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A Samsung conseguiu trazer ainda mais dispositivos conectados em seu painel na Consumer Electronics Show (CES) 2021. Em transmissão ao vivo, que aconteceu nesta segunda-feira (21), a sul-coreana mostrou o que todo entusiasta da tecnologia gostaria de viver no dia a dia, dispositivos que usam Inteligência Artificial (IA) para cuidar do lar. Aspirador, robô assistente e até mesmo a máquina de lavar da companhia carregam um forte conceito de aprendizagem para se adaptar às necessidades do usuário que tenha condições financeiras de adquiri-los. 

Não há como negar que automatizar a limpeza doméstica não seja um sonho. Para quem desconfiava dos robôs aspiradores, a Samsung trouxe o JetBot 90 AI +, que usa um processador IA para combinar reconhecer objetos durante a limpeza, semelhante ao usado em carros autônomos. Um sensor 3D reconhece a diferença entre objetos, detecta pequenos itens no chão e consegue mapear a sua casa para manobrar em torno dela. 

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O descarte dos resíduos é feito na Clean Station, sistema de descarte exclusivo da Samsung, em uma bolsa que só precisa ser substituída a cada dois ou três meses, dependendo da bagunça na sua casa. Por fim, o aplicativo SmartThings da companhia ainda permite que o robozinho da limpeza seja controlado, além de dar acesso a uma câmera instalada no dispositivo. 

Até a lava e seca Smart Dial é capaz de aprender com sua rotina. Ela é capaz de recomendar ciclos específicos com base na aprendizagem de ciclos anteriores quando executados em dias específicos da semana ou em horários rotineiros.

Os robôs assistentes da Samsung

Além dos eletrodomésticos, a empresa também apresentou dois robôs assistentes. O Samsung Bot Care 5, que usa IA para atuar como um assistente e, de acordo com sugestão de uso da companhia, companheiro robótico. Ele basicamente aprende sua rotina e usa lembretes para deixar o dia a dia mais funcional, além de avisar se você fica muito tempo em frente ao computador. Ele tem uma tela no topo da "cabeça" para que você possa fazer videochamadas, além de controlar outros dispositivos inteligentes que integrem sua casa. 

O segundo robô é o Bot Handy 6. Com um braço mecânico em forma de garra o dispositivo consegue pegar objetos de vários tamanhos, formas e pesos. Enquanto o Care é sua assistente, o Handy é uma espécie de governanta tecnológica. Ele possui recursos que balanceiam a força usada na hora de agarrar objetos e tem o objetivo de limpar quartos bagunçados e até mesmo separar os pratos sujos da pia, literalmente, dando uma "mãozinha" nas atividades domésticas.

Se você está pensando em aprender a dançar em 2021, já pode se inspirar no vídeo da Boston Dynamics. A empresa divulgou imagens de toda a sua linha de robôs, o humanoide Atlas, o Spot em forma de cachorro e o malabarista de caixa Handle, dançando ao som da música "Do You Love Me" dos Contours.

Os "pés de valsa" robóticos arrasam em movimentos que misturam a clássica dança dos anos de 1950, com piruetas e parkour. No Twitter, é possível encontrar uma substituição da música original por "Recairei", da banda Barões da Pisadinha, que também casou perfeitamente com o vídeo. 

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Esta não é a primeira vez que Boston Dynamics mostra as habilidades de dança de seus robôs. Em 2018, a empresa exibiu um vídeo de seu robô Spot fazendo o passo "Running Man", ao som da música Uptown Funk, do cantor Bruno Mars. Os movimentos são tão sincronizados e ágeis que a dança dos robôs parece ter sido feita em CGI, mas a empresa garante que as imagens são verdadeiras. 

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Pepper já sabia fazer ligações e dar aulas de ginástica. Porém, com a pandemia da COVID-19 esse robô tem sido programado para ajudar pessoas em isolamento, como parte de um experimento sobre inteligência artificial realizado por uma universidade escocesa.

Assim como o caso de Pepper, os cientistas da universidade Heriot-Watt, situada em Edimburgo, têm programado robôs desenvolvidos no Japão em 2014 para efetuar tarefas normalmente feitas por cuidadores ou pessoas que prestam serviços em casas.

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"Buscamos compreender quais são as necessidades das pessoas mais vulneráveis neste momento, e quais tecnologias podem ser usadas para facilitar a vida delas", explica Mauro Dragone, cientista responsável pelo projeto.

Trata-se também de "aliviar a pressão atual sobre os serviços sociais e de saúde", acrescenta o pesquisador.

O projeto busca soluções para grupos considerados prioritários, que se tornaram ainda mais vulneráveis por causa das medidas de isolamento adotadas na pandemia.

No contexto desta pesquisa, Pepper e outros robôs realizam exercícios em um laboratório universitário que recria um apartamento, com quarto, banheiro, cozinha e sala de estar.

- Confidencialidade -

Trata-se de programar robôs para realizar tarefas domésticas básicas e ajudar pessoas com deficiência visual ou auditiva, ou as que sofrem de demência.

Os robôs também podem detectar problemas de saúde e transmitir uma mensagem de alerta em caso de emergência, permitindo que os serviços de saúde tenham uma resposta rápida.

Segundo Dragone, o laboratório usa tecnologia de detecção "invisível".

"Mais do que conectar sensores, usamos tecnologias como o sinal wi-fi para perceber a presença e as atividades das pessoas em sua casa", explica ele.

Isso geralmente permite que o sistema funcione sem hardware específico para ser instalado ou levado até o local.

Os pesquisadores afirmam estar conscientes dos problemas de confidencialidade e ética que esse projeto poderia causar, ressalta o pesquisador.

Um grupo internacional de especialistas em ética em inteligência artificial monitora o experimento, e informou que realizará avaliações "constantes" sobre os riscos dessa tecnologia, à medida que ela for desenvolvida e colocada em prática.

A universidade convidou pesquisadores, prestadores de serviços e usuários dos sistemas de ajuda domiciliar para participar do projeto de forma remota.

"Estamos transformando esse laboratório em um local com acesso remoto aberto a distância, para que possamos continuar trabalhando juntos, apesar da distância física", acrescenta Mauro Dragone.

A Coalizão de Prestadores de Cuidados e Apoio da Escócia, que representa cerca de 80 assistentes voluntários que prestam cuidados a cerca de 200.000 pessoas, incentivou seus membros a colaborar com o projeto.

O novo coronavírus tornou urgente a necessidade de implementar "soluções digitais" no setor de saúde, segundo Emma Donnelly, diretora do programa digital do grupo.

Para ela, o projeto foi recebido "de forma muito positiva" até agora.

"Os profissionais da saúde sabem que o projeto os ajudará a facilitar um pouco a vida cotidiana", explica ela.

O senador Angelo Coronel (PSD-BA) adiantou nesta terça-feira (2) os pontos principais do seu relatório para o projeto de lei contra fake news (PL 2.630/2020). Na nova versão, o texto vai subordinar a ação de verificadores de conteúdo às denúncias dos próprios usuários. Também vai restringir a atividade permitida a contas e perfis criados em anonimato.

O relatório de Angelo Coronel ainda não está oficializado, e o senador destaca que continua recebendo sugestões. Além de relator da proposta, ele é presidente da comissão parlamentar de inquérito que que investiga notícias falsas e assédio nas redes sociais (CPI Mista das Fake News).

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O PL 2.630/2020 estava pautado para votação no Plenário nesta terça, mas foi retirado a pedido do autor, senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), após o texto inicial encontrar resistência de vários parlamentares. Os trechos mais polêmicos permitem que as plataformas de redes sociais e de serviços de mensagens removam conteúdo considerado parcial ou totalmente enganoso por verificadores independentes (fact-checkers). A medida foi criticada por senadores como censura.

Sem censura

Coronel antecipou que seu relatório vai manter a parceria entre os fact-checkers e as plataformas, mas a ação desses profissionais ficará restrita à ocorrência de denúncias pelos usuários. O senador também afirmou que vai retirar do texto a definição de “desinformação”, usada para classificar conteúdo sujeito a remoção, e sugeriu que vai acatar sugestão de Alessandro Vieira para proibir expressamente a censura de conteúdo por parte das próprias plataformas.

“Não é verdadeira qualquer afirmação de que construímos algo que represente censura nas redes. O que buscamos é acabar com ações covardes de gente que se esconde atrás de perfis falsos para espalhar ofensas”, disse Angelo Coronel durante a sessão deliberativa desta terça.

O senador também disse estar preocupado com a atividade de contas e perfis anônimos, sem identificação do proprietário. Para ele, o ideal seria que toda conta pudesse estar vinculada a um CPF legítimo, e que houvesse ferramentas para identificar aqueles usuários que usam CPFs falsos ou roubados.

“A nossa Constituição não está sendo cumprida. É vedado o anonimato. Não podemos permitir hoje que a pessoa entre numa plataforma, abra sua conta, crie um nome falso, crie uma caricatura e saia daí em diante depreciando, denegrindo, ferindo a honra das pessoas”.

No relatório, as contas anônimas não serão proibidas, mas as plataformas deverão garantir que elas não tenham acesso a todas as funcionalidades disponíveis para os usuários que se identificam abertamente.

Liberdade de expressão

Autor do PL 2.630/2020, Alessandro Vieira defendeu a continuidade dos debates sobre o projeto para o Senado não “desperdiçar a oportunidade” de aprovar uma legislação contra a disseminação de fake news. Ele negou que o projeto seja um instrumento de censura, atribuindo esse entendimento a “intérpretes que não leram o que estava escrito”.

“Nós temos absoluta convicção de que o texto não apresenta absolutamente nenhum tipo de risco para a liberdade de expressão do brasileiro. A liberdade de expressão está garantida na Constituição, sem o direito de manifestar sua opinião de forma oculta, dissimulada que impeça a sua responsabilização”.

Alessandro Vieira destacou o que considera serem os pontos fundamentais do projeto: responsabilização das empresas que operam plataformas sociais, transparência sobre a atividade de contas automatizadas (“robôs”, ou "bots") e restrição à disseminação automatizada de conteúdo. Para ele, esses são os alvos cruciais no combate às fake news.

“O crime praticado na internet tem impactos imensos. Primeiro, porque a rede é feita para lembrar. Então, mentiras, calúnias, espalhadas meses ou anos atrás, retornam a cada instante: basta que alguém tenha o interesse de reativar esse conteúdo e volte a impulsionar criminosamente. É isto que nós queremos combater: desinformação e mentiras”.

"Práticas danosas"

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, celebrou o adiamento da votação do projeto como a chance para “separar o joio do trigo” e elaborar um texto “conciliatório”. Ele também ressaltou a importância da ação legislativa para identificar e coibir as práticas danosas.

“Que não fiquem vagas no mundo digital, no mundo da internet, agressões que, muitas vezes, destroem a vida das pessoas, pela mentira contada que acaba se tornando verdade”, disse o presidente da Casa.

*Da Agência Senado

 

 

Em sua decisão que autorizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão no âmbito do inquérito das fake news, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), apontou indícios de que um grupo de empresários atua de maneira velada financiando recursos para a disseminação de fake news e conteúdo de ódio contra integrantes do STF e outras instituições. O ministro também definiu como "associação criminosa" o grupo conhecido como gabinete do ódio, como é conhecido um núcleo de assessores que tem forte influência sobre o presidente Jair Bolsonaro e suas redes sociais.

"As provas colhidas e os laudos periciais apresentados nestes autos apontam para a real possibilidade de existência de uma associação criminosa, denominada nos depoimentos dos parlamentares como 'Gabinete do Ódio', dedicada a disseminação de notícias falsas, ataques ofensivos a diversas pessoas, às autoridades e às Instituições, dentre elas o Supremo Tribunal Federal, com flagrante conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática", escreveu Moraes.

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O inquérito das fake news foi instaurado por determinação do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, para apurar ameaças, ofensas e notícias falsas disseminadas contra integrantes da Corte e seus familiares. O processo é acompanhado com apreensão pelo presidente Jair Bolsonaro, que teme que as provas colhidas cheguem ao Palácio do Planalto.

Em março, o Estadão revelou que as investigações já tinham identificado empresários bolsonaristas que estariam financiando ataques contra ministros da Corte nas redes sociais. A apuração ganhou um novo fôlego depois de o STF abrir um novo inquérito, para investigar atos antidemocráticos realizados no mês passado - em Brasília, Bolsonaro participou de um deles, diante do quartel general do Exército.

Entre os empresários que estariam financiando o grupo criminoso estão o dono da rede de lojas de departamento Havan, Luciano Hang; o dono da Smart Fit, Edgard Gomes Corona; Otavio Fakhoury, financiador do site Crítica Nacional; o humorista Reynaldo Bianchi Júnior; e o coordenador do Bloco Movimento Brasil Winston, Rodrigues Lima.

Na avaliação de Alexandre de Moraes, as provas colhidas na investigação apontam "sérios indícios" de que o grupo praticou os crimes de calúnia, difamação, injúria, associação criminosa e contra a segurança nacional.

"Essas tratativas ocorreriam em grupos fechados no aplicativo de mensagens Whatsapp, permitido somente a seus integrantes. O acesso a essas informações é de vital importância para as investigações, notadamente para identificar, de maneira precisa, qual o alcance da atuação desses empresários nessa intrincada estrutura de disseminação de notícias fraudulentas", apontou Alexandre de Moraes.

A decisão do ministro também destaca os depoimentos prestados pelos deputados federais Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joice Hasselmann (PSL-SP), que contaram detalhes sobre o funcionamento do gabinete do ódio.

"Como se vê de tudo até então apresentado, recaem sobre os indivíduos aqui identificados sérias suspeitas de que integrariam esse complexo esquema de disseminação de notícias falsas por intermédio de publicações em redes sociais, atingindo um público diário de milhões de pessoas, expondo a perigo de lesão, com suas notícias ofensivas e fraudulentas, a independência dos poderes e o Estado de Direito", observou Alexandre de Moraes.

A pandemia de Covid-19 tem forçado pessoas de todo o mundo a fazer diversas adaptações em suas rotinas e também na realização de cerimônias que celebram encerramentos de ciclos e momentos especiais. Um exemplo disso foi a formatura do Colégio Senador Renato Compañero Cayetano Memorial de Ciência e Tecnologia, em Manila, capital das Filipinas, realizada na última sexta-feira (22), utilizando robôs para representar os estudantes. 

O objetivo da inovação foi evitar aglomerações, uma vez que eram 179 formandos e no momento é necessário adotar medidas de isolamento social para conter o avanço da Covid-19 pelo mundo. Durante a cerimônia, os diplomas eram entregues a robôs que tinham tablets em que apareciam os rostos dos estudantes. 

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Postagens com frases idênticas contendo boatos sobre o uso combinado de hidroxicloroquina, azitromicina e zinco contra a covid-19 chamaram a atenção de internautas no Twitter, que suspeitaram do uso de bots (robôs) para alavancar postagens a favor da liberação e utilização do medicamento em casos leves e na fase inicial da doença, como defende o governo.

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A eficácia da cloroquina e da hidroxicloroquina no combate ao novo coronavírus (SARS-CoV-2), no entanto, não tem comprovação científica e ainda está sendo estudada. “Minha filha pegou covid no trabalho (Bancária), e meu genro pegou dela, tomaram AZT+HCQ+Zinco logo no inicio dos sintomas, com 4 dias estavam zerados.

Não vejo motivo pra tanta polêmica, um medicamento tão antigo e que até grávida pode tomar. Simples...ñ acredita ñ toma!!!”, diz a mensagem repetida em vários tweets de diversas contas.

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Mais de 55% das publicações no Twitter em apoio ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), foram feitas por robôs. É o que aponta um levantamento feito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com a Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FespSP).

Através do processamento feito por um software que analisa algoritmos com base em um banco de dados de temas relacionados a política brasileira, foi percebido que mais da metade das 1,2 milhão de publicações que movimentaram a campanha #BolsonaroDay foram feitos por robôs. A hashtag foi levantada para estimular as manifestações contra o Congresso, convocadas para o dia 15 de março, pelo próprio presidente.

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Foi identificado que 23,5 mil usuários a favor do presidente não eram humanos. Ainda houve 1,7 mil contas que publicaram sobre o #BolsonaroDay e, horas depois, foram excluídas da rede social. Comportamento que a doutora em antropologia social da FespSP, Isabela Kali, e a pós-doutora em Ciência da Informação da UFRJ, Rose Marie Santini, apontam como típico dos robôs ou “bots”. Antes de sumirem, as contas realizaram 22 mil posts favoráveis ao presidente.

"Um uso massivo de robôs não quer dizer necessariamente que aquela campanha nas redes sociais está fraca e precisou ser inflada", destacou Kalil ao Valor Econômico. "O bot não vota nem adoece de covid-19, por exemplo, mas influencia a forma como os humanos votam e se previnem ou não diante de uma pandemia", completou.

Após o Twitter excluir duas publicações da conta oficial do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), o apresentador Chico Pinheiro sugeriu que os "robôs bolsonaristas" também sejam bloqueados. Na noite desse domingo (29), Bolsonaro postou vídeos aglomerando pessoas no centro de Brasília, o que vai de encontro a recomendação de isolamento domiciliar proposto pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde (OMS).

Diante da atitude de Bolsonaro, que não se preocupou com a segurança dos populares e, em mais uma oportunidade, passou por cima das recomendações das autoridades mundiais de saúde, Chico foi categórico. O apresentador aprovou a sanção proposta pelos administradores do Twitter e reforçou que “fanáticos da seita” e “adeptos do grande escritório do crime” também mereçam restrições, reacendendo o debate sobre o uso automatizado da direita para propagar conteúdos nas redes sociais e aplicativos de mensagem.

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O IPCA de janeiro trouxe pela primeira vez dados coletados por um robô. O item que inaugurou essa forma de coleta foi o transporte por aplicativo (com queda de preços de 0,54% em janeiro), que também está estreando na cesta de consumo das famílias. O indicador de janeiro foi o primeiro a ser divulgado com estrutura de ponderações atualizada com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2017/2018.

Segundo Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, o resultado do item passagens aéreas coletado por robôs passará a ser divulgado no IPCA-15 de fevereiro e no IPCA de fevereiro. A coleta por robô de preços de hospedagens e hotéis está em fase de testes, mas deve começar a ser divulgada em breve.

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"A ideia é coletar tudo o que a gente já coleta online, fazer essa coleta automatizada por robô também. A gente ganha muito em eficiência, não precisa ter uma pessoa entrando no site também. Tudo que a gente puder coletar online, a gente quer expandir e coletar por robô", disse Kislanov.

O IPCA de janeiro trouxe 58 novos subitens, enquanto 64 subitens que integravam a antiga cesta saíram do índice. Outros 319 subitens foram mantidos pela pesquisa do IBGE. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em um cenário de juros baixos, os investidores brasileiros têm sido obrigados a diversificar sua carteira para conseguir maior retorno financeiro. Manter todo o patrimônio aplicado em renda fixa já não garante os melhores resultados. Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram essa tendência: em 2019, os fundos de renda fixa tiveram resgate líquido de R$ 69,3 bilhões, enquanto os de ações foram os que mais captaram, com entrada líquida de R$ 86,2 bilhões, aumento de 195% em relação a 2018.

A plataforma de comparação de produtos do mercado financeiro Yubb também registrou a mudança de comportamento. A procura por renda variável aumentou nos últimos meses e, particularmente, pelos robôs de investimento. Em dezembro, 23% das buscas realizadas no site foram sobre os robôs.

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Em primeiro lugar nas buscas na plataforma, no entanto, ainda aparecem os fundos de investimento, que incluem, fundos imobiliários, ETFs (fundos negociados em Bolsa), fundos de ações e previdência privada. Em seguida estão as ações, negociadas diretamente na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3.

Os robôs de investimento são plataformas que montam, de forma automatizada, com base em algoritmos, portfólios com produtos de renda fixa e variável de acordo com o perfil do investidor - a custos, em geral, mais baixos que as taxas cobradas do aplicador de pequeno porte. Cada casa especializada pode cobrar taxas de administração e até mesmo de performance.

O fundador do Yubb, Bernardo Pascowitch explica que os robôs de investimento surgem como uma possibilidade interessante por causa das facilidades que eles oferecen ao investidor iniciante. Antes de se definir onde o dinheiro será aplicado, o robô faz uma análise do perfil do investidor, considerando, por exemplo, os riscos que ele está disposto a tomar, o prazo e o volume da aplicação.

A publicitária Camila Coelho, de 24 anos, apostou nos robôs para se iniciar no mercado financeiro - seja pela falta de tempo para se dedicar a estudar as modalidades de investimento, seja pela falta de disposição para tomar decisões para cada ativo que possui. "Esse dinheiro é para ser usado em acontecimentos no futuro. Se tiver alguma emergência, vou usar. Caso contrário, deixo lá, não mexo."

Ela se considera conservadora e a forma como seus investimentos estão alocados comprova isso. "Eu não queria 100% de renda fixa porque sei que rende menos. Coloquei apenas 5% em renda variável para entender como funciona, mas também não queria perder", diz a publicitária. Com mais confiança no mercado, em breve pretende colocar 25% do seu patrimônio em renda variável. "Hoje, me sinto mais preparada para o risco."

De acordo com Luciano Tavares, fundador da Magnetis, gestora especializada em investimentos com tecnologia que tem R$ 375 milhões alocados, o maior desafio ainda é fazer o investidor entender como funciona o produto. "Quando conhece, gosta", afirma.

O diretor de produtos da Monetus, gestora de investimentos digitais especializada em robôs com R$ 160 milhões alocados, Vinícius Soares, diz que a empresa faz o balanço entre tecnologia e pessoas. "Operamos com um modelo híbrido que une o melhor dos dois mundos: a capacidade de raciocínio analítico de um gestor profissional com a capacidade de executar milhares de operações em poucos segundos de um computador."

Segundo o Yubb, o prazo mais buscado para o investimento por meio de robôs é de 12 a 24 meses, com valores de R$ 5 mil a R$ 10 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Alunos do Centro de Informática (CIn) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), vão ministrar uma série de encontros gratuitos para quem quiser saber mais sobre robótica. Chamado de Academia RobôCIn, o evento trará um mês de meetups dividido em quatro encontros com diferentes temas que tratam das competências e potencialidades da robótica para a sociedade.

O primeiro dia contará com a professora e orientadora do RobôCIn, Edna Barros e com o aluno Lucas Cavalcanti (gerente da equipe), para falar sobre o trabalho que levou a equipe de robótica à maior competição de robôs autônomos do mundo, a RoboCup. O mundial que ocorreu na Austrália, em julho de 2019, deu ao time o título de melhor equipe brasileira na categoria 2D Simulation e a segunda melhor equipe nacional na série B da categoria Small Size League.

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Outro título conquistado pelos jovens foi o Most Improved Award, honraria dada aos times que se destacam por seu desempenho na competição e superam as expectativas. Essa foi a primeira participação do RobôCIn no mundial, mas o grupo já acumula conquistas na LARC, competição de robótica da América Latina, e na IronCup, competição nacional.

O primeiro encontro está marcado para o dia 20 de agosto, às 16h, no Anfiteatro do CIn-UFPE. Os demais encontros da Academia RobôCIn, acontecem nas semanas seguintes e trarão um panorama de iniciação à robótica autônoma, incluindo detalhes sobre as categorias competitivas 2D Simulation e Very Small Size League (VSS). 

Todos os meetups são gratuitos e serão realizados no Anfiteatro das 12h às 13h, com exceção da abertura que ocorrerá às 16h. Confira a programação completa:

20/08 - Abertura da Academia RobôCIn: Conhecendo o RobôCIn

27/08 - Introdução a Robótica e Robótica Autônoma + Entendendo o Seguidor de Linha

03/09 - Entendendo Simulation 2D + Entendendo a VSS

17/09 - Entendendo a SSL: o robô e a inteligência artificial (IA) 

Espera-se que em 2030 os robôs ocupem mais de 20 milhões de empregos industriais em todo o mundo, agravando as desigualdades sociais e geográficas, mas impulsando a produção econômica geral, segundo um estudo recente.

A previsão, que será divulgada na quarta-feira (26), destaca as crescentes preocupações sobre a automatização e os robôs que, apesar de oferecer benefícios econômicos, estão eliminando de forma desproporcional empregos de baixa qualificação, agravando a situação social e econômica.

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O estudo realizado pela Oxford Economics, uma empresa britânica privada de investigação e consultoria, detalhou que o deslocamento de empregos ocasionado pelo aumento dos robôs não se distribuirá uniformemente no mundo nem dentro dos países.

Os robôs já absorveram milhões de empregos industriais e agora estão tomando impulso nos serviços, ajudados por avanços em áreas como visão por computador, reconhecimento de voz e aprendizagem automática, destaca o estudo.

A Oxford Economics conclui que em regiões com menos qualificações a perda de empregos dobrará em relação a regiões com maiores qualificações, inclusive em um mesmo país.

A pesquisa chega em meio a um intenso debate sobre o aumento da tecnologia no mundo do trabalho e seu impacto no emprego, fenômeno que inclui os carros de condução autônoma, a preparação robótica de alimentos e as operações automatizadas de fábricas e armazéns.

Muitos analistas indicam que a automatização em geral impulsou uma maior criação de empregos do que destruiu, mas que nos últimos anos a tendência criou uma brecha de habilidades que deixa muitos trabalhadores sem emprego.

Os pesquisadores veem um "dividendo robótico" de cinco bilhões de dólares para a economia global para o ano 2030, por uma maior produtividade.

"Os trabalhos que requerem funções repetitivas são os mais afetados", escreveram os autores.

"Os trabalhos em entornos menos estruturados e que demandam compaixão, criatividade ou inteligência social provavelmente serão realizados pelos humanos nas próximas décadas".

Alunos da rede pública ou particular, cursando ensino fundamental, médio ou técnico, podem se inscrever na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) até o dia 17 de maio pelo www.obr.org.br. A competição acontece desde 2007 e tem estimulado jovens às carreiras científico-tecnológicas. Os vencedores da edição 2019 serão os representantes brasileiros no mundial RoboCup 2020 em Bordeaux, na França.

Quem está no clima da RoboCup 2019, que acontece na Austrália, é a equipe de alunos do Colégio Objetivo, no centro de São Paulo. Os jovens Danilo Di Fabio Bueno, Filipi Enzo Siqueira Kikuchi e Matheus Vital Bertollo criaram o Robô Brain sob a orientação do professor Almir Brandão Junior e, com a protótipo, ganharam a OBR 2018.

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"Os alunos da equipe Robô Brain estão em preparação intensa desde que voltaram da fase nacional da OBR, em João Pessoa (PB). O trabalho é intenso, a dedicação é ainda maior. Abre-se mão da família, do lazer, dos finais de semana, procurando fazer o melhor robô possível para representar o colégio e o Brasil na RoboCup 2019", conta o professor Junior.

Os alunos Bueno e Kikuchi já participam da OBR desde 2016 e, para eles, a experiência dos anos anteriores contou bastante para que conseguissem chegar até a final da competição em 2018. "A OBR é difícil, tem um número grande de equipes, principalmente em São Paulo, onde os grupos tem um nível elevado de conhecimento. Então, para conseguir ganhar precisamos ficar atentos na criação do robô e ter estratégias", conta Bueno.

Na modalidade prática, uma das etapas da competição, os alunos devem cumprir um desafio. Em grupos de até quatro competidores, eles devem considerar a simulação de um desastre natural para construir um robô autônomo, ou seja, sem controle remoto, capaz de navegar por um terreno acidentado, localizar vítimas e resgatá-las - e o projeto Robo Brian se saiu muito bem na prova. "Foi uma sensação muito boa, foi a primeira vez que ganhamos em 1º lugar na OBR e não é pra qualquer um. É algo muito intenso. Ter um bom desempenho em todas as etapas e ganhar, é genial", afirma Kikuchi.

O aluno Bertollo, que participou pela primeira vez da competição em 2018, diz que a equipe vem se preparando bastante para a RoboCup 2019. "Estamos progredindo bastante com o robô. A cada dia, ele está mais preparado. Nossos prazos estão dentro do previsto, assim como nossas expectativas para o mundial na Austrália que vem por aí", finaliza Bertollo.

As provas teóricas acontecem nos dias 7 de junho e 23 de agosto, já as etapas regionais e estaduais da modalidade prática acontecem entre junho e setembro. A etapa nacional será realizada em Rio Grande (RS), de 22 a 26 de outubro.

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Começou com um projeto de conscientização ambiental. A partir dele, alunos da rede pública de Belém aprenderam sobre ciência e tecnologia, foram destaques em feiras científicas, além de promoverem a inclusão de jovens com necessidades especiais. Essa é a história do Projeto Reusetech, pelo qual alunos da Escola Estadual Tiradentes I, no bairro da Batista Campos, criaram robôs a partir de material reciclável.

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Segundo o professor Anselmo Fernandes, um dos coordenadores do projeto, o Reusetech surgiu de um projeto piloto chamado Recicla Tiradentes I. “A gente começou a levar para a sala de aula, algumas discussões sobre o problema do lixo despejado no meio ambiente. E a gente começou a observar que alguns objetos despejados no pátio da escola poderiam ser reutilizados, então surgiu a ideia de nós fazermos robôs não articulados e também brincos, cordões, pulseiras e puffs feitos com garrafas pets”, disse.

O professor Anselmo também relata que os trabalhos chamaram atenção do coordenador do NTE (Núcleo de Tecnologia Educacional), Rafael Herdy, que ofereceu a oportunidade de um curso de formação para os alunos com o intuito de automatizar os robôs. “Fizemos uma seleção de alunos das quatro turmas com que trabalhamos e selecionamos 14 alunos. Esses alunos tiveram aula de programação e neuróbica, que são estímulos para que eles tivessem vontade e motivação para aprender programação”, falou.

Após as aulas de programação, os alunos construíram quatro robôs automatizados com material reciclável, um dragão, um boneco de guerra, uma iguana e um camaleão, que renderam prêmios para os estudantes. “Nós nos inscrevemos na Mostra de Ciência e Tecnologia de Abaetetuba (MCTEA), em dezembro do ano passado, e conseguimos o primeiro lugar em engenharia no ensino fundamental. Concorrendo com diversos estados e países, a gente conseguiu esse primeiro lugar”, relatou o professor Anselmo.

Anselmo considera o projeto Reusetech como um “celeiro de ideias”, já que os alunos podem pensar em outros projetos a partir dos robôs automatizados e da consciência ambiental, e comemora os benefícios que o projeto traz para o aprendizado dos alunos. “No projeto nós temos sustentabilidade, matemática, ciência e engenharia. A gente oferece para os alunos e vê o potencial deles. Em termos práticos, eles têm melhorado as notas deles na escola, passado de ano, não tem evasão escolar. O próprio sonho de eles quererem ter uma profissão já começou a ser cogitado. Tem um que fala que pensa em ser astrônomo, por exemplo. Então o projeto dá essa possibilidade de sonhar”, concluiu.

Um dos aspectos mais importantes do projeto é a inclusão de alunos com necessidades especiais. “O projeto tem várias nuances e uma delas trata da inclusão de maneira bem delicada. Todos se ajudam, todos são importantes no projeto. Não existe um melhor ou pior. Todos entendem que um precisa do outro um”, explicou a professora Mariana Menezes, também coordenadora do projeto.

Dos 14 alunos do projeto, quatro possuem necessidades especiais: duas alunas são surdas, uma aluna é autista e um aluno possui paralisia cerebral. “As alunas surdas confeccionaram uma iguana com LED. A iguana é colorida, se mexe e tem sensor de luz. A aluna autista fez o banguela, o dragão. Ele mexe as asas, acende as luzes de LED. O de paralisia cerebral não fala, mas ele trazia o notebook,  a gente colocava as figuras e ele com o dedinho colocava tudo que ele queria e aprendeu a linguagem de programação. A criatividade deles é ilimitada. Eles ajudam muito os outros, porque eles conseguem enxergar coisas que os outros não conseguiam”, disse a professora Mariana.

Além dos conhecimentos obtidos, o grande benefício para os alunos com necessidades especiais foi a valorização e o respeito, segundo a professora Mariana. “Eles não têm mais vergonha de se mostrar. Anteriormente eles tinham vergonha. Agora eles vão, mostram, falam e isso é um ganho muito grande: o respeito e a valorização das pessoas especiais”, concluiu.

“Eles me deram algumas peças de lixo e aí eu fiquei imaginando onde ia ficar cada peça”, disse a aluna do 6º ano Ana Clara Barroso, uma das crianças com necessidades especiais. Junto com outros colegas, ela construiu o dragão que recebeu o nome de Banguela e falou que gostou de tudo envolvendo o projeto. Ela também já pensa sobre o que vai fazer no futuro. “Eu quero ser designer de games e estou fazendo o próximo robô, que é a Filha da Luz”, comentou.

Quem também já sonha com uma profissão é a aluna Yasmim dos Santos, também do 6º ano, que construiu o robô robocop. “Meu sonho é ser cientista um dia”, falou. Yasmim também disse que aprendeu várias coisas com o Projeto Reusetech, entre elas como reutilizar os materiais descartados e a olhar o mundo como um lugar melhor.

Os alunos Marcos Pantoja e Lucas Paes, ambos do 8º ano, construíram juntos o robô Camaleão e ficaram muitos satisfeitos em participar do Reusetech. “Foi muito divertido. A gente não sabia de nada e os professores foram ensinando e a gente foi aprendendo. Aí quando a gente se deparou, já tinha montado um robô. Fiquei surpreso com o que eu era capaz”, disse Lucas. “A parte que eu mais gostei do projeto foi aprender programação. E a parte de montar o robô foi muito incentivadora para mim em proteger o meio ambiente, porque reciclando os materiais sólidos a gente ajuda muito o meio ambiente”, completou Marcos, que já pensou no seu próximo projeto: um dispositivo automático para alimentar peixes no aquário.

Através de um interprete de Libras, as alunas Jhullyene Taíssa, do 9º ano, e Maria Eduarda, do 8º ano, falaram como foi participar do projeto e construir um robô iguana. Jhullyene disse que o trabalho a ajudou nas outras disciplinas da escola. Maria Eduarda falou que também gostou do trabalho e que Jhullyene a ajudou muito durante a construção do robô. Ambas já pensam na profissão que querem seguir. Jhullyene pensa em trabalhar com tecnologia e engenharia, e Maria Eduarda quer ser professora e ensinar outras crianças surdas.

As conquistas dos alunos no projeto Reusetech são motivos de felicidade também para os pais e familiares. “Ela é muito inteligente. Tenho certeza que ela vai muito longe nesse projeto”, disse José Felix Solano, avô de Jhullyene. Ele também falou sobre o projeto Reusetech: “É muito bom, não só para nós que somos avós, mães e pais, como para os próprios alunos como ela. Bom para os professores, bom para a escola. É bom pra todo mundo”.

Por Felipe Pinheiro.

 

O hotel Henn-na, localizado em Tóquio, no Japão, anunciou a demissão de boa parte da sua força de trabalho robótica. Após inúmeras reclamações de funcionários e clientes, a rede decidiu desativar mais da metade dos seus 243 robôs. O motivo? Muitas das máquinas causavam problemas, em vez de solucioná-los.

O hotel foi lançado em 2015 com cerca de 80 robôs e logo acrescentou muitos outros a força de trabalho. Algumas das máquinas chamavam atenção e incluíam um recepcionista velociraptor animatrônico. O problema é que nem todas conseguiam ser úteis como deveriam.

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Caso após caso, esses robôs se mostraram muito irritantes ou quebraram demais para valer a pena para a administração do hotel. O velociraptor da recepção, por exemplo, não era capaz de traduzir idiomas e, por isso, também não conseguia atender clientes estrangeiros, o que obrigava um funcionário humano a ir até a recepção atender os novos hóspedes.

O hotel Henn-na, porém, afirma que não pretende abandonar abandonar a tecnologia robótica em suas operações. A ideia, daqui pra frente, é adotar recursos mais simples, como as fechaduras com reconhecimento facial.

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A agência de notícias chinesa Xinhua apresentou nesta semana um casal de apresentadores virtuais de noticiários televisivos, um passo que reflete os esforços de Pequim em termos de inteligência artificial.

No entanto, os hologramas apenas leem na tela o texto introduzido no sistema informático, diferentemente de outros robôs com inteligência artificial, que são capazes de refletir e tomar decisões de forma autônoma.

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"É meu primeiro dia na agência Xinhua", afirma um dos personagens digitais, que se parece com um jovem apresentador chinês de carne e osso. Um dos robôs fala em chinês, e o outro, em inglês.

Segundo a agência, estes robôs virtuais foram criados com a colaboração de Sogu, uma empresa de Pequim especializada em reconhecimento de voz.

"A partir de agora é oficialmente um novo membro da redação da Xinhua", afirmou a agência, destacando que uma das vantagens destes robôs virtuais é que podem trabalhar 24 horas por dia.

A China desenvolveu um plano para se tornar a primeira potência mundial em termos de inteligência artificial, mas este projeto foi suspenso após as acusações de plágio tecnológico do presidente americano, Donald Trump.

Com a exceção de uma réplica quase perfeita de uma estrela de televisão, os mais recentes robôs japoneses possuem um lado mais utilitário que recreativo em um país que está envelhecendo e precisa de mão de obra.

"O que é que lhe emocionou nos últimos tempos?", pergunta a cópia da extravagante Tetsuko Kuroyanagi, apresentadora mais conhecida do Japão, identificada por seu penteado peculiar.

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Esta reprodução em tamanho real talvez seja a criatura mais chamativa do salão World Robot Summit, organizado esta semana em Tóquio, embora em nível de linguagem, não chegue nem à sola do sapato de sua modelo real, de 85 anos, que trabalha desde os 1953.

"A dificuldade é conseguir recriar uma conversa fluida com diversas pessoas, mas o campo de respostas possíveis a uma pergunta aberta é tão amplo que é muito complexo", explica Junji Tomita, pesquisador do grupo de telecomunicações NTT, que faz parte do projeto.

Este humanoide foi criado em colaboração com o especialista do setor, o professor Hiroshi Ishiguro.

Entre os robôs que falam, o mais loquaz é, sem dúvidas, a versão guia turística da Robohon de Sharp, criado em associação com a agência de viagens JTB.

Desde 22 de setembro, este simpático humanoide de bolso pode ser alugado em Kioto (oeste) para explicar aos visitantes (em japonês, inglês ou chinês) a história desta antiga capital imperial.

Embora fale menos e não seja muito gracioso, o robô Toyota HSR é mais útil. Com a aparência de uma lata de lixo de um metro de altura, com uma tela e equipado com um braço, ele é capaz de manipular objetos e servir de meio de comunicação com o exterior, graças a sua tela e sua conexão com a internet.

Este robô é usado principalmente para ajudar pessoas em casa, especialmente aquelas com deficiências físicas, segundo seu criador.

- Robôs na construção civil -

Esta orientação profissional domina as criações japonesas, levando em conta o contexto demográfico do arquipélago.

Por um lado, as empresas preferem produzir no Japão, para preservar sua tecnologia, mas, por outro lado, falta mão-de-obra no país.

Os robôs industriais preenchem essa lacuna há décadas nas fábricas, cada vez mais avançados e com maior capacidade de trabalho em equipe e com humanos.

Mas, agora, são os setores de construção e serviços (cuidado de pessoas e comércio) que terão que recorrer mais a essas máquinas.

Por exemplo, o mais recente Android HRP-5P foi projetado para "trabalhar em uma obra, mesmo sozinho", explica Kenji Kaneko, engenheiro do Instituto Nacional de Ciências e Tecnologias Industriais Avançadas (AIST).

A ideia é que este colosso de 182 cm e 101 kg "possa manipular as mesmas ferramentas que um homem" - por isso sua forma semelhante à de um humano (bípede, com dois braços e uma cabeça).

A empresa ZMP apresenta o CarriRo, uma espécie de carrinho autônomo para distribuição: "Este robô foi pensado para circular sobre as calçadas, e é operado apenas graças ao GPS em uma direção programada, dentro de um raio de 2 km. O destinatário o abre em sua chegada, mediante um código recebido em seu smartphone", detalha Chio Ishikawa, representante da Sumitomo Corp, que promove a engenhoca.

A Omron também investiu em circuitos logísticos com um robô que se move para tirar vários produtos das prateleiras e colocá-los em cestas. É fácil imaginá-lo trabalhando em um armazém de uma empresa de comércio digital, ou fazendo compras no lugar de uma pessoa no supermercado.

A polarização eleitoral entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), primeiro e segundo colocados nas pesquisas de intenção de voto, aumentou nas redes sociais. Os dois têm o maior número de interações no Twitter e também maior porcentagem de perfis automatizados, os chamados robôs, interagindo com seus apoiadores - 43% e 28,4%, respectivamente, de 3.198 contas suspeitas monitoradas em estudo da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV-Dapp).

A presença de robôs nas redes vem crescendo desde o início da campanha eleitoral, em 15 de agosto, atingindo o ápice na última semana. Entre 12 e 18 de setembro, a pesquisa analisou 5,3 milhões de interações (retuítes) e mais de 712 mil perfis na rede social. No período, o patamar de interações envolvendo robôs chegou a 12,9%. No início da disputa eleitoral esse número era de 4,2%.

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Procuradas, as campanhas negaram a utilização de robôs nas redes sociais. "A gente não contrata nenhum robô. Se está tendo, as pessoas que estão fazendo aí", afirmou nesta quinta-feira, 20, o filho de Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro.

O acirramento na campanha é um dos principais motivos para explicar o aumento de robôs na rede social, segundo um dos autores do estudo, professor Marco Aurélio Ruediger. "Você tem um crescimento repentino do candidato do PT, uma contraofensiva do campo à direita, e um terceiro campo buscando a terceira via, e aumenta a tentativa de influenciar as redes. A tendência dessa curva de acirramento é continuar crescendo."

Esses números não pertencem, necessariamente, a uma campanha ou a um candidato. Segundo a metodologia de identificação desses robôs, não há nem mesmo como provar que sejam positivos ou negativos ao candidato, mas apenas interações com suas contas.

São considerados robôs contas automatizadas que geram volume de interações nas redes. Eles podem atuar tanto para atacar um candidato, como simplesmente para fazer campanha positiva.

"Há vários parâmetros para determinar um robô, um deles é quando ele realiza disparos, um tuíte ou retuíte, em um curto período de tempo", disse Ruediger. O professor ressaltou ainda que o Twitter tem desempenhado um papel importante no combate a esses perfis falsos. A rede social informou, por meio de nota, que não comenta a pesquisa, porque não teve acesso à base de dados da FGV.

Na "bolha" de apoiadores de Bolsonaro e Haddad, também foram identificados os maiores patamares de retuítes suspeitos. As interações de robôs na seara "bolsonarista" chega a 17,8%; do lado de Haddad, esse patamar chega a 13%. A próxima "bolha" com retuítes suspeitos é de Marina Silva (Rede), bem abaixo, com 7,2%.

Proibição

A lei eleitoral proíbe "a veiculação de conteúdos de cunho eleitoral mediante cadastro de usuário de aplicação de internet com a intenção de falsear identidade". Além disso, se os robôs forem contratados por apoiadores, podem ser enquadrados como impulsionamento, o que também é ilegal. A multa, neste caso, vai de R$ 5 mil a R$ 30 mil.

Ao jornal, a assessoria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou que não fiscaliza o uso de robôs na campanha e atua apenas em caso de denúncia, seja do Ministério Público Eleitoral ou de algum partido que se considere prejudicado. Não há registro de punição até hoje ao uso deste artifício.

"A fiscalização não cabe, de fato, ao TSE. Se uma pessoa achar alguma publicação estranha, pode pedir para o MP investigar", disse o ex-ministro do TSE Henrique Neves, chamando a atenção para quando esses perfis compartilham notícias falsas. "O que é importante pontuar é que todos nós temos de tomar muito cuidado com o que a gente compartilha ou interage. Nas eleições, as desinformações tendem a aumentar."

Ataques

As campanhas negam a utilização de robôs, mas a maioria tem identificado ataques. Na equipe de Marina Silva (Rede), por exemplo, os perfis da candidata têm recebido comentários que costumam associar o nome dela ao número de Bolsonaro. Isso se intensificou, segundo disseram, depois do embate entre os dois presidenciáveis.

"A gente conseguiu montar uma militância digital para combater isso. A orientação é tentar dar visibilidade positiva à candidata", disse Lucas Brandão, coordenador de mobilização.

A assessoria de imprensa de Alvaro Dias (Podemos) identificou nesta quinta o que chamou de um "ataque violento" nas redes, depois de o candidato gravar um vídeo criticando o presidenciável do PSL. Na mesma linha, o coordenador de mídias sociais de Henrique Meirelles (MDB), Daniel Braga, disse acreditar que boa parte dos ataques seja por robôs, uma vez que várias contas têm registro de fora do Brasil.

"Não acreditamos na eficiência de ações com robôs. Eles não formam opinião, apenas posicionam uma hashtag nos trending topics."

A campanha de João Amoêdo (Novo) também disse ter sido atacada nas últimas semanas, mas admitiu não conseguir identificar se isso vem de robôs.

Amplificação de mensagem

Os robôs são usados nas redes sociais para amplificar o alcance de uma mensagem ou publicação e conseguir gerar o engajamento de pessoas comuns a conteúdo político. "Nem tudo se torna viral, mas há situações em que as pessoas gostam do conteúdo (compartilhado por um robô) e também compartilham. O retuíte é feito por um humano, mas muitos também já foram feitos antes por robôs", explica o especialista Filippo Menczer.

"Robôs são importantes em amplificar o alcance de uma mensagem para ganhar a reação de humanos", afirma o professor, um dos autores de estudo sobre o uso de robôs nas eleições americanas de 2016. Os robôs, chamados nos EUA de bots, são contas automatizadas que geram e compartilham conteúdo simulando ação humana.

Menczer é professor de Ciência da Computação e Informática e diretor do Centro para Pesquisa de Redes Complexas e Sistemas da Universidade de Indiana, com pesquisas sobre o modo de disseminar informação e desinformação nas redes.

O uso de contas automatizadas e a influência delas em campanhas é um tema explorado nos EUA, onde plataformas sociais e autoridades investigam a interferência de russos em 2016. Pelas investigações, russos usaram "trolls" - pessoas pagas para gerar conteúdo ou com crença sobre o que estão compartilhando - para criar conteúdo contrário a Hillary Clinton.

Os robôs também retuitaram mensagens de Trump durante as eleições. Segundo apuração interna do próprio Twitter, robôs russos retuitaram cerca de 470 mil vezes postagens de Trump no período eleitoral.

Ao analisar as eleições americanas, Menczer pesquisou o caminho de conversas que pareciam geradas artificialmente para identificar o uso dos robôs para retuitar outra conta artificial de forma sequencial. A ideia, segundo ele, é levar o tema aos "trending topics" - assuntos mais comentados do Twitter. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em 2025 os robôs cumprirão 52% das tarefas profissionais correntes, afirma um estudo do Fórum Econômico Mundial.

A "revolução", no entanto, criará 58 milhões de novos empregos líquidos durante os próximos cinco anos, destaca o documento.

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"Em 2025, mais da metade de todas as tarefas realizadas nos locais de trabalho serão feitas por máquinas, contra 29% atualmente", afirmam os pesquisadores da fundação com sede em Genebra, conhecida por organizar a cada ano o Fórum de Davos.

Alguns setores serão mais afetados pela automatização. O relatório prevê que até 2022 podem ser suprimidos 75 milhões de empregos em setores como contabilidade, secretariado, fábricas de montagem, centros de atendimento ao cliente ou serviços postais.

Ao mesmo tempo, os pesquisadores acreditam na possibilidade de criação de 133 milhões de empregos, essencialmente relacionados com a revolução digital, em áreas como inteligência artificial, tratamento de dados, softwares ou marketing.

Além disso, os desenvolvedores e especialistas de novas tecnologias serão muito requisitados.

A indústria aeronáutica, de viagens e de turismo terá "as maiores necessidades de reconversão para o período 2018-2025", afirma o estudo, que ouviu empresas de 12 setores em 20 economias desenvolvidas e emergentes.

"A escassez de qualificação é preocupante nos setores de tecnologia da informação e comunicação, serviços financeiros, mineração e metais", aponta o documento.

"Quase 50% das empresas preveem para 2022 uma redução do número de funcionários em tempo integral em função da automatização, 40% antecipam, no entanto, um aumento global de seus funcionários e mais de 25% esperam que a automatização crie novos empregos", acrescenta o estudo.

As consequências concretas para os trabalhadores são difíceis de prever, mas os pesquisadores antecipam uma "enorme perturbação na mão de obra mundial, com mudanças importantes na qualidade, localização, formato e permanência nas funções".

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