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A comissão especial da reforma política deve votar o relatório do deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) nesta terça-feira (19). A expectativa é de que o parecer, apresentado na semana passada, entre para a apreciação em plenário na semana que vem. A reunião do colegiado está agendada para às 10h. A discussão, apesar de ser consensual em alguns pontos, deve gerar um debate acalorado entre os parlamentares. 

Entre os temas polêmicos do texto estava o "super mandato" dos senadores que teriam uma legislatura de 10 anos e não mais de oito. No entanto, na última sexta-feira (15), o peemedebista reviu a medida e diminui mandato de senador para 5 anos. 

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O texto propõe também o fim da reeleição para cargos do Executivo; a coincidência das eleições; mandatos de cinco anos para prefeitos, governadores e presidente da República; fortalecimento dos instrumentos de democracia participativa e de fidelidade partidária e as coligações de partidos apenas nas eleições majoritárias.

*Infográfico Agência Câmara.

A Ordem dos Advogados do Brasil seccional Pernambuco entrará, até a próxima quarta-feira (4), com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para tentar barrar o quinto mandato do deputado Guilherme Uchoa (PDT) na presidência da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Uchoa foi reeleito nesse domingo (1°), com a preferência de 38 dos 49 parlamentares.

“Infelizmente, como a Alepe insiste em perpetuar o seu presidente no cargo, em desprezo à norma constitucional, vamos judicializar a questão", destacou o presidente da OAB-PE, Pedro Henrique Reynaldo Alves. Segundo ele, a inconstitucionalidade da reeleição do pedetista já tinha sido confirmada pela Comissão de Estudos Constitucionais (CEC) da OAB-PE, presidida pelo jurista Ivo Dantas, em parecer encaminhado para a Alepe. “Nossa expectativa era que aquela Casa Legislativa desse o exemplo no cumprimento da Constituição de nosso Estado. O que não aconteceu”, frisou o presidente da Ordem. 

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Parecer da OAB

O documento em que a OAB-PE analisa a constitucionalidade do mandato de Uchoa como presidente da Alepe foi homologado no dia 15 de dezembro e encaminhado a Casa Joaquim Nabuco. O parecer destacou, dentre outros argumentos, que “sob pena de ocorrência de grave inconstitucionalidade, não é possível ao atual presidente da Assembleia, concorrer ao próximo pleito eleitoral para o mesmo cargo que ocupa atualmente”. Para chegar a esta conclusão, segundo Pedro Henrique, a Comissão da OAB-PE fez "uma análise da correta interpretação e amplitude da Emenda Constitucional (EC) 33, de 2011".

A regra vigente, de acordo com o parecer, é a vedação à reeleição do terceiro mandato e a excepcional, carreada pelo Artigo 3º da EC 33, é a possibilidade da reeleição para o terceiro mandato apenas na eleição para o segundo biênio da 17ª legislatura (biênio 2013/2014). O documento ressalta ainda que “regras excepcionais devem ser interpretadas restritivamente, já que não se pode interpretar de forma ampla aquilo que é uma exceção”.

A Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) apresentou um parecer favorável a candidatura do atual presidente da Casa, Guilherme Uchoa (PDT), para um quinto mandato. O documento foi divulgado na noite dessa quinta-feira (29) e apontou ser constitucional a postulação do pedetista. A medida, segundo o texto, também é válida para qualquer outro integrante da Mesa Diretora.

O parecer da procuradoria estava pronto desde a segunda-feira (26), mas com as polêmicas geradas em torno do nome de Uchoa foi retraído para ser usado como a última cartada do pedetista contra os parlemantares aversos a sua postulação. A consulta pela constitucionalidade foi solicitada pelo deputado Eriberto Medeiros (PTC) que é quarto secretário da Alepe e pretende disputar a reeleição.

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A procuradoria avaliou a Emenda Constitucional nº 33/2011, que modificou as regras referentes à eleição para a Mesa Diretora. A norma determina que seja de dois anos o mandato dos membros do colegiado, vedada a recondução para o terceiro mandato consecutivo para o mesmo cargo, mesmo que de uma legislatura para a outra.

Segundo a análise da Procuradoria-Geral, as alterações somente entrarão em vigor “na legislatura subsequente”, que será iniciada no próximo dia 1º de fevereiro. O texto diz que a emenda não determinou que fossem consideradas as composições anteriores da Mesa Diretora. Dessa forma, a contagem dos mandatos começa na 18ª Legislatura, a partir da qual não poderá haver três mandatos consecutivos no mesmo cargo.

Veja aqui o parecer na íntegra. 

 

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) emitiu um parecer prévio recomendando a reprovação das contas do prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), relativas ao exercício financeiro de 2012. O indicativo foi emitido pela Segunda Câmara do TCE e ainda será análisado pelo Pleno da Corte. A relatora do processo foi a conselheira Teresa Duere e teve o seu voto aprovado pela unanimidade dos membros da Câmara de julgamento.

De acordo com o voto da relatoria, as principais falhas apontadas pelo TCE no período, que não foram solucionadas, mesmo após a análise da defesa do prefeito, foram relativas à Previdência Social e à aplicação “a menor” no ensino. Em relação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) deixou de ser recolhido o montante de R$ 3.828.406,89 (35,79% do valor devido). Tal fato implica o aumento do passivo do município, gerando encargos e multas que deverão ser pagos no futuro. Também foi apontado o não repasse das contribuições previdenciárias descontadas dos servidores devidas ao Regime Próprio de Previdência (RPPS), no total de R$ 95.917,08. Além disso, não foram recolhidas as contribuições patronais devidas ao RPPS no total de R$ 6.653.836,34 (34,38% do valor devido).

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Já em relação ao ensino, foi constatado que o município aplicou, em 2012, apenas 24,36% das receitas provenientes de impostos em educação, quando a Constituição Federal determina que o percentual mínimo deve ser de 25%. Tal ponto se torna relevante, pois o município de Olinda tem apresentado um cenário de baixos resultados, relativamente à questão educacional.

Análise dos Indicadores

A análise de indicadores, efetuada pelo Gabinete da relatora do processo, revelou que, no período compreendido entre 2005 e 2011, Olinda apresentou um cenário de indicadores que reclamam por maior atenção na educação, tendo em vista o alto fracasso escolar, acima da média dos municípios com população semelhante, bem como resultados obtidos pelo município no IDEB (índice de desenvolvimento da educação básica), também abaixo das cidades com porte populacional semelhante. Ainda relativamente à Previdência, a municipalidade tem deixado de recolher valores de forma crescente aos Regimes Geral e Próprio de Previdência. Em 2010, o total não recolhido foi de R$ 3.340.346,58; em 2011, R$.4.856.748,49; e em 2012, R$10.482.243,23.

Por essas razões, foi emitido parecer prévio recomendando a rejeição das contas de 2012 (Processo TC n° 1301941-7) e foram feitas diversas determinações visando à melhoria das próximas prestações de contas a serem enviadas ao TCE.

A Sessão da Segunda Câmara foi dirigida por sua presidente, conselheira Teresa Duere. Participaram também da Sessão os conselheiros substitutos Ruy Ricardo Harten Júnior (auditor geral do TCE) e Luiz Arcoverde Filho.

*Com informações do TCE

Técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pediram ao ministro Gilmar Mendes a rejeição das contas da presidente Dilma Rousseff, nas prestações da campanha de 2014. Mendes, que é vice-presidente do TSE, é o relator da prestação de contas da petista e do comitê financeiro do PT.

O relatório já foi encaminhado para o parecer da Procuradoria-Geral Eleitoral. O julgamento das contas está agendado para sessão do TSE de terça-feira, 9, porém a PGE tem 48 horas para se manifestar sobre o relatório técnico. O tribunal tem até quarta-feira, 10, para analisar as contas de campanha.

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A Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado (TCE) emitiu parecer recomendando ao Legislativo do município de Inajá, no Sertão de Pernambuco, a rejeição das contas de governo do então prefeito, Airon Timóteo Cavalcante (PR), relativas ao exercício financeiro de 2012. O parecer foi aprovador por unanimidade a partir da relatoria do conselheiro Marcos Loreto.

De acordo com o voto de Loreto, as principais falhas cometidas pelo gestor foram relativamente aos tópicos de contas de governo disseram respeito à previdência (não repasse das contribuições descontada dos servidores e não repassadas ao Regime Próprio de Previdência Social, totalizando - contribuições retidas dos servidores o montante de R$ 183.101,95 e contribuições patronais no valor de R$ 648.525,50). No que se refere ao Regime Geral de Previdência Social, houve repasse a menor das contribuições previdenciárias devidas pelos órgãos do Poder Executivo Municipal no valor de R$ 386.054,44. O pagamento de contribuições previdenciárias intempestivamente acarreta despesas pecuniárias que comprometem gestões futuras.

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Outros pontos observados foram: o descumprimento de limite de despesa com pessoal; descumprimento do percentual de aplicação nas ações e serviços públicos de saúde; deficiências nos instrumentos de planejamento da saúde e programação anual de saúde e não elaboração do Relatório Anual de Gestão, além do resultado do indicador de despesa per capita quando comparado a municípios com população semelhante e assunção de despesa que comprometem exercícios futuros. Por essas razões, as contas foram rejeitadas e foram feitas diversas determinações ao prefeito.

*Com informações do TCE

O procurador-geral Eleitoral, Rodrigo Janot, encaminhou nesta segunda-feira, 22, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um parecer no qual é contra conceder direito de resposta à candidata à reeleição, Dilma Rousseff, por inserções veiculadas pela campanha de Marina Silva no rádio na semana passada.

A defesa de Dilma questionou a peça da adversária, que foi ao ar na semana passada, no qual um narrador diz que a presidente tem 11 minutos de rádio e na TV e alfineta: "Você já notou que nesse tempo todo, ela só fala mal da Marina? Ela está preocupada com quem? Com o Brasil ou com a Marina?"

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O narrador, logo em seguida, afirma que "a gente só precisa de 15 segundos para falar a verdade". Na quinta-feira passada, o ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto já havia negado pedido de liminar da campanha de Dilma para suspender a veiculação das inserções. O TSE vai julgar em breve o mérito da ação, que pede a concessão de direito de resposta de pelo menos um minuto para cada uma das propagandas veiculadas.

Em sua manifestação, Rodrigo Janot disse que o direito de resposta deve ser negado. Segundo ele, o TSE firmou um entendimento há duas semanas segundo o qual "o exercício de direito de resposta, em razão de suposta afirmação sabidamente inverídica, poderá ser concedido quando a manifestação for expressada de forma ofensiva a candidato, partido ou coligação".

"Não se verifica, na hipótese trazida nos autos, a divulgação de inverdade flagrante e ofensiva", afirmou Janot, no parecer. "Com efeito, o emprego da expressão 'falar mal' ou 'falar a verdade' não ostenta caráter ofensivo na seara eleitoral, porquanto tem-se admitido o emprego de palavras fortes, como incompetência, inverdade, mentira, entre outras, inerentes à crítica política", sustentou.

Para o procurador-geral, há no uso da expressão "falar mal" o mero emprego de uma figura de linguagem para expressar que a propaganda eleitoral de Dilma faz "contundentes críticas a diversos pontos do programa de governo da candidata Marina Silva".

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou pareceres ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra ações que questionam a legislação que criou o programa Mais Médicos. O programa foi instituído por medida provisória, posteriormente convertida em lei. A justificativa foi a de que era necessário recrutar médicos para atuarem no Sistema Único de Saúde (SUS).

Conforme Janot, a Constituição Federal estabelece como requisito para edição de medida provisória a relevância e a urgência do tema. As ações sustentam que não seria esse o caso. Mas o procurador-geral discorda. "A realização do direito constitucional à saúde é indubitavelmente relevante", afirmou Janot. "A urgência é comprovada pelos dados alarmantes da precariedade do atendimento médico em milhares de municípios brasileiros", disse.

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O Ministério Público de Três Passos (RS) emitiu, nesta quinta-feira (1°), parecer contrário à revogação da prisão temporária do médico Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo Uglione Boldrini. O pedido foi feito pelo advogado Jáder Marques na noite de quarta-feira (30) e deve ser analisado pelo juiz Marcos Agostini nesta sexta-feira (2). A prisão temporária vigora até 13 de maio, dia em que o polícia também deve concluir o inquérito que investiga a morte do garoto, desaparecido de casa em 4 de abril e encontrado enterrado em um matagal de Frederico Westphalen, a 80 quilômetros de Porto Alegre, em 14 de abril. Desde aquele dia, Leandro, a madrasta Graciele Ugulini e a assistente social Edelvânia Wirganovicz estão presos.

Em seu parecer, a promotora de Justiça Dinamárcia Maciel de Oliveira sustentou que a ordem de prisão temporária, ao contrário do que alega a defesa de Leandro Boldrini, não foi expedida por meras suposições, desconfianças ou com base apenas nas palavras de Edelvânia. "Longe disso, vários outros indícios apontam a perfeita ciência do pai acerca da morte do filho antes mesmo de o corpo de Bernardo ser encontrado e quando todos procuravam o menino ainda, o que o coloca dentro do rol de suspeitos", afirmou.

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Em depoimento dado à polícia na quarta-feira, Graciele alegou que a morte de Bernardo foi "acidental" porque teria sido provocada pela ingestão excessiva de medicamentos que ela deu ao garoto para acalmá-lo. Um laudo já emitido pela perícia indicou a presença de substâncias do sedativo midazolam no corpo do menino. A enfermeira isentou o marido Leandro de culpa no episódio, o que levou o advogado dele a pedir a revogação da prisão poucas horas depois.

O Ministério Público Federal (MPF) enviou parecer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o cálculo de correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O documento, assinado pelo subprocurador-geral da República Wagner Mathias, recomenda que os saldos de FGTS sejam reajustados segundo o índice oficial de inflação ou que se considere, "alternativamente", uma mudança no cálculo da Taxa Referencial (TR), "a fim de que sejam corrigidas as distorções que a tornam incompatível com a finalidade da proteção jurídica conferida - no âmbito analisado - aos saldos do FGTS".

O documento, datado de 28 de março, foi disponibilizado nesta terça-feira (1°) no portal do MPF e da Procuradoria Geral da República. Segundo a argumentação do subprocurador, o cálculo da TR vem sendo afetado desde 1999, quando passou-se do regime de câmbio administrado para flutuante, com "impacto direto nos cotistas do FGTS, ao não refletir as perdas inflacionárias efetivamente sofridas no período".

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O parecer do MPF dá razão à reclamação que consta de milhares de ações judiciais que chegaram ao STJ contra a Caixa Econômica Federal, para que os fundos sejam corrigidos de forma a não perder para a inflação. Em 25 de fevereiro, o ministro do STJ Benedito Gonçalves determinou a suspensão de todas as ações judiciais, em quaisquer instâncias da Justiça - federal ou estadual - que pedem correção dos saldos do FGTS por índices diferentes da TR. Essa suspensão vale até que a Primeira Seção do Tribunal julgue o Recurso Especial 1.381.683, que foi considerado "controvérsia repetitiva". Dessa forma, o STJ pretende diminuir a insegurança jurídica sobre o tema.

A decisão do STJ em relação ao recurso mencionado deve ocorrer ainda em abril e servirá para balizar o entendimento dos tribunais inferiores e criar uma espécie de jurisprudência sobre o tema. A substituição da TR, segundo o governo, abriria caminho para a revisão de todos os contratos de financiamento com recursos do FGTS - além da aquisição de moradias, o financiamento estudantil, por exemplo. A Caixa, por sua vez, contesta todas as ações que pedem a mudança no sistema de correção do FGTS.

O banco estatal também recorre contra uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo partido Solidariedade, presidido pelo deputado federal Paulinho da Força (SP). A Adin pede a troca da TR, no cálculo, por um índice inflacionário, como INPC ou IPCA.

O novo chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, Guilherme Afif Domingos, disse nesta quarta-feira que, como vice-governador de São Paulo, cargo que acumulou com a indicação da presidente Dilma Rousseff, "fica à espera" e, como o governador Geraldo Alckmin (PSDB) "nunca viaja", ele não precisará se licenciar da função na Esplanada dos Ministérios para substituí-lo. Parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) divulgado nesta terça-feira, 21, sustenta não haver conflito de interesse ou impedimento para que Afif acumule os cargos.

Na segunda-feira, 20, a Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu que pediria explicações a ele sobre o acúmulo de cargos. Como até esta quarta não foi notificado da necessidade de se explicar, Afif decidiu ir por conta própria ao Palácio do Planalto nesta tarde com o parecer da AGU que lhe permite a permanência no governo de São Paulo. "Eu posso ser vice e ponto", reafirmou no Senado, após uma reunião com o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

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O novo chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República e vice-governador de São Paulo havia pedido à AGU que estudasse o caso. "Do ponto de vista federativo, a presença do vice-governador de São Paulo no governo federal é circunstância alvissareira de uma convergência necessária e exigida como condição para o progresso do País", disse a AGU, no parecer.

Apesar disso, de acordo com a resolução número 8 da comissão, há conflito de interesses no exercício de atividade que "viole o princípio da integral dedicação pelo ocupante de cargo em comissão ou função de confiança, que exige a precedência das atribuições do cargo ou função pública sobre quaisquer outras atividades".

A AGU, entretanto, argumenta não haver legislação que impeça o vice-governador de assumir outros cargos e lembra que Afif foi secretário estadual de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo no começo do governo Alckmin, sem que houvesse questionamento sobre eventual conflito de competência. O documento da AGU prevê casos em que o Afif teria de se afastar do ministério: para assumir o governo estadual se Alckmin se ausentasse do País, ou em definitivo, caso este renunciasse ao mandato de governador.

ARACAJU (SE) - O estado de Sergipe alcançou a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde para vacinar a população prioritária - idosos, mulheres grávidas, trabalhadores da saúde, crianças de seis meses a dois anos e indígenas -, na Campanha Nacional de Combate à Gripe. Ao todo, 80,89% dos sergipanos foram imunizados.

A vacinação continua até a sexta (31). A partir desta data, as pessoas que não tomaram a vacina, não poderão mais tomar. Apesar do número representar o total do estado, nem todos os municípios alcançaram a meta mínima. Ao todo, 14 municípios ficaram abaixo da cobertura vacinal como Aracaju (71,56%), Estância (79,05%) e Santa Luzia do Itanhy (69,53%) entre outros.

Entre as sete regionais de saúde, apenas a da grande Aracaju não atingiu a meta de vacinação. A região Sul de Sergipe foi a que mais vacinou: 88,61% da população prioritária. Em seguida, as que mais vacinaram foram Agreste (87%), Baixo São Francisco (84,92%), Leste (84,44%), Alto Sertão (82,87%) e Centro Sul (80,28%).

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“Incluindo os doentes crônicos, foram aplicadas mais de 276 mil doses da vacina contra a gripe, nos 350 postos de saúde de Sergipe. A partir do dia 31 os municípios não poderão mais alimentar os dados no sistema do Ministério da Saúde”, concluiu Sândala Oliveira, gerente do programa de vacinação.

O deputado federal Pedro Eugênio (PT-PE), relator do Projeto de Lei 1.139/2007 (Procultura), apresentou na quarta-feira (15) à Comissão de Finança e Tributação (CFT) seu parecer sobre emendas recebidas na matéria. Em seu relatório, o parlamentar acatou também contribuições do Ministério da Cultura. Na ocasião, o presidente da CFT, deputado federal João Magalhães (PMDB-MG), disse que a matéria é prioridade e deverá entrar na pauta de votação na próxima semana.



O Procultura irá substituir a Lei Rouanet, que completou 20 anos em 2012 e não traduz mais o atual momento da cultura brasileira. Será o novo marco regulatório de financiamento, estabelecendo vários mecanismos de aumento dos recursos para a cultura, podendo elevar os investimentos de cerca de R$ 2 bilhões para R$ 3,5 bilhões – englobando o Fundo Nacional de Cultura (FNC) e o Mecenato (investimento de empresas em projeto por meio do programa de renúncia fiscal). O FNC, por exemplo, que é o instrumento de mais fácil acesso a artistas e grupos culturais de menor porte, poderá ter um aumento na faixa de R$ 600 milhões.



As novas regras farão com que os recursos sejam melhor distribuídos tanto no aspecto geográfico quanto nas diferentes linguagens culturais. Um desses mecanismos é a definição de Território Certificado pelo Ministério da Cultura. As áreas escolhidas de interesse cultural, que poderão ser bairros, cidades, por exemplo, terão incentivos fiscais adicionais, induzindo maior aplicação nesses territórios por parte de patrocinadores do mecenato.



Outro mecanismo de democratização é a possibilidade de qualquer projeto e linguagem ter 100% de financiamento do seu valor. Hoje poucas categorias podem chegar a esse estágio. “No novo projeto, todos podem. Mas, para fazer jus a 100% terão que ser avaliados a partir de atendimento de atributos definidos na lei, com o sistema de pontuação, que engloba gratuidade, acessibilidade, itinerância, etc.. Agora será um sistema de meritocracia”, explica o relator da proposta.

O Ministério da Educação (MEC), nesta terça-feira (19), homologou o parecer da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE) referente à Lei Geral da Copa. De acordo com o órgão, o parecer informa que os sistemas de ensino deverão estabelecer seus calendários escolares, com 200 dias letivos, nos termos que se encontram dispostos na Lei das Diretrizes e Bases da Educação.

Porém, ainda segundo o MEC, há a recomendação de possíveis ajustes nos calendários escolares em locais que vão sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014, em conformidade com a Lei Geral da Copa. O parecer foi publicado no Diário Oficial da União de hoje.

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Depois de divergências sobre o relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG) e a leitura de cinco votos em separado e sugestões ao relator, o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), marcou a sessão de votação para a próxima terça-feira (18). O texto final deve ser votado na ocasião, dias antes do prazo final para o término dos trabalhos, no dia 22 de dezembro.

Odair Cunha já adiantou que, mesmo com a inclusão das observações feitas durante a reunião desta terça-feira (11), não haverá mudanças substanciais no relatório final. "Muito do que foi apresentado nos votos em separado e sugerido pelos parlamentares já está no meu relatório, que englobou tudo o que foi investigado pela CPMI", declarou Cunha.

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Ele precisará fazer uma terceira versão do texto (as duas anteriores tinham mais de cinco mil páginas). No início da sessão desta terça, os parlamentares apontaram erros na segunda versão. O deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) apontou que em duas páginas, o relatório mantinha o pedido de indiciamento do jornalista da Veja, Policarpo Júnior. Em seguida, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) apontou citações ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel. “O relatório não elimina do texto as adjetivações maldosas feitas ao procurador-geral da República. Nós não estamos prontos para deliberar sobre o relatório”, considerou o senador.

Odair Cunha tinha dito anteriormente que retiraria do relatório os pedidos de indiciamento de Policarpo Júnior e de outros quatro jornalistas e de investigação da conduta de Roberto Gurgel. Na sessão desta terça, ele reafirmou a intenção e considerou as citações reclamadas como "erros materiais".

Votos

Cinco votos em separado foram apresentados nesta terça. O primeiro foi o do PPS, lido pelo deputado Rubens Bueno (PR). O documento critica o relator por deixar de fora governadores que supostamente teriam ligações com contraventor Carlinhos Cachoeira ou com a empreiteira Delta e pede a inclusão do pedido de investigação dos governadores Agnelo Queiroz (DF), Sérgio Cabral (RJ), Siqueira Campos (TO) e Sinval Barbosa (MT). Odair Cunha incluiu apenas o chefe do Executivo de Goiás, Marconi Perillo.

"Supostamente envolvidos no escândalo, [eles] foram blindados pelas forças governistas. Os requerimentos de convocação foram sistematicamente rejeitados", diz um trecho do texto, que também pede a investigação de empresas fantasmas, suspeitas de serem usadas no esquema de lavagem de dinheiro da quadrilha.

O voto do DEM também pede a apuração das denúncias contra 18 empresas, não investigadas pela CPMI, que teriam recebido R$ 421,6 milhões da Delta. “A comissão parou onde deveria começar, abdicou da responsabilidade de investigar”, frisou Álvaro Dias.

O PSDB também pediu a investigação das empresas laranja, além do indiciamento do  ex-ministro da casa civil, José Dirceu, entre outras pessoas.

O senador Randolfe Rodrigues também apresentou o voto em separado, ressaltando a necessidade de investigar a atuação da organização criminosa de Cachoeira no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

A última apresentação foi do deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF). Ele defendeu a criação de uma comissão de deputados e senadores para acompanhar os desdobramentos das investigações do Ministério Público e da Polícia Federal a partir das conclusões da CPMI.

Relatório

Ao todo, o relatório do deputado Odair Cunha acusa 41 pessoas: 29 foram indiciadas e 12, por terem foro privilegiado, foram responsabilizadas. Nesse último caso, caberá ao Ministério Público Federal analisar se haverá inquérito ou ação penal. Todos os listados são acusados de ter ligação direta com o esquema ilegal de Carlinhos Cachoeira, suspeito de comandar uma quadrilha ligada à exploração de jogos ilegais, envolvendo servidores públicos.

Cunha faz diversas recomendações para que o Ministério Público aprofunde as investigações e prepare as denúncias à Justiça. Na semana passada, Cachoeira voltou a ser preso após ser  condenado a 39 anos de prisão pela Justiça de Goiás.

Com informações da Agência Brasil.

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), anunciou agora há pouco que a votação do parecer do relator Odair Cunha (PT-MG) será adiada. O motivo foi a ocorrência de erros na nova versão do texto, que tem mais de cinco mil páginas.

Logo no início da sessão desta terça-feira (11), o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) apontou que em duas páginas, o relatório mantinha o pedido de indiciamento do jornalista da Veja, Policarpo Júnior. Em seguida, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) apontou citações ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel. “O relatório não elimina do texto as adjetivações maldosas feitas ao procurador-geral da República. Nós não estamos prontos para deliberar sobre o relatório”, considerou o senador.

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Odair Cunha tinha dito anteriormente que retiraria do relatório os pedidos de indiciamento de Policarpo Júnior e de outros quatro jornalistas e de investigação da conduta de Roberto Gurgel. Na sessão desta terça, ele reafirmou a intenção e considerou as citações reclamadas como "erros materiais".

Diante das reclamações, o senador Vital do Rêgo anunciou que a votação seria remarcada para outra data oportuna e que a sessão deste terça será reservada para a apreciação dos votos em separado e de outras 13 sugestões ao relatório de Odair Cunha. Os votos em separado foram apresentados pelo PPS, PSDB, DEM e pelo deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF).

A CPMI do Cachoeira tem até o dia 22 de dezembro para encerrar os trabalhos. É necessária a aprovação de maioria simples dos 36 integrantes para o texto final da CPI. Quando for aprovado, o relatório seguirá para o Ministério Público Federal, Receita Federal, Tribunal de Contas da União e Justiça Federal.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira corre o risco de terminar em pizza, sem a aprovação de relatório final com as conclusões das investigações. Mesmo depois do recuo do relator Odair Cunha (PT-MG), que desistiu de pedir o indiciamento de cinco jornalistas e da investigação do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, parte da base aliada na CPI, capitaneada pelo PMDB, uniu-se ao PSDB e ameaça derrubar todo o relatório final do petista ou sequer votar o documento.

Um dos argumentos dos aliados para rejeitar o texto final é o pedido de indiciamento do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, por seis crimes. Governistas e tucanos alegaram que Cunha "politizou" o documento ao propor o indiciamento apenas de Perillo, deixando de fora o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiróz. "Assim como a imprensa e o procurador-geral, a questão do governador de Goiás também é uma cortina de fumaça para evitar a discussão de outros temas", afirmou o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), que decidiu votar a favor do relatório depois das mudanças feitas pelo relator.

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Miro cita o pedido de indiciamento de Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta Construções, como um dos itens que ninguém defende publicamente a retirada. Mas nos bastidores integrantes da CPI, quer do governo, quer da oposição, trabalham para que Cavendish seja poupado. "Esse relatório é incorrigível", decretou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que atribui a inclusão do indiciamento de Perillo no relatório a "fruto da ira" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o governador tucano.

Com cerca de cinco mil páginas, o relatório final da CPI deverá colocado em votação na semana que vem, dia 5. Hoje, os integrantes da comissão de inquérito estão divididos entre aprovar o texto e derrubá-lo na sua integralidade. É o caso do PMDB da Câmara: a deputada Íris Araújo (GO) deverá votar a favor do relatório de Cunha, enquanto Luís Pittman (DF) pretende votar contra. "Nenhum dos lados tem certeza de que pode ganhar", observou o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), que é suplente na CPI. Ele é um dos que advoga que a inclusão de Perillo no relatório "causa embaraços" e "politiza" o texto da CPI.

A reação ao relatório de Cunha está espalhada em todos os partidos. "Vou votar contra o relatório porque ele não investigou o esquema paralelo da construtora Delta", afirmou o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP). O deputado Sílvio Costa (PTB-PE) já avisou que vai votar contra toda a proposta. Nem mesmo os chamados "independentes" da CPI _ os deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Rubens Bueno (PPS-PR) e os senadores Randolfe Rodrigues (PSol-AP) e Pedro Taques (PDT-MT) conseguiram chegar a um consenso sobre a aprovação ou rejeição total do relatório.

Para tentar salvar o relatório, Odair Cunha brecou manobra do presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que chegou a firmar acordo de procedimentos para que pontos controversos do texto fossem votados separadamente pelo plenário da comissão de inquérito. Dessa forma, a CPI iria poder derrotar itens do relatório de Cunha, produzindo, na prática, um novo documento.

"Não aceito esse acordo de procedimentos que prevê que partes ou sugestões ao texto por mim não aceitas sejam submetidas ao voto do plenário", afirmou Cunha, momentos antes de iniciar a leitura de uma apresentação de 89 páginas do relatório. "Quem discordar do meu relatório, terá que votar contra todo o relatório", disse. "Ele (Cunha) virou um ditador!", reagiu o deputado Vaz de Lima (PSDB-SP).

Pressionado e sem votos para aprovar o documento, Cunha anunciou a retirada de seu parecer do pedido de indiciamento de cinco jornalistas - entre eles, Policarpo Júnior, da revista Veja - e da sugestão para que o Conselho Nacional do Ministério Pública (CNMP) investigue Gurgel por não ter levado adiante as apurações da Operação Vegas, da Polícia Federal. A inclusão de Gurgel no relatório foi interpretada como uma vingança do PT contra o procurador-geral que apresentou a denúncia para o julgamento do mensalão.

Agilidade e isonomia nos processos. Essas são duas características apontadas pelo relator da comissão especial da Câmara que analisa o projeto do novo Código de Processo Civil, deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA).

Para ele, a rapidez na tramitação não exclui os princípios constitucionais da ampla defesa, do contraditório e do devido processo legal. No relatório, ele destaca que a apelação contra decisão de um juiz de primeira instância deve ser feita diretamente ao tribunal de segunda instância, diferentemente do que ocorre hoje, quando a apelação é analisada pelo próprio juiz de primeira estância."Qual é a tendência dele? Indeferir sua apelação. Aí o que você faz? O chamado agravo de instrumento. Você agrava a decisão dele para levar para o tribunal.Estamos propondo que a interposição seja feita diretamente na segunda instância. Com isso, você vai diminuir sua espera em um ano, em alguns estados”, explicou Barradas Carneiro.

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Outra medida prevista é o chamado incidente de ações repetitivas, que poderá beneficiar os processos dos consumidores contra planos de saúde, concessionárias de telefonia e bancos. "Uma dessas ações será escolhida pelo tribunal e aquela decisão que for aplicada a este processo será aplicada a todos os demais, que terão sua tramitação suspensa. Ou seja, você vai matar vários processos ao mesmo tempo e garantir a isonomia: o que será dado a um será dado a todos, diferentemente de hoje", apontou.

A eficácia normativa da jurisprudência, incluída no relatório, também vai ajudar a acelerar a tramitação das ações. O texto estabelece que as decisões dos tribunais superiores deverão ser seguidas pelas instâncias inferiores.

A próxima reunião da comissão será no dia 10 de outubro, quando devem ser discutidas eventuais alterações no relatório. A votação do parecer está previstas para o dia 17. Só após a aprovação, o texto será enviado ao Plenário da Câmara. Elaborado por uma comissão de juristas, o projeto do novo CPC foi aprovado pelo Senado em 2010. Após a aprovação na Câmara, o texto seguirá para a sanção presidencial.

Com informações da Agência Câmara de Notícias.

A Comissão mista do Congresso responsável por discutir a Medida Provisória da Seca (MP 562/2012) aprovou na noite desta quarta-feira (4) parecer do líder do PT no Senado e relator da matéria, Walter Pinheiro (BA). A principal mudança de Pinheiro, que apresentou seu relatório esta tarde, foi propor uma renegociação de dívidas de produtores agrícolas com saldo atual de até R$ 200 mil, assegurando-lhes direito a suspensão imediata da cobrança. O pagamento desse saldo devedor pode ser feito em até dez anos.

A proposta foi aprovada por unanimidade dos deputados e senadores da comissão e agora segue para o plenário da Câmara para apreciação. Para ter direito às condições favoráveis de renegociação, o agricultor precisa aderir ao programa de repactuação de dívidas até dezembro de 2012. Ele tem de ir ao banco para formalizar o fim da execução. Por meio do programa, a intenção é centralizar débitos que estavam dispersos em várias instituições numa única dívida.

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Pela proposta, somente podem aderir os produtores que tiverem contratos firmados até 30 de dezembro de 2006, no valor original de até R$ 100 mil e que ainda estavam inadimplentes até 30 de junho deste ano.

Estimativas do Ministério da Fazenda indicam que a proposta pode beneficiar cerca de 500 mil produtores, dos quais 350 mil com dívidas de até R$ 35 mil. Ao todo, 125 mil produtores estão com dívidas em fase de execução. A Fazenda aponta que a nova linha de refinanciamento custaria R$ 2,9 bilhões caso todos aderissem.

A proposta do relator da MP também contempla bônus de adimplência, descontos para quem pagar cada parcela em dia. O bônus só é válido para quem tem linhas de crédito de até R$ 35 mil. O desconto é de 15% quando as atividades forem desenvolvidas em municípios localizados na área do semiárido nordestino e 10%, nos demais municípios das regiões Norte e Nordeste. As taxas para os refinanciamentos ficarão em média de 4% ao ano.

A medida foi editada para melhorar a situação das regiões Nordeste, atingida por forte seca, e Norte, afetada por enchentes. Pinheiro propôs regulamentar várias normas do governo federal para atender os produtores do Sul do país, também atingidos pela estiagem. Uma delas é a que autoriza a criar linha de crédito de investimento.

Para o relator, que passou os últimos dias em intensas negociações com a Fazenda, a MP busca solucionar a saúde financeira daqueles que enfrentaram perdas, em função de problemas climáticos. O encontro da comissão mista foi suspenso após a leitura do parecer de Pinheiro.

 

A falta de entendimento sobre os critérios de recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) levou os integrantes da Comissão de Meio Ambiente do Senado (CMA) a adiarem a leitura do parecer do relator Jorge Viana (PT-AC) para segunda-feira. A votação do texto na comissão está marcada para quarta-feira. A expectativa do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) é votar o relatório no plenário da Casa na última semana de novembro, quando será reexaminado pelos deputados.

Rollemberg acredita que o adiamento foi positivo porque ajudará a definir um parecer consensual "e isto vai acelerar a votação no plenário e depois na Câmara dos Deputados".

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O senador lembrou que o governo acompanha de perto o debate, "e isso é importante por se tratar de um tema complexo, cuja implementação depende do Executivo".

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