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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu nesta sexta-feira (25) que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenha qualquer tipo de contato com o ex-presidente, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro e investigados nos inquéritos que apuram desvios de presentes de governos estrangeiros recebidos na gestão de Bolsonaro e os atos golpistas de 8 de janeiro. 

A decisão do ministro também atinge a proibição de contato de Cid com sua esposa, Gabriela Cid. O ex-ajudante está preso em Brasília por conta da investigação que apura a suposta fraude no cartão de vacina de Bolsonaro. 

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Moraes baseou-se em um relatório da Polícia Federal que cita conversas encontradas a partir da perícia feita no celular de Mauro Cid. As mensagens tratam de falas que incentivariam atos antidemocráticos contra o resultado das eleições presidenciais de 2022, com vitória de Luiz Inácio Lula da Silva.

Mais cedo, Mauro Cid prestou depoimento à Polícia Federal (PF) sobre a visita que o hacker Walter Delgatti teria feito, no ano passado, ao então presidente Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, durante o período eleitoral.

Com as atualizações do caso das joias sauditas recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, muitos brasileiros ainda têm dúvidas sobre o que diz a legislação em relação ao recebimento e vendas de objetos por autoridades políticas. Sendo assim, o LeiaJá conversou com o doutor em ciência política Rodolfo Marques para esclarecer como as leis tratam o assunto e como está o andamento das investigações envolvendo o ex-chefe do Executivo.

"Essa confusão que Bolsonaro gerou entre público e privado ajuda, entre aspas, a gerar mais desconforto ou mais dissonância em relação ao tema", afirma o cientista político ao abordar a suposta venda ilegal de presentes recebidos em viagens oficiais feitas pelo ex-mandatário e a sua equipe durante a gestão federal.

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Presentes milionários

O caso veio à tona em outubro de 2021, quando a Polícia Federal (PF) apreendeu no Aeroporto Internacional de Guarulhos, no estado de São Paulo, um conjunto de joias avaliado em R$ 16,5 milhões que seria um presente do governo da Arábia Saudita à então primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL). O kit era composto por itens da marca suíça Chopard que incluía: um anel, um relógio, um par de abotoaduras, um rosário islâmico e uma caneta.

Na época, o conjunto milionário foi encontrado na mala de um assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e não foi declarado à Receita como item pessoal, o que obrigaria o pagamento de imposto. No entanto, os objetos só poderiam ter entrado no país sem a necessidade do pagamento de impostos, caso fossem declarados como presente para o Estado brasileiro, mas, neste caso, ficariam com a União, não com a ex-primeira-dama.

Rodolfo Marques acredita que devido as joias terem vindo do governo da Arábia Saudita, isso já atrai algumas complicações para a imagem de Bolsonaro.

"O governo saudita é muito controverso em relação aos processos democráticos dentro do próprio país. Há constantes ataques a jornalistas e a grupos minoritários, e isso é extremamente complicado. Então, a praxe nesse caso seria não aceitar o presente, ou, caso aceite, que esse presente fosse incorporado ou que esses presentes fossem incorporados ao Estado brasileiro", pontua.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Desde o momento em que foi iniciada essa operação da PF, outras situações envolvendo joias milionárias foram divulgadas. Sendo assim, Bolsonaro e o seu entorno são foco das investigações que apuram um suposto esquema de negociação ilegal de objetos dados por delegações estrangeiras à Presidência da República.

O que de fato diz a lei?

A partir do início dos anos 90, uma série de resoluções, leis e decisões da Justiça criaram várias regras sobre o tratamento que deve ser dado a documentos de acervo e a presentes trocados por figuras políticas. As regras que também são válidas para servidores públicos, existem para evitar que objetos caros, como os do kit da Chopard, sejam usados para corromper e favorecer interesses.

As leis obrigam que quaisquer itens recebidos em cerimônias de trocas de presentes entre autoridades, audiências com autoridades estrangeiras ou viagens oficiais sejam declarados de interesse público e passem a integrar o patrimônio cultural brasileiro. Sendo assim, todos os presentes recebidos são catalogados pela Diretoria de Documentação Histórica da Presidência da República, que fica encarregada de preservar o acervo durante o mandato do presidente que recebeu os itens. Depois de deixar a Presidência, o ex-chefe do Executivo, com o auxílio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), passa a ser responsável pela conservação dos objetos.

Itens não podem ser vendidos

Em 2016, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que independentemente de os objetos serem entregues em evento oficial, eles devem ficar em acervo da União, sendo assim, não podem ser considerados patrimônio particular do presidente após o fim da sua gestão.

A ordem também determinou que fosse realizada uma auditoria para localizar presentes dados por lideranças estrangeiras a parlamentares a partir de 2002, quando o decreto foi editado. Com esse novo entendimento, por exemplo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ex-presidenta Dilma Roussef (PT) tiveram que devolver presentes recebidos durante seus mandatos. Os objetos que não foram devolvidos, tiveram que ser pagos.

Em março deste ano, o TCU reiterou que os itens de uso pessoal de alto valor devem ser registrados como patrimônio da Presidência. A tentativa de vendê-los é ilegal.

Os ex-chefes do Executivo, como é o caso de Jair Bolsonaro, só podem usufruir em caráter pessoal daqueles itens considerados de "natureza personalíssima", como medalhas personalizadas, ou de "consumo direto", tais como gravatas, bonés, camisetas, perfumes, chinelos e alimentos.

A regra também vale para prefeitos e governadores

O cientista político Rodolfo Marques afirma que a regra também fiscaliza os prefeitos, dos mais de 5.500 municípios, e os 27 governadores brasileiros.

"Prefeitos e governadores em menor escala também têm que se submeter à legislação. Eu digo menor escala pela monta, são mais de 5 .500 municípios no Brasil, são 27 unidades federativas, portanto temos 27 governadores e eles, por vezes, são expostos a essas situações de presentes, de honrarias e de condecorações", explica Rodolfo.

"Honrarias condecorações, embora estejam ligados ao exercício do cargo, eles acabam sendo personalizados ou personificados. Mas em casos de presentes, deve ter muito cuidado, exatamente para essa questão da discricionariedade e da separação daquilo que é público e privado", detalha.

O criminalista Daniel Bialski renunciou à defesa da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no inquérito sobre o suposto esquema de desvio e venda de presentes dados ao ex-presidente Jair Bolsonaro enquanto chefe de Estado. A movimentação se dá para que 'os advogados do ex-presidente possam exercer a defesa de ambos', informou Bialski ao Estadão.

"Informo que de comum acordo com os interesses da ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, deixarei de patrocinar sua defesa no Inquérito nº 4.874/DF (Pet.11645), justamente porque os advogados que atualmente representam o Ex-Presidente Jair Bolsonaro poderão e a representarão habilmente, daqui por diante, neste caso", registrou o advogado em nota.

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Bialski havia sido constituído como advogado de Michelle logo após a Polícia Federal pedir ao Supremo Tribunal Federal a quebra dos sigilos bancário e fiscal da ex-primeira-dama no bojo do inquérito da Operação Lucas 12:2. O ministro Alexandre de Moraes já acolheu a solicitação.

A ex-primeira-dama e atual presidente nacional do Partido Liberal (PL) Mulher, Michelle Bolsonaro, visita Pernambuco, em um evento realizado no próximo sábado (26), no Recife. A presidente estadual do PL Mulher, Izabel Urquiza, estará à frente da recepção. 

Em um vídeo publicado na página oficial do PL Mulher de Pernambuco, Michelle aparece com uma sombrinha de frevo, acompanhada de Urquiza, oficializando o convite para “este novo momento do PL Mulher, onde queremos fomentar a participação da mulher na política”. 

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Michelle vem visitando diversos estados desde que assumiu o cargo da presidência do partido voltado para as mulheres. Ainda em maio, ela fez passagem em São Paulo e no Mato Grosso, e já veio ao Nordeste em visita ao PL Mulher da Paraíba, em julho. A ex-primeira-dama da República busca incentivar a filiação da população ao PL e também pretende criar uma base política. 

Apesar de já ter sido cogitada para assumir a candidatura presidencial em 2026, há especulação que ela tente se eleger senadora pelo Distrito Federal. 

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) foi às redes sociais criticar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dela e de seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A determinação judicial ocorre no âmbito da Operação Lucas 12:2, da Polícia Federal (PF), que investiga uma possível organização criminosa para vender e desviar presentes recebidos por Jair, ainda na posição de chefe de Estado.

"Pra que quebrar o meu sigilo bancário e fiscal? Bastava me pedir. Quem não deve, não teme", escreveu a ex-primeira-dama. A publicação foi feita nos Stories do Instagram, nesta sexta-feira (18), após diversas publicações de passagens bíblicas e músicas citando perseguição aos "justos".

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Michelle afirmou que tem sofrido perseguição, mas garantiu que não se abalará: "Fica cada vez mais claro que essa perseguição política, cheia de malabarismo e inflamada pela mídia, tem como objetivo manchar o nome da minha família e tentar me fazer desistir. Não conseguirão! Estou em paz!". 

O desenrolar das investigações motivou o pedido de quebra de sigilo emitido pela PF, na semana passada, mas aceito pelo STF somente nessa quinta-feira (17). Segundo a apuração, os desvios começaram em meados de 2022 e terminaram no início deste ano. Entre os envolvidos estão o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e o pai dele, o general de Exército, Mauro Lourena Cid. O militar trabalhava no escritório da Apex, em Miami.  

Auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disseram que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro "sumiu" com joias recebidas pelo então chefe do Executivo. Em mensagens para discutir se os kits de itens preciosos poderiam ser vendidos, o assessor especial Marcelo Câmara relatou ao ex-ajudante de ordens Mauro Cid sobre o "desparecimento" de objetos. "Porque já sumiu um que foi com a dona Michelle."

"As mensagens revelam que, apesar das restrições, possivelmente, outros presentes recebidos pelo ex-Presidente Jair Bolsonaro podem ter sido desviados e vendidos sem respeitar as restrições legais, ressaltando inclusive que 'sumiu um que foi com a dona Michelle'", afirma a Polícia Federal (PF). Não há descrição do que "sumiu" com a ex-primeira-dama.

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O trecho da investigação está na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que autorizou a Operação Lucas 12:2, realizada nesta sexta-feira, 11. O objetivo é investigar suposto grupo que teria vendido bens entregues a autoridades brasileiras em missões oficiais.

Na troca de mensagens em áudio, Mauro Cid e Marcelo Câmara debatem sobre a legalidade da venda de joias recebidas em compromissos oficiais do ex-presidente. Esses objetos de alto valor são considerados bens públicos e devem ser enviados para o acervo da Presidência da República.

A discussão é sobre um conjunto de joias da marca suíça da Chopard, que o grupo tentou leiloar em 8 de fevereiro de 2023. O anúncio de um conjunto composto por relógio, abotoaduras, anel, caneta e um rosário árabe (masbaha) em ouro rosé e cravejados de diamantes por US$ 120 mil estava em um site americano especializado em leilões de objetos de luxo.

O kit não foi vendido, e Câmara alertou a Cid, em 9 de fevereiro, que havia um documento do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência, datado de novembro de 2022, que atestava a existência das joias no acervo.

Em 13 de fevereiro, Cid pediu para Câmara procurar Marcello da Silva Vieira, ex-chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência da República, para checar sobre a legalidade da venda dos objetos. "Mas, liga pra ele. Ele tinha me falado, ele me garantiu que poderia, que o presidente poderia fazer o que quisesse porque isso são itens personalíssimos."

Câmara respondeu, então, que já havia conversado com o ex-chefe do gabinete de documentação histórica, se referindo à possibilidade de vender objetos que teriam sido destinados ao acervo privado de Bolsonaro. "Eu falei com ele sobre isso, Cid. Aí ele me falou que tem esse entendimento sim. Mas que o pessoal questiona porque ele pode dar, pode fazer o que ele quiser. Mas tem que lançar na comissão, memória, entendeu?"

Na sequência, Câmara afirmou: "O que já foi, já foi. Mas se esse aqui tiver ainda a gente certinho pra não dar problema. Porque já sumiu um que foi com a dona Michelle; então pra não ter problema". Não foi citado nas mensagens de qual item falavam ao relacionar o nome da ex-primeira-dama.

Mauro Cid disse que havia mandado recuperar o conjunto Chopard. "Eu já mandei voltar, eu já mandei voltar!" Câmara afirmou ainda que poderiam tentar vender o kit de novo "em uma próxima oportunidade", avisando ao governo federal sobre a comercialização.

"Só dá pena pq estamos falando de 120 mil dólares", disse Mauro Cid. Marcelo Câmara concordou: "O problema é depois justificar e para onde foi. De eu informar para a comissão da verdade. Rapidamente vai vazar".

O conjunto de joias Chopard chegou ao Brasil pelas mãos da comitiva do então ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque, em outubro de 2021, e entrou ilegalmente no País, burlando a Receita Federal, como relevou o Estadão em abril deste ano.

Os escândalos acerca do acervo pessoal da Família Bolsonaro, a partir de supostos desvios do inventário da presidência, acaba de ganhar uma adição: em um e-mail captado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), um ajudante de ordens é orientado a entregar dois pacotes de pedras preciosas ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da gestão Bolsonaro, em vez de registrá-las no acervo do Palácio do Planalto. Os itens seriam entregues ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua esposa, Michelle. 

A informação foi revelada durante uma sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8/1, nessa terça-feira (1º), pela deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Jair e Michelle teriam recebido, respectivamente, um envelope e uma caixa com pedras preciosas em outubro de 2022, mas os presentes não constam na lista de 46 páginas e 1055 itens recebidos durante o mandato. Cleiton Henrique Holzschuk é o ajudante de ordens que envia a mensagem em questão aos colegas. 

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Em 27 de outubro de 2022, no dia seguinte ao recebimento das pedras preciosas, a referida mensagem de Holzchuk apareceu em troca de e-mails com outros dois colegas: Adriano Alves Teperino e Osmar Crivelatti. 

Holzchuk ordena que o envelope e a caixa de pedras preciosas, que seriam de Jair e Michelle Bolsonaro, não fossem cadastrados na lista de presentes recebidos pelo então presidente e entregues a Cid. Além disso, o sargento Marcos Vinícius Pereira Furriel deveria ser acionado em caso de alguma dúvida ou dificuldade. Os e-mails são analisados pela comissão na tentativa de chegar aos mandantes da investida golpista no início da gestão Lula, este ano. 

 

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afimour que, segundo dados da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), em outubro de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) receberam pedras preciosas, porém os presentes não constam na lista dos itens recebidos durante o então mandato. 

A declaração da parlamentar foi feita nesta terça-feira (1), durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional que investiga os atos golpistas do 8 de janeiro.

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Através da denúncia, Jandira Feghali aponta que em troca de e-mails analisados pela CPMI, auxiliares de Bolsonaro dizem que um envelope e uma caixa contendo joias preciosas não deveriam ser cadastrados, e sim entregues ao tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens e braço direito do ex-mandatário. 

A análise dos e-mails feita pela CPMI tenta identificar os mandantes e os financiadores dos atos antidemocráticos que começaram após a derrota de Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições do ano passado, e resultaram na invasão à Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro. 

Para a parlamentar, o fato em si justifica a convocação e quebra de sigilo bancário do ex-presidente e de sua esposa, assim como também dos seus auxiliares e de Mauro Cid. 

O tenente-coronel, preso em maio em uma investigação de fraudes em cartão de vacina da família Bolsonaro, foi apontado pelo Conselho de Controle de Atividades Fiscais (COAF), de ter realizado movimentações milionárias em suas contas bancárias que não condizem com o salário que recebia. O COAF é o órgão responsável por identificar e combater crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve, na manhã deste sábado (29), em um evento do PL Mulher, presidido por sua esposa Michelle, e discursou agradecendo pelas doações que recebeu do seu eleitorado. Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), os valores recebidos por Jair somam o total de R$ 17,2 milhões, no intervalo de 1 de janeiro a 4 de julho deste ano. 

“Muito obrigada a todos aqueles que colaboraram comigo no Pix há poucas semanas. Mais do que o valor depositado, quase um milhão de pessoas colaboraram. Dá para pagar todas as minhas contas e ainda sobre dinheiro para tomar um caldo de cana e comer um pastel com dona Michelle”, declarou no palanque. 

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A campanha de arrecadação se estendeu por meses para ajudar o ex-presidente a pagar pelos processos que tramitam contra ele na justiça. Cinco deles foram expedidos pela Justiça de São Paulo, devido a infrações sanitárias apontadas pelo governo estadual. 

Inelegibilidade 

Em sua fala, Jair também criticou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos. “Triste é o país em que as autoridades do Judiciário punem os seus cidadãos não pelos seus erros, mas pelas suas virtudes. Me tiraram o direito político, mas isso não nos abala, temos milhares de sementes pelo Brasil e essa nova força que aparece com vontade de vencer é muito grande”, afirmou. 

Jair Bolsonaro, no entanto, não perdeu seus direitos políticos, como declarou no palanque. A inelegibilidade votada no TSE apenas o proíbe de se candidatar a um cargo político. Seu poder de voto e participação política permanecem os mesmos. 

A deputada federal Amália Barros (PL-MT) saiu em defesa de Michelle Bolsonaro, após a ex-primeira-dama pedir para a parlamentar retirar a prótese ocular antes de discursar no evento do PL Mulher, em João Pessoa (PB), no sábado, 15. A parlamentar afirmou, nesta segunda-feira, 17, que não se sentiu constrangida com a solicitação da ex-primeira-dama.

"A minha relação com a Michelle é uma relação de amizade, de intimidade. Tirar a minha prótese nunca vai me constranger", disse Amália em um vídeo publicado na rede social depois da repercussão negativa do episódio.

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Amália ainda afirmou que retirar a prótese reforça sua função política. "Eu tiro a minha prótese todos os dias e alguns dias várias vezes ao dia. Isso não é um problema para mim. Tirar a minha prótese e me aceitar do jeitinho que eu sou me faz ter mais forças para lutar pelas pessoas que estão passando pelo que eu já passei. Eu me acho linda assim ó, sem prótese. Com prótese e sem prótese", disse.

No evento, no sábado, 15, Michelle disse que amava ver a deputada sem a prótese. "Ela vai contar agora pra vocês o porquê de ela ser uma mulher que faz acontecer. Mas eu quero você sem prótese. Eu amo vê-la sem prótese, gente. Eu sei que o seu trabalho é esse, amiga. Deixa eu segurar seu olho", disse a ex-primeira-dama, enquanto guardava o objeto no bolso.

Após atender ao pedido da ex-primeira-dama, a parlamentar disse que cenas como essas são normais entre as duas. "Ela sempre faz isso comigo e eu ainda não aprendi a já vir sem prótese", afirmou. Michelle e Amália ocupam, respectivamente, a presidência e a vice-presidência do PL Mulher, núcleo da sigla focado em incentivar candidaturas femininas e discutir políticas favoráveis às mulheres.

Quem é Amália Barros?

Jornalista de formação, Amália começou sua carreira política em 2022 quando foi eleita deputada federal pelo Mato Grosso com 70 mil votos. Filiada ao Partido Liberal, a parlamentar assumiu a vice-presidência do PL Mulher em abril de 2023, após convite da ex-primeira-dama e presidente do grupo.

Amália perdeu a visão aos 20 anos após contrair toxoplasmose, uma infecção causada pelo protozoário parasita que pode ser encontrado em fezes de gato e em alimentos contaminados. A doença pode resultar em cegueira, o que foi o caso da deputada. "Eu dormi enxergando e acordei cega. Foi da noite para o dia, literalmente", disse a parlamentar durante evento do PL Mulher.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pediu que a deputada federal Amália Barros (PL-MT) retirasse sua prótese ocular antes de discursar no sábado, 15, durante evento do PL Mulher em João Pessoa (Paraíba). Após a parlamentar retirar a prótese, a ex-primeira-dama guardou o objeto no bolso. Michelle e Amália ocupam, respectivamente, a presidência e a vice-presidência do núcleo da sigla focado em incentivar candidaturas femininas e discutir políticas favoráveis às mulheres.

"Ela vai contar agora pra vocês o porquê de ela ser uma mulher que faz acontecer. Mas eu quero você sem prótese. Eu amo vê-la sem prótese, gente. Eu sei que o seu trabalho é esse, amiga. Deixa eu segurar seu olho", disse Michelle, enquanto guardava a prótese no seu bolso.

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Após atender ao pedido da ex-primeira-dama, a deputada brincou ao dizer que cenas como essas são normais entre as duas. "Ela sempre faz isso comigo e eu ainda não aprendi a já vir sem prótese", disse.

Amália perdeu a visão aos 20 anos após contrair toxoplasmose, uma infecção causada pelo protozoário parasita que pode ser encontrado em fezes de gato e em alimentos contaminados. A doença pode causar cegueira, o que foi o caso da deputada. "Eu dormi enxergando e acordei cega. Foi da noite para o dia, literalmente", disse a parlamentar durante evento do PL Mulher.

PL Mulher

Michelle assumiu a presidência do PL Mulher em março de 2023 com o objetivo de realizar viagens pelo Brasil preparando o terreno para o lançamento de candidaturas a prefeito em 2024, principalmente de mulheres. Na época, como mostrou o Estadão, a legenda decidiu que a ex-primeira-dama iria receber o mesmo salário de um deputado federal (R$ 33.763), mas o pagamento ainda estava sem data para ser feito devido a um bloqueio parcial das contas do partido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Antes de assumir o posto, Michelle intensificou sua atuação política nas redes sociais e tem participado, desde então, de eventos políticos representando o marido principalmente quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava isolado nos Estados Unidos. Além de postar fotos de Bolsonaro, ela até entrou no debate sobre o Banco Central e a taxa de juros.

Inelegível por oito anos e alvo de dezenas de processos, Jair Bolsonaro ainda recebe R$ 41,6 mil mensais da União através do Fundo Partidário destinado ao PL. Também sem ocupar cargo público, a esposa Michelle ganha mesmo "salário" do partido. 

O casal participa da alta cúpula da legenda. O presidente Valdemar Costa Neto criou a cadeira de "presidente de honra" para empregar Bolsonaro e colocou a ex-primeira-dama para comandar o diretório feminino nacional do partido.

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O subprocurador-geral do Ministério Público do Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu a apuração de irregularidades na remuneração do ex-presidente, que também é beneficiado com o pagamento de seus assessores. 

"A utilização de recursos públicos para remunerar pessoa que foi condenada pelo Poder Judiciário, no âmbito do TSE, é a meu ver violação direta e mortal do princípio da moralidade administrativa. Não se mostra cabível que o Partido Liberal realize a destinação de seus recursos, de origem pública, ao filiado declarado inelegível", apontou na representação encaminhada na quarta (12) ao colegiado do TCU. Se a Corte aceitar a denúncia, ela será enviada à Justiça Eleitoral, onde o ex-presidente foi condenado com a perda dos direitos políticos.

Falas do tenente-coronel Mauro Cesar Cid, ex-aliado de Jair Bolsonaro (PL), sobre a rotina nos palácios do Planalto e Alvorada durante o último governo, acabam de ganhar repercussão após fontes próximas ao militar vazarem as conversas. A informação é do colunista Rodrigo Rangel, do Metrópoles, que obteve os registros. Nas declarações, o conservador alegou problemas de convivência com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, a quem chamou de “difícil”.
O militar era envolvido em discussões pessoais e políticas do antigo casal presidencial, “principalmente” quando o assunto era o pagamento de contas da família. O oficial do Exército disse que Michelle era uma pessoa de lidar no cotidiano e que ela não gostava dele. “Dona Michelle era muito difícil e não gostava de mim”, afirmou. A principal razão da diferença entre os dois tinha como pano de fundo exatamente as questões relacionadas a dinheiro, segundo o militar.
De acordo com a coluna, o tenente alegou ter recebido “ordens explícitas" de Bolsonaro para pagar contas da própria Michelle, mas que o então presidente detestava que ele pagasse também faturas de familiares da primeira-dama. Mesmo assim, ela mandava essas contas com ordens para pagar. “Não ia me meter em briga de casal. Se ela pedia, eu depositava”, afirmou o tenente-coronel em uma das conversas, registrada meses atrás. A coluna não especifica a data dos registros. Cid também alegou precisar fazer a prestação de contas e os pagamentos por ordem de Michelle voltavam a ser tema de discussão.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro diz que, muitas vezes, preferia nem saber quais eram as despesas que precisavam ser pagas. Repetia que, se a ordem era da “dona Michelle”, liberava os valores sem realizar questionamentos. Assim foram feitos, também, os pagamentos do plano de saúde do irmão, mensalidades da faculdade da irmã, depósitos em contas de outros parentes de Michelle que vivem em Brasília.
Uma das maiores confusões que Cid vivenciou ao lidar com os pagamentos das contas de Michelle Bolsonaro ocorreu, segundo os relatos do próprio, quando ele descobriu que tinha que pagar, entre as várias contas, boletos do cartão de crédito que a primeira-dama usava, mas era de uma amiga dela, funcionária comissionada do Senado.

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No dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou inelegível, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) participou de um culto evangélico no Distrito Federal. Ao lado da cantora gospel Eyshila Santos, Michelle falou sobre a importância de "adorar o Senhor independentemente da circunstância e dos resultados". 

"Nós adoramos o senhor pelo que ele é e não pelo que ele faz (...) E nós queremos orar pela nossa nação porque nós declaramos os quatro anos de governo que essa nação é do Senhor Jesus", disse. 

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A pregação ocorreu na última sexta-feira (30), horas após o final do julgamento do ex-mandatário no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A celebração teve início às 21h30 e ocorreu na igreja evangélica Assembleia de Deus de Taguatinga. 

A cantora bolsonarista Eyshila Santos cantou logo após a fala da ex-primeira-dama, que afirmou que foi a artista gospel que lhe convidou para participar do culto religioso. 

Horas antes, Eyshila prestou solidariedade ao ex-casal presidencial ao responder sua publicação nas redes sociais, que conta com mais de quatro milhões de seguidores: "Eles deram um tiro no pé! Bora pra frente!", escreveu a cantora que não concordou com a decisão do TSE. 

Por maioria de votos, 5 a 2, o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou a inelegibilidade do ex-presidente da República por oito anos, contados a partir das Eleições 2022. A decisão reconhece a prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros no dia 18 de julho do ano passado, onde Bolsonaro fez declarações antidemocráticas.

Após a decisão por 5 votos a 2 pela inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) fez uma publicação em suas redes sociais para falar em "injustiça" nesta sexta-feira (30). Ao citar um texto bíblico, Michelle pontua "que somente Deus conhece o coração dos homens".

"Pois quem agir de forma injusta receberá o devido pagamento da injustiça cometida; e nisto não há exceção para pessoa alguma. Colossenses 3:5  Somente Deus conhece os corações dos homens. Deus não perdeu e nunca perderá o controle de nada. A minha fé continua inabalável em Ti, Pai! "

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Ela aproveitou a mensagem também para frisar sua lealdade e amor ao marido. Além disso, a presidente de PL Mulher, que vem rodando o Brasil e sendo apontada como possível candidata do partido à Presidência da República em 2026, encerra o texto se colocando às ordens do seu "capitão".

"Eu continuo confiando, acreditando e ao seu lado, meu amor Brasil acima de tudo e Deus acima de todos!  Nosso sonho segue mais vivo do que nunca.” JB  Estou às suas ordens, meu CAPITÃO"

 

Em reunião nesta quarta-feira, 14, com o deputado Coronel Meira (PL/PE), a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro bate o martelo e garante presença no Encontro PL Mulher - Pernambuco que acontecerá no dia 29 de julho na cidade do Recife.

"Pernambuco receberá pela primeira vez a reunião do PL Mulher, ao qual teremos a honra de contar com a presença de Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher Nacional que volta ao Recife para debater o futuro do Brasil e a fundamental participação das mulheres nesta caminhada de reconstrução política e social", informou Meira.

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*Da assessoria 

A ex-primeira-dama e líder nacional do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, negou ter qualquer relação com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o coronel Mauro Cid. O militar está sendo investigado por suspeita de fraude nos cartões de vacinação do ex-mandatário, Jair Bolsonaro (PL), e de sua família. As declarações de Michelle foram feitas para a Veja, na edição desta sexta-feira (19). 

Conversas descobertas pela Polícia Federal (PF) revelaram trocas de mensagens entre duas assessoras da ex-primeira-dama e Cid. Os diálogos apontam para uma orientação de pagamento em dinheiro das despesas de Michelle. Cid trabalhava como ajudante de ordens na Presidência da República, durante a gestão Bolsonaro.  Michelle declarou que o contato com tenente-coronel era feito por intermédio de suas assessoras e que ele ficava com o cartão do seu marido.

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“Nenhuma [relação com Mauro Cid]. O meu contato com ele se dava por meio das minhas assessoras. Ele pagava minhas contas pessoais porque era ele que ficava com o cartão da conta-corrente do meu marido. Todo o dinheiro usado pelo coronel para pagar minhas despesas foi sacado da conta pessoal do Jair, dos rendimentos dele como presidente da República. Não tem um tostão de recursos públicos. Temos os extratos para provar isso”, afirmou.

Os advogados de defesa de Jair Bolsonaro (PL) alegaram nesta segunda-feira (15) que os saques e pagamentos com dinheiro vivo realizados por Mauro Cid, ajudante de ordens da Presidência nos últimos quatro anos, saíram da conta do ex-presidente. Eles negam que tenham sido usados recursos públicos do cartão corporativo para pagar despesas pessoais.

"O presidente dispunha de um cartão corporativo pessoal dele que jamais foi criado senha. O presidente Bolsonaro nunca se utilizou de cartão corporativo para nenhuma despesa", afirmou o assessor de imprensa do ex-presidente, Fábio Wajgarten. "100% dos saques tinham origem na conta pessoal do presidente da República", enfatizou.

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Os defensores do ex-presidente convocaram uma coletiva de imprensa às pressas para rebater informações divulgadas durante o final de semana sobre a investigação da Polícia Federal (PF) que apura suspeitas de desvio de dinheiro da Presidência por meio de Mauro Cid, a mando da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), com suposta anuência de Bolsonaro.

Mauro Cid foi preso no dia 3 de maio em uma operação da PF sobre fraudes em certificados de vacinação contra a covid-19 no sistema do Ministério da Saúde.

A defesa alega que os boletos da família eram pagos normalmente, mas, em caso de compras triviais de pequenos fornecedores, era ordenado o saque para pagamento em dinheiro vivo. Os advogados argumentam que a prática de saques era adotada como método de segurança para evitar o rastreio das informações bancárias do então casal presidencial, assim como possíveis ataques e tentativas de envenenamento relacionados às compras em supermercados.

Wajgarten chegou a apresentar uma planilha com o que seriam todos os extratos de saques da conta pessoal de Bolsonaro, entre 2019 e 2022. Neste período, o ex-presidente ordenou pagamentos em dinheiro vivo entre R$ 5,6 mil e R$ 25,3 mil por mês. Segundo a defesa, os valores movimentados eram para gastos "pequenos" do "dia a dia", como a compra de pizza ou o pagamento de manicure para a ex-primeira-dama. O assessor ainda afirmou que a defesa vai contratar um perito contábil criminal "para evidenciar que não há nenhum desajuste entre entradas e saídas de recursos".

A PF identificou transações suspeitas envolvendo saque de dinheiro vivo para o pagamento de contas do casal presidencial durante o governo Bolsonaro. O UOL revelou no último sábado, 13, áudios de conversas de duas assessoras da primeira-dama, Cintia Borba Nogueira e Giselle dos Santos Carneiro da Silva, com Mauro Cid para organizar o pagamento com dinheiro vivo de contas da primeira-damas . A defesa Bolsonaro, por sua vez, argumentou que os valores movimentados para custear os gastos de Michele eram pífios.

De acordo com o UOL, também com base na investigação da PF, uma empresa que teve contratos públicos na gestão Bolsonaro, a Cedro do Líbano Comércio de Madeiras e Materiais, teria feito, em 2022, uma série de transferências a um militar que trabalhava com Mauro Cid na Ajudância de Ordens da Presidência da República.

A defesa, por sua vez, argumentou que nenhum depósito de empresa foi feito na conta de Bolsonaro, durante seus quatro anos de governo, para pagamento de despesas pessoais. "Não há ao longo dos 48 meses de mandato nenhum depósito na conta do presidente Bolsonaro de nenhuma empresa para pagamento de contas dele e da família dele", disse Wajgarten.

Cartão emprestado

Os advogados também abordaram o fato de a ex-primeira-dama utilizar o cartão de crédito da amiga Rosimary Cordeiro desde novembro de 2011. Os defensores alegaram que a ex-primeira-dama nunca solicitou limite de crédito a um banco porque não possuía receita para justificar ao banco.

De acordo com a defesa, Michele afirmou que utilizava o cartão adicional da amiga porque Bolsonaro era "pão duro", apesar de ser ele o responsável pelo pagamento dos custos com o cartão. A fatura mensal, que segundo os advogados era de aproximadamente R$ 2 mil, era reembolsada por Michele a Rosimary. A prática durou até agosto de 2021 e só foi cessada após o Banco do Brasil oferecer um cartão à ex-primeira-dama

Uma conversa interceptada pela Polícia Federal entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro e uma assessora de Michelle Bolsonaro sugere uma orientação de pagamento para despesas da então primeira-dama. De acordo com áudios de WhatsApp, o militar demonstrava preocupação de que o ato relatado por ele fosse interpretado como um esquema de rachadinha, citando uma investigação a qual o senador Flávio Bolsonaro foi alvo no Ministério Público do Rio de Janeiro. A transcrição dos áudios obtidos pela PF foi revelada pelo portal UOL.

Mauro Cid foi preso no dia 3 de maio em uma operação da PF sobre fraudes em certificados de vacinação contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde.

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"Se ela (Michelle) perguntar pra você ou falar alguma coisa ou comentar, é importante ressaltar com ela que é o comprovante que ela tem. É um comprovante de depósito, é comprovante de pagamento. Não é um comprovante dela pagando nem do presidente pagando. Entendeu? É um comprovante que alguém tá pagando. Tanto que a gente saca o dinheiro e dá pra ela pagar ou sei lá quem paga ali. Então não tem como comprovar que esse dinheiro efetivamente sai da conta do presidente", disse Mauro Cid, em 25 de novembro de 2020, a Giselle dos Santos Carneiro da Silva, assessora da então primeira-dama, de acordo com áudio obtido pela PF.

"É a mesma coisa do Flávio", disse Mauro Cid a Giselle em outro trecho do áudio, reforçando a preocupação com o caso.

De acordo com o UOL, também com base na investigação da PF, uma empresa que teve contratos públicos na gestão Bolsonaro, a Cedro do Líbano Comércio de Madeiras e Materiais, teria feito, em 2022, uma série de transferências a um militar que trabalhava com Mauro Cid na Ajudância de Ordens da Presidência da República.

Segundo a PF, o segundo sargento Luis Marcos dos Reis fez ao menos 12 depósitos em uma conta da tia da então primeira-dama em quatro ocasiões, entre abril e junho de 2022. Os depósitos tiveram o mesmo valor: R$ 2.840,00. A Cedro do Líbano Comércio de Madeiras e Materiais tem contratos com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Ao UOL, a defesa de Bolsonaro e Michelle diz que não há irrerrularidades nas transações e nega que recursos da Codevasf tenham sido utilizados para pagar despesas da ex-primeira-dama. "A dona Michelle não conhece esse ajudante de ordens (sargento Dos Reis) e desconhece que ele tenha feito pagamentos para ela", disse o advogado Fábio Wajngarten, que foi chefe da Secretaria de Comunicação na gestão Bolsonaro.

Empréstimo de senha

A PF cumpriu no dia de 3 de maio mandado de busca e apreensão na casa de Bolsonaro, em Brasília, e prendeu o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. De acordo com a PF, os suspeitos agiram para inserir dados falsos sobre vacinação contra a covid-19 no sistema do Ministério. A operação foi do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Os certificados de vacinação de Bolsonaro e da filha Laura, de 12 anos, teriam sido adulterados às vésperas da viagem da família aos EUA, em dezembro.

Em depoimento à PF, obtido pelo jornal Folha de S.Paulo, a chefe da central de vacinação da cidade carioca de Duque de Caxias, onde foram registradas as vacinas de Bolsonaro, Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva afirmou que emprestou sua senha para o secretário de Governo do município, João Carlos de Sousa Brecha, para excluir dados de vacinação, sem saber que se tratava do ex-presidente.

Cláudia teria dito que não recebeu a relação dos CPFs que tiveram dados de vacinação excluídos e que Sousa Brecha teria justificado o empréstimo da senha dizendo que não queria "envolvê-la em problemas, uma vez que se tratavam de pessoas relevantes e conhecidas".

Brecha foi preso no mesmo dia que Mauro Cid. O secretário é acusado de incluir dados falsos de vacinação nos registros de Jair Bolsonaro no ConecteSUS.

Durante evento do PL Mulher, neste sábado (6), a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, defendeu o fim da cota de 30% para mulheres na política. A iniciativa tem como objetivo criar um cenário de equidade de gênero na esfera política e é prevista por lei.

"Queremos erradicar a cota dos 30%, queremos a mulher na política pelo seu potencial", disse. Mesmo se posicionando contra à cota para candidatas femininas, Michelle afirmou que sua missão é lutar para que "mais mulheres venham pra vida partidária".

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Ao lado do ex-presidente e marido, Jair Bolsonaro, a ex-primeira dama salientou que o PL "é um partido que cuida das mulheres". Na ocasião, Michelle Bolsonaro, em cerimônia na Assembleia Legislativa de São Paulo, aproveitou para afirmar que as mulheres não estão na política "pelo poder, a mulher entra na política por uma causa".

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