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A atividade de robôs no debate político sobre os candidatos à Presidência dobrou uma semana após o atentado ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), revela monitoramento da Diretoria de Análise de Políticas (DAPP) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Entre 5 e 11 de setembro, interações de robôs no Twitter totalizaram 788 mil compartilhamentos, o dobro da semana anterior. No período, houve 9,9 milhões de publicações originais e 7,3 milhões de compartilhamentos (retuítes) sobre os presidenciáveis. O volume de citações feitas por perfis automatizados respondeu por 10,8% do total dos retuítes.

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O monitoramento de robôs, obtido com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo, leva em conta as interações provenientes de perfis automatizados com base nos retuítes. O aumento foi verificado em todos os principais grupos de discussão.

Nos que apoiam o candidato do PSL, o avanço foi de 18,4%. No grupo de Ciro Gomes (PDT), de 12,1%, no de Fernando Haddad (PT), de 11,6%, e nos de João Amoêdo (Novo) e Geraldo Alckmin (PSDB), o avanço foi de 6,1%.

Desconsiderando a presença de robôs, o mapa de interações sobre presidenciáveis identificou que 64,2% dos perfis que falam sobre candidatos se opõem a Bolsonaro. Os que apoiam o militar reformado representam 13,4% dos perfis, seguidos pelo grupo alinhado ao PT, com 12%.

Para o professor Marco Ruediger, diretor do DAPP e um dos responsáveis pelo monitoramento, o número mostra que os usuários aproveitaram a onda de atenção que o atentado atraiu para defender seus candidatos. "É uma busca por espaço para tentar fazer campanha, inclusive usando o fato de que Bolsonaro não está nas ruas, para tentar balancear as dificuldades da disputa eleitoral, com menos tempo de TV", explica.

As publicações sobre Bolsonaro feitas por seus apoiadores refutam as especulações de que o atentado teria sido forjado, desejam boa recuperação ao presidenciável do PSL, questionam o seu suposto baixo apoio entre mulheres e criticam o candidato Ciro Gomes (PDT).

De acordo com a FGV, mais de 75% dos compartilhamentos feitos por mecanismos automáticos vieram do campo de apoio ao candidato do PSL.

Ciro Gomes e Fernando Haddad (PT) foram os candidatos que mais tiveram destaque no debate econômico. Numa análise do conteúdo, a FGV identificou que Ciro recebe apoio por sua proposta de tirar nomes do SPC. Por outro lado, ele foi alvo de críticas pelo posicionamento crítico ao aplicativo de transporte Uber. O estudo diz que Ciro é o candidato em torno do qual gira o debate sobre propostas efetivas para a área econômica, de forma favorável ou crítica. "É possível observar reações positivas e demonstração de conhecimento sobre propostas para a área", diz o estudo do DAPP.

Haddad, por sua vez, foi vinculado a discussões sobre as posições contrárias à reforma trabalhista e ao teto dos gastos públicos adotado no governo do presidente Michel Temer (MDB)

Propostas

Segundo Ruediger, os ataques pessoais têm perdido relevância e dado lugar a discussões sobre propostas concretas. "Quando os candidatos falam de temas relevantes para a sociedade, têm vocalização maior nas redes", explica. "Agressões pontuais podem ser negativas e contraditórias para as imagens dos candidatos."

Para as próximas semanas, Ruediger enumera quatro frentes em que as discussões devem se desenvolver: o prosseguimento das investigações sobre as motivações do ataque a Bolsonaro, o crescimento de Ciro Gomes nas pesquisas e nas redes, já observado nas últimas semanas, o debate em torno da candidatura de Fernando Haddad, agora oficializado como candidato do PT à Presidência, e as estratégias de Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) para crescerem nas intenções de voto.

Twitter

À reportagem, o Twitter afirmou, em nota, que levantamentos sobre o impacto de automação indevida na rede social "levam em consideração apenas sinais externos e muito limitados, além de não considerarem as ações anti-spam da plataforma." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pesquisadores da Universidade de Cardiff e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) descobriram que os robôs podem ser tão preconceituosos quanto humanos quando trabalham em equipe. A descoberta faz parte de uma pesquisa conduzida pelas duas instituições.

De acordo com o estudo, que foi publicado na revista Scientific Reports, os robôs que trabalhavam em conjunto expressavam sentimentos preconceituosos contra as máquinas que não faziam parte de suas equipes. Para testar a teoria, os pesquisadores executaram um jogo simples em um simulador.

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No jogo, cada robô toma uma decisão se doa para alguém dentro de seu próprio grupo ou em uma equipe diferente, baseado na reputação de um indivíduo, bem como em sua própria estratégia individual, que inclui seus níveis de preconceito.

À medida que o jogo se desenrolou e um supercomputador acumulou milhares de simulações, cada indivíduo começou a aprender novas estratégias copiando outros robôs dentro de seu próprio grupo.

Os pesquisadores descobriram que os robôs se tornaram cada vez mais preconceituosos contra os de outros grupos, criando estratégias que lhes proporcionaram um melhor retorno no curto prazo. Segundo os especialistas, essa atitude indica que a alta capacidade cognitiva não é necessária para desenvolver preconceitos.

"Ao executar estas simulações milhares e milhares de vezes, começamos a entender como o preconceito evolui e as condições que o promovem ou impedem", disse um dos responsáveis pelo estudo, o professor Roger Whitaker.

"Nossas simulações mostram que o preconceito é uma força poderosa da natureza e, através da evolução, pode facilmente ser incentivada em populações virtuais, em detrimento de conectividade mais ampla com outras", completou.

Embora alguns tipos de algoritmos de computador já tenham exibido preconceitos, como racismo e sexismo, baseados no aprendizado de registros públicos e outros dados gerados por humanos, este novo trabalho demonstra a possibilidade de a inteligência artificial desenvolver atitudes prejudiciais por conta própria.

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Com pequenos robôs equipados com microcâmeras, arqueólogos encontraram sepulturas de humanos e objetos de cerâmica da cultura Chavín, que floresceu entre os anos 1.300 e 550 antes de Cristo no atual Peru.

Três galerias e sepulturas foram descobertas nas últimas semanas na zona do Monumento Arqueológico Chavín de Huántar, na região de Áncash, 462 km ao norte de Lima, informou nesta terça-feira (21) o Ministério da Cultura.

"Foram encontradas três novas galerias subterrâneas que apresentam as primeiras sepulturas de humanos encontradas da época chavín", disse em um comunicado.

Esta é a descoberta "mais importante dos últimos 50 anos no Monumento Arqueológico Chavín de Huántar", acrescentou.

No local foram encontradas peças de cerâmica, utensílios, as sepulturas intactas de uma pessoa adulta, enterrada de bruços, e de uma criança de três anos.

"As novas descobertas nos mostram um mundo de galerias que têm sua própria organização, com conteúdos distintos", disse à imprensa o arqueólogo americano John W. Rick, da Universidade de Stanford, que dirige esta pesquisa.

Rick explicou que no complexo de Chavín há 35 galerias construídas em distintos períodos e ainda restam dúzias delas por desenterrar.

"A hipótese com que se vem trabalhando é que aparentemente o adulto teria sido sacrificado como parte do fechamento da galeria", disse o vice-ministro do Patrimônio Cultural, Luis Felipe Villacorta, ao jornal La República.

Acrescentou que "aparentemente, estes lugares serviam para a preparação dos sacerdotes em tempos de Chavín".

Para a exploração, os arqueólogos usaram pequenos robôs com microcâmeras, que puderam entrar em lugares muitos pequenos e descobriram cavidades nos labirintos de Chavín.

"A descoberta das galerias tem uma dupla particularidade. O uso de novas tecnologias que revelaram espaços que permaneceram fechados desde a época Chavín, e a riqueza da informação arqueológica", destacou Villacorta.

O Monumento Arqueológico Chavín de Huántar, que foi o centro administrativo e religioso da cultura chavín, é o primeiro grande centro religioso e de peregrinação da América do Sul. Em 1985 foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Seis milhões de trabalhadores do Reino Unido temem que os robôs assumam seus empregos. O dado é de uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (6). Segundo o estudo da empresa YouGov, cerca de 37% dos funcionários - o equivalente a 10 milhões de pessoas - acreditam que o impacto da automação na próxima década significa que seu trabalho mudará para pior.

E 23% - cerca de seis milhões de pessoas - estão preocupadas com o fato de que seu posto atual pode não ser mais necessário. Por outro lado, 73% dos entrevistados estavam confiantes de que poderão atualizar suas habilidades se a nova tecnologia afetar seu trabalho.

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O estudo também revela que 53% dos entrevistados estavam otimistas em relação à sua futura vida profissional e perspectivas de emprego. As descobertas da empresa YouGov foram comentadas pela presidente do Commons Home Affairs Committee (HASC) e deputada trabalhista Yvette Cooper.

"Embora a pesquisa tenha constatado que a maioria das pessoas está otimista de que será capaz de mudar e atualizar suas habilidades, elas também dizem que não estão recebendo ajuda ou apoio para treinar ou adaptar-se ao governo, ao seu empregador ou a um sindicato", explicou.

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Os restaurantes de fast-food nos Estados Unidos estão recorrendo aos robôs para suprir déficits de mão de obra.

Esse é o caso de John Miller, administrador e fundador do CaliBurger, que não consegue encontrar alguém que queira trabalhar na empresa. A solução foi o Flippy, uma máquina que gira os hambúrgueres e limpa a grelha. Até o final do ano, Miller pretende utilizar o Flippy em 10 dos 50 restaurantes da rede, mas não quer demitir o seu pessoal, que se dedicará a funções "menos desgastantes", segundo ele.

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Dados do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos apontam que o setor hoteleiro registrou em abril 844 mil vagas disponíveis, e os níveis de desemprego em restaurantes chegam ao mínimo histórico de 6%. Além disso, a taxa de empregados em restaurantes subiu de 1,6 milhão de maio de 2013 para 11,9 milhões em maio de 2018. Scott Murphy, diretor de operações da Dunkin 'Donuts, diz que nunca viu um mercado de trabalho tão difícil. "Passamos muito tempo treinando as pessoas, e um mês depois elas vão embora", reclamou.

Já Patrick Sugrue, diretor executivo da Saladworks- rede de 95 lojas com sede na Pensilvânia- , afirmou que essas melhorias tecnológicas dão certa tranquilidade. "Ter essa tecnologia a disposição torna a situação mais fácil de manejar", disse.

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A China está criando seu próprio bando de pássaros robóticos equipados com tecnologia de vigilância para espionar tudo o que acontece no solo. Segundo informações do jornal South China Morning Post, os drones já estão em operação em pelo menos cinco províncias.

Os drones semelhantes a pombas são desenvolvidos por pesquisadores da Northwestern Polytechnical University, na província de Shaanxi, que já trabalharam em caças furtivos usados ​​pela força aérea.

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Cada ave robótica é equipada com tecnologia GPS, uma câmera de alta definição e um sistema de controle de voo que se conecta aos satélites em órbita. Os drones também fazem uso de um pequeno motor elétrico para acionar o movimento das asas.

As máquinas do atual bando de robôs da China replicam cerca de 90% dos movimentos de uma pomba real, disse a pessoa envolvida no projeto, acrescentando que elas também produzem pouco ruído.

Apesar dos avanços tecnológicos, os drones da China ainda estão longe de serem perfeitos. Eles são incapazes de viajar longas distâncias ou manter o curso em ventos fortes. Seu desempenho também pode ser prejudicado pela chuva forte ou neve.

Além disso, a ausência de um mecanismo anti-colisão significa que os drones são propensos a colidir com objetos quando voam a baixas altitudes, enquanto seus circuitos eletrônicos são vulneráveis ​​a distúrbios eletromagnéticos.

No entanto, os pesquisadores estão trabalhando duro para resolver esses problemas, e com os avanços na tecnologia de inteligência artificial, eles esperam que a próxima geração de pássaros robóticos possa voar em formações complexas e tomar decisões independentes no ar.

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Um novo serviço de entrega online chamado Kiwi chegou à Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, fazendo uso de pequenos robôs com rodas para entregar alimentos em todo o campus. O Kiwi é um aplicativo que permite que as pessoas peçam comida para delivery, com uma pequena diferença - em vez de seres humanos, as pessoas terão robôs chegando batendo à sua porta.

O objetivo é reduzir os custos com os robôs para diminuir as taxas de entrega em até 80%. O CEO da Kiwi, Felipe Chávez, disse que pensou na ideia do empreendimento quando encomendou uma pizza online e a taxa de entrega custou quase o mesmo preço do alimento.

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O KiwiBot, robô usado nas entregas, usa visão computacional binocular para navegar pelos terrenos ao redor do campus, mas também é auxiliado por humanos que assumem o controle se o equipamento precisar de ajuda para atravessar a rua ou navegar em áreas movimentadas.

Atualmente, a Kiwi tem 15 robôs operando no campus todos os dias. A Universidade da Califórnia em Berkeley foi selecionada para receber a iniciativa porque, segundo a empresa, possui uma grande diversidade de pessoas que são amigáveis com novas tecnologias.

O objetivo da empresa no futuro é ter mil robôs operando em Berkeley, mas isso também significaria que a empresa precisaria contratar mais humanos para gerenciar as máquinas. A Kiwi espera expandir e oferecer estágios.

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A cidade de Bordeaux, no sudoeste da França, acolherá em junho de 2020 a RoboCup, que reúne a cada ano robôs de todas as categorias provenientes de 40 países para se enfrentar, particularmente no futebol, informaram os organizadores nesta segunda-feira.

Com 90 cm de estatura, esqueleto de alumínio e os pés quadrados, o time Rhoban do Laboratório de pesquisa em informática de Bordeaux (Labri) obteve em dois anos consecutivos (2016 e 2017) o cobiçado título de campeão do mundo de futebol robótico na "Liga humanoide Kid-size".

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Títulos que conseguiram convencer comunidades, universidades e poderes públicos da capital francesa do vinho a apresentar a candidatura de Bordeaux para 2020, que foi oficialmente eleita em Montreal (Canadá), onde nesta segunda-feira começou a edição 2018 da competição.

A RoboCup foi proposta em 1996 por um pesquisador japonês com o objetivo de estimular a pesquisa robótica com um desafio "louco", o de colocar em funcionamento, até 2050, um time de robôs totalmente autônomos, capaz de derrotar o time campeão do mundo dos humanos.

Desde então, os melhores robôs concorrem entre si todos os anos em provas diversas: partidas de futebol, mas também simulações de salvamento em catástrofes naturais, ajuda aos humanos no ambiente doméstico, aplicações industriais e etc.

Foi inaugurada em Xangai, na China, a primeira agência bancária operada totalmente por máquinas. Na unidade do banco China Construction Bank (CCB), uma das maiores instituições financeiras da república, os clientes são recebidos pelo robô Xiao Long, capaz de conversar com os consumidores, checar contas e responder a perguntas básicas.

Depois de serem recebidos por Xiao Long, os clientes passam por portas eletrônicas onde o seu rosto e o cartão de identificação são digitalizados. Em futuras visitas, o reconhecimento facial será suficiente para permitir a entrada na filial e recuperar as informações sobre cada consumidor.

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Os contadores automáticos permitem aberturas de contas, transferências de dinheiro e câmbio de moedas estrangeiras. Dentro da outra sala da agência, um segundo robô aguarda os clientes, que também têm acesso a uma sala de conferência virtual, se quiserem conversar com um funcionário de carne e osso. Os únicos humanos que trabalham no local são os seguranças.

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A tecnologia eliminará milhões de empregos, mas os trabalhadores substituídos por robôs serão facilmente realocados no mercado após passarem por uma capacitação - muitas vezes em posições mais bem pagas. É o que indica uma pesquisa divulgada no Fórum Econômico Mundial (FEM), realizada em conjunto com o Boston Consulting Group.

O relatório diz que 96% das 1,4 milhões de pessoas que serão substituídas por novas tecnologias até 2026 nos EUA terão novas oportunidades de trabalho - geralmente em melhores posições. No entanto, esses trabalhadores precisarão passar por um programa de habilitação.

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Eles terão que passar por uma mudança de carreira completa, o que exige aprender novas habilidades. Sem a reciclagem, apenas 2% dos trabalhadores teriam uma boa oportunidade de conseguir melhores empregos - e 16% não teria nenhuma chance, de acordo com o relatório.

"O único fator limitante em um mundo de oportunidades para as pessoas é a vontade dos líderes de fazer investimentos na reconfiguração que irá colocar os trabalhadores em novos empregos", disse o fundador do FEM, Klaus Schwab. De acordo com o relatório, 12,4 milhões de novos empregos serão criados nos EUA até 2026, embora 1,4 milhões sejam perdidos para a tecnologia.

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Nos subúrbios de Pequim, um engenheiro de 32 anos conseguiu criar impressionantes robôs que se metamorfoseiam e que até agora só tinham sido vistos na série de filmes "Transformers".

O armazém espaçoso de Sun Shiqian, nos arredores de Pequim, abriga uma coleção de animais, de uma vaca sonolenta a um dragão de metal que fica com 4,9 metros de altura com o apertar de um botão.

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Graduado na prestigiosa Academia Central de Belas Artes da China, Sun trabalhou como engenheiro antes de decidir se dedicar a tempo completo ao que ele chama de "arte robótica".

"Quando criança, adorava assistir desenhos animados com robôs", disse Sun à AFP. "Mas notei que eram todos do Japão ou dos Estados Unidos. Não havia robôs chineses".

Na Conferência Mundial de Robôs em Pequim no mês passado, o escultor apresentou um touro com a capacidade mecânica de se transformar em um robô "gladiador", equipado com abdominais de aço.

O androide faz parte da sua série baseada nos 12 animais do zodíaco chinês.

Em junho, Sun revelou um "Rei Macaco" de cinco metros de altura, inspirado no protagonista do famoso romance mitológico chinês "Jornada ao Oeste". Assim como o personagem original, o robô de cinco toneladas segura um bastão dourado - que tem, neste caso, 6,3 metros de comprimento.

O próximo modelo do "Rei Macaco" tem previsto desafiar um robô gigante americano a um duelo no ano que vem.

- Robôs com características chinesas -

Sun cresceu em uma ilha perto de Dalian, no nordeste da China. Sua família não tinha recursos para comprar muitos brinquedos, mas seu pai, um ex-soldado, muitas vezes lhe mostrava esquemas simples de armas que eram usadas em combate.

Usando estes planos e folhas de papelão, Sun moldou dragões lutadores em miniatura e outras criaturas.

"Comecei a gostar cada vez mais de arte e fui fazendo robôs cada vez mais complexos no meu tempo livre", disse.

Depois de deixar seu trabalho como engenheiro em 2011, Sun concentrou suas energias em projetar robôs - alguns com um custo de mais de um milhão de iuanes (US$ 150.000) - e transformar seus planos em realidade.

Em 2014, ele foi contratado pela Paramount Movies para fazer esculturas de robôs para promover o filme "Transformers: A Era da Extinção", que bateu recordes de bilheteria na China.

Um modelo foi exibido no histórico Qianmen Gate, que anteriormente guardava a entrada para a Cidade Imperial em Pequim.

"As pessoas me perguntaram por que eles estavam colocando arte estrangeira na frente do Qianmen", conta Sun.

"Isso teve um grande impacto em mim, porque eles reconheceram que esse robô não tinha origens chinesas. A partir desse momento, meu sonho passou a ser criar arte robótica que seja claramente chinesa".

De abastecer a geladeira a administrar reuniões de trabalho, o deslizar de dedos sobre a tela se aproxima do fim: a interface digital do amanhã obedecerá à voz e reunirá todos os nossos aparelhos.

Na IFA de Berlim, uma das feiras de eletrônicos de consumo mais importantes do mundo, todos os estandes apresentam o objeto indispensável do ano: o alto-falante inteligente, do qual sai uma voz - muitas vezes feminina - de um assistente pessoal, um programa de inteligência artificial com o qual se pode conversar.

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Ainda não estamos no universo de "Ela" (2013), longa-metragem de Spike Jonze em que o personagem vivido por Joaquin Phoenix se apaixona por sua assistente pessoal. Mas para Martin Börner, vice-presidente da Bitkom, federação alemã de empresas digitais, "esta tecnologia vai ter um papel fundamental em nossas vidas".

"A pergunta principal dos fabricantes de eletrônicos agora é: qual a solução técnica que pode tornar qualquer aparelho o mais intuitivo possível?", diz.

Em um ambiente saturado de aparelhos e ações relacionadas ao mundo digital, a prioridade absoluta é limitar o número de manipulações.

"O controle vocal permite, sobretudo, ter as mãos livres", considera Jean Raoul de Gélis, diretor-geral da Sony Mobile France, que relembra que um usuário consulta o seu telefone celular entre 200 e 300 vezes por dia.

A ideia é que polegares e neurônios descansem. O outro objetivo destes programas é que sejam capazes de aprender nossos comportamentos e usos, além de evoluir para determinar o que cada um espera deles.

"O objetivo final é que se esqueçam da tecnologia, pois ninguém quer ter que ficar programando o seu robô aspirador toda semana. Esta automatização deve ser sutil e perspicaz como um mordomo", ilustra Paul Gray, da consultora IHS Markit.

A guerra dos assistentes

Os assistentes Google Home e Alexa, da Amazon, dominam o mercado. Embora ausentes da IFA, os dois gigantes americanos estavam por todas as partes dado que muitas marcas de televisão, eletrodomésticos e cadeias de música presumem ter assinado acordos com um ou outro.

Segundo a consultoria Gartner, o mercado dos assistentes pessoais conectados por controle por voz representará 3,52 bilhões de dólares em 2021 no mundo, contra 360 milhões em 2015.

Esperando o auge de algo que ainda pode parecer um pouco futurista, ou inclusive incongruente em uma mesinha de cabeceira, o smartphone continua sendo a torre de controle do usuário diante de seus objetos conectados.

"Existe uma verdadeira guerra dos assistentes pessoais para celulares, entre eles os da Google integrados no Android, Alexa da Amazon (integrado nos celulares HTC e Huawei), o Bixby, da Samsung, e a Cortana, da Microsoft", enumera Ian Fogg, analista da IHS. A Apple também conta com a sua assistente pessoal, Siri.

A Google domina atualmente o mercado dos telefones celulares, mas a Amazon poderia conquistar o dos objetos conectados da vida diária: desde o forno até o carro, passando pela calefação e pelas fechaduras.

Cacofonia

Mas esta multiplicação dos aplicativos leva também a um risco real de cacofonia e, por isso, as marcas sonham com um protocolo de comunicação universal. E o consumidor também, pois, a menos que utilize uma só marca, será um quebra-cabeças saber qual é compatível com qual.

A "interoperabilidade" destas novas interfaces vocais é um dos principais desafios para os fabricantes de alta tecnologia.

"Alguns acreditam que somente um acabará se impondo e ficará com todo o mercado. Outros acreditam que o celular integrará vários assistentes, cada um deles otimizado em função de sua tarefa", comenta Fogg.

A Samsung já se posiciona neste segmento dos aparelhos diários, sem dúvida por medo de que seu assistente, Bixby, seja superado por seus concorrente da Google e Amazon.

O diretor de Marketing da Samsung, Paul Löwes, anunciou na quarta-feira em Berlim que a empresa sul-coreana reforçará a sua associação com a fundação americana "Open Connectivity", que se fixou precisamente na missão de permitir que todos estes objetos conectados funcionem em harmonia, excetuando-se se uma inteligência artificial se impuser às demais.

Robôs recolhem a bagagem dos passageiros, enquanto estes esperam em um salão concebido como um jardim interno, antes de se submeterem ao escaneamento facial e de passarem por controles completamente automatizados. Bem-vindos aos aeroportos do futuro.

Estas inovações poderiam se tornar realidade com o desenvolvimento das novas tecnologias e transformar as longas filas de espera dos terminais em momentos mais agradáveis.

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A zona da Ásia-Pacífico está na liderança, mas o Oriente Médio vem logo atrás. Muitos aeroportos tentam atrair o número crescente de passageiros que escolhem por onde transitar em seus deslocamentos.

"Estas regiões são os dois focos principais de crescimento em inovação tecnológica porque competem para ser os aeroportos centrais mundiais do transporte aéreo", declarou à AFP Seth Young, diretor do centro para estudos em aeronáutica da Universidade de Ohio (Estados Unidos).

"Se pego um voo Nova York-Bangalore passarei por Abu Dhabi, Dubai ou Hong Kong? É um mercado enorme", acrescenta. As mudanças também representam um desafio enorme porque afetam os modos de funcionamento vigentes há décadas.

O aeroporto de Changi, em Cingapura, considerado um dos melhores do mundo, prevê introduzir a tecnologia de reconhecimento facial automático em um novo terminal que abrirá antes do final do ano.

Os passageiros têm o rosto escaneado quando despacham a bagagem e posteriormente, o que em teoria deveria lhes permitir passar rapidamente por todo o processo (controle de segurança e de imigração) sem a intervenção de ninguém.

Europa e EUA atrasados

A Austrália anunciou um investimento milionário em tecnologia de reconhecimento facial para introduzi-la nos aeroportos, e o Dubai Airports está planejando a mesma coisa.

Os robôs ganham espaço em aeroportos internacionais como o de Incheon, em Seul, onde se dedicam a tarefas de transporte de bagagem e de limpeza. No novo terminal de Cingapura eles também limparão, mas vestidos como mordomos.

Alguns avanços já são utilizados há algum tempo, como o despacho de bagagens e a impressão de cartões de embarque em casa. Outra formas de atrair passageiros em trânsito é através da imagem. O novo terminal de Cingapura contará com uma cascata de 40 metros em um jardim interno.

Alguns aeroportos introduzem o despacho de bagagens em autosserviço: o passageiro escaneia o cartão de embarque e depois coloca as malas em uma esteira transportadora.

Os aeroportos da Europa e dos Estados Unidos ficaram para trás neste campo. "Eram líderes do mercado da aviação durante os 75 ou 100 primeiros anos, mas é muito difícil revolucionar as infraestruturas com bases de 75 anos atrás", explica Young.

Também é uma questão de "vontade política", e as economias emergentes se lançam nisso para melhorar seu status em escala internacional, acrescenta. Ainda assim, alguns europeus e americanos estão dispostos a investir. O aeroporto de Nova York John F. Kennedy se propõe a renovar suas infraestruturas, e o de Amsterdã-Schiphol aspira a ser o primeiro digital do mundo antes de 2019.

Todas estas mudanças podem demorar um certo tempo, devido, entre outras coisas, à resistência à evolução e à falta de meios financeiros, alerta Xavier Aymonod, especialista em transportes.

Embora liderado pela indústria automobilística, o processo de robotização no País se espalha por outros setores, com destaque para as indústrias de alimentos e bebidas, eletroeletrônica e química. O uso de robôs em diversas etapas da produção é um importante passo para fazer parte da chamada Indústria 4.0, ou fábricas inteligentes, totalmente automatizadas, dizem executivos do setor.

"Até recentemente a robótica era considerada só pelas grandes multinacionais, mas agora começa a ser adotada também por médias e até pequenas empresas", diz José Rizzo, presidente da Associação Brasileira de Internet Industrial e da empresa de automação Pollux. "É o segmento tecnológico que mais cresce no mundo."

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No Brasil, segundo ele, são instalados em média 1,5 mil robôs por ano, mas, embora seja um avanço em relação a períodos recentes, é um volume considerado ainda muito baixo em relação aos países mais desenvolvidos. "A instabilidade econômica inviabiliza investimentos e o custo de capital é elevado", justifica Rizzo.

Para Marcelo Cioffi, diretor da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC), o movimento que ocorre nas montadoras está relacionado a lançamentos dos chamados veículos globais (o mesmo produto em todos os países) e novas tecnologias que exigem a robotização.

"Com o mercado pressionado, a grande ociosidade em fábricas que receberam investimentos recentes e a situação econômica atual, acho difícil que ocorra neste momento uma nova onda de investimentos que leve a indústria brasileira a níveis mundiais", avalia Cioffi.

Atraso

Dados da Federação Internacional de Robótica (IFR, na sigla em inglês) mostram que na Coreia do Sul, país que lidera o processo de automação, há 531 robôs para cada grupo de 10 mil trabalhadores na indústria como um todo.

Em Cingapura, no Japão e na Alemanha, a proporção é superior a 300. Na China está em 49, mas com previsão de chegar a 150 até 2025. No Brasil, empresários do setor de automação avaliam que há apenas 10 robôs para cada 10 mil trabalhadores na indústria (ver quadro).

Na opinião de Rafael Paniagua, presidente da ABB, empresa de robótica com quatro unidades no Brasil, a baixa "densidade" de robôs no País "aponta diretamente para o crescimento desses equipamentos nos próximos anos".

A ABB importa robôs e faz adaptações, instalação e presta serviços de manutenção. A produção de robôs está concentrada basicamente no Japão, na Alemanha e na Suíça. A China entrou no ramo recentemente.

"É uma questão de custo-benefício", afirma Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America, fabricante de caminhões e ônibus. "Depende da relação robô versus mão de obra."

A MAN, explica ele, produz caminhões "sob medida", ou seja, o cliente define boa parte das características do modelo que vai comprar. Não é uma linha contínua, onde a robotização é mais eficaz, afirma.

Atração turística

Segundo Cortes, quando a fábrica de Resende (RJ) foi inaugurada, em 1996, com o inovador sistema modular de produção (com fornecedores ao lado da linha de produção dos veículos), havia apenas dois robôs na área de pintura. "Era uma atração turística, todo mundo queria ver."

Só dez anos depois foram instalados mais 10 robôs na montagem de cabines e na própria pintura. "Nos próximos meses vamos dar um salto tecnológico com 40 novos robôs, elevando o número total para 52", informa Cortes. O investimento soma R$ 200 milhões.

A modernização será necessária para a produção de uma nova linha de caminhões globais que, diz o executivo, será chave para o processo de internacionalização da operação brasileira. "O novo processo produtivo será mais eficiente, mais produtivo, com mais rapidez e praticamente erro zero", diz Cortes, sem dar detalhes do novo produto.

Produtividade

Celso Placeres, diretor da Volkswagen, ressalta as vantagens da robotização, como flexibilidade para fazer diferentes modelos em uma mesma linha sem riscos de troca de peças, garantia de qualidade e eficiência. O robô, por exemplo, "avisa" se há algum defeito no ponto de solda. O que opera na armação identifica se alguma medida da carroceria está fora da tolerância.

Placeres lembra que o avanço tecnológico não ocorre só com a robotização, mas também com um processo contínuo de digitalização. Um sistema simples, criado na própria fábrica, acende uma luz vermelha de alerta se o trabalhador colocar a mão na caixa errada para pegar peças indicadas pelo sistema digital para o carro que passa na linha.

As empresas não revelam os ganhos de produtividade com a robotização. A Pollux, criada no Brasil há 20 anos, comercializou 200 robôs nos últimos 2,5 anos, a maioria para atividades leves. No período, dobrou seu faturamento para R$ 60 milhões e passou a atuar com a locação de robôs.

"Em vez de gastar R$ 400 mil na compra, é possível locar um robô por R$ 8 mil a R$ 9 mil por mês e garantia de assistência", informa Rizzo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Enquanto muitos de nós estão entusiasmados com o futuro e as conveniências que a inteligência artificial poderá fornecer em nossas vidas, dois terços dos americanos acreditam que os robôs executarão a maior parte do trabalho atualmente feito por seres humanos. De acordo com um relatório do Fórum Econômico Mundial, a automação robótica será responsável por uma perda de mais de 5 milhões de empregos em 15 nações desenvolvidas. Mas quais profissões que estão sob ameaça? A revista Forbes enumerou cinco delas.

Motoristas de caminhão

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Estima-se que atualmente existam mais de 3,5 milhões de motoristas de caminhão somente nos EUA, mas se depender a empresa Otto Motors muitos destes postos de trabalho estão com os dias contados. A startup, que possui apoio financeiro do Uber e tem ex-profissionais do Google como fundadores, ostenta como missão principal tornar esta atividade obsoleta.

No último mês de outubro, a empresa de caminhões autônomos afirmou que um de seus veículos transportou 25 mil latas de cervejas nas estradas dos EUA sem ninguém ao volante. O carro de 18 rodas dirigiu por mais de 193 quilômetros, entre Fort Collins e Colorado Springs, no Colorado.

Profissionais de apoio jurídico

De acordo com o relatório da consultoria Deloitte Insight, 39% dos postos de trabalho no setor jurídico estarão automatizados até 2020. Rever documentos e encontrar informações de apoio relevantes para casos legais são tarefas bem adaptadas às capacidades da inteligência artificial.

Médicos

Os robôs-médicos já ocupam postos de trabalho em grandes hospitais. A IBM já está se unindo com organizações para ajudar a detectar e tratar o câncer. O futuro próximo contará com um número cada vez maior de máquinas realizando procedimentos antes realizados por humanos formados na área de saúde, inclusive de maneira autônoma, ou seja, sem que o equipamento seja operado por uma pessoa.

Jornalistas

Os repórteres ainda terão seus empregos, mas aqueles que escrevem sobre relatórios financeiros, avaliando e interpretando informações, podem estar com seus cargos em risco. No início deste ano, um robô fez sua estreia em um jornal chinês com um artigo de 300 caracteres escrito em apenas um segundo.

O robô Xiao Nan é capaz de redigir contos e relatórios mais longos, de acordo o professor da Universidade de Pequim, que lidera a equipe estudando e desenvolvendo essa tecnologia, Wan Xiaojun.

Vendedores

Com consumidores que recorrem cada vez mais ao comércio eletrônico, os vendedores também estão com seus cargos ameaçados. A tecnologia está mudando rapidamente esta atividade e qualquer um que precise desses empregos poderá cair no esquecimento.

Isso porque a inteligência artificial, ao contrário de um humano, é capaz de analisar o perfil de um possível comprador, seus hábitos online e que tipo de produtos ele mais procura em uma fração de segundos.

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San Francisco, na Califórnia, se tornou nesta quarta-feira a primeira cidade onde é possível degustar refeições entregues por robôs, graças ao trabalho da start-up Marble, que acredita que este tipo de serviço crescerá no mundo todo.

A Marble se associou com o aplicativo de delivery de comida Yelp Eat24 para que seus robôs entreguem pedidos locais de restaurantes nos bairros de Mission e Portero Hill, nesta cidade da costa oeste dos Estados Unidos.

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"Algumas noites, você pode receber uma mensagem enquanto faz seu pedido no Yelp Eat24, te perguntando se deseja receber seu pedido com um robô", explicou à AFP Matthew Delaney, cofundador da Marble.

Os pratos pedidos são colocados dentro dos robôs, que podem transportar o equivalente a quatro sacolas de supermercado.

As máquinas rolam sobre as calçadas e atravessam as ruas na mesma velocidade que um humano a pé, identificando o caminho graças a lasers, câmeras e outros sensores. A tecnologia utilizada é a mesma dos veículos autônomos.

Os robôs da Marble foram criados para circular sozinhos, mas no início contarão com uma escolta humana em seus deslocamentos. Também estarão conectados a operadores que, a partir dos escritórios da empresa, poderão intervir a qualquer momento em caso de problemas.

Quando os robôs de entrega chegam ao seu destino, o cliente recebe um SMS com um código para digitar no teclado da máquina que desbloqueará o compartimento onde está o pedido.

"Nosso objetivo a longo prazo é reduzir os custos e garantir que isto seja útil em todas as cidades do mundo", disse Delaney, sem especificar quanto custavam seus robôs.

A Marble, fundada em 2015, anunciou na quarta-feira que recebeu quatro milhões de dólares para continuar desenvolvendo sua frota de robôs.

Doze anos. É este o tempo que será necessário para que computadores e robôs atinjam níveis humanos de inteligência, informou o futurista e diretor de engenharia do Google, Ray Kurzweil. Em entrevista concedida no festival de tecnologia South by Southwest (SXSW), ele disse que não se preocupa com uma eventual revolução das máquinas, já que não existe uma espécie de líder.

O prazo de 12 anos é um dos mais próximos que um especialista já citou. Para efeito de comparação, o físico e cosmologista britânico Stephen Hawking só acredita que isso vá acontecer por volta de 2045. Apesar de muitos estudiosos terem alertado sobre o perigo da inteligência artificial, Kurzweil não está preocupado com uma possível escravização dos humanos.

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"Isso não é realista. Nós não temos uma ou duas inteligências artificiais no mundo. Hoje, temos bilhões", informou. Ele lembra que as máquinas tornam a humanidade mais inteligente de várias formas. "Elas podem ainda não estar dentro de nossos corpos, mas, lá por 2030, vamos conectar nosso neocórtex com a nuvem", ressaltou.

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Os próximos avanços tecnológicos transformarão a arte da guerra, darão um papel preponderante aos robôs, como os drones, e permitirão equilibrar as diferenças entre Estados ou entre estes e grupos terroristas, afirmaram nesta quarta-feira especialistas reunidos em Davos.

Em uma mesa redonda realizada no Fórum Econômico Mundial de Davos e dedicada ao "futuro da guerra", vários especialistas consideraram que estes progressos são ineludíveis e que poderiam implicar riscos que devem ser levados em conta o quanto antes.

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"Certamente veremos cada vez mais missões militares encarregadas a robôs", afirmou a americana Mary Cummings, professora especializada em interação entre humanos e robôs na Universidade de Duke (Estados Unidos).

"Israel já anunciou sua intenção de substituir todos seus pilotos por robôs, e nos Estados Unidos, alguns generais asseguraram que o último piloto de caça da história da força aérea do país já nasceu", acrescentou.

"A realidade é que as missões de caça e de bombardeio já são efetuadas muito melhor com aeronaves sem piloto do que com humanos. (...) É mais seguro para a força aérea americana enviar um drone para uma missão de bombardeio", disse a pesquisadora. Para a ministra holandesa da Defesa, Jeanine Antoinette Plasschaert, "este tipo de arma é uma evolução definitiva, já não há volta atrás".

"Por exemplo, vamos estar frente a sistemas de inteligência artificial capazes de modificar, durante uma missão, suas próprias regras de combate. Por isso a dimensão ética e o controle humano deste tipo de armas são tão importantes", acrescentou.

A difusão rápida e em grande escala das tecnologias civis que podem se adaptar facilmente a um uso militar reduzirá as diferenças entre nações ou, inclusive, entre os exércitos melhor equipados e os grupos terroristas, ressaltaram os participantes da conferência.

Assim, um caça-bombardeiro americano F-38, a próxima geração de aeronaves da força aérea dos Estados Unidos, poderá ser neutralizado por uma série de pequenos drones fabricados em impressoras 3D por um custo irrisório.

"O Estado Islâmico pode imprimir em 3D milhares de drones, equipá-los com armas convencionais ou biológicas e provocar danos muito maiores" que um bombardeio cirúrgico de um aparelho de última geração, apontou Cummings.

"A barreira de entrada tecnológica baixou tanto que qualquer um pode ter este tipo de drones. (...) Acredito que o Google e o Facebook já dispõem de tecnologias de drones superiores às das agências de inteligência de todos os países", acrescentou.

O Parlamento Europeu (PE) pediu a elaboração de um conjunto de regulamentos para governar o uso e a criação de robôs para garantir direitos e responsabilidades destas máquinas. Em uma votação, a comissão de assuntos legais aprovou o relatório, que delineia um possível enquadramento para o conjunto de leis.

"Um número crescente de áreas da nossa vida diária são cada vez mais afetadas pela robótica", disse a autora do relatório, deputada Mady Delvaux. "Para enfrentar esta realidade e garantir que os robôs estão e continuarão a serviço dos seres humanos, precisamos urgentemente de criar um quadro jurídico europeu robusto", complementou.

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O relatório identifica uma série de áreas que necessitam de supervisão específica. Entre as medidas está a criação de uma agência europeia para lidar com questões técnicas e regulatórias acerca da robótica, além da elaboração um código de conduta ética para aqueles que desenham e trabalham com robôs.

Os deputados também sugerem a criação de um seguro obrigatório que pagaria as vítimas de um acidente causado por um robô. Outra proposta é dar as máquinas mais sofisticadas uma espécie de personalidade eletrônica que poderia resolver questões de responsabilidade sobre suas ações, propôs o comitê.

O relatório também tem um interesse especial no futuro dos veículos autônomos, argumentando que os automóveis que dispensam motoristas precisam de regulamentação global. "Abordagens regulamentares fragmentadas dificultariam a implementação e comprometeriam a competitividade europeia", opina a relatora.

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Fazer sexo com robôs será realidade em breve, de acordo com um especialista que falou esta semana em uma conferência em Londres sobre as implicações éticas dos relacionamentos com humanoides e apresentou brinquedos sexuais interativos.

Os "sexbots" são um tema recorrente na ficção científica - a ideia de robôs como parceiros sexuais é explorada, por exemplo, em filmes e seriados recentes como "Ex-Machina" e "Westworld". Mas alguns especialistas acreditam que os primeiros amantes de metal, borracha e plástico, programados para dar prazer sexual, entrarão no mundo real em questão de meses.

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"O sexo com robôs está próximo, e os primeiros 'sexbots' chegarão no ano que vem", disse o especialista em inteligência artificial David Levy, no Congresso Internacional de Amor e Sexo com Robôs, na University of London.

"Interação oral remota"

A empresa Abyss Creations, com sede na Califórnia, começará a comercializar no ano que vem seus primeiros robôs sexuais, com capacidade de se mover e falar como humanos. Segundo Levy, o casamento com estes humanoides poderia se tornar realidade por volta de 2050.

"À medida que o sexo com robôs se tornar cada vez mais comum, vamos enfrentar a possibilidade real de casamento com robôs", disse. Os robôs do futuro serão "pacientes, amáveis, protetores, carinhosos", e nunca "ciumentos, arrogantes, rudes" - "a menos que você queira que eles sejam", disse Levy.

"Todas essas qualidades e muitas outras serão provavelmente alcançadas em softwares dentro de algumas décadas", acrescentou. A conferência em Londres mostrou alguns dos últimos avanços em brinquedos sexuais robóticos, como gadgets que permitem aos casais se beijarem mesmo que estejam longe.

O "Kissenger", que pode ser incorporado ao telefone celular, contém sensores para detectar a pressão de um beijo e transmiti-la ao dispositivo do parceiro em tempo real. Estudantes da Universidade de Keio, em Tóquio, estão desenvolvendo a "Teletongue", que pretende proporcionar "interação oral remota" e é projetada para ser "pervertida", de acordo com a cocriadora Dolhathai Kaewsermwong.

O projeto permite que os casais enviem sons e sensações de lambidas através do ciberespaço usando um "pirulito", criando uma "experiência imersiva", explicou.

"Pânico moral"

Lynne Hall, professora da faculdade de Ciência Informática da Universidade de Sunderland, no nordeste da Inglaterra, estimou que os robôs poderiam oferecer "uma experiência sexual fantástica".

"O sexo com robôs tem muitas vantagens... É seguro, você não contrai nenhuma doença, você pode controlá-lo", disse na conferência, descartando, porém, que este possa substituir ou ameaçar as relações humanas, atribuindo tal receio a um "pânico moral". "As pessoas assistem pornô regularmente e continuam tendo relações sexuais com humanos", apontou.

No entanto, para muitos, ter relações sexuais com máquinas seria ir longe demais. Emma Yann Zhang, estudante de doutorado na City University London, que trabalhou no protótipo do Kissenger, disse que falta muito para que as pessoas aceitem essa ideia.

Em um estudo piloto conduzido pelo Imagineering Institute na Malásia, em parceria com a City University, os participantes foram questionados sobre suas percepções dos robôs sexuais, incluindo o potencial de intimidade e atração.

Embora muitos estivessem abertos à possibilidade de que os seres humanos possam se sentir atraídos por robôs, "quando perguntados se teriam um robô como amante, a maioria deles disse que não", afirmou Zhang.

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