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Os robôs - Mini Kirobo, RoboHon, Lin-Chan, Robopin, entre outros - se multiplicam este ano no Salão da Eletrônica Ceatec, no Japão, embora algumas destas pequenas criaturas se pareçam mais com figuras animadas, cuja inteligência se encontra alojada em uma nuvem de informática ou no cérebro humano.

"Lin-Chan (nome de um robô assistente da fabricante Sharp) é capaz de ligar o ar-condicionado se lhe dizem que está fazendo muito calor, ou de nos dizer palavras tranquilizadoras se comentamos com ele que estamos cansados", explica Masaki Takeuchi, um dos seus inventores, no IT & Electronics Comprehensive Exhibition (Ceatec), o salão de eletrônica mais importante da Ásia, que é realizado nesta semana em Tóquio.

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Além disso, Lin-Chan se lembra do nome de cada um dos seus interlocutores.

Mas, na verdade, "tudo depende dos serviços contidos nos servidores externos (cloud computing) que têm funções de inteligência artificial", diz o engenheiro.

"Optamos por esse tamanho (cerca de 15 cm) e essa forma (uma bola) para que esse robô assistente seja suficientemente visível em casa, mas sem ter uma presença excessiva que poderia incomodar", acrescenta.

Mini Kirobo tampouco é inteligente, reconhece a Toyota, que o fabricou inspirando-se em Kirobo, que em 2013 se tornou o primeiro androide astronauta do mundo, quando viajou para a Estação Espacial Internacional (ISS) para conversar com o comandante japonês Koichi Wakata.

Se seu descendente é capaz de conversar com seu dono ou fornecer-lhe informações, é porque está dotado de funções de telecomunicação sem fio com um servidor que concentra todos os dados e algoritmos para analisar e poder responder.

Por sua vez, a companhia Fujitsu, criadora de Robopin, explica que a "inteligência artificial não se aplica só a estas criaturas", que imitam mais ou menos o homem ou o animal, "mas também a todos os aparelhos da vida cotidiana".

A Fujitsu planeja introduzir, por exemplo, uma dose de inteligência artificial em um caixa eletrônico, e a Sharp nos aspiradores de pó autônomos e nos fornos de micro-ondas.

O selo AI (inteligência artificial, por suas siglas em inglês) aparece com frequência nos aparelhos para destacar sua capacidade intelectual, que pode se aproximar à dos humanos ou até mesmo ultrapassá-las.

- Ainda muito longe da inteligência humana -

Superar os humanos é possível em determinados casos - por exemplo, no xadrez, com o cálculo antecipado de todas as jogadas possíveis, ou na classificação de caixas de medicamentos por um robô industrial -, mas a capacidade de avaliar cada situação em função de uma quantidade incomensurável de parâmetros, como faz o cérebro humano, continua sendo um objetivo muito distante, considera o criador de robôs Katsumori Sakakibara.

"Tomemos o exemplo de um robô androide capaz de fazer trabalhos domésticos. Ele encontra no chão um parafuso de um brinquedo do seu filho. Primeiro ele vai pensar em descartá-lo, mas talvez o reconheça e mude de ideia. Mas será que ele vai persistir em jogar o parafuso fora se recordar que na véspera a criança decidiu jogar o brinqueto no lixo?", pergunta Sakakibara.

"Um ser humano pode fazer este raciocínio em poucos segundos, mas ainda será necessário bastante tempo para que um robô possa igualá-lo", responde Sakakibara, criador do robô Caiba.

Nada iguala a inteligência e a comunicação humanas, e por esse motivo Caiba não é inteligente, limitando-se a reproduzir os gestos de um ser humano ou retransmitir sua palavra, explica o engenheiro.

Caiba é controlado remotamente por uma pessoa que também ouve o que o robô capta com seus microfones e vê em um tela o que o robô vê com as câmeras dos seus olhos.

Quando o instrutor move os braços, o robô faz o mesmo, e quando ele vira a cabeça, a máquina imita o gesto quase em tempo real.

"Você pode colocar esses robôs em vários pontos de um aeroporto, e apenas uma pessoa no comando, em uma área remota. Isso permite que este piloto esteja virtualmente presente em vários locais e responda às solicitações dos viajantes sem ter de se mover", explica Sakakibara.

"A AI perfeita continua sendo o cérebro humano", acrescenta.

Escolas da Rede Municipal de Ensino da capital pernambucana participam, nesta sexta-feira (2), da 1ª Mostra de Robótica Infantil do Recife. A ideia do evento é trabalhar o desenvolvimento cognitivo dos estudantes por meio de atividades didáticas. Ao todo, dez unidades de ensino participarão do encontro.

Leia também: Os reflexos da robótica na educação municipal do Recife

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A Mostra será realizada no Centro Comunitário da Paz Eduardo Campos (Compaz), no Alto Santa Terezinha, Zona Norte do Recife. Das 13h às 17h, crianças do grupo 5 da educação infantil passarão por desafios como montagens através das peças da Lego.

De acordo com a organizadora da Mostra, Ana Hilário, reforçar o quanto os alunos são habilidosos é uma das propostas do evento. “A Educação Infantil, no meu ponto de vista, é a base de tudo. Esse evento será importante para divulgarmos as habilidades dos alunos com peças da robótica de encaixe e incentivá-los a trabalhar em equipe”, conta a organizadora, conforme informações da assessoria de imprensa.

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A série de reportagens “Nossa Escola”, que detalha ações da educação municipal que estão tendo bons resultados, chega nesta quinta-feira (20) a sua terceira matéria. O leitor pode entender como uma das principais iniciativas da rede de ensino do Recife está ganhando a atenção de cada vez mais estudantes e disseminando a tecnologia como uma ferramenta benéfica para a sociedade. A robótica vem tomando conta das escolas locais e despertando nos alunos o desejo pela construção do conhecimento. O principal objetivo é interligar assuntos de matérias tradicionais, como física e matemática, com tarefas desenvolvidas durante a programação dos robôs.

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>> Leia também as outras quatro reportagens da série: Em busca do letramentoA doença, várias crianças, uma classe e muitos sonhosO silêncio que não cala a educação e O jogo em que a educação sai vencedora.         

Os reflexos da robótica na educação municipal do Recife

Uma das iniciativas da educação municipal recifense mais bem sucedidas é sem dúvidas o Programa Robótica na Escola. De 2014, quando a ação foi iniciada, até agora, mais de 73 mil estudantes tiveram acesso ao programa, bem como 4,5 mil docentes foram capacitados na área de robótica. O resultado do trabalho desenvolvido é expresso através de vitórias em diversas competições da modalidade. Porém, o objetivo maior, segundo os professores responsáveis pelas aulas, é fazer com que as programações dos robôs utilizem temas relacionados a diversas disciplinas, como matemática e física.

Alunos da educação infantil aos anos finais do ensino fundamental da Rede Municipal trabalham com diferentes linhas de robótica. As mais comuns são a robótica que utiliza peças de encaixe da LEGO ZOOM e as que trabalham com robôs humanoides, chamados de NAO. Os alunos mais novos, dos anos iniciais, atuam com a montagem de alguns robôs. Depois, as crianças de séries mais avançadas, começam a fazer programações em softwares oriundos dos próprios fabricantes dos robôs. Eles utilizam computadores e com base em cálculos matemáticos e comandos, traçam ações e trajetos que as máquinas devem executar, geralmente com um objetivo pré-definido, seja pelo professor, no contexto de um treinamento, ou quando uma competição exige uma determinada tarefa, a ser realizada pelos competidores.

Leia também: Estudantes autistas terão aulas de robótica

Para a coordenadora do Programa de Robótica, Suely Bezerra, trabalhar com robôs nas escolas municipais instiga os alunos a construírem saberes e entenderem como a tecnologia pode ajudar a sociedade. “A robótica tem uma proposta que ajuda na construção do conhecimento. Antes, o que tínhamos nas escolas públicas era um conhecimento pré-fabricado, ou seja, já pronto pelo professor. Hoje, existe uma construção do conhecimento, em que professor e aluno vai traçando ações em conjunto. A gente também percebe a necessidade dos alunos interligarem a robótica a assuntos das matérias tradicionais”, explica a coordenadora.

Desde o início do programa que o jovem Yuri Lyra (foto abaixo), 16, tem contato com a robótica. Hoje, ele está concluindo o ensino fundamental, mas não abre mão de assistir as aulas. O aluno da Escola Municipal Pedro Augusto, localizada no bairro da Boa Vista, Centro do Recife, explica na prática como os robôs instigam os estudantes a trabalharem conteúdos das disciplinas tradicionais. “Quando eu comecei a aprender robótica, notei um envolvimento maior com matemática e física, porque isso tudo interage com a programação e montagem do robô. A gente trabalha com números, rotações, graus, lógica... Isso tudo influencia dentro da matemática e da física”, relata Lyra. A robótica na escola também despertou um desejo no jovem. “Quero trabalhar com mecatrônica, porque acabei me apaixonando por robótica”, revela.

Taylon Silva Guedes, de 14 anos, aluno da mesma escola que Yuri, também é apaixonado pela robótica. De acordo com o estudante, após ter aulas com os robôs, ele passou a gostar mais de matemática. “A matemática que aprendo na programação passou a me influenciar na escola. Hoje aprendo os assuntos com mais facilidade. Também tenho facilidade em aprender lógica”, conta o estudante, revelando também que quer se formar em robótica científica.

Para entender como a programação dos robôs funciona na prática, assista o vídeo a seguir e veja o que os humanoides são capazes de fazer, graças aos alunos das escolas municiais:

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Segundo a coordenação do Programa Robótica na Escola, a Rede Municipal de Ensino conta atualmente com 30 robôs humanoides, cada um ao preço de 25 mil dólares. As máquinas são fabricadas na França e apenas podem ser transportadas para as escolas ou eventos com o apoio de batedores da Guarda Municipal ou da Polícia Militar. De acordo com a Secretaria de Educação do Recife, levando em consideração todas as linhas de robótica aplicadas nas escolas, suas peças e recursos pedagógicos, já foram investidos R$ 32 milhões pela Prefeitura local.

Competições

Estudantes da Escola Municipal de Tempo Integral Dom Bosco já venceram a etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). Além disso,  no começo deste mês, três alunos conseguiram a primeira colocação na etapa regional da OBR e se classificaram para a fase nacional, na cidade de São Carlos, interior de São Paulo.

Outra experiência interessante aconteceu com dois alunos da Rede Municipal. Em novembro de 2014 eles viajaram para a Rússia e participaram da Olimpíada Mundial de Robótica. Já em setembro deste ano, nos dias 11 e 12, cerca de 90 alunos das escolas municipais vão participar de mais uma etapa regional da OBR. O evento será realizado no Recife.

Na próxima semana, dando continuidade a série Nossa Escola, o LeiaJá publica a quarta reportagem, na quinta-feira (27). O público poderá conferir a aplicação de salas bilíngues nas escolas municipais.

 

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Mais uma vez o estande do projeto Robolivre.org, em parceria com o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), recebe a agitada batalha de robôs na 4ª Campus Party Recife, que acontece no Centro de Convenções. Nesta sexta-feira (24), os times Carranca 22, da Universidade de Pernambuco (UPE), e o Maracatronic, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) concorreram com robôs de peso pequeno na categoria beetle weight. Os combates acontecem na área gratuita do evento, a Open Campus.

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As máquinas são rádio-controladas, ou seja, precisam do comando de um representante da equipe para funcionar. A batalha dura três minutos e vence o robô que estiver menos danificado. De acordo com João Brito, integrante do Mecatronic, para isso vale quase tudo. “As armas podem ser giratórias, lança-chamas, só não é permitido lançar coisas”, explica. As duas equipes já haviam participado de outras competições; a mais recente foi o campeonato nacional de robótica, em junho. Uma nova batalha está prevista para este sábado (25), às 17h.

Confira o vídeo de uma das batalhas que aconteceu no segundo dia da 4ª Campus Party Recife:

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O deputado federal pernambucano, Daniel Coelho (PSDB), avaliou nesta quarta-feira (25) em entrevista ao Portal LeiaJá, a saída do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann como uma “quase confissão de culpa”. Segundo o tucano, o ex-representante do Governo Federal deveria prestar esclarecimentos na próxima semana, na Câmara dos Deputados, sobre a criação de robôs na internet contra a oposição, e esquivou-se do compromisso pedindo demissão. 

De acordo o parlamentar, o medo de ir até a Casa Federal foi o principal motivo do pedido de demissão. “Neste caso específico, ele sai porque ele tem medo de vir à Câmara para explicar os robôs que fazia na internet para atacar a oposição. Como ele não tinha como se explicar, ele terminou pedindo demissão. É uma tentativa de não esclarecer uma acusação”, alegou. 

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O tucano comentou que as explicações sobre a criação de robôs foram pedidas pelo PSDB, mas agora, que Traumann deixou o cargo de ministro, não é obrigado a prestar esclarecimentos. “Com a saída do ministro ele perde a obrigação de vir. Pode até vir como convidado, mas não tem obrigação de vir, já que deixou de ser ministro”, explanou, criticando a postura de Thomas. “Essa atitude é quase uma confissão de culpa”, disparou.

Para Daniel Coelho a atitude de demissão do ex-ministro mostra o enfraquecimento da equipe da presidente Dilma Rousseff (PT). “O governo está frágil. Não sabe para onde vai. Está perdido”, alfinetou.

Com a saída do ministro de Comunicação Social, o deputado federal já pensa em outras estratégias para esclarecimentos da criação de robôs. “Existem várias evidências de que ele fazia este trabalho junto com o Franklin Martins (ex-ministro da Comunicação Social) e depois foi ministro (Thomas Traumann). Iríamos fazer umas perguntas, mas ele correu dos esclarecimentos. Vamos ver agora, que providências iremos tomar”, revelou Daniel Coelho. 

Thomas Traumann é terceiro ministro a deixar a gestão Dilma, depois de Marcelo Néri, da Secretaria de Assuntos Estratégicos e Cid Gomes, da Educação.

O salão de alta tecnologia CeBIT de Hannover, que ocorre na cidade alemã até esta sexta-feira (20), apresentou as impressoras 3D como a solução para problemas que vão da cópia de uma aliança de casamento a uma peça de reposição da máquina de lavar roupas.

O encontro dedicado às inovações trouxe robôs conectados a impressoras 3D capazes de transformar casas e escolas em laboratórios de engenheiros ou em "mini-fábricas".

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Entre os diversos projetos expostos, o "Robochop" é, sem dúvida, um dos mais impressionantes: grandes braços articulados modelam, com a ajuda de um fio metálico quente, grandes blocos de espuma, formando móveis ou esculturas.

O projeto, a meio caminho entre o espetáculo de alta tecnologia e arte, oferece aos usuários da internet criar seus próprios desenhos e enviá-los para os robôs, que são responsáveis ​​por fabricá-los.

As 2.000 "esculturas" mais interessantes serão enviadas gratuitamente aos criadores, em qualquer lugar do mundo, garantem os inventores do Robochop, Clemens Weisshaar e Reed Kram.

"Estes robôs são mini-fábricas que não estão conectadas ao proprietário da fábrica, mas ao mundo inteiro", explicou Weisshaar à AFP. "Isso é o que vai mudar totalmente nos próximos anos: o programa permitirá que os usuários controlem a máquina sem o conhecimento que você precisaria ter caso comprasse o robô", garante ele.

Na verdade, a impressora 3D tem sido uma valiosa ferramenta para desenvolvedores, engenheiros, arquitetos e pesquisadores que a utilizam para criar modelos ou protótipos.

Dentaduras e naves espaciais

"Na verdade, a tecnologia remonta a mais de 25 anos, mas ela estava cheia de patentes", explicou Sara Bonomi, da empresa Formlabs, que fabrica impressoras 3D de alta resolução para escritórios, capazes de modelar com muita precisão objetos resina, de joias a dentaduras, inclusive espaçonaves que apareceram no filme Interstellar. "A indústria (de impressão 3D) está sendo desenvolvida agora porque as patentes expiraram e, portanto, a tecnologia está disponível para todos", afirma Bonomi.

Agora que o preço tornou-se mais acessível, esta tecnologia deve entrar nas residências e mudar a vida das pessoas, previu a empresária. "No futuro, seremos capazes de personalizar anéis e sapatos e imprimi-los em nossas casas", explica ela, reconhecendo que isso vai representar um aumento da falsificação e apresentará problemas com direitos de autor.

"Em 10 anos, o mundo será muito mais fácil", avalia Vitezslav Musilek, da empresa checa be3D . "Se você precisa de uma peça de reposição ou um novo produto, você pode baixá-lo a partir de um site, ou fazer o seu próprio layout para imprimir em sua impressora 3D", explica.

Mas caso essa revolução em 3D aconteça, não vai trazer consigo uma nova montanha de resíduos para um mundo que já sofre sérios problemas de poluição?

Não tem por que, considera Musilek. Sua empresa criou uma impressora 3D chamada DeeGreen. Um aparelho apresentado como ecológico, que utiliza materiais termoplásticos compostos 80% de amido de milho biodegradável e que não libera nenhum componente tóxico.

"Quando forem para o lixo, com a ajuda de boa temperatura, umidade e bactérias, o objeto 3D irá se dissolver completamente. Ela não produz qualquer tipo de poluição", promete Musilek.

No documento reservado do Palácio do Planalto, o governo admitiu o uso de robôs para disseminar mensagens pela internet a favor da então candidata à reeleição Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral do ano passado. E afirma que o mesmo expediente foi usado por parte do PSDB, inclusive depois da eleição. A ação online dos grupos opositores, incluindo os organizadores das manifestações de 15 de março, teria custado R$ 10 milhões, segundo o texto.

"A partir de novembro, as redes sociais pró-Dilma foram murchando até serem extintas. Os robôs que atuaram na campanha foram desligados e a movimentação dos candidatos do PT foi encerrada", diz o texto.

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Os chamados robôs são programas que executam com maior velocidade e precisão do que a mão humana tarefas como replicar mensagens nas redes sociais. Com isso, infla-se o número de seguidores de uma conta ou de curtidas de uma publicação, o que lhe rende mais destaque nas redes sociais e alcance maior de internautas.

O texto não só afirma que o tucano Aécio Neves usou robôs durante a campanha como considera que essa estrutura foi mantida ativa pelo PSDB após as eleições. "Cerca de 50 robôs usados na campanha de Aécio continuaram a operar mesmo depois da derrota em outubro. Isso significou um fluxo contínuo de material anti-Dilma", diz.

O documento elogia o "profissionalismo" da ação online dos grupos que participaram do protesto contra Dilma e o PT no domingo passado, segundo o texto, também com uso de robôs. "A partir do final de janeiro, as páginas mais radicais contra o governo passaram a trabalhar com invejável profissionalismo, com uso de robôs e redes de WhatsApp."

"Em estimativas iniciais, a manutenção dos robôs do PSDB, a geração de conteúdo nos sites pró-impeachment e o pagamento pelo envio de WhatsApp significam um gasto de quase R$ 10 milhões entre novembro e março", afirma.

O resultado é "avassalador", segundo a avaliação do governo. "Enquanto a página no Facebook do grupo Revoltados On Line engajou 16 milhões de pessoas desde janeiro e o Vem Pra Rua outros 4 milhões, as páginas de Dilma e do PT foram compartilhadas por 3 milhões de internautas", diz um trecho.

'Derrota por WO'

Segundo o cálculo governista, em fevereiro as mensagens, textos e vídeos oposicionistas atingiram 80 milhões de pessoas enquanto as páginas do PT e do Planalto chegaram a 22 milhões. "Se fosse uma partida de futebol estamos entrando em campo perdendo de 8 a 2". O texto registra ainda a diminuição do número de fãs da página Dilma Bolada no Facebook, considerada pró-governo, "que pode significar uma situação de quebra de imagem".

O cenário hoje, conforme a análise, é de um lado Dilma e Lula acusados "por todos os males que afetam o País" e de outro a militância petista acuada e desmotivada. "Não é uma goleada. É uma derrota por WO", conclui o documento.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A gigante chinesa do comércio eletrônico Alibaba começou a entregar nesta quarta-feira, de maneira experimental, pedidos de chá com drones, seguindo os passos da concorrente americana Amazon.

Mais que um teste em condições reais e em grande escala, a operação também foi uma boa publicidade, associada a uma marca de chá, para a Taobao, a primeira galeria comercial do Alibaba.

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A Taobao divulgou uma foto de um drone que transportava um pacote de chá em uma caixa branca.

Serão feitas apenas 450 entregas de pacotes de chá deste tipo mediante um vendedor selecionado ao acaso de Taobao. A operação será realizada em apenas três cidades chinesas: Pequim, Xangai e Cantão.

Na China, o espaço aéreo está sob controle militar. E a redução das restrições impostas pelo Exército Popular de Libertação e a liberalização do espaço aéreo não avançam ao ritmo que muitos gostariam.

Por isso o país conta com poucos aviões leves e helicópteros em comparação com seu imenso território e sua economia florescente.

O Alibaba, o gigante chinês da internet fundado pelo emblemático Jack Ma, realizou uma entrada triunfal na Bolsa de Nova York em meados de setembro do ano passado captando 25 bilhões de dólares. O grupo não esconde suas ambições de crescer em nível internacional.

A Amazon ambiciona fazer entregas de pedidos com drones e ameaçou recentemente deslocalizar uma grande parte de sua pesquisa sobre o tema para fora dos Estados Unidos se o regulador aéreo americano não autorizar rapidamente seus testes.

O Google está colocando à prova, por sua vez, um serviço de entrega com drones, um programa que batizou como "Project Wing".

A Amazon declarou que pode fazer drones voarem a mais de 80 quilômetros por hora com pacotes de 2,2 quilos.

Dois alunos da Rede Municipal de Ensino do Recife irão participar da World Robot Olympiad (WRO), ou Olimpíada Mundial de Robótica, na Rússia. Os estudantes André dos Santos Filhos, 15 anos, e Ryan Vinícius Morais 13, das escollas municipais Dom Bosco e Arraria Novo do Bom Jesus, respectivamente, embarcam nesta segunda-feira (17) para o país europeu acompanhados do coordenador do Programa Robótica na Escola, Jadson Amorim.

A WRO reúne participantes de todo o mundo para competir em atividades robóticas que promovem criatividade e resolução de problemas. Os estudantes recifenses se juntarão a 14 outros times brasileiros para embarcar em São Paulo para o torneio, que será realizado entre 21 e 23 de novembro. O convite de ir até o evento foi feito à Prefeitura do Recife através da parceria da Secretaria de Educação com o LEGO ZOOM Education, para implementar a robótica em escolas.

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"A WRO fez o convite para que a PCR representasse Pernambuco neste mundial por causa dos resultados que os meninos estão tendo nas competições que participaram e também porque o Programa Robótica na Escola é um dos maiores do mundo. Não há nenhuma rede que tenha esse tipo de construção desde a Educação Infantil ao Ensino Fundamental II. Antigamente só se trabalhava robótica no Ensino Médio e, agora, já estamos preparando os alunos desde cedo para que deem continuidade a esse projeto nas escolas estaduais", afirmou Emerson Mendes, presidente da Creare Grupo Educacional, que gerencia a franquia LEGO no Nordeste.

A dupla foi escolhida por se destacar em atividades de robótica promovidas pela Secretaria da Educação. "Acompanhei as equipes na OBR (Olimpiada Brasileira de Robótica), em São Paulo, e lá percebi que André é quem comandava a equipe, tinha mais domínio do assunto e era o mais envolvido. Já Ryan acertou todas as questões da prova teórica que aplicamos na Semana de Ciência e Tecnologia, já tem conhecimento de programação e é muito responsável. Eles se completam", avaliou o coordenador Jadson.

Os alunos se encontraram com Jorge Vieira, secretário de Educação do Recife, na manhã desta segunda, onde mostraram os robôs que levarão para a competição "Nossos estudantes estão provando que, se dermos oportunidade, eles deslancham. Futuramente queremos ver esses meninos trabalhando em grandes empresas, como a Fiat", afirma o secretário.

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Na última quarta-feira (22), foi concluída a Latin American and Brazilian Robotics Competition 2014, na cidade de São Carlos, em São Paulo. O vencedor da competição de robótica foi o Robô i-Zak, desenvolvido em parceria pelos profissionais do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR) e o Voxar Labs, do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIn/UFPE). 

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A equipe se consagrou na categoria @Home, que coloca os robôs num ambiente de casa doméstica, e se classificou para a próxima etapa, que será realizada em dezembro. “Entre as várias modalidades da competição, a categoria @Home é importante porque se aproxima muito da viabilidade de desenvolver produtos para o mercado. Estamos vivenciando uma mudança de paradigma, os robôs, antes com foco em tarefas industriais, estão sendo levados para os lares e essa robótica doméstica traz vários desafios de funcionalidade”, explica Henrique Foresti, engenheiro do CESAR. 

O robô i-Zak faz uma variedade de coisas que podem ser úteis no dia a dia para uma pessoa, como reconhecer objetos, checar sinais vitais, como temperatura e batiemntos cardiácos, e até concluir se a pessoa está feliz ou triste. "Um dos nossos diferenciais também, além de todas essas funcionalidades, foi uma preocupação maior com a aparência e design do robô. O i-Zak tem uma interface muito amigável", destaca Henrique.

Caso obtenha um bom resultado em dezembro, a equipe irá para China em 2015, competir na fase mundial do campeonato. Quem também vai pra lá é a equipe Positronics, do Colégio Santa Emília, que foi vice-campeã na Olimpíada Brasileira de Robótica, também realizada em São Carlos neste mês. 

 

Dois times da equipe Positronics, do Colégio Santa Emília em parceria com o colégio Damas, foram vice-campeãs na Olimpíada Brasileira de Robótica 2014 (OBR), realizada em São Carlos, no estado de São Paulo. A competição foi encerrada nesta quarta-feira (22).

Na categoria Dance Médio, a equipe de sete estudantes do ensino médio do Santa Emília conquistou o segundo lugar, enquanto a equipe vice-campeã na categoria Soccer Fundamental (futebol) é composta por três estudantes do Santa Emília e um do Damas, todos do ensino fundamental.

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Com este resultado, Pernambuco terá, pelo quinto ano seguido, equipes representando o Brasil no campeonato mundial da Robocup, que ocorrerá na China em 2015. "As duas equipes se destacaram e devem garantir no próximo mês de Janeiro, o passaporte para o mundial da China, quando sairá a definição oficial dos participantes do mundial, desta vez com reforço dos alunos do colégio Damas, graças a esta grande parceria" afirmou  o professor de Robótica do Colégio Santa Emília, Paulo Marcelo Pontes.

Em janeiro será divulgada a lista oficial de equipes brasileiras que irão competir na China, mas com o vice-campeonato, a presença da Positronics só aguarda confirmação. Neste ano, a Robocup aconteceu em João Pessoa, no estado da Paraíba.

Neste domingo (19), começou a fase nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) 2014 na cidade de São Carlos, em São Paulo. Pernambuco será rrepresentado pela equipe Positronics, do Colégio Santa Emília, atual bi-campeã do torneio, que vai até o dia 22 de outubro. Além desta equipe, mais três times irão competir nas modalidades de resgate, futebol e dança, tanto no nível fundamental quanto médio. 

Resgate coloca os robôs em uma situação que simula uma catástrofe, na qual eles devem resgatar uma vítima. Futebol não tem segredo, colocando duas equipes para bater bola, e por fim, na dança são avaliadas as performances de robôs ao ritmo de música. A fase estadual da OBR foi realizada em agosto e teve participação de 24 equipes pernambucanas na briga pelas vagas para o nacional.

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Os vencedores da fase nacional poderão participar da RoboCup Junior Mudial em 2015, na China. Em 2014, a competição foi realizada em João Pessoa, na Paraíba, e teve a presença de equipes pernambucanas. Ao todo, elas conquistaram sete premiações

A equipe CHS Pixel, da escola Comphaus, consagrou-se vencedora da fase estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) e garantiu vaga no torneio nacional, que ocorrerá na cidade de São Carlos (SP), entre os dias 18 e 22 de outubro deste ano. Também classificadas para próxima fase foram as equipes N@noBit e N@no_Ohana, em terceiro e segundo lugar, respectivamente. 

"O próximo passo é disputar o nacional, no qual os vencedores serão classificados para o mundial de 2015, que será realizado na China," conta Otacílio Neto, um dos dois membros da CHS Pixel, que, assim como no estadual, competirá na categoria de resgate. "A categoria é a mesma, mas o nível de dificuldade da prova aumenta, as outras equipes também estão mais bem preparadas e há algumas alterações no cenário," explicou o estudante. O outro membro da equipe é Gabriel Santos, estudante de apenas 14 anos. Ele afirma que mesmo com o bom resultado em Pernambuco, haverá mudanças no robô e na estratégia. "Sempre tem que mudar, sempre temos que tentar melhorar e nunca ficar parados." 

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Também foram premiadas as seguintes equipes: na categoria de robô mais robusto, a vencedora foi a equipe Nano Tech. Em dedicação, foi premiada a Teko Infinity. A equipe Redes A venceu em Elegância, o prêmio de inovação foi para a IFTronicsPE 4, por fim, a melhor equipe estreante foi a H2JA.

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Foi realizada no Recife, neste sábado (30), a etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), na qual 24 equipes disputaram a chance de participar do torneio nacional, que ocorrerá em São Carlos, no estado de São Paulo, entre 18 e 22 de outubro. A competição, batizada de Resgate A, simula uma situação de desastre, na qual o robô deve encontrar e resgatar uma vítima.

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O membro da equipe CHS Pixel, Otacílio Neto, já tem experiência internacional, e conta como funciona. “Aqui a vítima é representada por uma lata, e essa lata é posicionada em qualquer ponto de uma plataforma elevada. Mas para que o robô consiga chegar até essa lata ele tem que seguir uma linha feita com fita isolante. Essa linha simula, por exemplo, o caminho que um bombeiro faria numa casa”, explica Otacílio. Entretanto, há obstáculos. “Podem ser palitos de dente simulando detritos menores, ou tijolos no meio do caminho, dos quais o robô tem que desviar, assim como redutores de velocidade e falhas na linha.”

Entre os alunos participantes há vários novatos, que estão se aventurando na OBR pela primeira vez. É o caso de Marcelo Andrey, estudante de 15 anos, da equipe Teko Infinity. “É uma situação inovadora, e que a gente não mensura. A gente não tem nem noção até chegar aqui, é uma oportunidade de por em prática conhecimentos teóricos, que parecem difíceis, mas na verdade são bem práticos e bem fáceis”. Gabriel Santos, estudante de 14 anos, também é novato, e está curtindo o evento. "Está bem legal, divertido, cheio de gente e interessante". Gabriel foi inspirado pelo irmão, Lucas, que também já participou da OBR.

Todos concordam que a robótica adiciona muito à vida de um estudante. Kelly Bezerra, estudante de 16 anos da equipe Positronics, tem experiência na área, esta é sua quarta OBR, e a jovem já participou de campeonatos internacionais, e tem aprendido muito com as competições.  “Você vê o seu robô e tenta aprender mais sobre física, química, matemática, e tantas outras coisas para poder ajudar na construção e programação,” contou Kelly, que pensa em seguir carreira em engenharia. Ebrahim Rocha, coordenador estadual da OBR, explica a importância da robótica para as escolas. “Toda essa tecnologia que está chegando aqui à região, que está facilitando o acesso dos alunos à robótica, contribui, principalmente, dentro da sala de aula, onde os professores estão utilizando essas plataformas robóticas para facilitar seus experimentos com os alunos.”

Ebrahim também afirma ter visto um grande salto no número de equipes participando em relação à 2013. Por questões logísticas, foram feitas duas etapas preliminares antes da fase estadual. Das 24 participantes, três irão para o nacional.

Os alunos da equipe Positronics, do Colégio Santa Emília, que participaram da RoboCup, trazem na bagagem de volta ao Recife sete premiações para Pernambuco. O time de estudantes recebeu premiações em três categorias, somando três troféus e quatro certificados. A copa mundial de robôs foi realizada nesta última semana em João Pessoa, na Paraíba.

De acordo com a equipe participante, o resultado foi muito positivo, sendo a maior conquista dos alunos em mundiais. Ressaltaram ainda que, desta vez, puderam colocar em prática tudo que estava no projeto. “Foi muito vantajoso. Obtivemos muitos prêmios e a Positronics superou as expectativas, dando orgulho ao Colégio e ao nosso Estado”, afirmou o estudante Hugo Serrano, de 19 anos.

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A RoboCup é a principal disputa mundial da categoria, e tem como objetivo promover o crescimento e o desenvolvimento das áreas de robótica e inteligência artificial. Os alunos do Colégio Santa Emília representaram o Estado em três categorias distintas: Resgate A, Dança e Futebol de Robô.

Com informações da assessoria

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JOÃO PESSOA (PB) - Forrar camas, arrumar uma mesa e detectar acidentes domésticos. Estas tarefas poderiam ser atribuídas facilmente aos adultos, mas na RoboCup 2014 o trabalho árduo doméstico fica por conta dos robôs.

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Bastante prestativos, eles respondem a comandos em inglês e realizam as atividades ordenadas. No local onde está sendo disputada a categoria @Home (casa, em português), dezenas de pessoas se aglomeram para conferir a execução das tarefas em espaços que simulam um quarto, uma sala e uma cozinha.

Entre os participantes está a máquina batizada de ToBi. Sempre com um sorriso estampado no “rosto”, ele detecta acidentes domésticos. De acordo com o estudante alemão Kai Harmening, o robô ToBi trabalha como uma espécie de enfermeira. “O ToBi tira uma foto do acidente e pode pegar algo que a pessoa precise, como um copo de água ou um kit médico, por exemplo. Além disso, quando detecta o acidentado, ele pode chamar uma ambulância”, explica.

O evento

A RoboCup2014 acontece até esta quinta-feira (24) no Centro de Convenções Poeta Ronaldo Cunha Lima, em João Pessoa, na Paraíba. A expectativa da organização é receber 60 mil visitantes, incluindo 4 mil participantes que competirão utilizando 2 mil robôs inteligentes. A 17ª edição da competição internacional acontece de forma inédita no Brasil.

O evento foi criado em 1997 no Japão com o objetivo de construir um time de robôs que pudesse ganhar uma partida contra a seleção vencedora da Copa do Mundo da Fifa. A previsão é de que o objetivo seja alcançado em 2050.

JOÃO PESSOA (PB) - Uma das competições realizadas nesta terça-feira (22) na RoboCup 2014 é a de Resgate, dividida nas modalidades Junior e Major. Na Junior, os robôs têm que completar um percurso de obstáculos e resgatar uma vítima em uma mesa. Já na Major, eles precisam realizar as mesmas atividades, mas em um ambiente que simula uma catástrofe em tamanho real.

Os robôs são grandes, muitas vezes necessitam mais de um membro da equipe competidora para serem carregados, e tem um visual militar, com esteiras e braços mecânicos. Em sua missão, eles enfrentam um percurso com portas, tijolos e até um carro. “Os robôs marcam pontos tentando resgatar vítimas, representadas por cestas com bonequinhas dentro e com um rádio emitindo um som. Os robôs têm que encontrar essas vítimas, que estão espalhadas pela arena, e fazer a identificação correta delas”, explica o voluntário da RoboCup responsável pela área de resgate, Igor Malheiros.

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Outra diferença da Major para a modalidade Junior é a adição de um segundo robô na arena. “Existem dois tipos de robôs que competem ao mesmo tempo, um controlado remotamente, e um que é autônomo, usando uma inteligência artificial própria para se guiar”, conta o voluntário, que os compara com máquinas como o Curiosity, robô que foi até Marte. “Eles podem ser comparados com os que a Nasa manda para outros planetas porque eles andam em terrenos bem irregulares. Então, eles tem que ter um design característico para esse tipo de coisa”.

Durante as partidas, um dos competidores pega um microfone e explica para o público, com a ajuda de um tradutor para português, como o Igor, sobre sua estratégia, seu robô e as dificuldades da missão. O resgate é uma das competições mais assistidas na RoboCup, atraindo crianças e adultos que querem conferir os robôs.

Na Junior, a equipe Positronics representa o Brasil no resgate, já na Major não há nenhum time brasileiro. Neste ano, três equipes do Irã estão competindo na categoria, mas as que chegaram mais longe foram a da Tailândia e a da Alemanha. 

JOÃO PESSOA (PB) - Começou nesta semana a RoboCup 2014. Entre as equipes participantes do mundial de robôs estão a do Colégio Santa Emília, de Olinda. Eles já são veteranos na robótica e desta vez vieram com quatro times para competir em todas as modalidades da área Junior, que conta com estudantes de todo o mundo.

As modalidades são resgate, dança e futebol de robôs. “O resgate é uma missão para salvar vítimas”, conta Lucas Cavalcanti, membro da equipe Positronics. “Tem vários níveis, um é realmente um resgate de bebê, com uma boneca claro, e no nosso- a vítima é simbolizada por uma lata. Temos que levar a vítima para uma área segura, desviando de obstáculos, seguindo linhas, subindo e descendo rampas, com se fosse um ambiente de desastre mesmo.” Tudo tem que ser feito de forma autônoma, sem a ajuda de controles remotos, e dentro de um tempo limite.

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“Já no futebol de robôs temos o atacante e o goleiro, que disputam uma partida com dois tempos de dez minutos. O objetivo é fazer gol e defender, é futebol mesmo. Na dança, temos a interação entre arte a ciência, onde os robôs tem que sincronizar-se ao som de uma música, fazer movimentos e interagir com seres humanos”, explica o professor e orientador da equipe, Paulo Marcelo Pontes. “Este ano, na dança, estamos trabalhando com um pessoal de São Paulo, usando a internet para nos comunicar. Fizemos uma equipe mista, e o tema com o qual estamos trabalhando é o Carnaval de Pernambuco.”

Na categoria resgate, a equipe conseguiu destaque depois de terminar uma prova com perfeição e arrematar o 2º lugar. “O torneio está animador. Treinamos bastante em cima das regras e vimos que o robô estava completando bem as provas e tarefas. É um resultado motivador, já que estamos entre as melhores equipes", complementa o estudante Lucas Cavalcanti.



Em uma de suas atividades, a equipe Positronics vai se unir com um time britânico. “Estamos participando do SuperTeam, que é uma prova inédita e não foi revelada ainda. A prova é disputada em duplas, com outra equipe selecionada através de um sorteio. Nós vamos com uma equipe do Reino Unido, e assim que divulgarem as regras vamos ter que preparar o robô e re-programá-lo”, explicou Lucas.

Os estudantes Pedro Henrique e Carlos Gabriel estão participando do seu primeiro torneio, na modalidade de futebol, e avaliam a experiência como positiva. “É muito bom, já estamos pegando muita experiência para o próximo mundial”, afirmou Pedro. Gabriel ainda conta que perderam uma das competições contra a equipe da Alemanha, mas afirmou que estão melhores que a seleção brasileira da Copa do Mundo de 2014.

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JOÃO PESSOA (PB) - Alemanha, Japão, México, Estados Unidos, China e Irã. Estes são apenas seis, dos 50 países que comparecem à 17ª edição da RoboCup, competição internacional de robótica. Neste ano, o evento acontece de forma inédita no Brasil, sendo que a cidade sede é João Pessoa, na Paraíba. Desde o último sábado (19), milhares de visitantes e participantes ocupam o Centro de Convenções Poeta Ronaldo Cunha Lima. No local, jovens, adultos e idosos dividem espaço com milhares de robôs, que são as verdadeiras estrelas da festa.

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Nesta terça-feira (22), continuam as competições das categorias futebol, resgate, tarefas domésticas, trabalho e RoboCupJunior. Até a quarta-feira (23) as competições principais terminam às 20h e a júnior, às 19h.

Dançarinos, jogadores de futebol e auxiliadores de trabalhos domésticos são algumas das profissões que os robôs desempenham durante RoboCup. Assim como os participantes, eles vêm de diversos lugares do mundo. Em uma arena, é possível acompanhar uma partida de futebol entre androides da Alemanha e dos Estados Unidos. Já em outro espaço do evento, participantes do Irã ajustam os últimos detalhes para expor seus humanóides.

Este misto de culturas unidas pela tecnologia é notado facilmente por quem comparece ao evento. A diretora da escola Nossa Senhora de Fátima, Cristina Freitas, explica que veio de Vitória da Conquista, na Bahia, acompanhando seus 16 alunos. “Meus alunos participam deste campeonato desde 2008. Nossa escola já esteve presente na RoboCup do México e da Holanda. É muito bom ver jovens interessados em resolver problemas com a ajuda da robótica. Este é o grande benefício do evento, trazer benefícios para a humanidade”, complementa.

O mesmo sentimento é compartilhado pelo estudante Carlos Andrade, de 12 anos. Ele, que viajou aproximadamente 800 quilômetros de Petrolina para João Pessoa para comparecer ao evento, diz que a viajem valeu a pena. “Eu amo robótica. Estar aqui com pessoas do mundo todo vivendo robótica por diversas horas é uma sensação fenomenal. É legal ver como os participantes de outros países se comportam, já fiz amizade até com alemães”, diz o jovem.

A iraniana Shaghayegh Gharghabi, por sua vez, destaca a experiência positiva de comparecer ao Brasil. “É um aprendizado enorme. Viemos em uma equipe de seis sem saber falar nenhuma palavra em português. Mesmo assim, estamos trocando experiências com os participantes. O povo brasileiro é muito acolhedor”, explica.

Os americanos também marcam forte presença no evento. É o caso do grupo que tem como integrante o estudante Alexander Bento, de 28 anos. Ele elogia a organização do evento e os robôs brasileiros. “Os brasileiros estão muito bem preparados e sabem usar seus robôs de maneiras muito criativas. Temos muito o que aprender com eles até o final da competição”, ressalta o norte-americano.

Dez horas por dia. Esse é o tempo que o doutorando em Engenharia Elétrica Danilo Perico tem dedicado nos últimos meses para o mais importante campeonato de futebol de sua vida. Apesar do esforço, ele não entrará em campo para jogar. Seu trabalho é fazer com ue quatro robôs de 50 centímetros disputem, sozinhos, uma partida do esporte mais popular do planeta na RoboCup, uma versão nerd da Copa do Mundo. O evento, que reúne cerca de 400 equipes de 45 países, será realizado em João Pessoa, na Paraíba, a partir do dia 19.

Perico e sua equipe competem na categoria Humanoide, desenvolvendo robôs com características físicas semelhantes às dos seres humanos. "Eles precisam ter braços, pernas e duas câmeras na cabeça, que funcionam como os olhos."

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Além de desenvolver a parte física das máquinas, os estudantes precisam programar o sistema que fará com que elas se movimentem sozinhas no campo de 54 metros quadrados. Os robôs têm de estar prontos para se levantar sozinhos caso haja alguma queda durante o jogo.

A organização da RoboCup, que é o maior evento de robótica do mundo, espera reunir 3 mil universitários e 60 mil visitantes na capital paraibana. Os participantes poderão ainda competir nas categorias Rescue, voltada a desenvolver soluções para o resgate de pessoas; Home, em que os robôs realizam pequenas tarefas domésticas; Junior, destinada aos iniciantes; e Small Size, para pequenas máquinas.

Responsável por uma das equipes brasileiras, o professor Reinaldo Bianchi, do Centro Universitário da FEI, conta que a construção de um robô humanoide custa cerca de R$ 50 mil.

Desafio

Otimista com a produção dos alunos, Bianchi revela o plano ambicioso dos idealizadores do evento: "A ideia é que, em 2050, uma equipe de humanoides enfrente a seleção campeã mundial da Fifa com as regras oficiais do futebol. Pode parecer muito, mas a ciência já conseguiu fazer com que uma máquina vencesse o melhor jogador de xadrez do planeta."

No Brasil, a principal porta de entrada para quem quer participar é a Olimpíada Brasileira de Robótica. O estudante Igor Santana, de 15 anos, participou de uma das etapas do evento. "Tivemos um treinamento em vídeo para montar nosso robô. Sou o único que sabe programar. No início foi difícil, as funções como andar para a frente e para trás ficaram todas invertidas. Mas depois eu consegui implementar as mudanças."

Ele pretende seguir na carreira. "Descobri que é isso o que eu quero. Vou fazer um curso técnico de mecatrônica e depois cursar Engenharia Mecânica."

A RoboCup será entre os dias 19 e 25. Bianchi afirma que alemães, americanos, japoneses e chineses têm mais tradição e chances de vencer o campeonato. Na categoria Small Size, no entanto, onde os robôs são menores e se movimentam por rodas, ele planeja ir mais longe. "A gente espera ficar entre os quatro. Sobretudo, não podemos perder de 7 a 1."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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