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Em Pernambuco, o Serviço Social da Indústria (Sisi) está com inscrições abertas para o processo seletivo do Novo Ensino Médio. O programa permite ao estudante cursar, gratuitamente, os três anos do ensino médio e, ao mesmo tempo, escolher um curso técnico no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) ou aprofundar os conhecimentos em matemática ou Ciências da Natureza.

Ao todo, estão sendo ofertadas 410 vagas, sendo 230 para o curso técnico em eletrotécnica e 180 para os itinerários de formação. As vagas são para as unidades do Sesi no Ibura, Paulista, Ipojuca, Caruaru, Araripina e Petrolina. As inscrições podem ser feitas até o dia 20 de novembro na escola pretendida.

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Para participar da seleção, os estudantes devem ter no máximo 16 anos completos até o dia 31 de dezembro deste ano, ser dependente de trabalhador da indústria, de microempreendedor individual (MEI) enquadrado na categoria indústria e instalado no Estado ou de colaborador do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe). De acordo com a instituição, os interessados devem comparecer à escola que deseja estudar, das 8h às 17h, portando alguns documentos como RG, CPF, histórico escolar de conclusão do ensino fundamental, comprovante de residência, entre outros.

Os candidatos serão avaliados de acordo com a melhor média geral dos anos concluídos e a relação dos aprovados será divulgada no dia 30 de novembro. Confira o número de vagas, endereços das unidades e mais informações através do edital disponível nos sites do Sesi-PE e do Senai-PE.

Nesta sexta-feira (18), o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, instituiu a criação da Comissão de Assessoramento Técnico-Pedagógico para a Avaliação do Novo Ensino Médio da Diretoria de Avaliação da Educação Básica (DAEB). A portaria nº 533 de 15 de setembro de 2020 foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e entrará em vigor a partir do dia 1º de outubro deste ano.

De acordo com publicação, a Comissão desempenha o papel de assessorar a concepção de novo modelo de avaliação educacional para o novo ensino médio brasileiro; e auxilia pedagogicamente a equipe técnica da DAEB nas fases de composição e validação de instrumentos de avaliação.

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Ainda há pretensão de ampliar o debate técnico com representantes de distintos setores dos sistemas de ensino, além de agregar conhecimento pedagógico às demandas de avaliação educacional do novo ensino médio.

O documento ainda explica que a Comissão Assessora será formada por integrantes internos e externos - sendo docentes e especialistas com prática científico-acadêmica e experiência nos campos da Educação -, nomeados por meio de Portaria do Inep. Com isso, o grupo será constituído por até 30 membros externos.

De acordo com o texto, os membros ainda contarão com o Auxílio de Avaliação Educacional (AAE) do Inep para custear as despesas de deslocamento, estadia e alimentação. As reuniões ordinárias mensais serão realizadas presencialmente na sede do Inep, no Distrito Federal, Brasília. Os integrantes da Comissão também serão avaliados através do desempenho no desenvolvimento do trabalho e frequência.

Foram prorrogadas, até 10 de dezembro, as inscrições para a seleção do Novo Ensino Médio do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). O período de candidaturas seria encerrado no dia 22 de novembro.

No total, 80 oportunidades são oferecidas para estudantes que desejam ingressar no ensino médio e fazer, paralelamente, um curso técnico em eletrotécnica de maneira gratuita. Os candidatos devem ser de baixa renda, dependente de trabalhador da indústria de Pernambuco e ter nascido a partir de 2004.

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O processo seletivo terá prova de português e matemática, prevista para 19 de dezembro. A expectativa é que a relação dos aprovados seja anunciada no dia 6 de dezembro.

As inscrições podem ser feitas, das 10h às 19h, na Escola Sesi/Senai Ipojuca, onde as aulas serão realizadas. O endereço é Rodovia 42, km 01, no bairro de Jagatá, em Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco.

O início das aulas está previsto para 30 de janeiro do próximo ano. Mais informações podem ser obtidas no edital da seleção.

Estão abertas as inscrições para o processo seletivo do Novo Ensino Médio do Serviço Social da Indústria (Sesi) em Pernambuco. Ao todo, são 80 vagas para estudantes cursarem o ensino médio ao mesmo tempo em que terão a oportunidade de fazer um curso de técnico em eletrotécnica na escola do SESI/SENAI Ipojuca. 

Para se candidatar, os estudantes precisam ter nascido a partir do ano de 2004, serem dependentes de trabalhadores da indústria e já terem concluído o ensino fundamental. É necessário apresentar, no ato da inscrição, um histórico escolar de conclusão ou declaração da escola que está cursando o 9º ano em 2019.

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De acordo com o órgão, os alunos passarão por uma única avaliação, prevista para o dia 1º de dezembro, no qual responderão assuntos de matemática e língua portuguesa, com 20 questões para cada disciplina. 

As inscrições devem ser feitas na Escola SESI/SENAI Ipojuca, localizada na Rodovia 42, Km 01, no bairro de Jagatá, em Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco. Além do histórico escolar, o participante deve levar RG, CPF ou cópia do registro de nascimento, comprovante de residência e documento que comprove ser dependente de trabalhador da indústria de Pernambuco. É necessário levar a Carteira de Trabalho e Previdência Social do responsável legal com registro de vínculo empregatício com a indústria; ou ser dependente de empregado do Sistema FIEPE.

O Novo Ensino Médio terá currículo integrado às áreas de conhecimento e incluirá formação técnica para incentivar os estudantes a iniciarem a vida profissional mais cedo. No curso de eletrotécnica, os jovens farão sete módulos e receberão um diploma de nível médio em eletrotécnica. Para outros detalhes sobre a seleção, confira o edital de abertura do processo seletivo.

O Ministério da Educação (MEC) publicou no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (5) uma portaria que estabelece “o conjunto de unidades curriculares ofertadas pelas escolas e redes de ensino”, no âmbito do Novo Ensino Médio. A medida permite que os estudantes aprofundem os estudos por área de conhecimento, são elas: Matemática, Linguagens, Ciências Humanas e Ciências da Natureza.

Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE), em 2016, aponta que 72% dos brasileiros se posicionam a favor do Novo Ensino Médio. As cargas horárias dos estudantes do ensino médio serão ampliadas para 3 mil horas. Atualmente, os alunos cumprem 2.400 mil horas.

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O Novo Ensino Médio permite que os alunos escolham em quais áreas de conhecimento irão se aprofundar, tendo em vista uma futura carreira profissional, além das cargas horárias obrigatórias nas demais disciplinas, definidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

 

A Presidência da República enviou ao Senado um pedido de autorização para empréstimo nessa quarta-feira (24). O objetivo é solicitar US$ 250 milhões ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), o Banco Mundial, para a implementação do Novo Ensino Médio e o Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral nos estados ao longo dos próximos cinco anos. 

Em 2017, o ministro da Educação Mendonça Filho apresentou o projeto do Novo Ensino Médio a representantes do Banco Mundial, em Washington, Estados Unidos, em busca de financiamento para implementação das mudanças no ensino, ocasião em que, segundo o MEC, o banco se mostrou aberto a uma parceria. De acordo com o MEC, caso o empréstimo seja aprovado, os recursos estarão vinculados ao Programa para Resultados (PpR).

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De acordo com o ministro Mendonça Filho, os recursos “destinam-se, por exemplo, a discussões com relação a itinerários formativos e alternativas, implementação dos novos currículos e treinamento e capacitação de pessoal no processo de implementação da reforma”. Mendonça também explica que os recursos, caso aprovados, serão liberados em etapas “à medida que os planos de trabalho forem aprovados pelo Governo Federal após serem apresentados pelos estados. Nós cumpriremos rigorosamente a liberação de recursos, desde que os estados atendam a todas as etapas de viabilização do projeto aprovado”.

Já o deputado e presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), que no momento está exercendo a função de Presidente da República na ausência de Michel Temer (PMDB), afirma que a possibilidade de trabalho é aumentada pelo Novo Ensino Médio e que a injeção de recursos do Banco Mundial “pode acelerar esse processo de incentivo ao ensino integral e melhoria do ensino médio”. Ainda de acordo com Maia, a solicitação de autorização do empréstimo “é um foco social fundamental do governo e certamente terá o apoio do Senado”. 

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O Ministro da Educação, Mendonça Filho, esteve reunido com representantes do Banco Mundial na última quarta-feira (29) para apresentar o projeto de reforma do Ensino Médio, com o objetivo de conseguir financiamento para as mudanças pretendidas pelo governo nas escolas do país. Atualmente, o orçamento do banco para projetos do governo brasileiro é de, aproximadamente, R$ 5 bilhões. 

A reunião foi realizada pela Secretaria Executiva e pela Secretaria de Educação Básica do MEC. A negociação com o Banco Mundial já estava em andamento para a elaboração de uma carta consulta e de um acordo para a execução de projeto de financiamento de políticas públicas de educação por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). 

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O documento deve ser finalizado ainda no primeiro semestre de 2017 e o projeto deverá ser concluído e apresentado ao Banco Mundial no final do ano. Os recursos podem ser liberados em 2018 mas também há a chance de adiamento para o ano de 2019 devido ao calendário eleitoral. 

Polêmica, a medida provisória do novo ensino médio já rende debates em diversos grupos sociais. Um ponto específico da proposta, em que o aluno poderá escolher qual área do conhecimento seguirá, gerou indagações sobre os moldes atuais do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Da forma como é feita hoje, a prova contempla várias áreas, em que o candidato deve responder as questões de todas elas e não passa por uma avaliação específica.

Se o novo ensino médio colocar em prática a possibilidade de o aluno escolher uma área específica do conhecimento, a partir do segundo semestre do segundo ano, consequentemente o estudante ficará menos munido de informações para responder as disciplinas deixadas de lado. Nessa conjuntura, o Enem continuará abordando todas as matérias do jeito que acontece hoje? De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela organização do Exame, a resposta não deve sair antes antes de novembro.

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Apesar de declarar que Enem 2017 precisa passar por alterações, enfatizando que a prova deve deixar de só servir como meio de ingresso no ensino superior, a presidente do Inep, Maria Inês Fini, ainda não emitiu um posicionamento mais claro sobre a futura edição do exame. Nem mesmo o anúncio do novo ensino médio a fez divulgar qualquer tipo de alteração. A assessoria de imprensa do Inep informou ao LeiaJá que apenas haverá um pronunciamento acerca do futuro da prova após a edição 2016.

De acordo com a assessoria, o foco atual do Inep é a prova deste ano. A edição 2016, segundo o Ministério da Educação (MEC), está livre de qualquer alteração. Mas vale lembrar a ideia de Maria Inês sobre o atual modelo do Enem: “O Exame não pode continuar sendo, com essa envergadura, um Exame de seleção nacional para o ensino superior, o que a gente quer é um exame que qualifique o desempenho e inclua todos, em que os jovens não percam as vantagens que já obtiveram os resultados do Enem, mas que ao mesmo tempo possa sinalizar para o ensino médio mudanças significativas ou aprofundamento de currículo”.

O que dizem os professores?

O professor de geografia e um dos sócios do curso Os Caras de Pau, Charliton Soares, acredita que o Enem deve trazer abordagens diferentes já na prova de 2017. Por outro lado, o docente projeta que, no próximo ano, as áreas cobradas atualmente serão mantidas em dois dias de provas, sem a necessidade de avaliação específica conforme o interesse de cada fera. Atualmente, os segmentos cobrados são os seguintes: Linguagens, códigos e suas tecnologias, que abrange o conteúdo de Língua Portuguesa (Gramática e Interpretação de Texto), Língua Estrangeira Moderna, Literatura, Artes, Educação Física e Tecnologias da Informação; Matemática e suas tecnologias; Ciências da Natureza e suas tecnologias, que abrange os conteúdos de Química, Física e Biologia; Ciências Humanas e suas tecnologias, que abrange os conteúdos de Geografia, História, Filosofia, Sociologia e conhecimentos gerais.

Para Soares, o Enem deixará de ter questões de cunho social que instiguem o ser pensador, e passará a trabalhar assuntos específicos de todas as matérias cobradas. “Como o Enem é uma prova governamental, e levando em consideração o atual governo de direita, não deveremos ter algo que seja voltado para a reflexão da sociedade. A gente vinha numa pegada de inclusão social, com o passado governo de esquerda. Ainda sobre o próximo ano, ainda não acredito que a prova será dividida em disciplinas escolhidas pelo candidato”, opina o professor.

Já o professor Fernando Beltrão, do curso “Fernandinho e Cia”, entende que é praticamente impossível fazer um prognóstico agora. De acordo com o educador, a forma como o governo lançou o novo ensino médio é cheia de dúvidas e ainda não traz ações claras e concretas que possam basear as escolas e cursinhos preparatórios que trabalham para o Enem. Beltrão orienta que os candidatos continuem estudando pensando no atual modelo do Enem. “É preciso continuar estudando normalmente. O foco é nas habilidades e competências que o Enem já pede. Eu não vejo motivo para preocupação, porque não há nada de concreto para um curto prazo e nem para longo prazo”, diz o professor.

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A proposta do governo federal que revelou à população um novo ensino médio ainda não caiu no gosto da massa. A prova está na consulta pública que o Senado abriu recentemente por meio da internet: até o fechamento desta matéria, mais de 46 mil pessoas votaram contra a medida provisória, enquanto que somente 2.128 cidadãos se mostraram favoráveis às mudanças anunciadas pelo Ministério da Educação (MEC).

O novo ensino médio, mesmo com tão pouco tempo do seu anúncio, já é no mínimo polêmico. A medida provisória publicada nesta semana pelo governo federal deixa claro, por exemplo, que as disciplinas de artes, educação física, sociologia e filosofia serão obrigatórias apenas nos ensinos infantil e fundamental. A mudança, sobretudo, vai de encontro a atual obrigatoriedade dessas matérias no ensino médio.

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A medida também diz que o aluno poderá focar em uma das áreas do conhecimento a partir do segundo semestre do segundo ano, no nível médio. Educadores já adiantaram que essa alteração poderá modificar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), sob a justificativa de que a prova poderá ficar parecida com antigos vestibulares. Nesses processos seletivos, os candidatos passavam por avaliações específicas por área do conhecimento.

A proposta das escolas integrais também deve trazer mudanças significativas. O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe-PE), José Ricardo Dias Diniz, já adiantou ao LeiaJá que as mensalidades das escolas privadas ficarão mais caras. Além disso, o novo ensino médio foi parar até no meio artístico, quando o apresentador global Faustão soltou o verbo contra a medida.

A consulta pública sobre o novo ensino médio foi iniciada há um dia e pode ser consultada aqui. Nela, o internauta confere a seguinte ementa antes de votar: Institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e a Lei nº 11.494 de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, e dá outras providências.

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Uma das propostas do novo ensino médio, anunciado nessa quinta-feira (22), é a instalação de escolas integrais. Tomando como referência as unidades da Rede Estadual de Pernambuco, os alunos estudam, pelo menos, nos turnos da manhã e tarde, largando apenas próximo ao começo da noite. Para o panorama da rede privada de ensino, a tendência é que a ampliação das aulas resulte também em um impacto financeiro.

Em entrevista ao LeiaJá, o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe-PE), José Ricardo Dias Diniz, confirmou que as mensalidades devem ficar mais caras assim que o novo ensino médio vire realidade. José Ricardo preferiu não precisar quantos por cento será o aumento, mas revelou que ele será inevitável.

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“Você tem um upgrade de carga horária que assusta, com a instalação da escola integral. Isso, com certeza, vai ter um impacto econômico e financeiro. É a nossa primeira preocupação como gestor educacional de uma escola particular. Como os sistemas de ensino vão se moldar? Em quanto tempo? E o Enem vai mudar? São questões que precisam ser encaradas e talvez não tenham sido nem pensadas”, opinou o presidente do Sinepe-PE, enfatizando o aumento na carga horária de 800 horas para 1,4 mil horas anuais.

Sobre a flexibilidade no currículo escolar do ensino médio, José Ricardo acredita que a sugestão pode ser positiva, mas reforça que ainda é necessário discutir com a sociedade civil. “O ensino médio precisa realmente de mudanças para ser menos engessado. Mas como a coisa está posta, ficou bastante confuso. Não publicaram a medida provisória, porque tinha um erro sobre a não obrigatoriedade de artes, educação física, filosofia e sociologia. Acho que a entrada do projeto foi pela porta errada. Como será o novo Enem? O aluno terá uma prova pegando as quatro áreas do conhecimento e depois haverá uma prova sobre uma área específica? Se isso acontecer, voltaremos ao modelo dos antigos vestibulares”, finalizou José Ricardo, chamando a atenção que ainda existem dúvidas acerca da proposta.

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As mudanças no ensino médio brasileiro anunciadas nesta quinta-feira (22) devem instigar muitas discussões. Por meio de medida provisória, o governo federal pretende instalar escolas integrais em todo o Brasil, aumentar a carga horária de 800 horas para 1,4 mil horas anuais, além de possibilitar que o aluno escolha qual área do conhecimento focará durante o aprendizado. Essa última novidade pode render indecisões para os estudantes.

Em Brasília, o ministro da Educação, Mendonça Filho, foi questionado se os jovens poderão ficar indecisos no momento da escolha. As opções são linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. Objetivo, Mendonça respondeu: “Ele é dono do seu destino. Ele vai ser protagonista do seu percurso”, declarou.

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Apesar da resposta do ministro, o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Eduardo Deschamps, esclareceu que haverá certificações parciais que comprovarão os conhecimentos dos estudantes para inserção no currículo. “O que ele cursou não vai perder. Hoje, se o aluno reprova, praticamente tem que fazer tudo de novo, mas no novo ensino médio vai ser construído um conjunto de conhecimentos e competências para ir certificando”, explicou Deschamps.  

A expectativa do Ministério da Educação (MEC) é que o novo ensino médio seja implantado nas escolas a partir do primeiro semestre de 2017. Porém, caberá aos sistemas de ensino de cada estado o cumprimento das novidades, o que poderá estender o prazo para a aplicação das medidas.

Buscando agilizar o processo, o Consed deverá realizar, já a partir de novembro, seminários nas secretarias de Educação de todo o País. A ideia é qualificar gestores e principalmente os professores sobre as ações do novo ensino médio.

Escolas em tempo integral, maior carga horária de aula e currículo flexível para os estudantes. Essas são algumas das novidades que agora fazem parte ensino médio brasileiro, anunciado na tarde desta quarta-feira (22) em Brasília pelo ministro da Educação, Mendonça Filho. Ao lado do presidente Michel Temer e do governador de Pernambuco Paulo Câmara, o ministro disse que a mudança era necessária e que colocará o Brasil entre os países com educação moderna e atrativa.

De acordo com Mendonça Filho, o aumento da carga horária se dará gradativamente - de 800 horas para 1,4 mil anuais -, mas o modelo de escolas integrais, em que o aluno fica os turnos da manhã e tarde nas unidades de ensino, deverá entrar em vigor já no próximo ano. O grande destaque fica por conta da flexibilidade dos currículos escolas, deixando o aluno com a possibilidade de aprender assuntos por área de conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.

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Durante o novo ensino médio, os alunos também poderão concluir a formação escolar e ter educação profissional ao mesmo tempo. Para isso, de acordo com Mendonça Filho, instituições como Senai e Senac ajudarão na capacitação dos estudantes. Segundo o ministro, a reforma era urgente e necessária.

“O Brasil permanece na contramão do mundo. Com o novo ensino médio, haverá uma forte mudança na educação brasileira. O Ideb está estagnado desde 2011. Os jovens hoje têm menos conhecimento. Mais de 1 milhão de jovens, entre 15 e 24 anos, não estudam e não trabalham, e a população jovem entrará em declínio após 2022. Para mim, isso justifica a urgência que define a necessidade de uma medida provisória”, opinou Mendonça Filho.

O presidente Michel Temer destacou que os jovens poderão escolher quais temas deverão estudar, de acordo com o que tiver mais afinidade. “São opções e não imposições curriculares. Isso combate a evasão escolar que assola o ensino médio”, disse Temer. A previsão de investimento para a implantação do novo ensino médio, a princípio, é de R$ 1,5 bilhão em dois anos.  

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