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A ex-mulher do ex-ministro da saúde general Eduardo Pazuello se ofereceu para depor na CPI da Covid, segundo a coluna de Lauro Jardim. Andréa, como foi identificada, enviou um e-mail elencando quais assuntos poderia comentar ao prestar depoimento.

A CPI da Covid estuda se ela será convidada. Ao jornal O Globo, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD), informou que se houver uma conversa prévia com Andréa, será feita com a presença de outros senadores. Andréa mora em Manaus, no Amazonas, mesmo estado de Aziz.

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Pazuello ocupa atualmente o cargo de secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, vinculada à Presidência da República. Ele foi ministro da saúde entre maio de 2020 e março de 2021.

A médica Nise Yamaguchi entrou com processo na Justiça contra os senadores Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Pandemia, e Otto Alencar (PSD-BA). A oncologista alega ter sido vítima de misoginia, preconceito às mulheres, e humilhação durante seu depoimento prestado na comissão no último dia 1º de junho. Ela pede uma indenização de R$ 160 mil, por danos morais, a cada um dos parlamentares.

Na ação, a Dra. Yamaguchi alega que os senadores abusaram da imunidade parlamentar e “perpetraram um verdadeiro massacre moral” durante sua oitiva .A defesa da oncologista afirma, ainda, que Aziz e Alencar agiram “intencionalmente com morbo e com deliberada crueldade no escopo de destruir a imagem da médica perante toda a sociedade brasileira”. 

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Durante o depoimento de Yamaguchi, ela foi questionada sobre a existência de um gabinete paralelo ao ministério da Saúde, a mudança na bula de medicamentos e ainda sobre a diferença entre vírus e protozoário, entre outros assuntos. Segundo os advogados da médica, o presidente da CPI foi “cúmplice dos ataques" destinados a ela. 

De acordo com a CNN Brasil, caso ganhe a ação - na qual pede indenização de R$ 160 mil a cada um dos citados -, Nise doará o dinheiro a hospitais que cuidam de crianças com câncer. 

 

Segundo os senadores amazonenses Eduardo Braga (MDB) e Omar Aziz (PSD), que participam da CPI da Pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem cortado recursos de emendas parlamentares encaminhadas aos municípios do Amazonas. As informações estão em documentos obtidos pelo UOL.

De acordo com Braga e Aziz, a retaliação de pelo menos R$ 160 milhões ao orçamento do estado acontece após a atuação de ambos na comissão parlamentar de inquérito, que na quinta-feira (10) quebrou os sigilos bancários de empresas e pessoas ligadas ao governo, entre eles o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

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O Amazonas, que ainda enfrenta os desdobramentos do combate à Covid-19 na região metropolitana e no interior, também precisa lidar com a maior cheia de sua história, que deixa desabrigados em várias cidades. "Desde dezembro que o interior do estado não recebe nenhum centavo para o custeio da saúde. Se não fosse o recurso que nós passamos no ano passado, o interior estaria vivendo um caos na saúde. Mas há seis meses o orçamento está congelado, não andou", disse Eduardo Braga ao UOL.

Embora os cortes sejam apontados pelo Ministério da Economia como um procedimento comum a todos os municípios, o UOL cita ainda um estudo sobre o orçamento de 2021 do Inop (Instituto Nacional de Orçamento Público), que aponta para a predominância de cortes orçamentários no Amazonas. Em termos percentuais e absolutos, foram vetados 50% dos repasses ao estado relacionados às emendas de comissão (RP2), o que representa um total de mais de 220 milhões.

Segundo Braga, as emendas de comissão propostas por ele eram todas direcionadas à infraestrutura. Os vetos afetam repasses para municípios da região metropolitana de Manaus, onde portos, que estão inoperantes há mais de sete anos, precisam de reparos, por exemplo. "Eu sinceramente espero que isso tudo não passe de uma verborragia. Uma incontinência verbal. Com 40 anos de vida pública, não tenho mais que me surpreender com as coisas", desabafou.

Bolsonaro faz ameaças

Durante uma live em que criticava a CPI, realizada no dia 20 de maio, Bolsonaro citou a Zona Franca de Manaus, principal fonte de renda do estado: "Senador Aziz, Eduardo Braga, imaginem o Amazonas sem a Zona Franca". A declaração foi interpretada como ameaça.

No dia seguinte, em suas redes sociais, o presidente da CPI da Covid-19 reagiu à declaração. “O Presidente pode ameaçar a mim, ao Eduardo, mas ao ameaçar a Zona Franca de Manaus o negócio é mais embaixo. É preciso respeitar os amazonenses, porque ele não pode ameaçar algo que é garantido por lei, que assegura o sustento e a vida de tantos amazonenses”, publicou Aziz, em seu Twitter.

 

 

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), classificou o que chamou de "apologia a imunização de rebanho" como um dos maiores crimes já cometidos no Brasil. Para o senador, a atuação da comissão fez "empatar o jogo" com aqueles que defendem desde o início da pandemia medidas como o tratamento precoce e a imunidade de rebanho. "Desde o primeiro momento (da CPI), vimos que o governo nunca teve interesse em comprar as vacinas, protelou ao máximo para comprar, se interessou por tratamento precoce", disse o presidente da CPI na sessão de depoimento do médico sanitarista Cláudio Maierovitch e da microbiologista Natalia Pasternak.

Para Aziz, antes de o colegiado começar os trabalhos, o Brasil estava perdendo por "7 a 1", uma vez que o contraponto às teses de imunidade de rebanho e do tratamento precoce não tinha o alcance que a CPI conseguiu promover, na visão do senador. "Quando iniciamos, o Brasil estava perdendo de 7 a 1, porque o contraponto à imunização de rebanho e ao tratamento precoce, por mais que os especialistas falassem na televisão, não tinha alcance que CPI teve para chegar à população brasileira. Nós empatamos esse jogo, porque eles continuam ainda prescrevendo esse medicamento, fazendo apologia ao tratamento precoce, à imunização de rebanho", afirmou o senador.

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A sessão foi encerrada há pouco. Antes, Aziz quis saber a avaliação dos especialistas sobre a "importância" da CPI para o País. "Está sendo de extrema importância para trazer a ciência ao debate público", respondeu Pasternak, que é pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP). "Há uma expectativa de que o poder legislativo brasileiro, representado por essa CPI, consiga produzir um contraponto à ausência de políticas públicas para enfrentar a pandemia", disse Maierovitch, que já foi presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Espero que um dia a história faça justiça, espero que muito antes disso, vocês e os poderes investidos façam justiça a tempo de a gente ter menos mortes e sofrimento", afirmou mais cedo o sanitarista.

Como mostrou o Broadcast Político há pouco, os especialistas ouvidos afirmaram durante o depoimento que a conduta do presidente Jair Bolsonaro fez o número de mortes por covid-19 aumentar no País. Na quinta-feira, 10, O País ultrapassou a marca dos 480 mil óbitos pela doença desde o início da pandemia.

Pasternak e Maierovitch apresentaram estudo do epidemiologista da Universidade Federal de Pelotas (UFP) Pedro Hallal apontando que, no caso de 500 mil mortes pela covid no País, 375 mil poderiam ter sido poupadas se o Brasil adotasse medidas preventivas orientadas por especialistas e praticadas em outros países, como isolamento social, vacinação e campanha de comunicação coordenada.

Começou a tramitar no Senado projeto de lei que criminaliza a prescrição de medicamentos sem comprovação científica. O PL 1.912/2021 estabelece pena de seis meses a dois anos de detenção e multa para quem prescrever, ministrar ou aplicar produto para fins terapêuticos ou medicinais sem evidências concretas de sua eficácia no tratamento da doença apresentada pelo paciente.  Do senador Omar Aziz (PSD-AM), que preside a CPI da Pandemia,  o projeto aguarda designação de relator.

A proposta, que altera o Código Penal (Decreto-Lei 2.848, de 1940), também prevê a pena para quem incentivar ou promover, por qualquer meio, a utilização do medicamento. Se for prescrito por profissional da saúde, este pode ter a detenção aumentada de um terço até metade do tempo de reclusão previsto. Caso a conduta seja praticada durante uma epidemia, a penalidade pode ser aumentada em dois terços. 

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O projeto define comprovação científica como “a autorização e o registro do produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais para tratamento da doença apresentada pelo paciente pelo órgão de vigilância sanitária”. 

Na justificativa do projeto, Aziz argumenta que é notória a promoção de medicamentos do chamado “tratamento precoce” para a Covid-19, mesmo sem comprovação científica, de organismos sanitários nacionais e internacionais, de que esses remédios tenham eficácia para prevenir ou tratar o coronavírus.  “Ressalte-se que, além da ineficácia de tais medicamentos na prevenção ou no tratamento da doença causada pelo coronavírus, a sua utilização pode afetar a saúde dos pacientes, agravando a doença ou até mesmo levando-os a óbito”, sublinha o senador. 

Colaboração

Por meio das redes sociais, Aziz disse que alguns médicos estão questionando o projeto de lei apresentado por ele. No entanto, o parlamentar afirmou que ouvirá a colaboração das instituições voltadas para a área da saúde para a montagem da proposta antes que ela seja votada pelo Senado. 

“Vou contatar o Ministério da Saúde, Anvisa, Conselho Nacional de Saúde, Fundação Nacional de Saúde, Conselho Federal de Medicina, Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional do Câncer, Instituto Butantan, Sociedade Brasileira de Infectologia, dentre outras para discutir o tema”, publicou Aziz. 

*Da Agência Senado

O senador Omar Aziz (PSD), que preside a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, rebateu, neste sábado (22), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que chegou a falar sobre a Zona Franca de Manaus na última quinta (20).  “Imagine Manaus sem a Zona Franca, hein, senador Aziz, você que fala tanto na CPI, senador Eduardo Braga, imagine aí o Estado, ou Manaus, sem a Zona Franca”, disse Bolsonaro.

Segundo o portal Carta Expressa, Omar Aziz, que já foi governador do Amazonas, disse em conversa com advogados do coletivo Prerrogativas, que a questão da Zona Franca de Manaus é complicada e que a ameaça do presidente está relacionada às investigações na CPI. Além disso, creditou a não prisão do ex-chefe de comunicação, Fábio Wajngarten, como motivo da chateação de Bolsonaro.

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“Eu sei por que a raiva dele, porque ele queria que eu prendesse o Wajngarten e acabasse a CPI naquele dia. Mas eu não caí naquela piadinha não, então eu sei que ele está com raiva por causa disso. Aquilo seria um momento épico dele: ‘Olha aí, estão querendo fazer política, um bando de bandido prendendo um homem honesto’”, argumentou o senador.

No Twitter, em publicações nessa sexta (21), Aziz já tinha rebatido a fala do presidente sobre a Zona Franca de Manaus. “O presidente pode ameaçar a mim, ao Eduardo, mas ao ameaçar a Zona Franca de Manaus, o negócio é mais embaixo. É preciso respeitar os Amazonenses, porque ele não pode ameaçar algo que é garantido por lei, que assegura o sustento e a vida de tantos amazonenses”, escreveu.

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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), reafirmou que uma ligação telefônica do ex-chanceler Ernesto Araújo poderia ter salvado vidas durante o colapso do sistema de saúde no Amazonas.

"Durante a crise de oxigênio em Manaus, a ajuda enviada pela Venezuela precisou ser transportada até a cidade pela estrada, uma simples ligação do ex-ministro Ernesto Araújo, para disponibilizar um voo que levasse o oxigênio até a capital amazonense, poderia ter salvo muitas vidas", escreveu o senador em publicação no Twitter.

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O ex-ministro foi ouvido pelo colegiado nesta terça-feira. Durante a sessão, Aziz criticou a atuação de Araújo durante a crise do sistema de saúde de Manaus. "Poderiam ter sido evitadas essas mortes se vossa excelência tivesse agido", declarou o senador.

Ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, nesta terça-feira (18), o ex-ministro de Relações Relações Exteriores, Ernesto Araújo, negou que tenha confrontado a China em qualquer momento da sua gestão à frente da pasta. 

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Araújo foi indagado pelo relator da CPI, o senador Renan Calheiros, se a relação do governo com a China teria prejudicado de alguma forma a chegada de vacinas e insumos para a produção dos imunizantes no Brasil.   

"Jamais promovi nenhum atrito com a China, seja antes seja durante pandemia, de modo que o resultado que obtivemos na consecução de vacinas e outros aspectos decorre de uma política externa de acordo com nossos objetivos, mas não era de alinhamento aos Estados Unidos nem de enfrentamos com a China", declarou o ex-ministro. 

Após Araújo afirmar que nunca se indispôs com a China, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), disse que ele estava faltando com a verdade. O presidente da CPI lembrou de um artigo de 2020 em que o ex-chanceler deu declarações contra o país asiático, chamando o coronavírus de 'comunavírus'. 

"Na minha análise pessoal, vossa excelência está faltando com a verdade. Eu peço a vossa excelência que não faça isso", disse Aziz.

Na segunda semana de depoimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o ex-secretário de Comunicação do Governo Bolsonaro, Fábio Wajngarten, quase foi ameaçado de prisão por se contradizer em diversas oportunidades. O gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, confirmou as recusas do Brasil na negociação de vacinas e o diretor-Presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, revelou que houve tentativas de alterar a bula da cloroquina para estender seu uso aos pacientes da Covid-19.

A rodada de oitivas reforçou os indícios de negligência do presidente Jair Bolsonaro e da sua equipe de Saúde com a pandemia. Na terça-feira (11), o gestor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres disse que se opôs à pressão pela alteração da bula da cloroquina e que o medicamento não é eficaz contra o vírus.

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Na quarta (12), o ex-secretário de Comunicação Social da Presidência (Secom), Fábio Wajngarten, chegou a ser ameaçado de prisão pelo relator, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) após mentir sob juramento. O presidente da Comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM), negou o pedido.

Wajngarten foi convocado após responder à Veja que o Ministério da Saúde era incompetente e teria sido o responsável pelo atraso das vacinas. Ele foi desmentido em diversas oportunidades ao afirmar que não chegou a trabalhar enquanto estava com Covid-19. O empresário também foi questionado pela campanha “O Brasil não pode parar”,  lançada oficialmente em 27 de março de 2020, que se posicionava contra o isolamento social preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Durante o depoimento do ex-gestor da Secom, a deputada governista Carla Zambelli (PSL-SP) chegou a obstruir os trabalhos e alegou que a testemunha era humilhada e sofria de abuso de autoridade por parte dos senadores. Apesar de esquentar o clima da sessão, ela não teve sucesso na intenção de encerrar os trabalhos da CPI.

Com o ex-representante do Governo Federal encurralado pelas próprias mentiras, o filho do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio (Republicanos-RJ), adotou a estratégia da aliada e tentou tumultuar a Comissão ao xingar diretamente Renan Calheiros de “vagabundo”. A sessão foi suspensa por Aziz, que pediu calma aos colegas. Diante do depoimento controverso, o plenário enviou um pedido de apuração ao Ministério Público.

Na quinta (13) foi a vez do gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, confirmar que o laboratório fez ao menos cinco ofertas de doses em 2020 e o governo federal ignorou a aquisição de 70 milhões de vacinas. Antes, Wajngarten já havia dito que o Governo deixou a negociação com a Pfizer estagnada por dois meses.

Murillo explicou que a primeira oferta foi em agosto de 2020 e, caso tivesse sido assinada, o Brasil receberia 18,5 milhões de doses da Pfizer até junho deste ano. Do total, 1,5 milhão já seria entregue em dezembro do ano passado e 3 milhões seriam repassadas de janeiro a março de 2021.

Depois de evitar a CPI ao alegar que estava com suspeita de Covid-19, o ex-ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), enviou um pedido de habeas corpus ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que permaneça calado em seu depoimento reagendado para a quarta (19). O requerimento também solicita que ele não seja preso.

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado encaminhou à Procuradoria da República no Distrito Federal despacho pedindo para que se averiguem as declarações dadas pelo ex-secretário de Comunicação e empresário Fabio Wajngarten ao colegiado. Mais cedo, senadores acusaram contradições e inverdades do ex-secretário e pediram a sua prisão.

O despacho encaminhado ao Ministério Público foi lido nesta quarta-feira, 12, no plenário da comissão pelo presidente do colegiado Omar Aziz (PSD-AM). Segundo o texto, o colegiado pede "a apuração e eventualmente a responsabilização, inclusive com a aplicação de penas restritivas de direito, pelo eventual cometimento do crime de falso testemunho perante essa Comissão".

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O documento é resultado de questão de ordem formulada pelo senador Humberto Costa (PT-PE) que solicita a tomada de medidas que a Procuradoria entender cabíveis. "A CPI não pode ser objeto de uma desmoralização", disse Costa. "O que eu queria demandar é que pudesse enviar uma cópia do depoimento do Sr. Fábio imediatamente ao Ministério Público para que o Ministério Público possa apurar as mentiras que foram ditas aqui, as contradições, e que isso possa resultar em um processo", completou Costa durante sessão desta tarde.

Segundo o despacho, "é importante que o Ministério Público averigue se o depoente infringiu o Código Penal, oferecendo a esta Comissão Parlamentar de Inquérito Falso testemunho ou falsa perícia", segundo legisla o Código de Processo Penal.

A leitura do despacho pelo presidente Aziz foi adiantada ao Broadcast Político pelo senador e vice-presidente do colegiado Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Segundo Randolfe, a medida é "para que tome as providências conforme o processo penal". Conforme havia adiantado, os autos do depoimento serão encaminhados ao procurador da República chefe junto ao Distrito Federal.

Os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), respectivamente presidente e relator da CPI da Pandemia, discutiram nesta quarta-feira (12) após Renan pedir a prisão em flagrante do depoente Fabio Wajngarten por mentir à comissão. Omar rejeitou o pedido.

"Não sou carcereiro de ninguém. Temos como pedir o indiciamento no relatório para ele ser preso, mas não por mim, e depois que for julgado. Aqui não é o tribunal de julgamento", disse o presidente da CPI.

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Renan argumentou que Wajngarten mentiu “descaradamente” em vários pontos de seu depoimento, em atitude que representaria “desprestígio” à CPI. Como Wajngarten falava na condição de testemunha, os atos configurariam flagrante de crime, argumentou o relator.

"Se este depoente sair daqui ileso, vamos abrir uma porta que depois vamos ter muita dificuldade para fechar. Se não tomamos decisões diante do flagrante evidente, é óbvio que isso vai enfraquecer a comissão", afirmou Renan.

Para Omar, o depoente “se contradisse”, mas “não mentiu nenhuma vez”. Ainda na opinião do presidente da CPI, Wajngarten trouxe a informação mais importante para a CPI até então, ao comprovar que várias autoridades do primeiro escalão do governo federal tiveram conhecimento, mais cedo do que se pensava, da intenção da Pfizer de vender vacinas para o Brasil.

"Nenhum de nós sabia disso. Hoje talvez tenha sido o melhor depoimento em termos de informação. Acho que estou salvando a CPI tomando esta decisão. [Renan] pode escrever o que bem entender no seu relatório e vai ser aprovado por este plenário. Mas daí a gente fazer disto aqui um tribunal de prisão, por favor... Não farei isso".

Renan lembrou que o artigo 301 do Código de Processo Penal permite que qualquer cidadão dê voz de prisão em caso de flagrante delito, mas assegurou que não usaria esse recurso para não “sobrepujar” o presidente.

"Não vamos fazer, em respeito a Vossa Excelência, mas qualquer um de nós, qualquer pessoa do povo, pode decidir que ele está preso. Estou pedindo somente que não deixemos este espetáculo se reproduzir".

Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência da República (Secom), foi acusado de contradizer, em seu depoimento à CPI, declarações que deu à revista Veja em entrevista publicada no mês passado. Ele negou ter atribuído incompetência ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello na negociação por vacinas contra a covid-19 e negou ter autorização do presidente Jair Bolsonaro para articular a compra de vacinas da Pfizer.

Durante a tarde, a Veja publicou a íntegra das gravações da entrevista. Nelas, Wajngarten afirma à revista que houve incompetência da “equipe que gerenciava o Ministério [da Saúde]” e que ele (Wajngarten) tinha “o aval do presidente” para mobilizar setores da sociedade diante dos riscos da falta de vacina.

Em outro momento, Wajngarten foi questionado por Renan se órgãos oficiais do governo haviam divulgado, no ano passado, a campanha “O Brasil não pode parar”, que defendia o isolamento social apenas para idosos e o retorno ao trabalho normal para o resto da população. O ex-secretário afirmou que isso não aconteceu, mas Renan mostrou uma publicação nas redes sociais do governo que trazia a marca da campanha.

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) também sustentou que Wajngarten deveria ser preso. Caso contrário, alertou, a comissão ficaria “apequenada”.

"O estado flagrancial aqui está presente a todo o momento neste depoimento. Não vamos apequenar a CPI, porque, se esse depoente não sair daqui preso, não vamos ter condição de fazer qualquer outra coisa. Ele está aqui deliberadamente faltando com a verdade, omitindo, e foi desmascarado inúmeras vezes".

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) disse que Wajngarten deveria receber o mesmo tratamento dado ao ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que foi o primeiro depoente da CPI e que, segundo Flávio, também mentiu.

Flávio ainda acusou Renan de estar usando a comissão como “palanque”. Os senadores trocaram xingamentos.

"Imagine um cidadão honesto ser preso por um vagabundo como Renan Calheiros", disparou Flávio.

"Vagabundo é você que roubou dinheiro do pessoal do seu gabinete", rebateu Renan.

O senador Omar Aziz suspendeu as atividades da CPI logo em seguida, uma vez que o Plenário do Senado estava se reunindo em sessão deliberativa e nenhuma comissão pode trabalhar simultaneamente com o Plenário da Casa.

*Da Agência Senado

 

Nesta quarta-feira (12), a deputada bolsonarista Carla Zembelli (PSL-SP) causou tumulto na sessão da CPI da Covid-19. A parlamentar foi à bancada do comando da comissão durante a suspensão do depoimento do ex-secretário de Comunicação Social da Presidência, Fabio Wajngarten, que, segundo ela, estaria sofrendo “abuso de autoridade” por parte do relator da CPI Renan Calheiros (MDB-AL).

De acordo com Zambelli, Calheiros “humilhou” o ex-chefe da Secom. A fala da deputada ocasionou o início de uma discussão acalorada entre ela, Renan Calheiros e senadores da oposição. O relator da CPI afirmou que Zambelli estava "ameaçando" a CPI.

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Em sua conta do Twitter, a deputada comentou o ocorrido.

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Antes de Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, solicitar a suspensão do depoimento, Wajngarten negou ter chamado o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de “incompetente” em entrevista dada a Revista Veja em abril deste ano.

“O senhor só está aqui por causa da entrevista.  Se não fosse isso, ninguém lembraria que você existia, não tem outra razão para estar aqui. É baseado no que você falou", disse Aziz. “Por favor, não menospreze a nossa inteligência, ninguém é imbecil aqui”, complementou. O relator Renan Calheiros (MDB-AL) enfatizou que, enquanto testemunha, o ex-chefe da Secom não deveria mentir em seu depoimento.

Confira o momento em que Carla Zambelli e senadores discutem:

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O presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz (PSD-AM), garantiu nesta terça-feira (11) a senadores governistas que a comissão vem tendo "um rumo natural em suas investigações" e que aguarda o envio de mais documentos para que estados e prefeituras sejam mais focalizados. Aziz acrescentou que diversas secretarias estaduais, às quais já foram solicitados documentos a respeito da aplicação de recursos federais repassados, têm pedido mais de cinco dias para enviar as informações.

"Demos cinco dias de prazo, e a maioria está pedindo um pouco mais, porque tem que detalhar todos os gastos. Não adianta o cara chegar aqui e dizer que recebeu R$ 400 milhões e gastou R$ 400 milhões, sem dizer em que, tanto estados quanto municípios. Quando os dados chegarem, vamos chamá-los [os representantes de governos estaduais e prefeituras]. Vamos dizer "olha, o governo tal pegou esse dinheiro, e gastou de forma indevida" baseados em fatos concretos", explicou.

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Para o presidente da CPI, o colegiado tem seguido um rumo natural nas investigações. Ele entende que primeiro é preciso ouvir todos os ministros da Saúde desde o início da pandemia, processo que, espera ele, seja encerrado no dia 19, com a oitiva do ex-ministro Eduardo Pazuello. Além dos ex-ministros, são necessárias oitivas com o Instituto Butantan e com a Fiocruz, além dos fabricantes das vacinas. Após encerrado esse processo, e com a documentação que chega dos estados, o uso dos recursos repassados pelo governo federal para governos estaduais e prefeituras também será abordado pela CPI.

Críticas governistas

No início da reunião da CPI nesta terça, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) protestou contra a tentativa da oposição de reconvocar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Para ele, a iniciativa faz parte da estratégia oposicionista de blindar estados e prefeituras, focando os trabalhos da CPI apenas no governo federal.

"Vocês só falam em cloroquina, mas e a roubalheira, a corrupção e os desvios de verbas? Temos que investigar isso também", protestou.

Luis Carlos Heinze (PP-RS) adotou a mesma linha. O senador disse que o governo federal investiu R$ 200 mil na cloroquina e repassou R$ 73 bilhões para estados e municípios. A discrepância, no entender do senador, indica que o foco da CPI deve ser no que foi feito dos repasses, em vez de priorizar o chamado "tratamento precoce".

Já Humberto Costa (PT-PE) justificou por que entende que Queiroga deve ser reconvocado.

"Ele disse que não sabia se havia distribuição de cloroquina na sua gestão, mas uma matéria do [jornal] O Globo mostra que, entre o fim de março e abril, depois de ele já ter tomado posse, foram entregues 127,5 mil comprimidos a dois municípios no interior de São Paulo. Ele ainda informou que não havia mais protocolo da cloroquina no SUS. Mas a orientação do Ministério da Saúde continua sendo a de fazer-se o "tratamento precoce" para a covid-19", disse Humberto Costa.

*Da Agência Senado

 

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid do Senado, Omar Aziz (PSD-AM), classificou neste domingo (9) como uma "grande decepção" a postura do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que depôs à comissão nesta semana e se esquivou de declarar sua posição sobre o uso da cloroquina em pacientes com covid-19. Segundo Aziz, Queiroga "com certeza" será reconvocado para falar mais uma vez à CPI, diante das contradições expostas entre a política do governo Bolsonaro na pandemia e as diretrizes do Ministério da Saúde.

Questionado diversas sobre o uso da cloroquina durante o depoimento na quinta-feira (6), o ministro respondeu que não poderia se pronunciar porque a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) ainda está avaliando e elaborando o protocolo de tratamento da covid-19. Isso irritou os integrantes da CPI, especialmente a cúpula do colegiado. Neste sábado, 8, o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que Queiroga investiu numa estratégia de não responder às perguntas dos senadores objetivamente e, portanto, de não "falar a verdade".

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Essa frustração foi endossada pelo presidente da CPI. "Agora, o Queiroga foi uma grande decepção, ele como médico cardiologista. Quando a gente perguntava se ele era a favor da cloroquina - e ele não citava a palavra cloroquina, falava em 'fármacos' -, ele jogava para a Conitec", comentou Aziz em entrevista ao historiador Marco Antonio Villa divulgada neste domingo no Youtube. Para o presidente da CPI, esse pretexto usado por Queiroga foi para "não magoar o chefe" e indica que o ministro é contra o uso da cloroquina em pacientes com covid-19, medicamento que não tem eficácia comprovada contra a doença.

"Então é claro no posicionamento dele que ele é contra, mas não quer magoar o chefe. E com certeza será reconvocado porque as contradições em relação à política do governo é totalmente diferente da política do Ministério da Saúde. Então ele deve ser reconvocado", afirmou Aziz.

Na conversa com o historiador, o presidente da comissão também avaliou o depoimento do ex-ministro da Saúde Nelson Teich como o "melhor" até o momento. Além de Queiroga e Teich, que foi o segundo titular da pasta no governo Bolsonaro, também falou nesta semana à CPI o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. "Teich passou 29 dias na Saúde, pouco ou quase nada poderia ter feito. Mesmo assim, acho que o melhor depoimento que teve foi do Teich, porque claramente ele se posiciona contra medicação antecipada, em relação ao que poderia ou não acontecer sobre essas medicações que estão sendo difundidas por um grupo de pessoas", afirmou o senador.

Sem planejamento

Para Aziz, no entanto, um ponto em comum nos depoimentos dos três médicos é que nenhum apresentou ter um "planejamento" para enfrentar a pandemia. "Nenhum deles tem planejamento, ainda estão todos batendo cabeça em relação à covid depois de um ano", avaliou o presidente da comissão. Apesar de lembrar que Mandetta levou à CPI a carta em que alertou o presidente sobre a gravidade da pandemia, Aziz disse que o ex-ministro também não conseguiu dizer à comissão qual foi o planejamento tocado por ele enquanto estava titular da Saúde.

"Qual era o planejamento de testagem, de barreira sanitária, de comportamento? Era tudo incipiente, mas não havia ali um planejamento, ele não deixa nada planejado como ministro", criticou o senador.

O presidente da CPI ainda avaliou que não é uma maioria, mas, sim, uma minoria no Brasil que defende o uso de medicações com eficácia não comprovada em pacientes infectados pelo novo coronavírus. "Parece que é uma maioria, e não é uma maioria. Eles têm um poder de mídias sociais muito grande", disse o senador.

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), admitiu, na noite dessa segunda-feira (3), em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, a possibilidade do colegiado convocar o ministro da Economia, Paulo Guedes, e governadores para prestar esclarecimentos sobre a condução da pandemia. Na semana passada, o senador havia descartado a convocação de Guedes. Ontem, mudou de tom: "se ele tiver de ir, irá".

Aziz voltou a chamar Guedes de "pitaqueiro" e a criticar recentes declarações do ministro sobre a China, como a de que o país asiático teria criado o novo coronavírus e, depois, desenvolvido uma vacina pouco eficaz. "Ele deveria cuidar da economia, que já não está bem. Estamos passando de uma pandemia para o casos social, pela fome, e a gente vê o ministro contando história como se fosse o todo poderoso", disparou, durante a entrevista. "É o grande puxa-saco dos americanos, mas que não consegue uma vacina por lá, e ataca o maior fornecedor de insumos da Coronavac."

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Sobre os governadores, o presidente da CPI da Covid disse que os líderes estaduais podem ser ouvidos caso possam contribuir com as investigações, mas destacou que eventuais punições cabem às assembleias legislativas de cada unidade da federação.

Considerado "independente" ao Palácio do Planalto no colegiado que investiga a condução da pandemia no País, Aziz ainda disse, durante a entrevista, nunca ter visto "tanto ministro sair do governo e falar tão mal". Ele se referia a criticas à administração do presidente Jair Bolsonaro feitas por antigos componentes da Esplanada, como o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo.

Em publicação no Twitter, o ex-chanceler afirmou que o governo "perdeu alma e ideal". O ex-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo federal Fabio Wajngarten também deu declarações espinhosas sobre o Palácio do Planalto, dizendo que precisou interceder, embora sem sucesso, para a aquisição de vacinas contra a Covid-19 da Pfizer.

O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), confirmou que o colegiado deve votar ainda nesta quinta-feira (29) todos os requerimentos de informação apresentados pelos senadores. A comissão já recebeu mais de 300 pedidos de convocação, convite e informações sugeridos pelos parlamentares.

"Vou suspender a reunião por meia hora e depois vamos ver requerimento por requerimento. Tem aqui vários pedidos de informação. Estou pedindo meia hora para a gente sistematizar e votar. Vamos dar transparência a tudo", disse Aziz.

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O relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), criticou a possibilidade de votação de todos os requerimentos. Ele lembrou que alguns pedidos de informação apresentados por parlamentares foram produzidos por assessores da Presidência da República com o objetivo de “tirar o foco da investigação”.

"São muitos requerimentos. Tem que ver inclusive se vai apreciar também os que vieram do Palácio do Planalto. Não podemos aprovar requerimento para tirar o foco da investigação que estamos fazendo. O que sei é que, pelo tempo que estou nesta Casa, essa coisa de tropa de choque vir aqui para defender coisas indefensáveis do governo... Isso não vai passar", disse Renan Calheiros.

O senador Marcos Rogério (DEM-RO) rebateu. Para ele, o foco da CPI da Pandemia “não pode ser dado” pelo relator da comissão.

"O relator deve respeitar o Senado Federal. Essa não pode ser a CPI do ódio e do direcionamento. Não sei qual é o medo que o relator tem das informações que virão a partir dos requerimentos. Qual é o medo?", questionou Marcos Rogério.

Os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Rogério Carvalho (PT-SE) defenderam a votação dos requerimentos de informação apenas na próxima terça-feira (4), durante uma reunião administrativa da CPI. Para eles, os parlamentares teriam mais tempo para analisar os pedidos.

"Há de se seguir ordem lógica mínima dos trabalhos. Não há como o requerimento de um senador deixar de ser apreciado. Claro que será apreciado e votado. Mas faço um apelo para que a gente possa ter um foco mais claro e fazer essa tramitação de uma forma tranquila", disse Alessandro Vieira.

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) lembrou, entretanto, que o presidente da comissão havia assumido o compromisso de votar todos os requerimentos nesta quinta-feira — inclusive aqueles produzidos pela Presidência da República. Ele criticou a tentativa do relator, senador Renan Calheiros, de tentar adiar a apreciação.

"Vamos votar se forem assinados por um senador. O senhor (Renan Calheiros) não vai impedir de votar nenhum requerimento. Eu sei quais são os requerimentos que o senhor não quer, senador", afirmou Ciro Nogueira.

*Da Agência Senado

O senador Omar Aziz (PSD-AM) afirmou há pouco que a expectativa é de que a Reforma da Previdência seja aprovada em dois turnos na Câmara já na próxima semana. Aziz participou de reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e líderes partidários na residência oficial da Câmara. "Reunião com Maia foi grande passo para aprovar reforma da Previdência", afirmou o senador.

Omar Aziz disse ainda que no encontro não se tratou da inclusão de Estados e municípios na reforma. "Acho difícil incluir a essa altura", afirmou.

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Questionado sobre quem será o relator da proposta no Senado, Aziz citou o nome do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Ele disse ainda que a expectativa é de que a tramitação da reforma no Senado seja mais célere. "No Senado, discussões de plenário são mais rápidas", comentou.

Maia segue reunido nesta tarde com líderes partidários, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e o secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, em discussões sobre a proposta da reforma da Previdência.

O secretário de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, acaba de chegar para reunião na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O encontro conta ainda com a presença do ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, que passou a ser o responsável pela articulação política do governo com o Congresso. Também estão na reunião o líder do PP na Câmara, deputado Arthur Lira, e o senador Omar Aziz (PSD-AM).

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Ontem (5), Rodrigo Maia já havia informado que faria uma reunião com lideranças hoje para discutir os próximos passos para a tramitação da Reforma da Previdência.

O governador do Amazonas, Omar Aziz (PSD), o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), e outros líderes estaduais fizeram um périplo nesta segunda-feira em gabinetes de senadores a fim de assegurar nesta terça-feira, 7, a manutenção da alíquota de 12% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as operações realizadas a partir da Zona Franca de Manaus para o restante do País.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado votará nesta terça-feira os destaques ao parecer do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) do projeto de resolução do ICMS. Dentre as 14 emendas que podem ser apreciadas, uma das mais polêmicas é a do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que reduz a alíquota da Zona Franca para 7%. Senadores de São Paulo lideram uma articulação política para diminuir a alíquota da localidade.

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Na visita, Aziz esteve com o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), os senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Pedro Taques (PDT-MT) e Cristovam Buarque (PDT-DF), o líder do PSB na Casa, Rodrigo Rollemberg (DF), e o presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN). Telefonou ainda para outros parlamentares, como o senador Humberto Costa (PT-PE).

O governador amazonense pediu-lhes apoio para manter a alíquota de 12% para a Zona Franca como forma de manter a "competitividade" do Estado. Segundo ele, a redução para 7% do ICMS acarretaria perda de 42% da arrecadação com o imposto e de 4%, como previa originalmente o governo federal ao querer unificar todas as alíquotas, uma queda de quase 80% da receita. Atualmente o imposto rende ao Estado R$ 6 bilhões.

"Não é só a perda do ICMS, porque essa perda pode ser compensada pela criação de um fundo. O problema é a cadeia produtiva que tem dentro do Estado que você perde toda", disse Aziz, na saída do encontro com Raupp. Na quinta-feira passada, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), reuniu-se com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto para tratar da reforma do ICMS. Alckmin cobra, pelo menos, que a Zona Franca tenha uma alíquota reduzida para 7%. O argumento é de que, com a reforma, a diferença entre a alíquota da Zona Franca e os demais Estados vai aumentar ainda mais - de cinco para até oito pontos porcentuais de imposto.

Desde a semana passada, uma articulação crescente de parlamentares da região Sul e Sudeste com Estados do Nordeste pode levar nesta terça-feira à análise aprovação de uma proposta que reduza a alíquota da Zona Franca. "É um exagero", admitiu um senador da base aliada, mais cedo.

O governador do Amazonas não quis dizer se seu périplo levará a rejeição da emenda amanhã. "Espero que tenhamos o apoio de metade mais um", disse Aziz. A comissão tem 27 integrantes. Logo após ser apreciado na CAE, o projeto regimentalmente só terá de ir à votação no plenário do Senado. Ele marcou de se encontrar com o autor do destaque, Eduardo Suplicy, nesta terça-feira cedo.

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