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O Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu na semana passada as últimas etapas da auditoria que conduziu sobre as Eleições Gerais de 2022 e voltou a afirmar a segurança das urnas eletrônicas e de todo o processo eleitoral.  Ao todo, foram realizadas cinco fases de auditoria do processo eleitoral. 

O TCU já havia atestado a segurança das urnas em ocasiões anteriores, como após o segundo turno de votação, em novembro. Nas fases mais recentes, o TCU avaliou aspectos sobre Segurança da Informação, debruçando-se sobre processos, procedimentos e sistemas da Justiça Eleitoral. A conclusão foi de que o “TSE está aderente às boas práticas internacionais”.  

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“Desde o início, quando da fase de preparação e testes dos equipamentos e softwares até a computação dos resultados da votação, o acompanhamento realizado pela auditoria não detectou achados de auditoria relevantes que pudessem macular a segurança e a confiabilidade do sistema eletrônico de votação do Brasil”, diz o relatório do TCU.  

Na quinta fase, o TCU verificou a validade dos resultados das eleições divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foram verificados, ao todo, 4.577 boletins de urna, sorteados aleatoriamente e entregues fisicamente ao tribunal de contas, comparando mais de 9 milhões de informações, segundo o relatório final da auditoria.  

“Ao final, não registrou uma única divergência entre os dados constantes das urnas eletrônicas e aqueles divulgados como resultados das eleições gerais de 2022”, concluiu o relatório.  

Ainda assim, o TCU fez algumas recomendações, como o aperfeiçoamento do aplicativo Boletim na Mão, com melhorias na ferramenta que permite ao eleitor a leitura de QR codes presentes no boletim de urna.  

Desde o início da auditoria sobre o processo eleitoral, representantes do TCU acompanharam todas as etapas do Teste Público de Segurança (TPS) e fiscalizaram a gestão de incidentes, a gestão de usuários do TSE e o desenvolvimento de softwares do sistema eletrônico de votação. Eles também presenciaram os procedimentos preparatórios das eleições e dos Testes de Integridade. 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou nesta segunda-feira, 26, a missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) que vai observar o processo eleitoral no Brasil. "Eles vêm observar o que?", disse o candidato à reeleição a apoiadores, no Palácio da Alvorada. O chefe do Executivo também voltou a defender uma contagem paralela de votos e afirmou que seus apoiadores no País são "no mínimo 60%".

"Eu vou estar agora com o chefe dos observadores que vêm observar as eleições aqui. Eu vou perguntar: 'vêm observar o quê?'", disse o presidente, antes de se encontrar nesta manhã com Rubén Ramírez Lezcano, que chefia a Missão de Observação Eleitoral da OEA. As declarações do candidato à reeleição foram publicadas nesta tarde em um canal no YouTube mantido por seus apoiadores.

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Bolsonaro também voltou a atacar as urnas eletrônicas. "A gente tem que contar os votos", afirmou. O presidente tem agido para desacreditar o sistema eleitoral brasileiro. Em discursos, levanta suspeitas infundadas de possíveis fraudes, sem nunca ter apresentado provas ou indícios de irregularidades. Em julho, o chefe do Executivo chegou a reunir embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada para questionar a confiabilidade das urnas.

"Tem muita gente inteligente por aí, o número de pessoas que conseguiram o entendimento do que está em jogo nós somos hoje em dia no mínimo 60% no Brasil", declarou. Na semana, durante viagem a Londres, no Reino Unido, para o funeral da rainha Elizabeth II, Bolsonaro já havia dito que se não ganhar a eleição no primeiro turno, com no mínimo 60%, "algo de anormal" terá acontecido no TSE, que é o órgão responsável pela contagem dos votos na eleição.

OEA

O presidente se reuniu hoje com o chefe da missão da OEA no Palácio do Planalto. A seis dias do primeiro turno, a entidade começou a avaliar a disputa eleitoral no Brasil e também deve manter contato com outros candidatos, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de partidos políticos e observadores locais.

"Hoje nós tivemos a oportunidade de falar com o presidente da República Federativa do Brasil e com parte do gabinete do senhor presidente", disse Lezcano, a jornalistas, sem dar detalhes sobre o teor da conversa com Bolsonaro. "Nós mantivemos uma reunião muito cordial. Estamos levantando todos os depoimentos dos diferentes candidatos", respondeu o chefe da missão da OEA, quando questionado sobre os ataques do chefe do Executivo às urnas eletrônicas.

Lezcano afirmou que a OEA vai divulgar um relatório sobre o primeiro turno das eleições. "Nós estamos iniciando a nossa Missão de Observação Eleitoral. Vamos, a partir de agora, uma série de reuniões com os candidatos. Convidamos todos os candidatos a mantermos reuniões. Também com os partidos políticos, com as instituições do governo, como o TSE, entre outros, com as organizações da sociedade brasileira, com observadores locais", detalhou o chefe da missão da OEA, que é ex-ministro das Relações Exteriores do Paraguai.

"O mais importante é a transparência", declarou Lezcano, que deve viajar para São Paulo nesta quarta-feira, 28. A missão da OEA chegou ao Brasil na última sexta-feira, 23, e conta com 55 especialistas. Lezcano disse que deve se reunir com Lula quando houver um espaço na agenda do ex-presidente, que lidera as pesquisas de intenção de voto.

Os Estados Unidos manifestaram confiança no processo eleitoral no Brasil, cuja votação será realizada no próximo dia 2 de outubro.

Um comunicado da embaixada dos Estados Unidos em Brasília destaca a "integridade" do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), jurisdição que fiscalizará a apuração dos votos.

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"Nossa confiança nas eleições brasileiras permanece inalterada", diz a nota, que explica que qualquer reconhecimento vai para quem "ganhar as eleições presidenciais como resultado do processo eleitoral liderado pelo TSE e não com base em uma negociação com qualquer candidato ou partido político".

O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), tem manifestado repetidamente reservas ao voto eletrônico e ao TSE, argumentando a necessidade de manter uma contagem paralela.

Uma das preocupações dos especialistas políticos é que o presidente em exercício possa seguir o exemplo do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e se recusar a reconhecer o resultado da eleição.

Segundo o senador Patrick Leahy, um dos cinco aliados de Bernie Sanders na proposta ao Congresso americano de resolução em apoio às instituições democráticas brasileiras, "o destino da democracia brasileira e sua relação com os Estados Unidos será decidido nas eleições" do próximo domingo.

Da Ansa

As ameaças e tentativas do presidente Jair Bolsonaro (PL) de enfraquecer o sistema eleitoral não devem influenciar o grande eleitorado. Para o doutor em Ciência Política Vanuccio Medeiros, as bravatas do chefe do Executivo vão se restringir apenas àqueles que admiram a ditadura e cultivam uma visão antidemocrática da sociedade.

"O que essa eleição pode revelar é o tamanho dessa parte do eleitorado, já que esse tema nunca foi assunto de um processo eleitoral antes no país", comentou o especialista. 

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No entendimento de Medeiros, o Planalto se aproveita da “falta de informação crônica” da sociedade.  Apesar do desinteresse, o processo de votação já é feito por cidadãos, seja mesários, fiscais, presidentes de mesa ou chefes de prédio. 

“No geral, a nossa sociedade conhece muito pouco sobre política e sobre o funcionamento das nossas instituições e isso dá margem a dúvidas e à desinformação [...] A sociedade é quem realiza o processo eleitoral. Então, a participação social sempre foi garantida”, explicou.

Para acabar com qualquer desconfiança ao processo eleitoral, ele sugere que a sociedade tenha ainda mais espaço nos bastidores. “Ampliar essa participação no âmbito dos tribunais regionais seja uma alternativa para ampliar o conhecimento sobre o funcionamento do sistema”, propõe.

Referência no sistema eleitoral

Vanuccio reforçou que o cuidado especializado com o processo eleitoral é uma das principais características do regime democrático, consolidado pela constituinte de 1988. A estrutura judicial alicerçada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que conta com juízes, fóruns e cartórios específicos, sustenta "um altíssimo nível de controle e de complexidade sobre o sistema eleitoral" e permitiu a alternância no poder.

"Não temos exemplos de países democráticos do ocidente que tenham uma estrutura como a justiça eleitoral brasileira", comparou. "Ao longo desses 25 anos [com urnas eletrônicas] não tivemos nenhum evento eleitoral que fosse questionado com base no resultado", completou.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), usou o Twitter para afirmar que “não tem cabimento” duvidar da legitimidade das eleições no Brasil. O processo é conduzido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão que Pacheco afirmou ser empenhado em dar transparência ao pleito desde o momento atual.

“Não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil. O Congresso Nacional é o guardião da democracia!”, escreveu no Twitter o presidente da Casa Alta.

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Rodrigo Pacheco ainda destacou a confiabilidade das urnas eletrônicas.

“As instituições e a sociedade podem ter convicção da normalidade do processo eleitoral. A Justiça Eleitoral é eficiente e as urnas eletrônicas confiáveis. Ainda assim, o TSE está empenhado em dar toda transparência ao processo desde agora, inclusive com a participação do Senado”, emendou.

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O posicionamento do presidente do Congresso Nacional acontece um dia depois que o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse as Forças Armadas sugeriram ao TSE uma apuração paralela dos votos feita por militares. Bolsonaro é crítico do sistema eleitoral brasileiro, mesmo com diversas provas e testes de confiabilidade pelo qual o processo de elegibilidade para cargos públicos no país vem passando desde que foi instalado.

O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, afirmou nesse domingo (24) considerar uma “ofensa grave” a declaração dada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que afirmou que as Forças Armadas “estão sendo orientadas para atacar o processo eleitoral brasileiro”

Por meio de nota, a Defesa afirmou ainda que a fala de Barroso é uma “ilação ou insinuação” e que não há provas de que as Forças Armadas “teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia”. O general também classificou a declaração do ministro do Supremo como “irresponsável”. 

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“Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro. Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições”, disse Oliveira. 

A alegação de Barroso foi feita no último domingo (24), durante um seminário sobre o Brasil promovido pela Universidade Hertie School, de Berlim, na Alemanha, em uma participação por teleconferência. Além de insinuar a orientação antidemocrática, o ministro disse que, desde a redemocratização do país, "se teve uma instituição de onde não veio notícia ruim e que teve um comportamento exemplar, foram as Forças Armadas".  

Na mesma nota, o ministro da Defesa acrescentou que as “Forças Armadas, republicanamente, atenderam ao convite do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e apresentaram propostas colaborativas, plausíveis e exequíveis, no âmbito da Comissão de Transparência das Eleições (CTE) e calcadas em acurado estudo técnico realizado por uma equipe de especialistas, para aprimorar a segurança e a transparência do sistema eleitoral, o que ora encontra-se em apreciação naquela Comissão”. 

“As eleições são questão de soberania e segurança nacional, portanto, do interesse de todos”, acrescentou. 

Confira a nota na íntegra: 

Acerca da fala do Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, durante participação, por videoconferência, em um seminário sobre o Brasil, promovido por entidade acadêmica estrangeira, em que afirma que as Forças Armadas são orientadas a atacar e desacreditar o processo eleitoral, o Ministério da Defesa repudia qualquer ilação ou insinuação, sem provas, de que elas teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia.

Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro. Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições.

As Forças Armadas, republicanamente, atenderam ao convite do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e apresentaram propostas colaborativas, plausíveis e exequíveis, no âmbito da Comissão de Transparência das Eleições (CTE) e calcadas em acurado estudo técnico realizado por uma equipe de especialistas, para aprimorar a segurança e a transparência do sistema eleitoral, o que ora encontra-se em apreciação naquela Comissão. As eleições são questão de soberania e segurança nacional, portanto, do interesse de todos.

As Forças Armadas, como instituições do Estado Brasileiro, desde o seu nascedouro, têm uma história de séculos de dedicação a bem servir à Pátria e ao Povo brasileiro, quer na defesa do País, quer na contribuição para o desenvolvimento nacional e para o bem-estar dos brasileiros. Elas se fizeram, desde sempre, instituições respeitadas pela população.

Por fim, cabe destacar que as Forças Armadas contam com a ampla confiança da sociedade, rotineiramente demonstrada em sucessivas pesquisas e no contato direto e regular com a população. Assim, o prestígio das Forças Armadas não é algo momentâneo ou recente, ele advém da indissolúvel relação de confiança com o Povo brasileiro, construída junto com a própria formação do Brasil.

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira

Ministro de Estado da Defesa

 

 

O Comitê de Direitos Humanos da ONU acolheu, nesta sexta-feira (17), o pedido liminar impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitando que sejam garantidos os direitos políticos do líder-mor petista como candidato à Presidência da República. Nota divulgada pelos advogados do ex-presidente afirma que o órgão determinou que Lula tenha acesso à imprensa e outros membros do seu partido para endossar a participação na disputa pelo Palácio do Planalto. 

“Determinou ao Estado Brasileiro que ‘tome todas as medidas necessárias para que para permitir que o autor [Lula] desfrute e exercite seus direitos políticos da prisão como candidato nas eleições presidenciais de 2018, incluindo acesso apropriado à imprensa e a membros de seu partido político’ e, também, para ‘não impedir que o autor concorra nas eleições presidenciais de 2018 até que todos os recursos pendentes de revisão contra sua condenação sejam completados em um procedimento justo e que a condenação seja final’”, ressalta a nota assinada pelos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins.

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Segundo o texto, “a decisão reconhece a existência de violação ao art. 25 do Pacto de Direitos Civis da ONU e a ocorrência de danos irreparáveis a Lula na tentativa de impedi-lo de concorrer nas eleições presidenciais ou de negar-lhe acesso irrestrito à imprensa ou a membros de sua coligação política durante a campanha".

Os advogados de Lula também reforçam que o Brasil, por meio do Decreto nº 6.949/2009, incorporou ao ordenamento jurídico o reconhecimento da jurisdição do Comitê de Direitos Humanos da ONU e a obrigatoriedade do cumprimento de suas decisões. 

Nota à imprensa

Na data de hoje (17/08/2016) o Comitê de Direitos Humanos da ONU acolheu pedido liminar que formulamos na condição de advogados do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 25/07/2018, juntamente com Geoffrey Robertson QC, e determinou ao Estado Brasileiro que “tome todas as medidas necessárias para que para permitir que o autor [Lula] desfrute e exercite seus direitos políticos da prisão como candidato nas eleições presidenciais de 2018, incluindo acesso apropriado à imprensa e a membros de seu partido politico” e, também, para “não impedir que o autor [Lula] concorra nas eleições presidenciais de 2018 até que todos os recursos pendentes de revisão contra sua condenação sejam completados em um procedimento justo e que a condenação seja final” (tradução livre). 

A decisão reconhece a existência de violação ao art. 25 do Pacto de Direitos Civis da ONU e a ocorrência de danos irreparáveis a Lula na tentativa de impedi-lo de concorrer nas eleições presidenciais ou de negar-lhe acesso irrestrito à imprensa ou a membros de sua coligação política durante a campanha.

Por meio do Decreto nº 6.949/2009 o Brasil incorporou ao ordenamento jurídico pátrio o Protocolo Facultativo que reconhece a jurisdição do Comitê de Direitos Humanos da ONU e a obrigatoriedade de suas decisões. 

Diante dessa nova decisão, nenhum órgão do Estado Brasileiro poderá apresentar qualquer obstáculo para que o ex-Presidente Lula possa concorrer nas eleições presidenciais de 2018 até a existência de decisão transitada em julgado em um processo justo, assim como será necessário franquear a ele acesso irrestrito à imprensa e aos membros de sua coligação política durante a campanha.

Valeska Teixeira Zanin Martins

Cristiano Zanin Martins

O Ministério das Relações Exteriores informou nesta seguna-feira (25) que o governo brasileiro acompanha “com atenção a evolução da situação política” no Haiti. O segundo turno das eleições presidenciais no país caribenho, previsto para ontem (24), foi adiado.

“Ao condenar os recentes episódios de violência observados no país, [o governo brasileiro] conclama o amigo povo haitiano a expressar pacificamente suas opiniões e insta as forças políticas haitianas a repudiar, de maneira inequívoca, o emprego da violência”, disse, em nota, o Itamaraty.

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Segundo o comunicado, o Brasil também pede que os atores participantes das eleições presidenciais trabalhem em conjunto em busca do consenso, para a "pronta retomada e breve conclusão do processo eleitoral, com a eleição dos demais membros do Parlamento e do novo presidente”.

“O governo brasileiro reafirma sua permanente solidariedade e engajamento com a causa de um Haiti democrático e estável, de acordo com a vontade soberana do povo haitiano e em consulta com as Nações Unidas e com os demais países e organizações associados a esse objetivo”, conclui a nota.

Processo

No sábado (23), milhares de pessoas protestaram nas ruas da capital haitiana para exigir a renúncia do presidente do país, Michel Martelly, um dia depois de o Conselho Eleitoral Provisório adiar, sem data, o segundo turno das eleições presidenciais.

As manifestações, convocadas pela oposição, exigem também a renúncia dos membros do conselho, organismo que consideram favorecer o candidato oficial e que já assistiu à renúncia de cinco dos seus nove integrantes. Um sexto membro foi suspenso por causa de suspeitas de corrupção.

O primeiro turno das eleições ocorreu em 25 de outubro, enquanto o segundo turno estava originalmente previsto para 27 de dezembro.

O líder da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Ricardo Costa (PSMDB) fez duras críticas ao diretório municipal da legenda em Olinda, nesta quarta-feira (12), cobrando transferência no processo eleitoral da nova direção. De acordo com o parlamentar, os membros da sigla na cidade “pretendem tratar o PMDB de Olinda como propriedade familiar”.

Segundo Costa, a eleição do Diretório Municipal de Olinda convocada para o próximo sábado (15) não cumpre o papel democrático por não revelar as chapas inscritas, e inclusive, excluí-lo de tomar conhecimento do andamento do processo. 

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Confira a nota na íntegra:

Considerações sobre o processo sucessório do PMDB de Olinda

1.   Sou o único deputado estadual do PMDB em Olinda, líder da bancada na Assembleia Legislativa de Pernambuco e, como tal, tenho direito a voz nas reuniões da Executiva Municipal. Fui surpreendido ao ser excluído do processo da sucessão partidária, pois deveria ser ouvido na composição da chapa e, inclusive, integrar o diretório.

2.   Fui pessoalmente à sede do Diretório de Olinda e lá foi-me negado o direito de tomar conhecimento dos integrantes da chapa – atitude absurda e indefensável, pois contraria todos os princípios da democracia partidária no que diz respeito à transparência do processo eleitoral, exigência legal e da sociedade. A não apresentação da chapa levanta dúvidas sobre a lisura do referido processo. Dá a impressão de que há algo a ser escondido. Não se sabe, inclusive, se realmente existe uma chapa inscrita.

3.   A decisão sobre o registro da chapa, segundo o estatuto, deveria ter saído na segunda-feira, dia 10 de agosto. Não se sabe sequer se houve essa reunião. Quais as razões para essa chapa estar escondida e guardada a sete chaves? Quais as razões para se realizar uma reunião “secreta”, se é que de fato ocorreu?

4.   O que se observa é que se pretende tratar o PMDB de Olinda como propriedade familiar. Não houve qualquer consideração à nova realidade do partido em Pernambuco, que está em um processo de renovação, ampliação e fortalecimento. Na formação do Diretório Estadual, por exemplo, todas as forças vivas do partido foram contempladas: seu deputado federal, seus deputados estaduais, seus vereadores, prefeitos, como o de Petrolina, além de lideranças históricas do partido, inclusive a atual presidente do Diretório Municipal de Olinda.

5. Vou oficiar a Executiva Estadual do PMDB, dando ciência das arbitrariedades que estão ocorrendo aqui em Olinda.

Ricardo Costa

Deputado Estadual pelo PMDB

O processo eleitoral para a escolha do reitor e vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) tem nova data de realização. A eleição, que estava marcada para 15 de abril, agora será realizada no dia 29 do mesmo mês. Alunos, professores e servidores poderão votar.

Segundo a UFPE, a mudança aconteceu porque na primeira data o Tribunal Regional Eleitoral (TER) não teria disponíveis urnas eletrônicas para a votação. “Quando a Comissão Eleitoral decidiu pelo dia 15 de abril, ela não tinha feito uma consulta prévia ao Tribunal Regional Eleitoral sobre a disponibilidade das urnas eletrônicas”, explica o presidente da Comissão, o professor do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) da UFPE, Ivanildo de Figueiredo Filho, conforme informações da assessoria.

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Como houve alteração na data da eleição, consequentemente há ampliação do período da campanha eleitoral, que inicia no dia 30 deste mês e segue até 28 de abril. Ocorrendo segundo turno, um novo processo de escolha será realizado em 13 de maio. Confira quem são os candidatos: 

Chapa 56
Professor Anísio Brasileiro de Feitas Dourado - para o cargo de reitor
Professora Florisbela de Arruda Câmara e Siqueira Campos - para o cargo de vice-reitora

Chapa 58
Professor Edilson Fernandes de Souza - para o cargo de reitor
Professora Luciana Cramer - para o cargo de vice-reitora

Chapa 52
Professor Daniel Alvares Rodrigues - para o cargo de reitor
Professora Bianca Arruda Manchester de Queiroga - para o cargo de vice-reitora

Chapa 57
Professora Maria José de Matos Luna - para o cargo de reitora
Professor Marcos José Vieira de Melo - para o cargo de vice-reitor

Chapa 55
Professor Diogo Ardaillon Simões - para o cargo de reitor
Professora Zélia Granja Porto - para o cargo de vice-reitora

 

 

Foram divulgados nesta terça-feira (3), no Diário Oficial do Recife, os nomes do titular e do suplente na cadeira Artes Cênicas do Conselho Municipal de Políticas Culturais (CMPC). O processo eleitoral iniciado pela Prefeitura do Recife no dia 1º de março deste ano tinha o objetivo de preencher as vagas das cadeiras de Artes Visuais, Música, Produtores Culturais e Artes Cênicas, mas apenas esta última apresentou candidatos suficientes para que a eleição fosse realizada. No entanto, de acordo com representantes do CMPC, em breve será aberto um novo processo eleitoral voltado para as vagas que não foram preenchidas.

Feliciano da Silva, com sete votos, foi nomeado na qualidade de conselheiro titular de Artes Cênicas do Conselho Municipal de Políticas Culturais, enquanto que José Antônio Taveira, com três votos, será o conselheiro suplente na mesma cadeira. As eleições foram realizadas no dia 5 de maio, no CTEC (antigo Colégio Nóbrega).

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Em conversa por telefone com o LeiaJá, Rita de Cássia, integrante do Conselho, disse que aguarda uma resposta da comissão eleitoral sobre um novo processo eleitoral, mas afirmou que ainda não há nada definido. A informação foi confirmada por Beto Azoubel, também membro do CPCM. “Devemos divulgar as datas deste novo processo nos próximos dias para preencher as cadeiras que ficaram sem representantes”, afirmou Azoubel.

Apesar dos esforços, o mandato dos Conselheiros de Política Cultural do Recife será até dezembro de 2014, quando será iniciado um outro processo eleitoral, desta vez voltado para todas as cadeiras da instituição. O CMPC é um órgão de caráter deliberativo, normativo e consultivo, que institucionaliza a relação entre a administração municipal e os setores da sociedade civil ligados à cultura, participando da elaboração e do acompanhamento das políticas culturais do Recife.

Integrantes da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) de Burkina Faso, país localizado na África, visitou nesta terça-feira (17), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em Brasília. A passagem pelo TSE teve o objetivo de colher detalhes da experiência de voto dos cidadãos brasileiros no exterior.

Recebida pelo ministro Henrique Neves,  a comitiva obteve informações sobre as fases do processo eleitoral e a pós a reunião visitaram o Museu do Voto, no edifício sede do TSE, para conhecer a evolução do processo eleitoral no Brasil. 

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Outras iniciativas de cooperação com países africanos já foram promovidas pelo TSE, como o encontro realizado no início deste ano com representantes dos membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). “Este é mais um exemplo de cooperação da Justiça Eleitoral com vários países do mundo para prestar informações sobre temas eleitorais. Organizamos uma programação específica para orientar os integrantes da Comissão sobre todos os aspectos importantes para a votação no exterior”, explicou o chefe da Assessoria Internacional do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tarcísio Costa.

Ainda nesta terça, a comitiva reúne-se com chefe da Divisão de Assistência Consular do Ministério das Relações Exteriores, Conselheiro Aloysio Marés Dias Gomide Filho e com o desembargador Josaphá Francisco dos Santos, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF). No TRE, o grupo assistirá apresentações sobre a urna eletrônica, identificação biométrica e, com maior detalhamento, o processo de votação no exterior. A programação termina com a visita ao Cartório da Zona Eleitoral do Exterior, de responsabilidade do TRE-DF.

*Com informações do TSE

 

 

A possível aliança entre o PSB e o PSDB tem sido comentada por muitos políticos no Brasil, principalmente os pernambucanos. Durante entrevista, nesta segunda-feira (2), o deputado federal Raul Henry (PMDB) afirmou defender que ambos os partidos - liderados por Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) - tenham candidaturas próprias, para ampliar o leque de possibilidades e enriquecer o debate sobre o futuro do Brasil.

"Se depender da minha torcida espero que ambos (Eduardo e Aécio) sejam candidatos à presidência da República, assim como também Marina Silva e José Serra, se quiser disputar pelo PPS. Pelo que eu percebo em Brasília, conversando com Roberto Freire, não diria a hipótese de Serra ir para o PPS esteja descartada. Todos eles como candidatos, cada um apresentando sua alternativa pelo país, enriquece o debate sobre o futuro do Brasil e oferece alternativas ao povo brasileiro", defendeu em entrevista a uma rádio local.  

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Já sobre a candidatura isolada de Eduardo, o peemedebista declarou acreditar na probabilidade dele ser candidato. "Ele (Eduardo Campos) tem as condições para ser. Torço pela candidatura dele, é importante para o país e para Pernambuco. Acho que está maduro para ser candidato à presidente, tem feito uma boa gestão no Estado e tem dado uma demonstração de bons relacionamentos políticos. Hoje a probabilidade dele ser candidato é maior do que a de não ser. Eu não diria isso talvez há dois meses, mas hoje eu digo por suas novas atitudes como a conversa com Aécio, o programa do Ratinho, a ida a Santa Catarina, são sinalizações", frisou Henry.

Para Pernambuco, Raul voltou a confirmar a sua candidatura a reeleição, assim como a do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e disse que tem convidado alguns parlamentares a ingressarem no PMDB para garantir chapas competitivas tanto estaduais como federais.

"Tenho defendido também uma aliança nossa com o PSB. E o PMDB participando da chapa majoritária com o senador Jarbas. Convidei, inclusive, deputados federais de Pernambuco que se diziam insatisfeitos com as suas alternativas, para virem para o PMDB, foi o caso de Cadoca e Paulo Teixeira, quando o DEM passava por um momento critico disse a Mendonça e Augusto Coutinho que o PMDB estava de portas abertas. Então a nossa proposta é formar uma chapa competitiva de deputados estaduais, de deputados federais e defender publicamente a reeleição do senador Jarbas que tem honrado o seu mandato", concluiu. 

O processo atual de reeleição no País foi um dos questionamentos do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), entre os dias 8 e 9 de julho, no Recife. Os dados mostraram que a população aprova a permanência do gestor por dois mandatos. O assunto é um dos temas da reforma política discutido no Congresso Nacional e entre os partidos. Para o PSDB e o PSB não deveria existir o processo e cada gestão passaria para cinco, em vez de quatro anos. O assunto divide opiniões entre os próprios membros da legenda.

Seguindo os dados do IPMN, é possível observar que as mudanças do PSDB e do PSB não são acatadas pelos recifenses e serviram de alertas de especialistas. No entanto, a deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB) explicou que a sugestão ainda está sendo estudada pela legenda. “Isso foi uma decisão da executiva do PSBD para estudo, para análise. Mas se a população não quiser a gente não vai acabar com a reeleição”, argumentou Nunes.

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A tucana defendeu a proposta da executiva do PSDB e explicou as vantagens no seu ponto de vista. “Eu defendo o mandato de cinco anos, porque entendo que oito anos é um mandato muito longo e entendo que deve ter mais oxigenação nos quadros do governo e dos partidos”, argumentou Nunes.

Já para o deputado estadual Vinícius Labanca (PSB), apesar de seu partido defender o fim da reeleição, ele concorda com o processo, mas com ressalvas. “Eu fedendo a reeleição. Agora, caso seja alterado o mandato para cinco ou seis anos, neste caso eu opto pela inexistência do processo”, opinou.

Sobre a reforma política como um todo, o parlamentar acredita que a população não está preparada para enfrentar algumas questões. “O brasileiro não está preparado para ir para um plebiscito. O povo não sabe nem em que ta votando ás vezes. Acredito que querem uma mudança para celebrar o processo, mas não devemos trazer para o eleitor a decisão da reforma política”, avalia.

O socialista elenca alguns aspectos que não é a favor e afere alguns assuntos como complicados para a sociedade. “Sou contra o voto distrital porque encarece as eleições, sou contra a lista fechada, sou contra a lista mista de campanha porque isso não entra na cabeça do eleitor. É uma coisa muita confusa de trazer ao povo brasileiro essa decisão, e assim na pressa não é o momento”, frisou o parlamentar.

 

Romper as barreiras de ‘obrigação’ e da ‘exigência’ é o que desejam a maioria dos recifenses em relação ao processo de escolha de seus líderes políticos.  A população que vem se mostrando ao longo dos anos mais participante e cobradora de seus direitos prefere que a obrigatoriedade do voto seja eliminada e assim, tenha a possibilidade de querer ou não participar da votação eleitoral a cada dois anos, como ocorre atualmente no sistema eleitoral do País. 

As informações obtidas na capital pernambucana são do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) e revelam que quase 70% as pessoas querem mais liberdade e não são favoráveis ao processo de votação obrigatória. 

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O IPMN saiu às ruas do Recife entre os dias 8 e 9 de julho para colher opiniões sobre a reforma política, assunto tão debatido nos últimos dias no mundo político e também nos meios de comunicação. Dentre esse tema tão abrangente as pessoas avaliaram vários subtemas como, por exemplo, a votação brasileira.

Dos 624 entrevistados, 68,1% disseram não ser a favor do voto obrigatório e outros 27,2% afirmaram concordar. Seguindo a mesma linha de reflexão e mudando apenas a pergunta, a resposta não teve quase diferença. Os participantes foram indagados da seguinte forma: ‘Você é favorável que o voto deixe de ser obrigatório’?. Neste segundo questionamento 69,6% responderam sim e apenas 23,6% disseram não. Já outros 6,9% não souberam ou não responderam.

Os dados mostram o anseio por mais liberdade de opinar ou não, em determinados aspectos semelhante ao velho conceito da sociedade que defende o direito ‘de ir e vir’ das pessoas. “Há um sentimento geral de liberdade da cidadania, de ir e vir, de se pronunciar, de debater, de falar, de ouvir, de participar. É um conjunto de direitos que são inerentes à formação da cidadania e ninguém quer ser obrigado a fazer as coisas. E a obrigação de votar é um contingenciamento. É uma imposição do sistema”, explica o economista Maurício Romão (foto).

Ainda segundo o especialista econômico, os dados podem ter ligações com o descrédito da política vivida na sociedade atual. “Esse sentimento reflete bastante a aversão atual da classe política mostrada em várias pesquisas”, argumenta Romão afirmando em seguida que a não existência da obrigatoriedade não tende mudar muito nas abstenções eleitorais. 

Já para o cientista político, Adriano Oliveira, esse assunto é outro leque dentro do tema central da reforma política e vale uma observação e aceitação do desejo das pessoas. “Veja que na reforma política ninguém está propondo o fim do voto obrigatório, mas o que faz parte da agenda da população é o fim do voto obrigatório. Então, a conclusão que nós chegamos é que pauta dos partidos não deve ser a reeleição, mas o fim do voto obrigatório”, opinou.

Oliveira sugere um plebiscito futuro para se ouvir a sociedade sobre a definição do voto ser obrigatório ou não. “Se a população tem esse desejo, tem que ser algo discutido. Inclusive, poderia ser um tema levado a plebiscito porque as pessoas conhecem o que é voto obrigatório, as pessoas sabem e aí está uma grande questão que poderá servir de plebiscito”, recomenda o cientista.

 

 

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