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Um balanço divulgado nesta sexta-feira (3) pelo Ministério da Saúde aponta que 40% da população brasileira - 64 milhões de pessoas - com mais de 18 anos já completaram o esquema de vacinação contra a Covid-19. No caso de aplicação de primeira dose, 132 milhões já estão nos braços dos brasileiros. O número representa que 83,4% do público-alvo de 160 milhões de adultos no país.

Na avaliação do Ministério da Saúde, o avanço da vacinação traz resultados positivos. Um dos principais é a queda na taxa de ocupação dos leitos de Covid-19, de enfermaria e UTI, que já está abaixo de 50% e dentro dos padrões de normalidade em 19 estados do país. As médias móveis de casos e óbitos também estão em queda e registraram, nos últimos dois meses, redução de 61% e 60%, respectivamente.

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Reflexos

"Vamos continuar avançando e contando com apoio de todos. Quando assumi o Ministério da Saúde o objetivo era vacinar 1 milhão de pessoas por dia, número que estamos atingindo com normalidade. Se continuarmos nesse ritmo será possível vacinar todo público-alvo do país com as duas doses até o mês de outubro", destacou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Desde o início da campanha, já foram distribuídas mais de 233,7 milhões de doses das vacinas contra Covid-19 pelo Programa Nacional de Imunização. No mês de agosto, houve recorde na distribuição de doses de imunizantes. Foram mais de 60,8 milhões para todos os estados e o Distrito Federal.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, desmentiu em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (2) que pediu ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para deixar o o cargo. Queiroga assumiu a pasta há pouco mais de cinco meses, mas, na tarde de hoje, diversos rumores surgiram nas redes sociais afirmando que o ministro tinha pedido para sair e que ficaria na função até o Planalto encontrar um substituto.

“Eu não sei a quem interessa essa indústria de boatos, de fake news, somente para tentar desestabilizar o governo inventando divisões no Ministério da Saúde. Eu nem pedi demissão, nem vou pedir demissão. Estarei no Ministério da Saúde até o dia que o presidente da República entender que eu sou útil à nação brasileira”, declarou Queiroga.

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O ministro salientou, durante a coletiva, que assumiu a pasta há pouco mais de cinco meses, com o País enfrentando uma situação sanitária “extremamente difícil”, provocada pela pandemia da Covid-19. “Hoje empreendemos uma das campanhas de vacinação contra a Covid mais bem sucedida do mundo. Há queda no número de casos, menor pressão sobre os hospitais, queda no número de óbitos e vamos vencer a pandemia”, pontuou.

O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), anunciou nesta quarta-feira (1º), o calendário de aplicação da terceira dose contra a Covid-19 - ou dose de reforço - nos idosos e adultos imunossuprimidos. Eles começam a receber o imunizante a partir da próxima segunda-feira (06). No entanto, o Ministério da Saúde "advertiu" que não garantirá o envio das vacinas. 

Durante coletiva na tarde de hoje, Dória garantiu que 7,2 milhões de pessoas poderão receber a dose de reforço no decorrer da campanha, sendo um milhão dessas já na primeira fase, que vai até o dia 10 de outubro. 

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“A vacinação de quem tem entre 60 e 69 anos é um diferencial do Estado de São Paulo e uma decisão do Governo de São Paulo fundamentada na decisão do nosso Comitê Científico. Diferentemente daquilo que o Governo Federal decidiu, acima de 70 anos, São Paulo decidiu fazer essa dose adicional para pessoas acima de 60 anos”, afirmou o governador de São Paulo.

No entanto, horas depois do anúncio de João Dória, o Ministério da Saúde divulgou uma nota advertindo que não garantirá o envio das vacinas para os estados e municípios que adotarem esquemas diferentes do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.

"Essas alterações nas recomendações do PNO podem influenciar na segurança e eficácia das vacinas na população e podem ainda acarretar a falta de doses do Plano Nacional de Vacinação para completar o esquema vacinal na população brasileira", salienta o Ministério da Saúde.

Em São Paulo, a primeira fase de imunização começa no dia 6 de setembro e será focada nas pessoas que têm 60 anos ou mais e que tomaram a segunda dose há seis meses, ou seja, entre fevereiro e março deste ano.  Além disso, o Governo de São Paulo garantiu que serão imunizados imunossuprimidos, a partir de 18 anos.

Confira a nota do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde adverte que não garante doses para os Estados e municípios que adotarem esquemas vacinais diferentes do que foi definido pelos representantes da União, Estados e municípios no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, como anunciado anteriormente pela pasta.

As decisões sobre a aplicação das doses de reforço para idosos e o adicional para imunossuprimidos, redução de intervalo entre as doses, intercambialidade de vacinas, vacinação de gestantes e adolescentes, entre outras, são baseadas em evidências científicas, ampla discussão entre especialistas, cenário epidemiológico, população-alvo, disponibilidade de doses e autorização de órgãos regulatórios, como a Anvisa.

Essas mudanças nas recomendações do PNO podem resultar na segurança e eficácia das vacinas na população e podem ainda acarretar a falta de doses do Plano Nacional de Vacinação para completar o esquema vacinal na população brasileira.

O Brasil registrou 298 novas mortes em decorrência da Covid-19 nas últimas 24 horas. De acordo com dados atualizados pelo Ministério da Saúde neste domingo (29) são 579.308 mortes causadas pelo novo coronavírus.

No mesmo intervalo, o País contabilizou 13.210 novos casos da doença. Com isso, chega a 20.741.815 o número total de casos de Covid-19 registrados.

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O boletim é feito com base nos dados enviados pelas secretarias estaduais de Saúde.

O Ministério da Saúde anunciou, neste sábado, um reforço para o Programa Saúde na Hora. Segundo o ministro Marcelo Queiroga, mais 373 unidades de saúde em 211 municípios brasileiros vão poder funcionar com horário estendido. Essas unidades vão receber, até dezembro do ano que vem, mais de 110 milhões de reais para garantir atendimento à população por um período maior.

O anúncio foi feito pelo ministro durante um evento em Gramado, na região serrana do Rio Grande do Sul. Queiroga foi ao município gaúcho anunciar novidades para o atendimento na Atenção Primária da cidade.

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A principal novidade foi a inauguração da Unidade Básica de Saúde do bairro Floresta, que recebeu 408 mil reais em recursos do governo federal. Durante a cerimônia, o ministro anunciou, ainda, a construção de um novo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em Gramado. O investimento previsto nessa obra é da ordem de um milhão e meio de reais.

Queiroga também disse que vai liberar outro milhão e meio de reais para construir uma nova Unidade Básica de Saúde na cidade gaúcha, que vai ficar localizada no Bairro Carniel.

O Ministério da Saúde anunciou, ainda, que já vacinou mais de 128 milhões de brasileiros acima de 18 anos com, pelo menos, a primeira dose da vacina contra Covid-19. Esse número corresponde a 80% da meta do governo federal de vacinar 160 milhões de brasileiros até o mês que vem.

Da Rádio Nacional em Brasília, Daniel Ito.

 

 

O Ministério da Saúde rescindiu o contrato para compra de vacinas da Covaxin com a Bharat Biotech, representada à época pela Precisa Medicamentos, que é investigada na CPI da Covid. A rescisão unilateral foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (27).

O contrato foi assinado em fevereiro deste ano para a entrega de 20 milhões de doses da vacina por R$ 1,6 bilhão. As doses nunca foram entregues e não houve aprovação para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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A Precisa não tentou reverter a rescisão, mas pediu ao Ministério da Saúde a isenção da aplicação de multa, a possibilidade de poder continuar contratando com a administração pública e a restituição da garantia de execução, equivalente a R$ 80,7 milhões. A pasta não informou se acatou os pedidos ou se vai impor punições.

A informação da rescisão foi divulgada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede), vice-presidente da CPI da Covid. "A CPI impediu um golpe de mais de 1 BILHÃO de reais do povo brasileiro", escreveu.

A compra da vacina indiana passou a ser investigada na CPI após ser apontado um esquema irregular na contratação do imunizante. A Polícia Federal e o Ministério Público investigam o caso.

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Os senadores da CPI da Pandemia apresentaram, nesta quinta-feira (26), o passo a passo existente no Ministério da Saúde para fraudar licitações e beneficiar a empresa Precisa Medicamentos. Apesar de o depoente José Ricardo Santana se negar a responder a maior parte das perguntas dos parlamentares durante seu depoimento à Comissão, ele passou à condição de investigado diante de áudios e outros documentos que apontaram ilicitudes na sua intermediação para venda irregular de testes e vacinas anticovid.

O relator Renan Calheiros (MDB-AL) e o vice-presidente da Comissão, senador Randolfe Rodrigues, apontaram, a partir de documentos recebidos pela CPI, os detalhes do esquema que desclassificou empresas vencedoras de processos licitatórios para a venda de testes de covid — a Abbott e a Bahiafarma —em benefício da Precisa.

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Em mensagens de posse da CPI, o ex-diretor do Departamento de Logística (Delog) do Ministério da Saúde, Roberto Dias – chamado de Bob — aparece como o grande responsável por possibilitar a viabilização do esquema de fraudes dentro do ministério. Ouvido pela CPI, em 7 de julho, Dias recebeu voz de prisão ao final de seu depoimento aos senadores.

Dois grupos agiram juntos, segundo o senador Randolfe: o do depoente, que tem familiaridade e intimidade com Dias, e o da Precisa, representada pelo advogado Marconny Faria, pelo proprietário da empresa Francisco Maximiano, o diretor Danilo Trento e outros nomes da empresa.

Mensagem encaminhada por Maximiano a Marconny, no dia 4 de junho de 2020, detalha o esquema. As orientações foram repassadas posteriormente a Santana, para que ele as enviasse a Dias, que era quem iria fazer a operação.

“Bob avoca o processo que está na Dintec, pode alegar necessidade de revisão de atos; Dintec devolve sem manifestações; Bob determina que a análise deve ser feita nos termos do projeto básico, de acordo com a ordem das empresas apresentadas pela área técnica que avaliou a especificação técnica do produto; a área técnica da Dlog solicita, dos seis primeiros classificados pela Saps, a última manifestação, datada de 6 de maio – veja os detalhes que tinha, senhor presidente –, em até dois dias úteis improrrogáveis e de caráter desclassificatório, a apresentação da amostra de 100 testes e os documentos exigidos no PB para habilitação, dentre eles a DDR (Declaração do Detentor de Regularização) do produto, que autoriza a importação de mercadorias por terceiros. A Dlog analisa...Enfim, o último item, senhor relator: empenha e contrata", explica Randolfe.

Essa era a arquitetura da fraude em licitação que deveria vir a ocorrer para desclassificar duas empresas que já tinham vencido o certame licitatório e beneficiar a Precisa, segundo o vice-presidente da CPI, e que acabou sendo inviabilizada por conta de investigação da Polícia Federal.

“A própria história da corrupção do Brasil, de que se tem notícia desde o descobrimento, talvez seja — esse documento é inédito por isso — a primeira vez que alguém descreve o caminho do crime", expôs Renan, ao destacar ainda que a Precisa também vendeu testes para o Distrito Federal, para o Mato Grosso e outros Estados, assim como conseguiu firmar contratos para a venda de preservativos ao ministério.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) destacou a entrega do teste Livzon pela Precisa ao Governo do Distrito Federal.

“Eu acredito que esse Livzon, que estava sendo devolvido no mundo todo, deve ter sido adquirido a preço de banana, ou até mesmo adquirido como descarte, e foi entregue exatamente ao GDF. E por isso que eu não tenho nenhuma dúvida de que milhares de pessoas, talvez centenas aqui no DF, morreram na expectativa de que tinham feito o teste e de que o teste tinha algum valor. E realmente não tinha", frisou.

*Da Agência Senado

 

Nesta terça-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que a vacina contra a Covid-19 não será obrigatória no Brasil. Além disso, ele voltou a afirmar que, via Ministério da Saúde, vai "sugerir" que o uso da máscara no país seja opcional.

"Nós já vacinamos bem mais da metade da população adulta e estamos na iminência de sugerir que o uso de máscara seja opcional", disse Bolsonaro durante entrevista para a Rádio Farol, de Alagoas. 

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Mesmo diante do avanço da variante Delta no país, que é considerada mais letal, o chefe do Executivo afirmou que, mesmo a imunização sendo "uma realidade" no Brasil, não irá "obrigar ninguém a tomar a vacina".

"Nós esperamos que até o final de dezembro todos os voluntários, que pra nós a vacinação é pra quem for voluntário - da nossa parte não obrigaremos ninguém a tomar a vacina - espero que até dezembro, toda população acima de 18 anos esteja vacinada", salientou.

Na segunda-feira (23), em entrevista à Rádio Nova Regional, do Vale da Ribeira, São Paulo, o presidente comparou as vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil com o "tratamento precoce", afirmando que são experimentais e estão sendo usadas de forma emergencial. 

Além disso, Bolsonaro destacou que o país vai ter que conviver com a Covid-19 que "infelizmente, veio para ficar". Ele assegura que está conversando com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre soluções para isso.

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-> Variante Delta avança e 3ª dose ainda está sendo discutida

Mais 4 milhões de doses da vacina do Butantan contra a Covid-19 foram entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) na manhã desta segunda-feira (23). Com o novo lote, o Governo de São Paulo e o Instituto Butantan chegam à marca de 78,8 milhões de imunizantes fornecidos ao Ministério da Saúde para vacinação de brasileiros.

O total de liberações já feitas representa 78% das 100 milhões de doses contratadas pelo Ministério da Saúde para a vacinação de brasileiros em todo país.

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A entrega de hoje faz parte da leva de vacinas fabricadas com o lote recorde de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) entregue pela farmacêutica chinesa Sinovac ao Butantan no dia 13 de julho. Na ocasião, chegou ao instituto um total de 12 mil litros da matéria-prima usada para a fabricação dos imunizantes.

A matéria-prima foi envasada no complexo fabril do instiututo, na zona oeste da cidade de São Paulo, e passou por etapas como embalagem, rotulagem e controle de qualidade das doses.

As vacinas liberadas nesta manhã fazem parte do segundo contrato firmado com o Ministério da Saúde, com 54 milhões de doses. O primeiro, de 46 milhões, foi concluído em 12 de maio. As entregas foram iniciadas em 17 de janeiro deste ano, quando o uso emergencial do imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski determinou hoje (20) que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia adote medidas para garantir a confidencialidade das quebras de sigilo fiscal e bancário autorizadas pelo colegiado.

A decisão do ministro foi motivada por uma ação protocolada pela defesa da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro. Além de contestar a quebra de sigilo, a defesa disse que a CPI deveria ter mantido o sigilo dos dados ao receber as informações bancárias e fiscais.

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Segundo Lewandowski, em decisão anterior, foram determinadas regras para evitar a quebra de confidencialidade de informações dos investigados, como acesso exclusivo por integrantes da CPI. Os dados só poderiam vir a público após o encerramento dos trabalhos da comissão.

“Diante do exposto, dou provimento parcial à presente reclamação para determinar ao presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Pandemia da Covid-19, senador Omar Aziz [PSD-AM], que adote, no prazo de 5 (cinco) dias, providências que garantam a confidencialidade do material arrecadado mediante quebras de sigilo autorizadas pelo colegiado, comunicando-as a esta Suprema Corte”, decidiu o ministro.

Lewandowski também determinou que a CPI, caso entenda, determine a abertura de investigação na Corregedoria do Senado Federal para apurar o vazamento de documentos relacionadas à secretária Mayra Pinheiro.

 

O mundo científico está discutindo a necessidade da dose de reforço das vacinas contra a Covid-19. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu dois pedidos de autorização para pesquisa clínica a fim de investigar os efeitos de uma dose de reforço contra o novo coronavírus. 

O primeiro estudo é da Pfizer/BioNTech, que avalia a segurança e o benefício de uma dose de reforço da sua vacina Comirnaty. O segundo caso é do laboratório AstraZeneca, que desenvolveu uma segunda versão do imunizante que está em uso no Brasil, buscando a proteção contra a variante B.1.351 do Sars-CoV-2, identificado primeiro na África do Sul.

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Um dos braços do estudo prevê que uma dose da nova versão da vacina seja aplicada em pessoas que foram vacinadas com duas doses da versão original da AstraZeneca. 

Diante do atual cenário pandêmico do país, que enfrenta o avanço da variante Delta, A Anvisa está recomendando que o Programa Nacional de Imunização (PNI) considere a possibilidade de indicar a dose de reforço da CoronaVac em caráter experimental para grupos que receberam duas doses da mesma vacina, priorizando públicos-alvo como pacientes imunocomprometidos ou idosos. 

A diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, alerta que antes do avanço das doses adicionais, é preciso atentar para a necessidade de ampliação e integralidade da cobertura vacinal para todos os cidadãos aptos. "É prioritário que essa cobertura seja integral, com a aplicação de duas doses ou dose única, conforme a vacina", avalia.

O que mostra os estudos

Dois estudos feitos pela farmacêutica Sinovac, que produz a CoronaVac em parceria com o Instituto Butantan, verificou que a dose de reforço da vacina aumenta a imunidade das pessoas, seja 28 dias, seis ou oito meses após a aplicação das duas primeiras doses. 

Para esses primeiros resultados, a Sinovac testou adultos chineses de 18 a 59 anos e idosos acima dos 60 anos. Nenhum dos estudos verificou efeitos adversos graves nos pacientes, sendo comum apenas a dor no local da aplicação do imunizante.

Ministro confirma 3ª dose

Na última quarta-feira (18), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que a pasta irá aplicar a dose de reforço, começando pelos profissionais da saúde e idosos. Queiroga diz que o objetivo é reforçar a proteção contra a Covid-19 diante do avanço de variantes no Brasil, em especial a Delta - considerada mais letal.

Ao LeiaJá, o Ministério da Saúde "informou que ainda não tem uma data de quando esse reforço deve começar no país e que espera por dados científicos que embasem a necessidade da terceira dose. A pasta não disse se dispõe de doses suficientes para iniciar este reforço, se haverá a necessidade da compra de mais imunizantes e qual vacina será necessária para essa maior cobertura da imunização”.

Reforço começa no Rio

O secretário municipal do Rio de Janeiro disse na última segunda-feira (16), que idosos da Ilha de Paquetá irão receber, ainda neste mês, a dose de reforço contra o novo coronavírus. As doses serão aplicadas como parte do estudo realizado na ilha, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz. 

Esta terceira dose fará parte do estudo de observação dos efeitos da vacinação heteróloga, quando são aplicadas doses de vacinas diferentes em uma mesma doença.

Avanço da variante Delta no Brasil

Recente levantamento do Ministério da Saúde mostra que o Brasil já confirmou 1.051 casos da variante Delta, que deixou 41 vítimas fatais. Esta cepa da Covid-19 é considerada mais transmissível que as outras e mais letal. A variante já circula em 13 estados e no Distrito Federal. 

Na quarta-feira (20), o Governo de Pernambuco confirmou que as investigações epidemiológicas realizadas pelos municípios indicam que a variante Delta já circula no território. No dia 12 de agosto, a Secretaria de Saúde divulgou que dois homens, de 24 e 59 anos, tiveram as suas amostras positivas para a variante. Eles são moradores de Olinda e Abreu e Lima.

Ainda não foi possível rastrear a origem da infecção em Pernambuco, o que - segundo a Secretaria de Saúde - comprova que o vírus circula entre as pessoas, independente de terem viajado ou não para locais onde há registros de casos. 

“Com os resultados encontrados até o momento, não conseguimos identificar os casos que positivaram para a doença antes desses pacientes. Seguiremos reforçando o sequenciamento genético das amostras, principalmente dos contactantes relacionados aos dois pacientes, para rastrear a possível presença da Delta no Estado”, reforçou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

O secretário destacou ainda que a circulação da variante Delta em Pernambuco reforça a importância dos cuidados e, principalmente, da vacinação contra a Covid-19. 

“É fundamental que a população entenda a necessidade do uso correto de máscaras, do distanciamento social e da higienização adequada das mãos. É necessário compromisso e responsabilidade. A pandemia não acabou. O vírus continua circulando, com a introdução de variantes preocupantes, como é o caso da Delta. Completar o esquema vacinal, com as duas doses, é essencial para a eficácia da imunização", ressaltou Longo. 

Pelo menos três parentes diretos do ex-ministro da Saúde e atual secretário especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Eduardo Pazuello, teriam recebido o auxílio emergencial entre 2020 e 2021. A informação é do colunista do portal Metrópoles, Caio Barbieri. O recurso, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), é direcionado para pessoas em situação de vulnerabilidade durante a pandemia.

Entre os familiares beneficiados, segundo o colunista, está Sthephanie dos Santos Pazuello, filha do general da ativa do Exército. Durante a gestão do militar na Saúde, no ano passado, a primogênita supostamente recebeu R$ 2,4 mil dos cofres públicos, em parcelas nos meses de abril e julho. Barbieri afirma que os dados são do Portal da Transparência, mantido pela Controladoria-Geral da União (CGU).

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Sthephanie tem 35 anos e, em janeiro deste ano, foi indicada para um cargo na Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SESAU-RJ). O cargo, de acordo com a publicação no Diário Oficial, seria o de assistente da secretaria, com o salário fixado em R$ 1.884,00.

A reportagem do Metrópoles aponta ainda que em julho do ano passado, a herdeira tinha um cargo comissionado na empresa pública Rio Saúde, com a renda mensal de R$ 7.171,00.

Além da filha de Pazuello, também constam na lista dos beneficiados os nomes dos sobrinhos do ex-ministro, filhos da irmã mais velha e administradora das empresas da família, Cynthia Pazuello. Para a Receita Federal, a empresária declara o capital social de R$ 1,2 milhão.

O filho mais novo da empresária, David Pazuello Franco de Sá, que mora no mesmo apartamento que a mãe, em Manaus (AM), recebeu R$ 4,2 mil do auxílio emergencial do ano passado, divididos em parcelas creditadas de abril a dezembro de 2020.

Conforme a matéria, a irmã do rapaz, Raquel Pazuello Silva, também recebeu o dinheiro extra, mesmo morando na Califórnia, nos Estados Unidos. A engenheira elétrica sacou R$ 3,3 mil do programa destinado a pessoas de baixa renda. Os repasses aconteceram entre julho e dezembro do ano passado, em parcelas que variam de R$ 300 a R$ 600.

 

Na tarde desta quinta-feira (12), o secretário estadual de Saúde André Longo afirmou que não compactua com a afirmação do ministro da Saúde Marcelo Queiroga de que o uso da máscara deve acabar até o final do ano no Brasil. Para Longo, a máscara é fundamental até que todos tenham segurança de que há controle efetivo da Covid-19.

“A gente está vendo outros países voltarem atrás em medidas de liberação do uso de máscaras, necessitando fazer ações inclusive mais restritivas por conta especialmente da introdução de novas variantes”, declara.

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O secretário estadual reforça que neste momento, o mundo está preocupado, especialmente, com a variante Delta, que pode agravar mais e levar à morte as pessoas que pegam o novo coronavírus. “Não é momento de abdicar de nenhum cuidado. É momento de reforçar o cuidado, usar a máscara sempre que for sair de casa e cuidar da higiene”, acentua.

O discurso de André Longo vai de encontro ao que foi afirmado pelo ministro Marcelo Queiroga. Durante a inauguração de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no Paranoá, em Brasília, Queiroga defendeu o fim da obrigatoriedade do uso das máscaras em público no país. 

"Garanto a vocês, em nome do Bolsonaro, até o final do ano toda a população brasileira estará vacinada. Até o final do ano, poremos fim ao caráter pandêmico dessa doença no Brasil e vamos poder tirar de uma vez por todas essas máscaras, e desmascarar aqueles que, mesmo que nunca tenham usado máscaras, precisam ser desmascarados”, assegurou.

Em uma atitude estranha, o Ministério da Saúde colocou documentos da compra de vacinas da Covaxin em sigilo. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) teve acesso ao material sobre a negociação suspeita de superfaturamento em julho, mas o acesso ao público ficou restrito após a imposição do Governo Federal.

Após solicitar informações por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) sobre os valores tratados com a Precisa Medicamentos, que intermediava o laboratório Bharat Biotech no Brasil, a pasta apenas informou que o acesso está "suspenso e restrito no momento" por estar em fase "preparatória", conforme publicação da Crusoé.

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Prejudicial ao inquérito

Apesar de ressaltar o trâmite interno, no dia 29 de julho a Saúde já havia repassado que havia cancelado o contrato do imunizante. Para justificar o caráter sigiloso, o ministério apontou que as informações "constituem fundamento de tomada de decisão, podendo sua divulgação prejudicar o andamento".

O Governo ainda acrescentou que a suspensão do acesso às informações "não caracteriza sua conclusão e encerramento".

Airton Cascavel negou que tenha atuado como um “ministro de fato” na gestão do general Eduardo Pazuello na Saúde. Ele disse que tinha a função de “facilitador” na relação entre a pasta, estados e municípios.

"Nunca houve um processo de terceirização de competência. Eu trabalhava na interlocução com prefeitos e secretários. Tinha ali uma relação de diálogo permanente da ponta, da base com o ministério. Era um facilitador", disse.

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Cascavel admitiu que, antes de ser nomeado para o cargo de assessor, atuou extraoficialmente junto ao ministério. Ele disse que era um “interlocutor” do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Renan Calheiros (MDB-AL) quis saber sobre a informação de que o Palácio do Planalto tinha resistência em nomear o depoente para o cargo de assessor no Ministério da Saúde em razão de denúncias de corrupção. Airton Cascavel disse que tomou conhecimento de “boatos” contra a sua nomeação e que responde a processos na Justiça Eleitoral. No entanto, segundo a testemunha, naquele momento, houve “um chamamento maior” para que ele assumisse a articulação institucional. Ele afirmou que a ala militar não teria “traquejo político” para essa função.

Airton Cascavel conheceu Pazuello na Operação Acolhida

O ex-deputado Airton Cascavel abriu seu depoimento fazendo um apelo para que os brasileiros se vacinem, continuem usando máscara e respeitem o distanciamento social, pois a pandemia ainda não acabou.

Ele relatou que conheceu o general Eduardo Pazuello na Operação Acolhida, criada para receber os venezuelanos que chegavam a Roraima. Em 2020, foi convidado pelo militar para o Ministério da Saúde para fazer articulação política e institucional, quando Pazuello era secretário-executivo do então ministro Nelson Teich. 

*Da Agência Senado

Na retomada dos depoimentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado, nesta terça-feira (3), o reverendo Amílton Gomes de Paula foi o primeiro a ser ouvido. A CPI investiga se ele teria tentado intermediar a aquisição de vacinas contra a covid-19 pelo governo brasileiro por meio da empresa Davati Medical Supply. Aos senadores, ele negou conhecer pessoas ou ter influência para intermediar a negociação. O reverendo disse que, por meio de e-mails enviados por ele à pasta, conseguiu três reuniões com a cúpula do ministério.

As audiências ocorreram nos dias 22 de fevereiro e 2 e 12 de março deste ano. “Eu não tinha contatos. Os contatos que eu tinha eram sempre de forma formal, eletrônica”, garantiu.

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Fundador da Secretaria Nacional de Assuntos Religiosos (Senah), uma organização sem fins lucrativos (ONG), Amilton de Paula afirmou que sua atuação se limitou a indicar para o Ministério da Saúde alguém que teria imunizantes. Ele disse também que foi usado pela Davati Medical Supply, empresa investigada pela comissão por suas tratativas sobre vacinas com o governo federal.

O reverendo explicou que foi procurado pelo policial militar Luiz Paulo Dominghetti, suposto negociante de vacinas, no dia 16 de fevereiro, e que na ocasião Dominghetti teria comentado sobre a entrega de 400 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeca em até oito dias, por US$ 3,97 a dose. “Entendemos que fomos usados de maneira ardilosa para fins espúrios e que desconhecemos. Vimos um trabalho de mais de 22 anos de uma ONG, entidade séria, voltada para ações humanitárias, educacionais, jogado na lama, trazendo prejuízo na sua credibilidade e atingindo seus integrantes nas relações profissionais e familiares”, avaliou.

Sobre a primeira audiência no Ministério da Saúde, no dia 22 de fevereiro, às 12h50, Amilton de Paula disse que encaminhou um e-mail ao Ministério da Saúde solicitando um encontro para o mesmo dia, às 16h30. O assunto seria a compra das vacinas e o reverendo foi atendido prontamente. “O senhor mandou e-mail às 12h, apontou o horário que queria ser recebido e no mesmo dia isso ocorreu. Queria essa eficiência do governo também com a Pfizer. O que nos espanta é que farmacêuticas de todo o mundo não tiveram esse tipo de tratamento”, disse o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues ( Rede-AP).

O presidente do colegiado, senador Omar Aziz (MDB-AM), também disse não acreditar na versão. Aziz comentou que se ele levasse uma comitiva de prefeitos de qualquer lugar do país ao ministério teria dificuldade para ter um espaço na agenda, principalmente numa época de pandemia.

Ao reafirmar por diversas vezes que não tinha contatos no governo federal, o reverendo explicou porque acha que foi atendido prontamente com o pedido de audiência. “Fui lá como embaixador mundial da paz”, disse. “Imagino que por causa da escassez [de vacinas] que estávamos vivendo, fomos recebidos”, acrescentou.

No dia 12 de março, data que teria tido a última reunião no Ministério da Saúde, o encontro foi com o então secretário-executivo da pasta, coronel Élcio Franco. No encontro, houve a apresentação da oferta de 400 milhões de doses de vacina da Astrazeneca. “A reunião foi muito rápida”, destacou Amilton.

Quebras de sigilo

Nesta nova etapa da comissão deve aprofundar as investigações sobre negociações de vacinas envolvendo intermediários sem o aval de fabricantes estrangeiros. Na primeira parte da reunião de hoje, durante votação de requerimentos, 129 dos 135 requerimentos que estavam na pauta foram aprovados. Um deles foi a quebra de sigilo da empresa VTCLog, atual encarregada da logística para a entrega de vacinas.

Outro aprovado é o que quebra os sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR). Barros foi citado no depoimento dos irmãos Luís Ricardo, servidor do Ministério da Saúde, e Luís Miranda, deputado federal (DEM-DF), como envolvido em um suposto esquema de corrupção na compra da vacina Covaxin. Luís Miranda também teve os sigilos quebrados.

Ainda entre os requerimentos aprovados há um pedido de afastamento de Mayra Pinheiro do cargo de secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, além da nova convocação do ex-secretário executivo da pasta Élcio Franco.

 

Negando ter contatos no Ministério da Saúde, o reverendo Amilton Gomes de Paula disse que enviou e-mail à Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, para marcar reunião no dia 22 de fevereiro, às 16h30, com vistas à “apresentação e possível negociação da vacina AstraZeneca”.

O reverendo afirmou que foi recebido na data pelo então diretor de Imunização e Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde do ministério Lauricio Monteiro Cruz.

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Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) questionaram a facilidade e a rapidez com que Amilton de Paula foi recebido, diante do fato de não ter contatos no ministério.

"O senhor mandou o e-mail às 12h, apontou o horário a ser recebido [16h30] e houve a reunião. Queria essa eficiência do serviço público para a Pfizer", afirmou o senador Randolfe.

Após Renan e Randolfe perguntarem ao reverendo Amilton o que explicaria o seu prestígio por ter sido recebido no Ministério  da Saúde no mesmo dia em que encaminhou e-mail, enquanto laboratórios eram ignorados pelo governo, o religioso afirmou que foi pela "urgência da demanda e escassez" de vacinas. Amilton negou conhecer alguém na pasta.

Reverendo diz desconhecer oferta de propina para vacinas

Ao senador Eduardo Braga (MDB-AM), o reverendo Amilton disse desconhecer a denúncia do pedido de propina de US$ 1 por dose da vacina AstraZeneca, como afirmou à CPI o policial Dominguetti Pereira, representante da empresa Davati, à CPI.

O reverendo disse ainda que conversou duas vezes com o CEO da Davati, Herman Cadenas, que teria lhe garantido que tinha vacinas para serem comercializadas.

Braga destacou que, em recente entrevista televisiva, Cadenas assegurou que tinha prioridade de alocação e não vacinas propriamente.

*Da Agência Senado

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, disse, neste sábado (31), que a pasta espera receber entre 60 milhões e 63 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 em agosto. Em entrevista à CNN Brasil, Cruz afirmou que a quantidade pode se aproximar de 80 milhões de doses caso o Instituto Butantan consiga antecipar seu cronograma de entregas.

Cruz informou que a expectativa da pasta é conseguir estabelecer um ritmo de entrega de doses duas vezes por semana, toda segunda-feira e quinta-feira. Segundo o secretário, os ajustes de ritmo de distribuição das vacinas devem evitar que cidades fiquem sem imunizantes para aplicar. "Hoje estão sendo entregues mais de 6 milhões de doses para todos os municípios", afirmou.

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Segundo Cruz, assim que a pasta distribuir aos Estados doses suficientes para imunizar todos os cerca de 160 milhões de brasileiros com mais de 18 anos, a expectativa é que se libere a vacinação de adolescentes no País. Cruz estimou que a imunização de adolescentes pode começar entre setembro e outubro.

O secretário confirmou ainda que a pasta realiza um estudo para determinar quando será possível encerrar a orientação de uso de máscaras pela população, mas afirmou que a recomendação do Ministério da Saúde continua sendo de manutenção das medidas de distanciamento físico e do uso de máscaras.

Após entrar em mais uma polêmica ao nomear a própria namorada para dirigir a Secretaria de Atenção Primária da Saúde, o relacionamento do ex-ministro da pasta, Eduardo Pazuello, com Laura Appi parece que trouxe uma nova dor de cabeça ao general.

De acordo com os dados oficiais, foi desembolsado cerca de R$ 54 mil do Governo Federal para que ela o acompanhasse em viagens durante sua gestão.

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As informações do Portal da Transparência apontam que, entre maio de 2020 e março deste ano, o Ministério da Saúde gastou R$ 29.538,72 para custear as diárias e R$ 24.497,52 em passagens e mais diárias da primeira-tenente de 33 anos, que passou a comandar um dos principais eixos da Saúde.

Laura também é infectologista, mas concluiu a formação em 2018 e não teve tanto tempo para adquirir experiência. A colunista Mônica Bergamo explica que, no campo da justificativa do uso dos valores, a militar se apresentou como acompanhante de Pazuello em, pelo menos, nove viagens.

Já o gasto com o ex-ministro, de 58 anos, em diárias e ajuda de custo no mesmo período foi de R$ 88,5 mil. Ao lado do general, ela sugeriu a mudança do protocolo anticovid com remédios sem eficácia, como hidroxicloroquina e azitromicina.

No dia da sua nomeação, em 20 de março, a pasta divulgou um termo de consentimento para autorização do uso das substâncias no falso tratamento precoce da infecção.  

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que o governo encomendou um estudo para avaliar a necessidade e os efeitos de uma possível terceira dose de imunizante para aqueles que receberam a CoronaVac há mais de seis meses. Em parceria com a Universidade de Oxford, a pesquisa deve começar na semana que vem, com 1200 participantes, moradores das cidades de São Paulo (SP) e Salvador (BA).

Segundo a coordenadora do trabalho, que também conversou com os jornalistas, Sue Ane Clemens, os voluntários serão divididos em quatro grupos - com 300 pessoas cada - e todos receberão um reforço diferente: Pfizer, AstraZeneca, Janssen e a própria CoronaVac.

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Dessa forma, a pesquisa vai analisar também a intercambialidade de vacinas e a capacidade de desenvolvimento de anticorpos dos participantes. Não foram dados muitos detalhes sobre o escopo da pesquisa, mas, ainda de acordo com Clemens, os resultados devem sair em novembro. Caso a terceira dose seja considerada necessária, estima-se que a aplicação comece até o final do ano.

O Instituto Butantan, fabricante da CoronaVac no Brasil, não vai participar da pesquisa, que na capital paulista vai ser administrada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Em coletiva de imprensa, o presidente do instituto, Dimas Covas, afirmou achar o estudo “bom”, mas mostrou-se insatisfeito por não ter sido avisado pelo Ministério da Saúde. “Poderíamos, sem dúvida, ter sido comunicados. Isso seria uma medida de extrema gentileza e educação para com o produtor da vacina”.

Será preciso vacinar os idosos novamente?

O debate sobre a proteção da CoronaVac para pessoas idosas reacendeu após a publicação de um estudo preliminar realizado em São Paulo (SP) pelo grupo Vaccine Effectiveness in Brazil Against Covid-19 (Vebra Covid-19), que envolve pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, Incor, Universidade de Brasília (Unb) e outras instituições nacionais e internacionais. O financiamento é da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).

Ao avaliar informações de pessoas vacinadas, os autores já haviam detectado que o efeito contra a doença sintomática caía com a idade. De maneira geral, a proteção para maiores de 70 anos foi de 59% contra hospitalizações e 71,4% contra mortes, o que não é ruim.

No entanto, a mesma efetividade foi bem menor para pessoas com mais de 80%: apenas 43% contra hospitalizações e 50% contra óbitos. Embora o estudo ainda não esteja publicado em uma revista científica e nem tenha passado pela revisão de pares, a pesquisa chamou atenção de especialistas.

Ao G1, o infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz e um dos autores, afirmou que “teremos que, muito provavelmente, discutir com os dados de hospitalização e óbitos se devemos ou não priorizar esse grupo para revacinação quando isso [queda da efetividade] começar a acontecer”.

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