de resíduos sólidos, principalmente dentro de uma cidade ou no meio urbano, é o que causa mais poluição ao meio ambiente, porque você não tem só poluição visual, tem a poluição do solo, tem a poluição hídrica, tem a poluição do ar, devido à queima, e também a proliferação de vetores.  Dependendo da quantidade de resíduos onde é descartado, corre o risco até de ter o início de um impacto ambiental. Qualquer ponto de descarte inadequado de resíduos sólidos dentro de Belém ou região metropolitana é um lixão, e dependendo de como vai crescendo isso, corre o risco de causar um impacto ambiental ali naquela localidade, naquela comunidade", destaca Miroslawa. 

Segundo a engenheira, vetores sofrem mutação por conta dessa falta de higienização e de saneamento básico. "Isso é muito sério. A dengue, no início, a proliferação era só por água limpa parada, mas hoje a doença sofreu mutação e se prolifera em água suja. É algo muito grave, causando impacto à fauna e à flora também", explica.

A engenheira informa que já existem tratamentos alternativos para o lixo doméstico. O produto final gerado pelo tratamento caseiro, por meio da compostagem, pode servir como adubo para plantas e gerar renda. "O resultado final vai ter o adubo, e utilizar na sua residência, se você tiver uma área ou um jardim, e até vender. O biodigestor vai gerar como produto final um fertilizante líquido. Então, são duas alternativas que você pode fazer dentro da sua casa. E também a coleta seletiva. Nós temos em Belém 16 cooperativas cadastradas. É só entrar no site da prefeitura que você consegue ter acesso e ter o endereço. Você liga para uma dessas cooperativas quando tiver uma certa quantidade e eles vão buscar. Você consegue fazer com que as pessoas possam visualizar e ter esse pensamento sustentável, que contribui para a preservação do meio ambiente. É o que a gente precisa para que chegue no aterro sanitário somente o rejeito", conclui.

Investimento e conscientização

Para a estudante Samara Sena, ainda falta um grande investimento do poder público para a conscientização da população com o meio ambiente e o descarte correto do lixo. "Acho que os prefeitos e vereadores eleitos deveriam conscientizar a sociedade, no quesito de separação de lixos, ajudar a instalar centros de reciclagem, programas para ensinar reciclar, até mesmo o lixo orgânico, porque tem várias maneiras de reciclar. Tudo isso deve partir de nossos políticos. Vereadores e prefeitos deveriam dar uma investida nisso", diz.

Ela completa que deveria haver uma maior comunicação entre a população e poder público. "A sociedade às vezes é muito privada disso por não ter um conhecimento adequado. Nos falta essa comunicação em massa para que todas as pessoas assumam a sua responsabilidade", completa.

Nota da prefeitura

"A Prefeitura de Belém informa que recebeu, no dia 8 de setembro, a recomendação do Ministério Público Estadual a respeito da ampla divulgação da data do encerramento do Aterro Sanitário de Marituba, bem como do compromisso de criar solução viável de alternativa instalada ao referido local, de disponibilização dos contatos e materiais das cooperativas dos catadores e catadoras em atividade nos sites institucionais e mídias sociais e de informação clara à sociedade a respeito do urgente engajamento da coleta seletiva.

Destacamos que a inclusão nas mídias sociais não havia sido solicitada até a edição da recomendação, mas será objeto de análise pelo Poder Público. Noticiamos, contudo, que a ampliação da coleta seletiva depende de análise orçamentária e financeira, porque a atividade das cooperativas é toda subsidiada pelo Poder Público, o que torna inviável qualquer modificação de forma repentina, até por envolver uma ampla mudança de cultura e a definição de uma fonte que custeie adequadamente o referido serviço.

Esclarecemos, ainda, que o Município está empenhado em criar soluções alternativas ao funcionamento do Aterro Sanitário de Marituba, o que, contudo, depende de estudo técnico objeto de consultoria que está sendo contratada por meio de licitação e deve ser, posteriormente, definida pela Comissão Intersetorial, criada pelo acordo judicial, a partir de tais informações. 

Acrescentamos, enfim, que a questão quanto a data final do encerramento do aterro é objeto de análise do Tribunal de Justiça por existir uma célula não explorada no referido local, que seria capaz de receber resíduos por mais 01 ano e 08 meses. Assim, a Prefeitura aguardará a decisão do Judiciário sobre a referida questão."

Por Cristian Corrêa.

 

O Ministério do Meio Ambiente da Tailândia tomou uma decisão inusitada e enviou de volta o lixo deixado por um visitante de parque nacional. Os visitantes do Parque Nacional Khao Yai vão precisar informar agora o seu endereço antes de entrar no local.

O próprio ministro do Meio Ambiente, Varawut Silpa-archa, divulgou imagens de garrafas, embalagens e copos deixados pelo visitante sendo embalados para despacho. "Você esqueceu essas coisas", diz a mensagem que acompanhará o pacote. Ele reforça que essa medida será tomada mais vezes.

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O Parque Nacional Khao Yaoi é um famoso destino turístico do país. A crescente sujeira deixada no local, entretanto, tem incomodado administradores e oficiais no país, devido ao risco à natureza e os animais.

O ministro do Meio Ambiente também reforçou que qualquer pessoa flagrada sujando o parque pode pegar cinco anos de prisão e uma multa elevada. Silpa-archa disse a um veículo local que o parque nacional tem quantidade suficiente de depósitos para lixo. "Eles apenas têm que vir aqui e curtir a beleza natural. Nunca pensamos que eles deixariam tanto entulho", comentou.

A prefeitura do Recife realizou nessa quinta-feira (17) um mutirão de limpeza dos manguezais e margens do Rio Capibaribe, ao longo da Avenida Beira Rio da Madalena, Torre, Graças e Casa Forte. O serviço teve início às 8h e culminou com a retirada de mais de 15 toneladas de resíduos.

A ação contou com um efetivo de 50 profissionais, além do Ecobarco, que auxilia diariamente na retirada de resíduos flutuantes do rio. O equipamento atua em todos os trechos navegáveis, dentro do município do Recife.

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Para denúncias e sugestões, os cidadãos podem contactar a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) pelo número 156.

Com informações da assessoria

Encontrado morto na praia de Juquehy, em São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, um pinguim teve sua morte investigada e ambientalistas apontaram que uma máscara facial N95 (usada para prevenção contra o coronavírus) foi encontrada dentro do seu estômago.

O caso aconteceu dois dias depois do feriado em meio a Pandemia, no dia 9 de setembro. A equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) do Instituto Argonauta para Conservação Costeira e Marinha foi acionada para recolher o animal, da espécie Pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus).

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O pinguim foi levado para a Unidade de Estabilização (UE) do Argonauta que executa o PMP-BS Área São Paulo para necropsia, mas, para surpresa de todos, o exame localizou lixo oriundo da pandemia enrolada em seu estômago, uma máscara facial N95.

Presidente do Instituto Argonauta, o oceanógrafo Hugo Gallo Neto atenta para os problemas que estão sendo ocasionados pelo descarte inadequado de resíduos, em especial a esse tipo de lixo da Pandemia. “Nós já vínhamos alertando o aparecimento de máscara, e esse caso é a prova inequívoca de que esse tipo de resíduo causa mal e mortalidade também na fauna marinha, além da irresponsabilidade da pessoa que dispensa uma máscara em um lugar inadequado, pois é um lixo hospitalar com risco de contaminação de outras pessoas”, critica.

Gallo Neto reforçou ainda que a questão de resíduos precisa ser trabalhada em todos os níveis, desde criança nas escolas, ainda com a criação de legislação mais rígida para evitar que as pessoas joguem lixo em qualquer lugar. “Também são necessárias políticas de fiscalização na legislação que coíba com multa, e ainda trabalhar a colocação de lixeiras. O impacto não é somente na fauna, mas também na saúde e na questão econômica, porque tem que limpar a sujeira que as pessoas deixam. Se deixar a Praia Grande (foto abaixo) com o lixo que as pessoas estão deixando, por exemplo, no dia seguinte ninguém vai querer ir lá. Está se tornando um problema crônico e de grande impacto”, completa o oceanógrafo.

Com informações a assessoria do Instituto Argonauta

Após o afastamento do prefeito de Paulista, Júnior Matuto (PSB), na manhã desta terça-feira (21), a Polícia Civil deu detalhes sobre as operações que apuram o envolvimento do gestor e servidores do município da Região Metropolitana do Recife (RMR) em lavagem de dinheiro, fraude licitatória, associação criminosa e outros crimes. Contratos superfaturados de aluguéis e coleta de lixo causaram o prejuízo acumulado de aproximadamente R$ 21 milhões.

Documentos apreendidos em 2018 apontam que o ex-presidente da Câmara dos Vereadores de Paulista, Iranildo Domício de Lima, era beneficiado por Júnior Matuto através de uma empresa de fachada, que terceirizava o serviço da empresa Locar, responsável pela coleta de lixo do município.

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A Operação Chorume apurou que Júnior Matuto é ex-funcionário da Locar. Ele destinou dois servidores públicos lotados em seu próprio gabinete como motoristas particulares responsáveis pelos caminhões caçamba da empresa de fachada.

A auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) indicou que, mensalmente, a Prefeitura pagava cerca de R$ 300 mil a mais pelo recolhimento dos resíduos. Todo contrato rendeu uma perda de R$ 21 milhões aos cofres de Paulista.

O delegado Diego Pinheiro explica que a empresa apresentou determinado plano de negócio, mas outro plano, com outros valores, foi posto executado. "Havia em cláusula contratual que devia ter um comitê gestor com a função de fiscalizar o contrato. Mas observamos que esse comitê, formado pelo prefeito e seis secretários, só existia no contrato e no nome", esclareceu Pinheiro ao ressaltar a negligência na fiscalização dos contratos.

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Um saco para coletar cocô de cachorro com o rosto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) começou a ser vendido como 'uma forma de protesto contra a situação atual do nosso país', aponta a marca de itens de higiene responsável pelo saquinhos. O produto é comercializado em pacotes com 30 unidades, feito com material 100% reciclável e resistente a vazamentos. 

No site www.bozobag.com.br, os interessados encontram os sacos por R$ 18,70, sem a cobrança da taxa de frete. Na página, os idealizadores explicam que os sacos " são para você que também já cansou do presidente cagando no nosso país e tem vontade de esfregar a cara dele no cocô do cachorro".

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Insatisfeitos com a gestão de Bolsonaro, os criadores da bozobag comentam sobre a inspiração para desenvolver o produto. “Nós cansamos desse presidente que parece ter bosta na cabeça e só fala merda. Então nada melhor para mostrar nossa revolta do que encher a cara dele com mais cocô", esclarece o site.

 

Você tem a impressão de que seu lixo aumentou no período de isolamento social? Não é bem assim. "Quando a gente está fora de casa, comemos, consumimos e deixamos na cidade um lixo a gente não vê. Portanto, não contabilizamos como sendo nossa produção. Durante a quarentena, houve uma transposição desse lixo para dentro de casa", explica Cristal Muniz, autora do livro Uma Vida Sem Lixo.

A coleta de materiais recicláveis no País aumentou entre 25% e 30% em abril, de acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). "Esse crescimento mostra que houve alteração no perfil dos resíduos gerados, com menos orgânicos e mais embalagens, consequência do aumento do mercado online para alimentação ou itens em geral", avalia Carlos Silva Filho, diretor-presidente da entidade.

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É o caso da engenheira civil Sofia Junqueira, que passou a morar sozinha durante a pandemia. Ela admite "viver a base de delivery". "Compro almoço, janta e faço mercado online". Um consumo que aumenta - e muito - a produção de lixo. "Eles mandam papelão, isopor, plástico. O papel para limpar a mão, por exemplo, vem enrolado no plástico. É muito mais lixo do que precisa."

"Estamos atravessando um momento ímpar, onde podemos observar a quantidade de resíduos que geramos em nosso dia a dia. A partir desta reflexão, podemos aproveitar para discutir e conscientizar a população para onde vai todo este lixo e qual o impacto ambiental resultado do descarte inadequado", reflete Rafael Zarvos, especialista em gestão de lixo doméstico e fundador da Oceano - Gestão de Resíduos. Não sabe por onde começar? Nós ajudamos.

O básico. Lave seu material minimamente antes de separá-lo. "A caixa de pizza, por exemplo, não tem problema ter um pouquinho de muçarela ou óleo, apenas garanta que o resto da pizza não esteja lá", ensina Alexandre Braz, fundador do Instituto Muda, empresa que atua na coleta seletiva de condomínios residenciais. Para o caso de vidro, sempre enrole em um jornal ou coloque em uma caixa para evitar que os catadores e funcionários da coleta se machuquem.

O óleo de cozinha é um produto que gera dúvidas. Para descartá-lo corretamente, armazene-o em um recipiente com tampa, como uma garrafa PET ou uma embalagem de vidro. No site oleosustentavel.org.br/pontos-de-entrega, é possível pesquisar o local mais próximo que aceita o produto para reaproveitá-lo na produção de sabão ou biodiesel.

É preciso ter cuidado com lixo eletrônico: ele não deve ser descartado junto com seu lixo, pois ele deve ter um destino certo. O site recicladigital.com é uma das plataformas que recolhe lixo eletrônico sem custo em São Paulo e cidades próximas.

Coleta seletiva

Se seu condomínio não tem coleta seletiva ou você mora em casa, confira no site da prefeitura de São Paulo os horários da coleta seletiva: loga.com.br para zonas Norte e Oeste e ecourbis.com.br para zonas Leste e Sul. Para quem mora fora da capital ou do perímetro por onde passa a coleta da prefeitura, o site rotadareciclagem.com.br e o reciclasampa.com.br/pontos-de-coleta ajudam a pesquisar os locais de coleta e cooperativas mais próximos de sua casa.

Aplicativos

A tecnologia é uma aliada. O Cataki, por exemplo, é um aplicativo que conecta um catador com um usuário que deseja descartar corretamente o seu material reciclável. Baixe o app (iOS e Android) e coloque suas informações pessoais, incluindo seu endereço. No ícone "busca", você filtra o tipo de material a ser reciclado; assim, alguns catadores irão aparecer nos resultados. Ao clicar no nome deles, você consegue o contato e, assim, é possível combinar um horário para ele fazer a coleta.

"Não estamos incentivando as coletas via app neste momento, temos falado e comunicado sobre a necessidade de catadores tentarem se manter em distanciamento social, mas a realidade nas ruas é diferente e a coleta continua acontecendo", explica Juliana Fullmann, coordenadora de Projetos do Cataki.

"Da mesma forma que o cliente está pensando que a doença está em mim, eu também penso; também tenho medo de pegar", diz David Max, catador há 24 anos. "Dependemos do material. Minha casa é fruto do dinheiro da reciclagem."

Para quem apenas gostaria de tirar dúvidas, como descobrir se um material é reciclável ou não, a Nestlé providenciou um número de WhatsApp que tira dúvidas básicas de reciclagem, o Ecobot: (11) 99714-0849.

Um passo além

Caso você já faça a reciclagem dos seus materiais, mas mesmo assim quer dar um passo além para ajudar o planeta, é hora de tentar reduzir sua produção de lixo (e até fazer uma composteira em casa; aprenda em: bit.ly/facacomposteira).

"Precisa sim separar o resíduo para a reciclagem, mas o que precisamos mesmo fazer é parar de produzir tanto lixo", explica Cristal, que está desde 2015 sem produzir lixo. O primeiro "R", dos cinco "erres" da sustentabilidade é repensar. Seguido de recusar, reduzir, reutilizar e reciclar. Mostrando que diminuir a produção de lixo é prioridade.

Durante esse tempo dentro de casa, é possível experimentar coisas novas. Troque o saco plástico do lixo do banheiro por jornal ou, quem sabe, tente fazer um desodorante caseiro - e veja se esses são caminhos viáveis. "São receitas fáceis de fazer, que não têm nada de avançado", diz Cristal. Outras opções são substituir os guardanapos de papel pelos de pano e copos plásticos pelos de vidro. No lugar dos absorventes tradicionais, prefira os coletores (se você não sabe do que se trata, o perfil no Instagram @papodecopinho tira dúvidas).

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O mundo inteiro está enfrentando a pandemia do Covid-19 e segue com o isolamento social para evitar uma maior propagação do vírus. Durante esse período, quem tem criança em casa sabe o quanto é difícil mantê-las ocupadas e entretidas. Mas um pai na cidade de Puertollano, na Espanha, encontrou uma alternativa divertida para sua filha.

Jaime, de 34 anos, decidiu sair fantasiado com a sua filha Mara, 3 anos, sempre que tem que colocar o lixo para fora. A brincadeira acabou virando a atração do bairro, que já vive a mais de um mês em quarentena.

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A família já usou diversas fantasias, entre elas “A Bela e a Fera”, Frozen, Homem Aranha, Dragon Ball e La Casa de Papel. Confira:

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Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro reviraram o lixo em frente à sala em que ficam jornalistas no Palácio da Alvorada neste domingo (10). O ato tinha como objetivo expor repórteres, cinegrafistas e fotógrafos que permanecem diariamente na residência oficial da Presidência da República, local onde Bolsonaro costuma cumprimentar apoiadores e conceder entrevistas coletivas.

Dois homens mexeram nas lixeiras para encontrar as notas fiscais das refeições pedidas pelos jornalistas por meio de serviços de entrega durante o fim de semana. Vestidos com camisetas com os dizeres "direita raiz", eles procuraram os nomes dos profissionais e gravaram um vídeo para atacar a imprensa, comparando o trabalho dos jornalistas com o lixo produzido pelos repórteres.

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A equipe de segurança do Palácio da Alvorada consultou os jornalistas para saber o que havia ocorrido. Em seguida, abordou os homens e pediu a eles que apagassem o vídeo. Depois disso, eles deixaram a residência oficial.

Procurada, a assessoria de imprensa da Presidência da República afirmou que deve se manifestar por nota oficial, mas a resposta não foi enviada até a publicação da reportagem.

Bolsonaro já incentivou apoiadores a intimidarem os profissionais da imprensa no local. Na terça-feira (5) o presidente mandou os jornalistas calarem a boca ao negar interferência política na Polícia Federal (PF). Nesse sábado (9) Bolsonaro chamou os jornalistas de "idiotas" pelas redes sociais quando disse que o churrasco que ele mesmo convocou por dois dias seguidos era "fake".

No último domingo (3) profissionais do Estadão foram agredidos com chutes, murros e empurrões por apoiadores de Bolsonaro durante manifestação na Esplanada dos Ministérios. O presidente disse que não viu as agressões e responsabilizou "possíveis infiltrados" pelos ataques.

Se podemos tirar pontos positivos da pandemia mundial do novo coronavírus, sem dúvidas a principal lição foi a necessidade de cuidar do nosso planeta. Sem a movimentação intensa de pessoas, uma queda drástica da poluição foi percebida em grandes cidades como Veneza, que também registrou a reaparição de animais nos canais e nas ruas, agora desertas. No Brasil não foi diferente, nesta semana, tartarugas marinhas foram vistas na Baía de Guanabara aproveitando a reclusão do ser humano.

Alvo da falta de saneamento, o esgoto de milhões de cariocas e despejado no local, também sofre com acúmulo de lixo nas águas. A fama da sujeira fez a baía ter a participação de modalidades olímpicas crítica e, preocupou atletas e especialistas em 2016. Uma das promessas da Olímpiada do Rio de Janeiro foi, inclusive, despoluir a área.

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Contudo, após o isolamento social, garrafas e embalagens plásticas deram lugar à peixes e tartarugas que, pelo menos por enquanto, repovoaram o lugar. “Eu nunca vi a Baía de Guanabara, principalmente nesse trecho aqui próximo ao aeroporto, tão limpo devido a esse período de isolamento”, afirma o autor do vídeo.

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Um supermercado do Condado de Luzerne, na Pensilvânia, Estados Unidos, sofreu um prejuízo avaliado em R$ 175 mil após uma cliente tossir propositalmente em diversos produtos da loja. Na última quarta-feira (25), todos os alimentos frescos das seções de orgânicos, padaria e frigorífico precisaram ser descartados e as prateleiras higienizadas.

O proprietário do supermercado Gerrity's, Joe Fasula, tomou as medidas necessárias por precaução, mas acredita que a mulher tentava se aproveitar da situação para fazer uma pegadinha. "Estou revoltado com a perda de comida. Sempre é uma pena desperdiçar comida, mas, nestes momentos em que tantas pessoas estão preocupadas com a segurança do nosso suprimento de comida, é ainda mais perturbador", criticou à emissora KDKA.

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As prateleiras foram reabastecidas e as seções retomadas às 2h dessa quinta-feira (26). A cliente passou pelo teste da covid-19, mas não teve a identidade revelada, nem o resultado do exame. As autoridades analisam se ela será indiciada.

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A cidade de São Paulo coletou 560,6 toneladas de lixo durante o período de Carnaval. Os dados são do levantamento realizado pela Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb). Ainda de acordo com o órgão, o total de resíduos é a soma do fim de semana que antecedeu a folia com o desfile de alguns blocos com os cinco dias dos festejos nas ruas e no Sambódromo do Anhembi.

Como não poderia ser diferente, a maior parte dos resíduos foi coletada nas ruas da cidade durante a passagem dos blocos carnavalescos. Mesmo com mais de 3,3 mil funcionários, equipamentos como cestos aramados e papeleiras dispostos por diversos pontos, a presença maciça do público fez com que a limpeza imediata ficasse comprometida. Para se ter uma ideia, apenas no Sambódromo, nos quatro dias de desfile das escolas de samba (grupo especial e de acesso), foram recolhidas 51,8 toneladas de resíduos.

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Grande parte do lixo seco pôde ser enviada para as duas Centrais Mecanizadas de Triagem (CMT’s) da capital paulista. Nas CMT’s, os funcionários fazem uma triagem que seleciona o máximo de resíduo possível para encaminhamento ao processo de reciclagem. Tanto no Sambódromo como nas ruas, cooperativas de trabalhadores habilitadas na Amlurb participaram do recolhimento do material reciclável. Todo o lucro conquistado pelos associados na venda dos recicláveis será distribuído entre os colaboradores da cooperativa.

Latões de lixo transbordando, mau cheiro e uma proliferação de ratos é o que se vê hoje em Paris, centro mundial de arte, moda, gastronomia e cultura. Toneladas de lixo se acumularam nos últimos dez dias na capital francesa em razão da greve dos lixeiros e dos trabalhadores de incineradoras contra a reforma da previdência promovida pelo presidente Emanuel Mácron.

"Nada indica que a situação deve ser normalizada, já que os grevistas realizaram uma assembleia e votaram pela manutenção do protesto pelo menos até sexta-feira", disse Julien Lambert, da Confederação Geral do Trabalho (CGT), um dos maiores sindicatos da França.

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A empresa responsável pela coleta, a Syctom, disse que recolhe diariamente 6 mil toneladas de lixo de aproximadamente 6 milhões de franceses. Mas ontem, enormes sacos pretos e caixas de papelão tomavam as calçadas de vários bairros de Paris, transformando-se em verdadeiros obstáculos. Nem mesmo os pontos turísticos ou a famosa Avenida Champs Elysées, com suas lojas de grife, escaparam da sujeira e do fedor dos restos de comida acumulados na rua por mais de uma semana.

"Francamente, é um nojo. Horrível", disse o aposentado Joël Bonnet diante de uma montanha de lixo em uma esquina do prestigioso 5.º Distrito de Paris. "É uma greve atrás de outra. É insuportável. É também preocupante ver os ratos nas ruas", reclamou Catherine Lemoine, moradora do 16º Distrito.

April Wood, uma turista americana que estava visitando os pontos turísticos de Paris com seu marido, Andy, também manifestou sua revolta. "Acho que é desapontador, como turista, ter de testemunhar isso."

Os comerciantes parisienses dizem que, a cada dia, a situação está ficando mais difícil de se contornar. "Conservamos uma parte de nosso lixo no porão, pois já não há onde colocá-lo. Se a greve continuar, vai ficar complicado", afirmou León Castro, funcionário de um restaurante.

"O mau cheiro é insuportável", reclamou Laurent Zhang, também funcionário de um restaurante no centro de Paris, que já não sabe o que fazer com o lixo que se acumula diante de sua porta nem com os ratos que são atraídos pelos resíduos.

Na cidade portuária de Marselha, onde funcionários em greve há dez dias bloqueiam os centros de classificação de resíduos, já foram amontoadas 3 mil toneladas de lixo nas ruas, segundo as autoridades locais.

A cidade impôs aos sindicatos um nível mínimo de serviço e instalou grandes recipientes de lixo para tentar evitar que os moradores joguem os resíduos nas ruas.

Os lixeiros iniciaram a greve em razão da proposta do governo de fundir os 42 planos de aposentadorias diferentes e incluir os funcionários que têm direito de se aposentar antecipadamente - como os motoristas de trens, os funcionários da Ópera de Paris, entre outros.

Os condutores de trens suspenderam seu protesto no mês passado, após 47 dias consecutivos de greve no metrô de Paris e nos trens interurbanos que causaram dor de cabeça a milhões de pessoas na capital.

Macron assegura que sua reforma é necessária para tornar o sistema de aposentadoria - um dos mais generosos da Europa - mais sustentável. Os críticos dizem que o presidente quer fazer os franceses trabalharem por mais tempo - até os 64 anos para uma pensão integral - para depois receberem uma aposentadoria reduzida. (Com agências internacionais)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Já é carnaval nas ladeiras de Olinda. Para dar conta das oito toneladas de lixo que sujam as ruas do sítio histórico, 15 reeducandos, egressos do sistema prisional fazem a limpeza nesta segunda-feira (13), depois de prévias e cortejos que agitaram o final de semana na Cidade Patrimônio. A iniciativa é da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) em parceria com a gestão municipal e tem o objetivo é reintegrar os egressos os ao mercado de trabalho.Por meio de um convênio de empregabilidade, os apenados varrem e recolhem o lixo. Um grupo de 15 egressos também faz a manutenção dos banheiros químicos que ficam espalhados nos polos de folia com serviços de limpeza e pintura. Os agora trabalhadores são assistidos pelo Patronato Penitenciário, órgão vinculado à SJDH, responsável por acompanhar os ex-detentos. A carga horária é de sete horas de trabalho e remuneração com um salário mínimo (R$ 1.039).“Estamos utilizando o potencial dos reeducandos em favor da sociedade através da prestação de serviços. Outros municípios como Recife, Jaboatão dos Guararapes, São Lourenço da Mata e Caruaru também contam com essa mão de obra. É uma forma de contribuir para redução da criminalidade e exercer sua responsabilidade social que é dever de todos”, explica o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.Atualmente, 1.173 egressos trabalham em empresas públicas e privadas. Só em Olinda 216 reforçam a limpeza nas ruas, cuidam dos prédios históricos e vias urbanas com limpeza e manutenção. 

O descarte errado do lixo feito por alguns usuários do Metrô do Recife está causando grandes impactos no local. Escadas rolantes, elevadores e até equipamentos que mudam os trens de uma via para outra apresentaram falha devido ao lixo jogado indevidamente no local. De acordo com a CBTU, na Estação Joana Bezerra uma das três escadas rolantes está fora de operação devido ao lixo que provocou a quebra de vários degraus. Toda essa irregularidade fez com que o órgão gastasse um montante de R$ 2,5 milhões nos últimos três anos. 

Nas estações e nos seus entornos são recolhidos, em média, 9 mil sacos de 200 litros, o que equivale a aproximadamente 36 mil kg de lixo mensalmente. Já nos trens são retirados, em média, 500 sacos de 200 litros por mês, o que dá aproximadamente 2 mil kg de lixo. A limpeza dos trens é feita a cada viagem, nas estações é feita diariamente; e na da via férrea, varia dependendo trecho.

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Por ano, a CBTU gasta R$ 11 milhões 450 mil, em contratos de limpeza. São 248 empregados trabalhando no recolhimento do lixo. "O dinheiro investido na limpeza do sistema poderia ser economizado com um ato simples de descarte correto. A colaboração dos usuários é indispensável para a CBTU. Apesar de diversas lixeiras e pontos de coleta de lixo, muitos deles preferem jogar o lixo na via, dentro dos trens ou nas escadas rolantes", aponta o órgão.

Um dos maiores problemas da humanidade nos dias de hoje é a questão do lixo. Na sociedade atual no qual o consumismo é desenfreado, descartamos toneladas de lixo diariamente em escala global. O planeta tem sofrido com o comportamento e o estilo de vida que as pessoas tem levado desde a Revolução Industrial que resultou na forma como vivemos nos dias de hoje. A poluição está em níveis que podem ser irreparáveis. Ao mesmo tempo, há pessoas e organizações que estão preocupadas com esse modelo de economia capitalista no qual o lucro está acima de qualquer valor ético e moral.

Uma das tendências de mudanças desse modelo é o movimento Zero Waste no qual o principal objetivo é a busca por uma vida sem desperdício, no qual os recursos naturais são utilizados com sabedoria, os produtos fabricados de forma sustentável e os resíduos descartados de forma consciente. Esse movimento leva em consideração 5 importante Rs. O primeiro R é repensar, ou seja, parar para refletir sobre as escolhas que se está fazendo e como elas estão afetando o planeta.O segundo R é recusar, no qual é preciso dizer não ao excesso de consumismo e também para as empresas que alimentam esse consumo, o terceiro R é reduzir. Para evitar desperdiçar é preciso pensar menos é mais, há várias maneiras de viver melhor com menos adotando práticas do minimalismo. O quarto R é reutilizar e o quinto R é reciclar. É importante utilizar ao máximo um produto antes de descartá-lo, e quando for jogar no lixo buscar por soluções biodegradáveis.

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Há vários negócios que já estão abraçando esse novo modo de viver a vida de forma mais sustentável e que trazem diversas soluções para a pessoas que também querem viver dessa maneira. Entre uma das principais mudanças que esses negócios trazem é a redução da utilização de embalagens. As sacolas plásticas são utilizadas apenas uma vez em alguns casos e acabam poluindo os oceanos, os quais já estão em níveis graves de poluição. Estima-se hoje que há mais toneladas de lixo nos mares do que peixes, um valor em torno de 150 milhões de toneladas.  Estudos recentes estão mostrando que além do plástico poluir os oceanos, há também diversas micropartículas de plásticos, a qual estão poluindo o ar e as regiões mais remotas na natureza. Alguns desses locais pode se tornar poluídos tal como grande cidades globais. Essa nova descoberta está alertando ainda mais a comunidade científica dos altos níveis de poluição que o mundo está vivendo. Outros afirma que a sociedade moderna está ingerindo uma média 50 mil partículas de microplásticos por ano. Ou seja, não é somente a vida marinha que está sofrendo, mas sim toda a vida no planeta Terra.

Realizar essas mudanças é um processo, fazendo modificações de hábitos no dia a dia, uma delas é por exemplo, não utilizar mais sacola plástica e tentar comprar produtos que venham menos embalados. As atitudes pessoais podem trazer resultados efetivos para o mundo. Cada indivíduo é responsável pela a sua parcela de poluição.

Professores e alunos da UNAMA - Universidade da Amazônia participaram da Ação Tropical, evento que acontece mundialmente para conscientizar a sociedade sobre o cuidado com o meio ambiente, descarte correto de resíduos e limpeza de áreas públicas. A ação ocorreu na praça da República, no sábado (21).

Os participantes conversaram com a população sobre os cuidados na hora de descartar os resíduos. Para Rachel Abreu, antropóloga e membro da Núcleo de Responsabilidade Social da UNAMA, o evento foi positivo e atingiu o objetivo. “Todos nós precisamos tomar atitude a fim de preservar nossa natureza. É necessário que sejam revistas as nossas práticas para que assim a gente alcance uma sociedade melhor e mais justa, fazendo com que o meio ambiente seja preservado e nosso ecossistema em equilíbrio”, disse a antropóloga. 

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Além dos professores e alunos da UNAMA, voluntários de outras instituições de ensino, como Uepa (Universidade Estadual do Pará), UFPA (Universidade Federal do Pará) e Ufra (Universidade Federal Rural da Amazônia) participaram da ação. “Tivemos inscrições de vários alunos de outras instituições somando esforços com os nossos alunos também”, concluiu Rachel Abreu.

A Ação tropical celebra o Dia Mundial de Limpeza, comemorado em 21 de setembro.

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