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Os ânimos entre Tony Sales e Silvany Mamlak, prefeita da cidade de Capela, em Sergipe, ferveram no último domingo (2). O vocalista do grupo de pagode Parangolé chegou uma hora atrasado no local do show, deixando irritados a gestora e Cristiano Cavalcante, marido dela.

Segundo informações do colunista Leo Dias, do Uol, Silvany não gostou do atraso do artista, que estava programado para subir ao palco às 4h da manhã, chegando só às 5h15. Irritada, a administradora do munípio disparou: "isso é uma palhaçada, hein". Em seguida, o esposo dela empurrou Tony Salles pelas costas, que ficou sem entender o motivo da ação.

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No Instagram, a assessoria da Prefeitura de Capela informou que Tony chegou a usar palavras onfensivas contra Silvany Mamlak. "Após se atrasar por cerca de uma hora e meia antes de se apresentar, Tony Sales, vocalista da banda Parangolé, foi extremamente desrespeitoso com a Prefeita Silvany, usando palavras de baixo calão, apenas por ter sido questionado sobre o atraso e, consequentemente, sobre, a falta de respeito para com o povo capelense", diz um trecho da nota.

A equipe da banda Parangolé explicou que o líder da banda teve um imprevisto na estrada, e que a confusão foi iniciada por parte da prefeita e do marido dela: "O show atrasou 1h, Tony desceu da van e enquanto andava foi agredido verbalmente pela prefeita conforme mostra o vídeo. Tony Salles olhou para trás e o marido da prefeita o xingou, além de ter jogado um copo de whisky na direção dele. Mas o segurança entrou na frente e pegou no funcionário".

O show do Parangolé, de acordo com o G1, teria sido fechado em R$ 130 mil. Silvany Mamlak afirmou que Tony Salles e a banda serão notificados pela Justiça por agressão verbal e quebra de contrato. 

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Em um fato histórico, Chicago elegeu sua primeira prefeita negra e gay, para enfrentar os difíceis problemas de desigualdade econômica e violência na terceira maior cidade dos Estados Unidos.

Lori Lightfoot, uma ex-promotora federal e advogada de 56 anos, que jamais ocupou um cargo eletivo, venceu Toni Preckwinkle, também afro-americana, por 74% contra 26% dos votos, segundo resultados preliminares.

Lightfoot se tornará a primeira prefeita abertamente homossexual de Chicago e a primeira mulher afro-americana a ocupar o cargo. Desde 1837, os eleitores desta cidade elegeram apenas um prefeito negro e uma prefeita mulher.

"Enfrentamos interesses poderosos", disse Lightfoot em seu discurso da vitória, acompanhada por sua esposa e filha. "Hoje vocês conseguiram mais do que fazer história, criaram um movimento para a mudança".

Preckwinkle é a encarregada do condado de Cook, onde está Chicago, o que segundo os analistas prejudicou sua campanha.

Os eleitores optaram pela mudança, cansados de uma violência armada que mata mais ali do que em qualquer outra grande cidade americana e de anos de corrupção política neste tradicional reduto democrata.

Nesta metrópole de 2,7 milhões de habitantes, diversos grupos se queixam há anos das disparidades nas condições de vida entre as comunidades da extensa cidade, onde a violência armada, intensificada por gangues e pelo narcotráfico, afeta diretamente os bairros mais pobres do sul e do oeste, a maioria deles de população negra.

O distrito financeiro, as áreas do norte e as zonas às margens do lago Michigan viveram boom econômico, ao mesmo tempo em que mais de 500 pessoas foram assassinadas no ano passado.

Reformar o departamento de polícia, que detém um sórdido histórico de práticas abusivas, e a prefeitura, atualmente na mira por uma investigação federal por corrupção de um de seus membros, são outras das prioridades.

Os eleitores "estão cansados de corrupção, de investigações federais de funcionários da cidade, da má conduta da Polícia e de uma crise orçamentária", destacou Evan McKenzie, professor de ciência política da universidade do Illinois.

Lightfoot substituirá Rahm Emanuel, que em dado momento foi um astro do

Partido Democrata e o primeiro chefe de gabinete da administração Obama na Casa Branca.

Emanuel sofreu alguns arranhões políticos pela gestão do caso Laquan McDonald e decidiu não se apresentar para um terceiro mandato.

Em 2014, um policial branco disparou dezesseis vezes contra Laquan McDonald, um adolescente negro de 17 anos, que segurava uma faca, embora estivesse bem afastado do agente.

A divulgação tardia, em 2015, de um vídeo mostrando a morte do adolescente despertou a ira da população e desencadeou meses de manifestações.

Emanuel enfrentou, então, acusações de tentativa de acobertamento. Expulsou o chefe da polícia e embarcou em uma reforma que instituiu algumas mudanças, trabalhou para recuperar a confiança pública e reduzir a violência armada.

O policial, Jason Van Dyke, foi condenado em janeiro a cerca de sete anos de prisão pela morte do jovem.

A Polícia Civil de Pernambuco começou a investigar possíveis ameaças de morte que a prefeita de Glória do Goitá, na Zona da Mata de Pernambuco, Adriana Dornelas Câmara Paes (PR), vem sofrendo. As suspeitas foram levantadas após prints de conversas em um aplicativo de troca de mensagens tornarem-se públicos nessa segunda-feira (25).

As conversas, que teriam acontecido no último dia 28 de janeiro, mostra um dos suspeitos afirmando que o crime deveria acontecer ainda no começo deste ano. Durante a conversa, eles ainda afirmam que “uma equipe estaria formada” para realizar o assassinato.

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A assessoria de comunicação da Prefeitura disse que a divulgação dessa troca de mensagens pegou todo mundo de surpresa e causou muito burburinho e medo na cidade. Isso porque não foi somente a prefeita que sofreu ameaças. Ao decorrer das conversas entre os suspeitos, eles também ameaçam a vida de um policial militar que age combatendo o tráfico de drogas no município.

A Prefeitura de Glória do Goitá ainda não se pronunciou oficialmente, mas isto deve ser feito ainda nesta terça-feira (26). Porém, já foi feito um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Vitória de Santo Antão, também na Zona da Mata Norte.

O boletim não pôde ser feito na própria cidade porque, de acordo com a assessoria, não há delegado no local. A Polícia Civil informou, através de uma nota, que foi instaurado um inquérito para apurar a origem das mensagens de ameaça. Confira na íntegra:

A Polícia Civil instaurou inquérito policial a fim de averiguar a origem e procedência das mensagens de ameaça à Chefe do Executivo municipal, da cidade de Glória do Goitá, Adriana Paes, onde já foram solicitadas diversas diligências, como a colheita das declarações de todos os envolvidos. O delegado responsável pelas investigações é o titular da cidade, drº Élson Godoi.

A vice-prefeita de Camaragibe, Nadegi Queiroz (PSDC), não deixou passar batido as declarações atribuídas ao prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB). O petebista é acusado de exigir, por meio de áudios que circulam na internet, que comissionados prestigiassem o show de sua noiva, Taty Dantas, que é cantora. 

Prontamente, Nadegi falou sobre o assunto. “Nossa cidade não aguenta mais passar vergonha. Nossa gente tão competente não merece isso”, disparou por meio das redes sociais. 

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A vice-prefeita e Meira romperam em tempo recorde: vinte dias depois de assumirem o mandato. Na ocasião, ela chegou a dizer que o prefeito mudou o discurso que era usado na campanha e centralizou as decisões. “Infelizmente não posso concordar com atitudes insanas de fechar o Hospital Aristeu Chaves e entregar a chave ao antigo dono, perdendo um investimento de mais de 18 milhões de reais”, ressaltou. 

Em nota enviada ao LeiaJá, a assessoria da prefeitura garantiu que Meira não forçou nenhum funcionário da Prefeitura de Camaragibe a comparecer ao bloco Canário Elétrico. “Na verdade foi feita uma convocação apenas daqueles que ocupam cargos comissionados para apoiar o bloco que é tradicional nas prévias carnavalescas do município. Ressaltamos ainda que o órgão municipal não patrocinou a saída do bloco e nenhum show que acontecerá nele. Apenas foi dado apoio com Guarda Municipal e assistência médica, assim como em todos os outros blocos que sairão na cidade”. 

A Câmara de Vereadores cassou o mandato da prefeita Lili Aymar (sem partido), de Araçariguama, interior de São Paulo, por suposto uso irregular de dinheiro público. Com o afastamento da titular, o vice-prefeito João Batista Corrêa Junior (MDB) foi empossado no cargo, nesta sexta-feira (8). Como primeira medida, ele anunciou o restabelecimento do transporte gratuito de estudantes universitários, que havia sido suspenso em janeiro pela prefeita cassada, alegando corte de despesas. Lili Aymar informou que vai entrar com recursos na Justiça para reaver o mandato.

A cassação foi definida por 8 votos a 3, em sessão à qual a prefeita não compareceu. Ela foi representada pelo advogado Júlio Cesar Gomes, nomeado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para fazer sua defesa, já que ela não indicara defensor. O relatório da Comissão Processante aponta que a prefeita usou verba pública de R$ 40 mil para alugar dois imóveis particulares que seriam usados como escolas, mas os prédios não tiveram nenhuma destinação.

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Os vereadores entenderam que houve irresponsabilidade administrativa, com prejuízo para o erário. A cassação da prefeita aconteceu um dia depois da prisão do diretor do Departamento de Trânsito do município, acusado de participação em esquema de fraudes na locação de veículos pela prefeitura. O caso é apurado pela Polícia Civil.

OUTRO LADO - Em nota, a prefeita alegou que está sendo "covardemente perseguida" e teve seus direitos de defesa cerceados. Segundo ela, teria havido fraude na composição da comissão que julgou a denúncia e não foi dada oportunidade legal para que substituísse seu advogado, dispensado porque mantinha contrato com a Câmara. Ela alega não ter sido notificada pessoalmente, o que tornaria nulo o processo. Também afirma que a real motivação da cassação seria ter se oposto à instalação de um aterro sanitário no município, obra que seria do interesse dos vereadores. Atualmente, Araçariguama envia o lixo para aterro de outra cidade.

A Polícia Civil de Alagoas divulgou, nesta quarta-feira (6), ter descoberto um suposto plano para assassinar o deputado estadual e ex-prefeito de Batalha, Paulo Dantas (MDB), e a esposa dele e atual prefeita do município, Marina Dantas (MDB). De acordo com os policiais, o crime teria sido planejado por José Márcio Cavalcante de Melo, conhecido como Baixinho Boiadeiro, com outros integrantes de sua família.

A trama teria sido descoberta após a prisão de um pistoleiro contratado em Pernambuco. A família Boiadeiro, com o apoio de um primo de Baixinho, identificado como Dênis Boiadeiro, teria contratado os supostos assassinos em Pernambuco por R$ 300 mil. Parte do dinheiro já havia sido pago.

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O crime foi encomendado em junho de 2018 e a ordem era que o casal fosse morte antes das eleições para impedir que Paulo Dantas se elegesse como deputado estadual, segundo o jornal Gazeta. O plano foi confirmado através de áudios do aplicativo WhatsApp. Foram identificadas as vozes de Baixinho Boiaeiro e de Zé do Laércio Boiadeiro. Um laudo do Instituto de Criminalística (IC) analisará o padrão de voz dos investigados.

Nas gravações, os suspeitos falam sobre o armamento que seria utilizado, como fuzis AK-47, e detalham o crime, que deveria ocorrer quando as vítimas estivessem no carro saindo do município de Batalha. Os executores voltaram a Pernambuco através de uma rodovia que liga à cidade de Águas Belas.

A divulgação do caso ocorre um dia depois de Baixinho Boiadeiro ser condenado a 45 anos e 10 meses de prisão em júri popular por um duplo homicídio ocorrido em 2006. A polícia segue investigando o caso de Batalha, que corre em segredo de justiça.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, declarou neste sábado seu apoio ao candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, por meio de sua conta no Twitter. "Na véspera do segundo turno das eleições presidenciais no Brasil, todo o meu apoio ao meu amigo Fernando Haddad. Conheci o Fernando quando ele era prefeito de São Paulo; ele é um homem de valor, um defensor da democracia, competente e corajoso", disse Anne na rede social.

A ex-prefeita de Bom Jardim (MA) Lidiane Leite da Silva virou ré em mais uma ação de improbidade, desta vez, por desvios de R$ 2,7 milhões em aluguel de veículos para o município. O ex-marido e mentor de sua carreira política, Humberto Dantas, conhecido como "Beto Rocha", e outros já conhecidos por acusações sobre desvios ao lado da ex-prefeita "ostentação" também sentaram novamente no banco dos réus. A decisão é de 17 de novembro de 2017 e foi disponibilizada no Diário Oficial da última segunda-feira, 8.

Segundo o juiz da 1ª Vara da Comarca de Buriticupu/MA, que responde também pela comarca de Bom Jardim, Raphael Leite Guedes, os acusados "apenas afirmaram que procederam de forma correta no referido procedimento licitatório, sem qualquer dolo, não juntando qualquer prova sobre o alegado, situação que, diante dos elementos presentes nos autos, milita em seu desfavor".

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"Assim sendo, RECEBO a presente ação de improbidade administrativa ajuizada em desfavor de Lidiane Leite da Silva, ex-prefeita municipal de Bom Jardim/MA, e de A4 Serviços de Entretenimento Ltda., Anilson Araújo Rodrigues, Antonio Oliveira da Silva, Fabiano de Carvalho Bezerra, Humberto Dantas dos Santos, Marcos Fae Ferreira França e Raimundo Nonato Silva Abreu, tendo em vista que, fazendo-se uma análise perfunctória, não se vislumbra nenhuma das hipóteses do §8º do art. 17 da Lei nº 8.429/92, tendo-se indícios da configuração de ato ímprobo por parte dos requeridos, o que restará esclarecido ao longo da instrução probatória, a ter lugar no presente feito", anotou.

A prefeita ganhou notoriedade no meio do ano passado. Vaidosa, Lidiane exibia nas redes sociais imagens de uma vida de alto padrão para uma cidade de 40 mil habitantes, à beira da miséria, com um dos menores IDHs do Brasil. Carros de luxo, festas e preocupação com a beleza, o que inclui até cirurgia plástica, marcam o dia a dia da moça que se candidatou pela coligação "A esperança do povo".

Atualmente em regime domiciliar, ela responde por desvios em variadas frentes, como merenda escolar, compra de caixões de luxo, obras de recapeamento de asfalto nunca executadas, reformas nas escolas, entre outros.

Segundo o Ministério Público do Maranhão, nesta ação, a ex-prefeita fraudou o Pregão Presencial n° 17/2013, com valor aproximado de R$ 2,7 milhões, para aluguel de veículos para a prefeitura de Bom Jardim.

"A suposta vencedora foi a empresa A4, que não tinha nenhum veículo registrado e teria sublocado carros e caminhões para servir ao Município", afirma a Promotoria.

O suposto sócio da empresa, Anílson Araújo Rodrigues, afirmou em depoimento que "nunca foi empresário e, sim, um motoboy contratado por Fabiano de Carvalho Bezerra".

Ele também garantiu que "nunca esteve em Bom Jardim e que teria assinado a ata da sessão pública de licitação em outro local e momento".

Anílson Rodrigues afirmou desconhecer assinaturas tidas como suas em diversos documentos.

O próprio Fabiano Bezerra confirmou pagar R$ 3 mil mensais para que os dois supostos proprietários da empresa A4 atuassem como "laranjas".

O promotor ressalta que solicitou, diversas vezes, cópias dos contratos de sublocação, "não tendo sido atendido".

"Só se teve acesso aos documentos após o afastamento de Lidiane Leite, quando a ex-vereadora Sandra Regina os encontrou na sede da prefeitura. Os certificados de registro dos veículos estavam acompanhados de uma tabela com nomes, endereços, placas de veículos e outras informações."

A Promotoria revela que uma cunhada de Antônio da Silva teria 18 contratos de sublocação de veículos pesados, totalizando quase R$ 200 mil mensais. Em depoimento, ela afirmou não trabalhar com aluguel de veículos e que a sua única renda seria o salário de professora, de R$ 724.

O Pregão Presencial 17/2013 também passou pela análise da Assessoria Técnica da Procuradoria-Geral de Justiça, que apontou irregularidades como a ausência de justificativa para a contratação, falta de cotação de preços e parecer jurídico, que deveria anteceder o edital, datado de quatro dias depois de seu lançamento.

Também não há termo de adjudicação da licitação e falta uma série de documentos exigidos da empresa, observa o promotor.

Outro detalhe é que a solicitação de dotação orçamentária tratava da aquisição de gás de cozinha. "Isso demonstra a falta de cuidado na falsificação dos documentos necessários para tentar dar aparência de legalidade ao certame", afirma Fábio de Oliveira.

De acordo com ele "se observa nos comprovantes de transferências bancárias que a maior parte dos recursos usados para pagar a A4 e a Zabar vieram de fundos da educação, que nem poderia ser usados para fins diversos do costeio de pagamento de pessoal da educação".

Crimes

Na denúncia, o promotor Fábio Santos de Oliveira elenca crimes supostamente cometidos por todos os envolvidos e aqueles específicos de cada um.

"Todos os envolvidos foram denunciados por constituir uma organização criminosa, com pena de reclusão de três a oito anos mais multa. Todos também foram enquadrados no crime de lavagem de dinheiro (reclusão de três a dez anos, mais multa) e em sete crimes previstos na Lei de Licitações, cujas penas podem chegar a 27 anos de detenção, além de multa."

Lidiane "ostentação" e os outros quatro envolvidos foram denunciados, ainda, por crimes de falsidade ideológica - reclusão de um a cinco anos além de multa - e peculato, reclusão de dois a doze anos mais multa.

Antônio Oliveira da Silva também foi denunciado por corrupção ativa, cuja pena é de reclusão de dois a 12 anos, mais multa. Já Humberto Dantas dos Santos, o "Beto Rocha", responderá por usurpação de função pública, "visto que exercia de fato o cargo de prefeito de Bom Jardim, sendo inclusive responsável pelos pagamentos realizados pela administração municipal". A pena neste caso, é de reclusão de dois a cinco anos, além de multa.

Já Lidiane Leite da Silva, a "ostentação", responde pela "recusa, o retardamento ou a omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura de ação civil pública, quando requisitados pelo Ministério Público" - punido com pena de reclusão de um a três anos, mais multa.

A Promotoria também atribui à Lidiane extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento - reclusão de um a quatro anos -, e desacato, detenção de seis meses a dois anos ou multa.

Defesa

A reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa da ex-prefeita. O espaço está aberto para manifestação.

Uma mulher, LaToya Cantrell, foi eleita no sábado (18) prefeita de Nova Orleans, acontecimento inédito em 300 anos de história dessa cidade da Luisiana devastada pelo furacão Katrina em 2005.

Vencedora de uma disputa feminina, Cantrell, de 45 anos, ganhou com 60% dos votos de Desiree Charbonnet, uma ex-juíza. Ela substituirá Mitch Landrieu, que após dois mandatos não poderá voltar a ser candidato.

Cantrell assumirá oficialmente o mandato de 51° prefeita em maio de 2018, no contexto de celebrações pelo 300º aniversário da antiga capital colonial francesa.

LaToya Cantrell se soma assim ao seleto clube de mulheres prefeitas de grandes cidades americanas. Segundo um estudo da Universidade de Nova Jersey, apenas 19% das cidades de mais de 300.000 habitantes tinham uma prefeita em 2016.

Com dois eventos religiosos tomando conta da agenda da Arena de Pernambuco, o Náutico precisou mandar seus próximos quatro jogos como mandante para outro lugar. O estádio escolhido foi o José Luiz Lacerda, o Lacerdão, em Caruaru. No próximo sábado (23), será o primeiro jogo do Timbu como mandante no Agreste do Estado pela Série B deste ano. O time alvirrubro vai encarar o Internacional, às 16h30. 

Nessa terça-feira (19), Gustavo Ventura, presidente do Náutico, viajou para Caruaru e foi recebido por Raquel Lyra, prefeita do município. O dirigente alvirrubro e a gestora se reuniram para discutir a temporada do Timbu na Capital do Forró. A comissão técnina e a equipe alvirrubra chegarão à cidade nesta quarta-feira (20).

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O presidente Gustavo Ventura elogiou bastante a receptividade da cidade. "Fomos muito bem-recebidos pela prefeita, Raquel Lyra. Aliás, estamos sendo muito bem recebidos pelos caruaruenses, a começar pelo Central e sua diretoria, que abriu as portas para o Náutico. Gentilmente, Raquel colocou à disposição suas secretarias e órgãos e prometeu fazer o que for necessário para que possamos, juntos, o Náutico e o município, organizar uma bela festa no Agreste", afirmou, segundo o site ofical do Náutico.

A prefeita Raquel Lyra foi presenteada com uma camisa personalizada com seu nome e o número 45. A marca da prefeitura municipal de Caruaru será colocada no padrão com o qual o time jogará no próximo sábado (23). Raquel comemorou a parceria com o clube alvirrubro. "É um presente para Caruaru receber os jogos do Náutico na nossa cidade", disse, de acordo com o site oficial do Timbu.

Gustavo Ventura comemorou a chance de jogar novamente em uma zona urbana como mandante. "Mesmo sendo fora da capital, jogar no Lacerdão nos devolve a possibilidade de voltar a jogar em área urbana. O estádio fica no coração de Caruaru, assim como os Aflitos, onde voltaremos a jogar muito em breve, é o coração do Recife", afirmou, segundo o site oficial do Náutico.

Outros encontros entre o clube alvirrubro e a Prefeitura de Caruaru serão realizados para discutir os detalhes relacionados à segurança, trânsito e logística para os próximos quatros jogos do Timbu no Agreste. A primeira informação divulgada é que, no próximo sábado, a Avenida Agamenon Magalhães, nas proximidades do Lacerdão, ficará fechada à circulação e veículos para realização da Avenida Alvirrubra. 

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A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), em meio ao início dos festejos juninos, falou sobre o momento difícil que o município vivenciou após as fortes chuvas. “Sofremos bastante”, afirmou em entrevista concedida ao LeiaJá. A prefeita declarou, apenas para se ter uma ideia, que mais de 350 ruas ficaram totalmente destruídas e que, até agora, mais de 100 casas foram interditadas pela Defesa Civil. 

“É claro que o que aconteceu aqui é diferente do que na Zona da Mata Sul, mas foi difícil. A gente aprovou, na sexta (2), um auxílio-aluguel para permitir que as pessoas que tiveram suas casas atingidas possam sair de suas moradias com tranquilidade e ir para uma casa alugada até que consigamos realocar em uma moradia definitiva”, contou. 

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A tucana ressaltou que o momento não é de se lamentar e, sim, de trabalhar. “É hora de trabalhar. Já levantamos todos os danos e encaminhamos para a Defesa Nacional. Na próxima terça (6), estarei em Brasília para buscar o recurso e trazer para cá de forma que possamos fazer as intervenções de infraestrutura necessárias para devolver a normalidade para a nossa cidade”. 

Lyra ainda declarou que teve ajuda do Governo de Pernambuco no levantamento dos estragos. “Também encaminharam para nós um socorro emergencial de cobertores, colchões, comida e água. A gente está buscando mais ajuda. O governo também homologou decreto incluindo nossa cidade na situação de emergência porque a gente precisava dessa homologação para poder acessar ao recurso federal e vamos continuar trabalhando porque o esforço tem sido feito. A limpeza da cidade já fizemos, retiramos entulhos, agora estamos na fase de  retomar a infraestrutura das ruas, das praças e das unidades de saúde. Para isso temos feito um grande esforço”. 

Sobre a ausência do governador Paulo Câmara (PSB) na abertura das festividades, a prefeita disse que o governo se fez representado com a presença do secretário de Turismo, Felipe Carreras. “O Governo apoiou o São João e mostrou a parceria importante que tem com a maior festa do interior do Nordeste brasileiro”, concluiu.

A prefeita eleita na nova eleição que ocorreu no município de Ipojuca, Célia Sales (PTB), será empossada nesta terça-feira (2). A sessão solene acontecerá, às 8h, na Câmara Municipal do Ipojuca.

Célia é esposa do então ex-prefeito eleito da cidade, em 2016, Romero Sales, que foi impedido de assumir após ser condenado pela Justiça Eleitoral por improbidade administrativa. Após uma disputa acirrada entre os candidatos Carlos Santana (PSDB) e Célia, a petebista venceu a eleição com mais de 55% votos.

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Com uma base aliada de 18 partidos formando a coligação “A mudança começa agora”, ela contou com a ajuda do ex-presidente Lula, que chegou a gravar um vídeo pedindo que a população a apoiasse.

A nova prefeita de Ipojuca, Célia Sales (PTB), eleita no último dia 2 de abril, será diplomada na próxima quinta-feira (20). O evento acontece no Fórum Municipal de Ipojuca, às 8h. Um novo pleito aconteceu no município após o candidato Romero Sales, que foi o escolhido para comandar a cidade, ter sua candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral.

A petebista, esposa de Romero, enfrentou uma disputa acirrada com o seu opositor Carlos Santana (PSDB), mas obteve 55,2%, cerca de 31.010 votos válidos. 

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Entre as promessas que constam em seu plano de governo se destacam a construção de um hospital de referência, um infantil e 50 creches. Ela também afirmou eu não quer nenhum ipojucano analfabeto. 

Irá deixar o cargo temporário à frente da prefeitura o presidente municipal da Câmara, Irmão Ricardo (PTC), que em entrevista recente ao LeiaJá, avisou que Célia não vai encontrar nenhuma dívida para pagar. "Célia vai entrar com saldo na conta para trabalhar e sem dificuldade nenhuma para assumir. Estou saindo sem deixar nenhum débito”, garantiu. 

A prefeita de Surubim, Ana Célia (PSB), cidade localizada no Agreste pernambucano, representa bem as mulheres. Ela foi uma das apenas 25 que foram eleitas para ser chefe do Executivo municipal das 184 cidades pernambucanas. Em entrevista concedida ao LeiaJá, nesta quinta (30), para a série Entrevista da Semana, a socialista falou sobre as dificuldades que encontrou, durante a campanha eleitoral de 2016, não somente pela descrença da população no que diz respeito à política, como também as pessoais até sair vitoriosa.

“São poucas prefeitas. A gente sabe que a política é um espaço muito masculino, então, o desafio ainda é maior”, lamentou.  A gestora da famosa cidade da Vaquejada, no entanto, comemora um feito. Em 2012, o número era ainda menor: oito a menos. “Isso significa um avanço que estamos tendo”, disse. 

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Ela declarou que, com o passar do tempo, será cada vez mais mostrada a força das mulheres na política. Também ressaltou que a “crise econômica” não a abala já que, durante o pleito do ano passado, conviveu com a “desesperança e pessoas sem fé na participação política”. 

Célia falou sobre o “fazer gestão”. “São obstáculos muito grandes e a cada dia os recursos diminuindo. A gente encontrou, quando assumimos, débitos no INSS e na Previdência. Encontramos todas as máquinas retroescavadeiras sem pneus e uma ambulância do SAMU parada”, contou. Disse, ainda, acreditar na “ajuda do povo” para superar os problemas porque, segundo suas palavras, “o povo é quem ajuda a gente a governar”. 

Ana Célia comemora em dobro. Ela foi eleita vice-presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) sendo a primeira mulher da história do órgão a ocupar o cargo. “Tem um peso muito grande, mas é também uma comemoração. Cada um que passou na Amupe deu sua contribuição”, concluiu. 

Em um clima de insegurança que toma conta dos estados brasileiros, nesta quarta-feira (11), a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), decidiu lançar o plano “Juntos pela Segurança”. No seu discurso, que aconteceu no Salão do Júri do Fórum Juiz Demóstenes Batista Veras, ela disse que era preciso devolver a tranquilidade para a sociedade. “Não podemos mais esperar, precisamos de solução”, cravou.

O programa pretende contribuir para reduzir o déficit de violência e criminalidade do município. Uma das primeiras ações será escutar a população por meio do que a prefeita chama de “câmaras temáticas”, a serem realizadas durante o Fórum Municipal de Elaboração do Plano, no próximo dia 19. Apesar da iniciativa, ainda não há definição do local do evento. 

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Por meio das câmaras, o cidadão poderá dar suas propostas e sugestões, não apenas sobre segurança pública, como também para outras áreas como esporte, lazer, cultura e desenvolvimento urbano. Quem preferir pode participar, posteriormente, por meio do site www.caruaru.pe.gov.br/juntospelaseguranca, que está em construção.

Durante sua campanha, a tucana apresentou um programa de governo com o nome “A Caruaru que precisamos – Uma Construção Coletiva”. As propostas foram abordadas em seis eixos. Raquel, filha do ex-governador do Estado João Lyra, é formada em Direito e atuou como delegada da Polícia Federal até 2005. 

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Conhecida pela alta produtividade agrícola e pelos indicadores sociais acima da média, Ribeirão Preto está passando por um dos momentos mais conturbados da sua história. O Ministério Público descobriu um desvio de R$ 203 milhões nos cofres municipais e prendeu ou afastou os suspeitos, deixando um vazio na administração da cidade, que ficou 13 dias sem prefeito.

A prefeita Dárcy Vera (PSD) foi afastada e presa no dia 2 de dezembro. Seu vice, Marinho Sampaio (PMDB), se elegeu vereador e renunciou, alegando o risco de ficar inelegível por assumir o passivo deixado por Vera. O próximo na sucessão seria o presidente da Câmara, Walter Gomes (PTB), mas ele já estava afastado do Legislativo com outros oito vereadores, suspeitos de participarem dos desvios, e foi preso na última quarta-feira, 14.

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A vereadora Gláucia Berenice (PSDB) assumiu interinamente a Câmara, mas não quis pegar a prefeitura, alegando que a atribuição não estava clara na legislação. Em 8 de dezembro, a Justiça mandou que o secretário de governo, Marcus Bertozi, respondesse pelo expediente da prefeitura, sem poder editar decretos e sancionar leis. No dia 13, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) deu liminar para libertar Vera, mas não a reconduziu à prefeitura. O cargo de prefeito ficou vago até quarta-feira, quando Berenice aceitou assumir o posto até o fim do ano.

Toda essa situação causou impacto nos serviços públicos. No dia em que a atual prefeita assumiu o mandato, os 10 mil funcionários estavam sem receber o 13º salário e tinham marcado greve para o dia seguinte. Berenice suspendeu licitações para garantir o pagamento. Além disso, funcionários ameaçam paralisar o atendimento dos hospitais filantrópicos por atraso nos repasses da prefeitura. A administração municipal vai fechar o ano com dívidas de ao menos R$ 300 milhões, comprometendo mais de 10% do orçamento do município para 2017. O montante supostamente desviado representa 7% de toda a receita.

"A prefeita foi presa, o ex-prefeito está preso e o futuro prefeito é investigado, todos por corrupção", resumiu o aposentado Rubens Camargo, de 70 anos. Ele se refere à prisão do ex-prefeito Antônio Palocci (PT) pela Operação Lava Jato, acusado de ter recebido propina da Odebrecht. Já o prefeito eleito Duarte Nogueira (PSDB) foi citado na delação de um ex-diretor da empreiteira como beneficiário de R$ 650 mil em doações eleitorais em troca de supostos favores. Ambos negam irregularidades.

Muitos serviços estão parando por causa da crise. Na manhã de quinta, o pedreiro Nivaldo Bispo, de 55 anos, varria por conta própria a praça Sete de Setembro. "Minha mulher trabalha aqui em frente e os varredores não passam há dias." Na Praça da Bandeira, o estudante Igor da Silva, 18, se surpreendeu ao encontrar o local depredado. "Faz uns meses que não venho ao centro. Parece que passou um tornado."

No primeiro semestre, Ribeirão Preto teve a maior epidemia de dengue de sua história, com 35 mil casos e sete mortes. O sistema de saúde entrou em colapso. Para o taxista Adauto Neves, 54, que pegou a doença, a situação pode se repetir. "Tem lixo espalhado, água podre acumulada na fonte da praça (Coronel Francisco Schmidt) e mato alto. A cidade já foi boa, mas está decadente. Os políticos estragaram Ribeirão."´As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, anunciou nesta terça-feira (31) que deseja criar um campo de refugiados na capital francesa, onde as autoridades se veem obrigadas a desmantelar com frequência acampamentos informais.

A prefeitura está analisando "diferentes locais para ver em que prazos poderemos colocá-los à disposição do Estado", afirmou Hidalgo em uma entrevista coletiva.

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A prefeita afirmou que a situação atual é "insustentável" na cidade e citou como exemplo um campo ilegal de refugiados criado há alguns dias na zona norte de Paris, onde quase 800 pessoas estão instaladas em condições difíceis.

A Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE) prendeu uma ex-prefeita de Bezerros, no Agreste, na tarde da quarta-feira (29). Elizabete Maria da Silva de Lima, conhecida como “Bete de Dael”, de 53 anos, teria faltado audiências que tinha se comprometido a comparecer. Além disso, testemunhas afirmaram que foram pressionadas a mudar o depoimento que haviam prestado na época de sua prisão anterior.

A ex-prefeita foi acusada de cometer crime eleitoral em junho de 2012. Na época, ela estaria fazendo doação de cestas básicas e dinheiro a eleitores em troca da promessa de votos, inclusive com as pessoas informando o número do título de eleitor, o que configura a prática de crime eleitoral pela compra de votos.

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Durante as buscas realizadas pela Polícia Federal em 2012 na casa de Elizabete, foram encontradas cestas básicas e pelo menos seis papeis assinados por ela autorizando a entrega das cestas (compra de votos), além de um revólver (posse ilegal de arma) e dois papagaios (criação clandestina de animais silvestres sem autorização do Ibama). 

Na ocasião, Elizabete foi levada à sede da Polícia Federal e foi liberada após pagamento de 30 salários mínimos (R$ 18.660). Ela havia negado a compra de votos, informando que fazia atendimento público em sua casa há muitos anos e que ajudava os eleitores com recursos próprios. Naquele mesmo ano, ela foi afastada da função pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). 

Desta vez, Elizabete foi presa por volta das 14h enquanto chegava a uma reunião do Clube de Diretores Lojistas de Bezerros. Ela foi conduzida à Colônia Penal Feminina do Bom Pastor, no Recife. 

Com informações da assessoria.

A prefeita da cidade de Bom Jardim, no Maranhão, Lidiane Rocha (PP-MA), suspeita de fraudes em licitação e desvio de recursos de merenda escolar, já é alvo de três ações propostas pelo Ministério Público do Estado, em 2013 e 2014, por irregularidades na educação municipal. Lidiane Rocha está foragida desde quinta-feira, 20, quando a Polícia Federal foi até sua casa cumprir um mandado de prisão preventiva da Justiça Federal e não a encontrou.

Nos próximos dias, deverá ser ajuizada outra ação, que pedirá o afastamento de Lidiane Rocha do cargo. Bom Jardim fica a cerca de 275 quilômetros da capital São Luís. A cidade tem 40 mil habitantes.

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Vaidosa, 25 anos, Lidiane exibe nas redes sociais imagens de uma vida de alto padrão para uma cidade à beira da miséria, com um dos menores IDHs do Brasil. Carros de luxo, festas e preocupação com a beleza, o que inclui até cirurgia plástica, marcam o dia a dia da moça que, conforme seu registro na Justiça eleitoral, candidatou-se pela coligação 'A esperança do povo'. O verdadeiro nome da prefeita é Lidiane Leite da Silva. Na Justiça Eleitoral, ela é Lidiane Rocha.

Em 23 de outubro de 2014, a promotora da comarca de Bom Jardim, Karina Freitas Chaves, ajuizou ação civil pública contra a prefeita, por ato de improbidade administrativa devido ao descumprimento de decisão judicial. A sentença descumprida refere-se à ação civil movida pelo Ministério Público do Maranhão em 8 de abril de 2014. Naquela ação, a promotora requereu, em pedido liminar, a urgência na regularização do fornecimento de merenda escolar, 'o qual tem prejudicado o calendário de aulas no município'.

"No entanto, apesar de a Justiça ter concedido decisão favorável ao Ministério Público, a prefeitura descumpriu a ordem judicial para que fossem adotadas todas as medidas necessárias para a entrega, nas escolas da rede municipal, da totalidade de alimentos referente a um mês de aula (20 dias), durante todo o período letivo", informou nota do Ministério Público na época.

A Promotoria de Justiça de Bom Jardim já havia ajuizado, em julho 2013, ação civil pública questionando a oferta irregular de ensino e o não cumprimento do calendário escolar devido à falta de professores, de transporte e de merenda escolar.

De acordo com o delegado federal Ronildo da Silveira, responsável pelo caso, a suspeita que pesa contra Lidiane é que toda a licitação de merenda escolar tenha sido fraudada, provocando prejuízo estimado até R$ 1 milhão. O delegado diz ter certeza de que R$ 300 mil, parceladamente, foram desviados do contrato. O valor corresponderia ao que seria pago da licitação a agricultores locais.

"Na hora de pagar os agricultores, o ex-namorado ia ao banco e sacava o dinheiro em conjunto com agricultores. Pegava o dinheiro e deixava migalha com eles, muito pouco, para mantê-los calados", explica o delegado.

O federal conta que as investigações começaram após agricultores afirmarem que recebiam dinheiro, mas não forneciam nenhum alimento para a escola. Chamou a atenção da PF, ainda, a vida que a prefeita ostentava em uma rede social.

"Muitas viagens, (Lidiane) colocava na internet que estava na hora de comprar um carro melhor, veículo de luxo, vivia em festa, fazendo cirurgia plástica", relata o delegado.

Funcionários da prefeitura de Rio Bonito (RJ) disseram não saber a localização da prefeita Solange Almeida, personagem-chave na acusação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresentada anteontem ao Supremo Tribunal Federal. A ex-deputada federal (PMDB) também foi denunciada pela Procuradoria por corrupção no esquema de corrupção e desvios na Petrobrás investigado pela Operação Lava Jato. Nenhum servidor soube informar o "paradeiro" de Solange, que, segundo eles, é a única que faz a própria agenda.

Solange é acusada de ter apresentado na Câmara dos Deputados requerimentos de informações a mando de Cunha sobre contratos com o estaleiro Samsung. O objetivo seria pressionar a empresa pelo pagamento de propinas ao presidente da Casa. O "negócio", segundo a acusação, foi intermediada pelo consultor Júlio Camargo. O fluxo de dinheiro teria sido interrompido em 2011.

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Sua única manifestação foi uma nota oficial publicada no início da tarde de ontem no Facebook. Nela, Solange afirma que desde a denúncia "Deus está no controle" de sua vida e cita salmos bíblicos. Diz estar indignada e afirma haver "interesses políticos envolvidos, querendo desviar o foco da Justiça".

"Durante o meu mandato como deputada federal fiz parte das comissões de Minas e Energia, Fiscalização Financeira e Controle, Seguridade Social, Constituição e Justiça, Finanças e Tributação. Criei e presidi a frente parlamentar em defesa dos hospitais universitários, fui relatora do Estatuto do nascituro na comissão de Seguridade Social e consegui sua aprovação com dificuldades, contrariando a bancada de parlamentares favoráveis ao aborto. Neste período, apresentei inúmeros requerimentos, trabalho este, que faz parte da função de deputado", escreveu.

A denúncia é o assunto mais comentado por vários moradores do município de 55 mil habitantes com os quais a reportagem conversou. Ela é descrita por alguns como uma mulher católica, mas que frequenta cultos evangélicos e é querida pelos "cristãos" da cidade. Por outros, uma prefeita distante, que não fez nada para diminuir a fila da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e do hospital local e vive "fora" da cidade.

Alguns funcionários dizem ter "cruzado" com Solange pelos corredores da prefeitura no início da semana, mas que, anteontem e ontem, uma agenda externa, não revelada, a teria levado para fora de Rio Bonito. Ninguém sabia para onde fora a prefeita.

'Abismada'. Uma pastora da igreja evangélica Ministério da Missão Profética contou que a prefeita, sempre que tem tempo, aparece no templo e ajuda financeiramente um projeto de apoio a crianças carentes do local. "Acho que ela é uma boa pessoa. Sempre que pode, ela faz uma visita. Fiquei abismada quando soube da denúncia", contou a religiosa, que preferiu não ser identificar.

Julgamento distinto foi feito por uma professora, de 27 anos, demitida de uma creche municipal. Ela declarou que o 13.º salário dos profissionais referente a 2014 não foi pago até hoje. Segundo ela, o uniforme escolar também deixou de ser oferecido aos alunos. "As mães têm que comprar, mas as crianças são obrigadas a usar uniforme."

A vereadora Marlene Carvalho (PPS), da oposição, criticou a prefeita. "Eu só posso falar que a gente está aguardando. Temos que aguardar até que as coisas sejam esclarecidas. A cidade é que perde, é uma cidade pequena, com pouca população, as pessoas acreditaram muito no trabalho dela. Hoje estamos com uma cidade desprovida de tudo", criticou.

Segundo o procurador-geral da República, a ex-deputada tinha ciência de que os requerimentos da Câmara seriam formulados com desvio de finalidade e abuso da prerrogativa de fiscalização inerente ao mandato popular, para obtenção de vantagem indevida. "Cunha passou a pressionar o retorno do pagamento das propinas, valendo-se de dois requerimentos perante a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, formulados pela então deputada Solange Almeida, em julho de 2011", escreveu Janot na decisão. Um dos requerimentos foi dirigido ao Tribunal de Contas da União e outro ao Ministério das Minas e Energia.

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