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Nesta segunda-feira (2), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), comentou o desenrolar político que pode resultar em seu quarto mandato à frente do plenário. Em seu sexto mandato como deputado federal pelo Rio de Janeiro, ele ainda sugeriu que as pessoas que negarem tomar a vacina contra a Covid-19, devam sofrer restrições.

Maia aguarda o término das disputas eleitorais municipais para prosseguir com as votações no Congresso. Em uma live promovida pelo Valor Econômico, ele reforçou que a prioridade é a proposta de emenda constitucional para garantir o cumprimento do teto de gastos. Apesar de evidenciar a austeridade fiscal, o democrata teve papel fundamental na administração do Orçamento de Guerra, usado para enfrentar os impactos da Covid-19 no Brasil.

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Seu mandato só acaba em fevereiro de 2021, mas até lá, o deputado pretende avançar com a pauta das reformas tributária e administrativa. De encontro as suas intenções está o Centrão, que trava o debate, de olho no controle da Comissão Mista de Orçamento.

Sobre a pandemia e a recusa de parte da população quanto a imunização, Maia afirmou que restrições podem ser imposta aos negacionistas. "O importante é que todos os brasileiros tenham acesso à vacina. E aqueles que não querem tomar vacina, é obvio que alguma restrição deve ocorrer, mas isso precisa ser construído no Parlamento, junto com o Executivo. Essa união é importante para que não parece que um Poder está contra o outro", indicou, sem detalhas quais seriam essas restrições.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve julgar na semana que vem um caso que pode restringir a forma como candidatos utilizam as redes sociais para fazer campanhas. A decisão vale já para as eleições 2020, adiadas para novembro por causa da pandemia do novo coronavírus.

O ponto de partida é um processo envolvendo o atual candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Jilmar Tatto, que na campanha eleitoral em 2018, quando concorreu ao Senado, pagou para que seu nome fosse exibido no buscador do Google quando internautas pesquisassem pelo nome de um rival na disputa pela vaga, Ricardo Tripoli (PSDB). "Procurando por Ricardo Tripoli? Conheça Jilmar Tatto", dizia o primeiro resultado da busca patrocinada.

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A prática foi considerada irregular pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em São Paulo, que multou o candidato, mas Tatto recorreu ao TSE. O julgamento, iniciado em março e com previsão de ser retomado na próxima semana, pode servir para delimitar como os candidatos usam serviços para impulsionar conteúdo, como a compra de termos em buscadores.

A discussão cresce em importância na medida em que o impulsionamento de conteúdo - seja em sites de busca ou em redes sociais - é a única modalidade de propaganda eleitoral paga permitida na internet pela legislação.

O julgamento foi interrompido em março com o placar de 3 a 1 para a anulação da multa a Tatto. Para o relator do caso, ministro Sérgio Banhos, não houve infração às leis eleitorais, uma vez que o servidor de buscas apresentava a informação de que se tratava de um anúncio patrocinado.

Areia aglomerada, pessoas sem máscara e inexistência do correto distanciamento social. Esse foi o cenário em várias praias do Recife e de cidades da Região Metropolitana, durante esse fim de semana e nessa segunda-feira (7), feriado da Independência do Brasil. Preocupado com o fato, o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, declarou nesta terça-feira (8) que, caso os números da Covid-19 voltem a subir no Estado, espaços de lazer poderão ser restringidos novamente, incluindo as praias. 

“Se houver uma piora desses números, é natural que as primeiras atitudes sejam no sentido de restringir as atividades de lazer. A gente não quer fazer isso, mas estamos analisando os cenários”, declarou Longo, em coletiva de imprensa.

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O secretário de Saúde pediu que a própria população tenha consciência quanto aos protocolos necessários de combate ao novo coronavírus. Ele reiterou que a pandemia não acabou e que existe um sério risco de novos crescimentos nos casos da doença em todo o Brasil.

“A população é quem precisa se conscientizar que, para voltar a conviver, precisa dosar o sentimento de busca de prazer com o sentimento de responsabilidade e ter o compromisso com o que temos pregado. A máscara tem sido descumprida, é grave isso. Precisa haver uma conscientização, e sem essa conscientização podemos ter a volta de indicadores negativos”, alertou Longo.

Pernambuco registrou, em seu mais recente levantamento, 170 novos diagnósticos de Covid-19, além de 20 óbitos ocorridos desde 15 de julho. Agora, ao todo, o Estado tem 132.590 casos do novo coronavírus, e mais de 7,7 mil mortes.

A Secretaria Especial da Receita Federal prorrogou até o dia 31 de agosto as medidas que adotou em março para evitar o avanço do novo coronavírus dentro de suas agências de atendimento ao público. De acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), até essa data o atendimento presencial nas unidades da Receita ficará restrito a alguns serviços e só mediante agendamento prévio. Dentre eles, Regularização de Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e cópia de documentos relativos à declaração do Imposto de Renda.

Esta é a terceira prorrogação da data. O prazo inicial era 29 de maio, que passou para 30 junho, depois para 31 de julho e agora, 31 de agosto.

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A mesma portaria suspende, também até 31 de agosto, os prazos para prática de atos processuais no âmbito da Receita, além dos procedimentos administrativos de emissão eletrônica automatizada de aviso de cobrança e intimação para pagamento de tributos e de exclusão de contribuinte de parcelamento por inadimplência de parcelas.

O governo restringiu, pelos próximos trinta dias, a entrada de estrangeiros de qualquer nacionalidade por qualquer via no Brasil. O anúncio foi feito em edição extra do Diário Oficial da União, na noite da terça-feira (30) e dá continuidade a medidas restritivas que passaram a vigorar no fim de março.

De acordo com o texto, o governo tomou a decisão com base em recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As medidas poderão ser prorrogadas, conforme orientação do órgão. As restrições se devem à pandemia de Covid-19, que já matou quase 60 mil pessoas no País.

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A portaria, assinada pelos ministros Braga Netto (Casa Civil), André Mendonça (Justiça), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Eduardo Pazuello (Saúde), lista diversas exceções à proibição, como estrangeiros que possuam "visto de visita concedido para estada de curta duração, sem intenção de estabelecer residência", ou aqueles para quem o visto foi dispensado "com finalidade de realizar atividades artísticas, desportivas ou de negócios".

A regra também não valerá para brasileiros naturalizados, imigrantes com residência em caráter definitivo, passageiros em trânsito internacional (se não deixarem a área internacional do aeroporto) ou para estrangeiros cônjuges, filhos, pais ou companheiros de um brasileiro.

O texto também diz que não está impedido "o tráfego de residentes fronteiriços em cidades-gêmeas, mediante a apresentação de documento de residente fronteiriço ou de outro documento comprobatório". Mas, em parágrafo único, ressalta que tal regra não se aplicará para a fronteira com a Venezuela.

Como medida de contenção da curva de disseminação da Covid-19, a Superintendência de Infraestrutura (Sinfra) e a Superintendência de Segurança Institucional (SSI) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), informam que as restrições ao campus Recife estão mantidas. As aulas presenciais seguem suspensas desde março.

Mesmo com a manutenção da medida, há exceção para apenas dois acessos. São eles: a entrada principal do campus, que segue aberto, no entanto com entrada de veículos controlada; e os portões de acesso ao Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) e ao Hospital das Clínicas, via Departamento de Fonoaudiologia, que continuam abertos no horário das 6h às 19h.

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Pessoas que circularem pelo campus sem que estejam devidamente autorizados, e que não constem entre os funcionários em atividades estritamente essenciais definidos pela reitoria, serão orientado a voltar para casa.

Sem previsão legal e por conta própria, o governo federal não concedeu o auxílio emergencial de R$ 600 para parentes dos presos. Em ofício encaminhado ao Ministério Público Federal pelo Ministério da Cidadania, ao qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, a Dataprev, empresa que faz o processamento para a concessão do auxílio, admite que restringiu o acesso às famílias dos detentos.

Questionada pela reportagem, a Dataprev informou que mais de 39 mil pedidos apresentados por detentos ou familiares vão passar por um "processamento adicional".

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No texto enviado ao Ministério Público Federal, a Dataprev afirma que o Ministério da Cidadania estabeleceu "ainda que de forma não definitiva, a restrição da concessão do auxílio emergencial a requerente ou membro de grupo familiar" constante na base do Departamento Nacional do Sistema Penitenciário (Depen), do Ministério da Justiça, e do regime fechado de São Paulo.

Para o procurador do MPF, Júlio Araújo, um dos autores do pedido de informação ao governo, os fatos são graves, pois a lei não estabelece nenhuma restrição. "Embora o secretário executivo do Ministério da Cidadania tenha afirmado que não houve restrição a parentes de pessoas presas que preencham os requisitos do benefício, a resposta da Dataprev aponta informação em outro sentido", diz.

Segundo ele, os familiares ficam com o pedido parado em razão de um critério não previsto em lei. Além disso, os sistemas que embasam essa consulta podem estar defasados, atingindo famílias de pessoas tidas como presas mas que já podem estar em liberdade.

"O governo federal pode estar negando o benefício a pessoas que acabaram de sair do cárcere - que é o momento que mais precisa de apoio do Estado e emprego - por estarmos usando uma base de dados defasada", afirma a deputada Tabata Amaral (PDT-SP). Ela também critica a negativa do benefício a familiares de detentos. "Isso é um desrespeito com os milhões de brasileiros aglomerados em filas da Caixa, sem a certeza se receberão o auxílio. A falta de dados não pode ser desculpa para o governo negar auxílio a quem de fato precisa", diz.

Para o presidente da Rede Brasileira de Renda Básica, Leandro Ferreira, a restrição do acesso aos familiares de detentos, além de irregular, é discriminatória. "É um absurdo. Foi introduzido um critério pela experiência dele de implantação que não só não está previsto na lei como é um critério duro em relação ao estigma que essas pessoas sofrem", avalia. "Só porque tem um parente preso não poder receber um auxílio que as pessoas têm direito a receber? É muito grave", critica Ferreira, à frente do grupo que reúne técnicos e pesquisadores em defesa da renda básica para a população de baixa renda.

Auxílio-reclusão

Pelas regras do auxílio emergencial, não é possível acumular os R$ 600 com outro benefício pago pelo governo federal, com exceção do Bolsa Família. Isso significa que não seria possível acumular o benefício com o auxílio-reclusão. Mas, de acordo com Ferreira, poucos familiares de presos recebem o auxílio-reclusão, repassado apenas quando o preso contribuía para a Previdência, o que, geralmente, ocorre com trabalhadores formais. O auxílio-reclusão recuou para o atendimento de 31,7 mil famílias no ano passado, menor cobertura desde 2010 (29,5 mil benefícios).

Procurada, a Dataprev diz que não negou auxílio para parentes dos detentos. Segundo a empresa, os requerimentos estão retidos para processamento adicional. A estatal ressalta que o trabalho da empresa consiste em dar o suporte tecnológico para o Ministério da Cidadania. "Com isso, são realizados cruzamentos de informações dos solicitantes conforme as regras definidas pelo órgão gestor do auxílio emergencial", informa a empresa.

Dos 98 milhões de requerimentos processados pela empresa, foi identificado 1,5 milhão de CPFs com "complexidade de cenários". Deste total, 39.251 requerimentos foram apresentados por detentos ou contém detentos na sua composição familiar. Segundo a Dataprev, as equipes seguem trabalhando com urgência para finalizar a regra desse processamento adicional. "O processo de concessão tem sido aperfeiçoado constantemente para assegurar o benefício à população."

O Ministério da Cidadania respondeu que não há retenção do auxílio emergencial em função de ser familiar de detento.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estados e municípios podem estabelecer restrições de transporte durante a pandemia do novo coronavírus, sem necessidade de aval da União, decidiu nesta quarta-feira, 6, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Por maioria, os ministros entenderam que a adoção das medidas de restrição de transporte devem estar embasadas em critérios técnicos e científicos, mas não precisam necessariamente seguir as normas de órgãos federais.

A decisão da Corte envolve o transporte entre diferentes municípios de um mesmo Estado ou dentro de uma mesma cidade - mas não atinge o transporte interestadual, que é um assunto de competência da União.

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Para o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, é importante que as medidas de restrição sejam bem embasadas, e não se convertam em"singelas opiniões pessoais de quem não detém competência ou formação técnica para tanto".

"A competência dos Estados e municípios, assim como a da União, não lhes conferem carta branca para limitar a circulação de pessoas e mercadorias com base, unicamente, na conveniência e na oportunidade do ato", frisou Toffoli.

Nesse sentido também se manifestaram os ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e o decano do STF, Celso de Mello. A sessão, feita por videoconferência, marcou a primeira participação de Celso de Mello em um julgamento no plenário após recuperação de uma cirurgia no quadril.

"Quero registrar minha alegria de poder voltar e compartilhar a honrosa companhia de juízes que compõe essa Suprema Corte. Eu tive acesso aos vários votos proferidos nesse caso de grande importância em face de situação gravíssima que passa o país em razão da pandemia, que nos aflige e que tem tido saldo extremamente dramático", disse o decano.

Repercussão

Para a advogada Vera Chemim, mestre em direito público administrativo pela FGV-SP, a decisão do STF foi acertada.

"Diante da atual conjuntura sanitária, a decisão da Corte se reveste sobretudo, de razoabilidade e proporcionalidade, uma vez que embaraços de natureza burocrática só iriam travar a operacionalização de ações estaduais e municipais, para o combate à doença", afirmou.

Para a Associação Nacional das Empresas de Transporte Rodoviário Interestadual de Passageiros (Anatrip), o governo federal não pode "ultrapassar o limite da sua atuação nos estados e municípios, da mesma forma que governos municipais e estaduais não podem interferir no transporte interestadual, que é competência da União".

"O STF entendeu que não compete à União ou ao governo federal a interferência no transporte intermunicipal e urbano, que é de competência dos estados e dos municípios respectivamente. Importante lembrar que, da mesma forma, não compete aos estados e prefeituras interromper ou proibir a circulação do transporte interestadual, que é de competência da União", disse a associação.

A Prefeitura de São Paulo deve não apenas prorrogar o período de fechamento do comércio não essencial da cidade como ainda bloquear a circulação de carros nos próximos dias, caso a pressão por vagas em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) continue nos níveis atuais e o porcentual de adesão ao isolamento social se mantenha abaixo dos 50%. As informações foram dadas pelo secretário municipal de Saúde da capital, Edson Aparecido, à TV Globo e confirmadas pela Prefeitura. Os detalhes devem ser anunciados na semana que vem.

"Já há uma decisão tomada. Não temos como relaxar as medidas de isolamento a partir do dia 10 de maio. Na capital, é absolutamente impossível fazermos isso", disse Aparecido. "Ao contrário, estamos iniciando as discussões na Prefeitura para que a gente possa fortalecer algumas dessas medidas para que a gente consiga fazer com o que o isolamento na cidade possa crescer (acima) desse patamar de 48%".

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Os bloqueios educativos que a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) feitos nos corredores viários deverão se tornar bloqueios de vias, segundo Aparecido. O que vem sendo feito até aqui são testes de como adotar essas medidas, inéditas. "Na semana que vem, as medidas apresentadas pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) (deverão ser) de endurecimento e bloqueios nas principais vias."

O bloqueio não deverá ser total, mas suficiente para criar congestionamentos de forma a desistimular a circulação de veículos. Os alvos das ações serão vias das periferias, onde o crescimento de casos é maior. "Para você ter ideia, a última região a registrar caso confirmado de coronavírus foi a zona leste. Hoje, é a região com mais número de mortes da cidade."

Aparecido afirmou que, no início da quarentena, quando a taxa de isolamento estava acima dos 50%, havia uma média de 812 notificações de casos suspeitos por dia. Agora, com o isolamento menor, essa média supera as 3.400 notificações por dia. "Você tem ainda 6 milhões de pessoas circulando quase que normalmente pela cidade", afirmou o secretário. "É um perigo gigantesco. Você não consegue preparar o sistema público de saúde, nem o sistema privado, para poder absorver a quantidade de pessoas que vão precisar de um leito de UTI."

O secretário afirmou que o reflexo da atual baixa adesão aos pedidos de distanciamento ainda só terá desdobramentos dentro de dez a 15 dias, dado o período de incubação da doença. Assim, a taxa de ocupação dos leitos de UTI devem subir ainda mais. "A pressão virá mais forte ainda. Por isso (é importante) que a população acompanhe o noticiário, veja o que está acontecendo em outras regiões do País em que o sistema de saúde já não dá conta de atender as demandas da população."

UTIs

Na Grande São Paulo, a taxa de ocupação dos leitos de UTI está em 85%, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde. A quarentena determinada pela gestão Doria começou em 24 de março e vai até o dia 10 de maio. O Estado de São Paulo tinha até esta Quarta-feira (29) 2.247 mortes pelo novo coronavírus, sendo 1.439 mortes na capital. São 26.158 casos confirmados, sendo 16.638 na cidade de São Paulo.

O governo brasileiro decidiu estender por mais 30 dias as restrições para ingresso de estrangeiros no Brasil por voos internacionais, independentemente da nacionalidade, como medida para tentar conter o avanço do novo coronavírus no País.

A decisão consta de Portaria Interministerial da Casa Civil, ministérios da Justiça, Infraestrutura e Saúde, publicada em edição extra do Diário Oficial da União que circula nesta tarde. A medida restritiva tinha sido adotada em 27 de março pelo prazo de 30 dias, o que agora é prorrogado por igual período.

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Segundo o texto, a medida atende à recomendação técnica e fundamentada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A restrição não se aplica a brasileiro, nato ou naturalizado; imigrante com residência de caráter definitivo, por prazo determinado ou indeterminado, no território brasileiro; profissional estrangeiro em missão a serviço de organismo internacional, desde que devidamente identificado; funcionário estrangeiro acreditado junto ao Governo brasileiro; estrangeiro que seja cônjuge, companheiro, filho, pai ou curador de brasileiro; cujo ingresso seja autorizado especificamente pelo Governo brasileiro em vista do interesse público; e portador de Registro Nacional Migratório; ao transporte de cargas; passageiro em trânsito internacional, desde que não saia da área internacional do aeroporto e que o país de destino admita o seu ingresso; e pouso técnico para reabastecer, quando não houver necessidade de desembarque de passageiros das nacionalidades com restrição.

O veto não impede ainda o ingresso e permanência da tripulação e dos funcionários de empresas aéreas no País para fins operacionais, ainda que estrangeira.

O descumprimento das medidas restritivas implicará ao agente infrator: responsabilização civil, administrativa e penal; repatriação ou deportação imediata; e inabilitação de pedido de refúgio.

A portaria abre exceção ao estrangeiro que estiver em um dos países de fronteira terrestre e precisar atravessá-la para embarcar em voo de retorno a seu país de residência, desde que seja dada autorização da Polícia Federal.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, 28, que existe um "grande surto" de coronavírus no Brasil e sugeriu que pode haver restrições de voos com a América Latina, o que consequentemente incluiria o País. As declarações foram dadas a repórteres durante encontro com o governador da Flórida, Ron DeSantis, na Casa Branca.

DeSantis falou sobre o combate à pandemia de coronavírus no seu Estado e comentou que há uma expectativa de aumento no número de casos em algumas nações no exterior, citando como exemplo o Brasil. O próprio Trump então questionou DeSantis sobre se ele pensa em "cortar voos" do País. "Não necessariamente", respondeu o governador, sugerindo que pode ser pensada uma tecnologia, com testes para monitorar potenciais casos de passageiros contaminados para evitar essa circulação do vírus.

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Trump disse que seu governo tem monitorado o quadro dos contágios em outros países. Ele citou a situação na América do Sul e sugeriu que pode haver restrições para voos dessa região. O presidente americano lembrou que recebeu críticas por ter restringido voos com a China, mas argumentou que a decisão se mostrou posteriormente correta, para conter a disseminação do coronavírus.

Nessa quarta-feira (8), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu uma liminar que proíbe o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), de suspender o isolamento social imposto pelos governadores para conter o novo coronavírus. No início do mês, o presidente ameaçou pôr fim à quarentena ao garantir que tinha um ato “pronto” para a retomada do comércio.

Na decisão, o ministro lamentou a "grande divergência de posicionamentos" entre Bolsonaro, governadores e prefeitos. Em seu entendimento, tal impasse acaba "acarretando insegurança, intranquilidade e justificado receio em toda a sociedade". O magistrado também ressaltou a autonomia dos Estados e determinou a continuidade das medidas restritivas "independentemente de superveniência de ato federal em sentido contrário“.

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Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, Bolsonaro atua como “agente agravador da crise”, pois o “governo nem sempre tem feito uso adequado das prerrogativas que detém para enfrentar a emergência de saúde pública, atuando constantemente de forma insuficiente e precária”. O requerente explica que, de modo irresponsável, as ações propostas vão na contramão das recomendações aprovadas pela comunidade científica e aplicados pelos Chefes de Estado em todo mundo.

Ao reafirmar a separação dos três poderes, o ministro lembrou que o pedido da OAB é "incabível", visto que o Judiciário não pode substituir o Executivo. Ele lembrou que cabe a Bolsonaro escolher "dentre as hipóteses legais e moralmente admissíveis", para que "as melhores [medidas] para o interesse público no âmbito da saúde, da assistência e da econômica" sejam tomadas.

De mãos atadas após mais uma derrota, o presidente da República recorreu a Advocacia Geral da União (AGU) para rebater as alegações do OAB. Ele garante que seu governo "vem adotando todas as providências possíveis para o combate ao novo coronavírus".

Felipe Santa Cruz usou o Twitter para comemorar a deliberação do STF. "Vitória da Constituição e do bom senso", publicou.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez ressalvas, em nota distribuída na noite da quinta-feira (19) à aplicação no combate ao novo coronavírus de duas drogas que servem para o tratamento da malária - a hidroxicloroquina e a cloroquina.

Pesquisas preliminares divulgadas no mesmo dia apontaram que as duas substâncias têm o potencial de combater a covid-19, o que levou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a dizer que a cloroquina poderá "virar o jogo" da pandemia.

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"Apesar de promissores, não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o tratamento da covid-19. Portanto, não há recomendação da Anvisa, no momento, para a sua utilização em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus", declarou o órgão, que acrescentou que a automedicação pode representar um grave risco à saúde.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), afirmou nesta quarta-feira (11) que o acesso aos plenários e espaços usados por deputados deve ser limitado, para evitar infecção pelo novo coronavírus.

O limite do acesso à Câmara será discutido em reunião da Mesa Diretora nesta tarde, disse Maia. "Aqui estão muitas pessoas de regiões diferentes do país. Importante que a Câmara possa restringir o acesso, número de audiências, restringir acesso a plenários para poucos assessores, quase exclusivamente aos parlamentares", declarou Maia.

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O deputado declarou que a Câmara está à disposição para tratar de liberação de recursos ao Ministério da Saúde para enfrentar a doença. O ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) disse que "todos sabem que teremos impacto (orçamentário) grande". Mandetta participa de reunião sobre o combate à doença em comissão da Câmara.

O Parlamento de Portugal aprovou o fim da concessão da Autorização de Residência para Investimento - conhecida como visto gold - para quem comprar imóveis em Lisboa e no Porto. A concessão do visto gold para estrangeiros com investimentos imobiliários a partir de 500 mil euros (R$ 2,3 milhões) será limitada a municípios do interior do país ou de regiões autônomas dos Açores e da Madeira. Quem já tem o benefício poderá renová-lo.

Estrangeiros com o visto gold podem morar e trabalhar em Portugal, além de circular pela União Europeia. Essa modalidade de visto foi criada em 2012 pelo governo português para atrair investimentos de fora da União Europeia.

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A decisão de restringir o visto foi tomada em meio ao debate em Portugal sobre os riscos desse tipo de programa. Há dois anos, a Comissão Europeia publicou um relatório citando ameaças à segurança e relatando falta de transparência nas concessões. Em março de 2019, o Parlamento Europeu apelou aos Estados-membros para que o programa fosse revogado, afirmando que as vantagens "não compensavam os sérios riscos de segurança e evasão fiscal". A organização Transparência Internacional também alertou que o visto poderia ser utilizado por criminosos e corruptos.

Em janeiro, o Partido Socialista entregou uma proposta de alteração do orçamento que limitava a concessão do visto, segundo o Jornal Econômico, de Portugal. A medida foi anunciada pela líder da bancada socialista, Ana Catarina Mendes, na Assembleia da República, que destacou que o fim do benefício em Lisboa e Porto "não terá obviamente uma aplicação com efeitos retroativos". Segundo a presidente do Grupo Parlamentar do PS, com a medida, será possível amenizar a pressão no mercado imobiliário existente em Lisboa e Porto, contribuindo para povoar regiões de baixa densidade demográfica do país.

Desde que o regime entrou em vigor, em outubro de 2012, Portugal já concedeu mais de 8 mil vistos desse tipo - mais de metade para cidadãos da China. Em segundo lugar, aparece o Brasil. Outras formas de obter o visto gold são transferir pelo menos 1 milhão de euros (R$ 4,6 milhões) para Portugal, criar dez postos de trabalho ou investir 350 mil euros (R$ 1,6 milhão) em pesquisa científica ou no patrimônio cultural e artístico do país europeu. A opção mais escolhida, porém, é a compra de imóveis avaliados em mais de 500 mil euros (R$ 2,3 milhões). Essa categoria engloba quase 95% dos 5 bilhões de euros captados pelo programa.

Planos

As restrições ao visto gold podem prejudicar os planos de brasileiros que almejam se mudar para Portugal. É o caso de Emerson Feitoza, de 45 anos, e da mulher dele, Shirley Leal, de 42. Eles moram em Campinas, no interior de São Paulo, e cogitam ir para o país europeu - o objetivo é fugir da violência urbana e se afastar dos problemas políticos do Brasil. "Isso vai influenciar muito. Assim como São Paulo e Rio, essas (Lisboa e Porto) são as duas grandes metrópoles de lá, onde há mais oportunidades de trabalho. Quero ir para a Europa desde que eu possa exercer minha profissão", diz ele, que é corretor de imóveis.

Sem as duas opções em jogo, eles estudam morar em Braga - a terceira maior cidade de Portugal - localizada no extremo norte. Para ter certeza, Feitoza primeiro viajará ao país para ver de perto se vale a pena. "Precisamos colher mais informações para tomar a decisão."

Como funciona

- Concessão: O visto gold é concedido a estrangeiros com investimentos imobiliários a partir de 500 mil euros (R$ 2,3 milhões) em Portugal. Outras maneiras de obter o visto gold são: transferir pelo menos 1 milhão de euros (R$ 4,6 milhões) para Portugal, criar dez postos de trabalho ou investir 350 mil euros (R$ 1,6 milhão) em pesquisa científica ou no patrimônio

cultural e artístico do país.

- Direitos: Essa modalidade de visto garante o direito de morar e trabalhar em Portugal e de circular por países da União Europeia.

- Mudança: Com a mudança aprovada pelo Parlamento português, não haverá concessão do visto gold para quem comprar imóveis em Lisboa e no Porto. Quem já tem o benefício poderá renová-lo. (Com agências internacionais).

Uma portaria do Ministério da Educação (MEC) publicada no último dia de 2019 restringe o número de participantes brasileiros em congressos nacionais e internacionais, mesmo que a despesa com a viagem não seja do governo. Cientistas dizem que a medida não tem precedente em nenhum lugar do mundo democrático e "impõe uma limitação ao desenvolvimento da ciência". Procurada pela reportagem, a pasta não se manifestou.

Carta enviada ao ministério por duas das mais importantes entidades científicas do País, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC), pede a revogação urgente da portaria, lembrando que as reuniões científicas são cruciais para a troca de conhecimento e o estabelecimento de parcerias.

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"A portaria foi feita claramente por alguém que não entende como funcionam a pesquisa e os congressos internacionais", afirmou o presidente da ABC e professor de Física da Universidade Federal do Rio (UFRJ), Luiz Davidovich.

O artigo 55 da portaria 2.227, de 31 de dezembro do ano passado, estabelece o envio de "no máximo dois representantes para eventos no país e um representante para eventos no exterior, por unidade, órgão singular ou entidade vinculada".

Caso mais pessoas queiram participar, prevê a medida, é necessário solicitar ao MEC autorização especial. E mais: o pedido só pode ser feito "em caráter excepcional e quando houver necessidade devidamente justificada, por meio de exposição de motivos dos dirigentes das unidades".

A carta assinada pelos presidentes da ABC, Luiz Davidovich, e da SBPC, Ildeu Moreira, pede ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, que reveja a decisão. Segundo Davidovich, a carta explica "pedagogicamente" a importância dos congressos nas carreiras científicas.

"Devido ao crescimento exponencial do conhecimento científico, é comum ter, em uma mesma unidade ou grupo de pesquisa, cientistas que, embora reunidos em torno de um tema, trabalham em projetos e subáreas distintas", sustenta o documento. "Por isso mesmo, é frequente, em reuniões nacionais e internacionais, a participação de (vários) membros de uma mesma unidade ou grupo de pesquisa."

Além disso, dizem os pesquisadores, várias áreas da ciência se valem de colaborações internacionais para o desenvolvimento de pesquisas e publicações de maior impacto. "A limitação de participação de, no máximo, dois servidores em feiras, fóruns, seminários, congressos, simpósios, grupos de trabalho e outros eventos no país, e de um representante para eventos no exterior, por unidade, órgão singular ou entidade vinculada, não se adequa (sic) à realidade do papel da universidade e das instituições de ensino, pesquisa, extensão, tecnológicas e de inovação no mundo globalizado", aponta a carta.

O documento ainda destaca que congressos são importantes na formação dos jovens pesquisadores. "A restrição contribuirá para o empobrecimento da formação do jovem cientista brasileiro, fato que não ocorre em nenhum outro país que preze pela ciência e tecnologia. "Não dá para escolher um pesquisador; é um absurdo isso; falta compreensão por parte do ministério sobre como funciona a ciência", disse Davidovich.

Segundo a portaria, ainda que as despesas da viagem não sejam pagas pelo governo, a restrição será mantida. "Se não é uma medida de economia, que medida é essa?", questiona Davidovich. O MEC não respondeu ainda à demanda dos cientistas. A reportagem também procurou a pasta, mas ainda não obteve retorno.

Relação turbulenta

Desde o ano passado, a gestão Jair Bolsonaro tem vivido uma relação tensa com as universidades públicas. Em abril, o anúncio do bloqueio de verbas pelo governo federal levou professores, pesquisadores e alunos a protestarem nas ruas contra o MEC.

Nos meses seguintes, Weintraub atacou suposto viés ideológico de docentes e estudantes e disse que as universidades são "madrassas" de doutrinação, em alusão às escolas islâmicas. O ministro também afirmou que há plantações de maconha nos câmpus das instituições e que seria necessário ir atrás das "zebras gordas", em referências a professores universitários que teriam altos salários.

As manchas de petróleo cru tomaram parte do litoral do município de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, na madrugada desta quarta-feira (23). Na praia de Barra de Jangada, a área foi isolada por órgãos da prefeitura, Governo do Estado e Forças Armadas, que recolhem o resíduo. Voluntários estão sendo orientados a não acessar o mar, um grupo que já estava no local quando a equipe chegou foi orientado a deixar a parte da praia afetada pela substância.

"É louvável o voluntarismo, mas a intenção é não aumentar o desastre", afirma o superintendente da Defesa Civil local, coronel Artur Paiva. O representante reforça a preocupação com saúde da população, por isso, solicita apenas ajuda qualificada. "Não é chegar na praia e dizer 'vim ajudar'".

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"A situação é calamitosa, mas não é pelo fato de ser uma emergência que tenhamos que receber qualquer pessoa sem conhecimento", ressaltou o coronel. "A gente precisa de pessoas que tenham prática e vivência com esse tipo de desastre", complementou.

Para Paiva, o município 'está dando conta' da contaminação. Ele também destaca que uma barreira foi instalada no Rio Jaboatão, nessa terça-feira (22), e reforça o alerta feito ao Estado desde a terça-feira (15). 

Ainda assim, critica as ações de órgãos superiores. "Os governos que deveriam tomar suas responsabilidades [...] não sei se tomaram corretamente e no momento correto", avaliou.

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A Marinha brasileira decidiu proibir o uso de telefones celulares em suas instalações. Em nota, o comando da Força informou que "o motivo da restrição é a preservação da segurança da informação, do pessoal, dos navios e instalações". De acordo ainda com a Marinha, no dia a dia das unidades militares, o uso de dispositivos móveis estava se tornando cada vez mais frequente, "sendo considerado, atualmente, um dos principais problemas de segurança da informação enfrentado".

"Apesar de tais dispositivos possibilitarem uma maior flexibilidade e mobilidade, otimizando as tarefas diárias, os riscos relacionados às ameaças e vulnerabilidades a eles relacionados não podem ser desprezados."

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Entre as fragilidades identificadas pela Marinha em razão do uso de telefones celulares está o fato de aplicativos baixados no equipamento permitir a agentes inimigos visualizar as rotas mais usadas por militares dentro de instalações militares, monitorando o percurso de quem trabalha em áreas de acesso restrito.

Um ex-chefe da contrainteligência da Força Aérea ouvido pela reportagem considerou a medida necessária, mas disse que ela deve ser aplicada com parcimônia. "Não são todas as instalações que precisam desse tipo de proteção", afirmou.

Questionada se havia relação da decisão da Marinha com o fenômeno de manifestações de caráter político-partidário de militares da ativa do Exército e da Força Aérea em redes sociais, a Marinha respondeu que não. No domingo, dia 21, o jornal O Estado de S. Paulo publicou reportagem mostrando que o comando do Exército decidiu enquadrar o uso de redes sociais pelos seus militares.

Levantamento feito pelo jornal encontrou 220 manifestações políticas em 20 perfis de oficiais e suboficiais da ativa das Forças Armadas entre 2018 e 2019 - nenhum deles era de integrantes da Marinha.

De acordo com a Marinha, as novas regras de uso de celulares são uma revisão das que foram feitas em 2009. Desde então, diz a nota do comando, "os componentes da Força cumprem as diretrizes dispostas em publicação específica sobre o assunto, que versa sobre as diretrizes gerais relacionadas às três principais áreas de tecnologia e informação da Marinha do Brasil: Infraestrutura de Redes e Serviços da Marinha do Brasil, Segurança da Informação e Comunicação e Desenvolvimento de Sistemas Digitais".

Ainda de acordo com o comando, até a publicação da revisão da norma, a regra geral permitia o uso, "sendo estabelecidos os locais e circunstâncias restritas". O comando informou ainda que, a partir da revisão, "o conceito alterou a regra geral para a restrição do uso".

Cabe ao comandante de cada unidade avaliar as circunstâncias em que os aparelhos podem ser usados "definindo o local, período ou situação que justifique sua permissão". A Marinha informou, por fim, que nas unidades que lidam com atendimento ao público, como hospitais, indústrias, capitanias dos portos e organizações de ensino o uso do celular será permitido.

O deputado federal Marcelo Calero (Cidadania-RJ) apresentou dois projetos [um de lei e outro de emenda à Constituição] para restringir a designação para chefe de missão diplomática permanente a integrantes do quadro de carreira do Ministério das Relações Exteriores. Ou seja, impede que sejam indicados como embaixadores pessoas que não são diplomatas.  

“Isso vai ao encontro dos anseios da sociedade brasileira que quer que sejam prestigiadas as meritocracias na escolha dos ocupantes das funções públicas”, argumentou ao defender as propostas. Para passar a valer, o texto precisa ser aprovado na Câmara e no Senado.

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As propostas surgem um dia depois que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), disse que poderia indicar o filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para embaixador nos Estados Unidos (EUA). 

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Calero, que é diplomata de carreira, classificou a intenção de Bolsonaro como uma “ação de desprestígio”. “Vejo com muita preocupação essa possibilidade. É uma ação de desprestígio a essa carreira que está nas maiores tradições da nossa República”, considerou o parlamentar. 

“Devemos lembrar primeiro que coube ao Itamaraty a delimitação das nossas fronteiras e a aquisição de um prestígio internacional que poucos países tem. Em segundo lugar, essa nomeação surge sob a sombra do nepotismo, a gente tem que chamar no Brasil as coisas pelo que elas são”, acrescentou o deputado. 

Calero chamou, ainda, a atitude de Bolsonaro de “caprichosa” e disse que fará um apelo a Eduardo Bolsonaro para que ele não não aceite o convite.

A movimentação de congressistas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para elaborar um projeto de lei que limite os poderes de fiscalização da Receita Federal provocou indignação entre os fiscais do órgão, que prometem uma grande mobilização no País para barrar o avanço da articulação.

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco) buscará apoio da sociedade e do Ministério Público para impedir que algum projeto desse tipo seja aprovado. A ofensiva contra o modelo de atuação do Fisco está sendo chamada na Receita de "projeto mordaça".

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Como mostrou reportagem do jornal "O Estado de São Paulo" publicada no domingo, o vazamento de dados sobre uma investigação tributária envolvendo o ministro Gilmar Mendes, do STF, gerou um movimento para mudar a legislação sobre a Receita de forma a limitar seus poderes.

Durante almoço na semana passada, ministros da Corte reprovaram a atuação da Receita, que elaborou relatório apontando possíveis atos de "corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência por parte do ministro Gilmar Mendes e familiares". Dos 11 ministros, sete estavam no encontro.

O projeto de lei para impor limites à atuação do Fisco vem sendo discutido em conversas reservadas de ministros com parlamentares.

Para o presidente do Sindifisco, Kléber Cabral, a articulação é preocupante. "É curiosa a tentativa, porque a lei autoriza o que a Receita faz", afirmou. "Se houvesse alguma questão de descumprimento da lei, o Judiciário teria se manifestado."

O secretário da Receita, Marcos Cintra, está sendo cobrado pelos sindicalistas a fazer uma declaração contundente de apoio ao trabalho de investigação do órgão, o que não aconteceu até agora. Cintra tem atuado para diminuir a temperatura da crise, que ameaça ganhar proporções maiores se o projeto for apresentado no Congresso.

Para Mauro Silva, diretor da Associação Nacional dos Auditores Fiscais (Unafisco), o movimento, que partiu do Judiciário, fere o princípio de equilíbrio entre os Poderes. "Os poderosos não são as únicas forças políticas", afirmou ele, que aposta numa mobilização para garantir o trabalho de fiscalização da Receita. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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