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O ministro da Economia, Paulo Guedes, esteve reunido com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, nesta segunda-feira, 29 para tratar de ações judiciais entre os Estados e a União que tramitam no STF, e sobre a necessidade da realização de um pacto federativo. O assunto do encontro, que aconteceu por volta das 16h30 na sede do tribunal, foi divulgado pela assessoria de Guedes, após a reunião ter ocorrido.

O ministro da Economia recentemente afirmou que o governo dará um "passo mais avançado" no segundo semestre com o estabelecimento de um novo pacto Federativo. Segundo ele, este pacto permitirá que recursos que atualmente estão "carimbados" possam ser usados de forma mais eficiente.

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Toffoli também já defendeu mudanças na área, assim como reformas nos sistemas tributário e previdenciário. O STF é o órgão do Judiciário responsável por julgar conflitos federativos, e acumula ações em que Estados e União estão em lados opostos.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que no segundo semestre deste ano o governo vai fechar o pacto federativo, que dá maior autonomia aos Estados, e aprovar no Congresso a reforma tributária, o que deve ajudar a destravar a economia.

Ele deu como exemplo de problema das amarras orçamentárias, que também atingem o governo federal, informando que o ministro da Justiça, Sergio Moro, quer R$ 500 milhões para a Força de Segurança Nacional, mas tem R$ 1,5 bilhão para construir penitenciárias e não pode utilizar esses recursos para outra finalidade.

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"Ele não pode colocar a mão, quem disse que ele quer fazer penitenciária? Não pode isso...", declarou durante palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).

Segundo o ministro, "para ver onde chegou o manicômio tributário", as igrejas não podem ser tributadas, mas gastam dinheiro para poder manter o governo informado das suas contas. "A multa se a igreja não informar é de R$ 40 mil", informou.

Ele reafirmou a intenção do governo de "disparar o canhão da privatização", e, sem dar detalhes, disse que "vem empresa grande por aí".

Líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB) tem aproveitado o recesso legislativo para visitar os municípios do interior de Pernambuco. Durante passagem pelas cidades de Poção e Orobó, no Agreste do Estado, e Ferreiros, na Mata Norte, o emedebista disse aos prefeitos e líderes políticos da região que o governo federal tem se esforçado para retomar o crescimento do país e citou o pagamento do 13º terceiro do Bolsa Família, como um dos meios de impulsionar a economia local. 

“Estamos inaugurando uma agenda de reformas no País, que começou pela previdência, que vai promover o equilíbrio das contas públicas e nos permitir encerrar um longo período de estagnação econômica. Estou muito otimista e confiante”, disse, em Orobó, nessa quarta-feira (17). 

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“Nos próximos dias, o presidente Bolsonaro vai anunciar o pagamento do 13º do Bolsa Família, que será pago até o dia 7 de setembro, então serão mais recursos liberados para animar o consumo das famílias brasileiras, gerando mais renda e ajudando a ativar a economia”, completou. 

Outra medida citadas por Fernando Bezerra Coelho foi a liberação de R$ 42 bilhões das contas do FGTS, anunciada recentemente pela gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL). 

“O trabalhador vai poder sacar o seu dinheiro e pagar suas contas, quem sabe fazer um pequeno investimento, e com isso a economia poder chegar ainda nesse ano a um crescimento mais expressivo. Acreditamos que será um crescimento em torno de 1%, mas o Brasil está se preparando para já no próximo ano ter um crescimento mais robusto, acima dos 2%, alguns acreditam que possa chegar a 3%, e com isso nós poderemos gerar mais de dois milhões de novos empregos”, ressaltou o líder governista.

Defensor ferrenho do governo Bolsonaro, Fernando Bezerra Coelho ainda disse que o presidente vai “propor um novo pacto federativo, isso significa mais Brasil e menos Brasília”. 

“Ou seja, o governo federal vai abrir mão de receitas, e transferi-las para estados e municípios. Neste ano, com a chegada dos recursos da cessão onerosa, que é uma área de exploração de petróleo e será vendida por mais de R$ 100 bilhões, o governo já decidiu que R$ 22 bilhões serão destinados a estados e municípios. Com tudo correndo bem no leilão, esse dinheiro deverá entrar até o dia 27 de dezembro. O que significa que os prefeitos poderão receber uma cota extra de Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o que poderá contribuir para injetar mais recursos no custeio, e assim promovendo uma série de ações voltadas ao atendimento dos munícipes”, previu o senador.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

A aprovação da Reforma da Previdência foi apresentada nesta quarta-feira (8) pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, como condição essencial para que um novo modelo de pacto federativo saia do papel. A pauta, prioritária para governadores, que esperam a partir de uma descentralização de recursos da União reequilibrar as contas de seus estados, foi debatida em um café da manhã, promovido pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), com a presença de 25 dos 27 governadores ou vices, de lideranças do Senado e do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, também participou do encontro.

“Foi manifestada pelo presidente Bolsonaro a dificuldade orçamentária e de capacidade de investimento do país nesse momento e que uma coisa está sempre atrelada a outra. Verifica-se exatamente esse esforço pela votação da reforma da previdência que isso possa ser o primeiro passo para destravar a economia e possa ir se concretizando item a item a partir de uma nova Previdência e de um novo cenário orçamentário”, destacou o líder no PSL no Senado, Major Olímpio (SP).

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Segundo o presidente do Senado, todos os governadores, mesmo os de oposição, como os dos Nordeste, que defendem modificações, por exemplo, em pontos da proposta como, por exemplo, aposentadoria rural e capitalização, se comprometeram a trabalhar junto às suas bancadas pela aprovação da reforma, mas para isso entregaram uma carta, assinada por todos, como seis itens que, segundo eles, compõem uma pauta mínima, que precisa avançar paralelamente à discussão da nova Previdência no Congresso.

“Se a gente quer efetivamente redistribuir a arrecadação precisa ter caixa. Mas [ é fundamental] que [ a reforma da previdência] esteja como foco principal de reequilíbrio das contas dos estados”, defendeu o presidente do Senado.

Pauta Mínima

Entre os pontos da carta está o chamado Plano Mansueto, que deve ser apresentado pela equipe econômica e trata da recuperação fiscal dos estados. Os governadores também querem mudanças na Lei Kandir, a reestruturação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), a securitização das dívidas dos estados, a renegociação da cessão onerosa do petróleo e a redistribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE), esse último por meio de uma proposta de emenda à Constituição.

Embora reconheça a importância da reforma da Previdência e que foi aberto um canal de diálogo entre estados e o Executivo Federal, para o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), a reforma e o pacto federativo são assuntos autônomos. “Não aceitamos uma abordagem de chantagem, uma abordagem que se transforme isso em um toma lá dá cá, porque são temas diferentes. A reforma da Previdência é um tema de longo prazo que interessa ao governo federal, claro, a estados e municípios. Nós não aceitamos a ideia de como a coisa está condicionada a outra”, afirmou Dino aos jornalistas.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) rechaçou as críticas de que esteja havendo toma lá dá cá por parte do governo. Leite avaliou que estancar o crescimento do déficit previdenciário é fundamental para que a União possa compartilhar os bens. "Eu não condiciono a reforma da previdência a outras medidas, mas evidentemente temos a expectativa de que o governo federal não se aproprie de outras receitas futuras e possa compartilhar isso com outros entes da federação ".

O gaucho lembrou que o estado do Rio Grande do Sul está em processo de recuperação fiscal. "Dependemos muito dessa negociação com o governo federal, mas nem por isso, estamos fazendo a negociação nesses termos de que apoio a reforma desde que me aprovem um regime. Entendendo como legítima, como correta a posição do governo federal que não pode fazer um negócio de pai pra filho. Tem que tratar os Estados com a correta linha que permita ao país não perder credibilidade" defendeu Eduardo Leite.

Outro governador, Ibaneis Rocha (DF), avaliou que a grande maioria dos governadores não têm controle sobre suas bancadas e o mesmo também acontece com o próprio governo federal dadas as discussões geradas dentro do próprio partido do presidente da República. “Vamos ter que ter exercício muito grande de conciliação, de conversa. Acho que a política agora vai se mostrar de forma bastante real, na formação dessa base parlamentar que possibilite a aprovação da reforma junto ao Congresso Nacional”.

Com o compromisso de discutir alterações no pacto federativo, o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Novo Pacto Federativo,  Silvio Costa Filho (PRB-PE), se reuniu nessa terça- feira (23) com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O tucano, que é um defensor o novo pacto federativo desde a campanha eleitoral de 2018, está em Brasília participando da 4ª edição do Fórum de Governadores, que discute pautas de interesse dos estados brasileiros.

Além deles, o deputado Herculano Passos (MDB-SP), presidente da Frente Parlamentar Municipalista também participou do encontro. Durante a reunião, Silvio destacou que o objetivo do Novo Pacto Federativo é  devolver aos gestores estaduais e municipais a capacidade de investimentos em áreas prioritárias para cada cidade e estado. “Quanto mais recursos forem liberados para as cidades e estados, mais a economia dos municípios vai crescer, e isso permite o crescimento do país como um todo, gerando emprego e renda para a população‘’, explicou o parlamentar.

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 Dória, que está no primeiro mandato como governador de São Paulo, pontuou a importância dos governadores e prefeitos brasileiros em discutir o pacto federativo. ‘“Sou municipalista porque pratico isso como governador de São Paulo. Temos uma administração descentralizada e confiamos na gestão capilarizado dos municípios. Eu fui prefeito da capital de São Paulo, por isso acredito e confio que a ação municipalista agiliza o processo para a chegada de recursos onde é mais importante. As pessoas vivem nas cidades, não vivem no Estado, nem vivem na nuvem federal”, comentou.

 Ainda na reunião, o governador convidou o deputado Silvio Costa Filho para, ao lado dos ex-ministros Henrique Meirelles, Bruno Araújo e Antônio Imbassahy, participar de uma reunião com prefeitos e secretários do Estado de São Paulo. Ele se comprometeu com a frente do Novo Pacto Federativo para ajudar com sugestões que fortaleçam o novo federalismo. Além disso, Dória foi convidado pela Frente Parlamentar do Novo Pacto Federativo para ir à Câmara Federal, em maio, para falar sobre as ideias e propostas para o projeto.

 Além de Dória, Silvio continuará, ao lado dos deputados e senadores que integram a Frente, realizando uma agenda com governadores do Brasil. o parlamentar já discutiu o novo Pacto com Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal, e deve se reunir nos próximos dias com os governadores do Ceará e de Pernambuco, Camilo Santana (PT) e Paulo Câmara (PSB), respectivamente, além de outros representantes dos executivos estaduais.

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O governador Paulo Câmara (PSB) participa, nesta terça-feira (23), da reunião do Fórum dos Governadores do Brasil. O encontro será em Brasília a partir das 9h. O debate entre os gestores deve ser norteado por temas como a reforma da Previdência e a situação fiscal dos Estados.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, deve participar da reunião. É a segunda vez que os chefes dos Executivos se reúnem com ele para abordar os assuntos. Em março, o encontro não resultou em boas perspectivas, segundo a ótica de Paulo Câmara. "O ministro não apresentou nada de novo. A expectativa era que tivéssemos propostas concretas sobre a recuperação dos Estados., que é o tema mais importante para os governadores", avaliou o gestor pernambucano na ocasião.

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No tocante da reforma da Previdência, Guedes deve reforçar o apelo para que os governadores apoiem a proposta encaminhada pelo governo para a Câmara dos Deputados. O texto deve ter o parecer votado na Comissão de Constituição e Justiça da Casa também nesta terça.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que o Senado vai "pilotar" a proposta do chamado Pacto Federativo defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para descentralizar recursos do Orçamento e aumentar repasses para Estados e municípios.

Após participar de um almoço de trabalho com Guedes e outros senadores para "nivelar a pauta econômica", Alcolumbre disse que, apesar de a reforma da Previdência ser a "mãe das reformas", há necessidade de outros projetos.

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"Não podemos ficar parados esperando [a reforma da Previdência], isso vai ser votado daqui, dois, três, quatro meses. Temos que continuar deflagrando reformas", completou Guedes. O ministro voltou a dizer que o pacto federativo é "chave" e que a classe política recupera protagonismo e controle sobre o orçamento. Segundo Guedes, os princípios para pacto federativo, de desvinculação e descentralização, estão definidos, mas quem vai decidir quanto fica com Estados e União será o Congresso Nacional.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado Silvio Costa Filho (PRB), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Novo Pacto Federativo, participou nesta quarta-feira (10), de um painel na 22ª Marcha em Defesa dos Municípios, em Brasília. Durante o encontro, que reuniu mais de quatro mil prefeitos de todo o país, o parlamentar destacou o trabalho que está realizando à frente do grupo e a importância do Novo Pacto para o crescimento dos estados e municípios do Brasil.

Ainda durante a intervenção, o parlamentar destacou os temas que devem entrar na ordem do dia do Congresso Nacional ainda neste primeiro semestre, como o repasse de 1% a mais do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), a PEC 61/2015 – que foi aprovada no Senado Federal, a cessão onerosa, Lei Kandir, ISS, Lei das Licitações, Lei dos consórcios, entre outros.

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Além de agradecer o apoio de todo o Congresso Nacional, o deputado destacou que acredita que o Novo Pacto Federativo vai sair do papel. "Quero agradecer a todo o Congresso Nacional o privilégio de poder, neste momento histórico, presidir a frente parlamentar do Novo Pacto. Sei que hoje em dia quando a gente fala do pacto federativo, infelizmente muita gente não acredita que essa agenda vai sair do papel. O mandato que mais aprendi foi o de vereador. Desde então aprendi a ser um municipalista convicto. Disse ao ministro Paulo Guedes, na reunião que tive com ele, que o futuro do Brasil não está em Brasília, mas está sobretudo nos municípios do País. Ninguém pode falar em crescimento econômico, geração de emprego e renda, melhorias em áreas importantes, se não valorizarmos os municípios brasileiros. Ou a pirâmide se inverte ou os municípios vão quebrar”, destacou o parlamentar.

A XXII Marcha em Defesa dos Municípios, que iniciou nessa segunda-feira (8) tem a presença de cerca 8 mil participantes, entre prefeitos, vice-prefeitos e representantes de executivos municipais do Brasil. O evento promove o diálogo, com objetivo de construir um novo pacto federativo que permita enfrentar com eficiência a necessidade de ofertar para a população brasileira mais e melhores serviços públicos.

"Quero propor que façamos uma visita ao presidente do Tribunal de Contas da União, José Múcio Monteiro, e ao Ministério Público Federal, para que o pacto não discuta apenas o aumento de receitas, mas valorize os prefeitos do Brasil. Uma agenda que valorize a todos. Temos que sair com um encaminhamento nessa direção. Estou confiando que esse pacto vai sair do papel. Do jeito que está fica ingovernável para os representantes dos municípios. Só vamos conseguir gerar emprego e renda se estimularmos o crescimento econômico dos municípios”, finalizou Silvio.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), reforçou nesta terça-feira, 9, a defesa pela aprovação do pacto federativo, assim como fizeram os presidentes da República, Jair Bolsonaro, e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Eles participaram juntos da abertura da 12ª Marcha dos Prefeitos em Brasília. Em apoio à pauta municipalista, Alcolumbre afirmou que o Senado "não irá se abster de responsabilidade como Casa da Federação".

Para Alcolumbre, há uma "abusiva centralidade fiscal" em Brasília e, por causa disso, prefeitos passam por "situação de mendicância". "Vemos prefeitos tendo que implorar recursos para ministros e parlamentares. Isso não pode mais continuar", declarou.

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Também disse que "tem certeza que o Congresso encontrará caminho para que tenhamos mais agilidade na destinação de recursos" para os municípios. "Essa marcha resume toda a luta municipalista do nosso País e traz em evidência as dificuldades dos prefeitos do Brasil afora. Esse convite vai ao encontro de meu histórico posicionamento de defesa de uma profunda rediscussão do pacto federativo e a formatação de um novo modelo."

Alcolumbre também defendeu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do orçamento impositivo, aprovado na semana passada, que reduz a autonomia do governo federal. "Podem argumentar que retira autonomia do governo federal, mas creio que ajude na descentralização (do orçamento)", avaliou. "Brasília tem testemunhado grande renovação seja no Executivo, seja no Legislativo. De um lado mostra democracia forte, mas e outro lembra que povo tem fiscalizado cada vez mais. Não podemos falhar, não podemos permitir que municípios continuem a caminhar para total insolvência. Temos que rediscutir o tão sonhado pacto federativo."

Essa foi a primeira vez que Bolsonaro e Maia se encontraram publicamente após protagonizarem uma série de troca de farpas em março. Em sua fala, Alcolumbre elogiou Maia, dizendo que ele conduz os trabalhos com "serenidade e tranquilidade, que é o que o momento impõe".

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) quer dialogar com o futuro governo sobre a situação do pacto federativo e outros assuntos que impactam nas contas das prefeituras. Entre as reivindicações dos municípios, está a liberação de recursos para dar andamento a obras paradas.

Segundo o presidente da entidade, Glademir Aroldi, a União deve aos municípios cerca de R$ 35 bilhões, referentes ao chamado “Restos a Pagar”, sendo que 80% dos pagamentos pendentes são de obras paralisadas. “Não é uma cobrança, eu estou querendo discutir com o governo para encontrar uma alternativa, talvez não iniciar novas obras sem concluir as obras que foram iniciadas”, disse Aroldi.

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O presidente da CNM disse que um dos gargalos são as obras de creches que em muitas cidades foram iniciadas e não finalizadas. A entidade já entregou a situação destas unidades para o Tribunal de Contas da União e os tribunais dos estados.

“Obra paralisada foi um recurso investido e como a obra paralisou, não conseguiram concluir. Quem está sofrendo com isso é a população brasileira, é sinônimo de desperdício de dinheiro público”, disse Aroldi.

Pacto federativo

A entidade destaca que o maior interesse do movimento municipalista neste momento é a regulamentação do pacto federativo, que expressa as competências e obrigações de cada ente da federação. A CNM também quer discutir a questão dos recursos necessários para cumprir as obrigações municipais.

A entidade sugere ao novo gestor que adote o modelo “fundo a fundo”, em que os recursos são depositados diretamente para a prefeitura, sem a intermediação de ministérios ou outras instituições do governo. O objetivo é flexibilizar e dar agilidade ao processo de aplicação dos recursos. Aroldi adiantou que a equipe de Bolsonaro se mostrou favorável a esta mudança.

“Nós precisamos discutir a federação como um todo e acho que a Confederação tem muito a contribuir com o futuro governo. E deste espaço de diálogo que precisamos ter para discutir todos os assuntos”. Na área da educação, a preocupação da CNM é com relação à continuidade do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A política, que conta com uma parte de recursos da União, foi implementada em 2007 e vence em 2020. Em muitos municípios, o fundo é a principal fonte de recursos para manter os serviços de educação, principalmente para pagamento de pessoal. 

Saúde

Na área da saúde, o desafio é colocar em funcionamento várias unidades de pronto atendimento (UPAs). Aroldi explica que a abertura deste tipo de equipamento da saúde depende de critérios, como manter médico 24 horas, que em muitos casos o município não consegue custear sem apoio do estado ou da União.

Durante a campanha eleitoral, a CNM se reuniu com a assessoria de Jair Bolsonaro para apresentar as principais demandas dos municípios. Desde o primeiro turno, foram feitos cinco encontros com os assessores de Bolsonaro. As sugestões também foram apresentadas à campanha de Fernando Haddad (PT). A expectativa é que a confederação volte a se reunir com a equipe do presidente eleito na próxima semana.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) reforçou, nesta segunda-feira (27), a tese de que a revisão do pacto federativo brasileiro é urgente e deve ser feita, segundo ele, para melhorar a qualidade de vida da população. Ao discursar durante a 72ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), no Recife, o pessebista criticou a concentração de recursos na União e se comprometeu a em 2018 discutir o assunto. 

“Nunca em um momento de democracia houve tanta concentração de recursos na União. Quem hoje administra municípios e estados sabe das dificuldades do dia a dia. Isso precisa ser muito bem discutido. Precisamos elaborar alternativas, porque os Estados têm responsabilidades, os municípios têm responsabilidades e, hoje, o recurso precisa ser melhor aplicado”, frisou, acrescentando que este é um “debate pelo futuro do Brasil”. 

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De acordo com Paulo Câmara, a bandeira de revisão do pacto federativo foi colocada pelo ex-governador Eduardo Campos já no seu segundo mandato, mas com a morte dele em 2014, o assunto não foi à diante das eleições. “Em 2018 vamos estar efetivamente no debate para discutir isso. Como governantes que somos temos que fazer o debate para o futuro. Um estado forte que seja capaz de dar respostas”, comprometeu-se. 

O assunto vai nortear a chamada Carta do Recife, que será lançada nesta terça-feira (28) pelos prefeitos. “Não tenho dúvidas, diante da minuta que já vi, que os tópicos estão em consonância com os anseios da população brasileira. E a nossa responsabilidade é essa: trabalhar cada vez mais com transparência, com responsabilidade e olhando os anseios de uma população tão sofrida", salientou o governador.

Prefeitos de Pernambuco vão realizar um ato, na próxima segunda-feira (26), em defesa dos municípios. Na mobilização, que vai acontecer na sede da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) às 10h, os gestores pretendem divulgar para população o que eles denominam de “números da crise econômica”. A ideia, de acordo com Associação Municipalista (Amupe), é divulgar as dificuldades das prefeituras em fechar as contas mensais. 

“Muitos deles não aguentam mais e já falam que vão parar. Esse ato é mais um grito de socorro diante da falta de recursos e as constantes quedas do FPM [Fundo de Participação dos Municípios] que vem afetando as obrigações dos municípios para dar uma qualidade de vida digna aos seus moradores”, frisou o presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB).

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Segundo Patriota, o foco principal é cobrar do Governo Federal mais atenção aos municípios. “Os prefeitos reclamam também dos programas sociais do Governo Federal que chegam para os municípios sem os recursos suficientes para dar andamento, ficando a carga onerosa para os municípios. Como ente federativo, os municípios querem igualdade na divisão tributária da União e que o país encontre logo caminhos para sair dessa crise esmagadora que afeta a todos”, enfatizou lembrando da importância do novo pacto federativo.  

Pouco antes de iniciar a sessão do Congresso que vai apreciar os 32 vetos presidenciais, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça (22) por 381 votos a 40 e sete abstenções, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição, que trata do Pacto Federativo (PEC 172/12).

Apesar da aprovação, ainda ficaram dois destaques da matéria para serem avaliados nesta quarta (23). O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu encerrar a sessão após a aprovação em segundo turno, ressalvado os destaques, para poder liberar o plenário para o início da sessão do Congresso.

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O texto aprovado há pouco impede que a União repasse encargos aos Estados e municípios sem antes destinar verba própria para a realização. A matéria já havia sido aprovada em primeiro turno com 379 votos a favor e 47 contra.

O novo Pacto Federativo em votação no Congresso Nacional e a crise econômica nacional serão discutidos durante uma audiência pública, na próxima sexta-feira (18), às 16h, na Câmara Municipal de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

A explanação sobre o assunto será feita pelo deputado federal Tadeu Alencar (PSB). O parlamentar defende uma arrecadação mais igualitária entre a União, Estados e Municípios. Atualmente, o governo federal fica com cerca de 70% dos tributos, deixando para as outras duas esferas apenas 30% restantes.

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Deputados estaduais e prefeitos de várias cidades do Litoral e Mata Norte também devem participar da discussão. 

A proposta de emenda à Constituição sobre o pacto federativo (PEC 172/12) e o projeto de lei complementar que facilita a participação de empresas no Supersimples (PLP 25/07) são os destaques do Plenário da Câmara dos Deputados a partir de terça-feira (1º). A PEC do Pacto Federativo foi aprovada na comissão especial na última quarta-feira (26), com relatório do deputado Andre Moura (PSC-SE) para a proposta do deputado Mendonça Filho (DEM-PE).

O texto impede a União de impor ou transferir encargo ou prestação de serviços a estados, ao Distrito Federal ou a municípios sem a previsão de repasses financeiros necessários ao seu custeio. A União só será responsável pelas obrigações repassadas se houver dotação orçamentária para isso. A proposta permite um acerto de contas anual de estados e municípios com a União envolvendo dívidas e repasses para cobrir os encargos.

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Os deputados podem votar ainda o Projeto de Lei Complementar 25/07, que aumenta em 250% o limite de enquadramento da microempresa no regime especial de tributação do Simples Nacional (Supersimples), passando de R$ 360 mil para R$ 900 mil a receita bruta anual máxima exigida. No caso das empresas de pequeno porte, a participação no sistema simplificado de tributação será permitida para o intervalo de R$ 900 mil a R$ 14,4 milhões anuais. Atualmente, é de R$ 360 mil a R$ 3,6 milhões. Essa faixa aumentou 400%. Ambas as atualizações de enquadramento começarão a valer a partir de 1º de janeiro do ano seguinte àquele em que o projeto virar lei.

O relator do projeto, deputado João Arruda (PMDB-PR), apresentou parecer no qual incluiu um programa de fomento para a atividade produtiva geradora de renda por parte da população considerada de baixa renda, incluída no cadastro único do governo federal. Os repasses para cada participante serão de até R$ 2,4 mil.

*Com informações da Agência Câmara

O plenário do Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 84 que proíbe a União de criar despesas para os estados e municípios sem apontar uma fonte de receitas ou a transferência de verbas. Com o texto, sempre que aprovadas leis que possam impactar nas contas dos entes federados ou que o governo criar programas que tenham esse tipo de impacto a União deverá apontar uma fonte de recursos que possa suprir as perdas.

A PEC, aprovada nessa quarta-feira (26), faz parte da lista de projetos sugerida pela Comissão Especial do Pacto Federativo, que tem o objetivo de apontar proposições legislativas que possam contribuir para melhorar a situação financeira dos entes federados e ajudar a remover gargalos que impedem o crescimento.

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Uma das reclamações frequentes dos estados e municípios é com relação à criação de pisos salariais nacionais, como já existe para os professores e é pleiteado por policiais e bombeiros. Assim, essas legislações são aprovadas impactando nas contas de custeio dos entes federados. Prefeitos e governadores alegam que isso geralmente não é levado em conta nas decisões federais.

“Nos dois encontros que tivemos, em maio e junho deste ano, governadores e prefeitos pediram ao Legislativo uma repactuação das obrigações orçamentárias. Uma das principais demandas era essa: impedir a União de criar despesas aos estados e municípios sem previsão de recursos. O que for apontado deve ter a respectiva receita. Isso é sinal de ter responsabilidade”, disse o senador Walter Pinheiro (PT-BA), presidente da Comissão do Pacto Federativo, durante a votação do projeto.

A matéria estava na pauta do Senado em regime de urgência e foi aprovada em dois turnos por causa de um calendário especial previamente acordado. Agora o texto segue para a Câmara dos Deputados, onde também precisa ser aprovada em dois turnos.

A definição de um novo Pacto Federativo para os municípios será o principal tema de mais uma marcha de prefeitos organizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), no próximo dia 5 de agosto. Em virtude da crise econômica vivenciada no País, o encontro irá incluir mudanças de impacto positivo a todos os municípios brasileiros, no Congresso Nacional, em Brasília.

Segundo o presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, os prefeitos estão em um momento decisivo. “O Pacto precisa ser aprovado no segundo semestre deste ano para garantir que todas as propostas aprovadas passem a vigorar, a partir de janeiro de 2016. É um novo rumo que defendemos e que vão beneficiar todos os cidadãos brasileiros”, avaliou, em convocação feita aos gestores municipais no site oficial do CNM. 

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Vista como uma “mini-marcha” pelo prefeito de Afogados de Ingazeira e presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota (PSB), o evento terá alguns pontos específicos. “A mini-marcha tem alguns pontos que serão estratégicos como o pacto federativo”, destacou.

Patriota também revelou parte da programação. “Na parte da tarde vamos ter reunião com a Comissão que o Estado instalou e também na Câmara dos Deputados. Na parte da manhã às 11h, vamos fazer uma grande mobilização na frente do Palácio do Planalto para que o governo possa cumprir o que foi acertado que foi 0,5% e ele só pagou 0,25% e também que ele assuma os seus programas federais”, destrinchou.

Sobre as ações de âmbito federal, José Patriota citou algumas e lembrou às dificuldades dos municípios. “O Programa Saúde da Família é muito grande mais ainda não tem um custei independente. Tem a questão da seca do Nordeste e esse é um problema que a gente precisa retomar com o Governo Federal”, ressaltou, comentando o quanto a crise afetou, também, seu município. “É muita dificuldade, o que eu comprava com 50 mil hoje é 70. Isso é importante se falar”, lamentou. 

Tema de discussão no seminário “Diálogo Brasil” promovido pelas fundações do PSB, PV e PPS no Recife, a revisão do Pacto Federativo foi cobrada pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, ambos do PSB. Para Geraldo, o atual pacto “não atende mais as necessidades do povo”.  

“Esse modelo do dinheiro ficar em Brasília está aprofundando as desigualdades. Precisamos recuperar a participação dos estados e municípios. O dinheiro tem que ficar onde está a responsabilidade e obrigação”, argumentou o prefeito. Segundo dados apresentados por ele, atualmente a cada R$ 4,00 arrecadado pela União, apenas R$ 1,50 é destinado para os estados e municípios. Antes o valor era de R$ 3,00. 

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Corroborando Geraldo, Câmara pela primeira vez o país vive um grande concentração de recursos. “Quem é governador e prefeito sabe que cada vez mais estamos dependendo dos recursos da União. Pela primeira vez estamos vivendo uma maior concentração dos recursos. Esta discussão precisa ser feita, colocamos isso bem claro em 2014. São temas importantes que defendemos e queremos, junto com todo o nosso partido, levar ao conhecimento da população brasileira”, observou o governador.

Para ambos, o maior desafio atual é manter o emprego da população. Segundo eles, de janeiro a maio foram fechados mais de 234 mil postos de empregos no país. “Lutar pelo emprego do povo brasileiro é fundamental. Isso jamais tinha acontecido no Brasil, resultados negativos nesta dimensão. Hoje o Brasil estaria vivendo uma situação diferente se contasse com a presença de Eduardo Campos”, conjecturou Geraldo.

O senador e relator da Comissão Especial do Pacto Federativo, Fernando Bezerra Coelho (PSB), conseguiu incluir na ordem do dia da sessão plenária desta quarta-feira (1º) seis novas proposições como prioritárias para o Pacto Federativo. Entre as propostas que não acarretam ônus à União e que se encontram em estágio avançado de tramitação, estão três propostas de emenda à Constituição (PEC) e mais três projetos de lei. 

 As proposições de emenda à Constituição tratam sobre a prorrogação da vigência dos percentuais mínimos destinados à irrigação; a permissão para que entidade de representação de municípios de âmbito nacional possa propor Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) e Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC);  e outra que insere a segurança pública entre as competências da União, dos estados, do DF e dos municípios.

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Já os projetos de lei versam sobre a alteração da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), para prever que a revisão da base de cálculo do IPTU e a atualização monetária dos valores que a compõem; a determinação da incidência do ISS sobre o rastreamento e monitoramento de veículos; e a prorrogação do prazo para a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos sólidos (erradicação dos “lixões”).

A Comissão Especial do Pacto Federativo reúne-se às 14h30, quando será analisado relatório geral que consolida outros projetos prioritários para Estados e Municípios e que estão prontos para serem apreciados pelas comissões ou pelo Plenário do Senado por não representarem impacto financeiro.

O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) encontrou o prefeito de Afogados da Ingazeira e presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota (PSB), em Brasília, nesta quarta-feira (17). Ele foi acompanhado do prefeito do município pernambucano e Cumaru, Eduardo Tabosa (PSD), do presidente da Associação de Municípios de Alagoas, Jorge Dantas, e do representante dos municípios do Paraná, Eduardo Stranz.

Durante a reunião, eles conversaram sobre as propostas para o novo pacto federativo que o congresso brasileiro está discutindo. Hoje, os municípios brasileiros são os mais sacrificados, ficando com menos de 20% dos tributos arrecadados. Fernando Bezerra Coelho é o relator da comissão especial que irá propor um novo pacto federativo.

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"A atual divisão dos recursos no país é perversa e castiga os municípios, que precisam ter mais capacidade para atender às demandas da população. Estamos ouvindo a todos, para construir um modelo mais justo e democrático", afirmou Coelho.

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