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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discutirá às 15h desta quarta-feira (19) a implementação do autoteste de Covid-19 no país, após nota do Ministério da Saúde solicitando a comercialização do insumo. No entanto, alguns técnicos da reguladora avaliam o documento do Governo Federal como insuficiente, pois não apresenta plano de implementação ou política pública de acompanhamento, o que a Agência comunicou ser uma exigência. A informação é da jornalista Andréia Sadi, do G1. 

De acordo com o blog, que ouviu técnicos da Anvisa, a nota não detalha como será feita, por exemplo, a inserção de dados de notificação do resultado dos testes, tampouco explica como o ministério fará a distribuição pelo Sistema Único de Saúde. 

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O documento trata unicamente sobre orientações de venda e de uso do autoteste nas farmácias. Os membros da Anvisa ouvidos pela reportagem acreditam que a medida é falha por ainda ser excludente com a população de baixa renda, que não é diretamente contemplada pela comercialização; e também porque a nota coloca técnicos de farmácia e farmacêuticos como os responsáveis pela orientação da população sobre os resultados. 

Em um trecho da nota sobre interpretação de resultados, por exemplo, o documento da Saúde diz que cabe ao farmacêutico ou ao farmacêutico responsável técnico "orientar às pessoas que adquirirem os testes conforme o resultado". Diante dessas impressões, trocadas em análises internas, o clima na Anvisa é de frustração com o documento e preocupação com o que chamam de "lacunas" do pedido. 

A Anvisa, como disse o diretor da agência à GloboNews na semana passada, não quer perder tempo para liberar o autoteste, mas aguarda uma política pública detalhada sobre o tema. 

Após o Governo de São Paulo sair na frente e vacinar a primeira criança brasileira contra a Covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que João Doria (PSDB) está usando as vacinas do governo federal para fazer palanque eleitoral.

"O político João Doria subestima a população. Está com as vacinas do governo brasileiro e do povo brasileiro em mãos fazendo palanque. Acha que isso vai tirá-lo dos 3%. Desista! Seu marketing não vai mudar a face da sua gestão. Os paulistas merecem alguém melhor", publicou o ministro nas suas redes sociais.

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Queiroga alegou2 que as vacinas pediátricas "chegaram em tempo recorde. Logo após autorização da agência reguladora a farmacêutica começou a produzir as doses e garantiu que esse era o melhor cronograma possível. O Ministério da Saúde garante que todos os pais que quiserem se vacinar terão vacinas", disse.

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Vacina pediátrica em São Paulo

A primeira criança vacinada contra Covid-19 no Brasil é um garoto indígena de 8 anos. Davi Seremramiwe Xavante vem periodicamente a São Paulo para um tratamento de saúde no Hospital das Clínicas da USP. O Governador João Doria acompanhou o início da campanha estadual para crianças de 5 a 11 anos no início da tarde desta sexta-feira (14).

“O Davi é a primeira criança brasileira a receber a vacina para imunização contra a Covid-19. É um momento histórico para o Brasil. Praticamente um ano após São Paulo iniciar a vacinação aqui no Hospital das Clínicas”, disse o governador.

A campanha de vacinação infantil em São Paulo começou imediatamente após a entrega do lote inicial de 234 mil vacinas pediátricas da Pfizer à Secretaria de Estado da Saúde. As equipes da pasta receberam o imunizante no final da manhã desta sexta, e a distribuição para todas as regiões do estado será iniciada até o final da tarde.

Nesta primeira etapa da campanha de vacinação infantil, o Plano Estadual de Imunização recomenda que as 645 prefeituras do estado priorizem crianças de 5 a 11 anos com comorbidades, deficiência, indígenas e quilombolas. A estimativa é que 850 mil menores nestas condições sejam vacinados de forma prioritária.

O Governo de São Paulo reclama que o Ministério da Saúde encaminhou apenas 234 mil doses para a Secretaria de São Paulo nesta sexta. A expectativa do Governo do Estado é que o órgão federal encaminhe novos lotes a partir da próxima semana.

A demanda por doses contra o surto da gripe secou os estoques de vacina no Recife e obrigou a Prefeitura a solicitar mais de 160 mil doses ao Ministério da Saúde nessa sexta-feira (7). O levantamento oficial aponta que só restam 3.680 doses remanescentes da campanha do ano passado e considera o esgotamento das reservas. 

O prefeito João Campos (PSB) pressionou o Governo Federal e disse que o envio de novas remessas é fundamental para ampliar a distribuição à população. "Aqui no Recife, por exemplo, o nosso estoque termina no dia de hoje, tendo em vista a vacinação acelerada e cada vez mais intensa que estamos nós fazendo para garantir uma cobertura vacinal ampla”, constatou.

Com a epidemia que atravessa a pandemia da Covid-19, o índice diário de casos confirmados para H3N2 saltou de 8 para 138 entre 13 e 29 de dezembro, com picos de 314 casos no dia 27.

Ao todo, 599 mil doses contra a gripe foram aplicadas no Recife e, só entre 21 de dezembro do ano passado e a última quin ta (6), 91.624 vacinas foram disponibilizadas pela rede municipal de Saúde nas 150 salas de imunização e nos cinco shoppings da cidade, de segunda à sexta, das 8h às 16h. Ações itinerantes em locais vulneráveis também compõem o plano municipal.

Além do reforço de profissionais da saúde, 70 leitos foram abertos para pacientes com quadro de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI) junto com mais dois pontos de testagem para a H3N2 no no Parque Urbano na Macaxeira e no Compaz Ariano Suassuna.

Como vice-presidente de Relações Institucionais do Consórcio Conectar, que reune mais de 2 mil municípios, João Campos ainda enviou um ofício ao Ministério da Saúde para fornecer mais medicamentos e estrutura para o combate à gripe.

“Precisamos de um reforço de estrutura tanto pra montagem de estruturas de fixas e móveis para aumentar a capacidade de testagem e também o aumento do número de remédios antivirais. Com esses remédios é possível tratar de maneira imediata a influenza e os estoques nos municípios brasileiros estão bastante reduzidos”, reiterou o gestor.

Uma Portaria do Ministério da Saúde - 99/202- 2 - publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (6), prorroga, por um ano, o contrato de um grupo de 19 profissionais com o Projeto Mais Médicos para o Brasil.

Pela norma a prorrogação se dará automaticamente a partir do primeiro dia após o vencimento do Termo de Adesão e Compromisso original. Caso o participante não tenha interesse na prorrogação, deverá acessar o Sistema de Gerenciamento de Programas (SGP), no período de 6 a 7 de janeiro de 2022, e manifestar formalmente o desinteresse em continuar no programa. Nas situações em que o gestor municipal não tenha interesse na permanência do participante por um ano no Projeto, deverá acessar o SGP, exclusivamente no período de 6 a 7 de janeiro de 2022, e manifestar formalmente o desinteresse na prorrogação, expressando o motivo da recusa.

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O participante com prorrogação automática da adesão deverá, obrigatoriamente, entregar ao gestor municipal, até o dia 30 de janeiro de 2022, o Termo Aditivo ao Termo de Adesão e Compromisso, em duas vias, devidamente preenchido e assinado, o que implicará, para todo e qualquer efeito, em concordância de forma expressa com todas as condições, normas e exigências estabelecidas no Edital e demais normativos que regulamentam o Projeto.

Cabe ao gestor municipal receber os documentos exigidos na Portaria, e mantê-los sob sua guarda, com disponibilização ao Ministério da Saúde quando requerido. O resultado da  prorrogação automática, será disponibilizado no endereço eletrônico.

O Ministério da Saúde autorizou nesta quarta-feira, 5, a aplicação da vacina contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos sem exigência de prescrição médica. O intervalo da aplicação das duas doses pediátricas será de 8 semanas e a imunização começa ainda em janeiro.

No comunicado divulgado à imprensa, a pasta não fixou uma data específica para o início da vacinação, que será feita por faixa etária, de forma decrescente, com prioridade para crianças com comorbidades ou deficiências permanentes.

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A previsão é de que 3,7 milhões de doses pediátricas da vacina da Pfizer cheguem ainda neste mês e as demais unidades até março.

Ao todo, o governo estima em 20 milhões o número de crianças nesta faixa etária.

"Não é o grupo que tem maior mortalidade, mas toda a vida é importante, principalmente das nossas crianças", disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante o anúncio, na sede da pasta.

A vacinação infantil já havia recebido aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) há 20 dias.

Mesmo não exigindo a prescrição, o Ministério da Saúde orienta que os pais procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização. A assinatura de uma autorização dos pais será exigida apenas no caso de o responsável não estar presente no ato de vacinação.

A decisão de não exigir prescrição médica vai ao encontro do que era defendido pelos conselhos nacionais de secretarias estaduais de saúde (Conass) e secretarias municipais de saúde (Conasems), além da maioria dos que participaram de consulta pública aberta pela pasta.

Na antevéspera do Natal, Queiroga havia afirmado que o governo vacinaria as crianças apenas mediante prescrição médica, o que gerou críticas de especialistas, pois não houve a mesma exigência para outras faixas etárias. A medida foi considerada na ocasião uma forma de dificultar a imunização.

Após a declaração do ministro no mês passado, o Conass divulgou uma "carta de Natal às crianças do Brasil", na qual afirma que não pediria prescrição médica. Em audiência pública na terça-feira, 4, a representante do Conasems, Kandice Falcão, afirmou que a entidade é "extremamente contra a exigência de prescrição médica para vacinação de crianças". Segundo ela, pedir o documento é "inviável".

A decisão da Saúde de vacinar crianças ocorre em meio à resistência do presidente da República, Jair Bolsonaro, e de seus aliados à imunização desta faixa etária. Antes de liberar a vacinação, o ministério criou mecanismos que postergaram a decisão sobre a aplicação dos imunizantes, com a criação de consulta e audiência pública sobre o tema, que já havia sido autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 16 de dezembro e chancelado por especialistas e pela experiência internacional.

Segundo o Ministério da Saúde informou, a maioria das pessoas que participaram da consulta pública sobre vacinação de crianças foi contrária à obrigatoriedade de prescrição médica para a imunização, o que vinha sendo defendido pela gestão Bolsonaro.

A consulta, cujo formato de realização foi criticado por especialistas e apresentou falhas durante sua execução, também mostrou a maior parte dos participantes contrária à compulsoriedade da vacinação nesse público e terminou no domingo, 2.

"Tivemos 99.309 pessoas que participaram neste curto intervalo de tempo cujo documento esteve para consulta pública. Sendo que a maioria se mostrou concordante com a não compulsoriedade da vacinação e a priorização das crianças com comorbidades. A maioria foi contra a obrigatoriedade de prescrição médica no ato de vacinação", disse a secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo.

A audiência pública promovida pela Saúde não teve a participação de representantes da Anvisa. Convidada, a agência decidiu não participar porque avaliou que já havia se manifestado oficialmente.

A crise de oxigênio em Manaus foi o ponto mais caótico da pandemia no Brasil. A desordem expôs a incapacidade do Governo Federal e da gestão estadual em garantir a vida de pacientes que morreram asfixiados em uma onda de contágio após as festas de fim de ano de 2020. Não bastasse os indícios da explosão de casos ainda em dezembro, a falta do insumo obrigou a transferência de internados na UTI para outros estados e submeteu familiares a uma corrida contra o tempo para encontrar cilindros que sustentassem a luta dos parentes contra a Covid-19. Inevitavelmente, o sistema funerário entrou em colapso.

Os dias 14 e 15 de janeiro foram os mais preocupantes. A tragédia do início de 2021 pode ser descrita pelas aglomerações que tomaram a entrada dos hospitais em um mutirão de socorro para transportar os cilindros.

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Os equipamentos com o insumo chegavam nos carros de familiares e até dos próprios médicos, pois as ambulâncias estavam ocupadas como leitos e as poucas unidades de oxigênio que restavam no comércio eram disputadas por filas extensas que lotavam as distribuidoras.

Antes da pandemia, o consumo diário de oxigênio na capital amazonense era de 14.000 m³. Em janeiro deste ano, o índice multiplicou para 76.500 m³ por dia.

Decreto derrubado pelo negacionismo

Após a experiência da disparada de casos graves em abril, no dia 23 de dezembro o governador Wilson Lima (PSC) percebeu o risco e decretou o fechamento do comércio não essencial para o dia 26 e proibiu eventos de fim de ano. 

Uma forte onda de protestos foi estimulada por declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outras personalidades que menosprezaram o vírus. A pressão fez com que a decisão fosse suspensa, mesmo com a suspeita da circulação de uma variante local mais transmissível.

Câmaras frigoríficas voltam aos hospitais

Assim como em abril, ainda em dezembro, câmaras frigoríficas voltaram a ser instaladas próximo aos principais hospitais de Manaus: o Pronto-Socorro 28 de Agosto, o João Lúcio e o Platão Araújo. Dias depois, o terreno do cemitério do Tarumã foi expandido em mais mil vagas para receber mais corpos.

Pedido de ajuda ao Governo Federal

A previsão se cumpriu e, ciente de que a produção local de oxigênio não daria conta, o Governo do Estado enviou um pedido de socorro ao Ministério da Saúde no dia 8 de janeiro. O relatório da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) aponta que no documento "foi relatado um colapso dos hospitais e falta da rede de oxigênio. Existe um problema na rede de gás do município que prejudica a pressurização de oxigênio nos hospitais estaduais”.

Após a solicitação, a Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou aviões para buscar o suprimento em outros estados e começou a transportar cilindros em gás, ainda em quantidade inferior à necessidade da população doente.

No entanto, ainda que exigisse uma maior competência logística, o ideal seria transportar o insumo em estado líquido, pois cada litro de oxigênio líquido pode ser convertido em 860 litros de oxigênio gasoso.

Aviões da FAB com oxigênio enviados no dia 17 de janeiro/Divulgação

Uma das grandes dificuldades de Manaus se dá pela dificuldade de conexão com estados vizinhos e os suprimentos passaram a chegar de balsa e avião. No dia 11, 50 mil m³ chegaram por rio e, no dia 13, mais 22 mil m³ de modo aéreo.

Com a alta demanda no Brasil, a White Martins, principal fornecedora de oxigênio, alegou dificuldade para a produção. Ainda assim, conseguiu elevar a fabricação diária na capital para 28 mil m³ e empresas menores como a Carbox e Nitron também foram importantes para o controle da operação. 

Apoio da Venezuela

Entre os dias 11 e 13 de janeiro, o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, esteve na cidade para promover o tratamento precoce, que já havia sido descartado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por ser ineficaz. No dia 17 de janeiro, a FAB centralizou a logística de oxigênio líquido a partir de Brasília e uma carreta com 107 mil m³ doados pela Venezuela chegou à Manaus dois dias depois.

Caminhão tanque enviado pela Venezuela para a crise no Brasil/Reprodução/Twitter

Mobilização de artistas

A série de decisões erradas das autoridades e ao desrespeito dos manauaras contra o pior momento do vírus comoveu o país. Ainda no dia 14, o humorista Whindersson Nunes encabeçou uma campanha de doação de oxigênio e convocou artistas para ajudar. Devido aos entraves logísticos, ele também doou respiradores pulmonares para acelerar o socorro.

Outros famosos que ajudaram na recuperação da crise em Manaus foram Gusttavo Lima, Tirulipa, Tatá Werneck, Felipe Neto, Paulo Vieira, Marcelo Adnet, Paulo Coelho, Simone, Tierry, Marília Mendonça, Wesley Safadão, Bruno Gagliasso, Sabrina Sato, Pyong Lee, Thelminha Assis, Paola Carosella, Diego Ribas, Maria Gadu, Jorge & Mateus, Dennis DJ, Glória Pires e Orlando Morais, Antônio Fagundes, Otaviano Costa, Gaby Amarantos, Fabiula Nascimento, Hugo Gloss, Klara Castanho, Ana Hikari e Evelyn Montesano.

PGR pede investigação por omissão

Pazuello já era alvo da Polícia Federal (PF) quando voltou a Manaus no dia 23. A investigação foi requerida pela Procuradoria Geral da República (PGR) sob o argumento de que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre o possível colapso em dezembro, mas só enviou representantes em janeiro.

O ministro só retornou ao epicentro da crise no dia 12 de fevereiro e concluiu o ciclo de três viagens à Manaus no intervalo de um mês.

Com o caos levado ao interior, ao menos, 500 pacientes foram enviados para tratamento em outros estados e o ministro foi convocado para explicações no Senado e n Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.





O ministro Pazuello foi convocado ao Senado para falar sobre o controle do Plano Nacional de Imunicação/Pedro França/Agência Senado

Pazuello se explica no Senado

No Senado, Pazuello disse que o documento recebido no dia 8 de janeiro apenas citou a "falta de oxigênio" e justificou que "rede de gases são os tubos de gases e não o oxigênio que vai dentro. Pressurização entre o município e o estado é regulação entre um e outro”.

Até o momento ninguém começou a responder criminalmente pelas vidas perdidas em Manaus. O projeto da própria Secretária de Saúde do Amazonas indica que, ainda em novembro, o Estado sabia que não teria capacidade de produção de oxigênio suficiente. A gravidade da omissão e o número de mortos pela crise não chegou a ser calculada oficialmente.

O Ministério da Saúde informou  nesta segunda-feira (27) que a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 deve começar em janeiro de 2022. Em nota, a pasta declarou que a recomendação é para inclusão da faixa etária no Plano Nacional de Imunização. 

Segundo o ministério, a posição favorável à vacinação poderá ser formalizada no dia 5 de janeiro, após o fim do prazo da consulta pública aberta para tratar da questão, se a recomendação for mantida. 

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“A recomendação do Ministério da Saúde é pela inclusão das crianças de 5 a 11 anos na Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), conforme posicionamento oficial da pasta declarado em consulta pública no dia 23 de dezembro e reforçado pelo ministro da Saúde em manifestações públicas”, diz a nota. 

No dia 16 de dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso da vacina produzida pelo consórcio Pfizer-BioNTech em crianças com idade de 5 a 11 anos. 

Em seguida, partidos de oposição recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar a inclusão imediata da faixa etária no programa de imunização. Ao analisar a petição, o ministro Ricardo Lewandowski determinou que o governo se manifeste até 5 de janeiro sobre a ação. 

Médicos a favor da vacinação

Em nota, a Associação Médica Brasileira (AMB) defendeu a vacinação de crianças. Segundo a entidade, a autorização da Anvisa segue os mesmos critérios de segurança e eficácia para as demais faixas etárias. Além disso, a medida reduz a transmissão do vírus. 

“Enfatizamos que crianças podem também serem acometidas pela Síndrome Inflamatória Multissistêmica associada ao SARS-Cov-2; desenvolverem sequelas e covid longa. Portanto, a vacinação é essencial para reduzir/evitar sofrimento, hospitalizações e mortes”, declarou a AMB. 

A secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, assinou uma nota técnica recomendando a vacinação contra o coronavírus em crianças de cinco a 11 anos. De acordo com o documento, que foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), não há indicadores negativos em relação à vacinação do público com idade inferior a 12 anos.

O documento foi enviado ao Supremo após pedido do ministro Ricardo Lewandowski, que cobrou do governo mais formas de comprovação quanto à segurança da imunização infantil. A posição contraria as falas do presidente Jair Bolsonaro.

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“Antes de recomendar a vacinação [contra a] Covid-19 para crianças, os cientistas realizaram testes clínicos com milhares de crianças e nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada”, diz o documento. A recomendação da secretária, nomeada na gestão de Marcelo Queiroga, entra em desacordo com a posição do governo federal, que se posiciona contra a inclusão de crianças sem prescrição médica no Plano Nacional de Imunização (PNI).

Rosana explica ainda que as vacinas estão “sendo monitoradas quanto à segurança com o programa de monitoramento de segurança mais abrangente e intenso da história do Brasil”. Além disso, a secretária afirma que a análise técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é feita de “forma rigorosa e com toda a cautela necessária”.

De acordo com o presidente Jair Bolsonaro (PL), que se opõe à medida, por ele, a vacinação só é aprovada sob prescrição médica. No último fim de semana, a Rede Sustentabilidade acionou a Corte para obrigar o governo a disponibilizar a vacinação contra a Covid-19 para crianças de cinco a 11 anos "independentemente" de prescrição médica.

Vacinação infantil no mundo

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou em 16 de dezembro a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de cinco a 11 anos, mas o impasse com o governo federal segura a decisão no Ministério da Saúde. Nos Estados Unidos e vários países da Europa - como Alemanha e Portugal – o processo já foi iniciado.

A vacina é eficaz e segura para as crianças, segundo pesquisadores, agências reguladoras de diversos países (inclusive a Anvisa) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Estudo feito com crianças de cinco a 11 anos que receberam duas doses de vacina da Pfizer mostrou que elas tiveram uma resposta de anticorpos neutralizantes em concentrações similares às observadas em adolescentes e adultos de 16 a 25 anos.

A Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid), do Ministério da Saúde (MS), anunciou que irá realizar, a partir desta quinta-feira (23), uma consulta pública para que a sociedade civil comunique ao governo como se sente sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos de idade. A pesquisa foi divulgada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira (22) e deve ficar aberta até 2 de janeiro de 2022.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina da Pfizer para crianças na última quinta-feira. A autarquia garante que o uso do imunizante é seguro e que existem evidências científicas de que a vacina, aplicada em duas doses em crianças, pode ser eficaz na prevenção de doenças graves causadas pelo coronavírus. Até a autorização do dia 16, o imunizante só podia ser aplicado em maiores de 12 anos.

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A Câmara Técnica que assessora o governo sobre imunização da Covid-19 também deu parecer favorável, que é reiterado por especialistas da comunidade médica. As manifestações sobre a imunização contra o coronavírus de crianças de 5 a 11 anos de idade poderão ser enviadas através do portal do Ministério da Saúde. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que fará no dia 4 de janeiro uma audiência pública sobre a vacinação de crianças no Brasil.

“Nós vamos fazer um procedimento administrativo para avaliar a decisão da Anvisa em todos os seus aspectos, para, a partir dessa análise, verificar a implementação dessa decisão no âmbito de uma política pública”, complementou o ministro.

De acordo com o ministro, questões em torno da aplicação da vacina em criança devem ser analisadas no “âmbito técnico” e ao “âmbito do Ministério da Saúde”, para, a partir daí, esta política ser seguida por estados e municípios.

Mais 1.419 pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus, em 24 horas. Desde o início da pandemia, o total de infectados chegou a 22,213 milhões. Desse total, 21,48 milhões (96,7%) estão recuperados da doença, 113.636 estão em acompanhamento e 617.803 morreram. 

As informações estão na atualização diária do Ministério da Saúde deste domingo (19). O balanço consolida informações sobre casos e mortes enviadas pelas secretarias estaduais de Saúde. Em 24 horas, foram confirmadas 49 mortes. Ainda há 2.726 mortes em investigação. Isso acontece por haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação sobre a causa ainda demanda exames e procedimentos.  Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 estão São Paulo (155.007), Rio de Janeiro (36.358) e Minas Gerais (56.567).

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Alguns estados não atualizaram os dados hoje: Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins ainda apresentam dados do dia 9 deste mês; Mato Grosso, Distrito Federal e Roraima têm dados do dia 17 e Paraíba, do dia 18.

 

A farmacêutica Pfizer informou nesta sexta-feira, 17, que prioriza a negociação de doses da vacina contra Covid-19 com governos federais. O posicionamento foi divulgado após o governo de São Paulo ter enviado ofício à farmacêutica para adquirir os imunizantes pediátricos, destinados a crianças e jovens de 5 a 11 anos.

A despeito da solicitação da gestão paulista, a Pfizer apontou estar comprometida a trabalhar em "colaboração com os governos em todo o mundo para que a ComiRNaty (nome da vacina) seja uma opção na luta contra a pandemia, como parte dos programas nacionais de imunização".

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Com esse fim, a farmacêutica reforçou ter fechado três contratos de fornecimento com o governo brasileiro e disse que o último deles, que prevê a entrega de 100 milhões de doses para 2022, "já engloba o fornecimento de novas versões da vacina, inclusive para diferentes faixas etárias".

Embora a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tenha liberado o produto para a faixa etária de 5 a 11 anos, o Ministério da Saúde ainda não divulgou data para iniciar a vacinação. "A companhia continuará as tratativas com o governo federal para definir as próximas etapas do fornecimento do contrato 2022", apontou a Pfizer.

O envio do ofício pelo governo paulista ocorreu na tentativa de acelerar a liberação de doses. Sob o aval do governador João Doria (PSDB), a gestão paulista enviou ainda outro documento, desta vez ao Ministério da Saúde, solicitando liberação e disponibilização imediata de doses para imunização de crianças.

Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, até agora não há reserva de doses nem previsão de data para início da imunização do grupo. "É preciso ser feita uma análise", disse Queiroga nesta quinta-feira, 16. Apesar de ter apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e de outras entidades, o tema enfrenta resistência do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus apoiadores.

O Ministério da Saúde divulgou nota no início da tarde deste domingo (12) em que afirma que que o processo de recuperação dos registros dos brasileiros vacinados contra a Covid-19 foi finalizado, sem perda de informações. “Todos os dados foram recuperados com sucesso”, diz a nota.

Segundo a pasta, equipes trabalham para restabelecer o mais rápido possível os sistemas para registro e emissão dos certificados de vacinação. Vários sistemas já foram restabelecidos e a expectativa é que os outros estejam disponíveis para a população ainda nessa semana.

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A pasta elaborou uma página com alternativas para a emissão temporária do comprovante de vacinação contra a Covid-19.

Entenda o caso

Na madrugada da última sexta-feira (10), o site do Ministério da Saúde e a página e o aplicativo do ConecteSUS, que fornece o Certificado Nacional de Vacinação Covid-19, foram invadidos por hackers. A página do ministério já voltou a funcionar, mas ainda não é possível acessar os dados sobre a vacina contra Covid-19.

Na manhã desta sexta-feira (10), o site do Ministério da Saúde e o aplicativo ConecteSUS caíram após a invasão de um grupo hacker, que afirma ter roubado 50 TB de dados das plataformas. As páginas estão inacessíveis e os comprovantes de vacinação não podem ser emitidos.

O grupo Lapsus$ Group assumiu a autoria do ataque através de um ransomware, uma prática que cobra valores, geralmente em moedas virtuais, para devolver o conteúdo sequestrado por meio de um malware.

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Mais cedo, uma mensagem deixada pelos criminosos informava que "os dados internos dos sistemas foram copiados e excluídos. 50 TB de dados está em nossas mãos. Nos contate caso queiram o retorno dos dados".

Um endereço de e-mail e contato pelo telegram foram deixados no comunicado.

Até o momento, o ministro Marcelo Queiroga não se pronunciou sobre a invasão. Os perfis oficiais da pasta nas redes sociais também não comentaram sobre o sequestro de dados ou deram prazo para a normalização do sistema.

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), criticou, em suas redes sociais, o Ministério da Saúde (MS) pelo que chamou de "imprevisibilidade e falta de transparência" no envio das vacinas da Janssen para os estados. A remessa com os imunizantes de dose única chegaram ao estado de Pernambuco nessa quarta-feira (8) e foram distribuídos aos municípios hoje (9), mas de acordo com o gestor da capital pernambucana, o lote foi insuficiente e a quantidade só foi conhecida após a chegada das vacinas.

A mesma questão foi abordada na coletiva da Secretaria de Saúde do Estado desta quinta-feira (9). Por doses insuficientes para o reforço do calendário vacinal, Pernambuco liberou o uso da Pfizer como dose de reforço da Janssen. O Recife já liberou agendamento para o reforço na capital, segundo anúncio do prefeito.

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"Mais uma vez, faltam previsibilidade e transparência ao Governo Federal. Só tomamos conhecimento do tamanho de lote de Janssen na sua chegada. Um absurdo! Mas o nosso time está pronto e vai trabalhar muito para garantir o reforço da imunização dos recifenses", escreveu Campos.

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Nessa quarta-feira (8), foram entregues 19.450 doses da vacina da Janssen para iniciar a dose de reforço contra a Covid-19. De acordo com o Governo de Pernambuco, esse quantitativo vai atender apenas 11,2% de 173.073 pernambucanos. A Prefeitura do Recife não informou quantas doses foram enviadas à capital. 

Raffaelle Kasprowicz, filha de Ricardo Barros (PP-BR), líder do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara, passou a ocupar um cargo em uma estatal na Bahia a partir de contratos com o Ministério da Saúde, dias depois do pai deixar o cargo de ministro da pasta em março de 2018, durante o governo de Michel Temer (MDB). As informações são do jornal Folha de São Paulo. A empresa pública, Bahiafarma, à época, tinha ligações com personagens que recentemente se tornaram alvos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. 

Além do próprio parlamentar, o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde no governo Bolsonaro, Roberto Ferreira Dias, foi investigado pela CPI. No caso do ex-servidor, por irregularidades na compra de vacinas. Roberto é primo de Ronaldo Dias, antigo presidente da Bahiafarma. 

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Raffaelle Barros foi nomeada para o cargo de assessora especial da presidência da estatal em abril de 2018, cerca de 20 dias depois de seu pai ter deixado o Ministério da Saúde para concorrer à reeleição para deputado federal. A nomeação foi assinada por Ronaldo Dias. No último mês, Raffaelle estava em trabalho híbrido e cumpria jornada de oito horas na Bahiafarma apenas uma vez por semana. Em maio, ela recebeu R$ 10 mil da estatal, segundo uma folha de pagamentos à qual a reportagem teve acesso. 

De acordo com o jornal, a filha do deputado acumula o cargo com o trabalho como nutróloga em uma clínica própria, onde atende duas vezes por semana. Também é dona de uma escola particular infantil na capital baiana. Raffaelle Barros, segundo a própria Bahiafarma, é "responsável pela Farmacovigilância e Serviço de Atendimento ao Usuário da Insulina Humana fornecida ao Ministério da Saúde através de contrato licitado". 

A reportagem aponta que o contrato para fornecimento de insulina pela Bahiafarma para o Ministério da Saúde foi assinado durante a própria gestão Barros e no momento está suspenso. Em dezembro de 2017, Ricardo Barros e Ronaldo Dias assinaram um termo de compromisso de parceria para o desenvolvimento produtivo para produção e distribuição de insulina no país. O acordo foi firmado na reunião do grupo executivo do Complexo Industrial da Saúde (Gecis), em Brasília. 

Para a produção de insulinas, a Bahiafarma firmou uma parceria com o laboratório ucraniano Indar para a construção de uma fábrica na Grande Salvador. Um mês antes da assinatura da parceria entre Bahiafarma e ministério, contudo, a Indar chegou a ser reprovada em inspeção da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Após visitar as instalações da Indar em Kiev, a Anvisa rejeitou o pedido de renovação do certificado de boas práticas de fabricação de medicamentos. 

Por conta da decisão da Anvisa, a compra do produto da Indar acabou suspensa pelo governo. Na época, a Indar atendia cerca de 7% da demanda de insulina do SUS (Sistema Único de Saúde). 

Em 2019, o TCU (Tribunal de Contas da União) iniciou apuração sobre possíveis irregularidades e antieconomicidade em parcerias, com a empresa ucraniana Indar, para o desenvolvimento produtivo de laboratórios públicos brasileiros para a fabricação de insulinas. 

À reportagem, Rafaelle Barros informou que sua indicação não tem relação com a gestão de seu pai no ministério, a despeito de ela atuar em um projeto fruto de uma parceria viabilizada na gestão Ricardo Barros. 

"Eu sou médica endocrinologista, nutróloga e tenho mestrado em medicina e saúde. Atuei no Cedeba (Centro de Pesquisas de Diabetes do Estado da Bahia) e fui professora da Ufba. Fui selecionada por currículo. Nenhuma das empresas requer minha presença para o seu pleno funcionamento. A clínica conta com um corpo clínico de sete profissionais. Já a escola tem uma equipe de profissionais da área da educação altamente capacitados", disse, em nota

A campanha nacional de Mega Vacinação contra a covid-19 começa neste sábado (20). Para dar visibilidade à ação, o Ministério da Saúde vai promover eventos simultâneos nas cidades do São Paulo, Manaus, Curitiba, Salvador, Brasília e Rio de Janeiro, o evento nesta última capital terá a participação do ministro Marcelo Queiroga. 

A intenção é incentivar a população a voltar aos postos de vacinação para tomar a segunda dose ou a dose de reforço. A campanha tem como slogan "Proteção pela metade não é proteção" e vai até 26 de novembro. Neste período, os postos de vacinação em todo país estarão preparados para intensificar a imunização da população. 

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O tema da campanha  é “proteção pela metade não é proteção”. Em cada estado e município, as secretarias de Saúde irão definir esquemas nos postos de vacinação para contemplar a possibilidade de presença dos “atrasados”. 

Para saber como e onde se vacinar, procure informações juntamente à prefeitura ou à secretaria de saúde do seu município. Normalmente, nas páginas e canais nas redes sociais são disponibilizados os pontos de vacinação e os horários em que estes ficam abertos. 

A ação pretende incentivar que os 21 milhões de brasileiros que não tomaram a segunda dose da vacina procurem os postos e completem o ciclo vacinal. A iniciativa também pretende atingir as pessoas que estão aptas a tomar a dose de reforço. Cerca de 9,3 milhões de pessoas podem reforçar a imunidade contra a doença com uma terceira dose. 

Até sexta-feira (19), havia 21 milhões de pessoas com a segunda dose atrasada. Até agora, 157,3 milhões de pessoas tomaram a primeira dose e 128,4 milhões , a segunda dose ou a dose única. 

No topo dos estados com mais pessoas atrasadas estão São Paulo, com 4,1 milhões, e Minas Gerais, com 2,2 milhões. A faixa etária com mais pessoas nessa condição é a das idades entre 30 e 34 anos, com 2,9 milhões de pessoas.  A campanha recomeçará na segunda-feira (22) e vai até sexta-feira (26). Ela é promovida pelo Ministério da Saúde em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Brasileiros imunizados com a vacina da Janssen contra a Covid-19, primeiramente anunciada em dose única, deverão receber uma segunda dose e também uma dose de reforço - terceira dose, cabível a todos os imunizantes -, de acordo com anúncio do Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (16). No Brasil, o fármaco era o único administrado em dose única autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“[O tempo será de] dois meses, a exemplo do FDA [Food And Drug Administration, agência reguladora dos Estados Unidos]. Quem tomou a Janssen completará o esquema vacinal, embora esteja já na Anvisa uma dose única, compete a nós as definições. A pessoa vai tomar duas doses, sendo que o intervalo é de dois meses”, informou a secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo. Segundo Melo, a segunda dose da Janssen deverá ser aplicada 2 meses após a administração da primeira.

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“No início, a recomendação era de que essa vacina fosse dose única. Hoje, nós sabemos que é necessária essa proteção adicional. Então, esses (indivíduos) que tomaram a vacina da Janssen vão tomar a segunda dose do mesmo imunizante. Como nós temos quantitativos (de vacina), não vai ser um esforço muito grande. Lá na frente, a sequência é: completou cinco meses da segunda dose, receberá a dose de reforço”, afirmou, também, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Após a administração da segunda dose da Janssen, os brasileiros imunizados com esta vacina poderão procurar os postos depois de cinco meses para receber a dose de reforço, o que já acontece com outros imunizantes disponíveis no Brasil. Também nesta terça-feira (16), foi anunciada a vacinação de reforço para brasileiros maiores de 18 anos .

“A sequência é: completou os cinco meses da segunda dose, essa pessoa receberá a dose de reforço, preferencialmente com uma vacinação heteróloga [ou seja, com imunizantes diferentes]”, completou Queiroga.

De acordo com a Saúde, a partir de agora, 100 milhões de brasileiros estão aptos a tomar a dose de reforço. A única exigência é que a segunda dose tenha sido aplicada há, no mínimo, cinco meses. A expectativa é que, com a atualização, 12,5 milhões de pessoas tomem a dose de reforço ainda no mês de novembro. Em dezembro, a estimativa é que 2,9 milhões recebam o reforço.

O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (16) que todos os adultos poderão tomar a dose de reforço da vacina contra a Covid-19, que até então era prevista apenas para pessoas com mais de 60 anos, imunossuprimidos ou trabalhadores sanitários.

Além disso, o intervalo mínimo entre o ciclo inicial de vacinação e o reforço foi reduzido de seis para cinco meses para todo mundo. O complemento será feito preferencialmente com o imunizante da Biontech/Pfizer, mas, no caso da ausência deste, serão usadas as fórmulas da AstraZeneca ou da Janssen.

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"Vamos ampliar para todos os brasileiros que tenham tomado a vacina há pelo menos cinco meses", declarou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em pronunciamento nesta terça.

Já os indivíduos vacinados com o imunizante da Janssen tomarão uma segunda dose da mesma fórmula, com intervalo de dois meses, e um reforço depois de mais cinco meses, podendo ser da Pfizer ou AstraZeneca.

Até o momento, quase 60% da população brasileira está totalmente vacinada contra a Covid-19, enquanto quase 6% já tomou o reforço. O avanço da imunização fez os casos e mortes despencarem no país, que registra mais de 610 mil óbitos desde o início da pandemia. 

Da Ansa

O Ministério da Saúde decidiu, nesta sexta-feira (29), prorrogar a campanha de multivacinação em crianças e adolescentes, menores de 15 anos, até 30 de novembro. O objetivo da campanha é promover a mobilização social para a atualização da Caderneta de Vacinação da Criança e do Adolescente (menores de 15 anos de idade).

Em meio a queda da cobertura vacinal desse público em queda, especialmente durante a pandemia de Covid-19, a ação que começou no dia 1º de outubro, conta com a oferta de cerca de 18 imunizantes: BCG, Hepatite A e B, Penta (DTP/Hib/Hep B), Pneumocócica 10 valente, VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VRH (Vacina Rotavírus Humano), Meningocócica C (conjugada), VOP (Vacina Oral Poliomielite), Febre amarela, Tríplice viral (Sarampo, rubéola, caxumba), Tetraviral (Sarampo, rubéola, caxumba, varicela), DTP (tríplice bacteriana), Varicela e HPV quadrivalente (Papilomavírus Humano).

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Até agora com mais de 3,2 milhões aplicadas São Paulo foi responsável pela maior parte delas ( 456.487), seguido da Bahia (283.230), Minas Gerais (261.673) e Ceará ( 226.298). Doses da meningocócica (444.491), febre amarela ( 349.551 ) e pentavalente (335.945) foram as mais procuradas, de acordo com o LocalizaSus.

Segundo o Ministério da Saúde, todas as vacinas, que integram o Programa Nacional de Imunizações (PNI), são seguras e estão registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A atualização da situação vacinal, ressalta a pasta, aumenta a proteção contra as doenças imunopreveníveis, evitando a ocorrência de surtos e hospitalizações, sequelas, tratamentos de reabilitação e óbitos. Crianças menores de dois anos de idade foram as mais atingidas pela campanha, com mais 1,5 milhão de doses aplicadas.

O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (22) a liberação de emissão do certificado de vacinação contra a Covid-19 para pessoas que tomaram duas doses de marcas diferentes, a chamada intercambialidade. A emissão poderá ser realizada por meio do aplicativo ConecteSUS.

Essa alternativa estava proibida no app. Em nota no início do mês, o ministério reconheceu que o sistema impedia a emissão do certificado e informou que buscaria uma solução para evitar essa limitação.

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O certificado de vacinação é um documento que o cidadão pode emitir para comprovar que concluiu o ciclo vacinal, seja por meio do recebimento de duas doses na maioria dos casos ou da dose única em se tratando da vacina da Janssen.

Intercambialidade

De acordo com a nota técnica do Ministério da Saúde, de maneira geral as vacinas contra a covid-19 não são intercambiáveis, ou seja, indivíduos que iniciaram a vacinação devem completar o esquema com a mesma vacina. No entanto, em situações de exceção, onde não for possível administrar a segunda dose com uma vacina do mesmo fabricante, seja por contraindicações específicas ou por ausência daquele imunizante no país, poderá ser administrada uma de outro laboratório. 

A segunda dose deverá ser administrada respeitando o intervalo adotado para o imunizante utilizado na primeira dose.

Às mulheres que receberam a primeira dose da vacina AstraZeneca/Fiocruz e que estejam gestantes ou no puerpério (até 45 dias pós-parto), no momento de receber a segunda dose da vacina, deverá ser ofertada, preferencialmente, a Pfizer/Wyeth. Caso esse imunizante não esteja disponível na localidade, poderá ser utilizada a vacina Sinovac/Butantan.

Contudo, a despeito da orientação do Ministério da Saúde, diversas cidades realizaram a intercambialidade durante alguns períodos diante da alegação de falta de uma determinada marca para aplicar a segunda dose. Foi o caso de São Paulo, que tomou essa decisão em setembro.

A Agência Brasil publicou matéria explicativa sobre o tema, mencionando orientações das autoridades de saúde nacionais e internacionais e estudos que apontaram possíveis benefícios do uso de marcas diferentes.

 

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