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A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse nesta quinta-feira, 19, que "existem muitas possibilidades de a urgência do código da mineração ser retirada". De acordo com ela, as negociações estão em curso e existe um apelo para que a Câmara assuma o compromisso de votar a matéria no meio de outubro, com a pauta liberada.

Na quarta-feira, 18, à noite, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que o Executivo havia concordado com a retirada da urgência e que isso deveria acontecer ao longo do dia de hoje. Ele disse também que, com a caída da urgência, a matéria poderá ir a votação na comissão especial até o dia 15 de outubro.

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Em meio às denúncias de espionagem contra o governo brasileiro cometida pela Agência de Segurança Nacional (NSA), dos Estados Unidos, a presidente Dilma solicitou ao Congresso Nacional que seja dado regime de urgência na tramitação do projeto que trata do marco civil da internet que está na Câmara. A mensagem está publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 11.

O tema foi discutido ontem em reunião realizada no Palácio do Planalto, que contou com a presença do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o relator da proposta na Câmara, Alessandro Molon (PT-RJ). Na ocasião, Dilma também pediu ao relator que fosse inserido no texto um artigo que determine a criação de um datacenter no País, o que transferiria o armanezamento de dados para o País. Atualmente, muitas dessas informações são armazenadas no exterior. A ideia é que, deixando essas informações no País, qualquer irregularidade seja avaliada sob as leis do País.

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Regime de urgência

O regime de urgência dá agilidade na tramitação da matéria no Congresso. Sob essa atribuição, a Câmara terá 45 dias para votar a matéria e o Senado mais 45 dias para apreciá-la. Se não for concluída a votação nesse prazo, o projeto passará a trancar a pauta de deliberações da Casa em que estiver tramitando. Assim, nada poderá ser votado antes que o projeto em urgência constitucional seja apreciado.

A residência médica pode passar a ter marco regulatório que orienta a prática. Com a proposta apresentada pelo governo de obrigatoriedade da residência médica no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 2018, o Conselho Nacional de Educação (CNE) vai discutir também essa etapa de ensino. Segundo o presidente da Câmara de Educação Superior do CNE, Gilberto Gonçalves Garcia, o CNE vai debater nos próximos dias, além de novas diretrizes para a graduação em medicina, a possibilidade de se criar diretrizes para a residência. A residência é um tipo de pós-graduação e até hoje não tem diretrizes específicas, explica Garcia. "O que se tem são orientações gerais que acabam direcionando a prática".

O CNE vai levar em consideração a proposta do governo, mas vai analisar também práticas de outros países. Garcia ressaltou que em alguns lugares há a possibilidade de se fazer a residência ainda na graduação e isso será considerado. Na próxima semana, o CNE vai se reunir e formar uma comissão para discutir o Programa Mais Médicos. Serão feitas audiências públicas que pretendem envolver alunos de medicina, professores, médicos e residentes. "Ainda não sabemos que mudanças podem haver no curso ou na residência", disse Garcia. Ele garante, no entanto, que todos os setores serão ouvidos.

"O que está sendo pensado é mexer no perfil do [estudante] egresso, fazendo com que os projetos pedagógicos dos cursos sejam voltados para a saúde básica pública. Na atual diretriz, há uma referência a isso, mas na prática, a maioria das instituições não vocacionam os projetos pedagógicos para a saúde pública brasileira", disse. O chamado segundo ciclo tem sido alvo de grande parte das críticas ao Programa Mais Médicos, por aumentar a graduação em medicina em dois anos. Ontem, o governo apresentou uma proposta que tenta conciliar o serviço no SUS à manutenção dos seis anos do curso. A solução resolveria também a carência de residências no país. A proposta é que, a partir de 2018, a residência médica no SUS seja universal e obrigatória.

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A proposta, como afirmou Garcia, ainda será debatida, mas a concretização não depende apenas do CNE. Para que seja possível, é preciso que a Medida Provisória (MP) 621/2013, que institui o programa, seja alterada no Congresso Nacional, por uma emenda. Caso seja aprovada pelo Congresso, o CNE, como já afirmou anteriormente, considerará as alterações. Garcia disse que uma reformulação nas diretrizes curriculares de medicina já estavam sendo discutidas. "Deve-se fazer alterações a cada dez anos e a atual diretriz já tem 12". Então, mesmo que a MP não seja aprovada, o curso poderá ter modificações.

O segundo Centro Comunitário da Paz (Compaz) do Recife começou a sair do papel. O equipamento está sendo erguido no Alto de Santa Terezinha, na Zona Norte da Cidade, onde funcionava o Centro Social Urbano (CSU) Afrânio Godoy. A previsão é de que as obras, orçadas em R$ 7 milhões, sejam concluídas em março do próximo ano. 

O Compaz funcionará como “âncora” do Pacto Pela Vida do município, lançado no dia 17 de julho, ligado a outros equipamentos públicos que serão entregues na Zona Norte. A região ganhará quatro Upinhas 24h, um polo de formação de mão de obras qualificada e pontos de atendimento da Defesa Civil, Todos Com a Nota e Junta de Alistamento Militar.

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Com essas ações e equipamentos, a Prefeitura do Recife pretende reduzir e prevenir a criminalidade na capital pernambucana. “O Compaz vai oferecer uma oportunidade diferente à população, com um conjunto de serviços que representam uma janela, um mundo diferente do da violência. É isso que os nossos jovens querem”, afirmou o prefeito Geraldo Julio. 

No Alto de Santa Terezinha, o Compaz reunirá no mesmo ambiente cultura, lazer e prestação de serviços. Ao todo, 18 bairros da Zona Norte serão atendidos, beneficiando mais de 221 mil pessoas. O foco do projeto são os jovens entre 15 e 29 anos, apontados como as principais vítimas da violência no Brasil.

A meta é desenvolver um total de cinco unidades, que serão entregues à população até 2016. A primeira, em construção no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, deve ficar pronta em abril de 2014.

Com informações da assessoria

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira (16) que o governo não tem novas medidas para estimular o crescimento da economia. "Já tomamos várias medidas importantes, estruturais e que estão fazendo efeito agora", afirmou. Mantega lembrou, porém, que o cenário internacional não melhorou e que o Brasil depende dele próprio para fazer a economia crescer.

"O cenário internacional não melhorou. Eu pensei que ia melhorar, mas a União Europeia (UE) está em recessão e continua dando maus resultados. A economia americana tem uma recuperação lenta. Então, dependemos de nós mesmos e estamos conseguindo superar as dificuldades mesmo assim, com um crescimento maior que no ano passado", disse.

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No entanto, ele afirmou que é preciso esperar os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, que serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no fim do mês, para comemorar. Mantega disse que, se for confirmado o crescimento de 1,05% no primeiro trimestre, de acordo com o apontado pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), este seria um excelente sinal. "Significa que a economia estaria crescendo próximo de 4%. O mais importante é a qualidade do crescimento, que está capitaneado pelos investimentos, seguido pela indústria de transformação", afirmou.

O ministro da Fazenda disse ainda que não se pode dizer que o Brasil cresce puxado pelo consumo. Segundo Mantega, o consumo cresceu 4,5% no primeiro trimestre, ante o mesmo período de 2012. "Está bem, mas quem mais cresce neste momento é a indústria." Sobre as críticas no mercado em relação à volatilidade dos índices do IBC-Br, o ministro afirmou que é preciso esperar os dados oficiais do IBGE sobre crescimento, mas que as projeções de mercado indicam um Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 1% no primeiro trimestre. "Mas eu já sei que os investimentos estão crescendo a taxas elevadas. A indústria, nós já sabemos: cresceu 1,5% ou 0,8%, se incluir a (indústria) extrativista."

Na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) de março do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira, 15, seis das dez atividades pesquisadas registraram resultados positivos para o volume de vendas na série com ajuste sazonal (indicador mês/mês).

As principais altas foram em tecidos, vestuário e calçados (3,9%); combustíveis e lubrificantes (2,4%); veículos e motos, partes e peças (1,9%); móveis e eletrodomésticos (0,7%); material de construção (0,7%); e outros artigos de uso pessoal (0,7%).

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Houve recuos em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,9%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,1%); livros, jornais, revistas e papelaria (-2,9%); e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,2%).

1º trimestre

As vendas no varejo pioraram na passagem do quarto trimestre de 2012 para o primeiro trimestre deste ano. O Instituto registrou queda de 0,2% para essa base de comparação. O resultado é o primeiro recuo registrado pelo IBGE desde o quarto trimestre de 2008 (-0,5).

Em todo o ano de 2012, o varejo apresentou resultados positivos, na relação do trimestre com igual período imediatamente anterior. No quarto trimestre, a taxa foi de 0,8%, na mesma base de comparação. No terceiro trimestre de 2012, a alta foi de 2,1%; no segundo, de 0,8%; e no primeiro, de 4,2%.

A produção industrial da zona do euro cresceu 1,0% em março ante fevereiro, a maior alta na comparação mensal desde julho de 2011, segundo dados da agência oficial de estatísticas da União Europeia, Eurostat. A produção caiu 1,7% em relação a março de 2012, a menor contração desde agosto de 2012.

O resultado indica que a produção industrial expandiu 0,3% durante o primeiro trimestre, recuperando-se de um queda de 2,1% no quarto trimestre de 2012.

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Os dados de março foram mais fortes do que a previsão dos economistas consultados pela Dow Jones na semana passada. Eles previam uma alta mensal de 0,4% e uma queda anual mais acentuada de 2,1%. As informações são da Dow Jones.

O economista e ex-ministro da Fazenda Delfim Netto não se mostrou animado com os números dobre emprego industrial, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 10, mas disse que a pequena reação foi "produto de ajustes".

"Boa notícia seguramente não é, mas mostra uma movimentação do mercado. É produto de ajustes", disse Delfim. O emprego industrial cresceu 0,2% em março, na comparação com fevereiro, mas recuou 0,6% com relação a março de 2012. No primeiro trimestre do ano, o emprego na indústria acumula alta de 1%.

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Delfim participou de reunião entre os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e o da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, além de empresários, no escritório da Confederação Nacional da Indústria, em São Paulo.

A produção industrial no México caiu 4,9% em março deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado, uma queda muito pior do que a projetada por analistas, que esperavam retração de 1,1%.

A produção no setor manufatureiro recuou 5,8%, enquanto a atividade de construção teve perda de 5,2%. Também houve queda na mineração e nos serviços públicos. Em termos sazonalmente ajustados, a produção recuou 0,3% em março ante fevereiro. As informações são da Dow Jones.

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A Hypermarcas registrou geração de caixa operacional de R$ 184,3 milhões no primeiro trimestre deste ano, um acréscimo de 31,6% sobre o mesmo período de 2012. O fluxo de caixa livre de R$ 150,1 milhões entre janeiro e março teve alta de 67,5% na mesma comparação.

Segundo a companhia, a melhoria do desempenho operacional foi acompanhada de maior lucratividade no primeiro trimestre. A empresa registrou lucro líquido de R$ 102,3 milhões ao final de março, 150,7% superior ao mesmo intervalo do ano passado.

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"A consistência dos resultados da companhia pode ser atribuída, dentre outros fatores, a avanços relacionados à maturação gradual das iniciativas que vêm sendo implementadas pela companhia visando maior eficiência e melhor produtividade, bem como à disciplina na contenção de despesas com vendas, gerais e administrativas".

Em relatório, a companhia destaca que o desempenho em geração de caixa contribuiu para a redução da dívida líquida em R$ 100,6 milhões em relação ao quarto trimestre do ano passado, para R$ 2,6 bilhões ao final de março. O endividamento de 2,9 vezes o Ebitda ajustado acumulado em doze meses até março de 2013 está em linha com a estratégia de redução da alavancagem da companhia. A meta da Hypermarcas é de alavancagem equivalente a 2,7 vezes o Ebitda ajustado acumulado em doze meses para este ano.

O Ebitda ajustado somou R$ 227,1 milhões entre janeiro e março, crescimento de 18% em relação ao mesmo período do ano passado. A margem Ebitda avançou de 21,4% para 23,7%. Para o ano, a Hypermarcas reitera o guidance de Ebitda ajustado de ao redor de R$ 950,0 milhões.

As vendas no varejo da zona do euro caíram 0,1% em março, na comparação com fevereiro, de acordo com dados da Eurostat. Esse foi o segundo declínio mensal consecutivo, depois da queda de 0,2% em fevereiro ante janeiro.

Em relação a março do ano passado, as vendas no varejo diminuíram 2,4%, mais do que o recuo anual de 1,7% registrado em fevereiro e a leitura mais fraca desde o fim de 2012.

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Os resultados foram levemente piores do que as previsões dos economistas consultados pela Dow Jones, que eram de estabilidade na comparação mensal e queda de 2,3% anual. As informações são da Dow Jones.

O resultado da produção industrial de março, abaixo do que o mercado esperava, deve indicar um Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre do ano mais próximo a 0,5% do que a 1% na margem, avalia a economista-chefe da Rosenberg & Associados, Thaís Zara. "Eu já contava com um PIB menor do que 1% no primeiro trimestre. Pode ser que quem estivesse com projeção próxima a 1% revise para baixo. Com esse dado, devemos ter uma concentração mais próxima a 0,5%", comentou Thaís Zara ao Broadcast.

A consultoria trabalha com PIB de 0,8% nos primeiros três meses do ano. Com o resultado da produção industrial divulgado nesta sexta-feira, 03, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a casa pode revisar a previsão para 0,7%, disse a economista, que ainda espera resultados do setor de serviços.

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A produção industrial de março ante fevereiro cresceu 0,7%. O resultado veio abaixo da mediana das projeções de analistas ouvidos pelo AE Projeções, de 1,30%. A previsão da Rosenberg era de alta de 1,90% na produção industrial. Em janeiro, a produção industrial cresceu 2,6% na margem, mas fevereiro devolveu o resultado, com queda de 2,4%.

"Os dados confirmam que vamos ver a atividade melhorando de forma ainda bastante lenta e gradual, consistente com uma projeção de PIB de 2,5% no ano, provavelmente com convergência para um número mais baixo", disse Thaís.

"Apesar de o resultado de março ter vindo mais baixo do que esperávamos, há uma leitura geral positiva. A produção de bens de capital continua crescendo pelo terceiro mês consecutivo", afirmou a economista. A produção do setor, segundo a consultoria, acumula alta de 3,7% no trimestre. "Mesmo não tendo sido uma expansão muito expressiva, e sendo reflexo das vendas de caminhões no início do ano, não deixa de ser um resultado positivo", completou.

O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini, disse nesta quinta-feira que, apesar de o Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista ter avançado tanto na série com ajuste sazonal quanto na série sem ajuste, o resultado foi fraco.

"Não há muito a comemorar nem há muito a lamentar." O indicador subiu 1,1% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, e 8,8%, na série sem ajuste. "A recuperação do INA vem ocorrendo, mas a um ritmo não muito forte. Estamos alcançando um INA que já tínhamos alcançado anteriormente." Francini afirmou que março costuma ser um mês que apresenta grande variação positiva. No entanto, a alta de 8,8%, na série sem ajuste, só é melhor, desde 2002, que março dos anos de 2011 (6,3%), 2008 (5,6%) e 2003 (6,9%).

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O diretor do Depecon disse ainda que o avançou de 2,4% no indicador acumulado de janeiro a março só é melhor que os anos de 2012 (-5,5%), 2009 (-17,4%) e 2002 (-0,2%). Ele disse que a indústria está em um momento "titubeante". "Quando você acha que vai subir, cai e vice-versa."

Entre os setores, na comparação de março com fevereiro deste ano, o destaque, segundo Francini, ficou por conta dos produtos químicos - onde o índice de atividade subiu 2,3% na série com ajuste e de 10,4% na série sem ajuste. "É uma recuperação após um período de desempenho fraco do setor."

Ele disse ainda que esse setor faz paradas para manutenção no fim do ano e em março volta com força. Francini destacou também os artigos de borracha e plástico, que subiram 1% na série com ajuste sazonal e 3,5% na série sem ajuste. "É um setor supridor da indústria de veículo. Portanto, esse setor anda com certo suporte."

O diretor do Depecon destacou de maneira negativa o setor de celulose, papel e produtos de papel, que recuou 1,3% na série com ajuste, porém avançou 9,1% na série sem ajuste. "Normalmente o crescimento é de dois dígitos." Francini resumiu os dados dos setores dizendo que não há nenhum setor que apresente "tragédia" e nenhum que apresente a "glória".

Sensor

Sobre a confiança dos empresários industriais paulistas, medida na pesquisa Sensor, Francini destacou o item Emprego, que caiu de 52,4 pontos em março para 44,3 pontos em abril. "É preocupante. É um eventual prenúncio de redução de emprego na atividade industrial."

Revisão

Os dados do mês de fevereiro ante janeiro foram revisados. O INA com ajuste, que antes apontava queda de 1,5% passou para estabilidade. O indicador sem ajuste passou de baixa de 2,3% para queda de 0,3%.

O Ministério da Previdência divulgou nesta quinta-feira, 02, o resultado do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) de março, confirmando o déficit nas contas de R$ 5 bilhões, número já divulgado pelo Tesouro Nacional na segunda-feira, 29. O déficit é 165,9% maior que o registrado em março de 2012 e é resultado de uma arrecadação previdenciária de R$ 22,7 bilhões no mês menos despesas de R$ 27,7 bilhões.

O desempenho negativo das contas da previdência foi puxado pelo resultado da previdência rural que, em março, registrou um déficit de R$ 5,5 bilhões, enquanto a previdência do setor urbano teve um superávit de R$ 478,7 milhões.

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Segundo a Previdência, entre os principais fatores que contribuíram para o aumento da despesa em março estão o reajuste do salário mínimo em janeiro; o aumento natural do estoque de benefícios e o pagamento das revisões do teto e dos benefícios por incapacidade.

Benefícios

Em março foram pagos 30,194 milhões de benefícios, sendo 26,141 milhões previdenciários e acidentários e, os demais, assistenciais. Esse total é 3,4% superior ao registrado em igual mês do ano passado. As aposentadorias somaram 16,8 milhões de benefícios.

Depois de registrar um surpreendente superávit de R$ 30,251 bilhões em janeiro e um déficit primário de R$ 3,03 bilhões em fevereiro, o setor público consolidado (Governo Central, governo regionais e empresas estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) registrou um superávit primário de R$ 3,5 bilhões em março. O dado ficou acima da mediana de R$ 3,050 bilhões obtida pelas estimativas colhidas pelo AE Projeções com analistas do mercado financeiro. O intervalo variava de superávit de R$ 2 bilhões a R$ 6,1 bilhões.

Segundo o BC, a maior parte do superávit do mês passado foi gerada pelos governos regionais, que contribuíram com um superávit de R$ 2,143 bilhões. O Governo Central encerrou o período com saldo positivo de R$ 1,059 bilhão e as empresas estatais tiveram um superávit de R$ 298 milhões.

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O BC informou também que no primeiro trimestre do ano o superávit primário do setor público é de R$ 30,720 bilhões, o equivalente a 2,72% do Produto Interno Bruto (PIB). Em igual período do ano passado, essa fatia estava em 4,45% do PIB. No acumulado de 12 meses até março, o saldo é de R$ 89,699 bilhões. Este ano, o compromisso do governo é de economizar R$ 155,9 bilhões para pagar os juros da dívida.

Juros

O setor público consolidado gastou R$ 19,359 bilhões em março com juros reais, uma ligeira queda em relação ao gasto de R$ 20,251 bilhões de fevereiro deste ano e também em relação aos R$ 21,037 bilhões de março de 2012. O governo central teve no mês passado um gasto com juros de R$ 15,413 bilhões. Já os governos regionais registraram uma despesa de R$ 3,762 bilhões e as empresas estatais, de R$ 184 milhões.

No acumulado do ano, o gasto com juros do setor público consolidado soma R$ 62,259 bilhões, equivalentes a 5,51% do PIB. O gasto com juros em 2013 está acima do verificado no mesmo período de 2012 em termos nominais (R$ 58,968 bilhões). Nos últimos 12 meses encerrados em março, a despesa chega a R$ 217,154 bilhões, ou 4,83% do PIB.

Déficit nominal

Em março, o déficit nominal do setor público consolidado atingiu R$ 15,859 bilhões, recuo em relação a fevereiro, mês em que o déficit foi de R$ 23,282 bilhões. Em março do ano passado, o resultado foi negativo em R$ 10,595 bilhões.

No mês passado, o governo central registrou déficit nominal de R$ 14,353 bilhões, enquanto os governos regionais tiveram déficit de R$ 1,619 bilhão. Já as empresas estatais registraram superávit nominal no período, de R$ 113 milhões.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse que o superávit do setor público consolidado de R$ 3,5 bilhões em março e de R$ 30,720 bilhões no primeiro trimestre do ano são os piores para o mês e para o acumulado do ano desde 2010. Naquele ano, houve um déficit de R$ 159 milhões em março e um superávit acumulado de R$ 19,1 bilhões no trimestre.

"O superávit de março é melhor do que o de fevereiro, como era esperado, mas ficou abaixo de março do ano passado, o que também foi repetido no quadro do trimestre", considerou o técnico. No terceiro mês de 2012, o superávit primário foi de R$ 10,442 bilhões.

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Maciel enfatizou que o resultado primário tem de ser visto à luz das desonerações feitas, principalmente, em 2012 e também da defasagem da recuperação das receitas da arrecadação relativamente à atividade econômica. "Há uma defasagem em relação à atividade econômica. As receitas são relativas aos últimos meses, só que com alguma defasagem. São os dois principais fatores que explicam o desempenho primário deste ano".

Maciel ressaltou que o crescimento nas despesas nominais com juros do setor público, entre o primeiro trimestre de 2012 e o de 2013, foi de 5,6%. Em 12 meses, as despesas com juros de 4,83% do Produto Interno Bruto (PIB) são as menores da série histórica. "Isso reflete, em grande parte, a redução da taxa básica no último ano", afirmou. Ele lembrou que a projeção para o fim de 2013 é de 4,5% do PIB. "A tendência é de que isso continue declinando ao longo deste ano".

A principal fonte de discrepância entre o resultado fiscal do governo central divulgado na segunda-feira, 29, pelo Tesouro Nacional e o número apurado pelo BC são operações de final de período, segundo Maciel. Na segunda-feira, 29, o Tesouro informou que Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central registraram superávit primário de R$ 285,7 milhões no mês passado. Pelas estatísticas da autoridade monetária, o resultado ficou positivo em R$ 1,059 bilhão.

"Algumas operações eles contabilizaram no dia 31 de um mês e aqui ela é contabilizada no dia 1º do mês seguinte", afirmou. "Nem tudo o que sensibiliza a apuração acima da linha, do Tesouro, sensibiliza as estatísticas do BC, que têm como fonte informações do sistema financeiro." Maciel destacou que, em janeiro e fevereiro, o resultado divulgado pelo Tesouro foi maior que o verificado nas estatísticas do BC.

Depois de registrar um surpreendente superávit de R$ 30,251 bilhões em janeiro e um déficit primário de R$ 3,03 bilhões em fevereiro, o setor público consolidado (Governo Central, governo regionais e empresas estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) registrou um superávit primário de R$ 3,5 bilhões em março. O dado ficou acima da mediana de R$ 3,050 bilhões obtida pelas estimativas colhidas pelo AE Projeções com analistas do mercado financeiro. O intervalo variava de superávit de R$ 2 bilhões a R$ 6,1 bilhões.

Segundo o BC, a maior parte do superávit do mês passado foi gerada pelos governos regionais, que contribuíram com um superávit de R$ 2,143 bilhões. O Governo Central encerrou o período com saldo positivo de R$ 1,059 bilhão e as empresas estatais tiveram um superávit de R$ 298 milhões.

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O BC informou também que no primeiro trimestre do ano o superávit primário do setor público é de R$ 30,720 bilhões, o equivalente a 2,72% do Produto Interno Bruto (PIB). Em igual período do ano passado, essa fatia estava em 4,45% do PIB. No acumulado de 12 meses até março, o saldo é de R$ 89,699 bilhões. Este ano, o compromisso do governo é de economizar R$ 155,9 bilhões para pagar os juros da dívida.

Juros

O setor público consolidado gastou R$ 19,359 bilhões em março com juros reais, uma ligeira queda em relação ao gasto de R$ 20,251 bilhões de fevereiro deste ano e também em relação aos R$ 21,037 bilhões de março de 2012. O governo central teve no mês passado um gasto com juros de R$ 15,413 bilhões. Já os governos regionais registraram uma despesa de R$ 3,762 bilhões e as empresas estatais, de R$ 184 milhões.

No acumulado do ano, o gasto com juros do setor público consolidado soma R$ 62,259 bilhões, equivalentes a 5,51% do PIB. O gasto com juros em 2013 está acima do verificado no mesmo período de 2012 em termos nominais (R$ 58,968 bilhões). Nos últimos 12 meses encerrados em março, a despesa chega a R$ 217,154 bilhões, ou 4,83% do PIB.

Déficit nominal

Em março, o déficit nominal do setor público consolidado atingiu R$ 15,859 bilhões, recuo em relação a fevereiro, mês em que o déficit foi de R$ 23,282 bilhões. Em março do ano passado, o resultado foi negativo em R$ 10,595 bilhões.

No mês passado, o governo central registrou déficit nominal de R$ 14,353 bilhões, enquanto os governos regionais tiveram déficit de R$ 1,619 bilhão. Já as empresas estatais registraram superávit nominal no período, de R$ 113 milhões.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou nesta segunda-feira, 29, que as receitas no mês de março não foram altas. Segundo ele, essa foi uma das principais influências no resultado do Tesouro no mês passado, avaliado como "neutro" pelo secretário. Augustin citou ainda uma despesa atípica da Previdência Social, no valor de R$ 1,1 bilhão, como um dos destaques negativos do mês passado. Segundo ele, trata-se de pagamento de valores antigos que foi feito no mês de março, após acordo na Justiça.

Ainda sobre a Previdência Social, o secretário afirmou que houve déficit de R$ 5 bilhões em março. A previdência urbana registrou superávit, enquanto a rural registrou déficit. "Continuamos com tendência boa na previdência urbana, conforme já ocorreu no ano passado", afirmou.

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As contas do Governo Central (Tesouro Nacional, INSS e Banco Central) registraram um superávit primário de apenas R$ 285,7 milhões em março. Depois do superávit recorde de janeiro (R$ 26,19 bilhões) e do pior resultado para meses de fevereiro (déficit de R$ 6,412 bilhões), o saldo de março mostra uma pequena reação, de acordo com o Tesouro.

Na expectativa de Augustin, o resultado do superávit primário de abril deverá ser "bem melhor". Ele não quis apresentar projeções, mas explicou que sua previsão foi feita porque abril é um mês sazonalmente melhor e também porque há pagamento de Imposto de Renda de Pessoa Física.

O secretário salientou também que a queda nominal das receitas em março, conforme divulgou a Receita Federal nesta segunda-feira, não é uma tendência para o ano. Ele não quis apresentar projeções e comentou apenas que a expectativa para o ano é de "um crescimento importante" dos investimentos.

Segundo semestre

O secretário do Tesouro Nacional disse que espera uma melhora da arrecadação no segundo semestre. Isso se dará, de acordo com ele, principalmente por causa dos efeitos esperados para a economia. "Mesmo no segundo trimestre, o resultado de arrecadação deve melhorar.

O secretário comentou que os efeitos das desonerações podem impactar os resultados, mas disse esperar que a retomada da atividade econômica, após as práticas adotadas pelo governo, seja mais forte. "As desonerações foram feitas com o objetivo de melhorar a capacidade da economia e de responder depois de um momento difícil decorrente da crise. Isso está acontecendo, os dados mostram isso, mas é óbvio que havendo desonerações, há arrecadação menor", considerou.

A Coreia do Sul registrou em março o mais alto superávit em conta corrente em quatro meses, informa o Banco da Coreia. O resultado deveu-se à solidez das exportações, mas os embarques para países como Estados Unidos e Japão continuaram a diminuir.

O superávit em conta corrente sul-coreano ficou em US$ 4,98 bilhões em março, de US$ 2,71 bilhões em fevereiro e de US$ 2,97 bilhões em março do ano passado. Trata-se do nível mais elevado desde novembro, quando o superávit ficou em US$ 6,91 bilhões.

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Após ajuste sazonal, porém, o superávit caiu de US$ 4,45 bilhões em fevereiro para US$ 4,36 bilhões em março. As informações são da Dow Jones.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse, nesta sexta-feira, que os dados da inadimplência no primeiro trimestre deste ano mostraram um quadro um pouco melhor, principalmente no crédito livre para as famílias. "O momento mais crítico, aparentemente, ficou para trás." Segundo Maciel, essa queda "é gradual, lenta" e disse ainda que há espaço para que a inadimplência recue mais.

Para ele, a melhora vista é uma tendência disseminada no crédito, observada em várias modalidades, como crédito pessoal, consignado, cheque especial e veículos. Maciel afirmou também que o aumento em 2012 estava ligado a fatores como resquício da carteira de veículos com alta da inadimplência.

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"Isso está melhorando. A partir do momento em que se identificou essa alta, houve maior atenção do sistema, e a originação do crédito se deu com maior qualidade", disse. Também contribui para essa melhora a continuidade de crescimento da renda, avaliou Maciel, que destacou que as condições do mercado de trabalho continuam favoráveis. "Outro aspecto que ajudou foi o custo dos empréstimos, que recuou mais de forma mais significativo ao longo do ano passado."

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