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Há dois dias da Avenida Paulista ser fechada para automóveis para a inauguração da ciclovia da Avenida Bernardino de Campos, o Ministério Público Estadual (MPE) recomendou nesta sexta-feira (21) que a Prefeitura não interdite o tráfego do viário neste domingo (23). Ao longo da semana, o prefeito Fernando Haddad (PT) e o secretário municipal Jilmar Tatto deram declarações confirmando o evento na via. Eles consideram que será um "teste final" para implementar a ação em definitivo.

A Promotoria de Habitação e Urbanismo alega que se a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) resolver abrir a avenida para ciclistas e pedestres, a administração municipal não poderá realizar a corrida de São Silvestre e o show da Virada, ambos no dia 31 de dezembro. Caso faça, irá pagar uma multa de R$ 30 mil. Para fazer a recomendação, o MPE usa como justificativa um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com a Prefeitura em 2007.

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No documento, a CET se compromete a fazer interdições na avenida em três ocasiões: Parada Gay, São Silvestre e show da Virada. Neste ano a Prefeitura fez interdições na Parada Gay e na inauguração da ciclovia, no dia 28 de junho. O TAC leva em conta eventos de grande porte, com montagem de estruturas ao longo da via e interdições em outras ruas e avenidas no entorno da Avenida Paulista. Procurada nesta tarde, a Prefeitura não comentou a orientação do MPE.

'Retrocesso'

Em março, a promotora de Habitação e Urbanismo, Camila Mansour Magalhães da Silveira, alegando "retrocesso urbanístico" ganhou uma ação civil pública na Justiça pedindo a interdição das obras de novas ciclovias na cidade. O MPE chamou jornalistas, ciclistas e cicloativistas para explicar o pedido. Durante a coletiva de imprensa a promotora foi criticada pelas pessoas que estavam presentes e manteve uma postura defensiva. Dias depois, a Prefeitura conseguiu reverter a decisão.

O presidente do Tribunal de Impostos e Taxas (TIT) de São Paulo, José Paulo Neves, rebateu nessa quarta-feira (15), as suspeitas do Ministério Público Estadual (MPE), que o investiga sob acusação de prevaricação no caso que envolve o sumiço de 20 processos tributários. Nos documentos haviam multas milionárias aplicadas a empresas acusadas de sonegar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Estado.

Em nota, ele afirmou que tomou providências administrativas assim que foi informado da investigação. "Determinei a todos os órgãos administrativos vinculados ao TIT que procedessem, no período de 1 a 5 de novembro de 2012, à conferência física dos processos em andamento no contencioso administrativo. Todas as medidas tomadas pelo TIT foram sempre informadas à Corregedoria da Fiscalização Tributária, que se encarregou de levá-las ao conhecimento das autoridades policiais."

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Neves informou que sempre se preocupou com a segurança em sua gestão e que, antes do escândalo do sumiço de processos, já tinha adotado medidas para garanti-la, como o controle de acesso às salas onde ficam os processos, mudança de lay-out, instalação de câmeras nas áreas comuns do TIT e uso intensivo de trancas nas portas e de cadeados nos armários. O presidente ressaltou que, em sua gestão, foi iniciada a adoção do processo eletrônico, hoje instalado no TIT. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Índice de Confiança MPE (ICMPE) registrou 36,38 pontos em junho, bem abaixo do nível neutro de 50 pontos. O resultado divulgado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) segue indicando pessimismo de micro e pequenos empresários com a economia no presente e nos próximos meses.

O levantamento mostrou que o Indicador de Condições Gerais registrou 20,69 pontos, apontando que a avaliação dos últimos meses é ainda pior do que aquela verificada em maio, quando atingiu 23,39 pontos. Quando o indicador está abaixo de 50, mostra que há percepção de piora por parte dos empresários.

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Já as Condições Gerais do Negócio, também analisadas no indicador, atingiram 26,31 pontos, abaixo dos 30,18 registrados em maio. "A piora na situação dos negócios não foi tão sensível quanto a piora da economia, mas na opinião da maioria dos micro e pequenos empresários as condições gerais dos negócios pioraram nos últimos meses", explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, em nota.

Expectativas

Em junho, o Indicador de Expectativas registrou 48,15 pontos, ante 46,69 em maio. O resultado segue refletindo uma desconfiança para os próximos seis meses com a economia, mas uma espera de melhora para os negócios.

No item Expectativas para os Negócios, o indicador registrou 55 pontos, ligeiramente acima dos 54,91 pontos de maio. "Essa leve melhora de ânimo pode estar associada às perspectivas de vendas de final de ano, dado que o horizonte das expectativas contempla os próximos seis meses", analisa Kawauti. "Ainda que o dado tenha obtido uma melhora, é precipitado esperar a volta da confiança empresarial", complementa.

O advogado Antônio Campos (PSB) vai responder na Justiça por uma denúncia de propaganda irregular. A representação contra o socialista foi feita na 10ª Zona Eleitoral de Olinda por membros do Ministério Público Eleitoral (MPE). Campos é acusado de usar a divulgação de outdoors e mensagens telefônicas para a promoção eleitoral. 

Na gravação, o advogado se apresenta como irmão do ex-governador Eduardo Campos e neto do ex-governador Miguel Arraes, ambos falecidos, e se coloca à disposição para trabalhar por uma "Olinda melhor". Além disso, ele parafraseia o irmão e encerra a mensagem com a frase "não vamos desistir de Olinda". Este conteúdo também é reproduzido em outdoors espalhados pela cidade. A primeira manifestação a favor de Olinda foi enviada durante a Páscoa para os moradores do município, já as propagandas visuais foram divulgadas por ocasião do aniversário da cidade, em março. 

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Procurado pelo Portal LeiaJá para esclarecer a denúncia, o advogado encaminhou uma nota por meio da assessoria de imprensa. De acordo com o texto, Antônio não considera que a mensagem seja campanha antecipada. Ele disse ainda que não recebeu nenhuma notificação sobre a representação judicial. "Reservo-me ao direito de falar sobre o assunto após ser notificado. Uma mensagem de Páscoa e debater os problemas de uma cidade não caracterizam campanha antecipada até porque faltam um ano e 6 meses para as eleições", pontua.

Caso a gravação telefônica e os outdoors forem considerados propaganda eleitoral antecipada, o irmão de Eduardo poderá ser punido pela Justiça. A multa varia de R$ 5 mil a R$ 25 mil. 

Coletivos e grupos de ativistas protocolaram na Corregedoria do Ministério Público Estadual, na tarde desta terça-feira, uma representação contra a promotora Camila Mansour Magalhães, da área de Habitação e Urbanismo. Eles alegam que ela "atenta contra a vida dos ciclistas" ao pedir a paralisação de obras de implementação de ciclovias em São Paulo, feitas pela Prefeitura de São Paulo.

Segundo Daniel Guth, da Associação de Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), a promotora "desconhece os perigos da Avenida Paulista para os ciclistas". Ainda de acordo com ele, informações sobre mortes de ciclistas na via em que a Prefeitura está construindo uma ciclovia "podem ser encontradas no Google". Três ciclistas já morreram atropelados na avenida que é cartão postal da metrópole. "Faltou participação popular. Ela não ouviu a sociedade ao que dizer que a Avenida Paulista não precisa da intervenção. A promotora não tem clareza sobre a legislação de trânsito e se colocou em contradição na coletiva de imprensa", disse Guth. De acordo com um balanço de acidentes de trânsito da Companhia de Engenharia de Tráfego, 35 ciclistas morreram nas ruas de São Paulo no ano passado.

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Os cicloativistas usam outras justificativas contra a promotora, que no dia 19 deu uma coletiva de imprensa na sede do MPE, na Rua Riachuelo, região central, e foi acusada pelo próprio Guth de "advogar em favor dos carros". "Ocorre que, a par do resultado da Ação civil Pública em questão, a atuação funcional da Promotora de Justiça, ora Representada, coloca em perigo direitos e valores cuja proteção incumbe, por determinação constitucional, ao Ministério Público, notadamente a defesa da Vida Humana e do Meio Ambiente, revelando, em princípio, descumprimento de dever funcional e procedimento incorreto de um de seus membros, merecendo ser corrigida".

A representação contra Camila também rebate outros argumentos usados por ela. "Em outro ponto, a Representada (promotora) afirma: 'Ainda hoje, o veículo [automóvel] é o modal de transporte que transporta o maior número de pessoas neste Município', o que revela um grave erro de apreciação de dados fáticos: a maior parcela da população de São Paulo desloca-se a pé ou por meio do transporte público, segundo a pesquisa de Origem e Destino do Metrô, de 2007". A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do MPE. De acordo com eles, a promotora não quis se manifestar sobre a representação contra ela na Corregedoria do órgão.

O vereador Gilberto Natalini (PV) entrou na segunda-feira (16) com uma representação na Corregedoria Nacional do Ministério Público contra a Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo. Natalini alega que o órgão deixou de recorrer de uma decisão judicial que arquivou, no ano passado, investigação sobre supostos pagamentos de gastos pessoais do então secretário estadual da Educação Gabriel Chalita - de 2003 a 2006, no governo Geraldo Alckmin (PSDB) - por um empresário. Hoje, Chalita é secretário municipal da Educação da gestão Fernando Haddad (PT).

O promotor Otávio Ferreira Garcia já havia notificado o Conselho Nacional do Ministério Público e as principais instituições do MPE sobre o caso.

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O procedimento 1047/2012 investigava se o empresário Chaim Zaher pagou a instalação de equipamentos de som e vídeo no apartamento de Chalita, em Higienópolis, no valor de US$ 79,7 mil, em 2005. Zaher é o maior acionista do grupo Estácio e foi fundador do COC.

Antes de o inquérito ser trancado por decisão do Tribunal de Justiça, Garcia aguardava do Departamento de Justiça dos Estados Unidos informações sobre quem eram os donos de três offshore (empresas que têm sede em paraíso fiscal): CZ, CZ Participações e Turqueza Corporation.

Essas empresas foram responsáveis pelo pagamento de parte do serviço à empresa Valverde Áudio e Vídeo, que realizou instalações para Chalita. O dinheiro foi depositado em uma conta bancária na Flórida, nos Estados Unidos, em nome da Valverde.

Ao MPE, o dono da Valverde, Cesar Augusto Valverde, colocou seu sigilo bancário à disposição. Faltava saber quem eram os proprietários das offshore, sob a suspeita de que eram de Zaher, por causa das iniciais que dão nome a duas delas.

Assim, Garcia solicitou a informação na Flórida. Mas, antes que ela chegasse, a defesa de Zaher conseguiu no TJ, em abril do ano passado, um habeas corpus - incomum nesse tipo de ação - que trancou o processo. O argumento da decisão foi de que teria havido "quebra de sigilo bancário", o que converteria em criminal o processo civil. Mas o próprio juiz indicou na decisão que o habeas corpus não era apropriado. "Não me parece ser o habeas corpus o meio cabível para atacar a ilegalidade atribuída", anotou na decisão.

Como o recurso cabe ao Setor de Recursos Extraordinários e Especiais, ligado à Procuradoria-Geral, o promotor fez a solicitação. Somente no dia 21 de janeiro de 2015, o setor informou que não interpôs o recurso. "Os atos praticados no inquérito obedeceram as normas constitucionais e a lei. Estranha o fato de, em um ponto crucial da investigação, o investigado ter adotado medida judicial contraria à transparência da investigação", disse Garcia.

Arquivamento

Chalita ressaltou que nenhum dos inquéritos encontrou qualquer tipo de irregularidade. "Não é que não houve investigação. Foram dois anos e todos os promotores arquivaram, até mesmo em Brasília", disse. Uma investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) também foi arquivada porque o denunciante não foi encontrado para depor. O Estado procurou Zaher, por meio da assessoria de imprensa da Estácio, e não obteve resposta.

A Procuradoria-Geral de Justiça informou que votou, no Conselho Superior do Ministério Público Estadual, contra o trancamento da investigação citada. "A atuação em segunda instância comportou a oposição de embargos pelo Setor de Recursos. Os embargos também foram julgados." Segundo o órgão, houve abertura de procedimento para verificar se ainda existe atribuição da Procuradoria-Geral.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo federal lançou, nesta quinta-feira (26), o programa Bem Mais Simples e o Sistema Nacional de Baixa Integrada de Empresas. O objetivo é diminuir a burocracia para a abertura e fechamento de empresas no país e agilizar os procedimentos através, inclusive, da informatização, para alavancar o ambiente de negócios no Brasil.

O programa nacional de desburocratização, elaborado pela secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República (SMPE), prevê a baixa automática de empresas em todo o País, por meio do Portal Empresa Simples. O serviço já está disponível.

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“Com esse sistema, a baixa do CNPJ passa a ocorrer na hora”, informou a presidente Dilma Rousseff, durante cerimônia realizada no Palácio do Planalto, em Brasília. “Nós estamos dando tratamento digno e respeitoso ao cidadão. Eles têm a obrigação de pagar os impostos e cumprir certas normas. E nós temos a obrigação de simplificá-las, tornando mais ágil possível”, sustentou.

De acordo com o ministro Guilherme Afif Domingos, da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, a meta do governo é de que até junho a abertura das empresas também seja simplificada, para ser realizada em cinco dias úteis. Atualmente, o processo demora, em média, 83 dias e exige a apresentação de mais de 20 documentos.

"O mais importante é que a simplicidade está ligada a agilidade, fundamento indispensável para um país competitivo", frisou Afif. O projeto piloto foi implantado em Brasília, no âmbito de 1500 empresas, desde o início do ano. "Agora iremos levar para todo o país", comemorou.

Mercado

O cenário para as micro e pequenas empresas começou a mudar em 2007, com a sanção da Lei Geral que, entre outras medidas, instituiu o Simples Nacional, regime tributário diferenciado, simplificado e compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às MPEs.

De lá para cá, o aperfeiçoamento da legislação e tributação do setor permitiu um crescimento de 236% no número de empresas e micro empreendedores individuais que optaram pelo Simples Nacional. Neste ano, o número chegou a 502.692.

O setor também mostra resistência à crise econômica. Enquanto, entre 2013 e 2014, a arrecadação geral caiu 1,9%, o contexto do Simples apresentou crescimento de 14,03%. Entre 2011 e 2014, as micro e pequenas empresas geraram 3.547.428 empregos diretos, enquanto os médios e grandes empreendimentos extinguiram 263.325 vagas. “Isso mostra o peso que o pequeno negócio tem na nossa economia”, salientou o ministro.

A redução da burocracia para pequenas e médias empresas foi uma das promessas de campanha à reeleição da presidenta Dilma Rousseff.

O Ministério Público Estadual em Catanduva, região norte do Estado de São Paulo, abriu inquérito civil público para apurar se a omissão ou negligência de órgãos públicos contribuiu para a epidemia de dengue que assola a cidade. De acordo com o último boletim, 1.464 casos foram confirmados e já são quase três mil casos suspeitos - a cidade tem 118 mil habitantes. Três mortes suspeitas aguardam o resultado de exames.

O promotor Carlos de Oliveira Otuski, que está à frente do inquérito, começa a ouvir os agentes públicos esta semana. Ele quer saber se houve ações preventivas para evitar a dengue. Otuski também vai apurar denúncias de moradores de que o número de casos estaria sendo subestimado pelos órgãos de saúde. O inquérito pode resultar numa ação civil pública para obrigar a prefeitura a tomar medidas para evitar nova epidemia no futuro.

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A prefeitura decretou estado de emergência por causa da dengue. O carnaval deste ano foi suspenso. A assessoria de imprensa informou que a prefeitura responderá a todos os questionamentos do MP e que todas as medidas foram tomadas para combater o mosquito transmissor e garantir o atendimento à população. Os boletins sobre a evolução da doença são divulgados com transparência. Um hospital de campanha com 70 leitos está sendo instalado numa escola para atender os pacientes.

As micro e pequenas empresas que quiserem aderir ao novo Simples Nacional terão até o próximo dia 30 para fazer o pedido. Criado em 2006, o programa possibilita o pagamento de até oito tributos federais em apenas uma guia, podendo reduzir em até 40% o imposto.

O Simples Nacional ou Supersimples é destinado ao micro e pequeno empresário que fatura até R$ 3,6 milhões por ano. Este ano, uma mudança nas regras estendeu o benefício para 142 categorias, como engenheiros, médicos, advogados, odontólogos, jornalistas, corretores, arquitetos, veterinários, psicólogos, profissionais de terapia ocupacional, acupuntura, podologia e fonoaudiologia, entre outros.

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A data de 30 de janeiro é destinada às empresas que já estão em atividade. Para as empresas em início de atividade, o prazo para solicitaç ão de opção é 30 dias contados do último deferimento de inscrição (municipal ou estadual, caso exigíveis), desde que não tenham decorridos 180 dias da data de abertura constante do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Quando aceita, a opção produz efeitos a partir da data da abertura do CNPJ. Após esse prazo, a opção somente será possível no mês de janeiro do ano-calendário seguinte.

A adesão deve ser feita no portal do Simples Nacional. Durante o período da opção, é possível fazer a regularização de eventuais pendências que impeçam o ingresso no Simples Nacional. Também é permitido o cancelamento da solicitação.

As eleições presidenciais deste ano foram acirradas no voto, mas menos disputadas na Justiça. É a avaliação do Ministério Público Eleitoral, que considera que a litigiosidade se manteve "em patamar inferior" a outras campanhas. No total, a Procuradoria-Geral Eleitoral elaborou 245 pareceres nas eleições presidenciais deste ano e entrou com 12 representações.

"Pelos números e pelos julgamentos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a propaganda em si foi ao limite, mas não foi exagerada", afirmou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em entrevista ao Broadcast Político. Nas eleições de 2010, foram recebidas no TSE 433 casos que aguardavam manifestação da Procuradoria e ajuizadas 78 representações pelo próprio Ministério Público.

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Na maioria dos casos em 2014 (147 pareceres), o Ministério Público Eleitoral opinou pela improcedência do pedido feito pelos partidos. Só em 13 casos o TSE atendeu a requisição das coligações. "Se deixou que os candidatos estabelecessem a disputa entre eles mesmos. Só naquilo que houve o limite do crime, o limite do abuso, é que entramos, em 12 representações", afirmou Janot. Em 116 processos, o tribunal negou o pedido dos partidos.

O tom mais agressivo ficou nas redes sociais. "Teve de tudo", aponta o procurador-geral. Para ele, é preciso avaliar formas de apurar as postagens eleitorais na internet. "O 'pode tudo' não dá, é ruim. Na rede social tem muito anonimato, pessoas que se escondem atrás de perfis", apontou Janot.

No primeiro turno e no segundo turno, a coligação da presidente reeleita Dilma Rousseff foi a que mais provocou a Justiça eleitoral, com 91 representações, nas quais em 40 o MPE opinou pela improcedência. O TSE considerou procedentes apenas dez casos.

A coligação de Marina Silva (PSB) levou 51 representações à Justiça e apenas um pedido foi considerado procedente. Já a coligação de Aécio Neves (PSDB) provocou o TSE 48 vezes, com apenas um caso julgado procedente. Os dados consideram levantamento da Procuradoria-Geral Eleitoral até o dia 31 de outubro.

Ataques

Entre as representações oferecidas pelos partidos no primeiro turno, a coligação encabeçada pelo PT foi a mais atacada. No total, foram levadas ao TSE 71 representações contra a coligação da petista, sendo 42 apresentadas pela coligação do PSB e 29 propostas pela coligação do PSDB. Já contra Aécio foram apresentadas 30 representações - 25 pela coligação de Dilma e cinco pelo grupo de Marina.

Praticamente só o PT levou representações contra Marina: foram 19 casos levados ao TSE no total, sendo 18 apresentadas pela coligação de Dilma e apenas uma apresentada pela coligação de Aécio.

Nos três períodos, foram apresentadas 90 representações contra a coligação de Dilma, 54 contra Aécio e 29 contra Marina.

Regras do jogo

A análise dos dados do segundo turno é prejudicada pelo acordo firmado entre as campanhas de Dilma e Aécio para desistir de todas as representações propostas ao TSE. A decisão das duas equipes foi um efeito à reação mais dura do tribunal contra propagandas que continham "ataques pessoais". Após o primeiro turno, a Corte eleitoral decidiu barrar propagandas que não fossem propositivas, o que gerou uma enxurrada de recursos ao TSE.

Foram 18 representações contra o PT e 23 contra o PSDB, mas a maioria foi extinta sem análise do mérito, em razão do acordo entre as campanhas. Janot foi contrário à mudança de posição do TSE no segundo turno: "Não se muda a regra do jogo no meio do jogo".

O especialista em liderança comportamental Edson Xavier ministra, neste sábado (15), o curso de formação para palestrante. O evento será realizado no auditório da MPE Treinamento e Consultoria. Para participar, os interessados devem pagar a taxa de R$ 175.

As aulas irão abranger assuntos como oratória, técnicas de apresentação, apresentação visual, como vencer o medo e ancoragem. O auditório fica na Rua João Fernandes Vieira, 190, Boa Vista, área central do Recife. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (81) 3423.2729/ 9661.0421/ 8491.4473/ 8423.7579 ou pelo email: mpetc@mpetc.com.

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O Ministério Público de São Paulo ajuizou, na sexta-feira, 3, uma ação civil pública contra o deputado estadual Feliciano Filho (PEN) por danos ambientais e improbidade administrativa. O político, defensor da causa animal, foi reeleito no domingo, 5, com 188.898 votos e ficou na 8ª colocação no estado.

Feliciano, a ONG Unidade Protetora dos Animais (UPA), e um vereador de Campinas são acusados de maus tratos em um abrigo de cachorros da organização não-governamental, de usar área rural e de preservação permanente para a atividade de um canil, e de usar veículos, máquinas e equipamentos de propriedade pública em serviço particular.

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"Lá encontraram 40 animais mantidos em situação de negligência e maus tratos sob os cuidados do caseiro e de sua família", informa a ação. "Nos laudos técnicos que instruem os autos, as fotos e as descrições da situação encontrada impressionam até os que não são especialmente sensíveis à causa, pelo grau de crueldade que estava sendo praticado."

O texto da ação informa ainda que uma médica veterinária enfatizou que o local onde os animais ficavam era um barracão coberto, porém aberto, sem proteção adequada contra chuva e frio. Segundo a Promotoria, a área estava tomada de sujeira de urina e fezes e muitos animais estavam com doenças, fraturas, tumor de mama e sinais característicos de dor. A medicação estava vencida e o local estava repleto de fezes de roedores.

"Posteriormente, feitos exames laboratoriais, constatou-se que a causa da morte desses animais foi a doença conhecida como parvovirose e que outros cachorros, vivos, poderiam estar acometidos pelo vírus causador desta grave patologia canina, sem qualquer cuidado de isolamento."

A ação informa que uma família era a responsável por cuidar do abrigo, onde "convivia apenas com os cachorros que eram descarregados ali, em solidariedade de infortúnio". Segundo o texto, o caseiro contou que o abrigo chegou a ter 100 cachorros, de diferentes portes, doentes ou feridos, que se aglomeravam em canis pequenos e que os cachorros constantemente brigavam, se feriam, e muitas vezes, passavam fome.

"Com a bandeira de ser "o único deputado 100% dedicado à causa animal" e apresentando extenso rol de projetos de lei de defesa dos animais em seu currículo, Feliciano construiu uma biografia política à custa do apelo à causa animal, que sensibiliza grupo significativo de eleitores de boa-fé. Foi o vereador mais votado de Campinas em 2004. Em 2006, elegeu-se Deputado Estadual e foi reeleito em 2.010.1", afirma o texto da ação.

O político afirmou à reportagem que trata-se de uma armação contra ele. "Podemos provar tudo, é nitroglicerina pura", afirmou. "Fizeram isso às vésperas da eleição. Apareceu na internet antes de ser publicado no Tribunal. É uma grande armação, que começou lá atrás."

O Ministério Público Eleitoral no Piauí informou 32 ocorrências e a apreensão de mais de R$ 340 mil, dinheiro que, segundo o Procurador Regional Eleitoral, Kelston Lages, seria usado para compra de votos. Vinte e sete pessoas foram presas. Ele revelou que o dinheiro foi acautelado e, tanto os portadores que foram presos, quanto os beneficiários do crime eleitoral serão responsabilizados em inquérito que segue.

Kelston Lages afirmou que a rede de controle e fiscalização funcionou para coibir a ação dos candidatos que insistem em buscar a corrupção eleitoral através da compra de votos e abuso de poder econômico e de poder político. O procurador ainda citou os R$ 180 mil apreendidos com o motorista do senador Wellington Dias (PT), em Barreiras (BA), que tem o inquérito em fase de conclusão. "Vamos dar sequência com os trâmites que o caso requer.", afirmou Keslton Lages.

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Segundo ele, todos os processos ainda vão avançar, porque têm ações na esfera criminal e na esfera civil. "Isso pode resultar ainda nas sanções de prisão com pena de reclusão e na esfera eleitoral as penas serão a cassação do registro, do diploma ou do mandato para quem foi beneficiado com a prática fraudulenta.", frisou o procurador.

"Depois os candidatos reclamam que a eleição tem terceiro turno, vai para o tapetão, mas as policias e as instituições funcionaram para coibir estes atos criminosos. As investigações continuam", afirmou Kelston Lages.

Representação

Kelston Lages afirmou que vai representar judicialmente contra todos os presos por corrupção eleitoral e contra os candidatos supostamente beneficiados com a ação criminosa. De acordo com o procurador, os inquéritos ainda vão ser concluídos e os responsabilizados pela fraude eleitoral ainda prestarão depoimentos à polícia e responderão ao processos criminal, cível e eleitoral.

"Em regra está vinculado quem pratica a ação e quem se beneficia com ela. E vamos, com a conclusão do inquérito, representar contra todos.", assegurou Kelston Lages, dizendo que em cada inquérito será individualizada a responsabilidade e o beneficiário.

Dinheiro

O dinheiro apreendido, segundo Lages, ficará acautelado e depois à disposição da União, assim como o dinheiro pago nas fianças estipuladas para cada um dos presos. O dinheiro movimentado na corrupção eleitoral no Piauí, segundo o MPE, incluindo as fianças pagas, ultrapassam R$ 600 mil.

Segundo o procurador, o dinheiro pago nas fianças dos presos na prática de crime eleitoral deve ser revertido em um fundo penitenciário, que pode ser utilizado na construção e melhoramento de presídios.

O dinheiro apreendido não tem uma destinação certa. Por enquanto, está depositado em conta da Justiça Federal, e, se as pessoas com quem o dinheiro foi apreendido não conseguirem comprovar a origem e o destino das quantias apreendidas, irá para União.

De olho no crescimento das micro e pequenas empresas (MPE) e micro empreendedores individuais (MEI), a coligação Com a força do povo, que apoia a reeleição da presidente Dilma Rousseff, mira a conquista de mais votos. O programa de rádio desta quinta-feira (18) apresentou as propostas da candidata para o setor e os avanços obtidos durante o atual governo.

A petista destacou a sanção da Lei que ampliou o Simples Nacional, aumentando o leque de profissões beneficiadas com simplificação de impostos, diminuindo burocracia na criação e fechamento de empresas e corrigindo distorções tarifárias que penalizavam as MPE. “Todo o MEI e toda a MPE que têm faturamento anual de até R$ 3,6 milhões podem se enquadrar no Simples e utilizar uma guia única para recolher seus impostos, desfrutando de uma grande redução no pagamento dos tributos”, explicou.

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Para ela, a medida representou um avanço. “Somos, talvez, o povo mais empreendedor o mundo. Infelizmente, durante muito tempo, o governo mais atrapalhou do que ajudou o brasileiro que quer criar ou ampliar o próprio negócio. Na prática, iniciamos [com a criação e ampliação do Simples] uma reforma tributária que todo o nosso país reivindica e demos um passo decisivo para apoiar o empreendedorismo no Brasil”, sustentou.

Para os próximos anos, a proposta é facilitar o processo de abertura e fechamento de empresas, através do programa Brasil Burocracia. “Num mundo que exige soluções cada vez mais rápidas e eficientes, não faz sentido nenhum perder tempo e dinheiro nas teias de estruturas velhas e eficientes. Com esse programa, vamos fazer uma profunda reforma para facilitar a vida dos empreendedores. Vou dar só um exemplo: o prazo para abrir ou fechar um pequeno negócio vai cair dos atuais 107 dias em média para apenas cinco dias”, destacou. A ideia é que o processo possa utilizar a Internet como ferramenta.

A coligação também propõe um eixo exclusivo no Pronatec para Jovens Aprendizes. “A Lei obriga uma empresa que contrata um jovem aprendiz a matriculá-lo num curso de qualificação profissional. Como boa parte das MPEs não tem recursos para pagar esse curso, milhões de jovens na faixa dos 15 anos em diante acabam tendo poucas oportunidades para aprender uma profissão desde cedo”, explicou.

A proposta é que a MPE contratem o aprendiz e o governo garanta a qualificação profissional. “Isso será muito bom para todo mundo porque a micro empresa é uma macro família. É o melhor ambiente para o jovem começar sua vida profissional. Se cada MPE contratar um aprendiz, vamos gerar só aí mais de cinco milhões de empregos e vamos criar um novo mundo de oportunidades para uma parcela da juventude que precisa muito desse apoio”.

O Ministério Público Estadual abriu inquérito para investigar suposta ilegalidade no contrato para a construção da Linha 6-Laranja do Metrô. A Promotoria quer saber se há irregularidades nas desapropriações para a construção do ramal, pagas pelos cofres públicos, apesar de o empreendimento ser tocado por um consórcio privado. Elas custarão R$ 673,6 milhões. O governo nega problemas.

Para o promotor de Justiça e Patrimônio Público e Social Valter Foleto Santin, o fato de a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos ter transferido à Concessionária Move São Paulo a responsabilidade pelas desapropriações "pode ferir os princípios de legalidade, moralidade, impessoalidade, proporcionalidade, razoabilidade, além de outros princípios orçamentário e financeiro de gasto regular de recursos públicos".

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Ele argumenta que há risco de "prejuízo ao patrimônio público e social, de interesse difuso ou coletivo". O promotor lembra que a Move São Paulo - formada por Odebrecht, Queiroz Galvão, UTC Participações e Fundo Eco Realty - "moveu inúmeros processos de desapropriação perante Varas da Fazenda Pública da Capital, com dezenas de decisões desfavoráveis".

Reportagem do Estado publicada no início do mês mostra que, das 371 ações ajuizadas pela concessionária para as desapropriações, 180 foram consideradas ilegais por 14 juízes de primeira instância. Em muitos casos, os magistrados sequer julgaram o mérito dessas ações, pois entenderam que havia "vício de origem". Isso, porque, em seu entendimento, o contrato assinado em dezembro de 2013 entre o governo e o consórcio privado fere a Lei Federal 8.987/95 e a Lei Estadual 7.835/92, que versam sobre concessões e permissões públicas.

As duas leis determinam que, em caso de o poder concedente delegar as desapropriações à concessionária, é a iniciativa privada que deve fazer o pagamento, com recursos próprios.

Contudo, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos informa que duas Câmaras de Direito Público do Tribunal de Justiça reconheceram "a legitimidade da concessionária na condução do processo de desapropriação de áreas para a construção da Linha 6-Laranja". Segundo o texto, "o Estado tem o poder de desapropriação, pois os terrenos (...) serão incorporados ao patrimônio público quando o período de 25 anos de concessão com a iniciativa privada for encerrado".

Para o promotor Santin, resta saber "qual é a vantagem do Estado em permitir à concessionária litigar em nome próprio para definir indenização a ser suportada pelo Estado". Ele lembra que isso reduz a "autonomia de atuação do Estado em defesa do seu direito". Após ser oficiado pelo MPE, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) terá 15 dias para enviar esclarecimentos à Promotoria. A juíza Luíza Barros Rozas, da 1o.ª Vara de Fazenda Pública, foi uma das que avaliaram como irregular o contrato e chegou a questionar o motivo pelo qual o governo Alckmin transferiu o litígio judicial das desapropriações para terceiros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Diretório Nacional do PT entrou com uma representação nesta sexta-feira, 12, no Ministério Público Eleitoral, contra a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, alegando "crime de difamação eleitoral" nas declarações dadas pela ex-ministra durante sabatina ao jornal O Globo, nesta quinta-feira, 11.

Segundo nota divulgada pelo partido, a representação registra que, durante a sabatina, Marina "extrapolou - e em muito - o mero direito de crítica, ferindo abertamente a honra da agremiação, bem jurídico tutelado pelo tipo penal em questão".

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Na ocasião, a ex-ministra afirmou que não consegue imaginar as pessoas confiando em "um partido que coloca por 12 anos um diretor para assaltar os cofres da Petrobras", em referência ao PT e ao ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. "As declarações foram reproduzidas no portal de notícias G1 e divulgadas no canal de internet TV40, da campanha de Marina, e hoje são a principal manchete do jornal O Globo", diz a nota do PT.

Para o coordenador jurídico da campanha à reeleição de Dilma Rousseff, Flávio Caetano, "está demonstrada a intenção de macular imagem do PT com finalidade eleitoral, configurando o crime de difamação eleitoral previsto no art. 325 do Código Eleitoral". De acordo com o artigo, se comprovada a difamação, a candidata pode receber como pena detenção de três meses a um ano, e pagamento de cinco a 30 dias-multa. O artigo 357 do Código Eleitoral determina que o Ministério Público fará sua análise da denúncia dentro do prazo de dez dias.

JOÃO PESSOA (PB) - O irmão do candidato a vice-governador, deputado Federal Ruy Carneiro (PSDB), foi condenado a pagar multa por divulgação de pesquisa não registrada. A decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) diz respeito a uma pesquisa que Júnior Belchior postou em seu perfil no Facebook.

A juíza auxiliar da propaganda, Niliane Meira Lima, imputou a Júnior Belchior o pagamento de multa no valor de R$ 80 mil. O pedido foi feito pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e a ação foi movida pela coligação A Força do Trabalho, encabeçada pelo Governador Ricardo Coutinho (PSB), candidato a reeleição.

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A juíza ainda determinou que fosse instaurado inquérito policial para investigar o crime. A ação afirma que o irmão do deputado utilizou seu perfil no Facebook para divulgar o resultado de uma pesquisa supostamente realizada pelo instituto IBOPE acerca da sucessão estadual na Paraíba. 

Na contestação, Belchior informou que copiou de um Site WhatsApp e não sabia que se tratava de pesquisa não registrada. A magistrada não aceitou a defesa, já que ele integra o Diretório Estadual do PSDB, e deveria saber que o procedimento adotado fere a legislação eleitoral, além de não ter apresentado provas da origem da pesquisa. 

“O fato de ser membro de diretório de partido, o que demonstra a ciência do necessário cuidado às exigências da lei eleitoral para a divulgação das pesquisas; e que o representado sequer trouxe prova de que a pesquisa irregular que divulgou foi obtida de publicação anterior de terceiro; entendo que a multa lhe deve ser aplicada”, ressaltou Niliane Meira Lima.

Júnior utilizou novamente seu perfil no Facebook para se dizer inocente. “Prefiro ser injustiçado do que cometer a injustiça!!! Dessa forma continuarei dormindo tranquilo!”, escreveu.

Ruy Carneiro é candidato a vice-governador na coligação A Vontade do Povo, do senador Cássio Cunha Lima.

 

O Ministério Público Estadual pediu nesta terça feira, 29, à Justiça a condenação do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD ), candidato ao Senado, por ato de improbidade administrativa ao aplicar recursos destinados ao pagamento de precatórios (dívidas judiciais) em Fundo de Investimento de Renda Fixa da Prefeitura, em 2007.

Segundo ação proposta pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, braço do Ministério Público que investiga violação aos princípios da moralidade e da honestidade, no exercício de 2007 a Justiça requisitou o valor de R$ 407,23 milhões para quitação de precatórios de natureza alimentar. A Lei Orçamentária Anual (Lei 14.258, de 29 de dezembro de 2006), contudo, previu para 2007 dotação orçamentária de apenas R$ 294,66 milhões para os precatórios judiciais.

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A ação aponta que em 12 de março de 2007, através do Decreto 48.183, "o réu Kassab" determinou a abertura de crédito adicional suplementar no valor de R$ 100,25 milhões para pagamento das ordens cronológicas de natureza alimentícia.

"Do valor previsto inicialmente no orçamento e mais o crédito adicional, a municipalidade somente efetivou o pagamento de R$ 164,94 milhões, deixando de cumprir o restante previsto no orçamento e não pago", sustenta o promotor de Justiça Valter Santin, autor da ação de improbidade, por meio da qual pede condenação de Kassab à suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa e outras sanções previstas na Lei de Improbidade.

"A atitude do prefeito Gilberto Kassab resultou em prejuízo ao erário do município de São Paulo, tendo em vista que os precatórios judiciais, a cada ano que deixam de ser pagos, têm o seu valor aumentado por força da incidência dos juros da mora", adverte o promotor. "Tal atitude, além de atentar contra os princípios da administração pública, representa um grave encargo financeiro ao patrimônio público da cidade de São Paulo."

Para o Ministério Público, Kassab "além de ter desviado verba de dotação orçamentária destinada ao pagamento de precatórios alimentares, descumpriu ordem judicial que foi a requisição do presidente do Tribunal de Justiça, conforme o artigo 100 da Constituição Federal, o que também caracteriza ato de improbidade administrativa porque atenta contra os princípios da legalidade e da harmonia e interdependência de poderes."

A juíza Simone Viegas de Moraes Leme, da 8ª Vara da FAzenda, mandou notificar o ex-prefeito para defesa prévia.

Defesa

Por meio de sua assessoria, o ex-prefeito Gilberto Kassab informou que ainda não foi cientificado da ação encaminhada à Justiça pelo Ministério Público Estadual.

Kassab ressalta, porém, que "agiu sempre no estrito cumprimento da lei".

"Não se pode acusar o administrador público de agir com improbidade se não há capacidade financeira da Prefeitura para arcar com todas as dívidas herdadas de administrações anteriores", diz o candidato ao Senado, em nota de sua assessoria. "O pagamento dessas dívidas (precatórios) encontra limite na capacidade dos contribuintes de pagar os impostos municipais."

Segundo a assessoria do ex-prefeito, somente em 2012, os pagamentos de precatórios representaram 2,71% do orçamento municipal, totalizando naquele ano cerca de R$ 900 milhões.

O candidato a governador de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB), afirmou, nesta quarta-feira (23), que vai solicitar que o Ministério Público Eleitoral (MPE) investigue a denúncia, feita pelo deputado federal José Augusto Maia (PROS), de que o PSB teria oferecido propina para que ele integrasse o palanque de Paulo Câmara. Monteiro disse que os advogados dele vão recorrer ao MPE ainda hoje (23) para uma averiguação mais minunciosa sobre a possível "vantagem financeira" oferecida ao republicano. 

"Nossa coligação vai propor uma medida, que seria absolutamente imprescindível, que é a de que o Ministério Público Eleitoral apure profundamente os fatos que estão ali apontados. Mas existem elementos gravíssimos na denúncia de José Augusto Maia, nos cabe informar a gravidade do problema", disse o candidato, ao conceder entrevista coletiva à jornalistas, após instalar o Conselho Político da campanha dele no Recife. 

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A um jornal paulista, Augusto Maia revelou que o PROS recebeu uma proposta financeira "irrecusável" para aderir ao palanque da Frente Popular de Pernambuco. A oferta, segundo o parlamentar, girava em torno de R$6 milhões e teria sido feita pelo presidente nacional da legenda, Euripedes Júnior, e pelo deputado federal Eduardo da Fonte (PP). 

Esta não é a primeira vez que Paulo Câmara é acusado de oferecer vantagens em troca de apoio. O próprio Armando, sugeriu que a Frente Popular estaria usando a máquina pública para oferecer possíveis regalias a prefeitos. O petebista elencou, na época, as intervenções como "bolsa-eleição"

 

 

O senador e presidenciável do PSDB, Aécio Neves (MG), afirmou nesta segunda-feira, 21, que considera "bom" e "uma ótima oportunidade" o Ministério Público Estadual (MPE) de Minas Gerais abrir investigação a respeito da reforma de um aeroporto em Cláudio, na região central do Estado, que funciona em propriedade que era de um parente seu. O tucano negou irregularidade na obra, custeada pelo governo mineiro, e afirmou que não é aceitável que "se deturpem fatos" por causa da "proximidade do processo eleitoral".

"Como alguém em sã consciência é capaz de achar ser possível um governo ou qualquer órgão público realizar um investimento público, numa área privada, um investimento público a partir de processo licitatório e ampla comunicação", disse. "Acho que qualquer órgão que tenha qualquer dúvida em relação a qualquer ação do governo deve investigar no limite de suas prerrogativas. O homem público tem que estar sempre pronto para dar explicações. Estarei sempre pronto para dar esclarecimentos. O que não podemos deixar é que em razão da proximidade do processo eleitoral se deturpem fatos", completou.

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A obra no aeroporto, no valor de quase R$ 14 milhões, foi realizada em 2010, no fim de seu segundo mandato como governador de Minas. Denúncia publicada pelo jornal Folha de S.Paulo mostrou que o controle do aeroporto é feito por um primo de Aécio, que tem a chave do cadeado para a pista de pouso. "Se isso ocorre é um equívoco. É uma área pública. Foi feita desapropriação em desfavor do proprietário, que não aceitou e até hoje reivindica na Justiça um valor maior", ressaltou o senador, segundo o qual "a prefeitura é responsável" pelo controle do acesso ao aeroporto.

De acordo com o tucano, a obra foi feita "levando em conta os interesses de uma região" que está "em expansão" e da "demanda de uma comunidade que hoje cresce de forma extraordinária", alegou. Cláudio, que tem 27,3 mil habitantes segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fica a 55 quilômetros por estrada de Divinópolis, onde já há um aeroporto. Mas, segundo Aécio, o município onde fica a área desapropriada é um "centro industrial importante" onde funcionam "mais de 300 fundições". "Sei que vamos enfrentar incompreensões. O que está em jogo e o que eu represento hoje é uma mudança estrutural do País", salientou o senador, durante visita ao Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, na região metropolitana de Belo Horizonte, tradição iniciada por seu avô, o ex-presidente Tancredo Neves.

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