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Em Pernambuco, 1.182.444 crianças entre 5 e 11 anos devem se vacinar contra a Covid-19. No entanto, pouco mais de um mês após o início da imunização neste público, apenas 30% dos pequenos receberam a primeira dose. A baixa cobertura vacinal nesta faixa etária preocupa os especialistas e acende o alerta para a vulnerabilidade dos pequenos não vacinados.

Ao longo desta semana, Estado e municípios realizam força-tarefa para alavancar a vacinação deste grupo, com encerramento no ‘Dia C’ de vacinação no próximo sábado (26).

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“Uma cobertura vacinal baixa implica riscos não apenas para as crianças, mas para toda a sociedade. E não podemos correr riscos desnecessários. As vacinas, além de seguras, salvam vidas, já está mais do que comprovado”, alerta o secretário estadual de Saúde, André Longo.

A superintendente de Imunizações da SES-PE, Ana Catarina de Melo, reforça que Pernambuco tem expertise na vacinação de crianças e que os municípios são capacitados para proteger os pequenos.

"Ter, até o momento, apenas 30% desse público vacinado com a primeira dose contra a Covid-19 revela como o processo está lento, o que nos preocupa, já que, tradicionalmente, Pernambuco sempre imunizou muito rápido as crianças nas campanhas de vacinação. Nós sabemos como vacinar os pequenos. É preciso lembrar que estamos no período de retorno às aulas, assim como da circulação da Ômicron, então a vacina, estratégia efetiva e eficaz, é essencial", reforça.

Vacinas em estoque

Na última sexta-feira (18), Pernambuco recebeu mais 233.360 doses de vacinas destinadas às crianças, entre Pfizer e Coronavac, o que garantiu abastecer o estoque dos municípios para as estratégias de avanço da imunização deste público. Desde o início da campanha, a SES-PE já distribuiu 851.186 doses para o público infantil aos municípios pernambucanos.

Com informações da assessoria

“Se você bebe, o seu bebê também bebe” é o tema da campanha da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead) que visa alertar mulheres grávidas para os riscos que o consumo de bebidas alcoólicas na gestação pode trazer para os filhos. “Esse é o nosso foco de interesse, de ação in advocacy (lobby do bem)”, disse a presidente da Abead, Alessandra Diehl. A entidade busca prevenir sobre o álcool na gestação, para evitar o que os especialistas chamam de Síndrome Alcoólica Fetal (SAF).

No Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, lembrado nesta sexta-feira (18), a psiquiatra destaca os riscos de desenvolvimento da SAF, que ainda é subnotificada no Brasil e subtratada, por não ser identificada durante a gestação. Segundo ela, não existe informação, principalmente para quem trabalha na rede de atenção primária à saúde e que faz o pré-natal, “que são as enfermeiras, os ginecologistas”, para identificar a mulher que está bebendo.

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A SAF tem alto impacto na vida da criança, da mãe, do pai e da sociedade como um todo. De acordo com a Abead, não existe bebê seguro durante a gestação porque qualquer quantidade de bebida pode trazer complicações que incluem retardo mental, microcefalia, baixo peso ao nascer, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, além de complicações gestacionais. 

Estudos mostram que entre 12% e 22 % das mulheres grávidas apresentam históricos de consumo de álcool durante a gravidez. Essa ingestão de álcool pode variar de beber ocasionalmente ao consumo excessivo semanal e até ao uso crônico durante os nove meses da gestação. A Abead defende medidas preventivas para o uso de álcool por mulheres grávidas devido ao risco de desenvolvimento da SAF. A estimativa é de que cerca de 1,5 mil a 6 mil crianças nasçam com SAF todos os anos no Brasil.

A Abead sugere, entre as medidas preventivas, a adoção de rótulos de advertência sobre o álcool nas embalagens das bebidas, utilizando-os como ferramentas para aumentar a conscientização sobre os riscos gerados pelo produto. Também recomenda abordagens mais amplas de políticas públicas para o controle do consumo, com informações direcionadas ao público-alvo e específicas sobre beber na gestação. A entidade apoia o Projeto de Lei (PL) 4.259/2020, em tramitação na Câmara dos Deputados, que institui o sistema de prevenção à Síndrome Alcoólica Fetal, bem como dispõe sobre a obrigatoriedade de advertência dos riscos relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas durante a gravidez. “É uma das primeiras iniciativas que começam a colocar a advertência em bebidas alcoólicas, indicando que a mulher não pode beber, como já existe em outros países. Acho que isso pode ajudar”, afirmou Alessandra.

Adolescentes

Para a presidente da Abead, outro problema que deve ser atacado sem demora por meio de políticas públicas é o consumo de álcool cada vez mais cedo entre os jovens. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), divulgada em setembro do ano passado, 34,6% dos estudantes consultados haviam experimentado bebida alcóolica pela primeira vez antes dos 14 anos, sendo o percentual maior entre meninas (36,8%) do que entre meninos (32,3%). Mais de 63% dos estudantes entrevistados tomaram uma dose de bebida alcoólica em 2019, contra 61,4% em 2016.

O Terceiro Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira, realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e divulgado em 2019, confirmou a dependência de álcool entre adolescentes. Segundo o estudo, 7 milhões de brasileiros menores de 18 anos, ou o correspondente a 34,3%, disseram já ter consumido bebida alcoólica na vida, sendo que 119 mil jovens entre 12 e 17 anos apresentavam algum tipo de vício em álcool.

“É um fenômeno mundial”, disse Alessandra Diehl. Os jovens estão bebendo cada vez mais cedo. A PeNSE mostra claramente que eles começam em torno dos 14 anos”.

O hábito entre mulheres, que começa quando jovens e se perpetua, também preocupa a Abead, que vem chamando a atenção para o fenômeno há algum tempo. No entanto, segundo a presidente da entidade, não há correspondência em termos de políticas públicas que olhem para essa questão do gênero. “Acho que esse é o nosso gap (lacuna) aqui no Brasil”.

Alessanda advertiu que embora haja no país uma legislação que proíbe a venda de bebidas para adolescentes, os jovens conseguem comprar bebidas alcoólicas facilmente. “É fácil e não há fiscalização”, afirmou.

Sacolé

A psiquiatra lembrou que um novo produto acaba de ser lançado, em parceria com uma indústria de bebidas, apresentando teor alcoólico de 7,9%. “É um geladinho que contém álcool, tem colorido muito interessante e que atrai, sem dúvida, o jovem. Quero ver como vai ser a fiscalização para a venda desse produto, com teor alcoólico de 7%. São coisas que vão causando impacto entre para a iniciação precoce no Brasil”. Na sua opinião, uma parcela significativa desses jovens vai evoluir para uso mais regular e um padrão de dependência. Por si só, acrescentou, o alcoolismo já é um problema de saúde pública imenso.

O professor de psiquiatria da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, Jorge Jaber Filho, se referiu também a essa espécie de sacolé, com 7,9% de teor alcoólico, cujas amostras estão sendo distribuídas no país gratuitamente e que pode estimular o uso por adolescentes.

Jaber advertiu que as principais causas de morte de jovens nas grandes cidades são os acidentes, especialmente de trânsito, que envolvem consumo de álcool não só pelo condutor do veículo mas também pelos menores de idade na via pública. Em segundo lugar, aparecem os homicídios e, na terceira posição, o aumento de suicídio entre jovens que utilizam álcool e substâncias químicas, sendo o álcool em maior quantidade. “Em termos de saúde pública entre os jovens brasileiros, a liberação do álcool é devastadora, porque envolve as três principais causas de morte”, disse o psiquiatra.

Recomendações

Uma das recomendações feitas pela presidente da Abead no Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo é que os pais devem estar atentos ao comportamento de beber dentro de casa, porque as crianças tendem a imitar o exemplo dos adultos. “Se a gente consegue postergar a iniciação de beber na adolescência, se o jovem começar a experimentação acima dos 18 ou 21 anos, as chances desse adolescente vir a desenvolver dependência diminuem em 50%. Essa é questão importante”. Para Alessandra, isso tem a ver também com propaganda, fiscalização da venda de bebida alcoólica, ou seja, diminuição da demanda.

Segundo a médica, é preciso aumentar os fatores de proteção, entre eles o convívio com atividades mais saudáveis que não incluam bebida alcoólica e o aumento de práticas relacionadas à prevenção ao consumo de álcool, como a realização de refeições em família. “Parece pouco. Mas há uma série de estudos que avaliaram o quanto fazer refeições em família previne o uso de álcool e outras drogas, principalmente no contexto brasileiro”. Incentivo à leitura, religiosidade, espiritualidade, educação, menos jogos e convívio com áreas que não utilizam bebida são outras indicações da presidente da Abead.

Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Saúde informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que está em elaboração uma linha de cuidados sobre álcool e drogas para lançamento no próximo mês de abril.

Permissividade

Jorge Jaber Filho lembrou ainda que é comum o consumo de álcool começar dentro da própria família. Argumentou que muitos pais acham que o fato de o filho tomar uma cerveja não tem nenhum problema quando, na verdade, estão estimulando o uso do produto que traz efeitos negativos para a saúde orgânica e mental. “De maneira geral, a sociedade é muito permissiva com o uso do álcool”.

Para ele, embora a venda de bebidas alcoólicas seja proibida para menores, o que ocorre é um desrespeito à lei, atingindo uma atividade alarmante, que é a venda de bebidas para adolescentes em postos de gasolina. O mesmo acontece em festas e shows, onde é comum ver jovens com garrafas de refrigerante contendo bebidas alcoólicas misturadas. “Não há nenhuma manifestação da sociedade para coibir isso. É considerado normal”.

O 99 Pop lançou um recurso com o interesse de garantir mais segurança aos motoristas e passageiros. Em casos de perigo ou ameaça durante as viagens, o Patrulha 99 envia equipes especializadas em motocicletas ou carros para prestar o suporte necessário. O serviço já é testado em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Diante de uma situação de emergência identificada, o patrulhamento é acionado pela inteligência artificial que monitora a plataforma. Exemplos de ocorrência são: desvio de percurso, paradas longas ou trajeto com tempo acima do previsto.

Em seguida, a Central de Atendimento compartilha informações da viagem com a Polícia e encaminha um veículo para o local onde está o carro parceiro. O patrulhamento presta o apoio e também pode acionar outros serviços de emergência.

Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo aponta que o uso de máscaras não afeta a respiração ou traz riscos para pessoas saudáveis na prática de exercícios físicos. Para o estudo foram avaliados 17 homens com idade média de 30 anos e 18 mulheres com faixa etária média de 28 anos, todos saudáveis.

“A gente fez com o objetivo de investigar se o uso das máscaras durante o exercício atrapalhava o desempenho, o funcionamento do corpo em pessoas que fazem atividade física regular, mas não são atletas”, explica o professor Bruno Gualano, responsável pelo estudo. Para isso, os participantes da pesquisa correram em uma esteira com e sem máscara de proteção, com monitoramento da respiração, oxigenação do sangue e função cardíaca.

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Para o trabalho, os participantes usaram uma máscara de pano com três camadas, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde. Os exercícios foram realizados em diversas intensidades.

Nos níveis de esforço moderado e intenso foi verificada apenas uma pequena alteração no esforço de inspiração. “Nós observamos, especificamente, com o uso da máscara um aumento na capacidade inspiratória. O indivíduo tinha que inspirar mais com a máscara do que sem ela”, explica Gualano. Fora isso, porém, o corpo se adapta ao item de proteção e não houve mudanças na resposta do corpo das pessoas. “Não alterou débito cardíaco ou saturação de oxigênio, que era uma preocupação que se tinha”, acrescenta o professor.

No esforço considerado crítico, que é a máxima carga de exercício que a pessoa consegue desenvolver, o estudo apontou que houve perda de desempenho. De acordo com Gualano, ao contrário do que acontece nas outras intensidades, o corpo não consegue compensar a dificuldade adicional que a máscara impõe à respiração. Assim, as pessoas acabam chegando ao limite mais rápido do que chegariam sem o uso da proteção facial.

Porém, nem mesmo nesse nível de esforço foram constatadas alterações significativas na oxigenação do sangue ou na função cardíaca. “Não tem nenhuma alteração fisiológica sugestiva que possa incorrer em risco à saúde do praticante”, enfatiza o professor da Faculdade de Medicina.

O nível chamado de crítico de esforço é quando, explica Gualano, a pessoa que está se exercitando é incapaz de falar durante a tarefa. Nos níveis moderado e intenso, o praticante conseguiria falar, ainda que ofegante.

Para manter a boa saúde e até por razões estéticas, os níveis moderado e intenso são, segundo o professor suficientes. “Essa intensidade é suficiente para promover todos os benefícios que a gente conhece do exercício físico”, ressalta.

Apesar dos resultados dos testes mostrarem que o uso de máscara afeta pouco fisicamente os praticantes de exercício, no questionário aplicado aos participantes foram registradas diversas queixas em relação ao item de proteção.

“No geral eles se sentiam muito mal com o uso da máscara. As pessoas reclamavam que com a máscara sentiam mais calor, desconforto, maior fadiga, resistência”, enumera o pesquisador.

A nova variante ômicron do coronavírus representa um "risco muito elevado" para o planeta, advertiu nesta segunda-feira (29) a Organização Mundial da Saúde (OMS), que também destacou as muitas incógnitas sobre esta variante, especialmente sobre o perigo real que representa.

"Até o momento não se registrou nenhuma morte associada à variante ômicron", afirmou a OMS em um documento técnico, que também apresenta conselhos às autoridades para tentar frear seu avanço.

"Dadas as mutações que poderiam conferir a capacidade de escapar de uma resposta imune, e dar-lhe uma vantagem em termos de transmissibilidade, a probabilidade de que a ômicron se propague pelo mundo é elevada", afirma a organização, enquanto aumenta a lista de países onde a variante foi detectada, após os primeiros casos no sul da África em novembro.

"Em função das características podem existir futuros picos de Covid-19, que poderiam ter consequências severas", acrescenta a OMS, que na sexta-feira classificou a ômicron como variante de "preocupação".

As incógnitas sobre a variante são numerosas, adverte, no entanto, a OMS: o nível de contágio, e se esta é inerente às mutações constatadas ou ao fato de a variante escapar da resposta imune; o nível de proteção das vacinas anticovid existentes e a gravidade da doença, ou seja, se a variante causa sintomas mais graves.

Ministério da Saúde emitiu nesta sexta-feira, 26, uma "comunicação de risco" sobre a nova variante do coronavírus identificada como B.1.1.529 na África do Sul. No alerta, a pasta afirma que a vacinação "provavelmente" contribuirá na resposta à doença, destaca que medidas como o uso de máscara, o distanciamento social e o isolamento de casos suspeitos são "essenciais" e aponta que, até agora, nenhum caso dessa variante foi identificado no Brasil.

A "comunicação de risco" é um documento produzido pelo Ministério da Saúde para "apoiar na divulgação rápida e eficaz" de dados que ajudem na "tomada de medidas de proteção e controle em situações de emergência em saúde pública". "Estar vigilante é fundamental", aponta o documento de 12 páginas.

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O Estadão apurou que a Saúde já fez reuniões multidisciplinares, com servidores de diferentes secretarias, como a de Vigilância em Saúde (SVS) e a Extraordinária de Enfrentamento à Covid (Secovid) para tratar da nova variante. A previsão é de que as equipes continuem discutindo a extensão do que está ocorrendo na África do Sul e os impactos em outros países, incluindo o Brasil, durante o fim de semana.

A avaliação da Saúde, no comunicado, é de que "a vacinação irá provavelmente contribuir para a resposta" e "as medidas não farmacológicas continuam sendo essenciais até que as vacinas estejam disponíveis em número suficiente e demonstrem ter um efeito atenuante".

O número de pessoas vacinadas com ao menos uma dose contra a covid-19 no Brasil até esta quinta-feira, 25, chegou a 158.447.349, o equivalente a 74,28% da população. Um total de 52 mil pessoas receberam a primeira aplicação da vacina, de acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de 26 Estados e Distrito Federal.

Entre os mais de 158 milhões de vacinados, 131,64 milhões estão com a imunização completa contra o coronavírus, o que representa 61,72% da população total. Em 24 horas, 1,27 milhão de pessoas receberam a segunda dose e outras 23,1 mil receberam um imunizante de aplicação única.

As diretrizes de prevenção e controle para a B.1.1.529 continuam as mesmas já apontadas pela própria Saúde, segundo o documento. Os procedimentos devem ser seguidos "de forma integrada, a fim de controlar a transmissão da covid-19 e suas variantes, permitindo também a retomada gradual das atividades desenvolvidas pelos vários setores e o retorno seguro do convívio social".

"Entre as medidas indicadas pelo MS, estão as não farmacológicas, como distanciamento social, etiqueta respiratória e de higienização das mãos, uso de máscaras, limpeza e desinfeção de ambientes e isolamento de casos suspeitos e confirmados conforme orientações médicas", informa o comunicado.

O documento da Saúde também destaca as ações que devem ser tomadas pelos profissionais de saúde na identificação de qualquer nova variante, incluindo a B.1.1.529. A notificação deve ser "imediata" à vigilância epidemiológica local.

Segundo o Ministério da Saúde a investigação de casos de novas variantes deve seguir um passo a passo, que inclui o monitoramento de viajantes com sinais e sintomas declarados por pelo menos 14 dias e de viajantes assintomáticos pelo menos por 7 dias.

NOVA VARIANTE

A comunicação do Ministério da Saúde afirma que a pasta sul-africana emitiu um alerta ontem sobre a nova variante. A B.1.1.529 foi identificada em 23 de novembro em amostras coletadas entre 12 e 20 do mesmo mês, na província de Gauteng, de acordo com o documento da Saúde brasileira.

"O expressivo aumento de casos entre as Semanas Epidemiológicas de 44 a 46 em Tshwane detectados por PCR, identificou nova variante, com mais de 30 mutações na proteína S, a partir do sequenciamento completo. Houve aumento de casos em várias províncias do país", destaca trecho do relatório do Ministério da Saúde.

"Existem 66 isolados registrados distribuídos entre 58 África/Gauteng; 6 África/Botswana; 2 Ásia/Hong Kong. Os dados do Ministério da Saúde da África do Sul apresentam, até o momento, 77 casos localizados na província da Gauteng, mas acredita-se que os casos possam estar nas demais províncias devido ao aumento de casos exponencialmente."

Poucos dias antes do início da COP 26 em Glasgow, a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) lançou um apelo para que "se aja agora" diante da crise climática que, segundo esta categoria profissional, põe a sobrevivência humana em risco.

Principal organização internacional de ginecologia e obstetrícia, a FIGO representa centenas de milhares de profissionais de saúde materna e infantil em mais de 130 países no mundo.

Em artigo publicado no portal do "International Journal of Gynecology and Obstetrics", esta federação internacional alerta para o impacto da mudança climática na reprodução humana.

No texto, seus autores destacam que esta crise resultou em "uma emergência de saúde pública que afeta, de maneira desproporcional, grávidas, crianças e pessoas procedentes de comunidades desfavorecidas e marginalizadas, pessoas de cor e a reprodução humana".

"A mudança climática também pode prejudicar os cuidados médicos ao longo da gravidez e depois do parto naqueles países com poucos recursos", explicam.

Segundo o artigo, a exposição ao calor e à poluição provocam "um maior risco de mortalidade, de um peso insuficiente do bebê e de nascimentos prematuros, assim como de um aumento significativo do risco de anomalias congênitas do feto".

Os autores advertem, ainda, sobre o perigo que as catástrofes naturais, como inundações e furacões, representam para crianças e mulheres, grávidas, ou não.

A queda do muro do metrô em cima de Kemilly Kethelyn, de oito anos, durante uma festa de Dia das Crianças na Favela do Papelão, no bairro do Coque, área Central do Recife, evidenciou o grave risco estrutural que aflige os moradores do entorno do sistema da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). O LeiaJá percorreu os arredores de quatro estações e identificou que as condições de insegurança se repetem ao longo da extensão das barreiras que dão acesso à linha eletrificada.

Em trechos das estações Joana Bezerra, Mangueira, Santa Luzia e Cavaleiro, a falta de reparos é percebida na degradação dos muros, que vulnerabiliza até mesmo quem caminha na área. Ferragens expostas, buracos, pedaços quebrados e a instabilidade das armações expõem o perigo iminente de queda das estruturas de concreto.

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A falta de algumas placas e de arames farpados ainda facilitam a invasão ao sistema, e torna comum ver pessoas transitando próximo aos trilhos. Além do perigo à vida, a negligência quanto à manutenção incide no bolso dos usuários, já que o serviço precarizado tem uma rotina de superlotação e é, segundo a CBTU, a condição decorrente do rendimento incompatível com os gastos necessários para garantir um sistema de qualidade.

“É sabido que o orçamento de custeio da Companhia é menor do que a necessidade existente, motivo esse que se faz necessário agir sobre demandas, mas sempre prezando pela segurança e confiabilidade do sistema”, argumentou em nota enviada ao LeiaJá.

O que diz a CBTU

No comunicado, a empresa explicou que, após o acidente com a menina no Coque, realiza vistoria sobre os 71km de muros e que as demandas serão enviadas ao setor de manutenção. O levantamento ainda não foi concluído.

A companhia reforça que as placas são “constantemente perfuradas para entrada ilegal no sistema, sofrem com ação do fogo na queima do lixo por parte das comunidades, sofre com o esgoto não encanado e com construções irregulares. Onde não há ações do tipo, as placas mantêm sua estrutura em perfeito estado”.

Nos primeiros dez meses de 2021, a CBTU contabilizou 41 pedidos de manutenção em seus muros e garante que todos os locais foram vistoriados, inclusive, atendeu alguns de imediato pelo grau de urgência, enquanto os demais foram programados.

Sobre o caso de Kemilly, a CBTU explica que já atendeu aos pleitos da família e se comprometeu em oferecer “suporte social”. A empresa comunica que criou o Comitê de Monitoramento das Ações Necessárias para analisar as áreas de risco.

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Os motoristas e ciclistas que atravessam a Avenida Sul correm risco de sofrer um grave acidente ao passar por baixo da passarela da Estação Largo da Paz, no bairro de Afogados, Zona Oeste do Recife. Parte das placas que revestem a estrutura ameaçam cair na via, enquanto outras apresentam rachaduras.

Inaugurada em 2013, a passarela foi entregue com a missão de oferecer uma travessia segura aos pedestres que vão ou deixam a estação de ônibus e o metrô que integra a Linha Sul. Contudo, também deveria oferecer a mesma segurança ao trânsito que circula embaixo da estrutura.

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A avenida, que representa um dos principais acessos ao Centro do Recife para os veículos que vêm das Zonas Sul e Oeste, possui um dos fluxos mais movimentados da capital pernambucana.

Nesta terça-feira (19), a reportagem do LeiaJá foi ao local e identificou a falta de seis placas que deveriam revestir a parte inferior da passarela. Ao menos outras duas placas estão se desprendendo e ameaçam cair a qualquer momento nas faixas extremas da Avenida.

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O LeiaJá entrou em contato com o Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitana (GRCTM) para informações sobre a necessidade de uma reforma no dispositivo. Em nota, o Consórcio garantiu que vai enviar uma equipe na tarde desta quarta-feira (20) para vistoriar "toda a estrutura da passarela para possíveis reparos no equipamento".

Sem conseguir vender ativos, como pontos de lojas e seu domínio na internet, para ganhar fôlego para pagar seus credores e arcar com despesas, a rede de livrarias Saraiva sofreu um novo revés em seu plano de recuperação judicial. Dessa vez, corre o risco de ter decretada sua falência.

Após ação de um de seus credores, a empresa de tecnologia Infosys, que questionou o plano da varejista apresentado em março, a Justiça determinou agora que a Saraiva apresente em até 30 dias uma nova proposta, sob a pena de que sua falência seja decretada. No entanto, a empresa já tinha feito, alguns dias antes dessa decisão, um ajuste no plano já contemplando o insucesso na venda de ativos. Agora, poderá avaliar uma nova mudança, disse uma fonte.

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Segundo decisão da 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo, o novo plano também precisará ser votado em 30 dias. Enquanto não for aprovado, a empresa precisará cumprir aquilo que já tinha sido validado anteriormente, com foco aos credores trabalhistas. Já havia sido determinado, por exemplo, que a empresa pague regularmente até R$ 160 mil em créditos trabalhistas.

Dívida milionária

A Saraiva, em recuperação judicial desde 2018 e com dívidas na época na ordem de R$ 674 milhões, não conseguiu vender os ativos que seriam utilizados para pagar os credores e para injetar caixa na operação. Fez recentemente a terceira tentativa de vender um conjunto de lojas e o seu e-commerce, mas não atraiu interessados.

Sem esses recursos, a empresa apresentou, na semana passada, um novo aditivo ao plano. Pela nova proposta, os credores deveriam optar em um deságio de 80% da dívida, com o pagamento do restante em ações da empresa, que é listada na Bolsa. A segunda opção apresentada ao credor é de receber até 2048, com o início do pagamento a partir de 2026, com juros de 0,5% ao ano.

Segundo decisão da 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo, o novo plano também precisará ser votado em 30 dias. Enquanto não for aprovado, a empresa precisará cumprir aquilo que já tinha sido validado anteriormente, com foco aos credores trabalhistas. Já havia sido determinado, por exemplo, que a empresa pague regularmente até R$ 160 mil em créditos trabalhistas.

Dívida milionária

A Saraiva, em recuperação judicial desde 2018 e com dívidas na época na ordem de R$ 674 milhões, não conseguiu vender os ativos que seriam utilizados para pagar os credores e para injetar caixa na operação. Fez recentemente a terceira tentativa de vender um conjunto de lojas e o seu e-commerce, mas não atraiu interessados.

Sem esses recursos, a empresa apresentou, na semana passada, um novo aditivo ao plano. Pela nova proposta, os credores deveriam optar em um deságio de 80% da dívida, com o pagamento do restante em ações da empresa, que é listada na Bolsa. A segunda opção apresentada ao credor é de receber até 2048, com o início do pagamento a partir de 2016, com juros de 0,5% ao ano.

No fim de junho, conforme o último resultado divulgado pela empresa, a Saraiva tinha 38 lojas, ante 64 um ano antes. O prejuízo no primeiro semestre foi de R$ 45 milhões, ante uma perda de R$ 108 milhões na primeira metade de 2020.

Procurada, a Saraiva não respondeu o contato da reportagem

Isabel Fillardis relembrou como foi superar um câncer na língua no meio dos anos 2000, que a quase deixou sem falar. Em entrevista à Patrícia Kogut, a artista, que está retomando a carreira musical e lança, nesta quinta-feira (15), o lyric video de sua primeira canção solo, Meu Lugar, falou abertamente sobre o momento difícil.

"Eu corri o risco de não conseguir mais falar normalmente. Cantar, então, nem pensar. Essa experiência, por si só, me fez repensar. Fora, claro, a possibilidade de morrer. A partir daí, comecei a refletir sobre como a minha arte e a minha voz são importantes. Foi um verdadeiro divisor de águas para mim", disse.

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A artista também falou sobre a falta de trabalhos ao longo da carreira, que desencadearam em sérios problemas financeiros: "Foram sete anos muito difíceis em todos os sentidos. Por isso, tenho encarado essa estreia na carreira musical solo com um verdadeiro renascimento. Me sinto mais forte e preparada hoje para encarar os desafios. A ideia é, assim que possível, fazer shows pelo país. Não vou parar por aqui".

A música que chega às plataformas digitais faz parte do EP Bel, muito prazer, previsto para ser lançado ainda neste ano. Aos 48 anos de idade, ela comentou a nova fase na carreira: "Esse é um projeto que foi muito pensado. Ele tem a minha cara e fala sobre essa nova mulher que eu sou. É inspirado nas minhas vivências e transformações. Sempre tive vontade de voltar, mas acabava postergando por receio. Depois de tudo o que passei, me senti pronta para realizar esse sonho".

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgatou, nesta terça-feira (14), uma mulher de 50 com sinais de desorientação e procurada por vizinhos e familiares desde o começo desta manhã. O resgate foi realizado na BR-232, no bairro do Curado, Zona Oeste do Recife. Segundo relatos de vizinhos que auxiliavam nas buscas, a mulher saiu de sua casa, no bairro de San Martin, às 7h e estava sendo procurada desde então.

Enquanto realizavam rondas no Km 7 da rodovia, em frente ao Jardim Botânico, os policiais se depararam com uma mulher que andava na faixa da esquerda, próxima à pista, com grande risco de atropelamento. Durante a abordagem, a equipe percebeu que a pedestre apresentava dificuldades para se expressar e prestou auxílio para tentar localizar onde ela morava.

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Em seguida, pessoas que passavam em um carro pelo local acenaram para a equipe e avistaram a mulher ao lado da viatura. Eles se identificaram como vizinhos de bairro e estavam à procura dela desde cedo. Os vizinhos relataram que a mulher morava sozinha e foi diagnosticada com Alzheimer, doença degenerativa que provoca, entre outros sintomas, perda da memória. Apesar disso, a mulher reconheceu os ocupantes do carro, que foram identificados pela equipe e ficaram responsáveis em levá-la de volta para casa, em segurança e sem danos à saúde.

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Grávidas infectadas com a Covid-19 correm mais risco de desenvolver pré-eclâmpsia, que é o aumento da pressão arterial persistente durante a gestação. A condição pode trazer graves complicações para a mãe e para o bebê.

A conclusão é de um estudo coordenado no Brasil pela professora Dulce Elena Casarini, da Escola de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), publicado na revista Clinical Science.

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De acordo com a pesquisadora, a presença do novo coronavírus no organismo das gestantes pode provocar alterações nos níveis de uma enzima que tem funções importantes para a circulação sanguínea na placenta, e também é receptora do vírus.

“Por ser também receptora do SARS-CoV-2, [a placenta] acaba promovendo um risco maior em quadros de Covid-19 pois o órgão se torna alvo do vírus assim como o pulmão, os rins e o coração. Vimos nesse trabalho que a resposta varia muito de uma paciente para outra, mas leva, sem dúvida, a formas graves da doença”, disse.

Dulce Elena Casarini destaca que, de acordo com o Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 da Fiocruz, as mortes maternos em 2021 já superaram o número de 2020 e o cenário é preocupante. “Em 2020, foram 544 óbitos, com média semanal de 12,1 óbitos, considerando que a pandemia se estendeu por 45 semanas epidemiológicas. Até 26 de maio deste ano, transcorridas 20 semanas epidemiológicas, foram registrados 911 óbitos, com uma média semanal de 47,9 mil óbitos”, destacou.

O estudo mostrou também que a infecção por SARS-CoV-2 durante a gravidez aumenta a probabilidade de hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia, mesmo entre as mulheres assintomáticas. Quadros graves de covid-19 também contribuem para nascimento de bebês prematuros.

Novos estudos, que contam com a parceria do Centro Integrado Universitário de Saúde e Serviços Sociais de Montreal, no Canadá, buscam entender a maior disposição de gestantes a contrair o novo coronavírus e o papel da doença na pré-eclâmpsia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta sexta-feira (30) que o Japão está fazendo todo o possível para controlar a covid-19 durante as Olimpíadas de Tóquio, mas reconheceu que não existe risco zero.

As declarações da agência da ONU vêm depois que as autoridades japonesas estenderam a emergência sanitária em Tóquio e aplicaram essas medidas a outras quatro regiões, após registrar um número recorde de casos no país, uma semana após o início dos Jogos.

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“O risco zero não existe. Pode haver mais ou menos perigo. Para que haja um risco menor, tentamos fazer o melhor possível”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em coletiva de imprensa remota da sede da agência em Genebra.

O Japão e o Comitê Olímpico Internacional (COI) "estão fazendo todo o possível para minimizar o risco", disse. "Sei que eles estão fazendo o melhor que podem e nós os apoiamos", acrescentou Ghebreyesus, que participou da cerimônia de abertura dos Jogos.

O chefe da OMS também pediu para se inspirar no espírito olímpico de unidade e fraternidade para combater a pandemia até o fim.

O Japão registrou mais de 10 mil casos de coronavírus pela primeira vez na quinta-feira, o que levou as autoridades e especialistas em saúde a alertar sobre o risco representado pela disseminação da variante delta.

Um homem foi preso na noite dessa sexta (23), em São Miguel das Matas, no interior da Bahia, após não socorrer a companheira em trabalho de parto, o que provocou a morte dela e do bebê.

A gestante, que convivia com o acusado na zona rural, começou a ter convulsões durante o trabalho de parto e precisava de socorro médico, o que não foi providenciado pelo seu companheiro.

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"Ele disse que o mal estar da mulher seria 'obra do senhor' e não a socorreu, até o pai dele chegar à propriedade e acionar a polícia", detalhou o delegado Felipe Ghiraldelli, responsável pelo flagrante.

O acusado também deve responder por fraude processual, já que limpou o local e enterrou o cordão umbilical do bebê no quintal para apagar vestígios.

Um tribunal de Miami passará por reparos urgentes depois que uma inspeção de segurança - realizada após o desabamento de um prédio duas semanas atrás - constatou problemas na estrutura do edifício, disseram as autoridades na sexta-feira (9).

A decisão de inspecionar as instalações deste tribunal do condado de Miami-Dade e outros edifícios na área foi tomada "por precaução", disseram autoridades em um comunicado conjunto, após o colapso parcial do Champlain Towers South, um edifício de 12 andares em Surfside, no norte de Miami.

Pelo menos 79 pessoas morreram e 61 ainda estão desaparecidas desde o desabamento em 24 de junho. Acredita-se que seus restos mortais estejam entre as toneladas de entulho. As equipes de resgate encerraram as buscas por sobreviventes.

"O relatório do engenheiro sobre o Palácio de Justiça identificou problemas de segurança em vários andares e recomendou que os andares 16 e superiores fossem fechados para os reparos", segundo o comunicado divulgado pelas autoridades.

Eles não deram detalhes sobre o tipo de problemas de segurança identificados ou os reparos que serão necessários.

O fechamento forçará todos os funcionários a voltarem a trabalhar de casa, pouco tempo depois de retornarem a trabalhar presencialmente após um longo período de home office pela pandemia do coronavírus.

A proposta de reforma tributária do governo Jair Bolsonaro não foi comemorada pelo setor produtivo, por especialistas e, muito menos, por investidores. No último caso, há um desânimo ainda maior daqueles que investem em fundos imobiliários. Isso porque o governo quer cobrar 15% de Imposto de Renda nos dividendos distribuídos pelos fundos. Atualmente, o IR é isento na modalidade.

Isso, na visão de especialistas, pode desacelerar ou até mesmo interromper o crescimento robusto dos fundos imobiliários nos últimos anos. O número de fundos listados em Bolsa subiu de 156, em dezembro de 2017, para 342 em abril deste ano, segundo o mais recente levantamento divulgado pela B3. Mesmo durante a pandemia, entre maio de 2020 e abril deste ano, saíram de um patrimônio líquido de R$ 98 bilhões para R$ 152 bilhões.

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"Somente neste ano, o mercado teve R$ 21 bilhões em captação, e eu esperava que dobrasse até o fim do ano. Mas agora, sem saber como vai ser a tributação, paralisa todo o mercado", diz André Freitas, CEO da Hedge Investments, gestora de fundos imobiliários, com R$ 8 bilhões em ativos sob gestão.

Mesmo com a reforma ainda longe de uma aprovação, a proposta já trouxe efeitos. O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) caiu 3% desde o anúncio. O número de emissões também deve ser afetado.

Neste momento, há 25 operações, que totalizam R$ 6 bilhões, segundo levantamento feito pela Suno Research para o Estadão/Broadcast. Das 25 operações, há duas ofertas iniciais (fundos estreantes na Bolsa) e 23 emissões secundárias (de fundos já existentes).

"Aquelas ofertas que começaram há mais tempo e estão no período final de captação, ultrapassando o mínimo previsto, serão concluídas. Mas, as que estão no comecinho, devem acabar suspensas", diz Marcos Correa, especialista em fundos imobiliários da Suno.

Coincidência ou não, o fundo XP Industrial suspendeu emissão de cotas de R$ 150 milhões, alegando "motivações técnicas, sem relação direta com o cenário político".

Uma das principais críticas de parte do mercado é como foi feita a escolha de tributação para fundos imobiliários. Outros produtos ligados ao setor continuarão isentos do IR, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). Tanto o LCI quanto o CRI são títulos de renda fixa emitidos por bancos e securitizadoras.

Para Danilo Catarucci, sócio do banco de investimentos BR Partners, a mudança é uma "aberração" que pode atrapalhar o desenvolvimento do mercado imobiliário. Muitos viam nos fundos imobiliários uma possibilidade de turbinar os investimentos. Com a tributação, pode ficar menos vantajoso.

"O setor imobiliário vinha trocando dívida bancária pelo mercado de capitais, e diversas empresas vinham economizando", diz Catarucci. "E, se o mercado der uma desacelerada, os investidores também terão menos ativos com liquidez."

Para o economista Bernard Appy, fundador do Centro de Cidadania Fiscal, o melhor é tributar todo o setor. "As isenções geram muitas distorções", afirma. Segundo ele, uma empresa de lucro presumido paga de 11,3% a 14,5% de imposto, enquanto quem recebe por fundos imobiliários não paga nada. "Obviamente, a mudança vai prejudicar os FIIs, mas a legislação atual os favorece indevidamente", diz.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A atividade incomum em um reator de energia nuclear na China chamou a atenção internacional, após duas empresas francesas admitirem problemas, mas assegurarem que eles serão tratados com segurança. Inaugurada há dois anos, a Usina Nuclear de Taishan, na Província de Guangdong, está sob vigilância por um problema no circuito de um de seus reatores do tipo EPR, construído em parceria com a EDF, principal concessionária de energia da França.

Em comunicado, a empresa, coproprietária da usina, disse que certos gases nobres se acumularam na água e no vapor ao redor das barras de combustível de urânio, no coração do reator. No entanto, a direção garante ter procedimentos para lidar com esse acúmulo de gases, descrito como um "fenômeno conhecido".

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Framatome, uma afiliada da EDF e construtora dos reatores, disse que houve um problema de desempenho, mas a instalação estava operando dentro de seus parâmetros de segurança. Na China, a usina garantiu, na noite de domingo (13), que nenhum vazamento no meio ambiente foi detectado. No entanto, a TV americana CNN disse ontem que a Framatome havia procurado ajuda dos EUA, citando uma "ameaça radiológica iminente" na central nuclear de Taishan.

A emissão dos chamados gases nobres - xenônio ou argônio, que são gerados durante a fissão nuclear -, detectada no circuito primário do reator, seria causada por uma degradação do revestimento de alguns elementos físseis, explicou a EDF, sem especificar quantos desses elementos foram afetados.

Um reator do tipo EPR contém 241 conjuntos físseis, cada um consistindo de 265 hastes. "O circuito é projetado para que (os gases) sejam coletados e tratados", disse a empresa. "A presença de determinados gases nobres no circuito primário é um fenômeno conhecido, estudado e previsto pelos procedimentos operacionais dos reatores."

"Deve haver bainhas metálicas (das hastes) vazando, deixando passar gases nobres que contaminam o fluido primário", declarou a vice-diretora-geral do Instituto Francês para Proteção contra Radiação e Segurança Nuclear, Karine Herviou, à agência France Presse. "Dito isso, a contaminação do fluido primário não significa liberação para o meio ambiente", ressaltou, explicando que há duas barreiras de contenção. "Não sabemos os valores, a concentração, não sabemos a extensão do fenômeno. Não há grande preocupação, por enquanto, levando em conta o que sabemos."

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), com sede em Viena, declarou que, nesta fase, não há nenhuma indicação de que tenha ocorrido um incidente radiológico.

Os dois reatores de Taishan são até agora os únicos EPRs em serviço no mundo. Outros desses reatores de terceira geração estão em construção na Finlândia, na França e no Reino Unido. A China tem cerca de 50 reatores em operação e é o terceiro país com mais reatores, atrás de EUA e França.

Segundo a CNN, a Framatome teria entrado em contato com os EUA para solicitar autorização de assistência técnica para resolver uma ameaça radiológica iminente. Não se sabe por que o aval americano é necessário para intervir. Ainda de acordo com a TV, as autoridades de segurança chinesas também aumentaram os limites aceitáveis de radiação fora do local para evitar o desligamento da usina.

Já a operadora da central, China General Nuclear Power Group - estatal proprietária de 70% da planta de Taishan -, divulgou um comunicado assegurando que os indicadores ambientais da usina estavam normais. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O risco de morrer por Covid-19 na Itália é reduzido em 95% a partir da sétima semana depois da administração da primeira dose da vacina contra a doença, mostrou um estudo divulgado pelo Instituto Superior de Saúde (ISS) e pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat) nesta quinta-feira (10).

O documento explica que a vacinação "trouxe uma notável redução do risco de morte menos de dois meses depois de receber a dose".

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Outro índice positivo é que, na comparação com 2020, houve uma queda em termos percentuais na contaminação por coronavírus Sars-CoV-2 na população muito idosa, ou seja, acima dos 80 anos, e uma queda na idade média das pessoas que contraíram a doença.

"Isso é um sinal de como a campanha de vacinação, as recomendações e a prevenção colocadas em prática tiveram êxito positivo na redução da transmissão da doença na faixa anciã da população, mas é também uma consequência da capacidade de diagnóstico e das atividades de monitoramento de casos", informa ainda o relatório.

O ISS-Istat informa ainda que houve uma ótima adesão da população à campanha, com 95% dos vacinados voltando para tomar a segunda dose, quando necessário, e que "depois das sete semanas, estima-se ainda a redução de 80% do risco de infecção e de 90% do risco de internação".

Os dados foram contabilizados até 7 de junho, quando 38.178.684 doses das vacinas da Pfizer/BioNTech, Moderna, Oxford/AstraZeneca e Janssen haviam sido administradas no país.

Desses, 13.028.350 pessoas completaram o ciclo de imunização (duas doses ou a dose única da Janssen), o que representava 24,01% da população acima dos 12 anos.

A Itália vem acelerando a aplicação das vacinas desde o início de maio, com uma média de 3,4 milhões de doses administradas nas últimas cinco semanas. 

Da Ansa

Os Estados Unidos recomendaram, nesta segunda-feira (24), aos seus cidadãos que não viajem ao Japão, sede dos próximos Jogos Olímpicos, citando o risco crescente gerado pela pandemia de covid-19 a dois meses do início das competições no país asiático.

"Devido à covid-19, não viaje para o Japão", diz a advertência do Departamento de Estado sobre viagens para aquele país, criticado por sua lenta taxa de vacinação.

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A decisão de Washington foi tomada principalmente por razões sanitárias, mas também por "fatores secundários, como a disponibilidade de voos comerciais, restrições à entrada de cidadãos norte-americanos e impedimentos para obter em três dias os resultados de testes de covid", diz o comunicado.

O Japão abriu seus primeiros centros de vacinação em massa às pressas em uma campanha prévia às Olimpíadas, canceladas no ano passado devido à pandemia. Porém apenas 2% de seus 125 milhões de habitantes foram inoculados.

O país começou a aplicar a vacina da Pfizer nos profissionais de saúde com mais de 65 anos em fevereiro e espera concluir essa fase até o final de julho, quando começam os Jogos. No entanto, vários ministros afirmaram que os Jogos Olímpicos não estão incluídos no calendário e não foi fixada uma data para a imunização de outras faixas etárias.

A pandemia teve um impacto relativamente baixo no Japão, com cerca de 12 mil mortes, mas um recente ressurgimento de infecções colocou o sistema hospitalar sob pressão. Tóquio, Osaka e outras oito regiões estão em estado de emergência e reduziram as atividades comerciais até o fim de maio. Reportagens da imprensa local indicam que as medidas podem ser estendidas por três semanas.

A maior parte da opinião pública se opõe às Olimpíadas, que, garantem os organizadores, podem ser realizadas de forma segura. A maioria dos atletas e outros que ficarão na Vila Olímpica precisará ser vacinada antes de chegar ao Japão, embora a vacinação não seja um requisito para participar dos Jogos.

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