Tópicos | PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha ficou estável no quarto trimestre de 2019 ante o terceiro, segundo dados preliminares com ajustes sazonais publicados hoje pela Destatis, a agência de estatísticas do país. O resultado frustrou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam leve expansão de 0,1% da maior economia europeia no período.

Na comparação anual, o PIB alemão cresceu 0,4% entre outubro e dezembro, como previsto.

##RECOMENDA##

A Destatis também revisou para cima o avanço da economia alemã no terceiro trimestre de 2019 ante o segundo, de 0,1% para 0,2%. Fonte: Dow Jones Newswires.

O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, avalia que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil pode crescer entre 2,5% e 3,0% já em 2020. Ele informou a estimativa - que está acima da projeção oficial da sua pasta, de alta de 2,4% para a economia neste ano - em entrevista na manhã desta segunda-feira, 20, à GloboNews.

Segundo Sachsida, o desempenho esperado para a economia decorre da mudança no mix econômico que vem sendo promovida pelo governo federal. "A estratégia do governo sempre foi consistente, com consolidação fiscal e combate à má alocação de recursos. Estamos mudando o mix de crescimento, porque antes o governo era o gerador e isso nos levou a uma crise fiscal terrível. Estamos colocando as bases do crescimento sustentável de longo prazo", afirmou.

##RECOMENDA##

Para ele, o desempenho aquém do esperado da economia nos meses finais de 2019 é decorrente de problemas de governos anteriores, "de 2006 a 2016".

O secretário afirmou que a mudança do mix econômico tende a dar resultados graduais, à medida em que o setor privado vai ingressando na economia. "Temos que insistir no que está dando certo, na consolidação fiscal", defendeu.

Com a mudança do mix econômico e o avanço na agenda de reformas, que consolidaria a situação fiscal do País, Sachsida diz que é possível pensar em taxas de crescimento acima de 3,0%. "Para crescermos de 3,5% a 4,0% temos que voltar a ter superávit primário, reduzir a relação dívida/PIB e melhorar a atividade da economia", disse o secretário. "Não podemos parar com as reformas", completou .

Crédito

A prioridade da Secretaria de Política Econômica em 2020 é melhorar a eficiência do crédito, disse Sachsida na entrevista à GloboNews. "Temos uma agenda grande", afirmou, sem dar detalhes.

Sachsida pontuou que estudos do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostraram que o mercado de crédito brasileiro é um dos maiores responsáveis pela má alocação de recursos no País, um dos problemas apontados pelo secretário como obstáculo para um crescimento mais acelerado da economia.

Além disso, Sachsida afirmou que as reformas que são prioridades do governo neste ano são as que já estão no Congresso: a PEC do pacto federativo, a PEC emergencial e a PEC dos fundos.

INSS

Em relação aos problemas de atendimento no INSS, que tem uma fila de 1,3 milhão de pedidos de benefícios sem resposta, o secretário argumentou que são derivados da má gestão, segundo ele, dos governos anteriores e disse que o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, deve ter boas respostas para a situação em "uma ou duas semanas". "Ocorreram grandes erros de 2006 a 2016. Quando você começa a resolver esses problemas em 2019, demora. A digitalização melhorou a eficiência para o cidadão apresentar o requerimento, isso gerou fila."

A economia brasileira bateu no fundo poço e registrou a menor taxa de crescimento desde 1900 na última década encerrada em 2019. Entre os anos de 2010 e 2019, o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no País, cresceu a um ritmo de 1,39% ao ano.

O dado consta de estudo do economista Roberto Macedo, da Universidade de São Paulo, ex-secretário de Política Econômica e que foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O levantamento considera que cada década se inicia nos anos terminados em zero e vai até os anos que terminam em nove.

##RECOMENDA##

"A década de 2010 foi a pior para o crescimento do PIB entre as 12 analisadas", afirma Macedo. O desempenho médio anual do período foi menos da metade do registrado na década anterior, iniciada em 2000 (3,39%). Até então, o pior resultado anual era de 1,75% nos anos 90 - época marcada por crises externas e planos fracassados de estabilização.

A crise fiscal, segundo Macedo, foi o principal fator que levou o País à recessão, que começou no segundo trimestre de 2014 e terminou no quarto trimestre de 2016. Desde então, a recuperação tem sido a passos lentos, com avanços do PIB que não saem da casa de 1%.

O fraco desempenho da economia brasileira nos anos 2010 - bem abaixo do crescimento médio do PIB de 155 economias emergentes e em desenvolvimento, que avançaram 5,11% ao ano no mesmo período de acordo com o estudo - mostra sua face mais cruel no número de desempregados e subempregados.

No trimestre encerrado em novembro, a taxa de desocupação era de 11,2%, ou de 11,9 milhões de pessoas, segundo a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE.

"O aumento do número de moradores de rua é uma consequência esperada, com a situação da economia se agravando e o desemprego altíssimo", observa Macedo. Esse é o caso de Francisco Eduardo Lopes, de 28 anos, que veio do Ceará e há dois anos vive nas ruas da capital paulista. Ele, que cursou até a 7.ª série do ensino fundamental, prestava serviços de pedreiro e pintura e tirava R$ 2 mil por mês com as reformas. Mas desde 2018 não consegue serviço e acabou indo parar num albergue. "Existe preconceito contra quem vive em albergue e é complicado se recolocar, por não ter um endereço fixo."

Michel Lopes Kiill, 52 anos, ex-bancário que cursou faculdade de Comunicação e não concluiu, enfrenta problema semelhante. Hoje, ele deve R$ 38 mil para bancos e financeiras e vive num centro que acolhe moradores de rua. "Quando você diz que mora em abrigo, dificilmente alguém te dá emprego." Em 2015, último censo da Prefeitura apontou que eram 15,9 mil pessoas na rua.

Na última quinta-feira, dia 9, Kiill e Lopes eram dois dos cerca de 50 moradores em situação de rua em um café da manhã comunitário oferecido na Paróquia de São Miguel Arcanjo, no bairro paulistano da Mooca, na zona leste. Há mais de 30 anos oferecendo a primeira refeição do dia para quem vive na rua, o padre Júlio Lancellotti, vigário da paróquia e da pastoral de rua da Arquidiocese de São Paulo, diz que a maior parte deles é jovem e busca trabalho.

Sem ascensão

"Essa estagnação prejudicou muito as gerações recentes. Percebi que nas gerações passadas havia muita ascensão social, ou seja, o status social dos filhos superava o dos pais. Hoje, isso se inverteu, com os filhos tendo dificuldade de até mesmo manter o status social dos pais", diz Macedo.

Para o coordenador de Economia Aplicada do Ibre/FGV, Armando Castelar, a retomada de investimentos do País ainda depende da criação de "um ambiente de negócios favorável, no qual os empresários tenham confiança em colocar dinheiro no País". "O problema maior é a insegurança jurídica, a estrutura tributária muito custosa e incerta. Também a infraestrutura é ruim, do ponto de vista do investidor privado", afirma.

Colega de Castelar no Ibre/FGV, o economista Samuel Pessôa afirma que, após anos marcados pelo intervencionismo do governo, o País "tomou o caminho certo". "Hoje, estamos infinitamente melhor do que em 2014. Só que o caminho certo é doloroso. Por isso, a lentidão para ganharmos velocidade no crescimento", diz ele. "Estamos arrumando a casa sem destruir a macroeconomia. Isso é muito saudável e dá mais solidez." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Se em 2019 a retomada do emprego e o crescimento da economia nacional caminharam a passos lentos, a expectativa dos economistas e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) é que 2020 será de expansão - só o Produto Interno Bruto (PIB) deve chegar a 2,5%. A atividade econômica deve ser impulsionada pela expansão de 2,8% do PIB industrial e pelo aumento do investimento, que deve crescer 6,5% - se firmando como o fator de promoção da recuperação da economia brasileira, segundo aponta a CNI. 

De acordo com o estudo da Confederação, a aceleração da segunda metade de 2019 é sinal de que haverá crescimento mais sólido nos próximos 12 meses de 2020. O economista Écio Costa afirma que o próximo ano vai ser de gente consumindo mais e, provavelmente, de mais indústrias produzindo - o que pode resultar na necessidade de contratação de mais mão de obra. 

##RECOMENDA##

Costa aponta que 2019 “foi um ano de inflação controlada, até porque a economia não está crescendo em um ritmo forte, então existe ociosidade por parte das indústrias e como há uma ociosidade a gente acaba não tendo uma pressão sobre os preços. O desemprego vem caindo, mas num ritmo muito lento e acaba fazendo com que a economia termine também não crescendo, já que uma coisa alimenta a outra”, ressalta o economista.

Entre as ações que auxiliaram para a alavancada da economia no final de 2019 está a liberação do saque imediato do FGTS, que injetou mais de R$ 3 bilhões. Écio Costa reforça que a aceleração da economia se deu pelo consumo, já que o crédito “está mais barato e mais disponível”. O economista avalia que, por conta disso, “as famílias estão conseguindo renegociar algumas dívidas, estão conseguindo crédito com as taxas mais baixas e isso tem ajudado a fomentar o consumo”.

Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, pontua o seguinte: "Estamos passando por um período de reformas estruturais, de cunho liberalizante. Essas reformas, em especial as que se destinam a modernizar os regimes trabalhista, previdenciário e tributário, estão sedimentando o terreno para o aumento do consumo, dos investimentos e da produção. Com isso, certamente teremos um crescimento maior e melhor em 2020”.

Perspectivas divulgadas pela CNI

As perspectivas também são positivas para outros indicadores da economia. A expectativa é de que a inflação – medida pelo IPCA – encerre 2019 em 3,7%, abaixo da meta pelo quarto ano consecutivo. Espera-se que a taxa Selic permaneça no patamar estabelecido na última reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), em 4,5% ao ano ao longo de 2020. 

Em relação ao mercado de trabalho, a expectativa é de que a retomada da atividade econômica viabilizará o crescimento mais robusto de vagas formais e a geração de empregos de maior qualidade, que pagam melhores salários. Isso deve ter efeitos positivos no rendimento médio real da população e na massa salarial, no próximo ano, que devem crescer 1,6% e 3,4%, respectivamente. Em relação à taxa média de desemprego, a previsão é de que caia de 11,9% para 11,3% na média anual.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, nesta quarta-feira (18), que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no ano que vem será "no mínimo" de 2%. "O crescimento em 2020 será o dobro deste ano. Se em 2019 for 1,2%, então (teremos) 2,4% (no ano que vem)", pontuou, em entrevista coletiva à imprensa que trouxe uma apresentação de balanço para o ano de 2019.

De acordo com Guedes, esta estimativa do Ministério é conservadora.

##RECOMENDA##

O ministro afirmou ainda que os investimentos que estão por vir "vão literalmente tocar fogo na infraestrutura brasileira".

Ao tratar do assunto, Guedes citou a medida provisória (MP) do Saneamento, aprovada no Congresso, que vai, na visão do ministro, "empurrar o Brasil para outro patamar".

Conforme Guedes, a combinação entre investimentos em saneamento, investimentos em infraestrutura e juros baixos fará disparar uma "onda" de investimento privado doméstico e internacional. "Vem uma onda de investimento privado no ano que vem", afirmou.

Também presente na apresentação do balanço de 2019 com outros secretários do Ministério da Economia, o do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou que o PIB do Brasil deve crescer "pelo menos" 2,5% em 2020.

Mansueto se disse, inclusive, mais otimista que o próprio Ministério da Economia, após a fala de Guedes.

Ao tratar do ano de 2019, Mansueto pontuou que o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, em Minas Gerais, e a crise da Argentina - um importante importador de produtos brasileiros - "tiraram crescimento do PIB neste ano".

Ao analisar as conquistas do governo em 2019, Mansueto também citou a aprovação da reforma da Previdência no Congresso. "O Brasil fez reforma da Previdência sem grandes protestos. Conseguimos convencer a sociedade que era importante fazer a reforma", afirmou.

Além da reforma da Previdência, Mansueto citou o andamento de várias propostas que estavam paradas na Câmara e no Senado nos últimos anos, como as que tratam de agências reguladoras e duplicatas eletrônicas. "Colocamos na pauta econômica discussões que, há 2 ou 3 anos, eram impossíveis começar", afirmou. "Há 3 anos, era impossível falar de independência do BC. Privatização era impopular. Hoje, podemos começar este debate", acrescentou. "Começamos a ter bom ambiente político para andar com projetos na Câmara e no Senado."

Mansueto é o único secretário, entre os presentes na entrevista à imprensa, que não é especial, na hierarquia atual do ministério. Ainda assim, ele ficou ao lado de Guedes na mesa de entrevistas.

A consultoria inglesa Oxford Economics melhorou as projeções de crescimento do Brasil. Para este ano, a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) foi elevada de 0,8% para 1,1%. A de 2020 subiu de 1,7% para 2%. Os economistas da casa avaliam que as recentes tarifas sobre o aço e alumínio brasileiro anunciadas pelo presidente norte-americano Donald Trump não devem atrapalhar a recuperação da atividade, que vem ganhando fôlego.

A decisão de Trump sobre a alta das tarifas nos produtos brasileiros, e também da Argentina, "nos lembra que o presidente americano é imprevisível e as tensões comerciais estão longe de serem resolvidas", ressalta relatório da Oxford neste sábado. "Dito isto, nossas análises sugerem que o impacto sobre o crescimento do Brasil e da Argentina será insignificante."

##RECOMENDA##

Mesmo com a alta da inflação em novembro, puxada pelos preços da carne, a Oxford Economics prevê novo corte de juros pelo Banco Central na reunião de política monetária da próxima semana, dias 10 e 11. O IPCA permanece bem abaixo da meta de inflação do BC, de 4,25% este ano, observa a consultoria.

A estimativa é que o corte será de 0,50 ponto porcentual, deixando a Selic em 4,5% ao ano. A Oxford espera novo corte de 0,50 ponto em 2020, mas reconhece que essa previsão está ficando "menos provável", principalmente porque indicadores de atividade estão melhorando.

<p>Nesta sexta-feira (06), o cientista político Adriano Oliveira fala sobre a expectativa de crescimento econômico, que está avaliado em 1% até o final de dezembro desse ano. Ações como a a aprovação da reforma da previdência, a tramitação da reforma tributária no congresso entre outros estão por trás desse cenário, que pode chegar a 2,5% em 2020. Entretanto, isso deve beneficiar as classes A e B, ficando as classes mais baixas sem a certeza se serão atingidas, o que preocupa Adriano, que avalia o tamanho da desigualdade brasileira, que pode só aumentar.</p><p>Outro assunto discutido pelo cientista político é a figura do Ministro da Justiça Sérgio Mouro frente à classe política brasileira. Ontem (05) o seu pacote anticrimes não foi aprovado em sua essência pela câmera federal. Entretanto, o ministro insiste em alguns pontos que foram recusados, o que dificulta ainda mais a sua relação com os políticos e o próprio STF, que já provaram via votação que não aceitam pontos como o excludente de ilicitude e a prisão em segunda instância.</p><p>O podcast de Adriano Oliveira tem duas edições, nas segundas e nas sextas-feiras. Além disso, também é apresentado em formato de vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h, na fanpage do LeiaJá.</p><p>Confira mais uma análise a seguir:</p><p>
<style type="text/css">
p.p1 {margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; font: 12.0px 'Swiss 721 SWA'}</style>
</p> <iframe allowfullscreen webkitallowfullscreen mozallowfullscreen width="350" height="50" src="https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/5fbc59e8b8b00ec07528... scrolling="no" frameborder="0"></iframe>

O jornal britânico Financial Times levantou dúvidas sobre os dados do Produto Interno Bruto (PIB) e da economia brasileira. O veículo aponta que a retificação feita pelo Ministério da Economia referente ao resultado das exportações não foi incorporada ao resultado anunciado nessa terça-feira (3). Mesmo com caráter oficial, as informações do Governo podem não ser dignas de confiança.

A primeira revisão ocorreu no dia 25 de novembro com a divulgação do resultado deficitário estipulado em 1,099 bilhão de dólares. Contudo, uma nova revisão ocorreu três dias depois (28), no qual o resultado apontou um superávit de 2,717 bilhões da moeda americana. Como retratação, o Governo destacou que a confusão foi fruto de um erro no cálculo das exportações, que antes da revisão estavam em 9,681 bilhões de dólares.

##RECOMENDA##

Com a alteração, o valor passou a ser de 13,498 bilhões de dólares na parcial de novembro. As importações permaneceram. Na última segunda-feira (2), o Governo voltou a corrigir os dados. Após nova revisão, as exportações aumentaram em 6,488 bilhões de dólares de setembro ao dia 24 de novembro, em relação ao que havia sido divulgado. A justificativa foi uma falha na transmissão de dados.

Toda essa confusão influenciou a cotação do dólar, que no dia 25 atingiu o nível recorde de R$ 4,22. Enquanto no dia 28, após a revisão, sofreu uma queda e chegou a operar em R$ 4,19, contudo, acabou retornando ao maior valor. Na segunda (2), após as novas correções, o dólar abriu a semana em queda e desceu para R$ 4,21.

Nesta quarta-feira (4), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma retificação dos indicativos econômicos dos trimestres anteriores de 2019. No segundo trimestre por exemplo, o número aumentou de 0,4% para 0,5%. Enquanto isso, os dados do primeiro tri passaram por uma segunda alteração desde sua divulgação que, originalmente, foi apontada uma queda de 0,2% na atividade econômica e revisado para baixa de 0,1% junto com o PIB do 2º trimestre. 

O crescimento de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no terceiro trimestre de 2019 ante o mesmo trimestre de 2018, divulgado ontem pelo IBGE, fez o País figurar na 43ª posição num ranking internacional de desempenho da atividade econômica com 54 países, compilado pela agência de classificação de risco Austin Rating.

O resultado representa uma melhora, tendo em vista que o Brasil vinha com dificuldades de abandonar os últimos lugares da lista em edições anteriores.

##RECOMENDA##

A liderança do ranking foi ocupada pela economia da Armênia (7,9%), seguida por Filipinas (6,2%) e China (6,0%). Os Estados Unidos ficaram em 29º lugar, com avanço de 2,1% no PIB. A Rússia foi o 34º colocado, com crescimento de 1,7%. Os três locais com resultados negativos no ranking da Austin foram Islândia (-0,1%), México (-0,3%) e Hong Kong (-2,9%).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse, nesta terça-feira (3), que sua equipe econômica já esperava uma "boa notícia" sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e que a previsão é de nova alta para o quarto trimestre. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB avançou 0,6% no terceiro trimestre em relação ao segundo.

O resultado superou a mediana do intervalo das estimativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast (0,40%; com projeções de 0,30% a 0,70%).

##RECOMENDA##

"É algo inesperado para os analistas econômicos, mas da nossa parte sabíamos que viria uma boa notícia. Ela veio em boa hora. E a nossa equipe diz que previsão para o quarto trimestre é crescer. O Brasil está crescendo", afirmou o presidente.

Bolsonaro disse que assumiu o governo em crise "ética, moral e econômica bastante grave". "Com o trabalho de conselheiros estamos obtendo sucesso", disse.

As declarações de Bolsonaro foram feitas em evento sobre combate à corrupção promovido pela CGU.

Mais cedo, em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente disse que traria nesta terça-feira uma boa notícia.

Durante o evento, o presidente anunciou que tratava-se do resultado do PIB e errou ao afirmar que a imprensa ainda não havia divulgado o crescimento.

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), comemorou, nesta terça-feira (3), o crescimento de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Na análise do democrata, o número se junta a outros índices considerados positivos pelo governo e demonstra que a gestão do presidente Jair Bolsonaro colocou o país "no caminho certo". 

"Crescimento do PIB acima do esperado se junta à queda da inflação, a menor taxa de juros, ao crescimento do comércio, indústria, serviços, turismo, às quedas nos índices de criminalidade. Sem 'mas...'", considerou o ministro.

##RECOMENDA##

"CONFIANÇA! [sic] Governo Bolsonaro colocou o Brasil no caminho certo", emendou Onyx Lorenzoni, em publicação no Twitter.

O PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 0,6% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior.

O resultado foi divulgado hoje, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BGE). Na comparação com o terceiro trimestre de 2018, o PIB teve crescimento de 1,2%. No acumulado em quatro trimestres terminados no terceiro trimestre de 2019, o crescimento é de 1,0%, na comparação com mesmo período anterior.

*Com a Agência Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta de 0,60% no terceiro trimestre de 2019 ante o trimestre imediatamente anterior, informou nesta terça-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções (de 0,30% a 0,70%), mas acima da mediana, que era de 0,40%.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2018, o PIB apresentou alta de 1,20% no terceiro trimestre de 2019, vindo dentro das estimativas coletadas pelo AE Projeções, que variavam de uma alta de 0,70% a 1,50%, com mediana positiva de 1,00%. Ainda de acordo com o IBGE, o PIB do terceiro trimestre de 2019 totalizou R$ 1,842 trilhão.

##RECOMENDA##

O PIB da indústria subiu 0,8% no terceiro trimestre de 2019 em relação ao segundo trimestre do ano. Na comparação com o terceiro trimestre de 2018, o PIB da indústria mostrou alta de 1,0%.

O Produto Interno Bruto da agropecuária, por sua vez, subiu 1,3% no terceiro trimestre de 2019 em relação ao segundo trimestre de 2019. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado 2018, o PIB da agropecuária mostrou alta de 2,1%.

Já o PIB de serviços subiu 0,4% no terceiro trimestre de 2019 em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o terceiro trimestre de 2018, o PIB de serviços mostrou alta de 1,0%.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou nesta sexta-feira (22) que as medidas da equipe econômica estão na direção certa, o que já se reflete numa aceleração no ritmo de crescimento da economia.

"Não se remove o que foi feito em 40 anos em alguns meses. Mas está havendo um programa de reformas que está sendo implementado", afirmou Guedes, durante discurso no Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), no Rio.

##RECOMENDA##

Segundo ele, o PIB do País crescerá mais que o dobro no ano que vem, dando início a uma dinâmica virtuosa, que ajuda a deflagrar o investimento de longo prazo, junto com a queda nos juros.

"Eu mesmo tinha dúvidas de quão rápido a coisa podia acontecer, e está relativamente no prazo esperado", acrescentou.

"Na margem (série com ajuste sazonal), (a economia) já está acelerando, a gente já chega ao final do ano crescendo bem acima de 1%. Em setembro sobre setembro do ano passado, já está 2% e pouco. Para o ano que vem, a gente já está relativamente seguro de que ela já cresce mais que o dobro que cresceu este ano", afirmou o ministro.

Na semana passada, o Banco Central informou que seu Índice de Atividade (IBC-Br) registrou alta de 0,91% no acumulado do terceiro trimestre do ano, na comparação com o segundo trimestre, pela série com ajuste sazonal. No terceiro trimestre em relação ao mesmo trimestre de 2018, a economia cresceu 0,99%. Na comparação entre os meses de setembro de 2019 e setembro de 2018, houve elevação de 2,11%.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 0,3% no terceiro trimestre de 2019 ante o trimestre anterior, segundo dados preliminares divulgados neste segunda-feira (11) pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês) do país. Analistas consultados pela FactSet previam alta um pouco maior, de 0,4%.

Com o avanço, porém, a economia britânica evitou cair numa recessão, uma vez que havia encolhido 0,2% no segundo trimestre ante os três meses anteriores.

##RECOMENDA##

Na comparação anual, o PIB do Reino Unido teve expansão de 1% entre julho e setembro, a mais fraca desde o primeiro trimestre de 2010, informou o ONS. Fonte: Dow Jones Newswires.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, afirmou ao final das reuniões do Fundo desta semana em Washington que houve uma avaliação consensual dos participantes destes eventos de que a redução de incertezas geradas por tensões comerciais podem ajudar a economia mundial.

O Fundo estima que sem a escalada de tarifas entre EUA e China o PIB mundial pode ter a colaboração de 0,2 ponto porcentual em 2020. Ela ressaltou que entre as principais dúvidas sobre o desempenho da economia global estão as disputas comerciais e também o processo de saída do Reino Unido da União Europeia.

##RECOMENDA##

"Em uma parte de reuniões foi tratado como reduzir incertezas globais. Foi discutido também como ações de políticas monetária e fiscal, mais reformas estruturais, podem reforçar o crescimento de cada país", comentou Kristalina.

Para ela, progressos nas discussões comerciais são positivos, mas é preciso ver as disputas nesta área de forma mais ampla, pois a imposição de impostos de importação também trazem incertezas para o setor produtivo e dúvidas para consumidores sobre as perspectivas de expansão das economias de países. "É importante haver também previsibilidade no comércio no futuro", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A expectativa de crescimento da economia em 2019 seguiu em 0,87%, conforme o Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (7) pelo Banco Central (BC). Há quatro semanas, a estimativa de alta era a mesma.

Para 2020, o mercado financeiro manteve a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB), em 2,00%. Quatro semanas atrás, estava em 2,07%.

##RECOMENDA##

No fim de agosto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB do segundo trimestre de 2019 subiu 0,4% em relação ao primeiro trimestre.

Em setembro, o BC atualizou, por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua projeção para o PIB em 2019, de alta de 0,8% para elevação de 0,9%.

No Focus agora divulgado, a projeção para a produção industrial de 2019 passou de baixa de 0,54% para retração de 0,65%. Há um mês, estava em baixa de 0,29%. No caso de 2020, a estimativa de crescimento da produção industrial foi de 2,10% para 2,29%, ante 2,75% de quatro semanas antes.

A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2019 foi de 56,30% para 56,10%. Há um mês, estava em 56,57%. Para 2020, a expectativa passou de 58,15% para 58,30%, ante 58,55% de um mês atrás.

Resultado primário

O Focus trouxe também manutenção na projeção para o resultado primário do governo em 2019. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano seguiu em 1,40%. No caso de 2020, passou de 1,13% para 1,16%. Há um mês, os porcentuais estavam em 1,37% e 1,00%, respectivamente.

Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2019 foi de 6,40% para 6,30%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2020, permaneceu em 5,90%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 6,30% e 5,99%, nesta ordem.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2019 na pesquisa Focus, de superávit comercial de US$ 51,71 bilhões para US$ 50,55 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 52,00 bilhões. Para 2020, a estimativa de superávit passou de US$ 48,20 bilhões para US$ 47,50 bilhões. Há um mês, estava em US$ 49,00 bilhões.

Na estimativa mais recente do BC, o saldo positivo de 2019 ficara em US$ 43,0 bilhões. Esta projeção foi atualizada no Relatório Trimestral de Inflação de setembro.

No caso da conta corrente, a previsão contida no Focus para 2019 foi de déficit de US$ 26,00 bilhões para US$ 26,50 bilhões, ante US$ 22,00 bilhões de um mês antes. Para 2020, a projeção de rombo seguiu em US$ 33,00 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 31,33 bilhões.

O BC projeta déficit em conta de US$ 36,3 bilhões em 2019.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado deficitário nos próximos anos. A mediana das previsões para o IDP em 2019 foi de US$ 83,40 bilhões para US$ 83,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 85,00 bilhões. Para 2020, a expectativa foi de US$ 83,20 bilhões para US$ 84,00 bilhões, ante US$ 84,68 bilhões de um mês antes.

O BC projeta IDP de US$ 75,0 bilhões em 2019.

Diante da repercussão internacional das declarações do presidente Jair Bolsonaro, bem como de suas publicações nas redes sociais e de suas trapalhadas no governo, é lógico imaginar que ele tenha uma cota expressiva de responsabilidade na retração dos investimentos feitos por estrangeiros no mercado financeiro do País.

Decorridos quase nove meses de governo, os dados sobre o saldo dos aportes externos na Bolsa de Valores, hoje impulsionada pelos investidores locais, que buscam alternativas aos juros baixos da renda fixa, são preocupantes. Até 18 de setembro, o resultado acumulado no ano estava negativo em R$ 22,4 bilhões, excluídas as ofertas de ações realizadas no período, de cerca de R$ 25 bilhões. Trata-se do pior saldo desde 2008, no auge da crise global, o que alimenta incertezas sobre a real disposição dos estrangeiros de investir no mercado de capitais brasileiro, em meio às turbulências causadas pela retórica agressiva de Bolsonaro.

##RECOMENDA##

Mas, embora as falas e o vaivém do presidente tenham o seu peso na equação, não é isso o que mais está influenciando os saques dos investidores externos agora, de acordo com os cientistas políticos e executivos de grandes bancos ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, para avaliar a percepção dos estrangeiros em relação ao Brasil.

Front externo

"Tuíte de presidente virou normal. Os estrangeiros aprenderam a lidar com o (primeiro-ministro) Boris Johnson, na Inglaterra, e com o (Donald) Trump, nos Estados Unidos", diz Christian Egan, diretor executivo de Tesouraria e Mercados Globais do Itaú Unibanco. "Então, o que a gente vê no Brasil talvez não seja tão impactante para os investidores externos quanto se imagine que seja."

A avaliação de Egan reflete, de certa forma, uma visão que parece predominar no mercado. "Esse pessoal é pragmático e racional. Não liga muito para o mérito do que o Bolsonaro disse ou deixou de dizer", afirma o cientista político Lucas de Aragão, sócio da Arko Advice, uma empresa de consultoria sediada em Brasília."Essa retórica belicosa não é o principal motivo de os gringos não estarem vindo para o Brasil", diz o cientista político Christopher Garman, responsável pela área de Américas da Eurasia, consultoria internacional de avaliação de risco.

A julgar pelo que eles dizem, parece também haver certo consenso em relação aos principais motivos que levaram os investidores externos a se afastar do Brasil nos últimos meses.

No front externo, o mais evidente é a guerra comercial entre Estados Unidos e China, que afeta a taxa de crescimento mundial e turbina a aversão ao risco. Há também uma tensão crescente em razão do desaquecimento da economia em vários países, como Alemanha, China e até os Estados Unidos, que está levando a uma saída das bolsas em mercados emergentes. "O mundo vem desacelerando. Talvez isso não estivesse na conta um ano atrás", afirma Egan. "Não que estivesse fora do radar, mas não estava precificado na magnitude em que vem acontecendo em 2019."

Agenda prioritária

No front interno, o que está "pegando" para os chamados investidores de portfólio é a lenta retomada da economia - em 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer apenas 0,9%, pouco abaixo do índice de 1,1% do ano passado, segundo o boletim Focus, do Banco Central (BC).

Embora os investidores externos reconheçam o avanço com a aprovação da reforma da Previdência e a importância de outras reformas que estão em pauta, como a tributária e a administrativa, a percepção é de que seus efeitos terão impacto mais na questão da produtividade, no médio e longo prazos, do que no desempenho da economia no curto prazo.

"Os investidores veem que está havendo controle de gastos, que a reforma da Previdência vai ajudar o gasto obrigatório a cair no longo prazo, mas sabem que isso não ajuda muito agora", diz Tony Volpon, economista-chefe do banco suíço UBS no Brasil e ex-diretor de Assuntos Internacionais do BC.

De acordo com Lucas de Aragão, a falta de clareza sobre a agenda prioritária do País e a indefinição sobre quem irá fazê-la avançar - o presidente, o Congresso ou o ministro da Economia, Paulo Guedes - também influenciam negativamente a percepção dos investidores externos. "Talvez isso deixe o investidor estrangeiro mais confuso do que os incidentes diplomáticos decorrentes do comportamento do Bolsonaro."

Meio ambiente

Se as falas de Bolsonaro têm impacto reduzido para os investidores externos, o mesmo não acontece em relação ao desmatamento e às queimadas na Amazônia. Segundo Volpon, vários fundos que têm o respeito ao meio ambiente em seus estatutos, especialmente na Europa, estão sofrendo pressão dos cotistas para olhar o Brasil com mais cuidado. "Se houver uma percepção de que o Brasil está tendo uma regressão na questão ambiental, haverá um impacto sobre o volume de investimento desse tipo de fundo", afirma.

Apesar de tudo isso, o desempenho do índice EMBI+, que reflete o grau de confiança do investidor externo no País, mostra que o Brasil está longe de se tornar o "patinho feio" do mercado global. O indicador, calculado pelo banco JP Morgan, aponta que o risco Brasil está em 225 pontos, 18% abaixo do patamar de dezembro. "O Brasil está fazendo a lição de casa numa hora muito importante", diz Egan, do Itaú.

Há sinais positivos também na arena da produção. De acordo com o Banco Central, o investimento estrangeiro direto chegou a US$ 45 bilhões de janeiro a julho, valor que supera os saques na Bolsa, contra US$ 38,4 bilhões no mesmo período de 2018. "Do ponto de vista do custo, olhando só o câmbio, está barato comprar ativos no Brasil", afirma Tony Volpon.

Mesmo no caso dos investimentos em Bolsa, as perspectivas para 2020 parecem promissoras. O megainvestidor americano Ray Dalio, fundador da Bridgewater, gestora de um dos maiores fundos de hedge do mundo, aposta que a Bolsa brasileira será um dos destaques globais. "Considerando que os preços já incorporaram um desconto pelos equívocos do governo e pela fraqueza da economia, há um espaço considerável para os ativos brasileiros surpreenderem", diz um relatório produzido pela empresa para a clientela.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo de Bolsonaro estaria elaborando o maior plano de ocupação e desenvolvimento da Amazônia desde a ditadura militar. 

O projeto Barão de Rio Branco retoma o antigo desejo militar de povoar a Amazônia, sob o pretexto de desenvolver a região e proteger a fronteira norte do país.

##RECOMENDA##

Documentos, obtidos pelo jornal The Intercept, detalham o plano que incentivaria os grandes empreendimentos a atrair a população brasileira a povoar a região amazônica para elevar a participação da região norte no PIB do país.

Contrariando os pronunciamentos realizados em rede nacional por Bolsonaro, os documentos mostram que os planos do presidente são explorar as riquezas, fazer grandes obras e atrair novos habitantes para a Amazônia.

O plano foi apresentado pelo coronel reformado Raimundo César Calderaro, coordenador de Bolsonaro, em reuniões fechadas com políticos e empresários locais. Parte do conteúdo desta reunião foi revelada pelo portal Open Democracy.

A secretaria teria afirmado ter reunido a sociedade, academia e autoridades locais para receber opiniões e sugestões para dar sequência ao projeto, entretanto deixou de fora os indígenas, quilombolas e ambientalistas.

O governo Bolsonaro estaria visando as "riquezas" da Amazônia, como os minérios, o potencial hidrelétrico e as terras cultiváveis do planalto da Guiana. Além disso, há planos para a construção de uma hidrelétrica e uma rodovia e explorar as regiões de savanas.

Vale destacar que outros projetos semelhantes foram abandonados devido ao impacto socioambiental em comunidades indígenas e quilombolas, onde inclusive há o registro de tribos isoladas. Entretanto, o governo Bolsonaro ignora a questão socioambiental e estaria determinado a seguir em frente com o projeto, "custe o que custar".

Em áudios gravados durante a reunião fechada, o governo Bolsonaro cita que o Brasil precisa proteger suas fronteiras, principalmente com o Suriname, país que recebe investimento e imigrantes chineses. Já que eles acreditam que a China poderia fazer o mesmo em uma região pouco habitada do Brasil, o que facilitaria uma suposta "invasão chinesa".

Entretanto, Mauricio Santoro, professor de relações internacionais da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, afirmou que a China não tem uma política de imigração e que, na verdade, está atraindo de volta seus cidadãos capacitados que vive no Ocidente.

Os militares acreditam que a única forma de proteger o Brasil é desenvolver a região amazônica a qualquer custo, pois almejam elevar a renda do PIB do Brasil.

A realidade aponta que o projeto "causará impactos destrutivos e irreversíveis" para a região, para os povos indígenas e para os recursos naturais.

O governo Bolsonaro vem tentando aprovar o projeto desde janeiro, mas até agora não conseguiu, entretanto, o assunto segue secretamente em pauta.

Por coincidência, a Amazônia está sofrendo sua maior crise e desmatamento após incêndios que podem ter sido causados por apoiadores de Bolsonaro e seu projeto Rio Branco, escreve o The Intercept. Inclusive, a crise da Amazônia está favorecendo seu projeto de interesses na região, onde uma exploração e expansão estão em seus planos.

Ou seja, Bolsonaro e seu "exército" veem a crise da Amazônia como uma grande oportunidade para seguir com o projeto. Tanto é que a Secretaria Nacional de Assuntos Estratégicos admitiu que o governo deverá criar um Grupo de Trabalho Interministerial para discutir o projeto, expondo ainda mais a real intenção do governo Bolsonaro.

[@#video#@]

Da Sputnik Brasil

<p>No podcast desta segunda-feira (02), o cientista político Adriano Oliveira analisa a mais recente pesquisa do Datafolha, disponibilizada hoje (02) e que mostra que o presidente está com 38% de reprovação e 29% de aprovação, ficando 30% dos entrevistados acreditando que o governo seja regular. Adriano destaca que essa reprovação ainda não é uma tragédia, mas o pode ser no futuro, principalmente quando se avalia o crescimento da reprovação, que em abril era de 23%.&nbsp;</p><p>Avaliando o primeiro ano de governo dos últimos presidentes (Dilma, Lula e FHC), Bolsonaro é o que tem o maior índice de rejeição no mesmo período.&nbsp;</p><p>Para Adriano, o presidente se mostra incerto quanto ao seu estilo pessoal (interferência em instituições, enfrentamento de ambientalista e de Macron, entre outros), o que pode ser um dos motivos de ameaça a sua popularidade. A falta de agenda social no seu governo pode ser apontado como outro motivo para o aumento da reprovação, uma vez que são os mais pobres que rejeitam o governo. O cientista aponta que o presidente precisa mudar o seu estilo para recuperar popularidade.</p><p>O programa Descomplicando a Política é exibido na fanpage do LeiaJá, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h. Além disso, também é apresentado em duas edições no formato de podcast, as segundas e sextas-feiras.&nbsp;</p><p>Confira mais uma análise a seguir:</p><p>
<style type="text/css">
p.p1 {margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; font: 12.0px 'Swiss 721 SWA'}</style>
</p> <iframe allowfullscreen webkitallowfullscreen mozallowfullscreen width="350" height="50" src="https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/5fbc59e8b8b00ec07528... scrolling="no" frameborder="0"></iframe>

O vice-presidente Hamilton Mourão disse, nesta sexta-feira (30), que o objetivo principal do governo é a reforma tributária. Os contribuintes, segundo Mourão, pagam o equivalente a 33% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país) em impostos, em um sistema caótico, que enfrenta cerca de R$ 450 bilhões de evasão e sonegação. “O objetivo, agora, o ataque principal do governo do presidente [Jair] Bolsonaro, é a reforma tributária. Temos que regulamentar e desburocratizar”, defendeu em palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).

Mourão se manifestou favorável ao imposto com valor agregado, mesmo reconhecendo que há dificuldade para se resolver uma legislação que agrade a todos os estados da federação. “A ideia geral é o imposto de valor agregado. Há a questão dos estados, a legislação é complicada”, disse, lembrando que há 5.700 legislações diferentes na União, estados e municípios.

##RECOMENDA##

O vice-presidente defendeu a desvinculação do Orçamento da União, diante da dificuldade do governo federal em seguir a lei orçamentária com receitas vinculadas, que representam aumentos de gastos, como o pagamento de pessoal reajustado em acordos realizados no passado, e as despesas previdenciárias, que aumentam em ritmo maior que a receita. Mourão lembrou ainda que existem as obrigações com a saúde e a educação.

“Vai comprimir os gastos discricionários, que é onde está o custeio da máquina pública e, principalmente, o investimento que o estado pode colocar na economia. Estamos hoje no sexto ano no vermelho, com um déficit previsto de R$ 139 bilhões, com um orçamento que tinha sido calculado para um crescimento de 2,5%, e não estamos crescendo isso, ou seja, estamos arrecadando menos”, disse, acrescentando que o governo está em dificuldade para fechar o ano.

Ajuste fiscal

Mourão disse que é preciso botar o Brasil nos trilhos, “e para isso tem duas colunas básicas: o ajuste fiscal com o equilíbrio entre receita e despesa e a produtividade. Essa é a nossa luta para equilibrar as contas públicas. O horizonte é de três ou quatro anos para zerar o deficit”. O governo, ainda segundo Mourão, conta também para o ajuste fiscal com a privatização de empresas e a concessão de serviços.

“O Brasil está cheio de ofertas. Temos rodovias, portos, hidrovias, ferrovias para destravar esse nosso gargalo logístico”.

Ainda para resolver a questão fiscal, o vice-presidente voltou a pregar a modernização do Estado, com redução no número de servidores. “Não vamos tomar decisão radical de demitir as pessoas, mas estamos vendo que nos próximos quatro ou cinco anos em torno de 40% do funcionalismo público vai se aposentar e não vai ser substituído. Não vamos fazer novos concursos. Vamos remanejar o que puder ser remanejado. Tem área com bastante gente. Tem áreas ociosas. Isso vai necessitar a ajuda do Congresso por causa do problema de planos de carreira e etc e tal, mas é a solução que temos que buscar. É uma solução menos traumática para quem está no serviço publico”, disse.

Cabotagem

Mourão defendeu mais investimentos na navegação de cabotagem, que, para ele, é muito reduzida diante da sua potencialidade. “Quase 7,5 mil quilômetros de costa e uma navegação de cabotagem desse tamaninho. Uma das tarefas primordiais do nosso governo é colocar a navegação de cabotagem novamente em funcionamento. Não é possível que a gente transporte uma carga do Rio Grande do Sul para o Rio Grande do Norte no lombo de um caminhão”, disse, acrescentando que esse é um dos aspectos das dificuldades de infraestrutura logística do país.

Queimadas

Para o vice-presidente, a questão das queimadas na Amazônia tomou as proporções atuais porque não houve informação adequada. “A primeira coisa que tem que ficar clara para todos é que temos que difundir e informar melhor. Existe uma diferença entre o que é a Amazônia Legal e o que é o Bioma Amazônico”, disse.

Mourão ressaltou o comportamento climático da região. “Como existe anualmente o sete de setembro, sempre nesse período do ano existem as queimadas entre agosto e outubro, por causa da questão cultural dos produtores do local como forma de limpar o campo”. Para resolver a situação, disse que é preciso levar assistência técnica e novas tecnologias a esses produtores.

De acordo com Mourão, apenas 7% do território brasileiro são utilizados para a agropecuária, e um terço da extensão territorial é de área protegida, e 2,6 milhões de quilômetros quadrados englobam áreas de proteção ambiental e de indígenas.

Mourão disse que o país tem uma legislação avançada de preservação. “Temos essa legislação avançada e temos capacidade, com o que temos de áreas hoje disponíveis, de produzir mais. Esses dados têm que ser colocados para o mundo de forma coerente e não aceitar ingerências outras em cima da gente. O presidente francês enfrenta problemas internos. O acordo Mercosul e União Europeia atinge um dos lobbies maiores que existem na França, que são os agricultores”.

 

 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando