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O Partido dos Trabalhadores (PT) se manifestou nessa segunda-feira (3) sobre os rumores de ilegalidades nas doações recebidas pela legenda, após prisão do ex-ministro José Dirceu. Em nota assinada pelo presidente nacional da sigla, Rui Falcão, a agremiação refuta as acusações de que teria participado de esquemas de corrupção. 

Confira a nota na íntegra:

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O Partido dos Trabalhadores refuta as acusações de que teria realizado operações financeiras ilegais ou participado de qualquer esquema de corrupção. Todas as doações feitas ao PT ocorreram estritamente dentro da legalidade, por intermédio de transferências bancárias, e foram posteriormente declaradas à Justiça Eleitoral.

Rui Falcão, presidente nacional do PT

 

O Partido dos Trabalhadores (PT) se posicionou neste sábado (1°), por meio de uma nota oficial, sobre a bomba jogada em frente ao Instituo Lula, na noite da última quinta-feira (30), em São Paulo. Assinado pelo presidente nacional da legenda, Rui Falcão, o texto diz que os autores do ato carregam “um DNA da intolerância, do autoritarismo e da violência política”.

Para o partido, o maior ataque foi feito, na verdade, à democracia do Brasil e não ao ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Falcão também relata na nota que a ação ultrapassou todos os limites e alegar ser fruto de uma campanha de ódio contra o ex-presidente Lula, o PT e o projeto de transformação do país.

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Confira a nota na íntegra:

Nota oficial

A campanha de ódio contra o ex-presidente Lula, o PT e o projeto de transformação do país ultrapassou todos os limites na noite desta quinta-feira (30 de agosto). O verdadeiro alvo da bomba lançada, de forma covarde, contra a sede do Instituto Lula, é a Democracia, conquistada neste país com a luta e o sacrifício de gerações, luta na qual o ex-presidente Lula e o PT desempenharam papel fundamental, vocalizando os anseios dos trabalhadores e das camadas mais amplas da população.

Os autores do atentado desta quinta-feira carregam o DNA da intolerância, do autoritarismo e da violência política, que ao longo da história deram origem às ditaduras – como a que se abateu sobre o Brasil em 1964 – e ao fascismo em todas as suas formas. O recurso à violência e ao terror é um passo intolerável numa escalada de agressões às liberdades políticas em nosso país.

A sociedade brasileira fez, nas últimas décadas, uma sólida opção pela democracia. O Brasil repudia o terror e a violência política, quaisquer que sejam sua origem e seus propósitos. A democracia brasileira será sempre maior que o ódio e a intolerância.

Rui Falcão

Presidente Nacional do PT

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, minimizou o resultado da pesquisa Ibope que indicou que 9% da população aprovam o governo Dilma Rousseff. "A pesquisa retrata um dado de hoje e não mede o sucesso da visita nos Estados Unidos. Temos certeza de que esses índices negativos são passageiros", disse o dirigente petista.

Questionado se acredita na existência de uma campanha contra a presidente, Falcão afirmou que não crê em "conspirações". "Mas que há uma nítida má vontade em relação ao PT, ao Lula e à nossa presidente, é evidente", concluiu.

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O presidente do partido disse que, no encontro com a bancada petista no Senado e na Câmara, nesta segunda-feira, 29, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que nenhum ataque ficasse sem resposta. "As declarações dele foram também de que aqueles que acham que o PT vai acabar vão dar com os burros n'água", disse.

O petista participa, nesta tarde, da solenidade de posse da nova cúpula do PCdoB, na Câmara dos Deputados. O presidente em exercício da República, Michel Temer, os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); e outras personalidades políticas e autoridades prestigiam o ato. O atual presidente nacional da sigla, Renato Rabelo, deixará o posto em favor da deputada federal Luciana Santos (PE).

Três dias depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizer que o PT está velho e que precisa fazer uma revolução interna, o presidente do partido, Rui Falcão, afirmou que a legenda aceita críticas feitas democraticamente, mas mostrou não concordar com a fala. "Prefiro as declarações em que ele diz que aqueles que dizem que o PT vai acabar vão dar com os burros n'água", disse Rui, sem se aprofundar.

Falcão disse ter se encontrado nessa quarta (24) o ex-presidente Lula e não ter pedido "nenhum esclarecimento" sobre as declarações. Rui chamou as críticas de Lula de "eventuais" e disse que ele quer o melhor para o PT.

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O presidente do PT chamou ainda o autor do pedido de habeas corpus preventivo em favor de Lula de "contumaz apresentador de habeas corpus". "Esse Maurício Ramos já apresentou mais de cem habeas corpus sem concordância das pessoas a quem ele supostamente pretende defender".

O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, emitiu uma nota criticando a caravana de senadores brasileiros que alegaram ter sido mal recebidos em Caracas, na Venezuela. Segundo o petista, a visita da comitiva acarretou um incidente, "explorado politicamente", na tentativa frustrada de "comprometer o Itamaraty com os lamentáveis episódios".

Liderado pelo presidente do PSDB, Aécio Neves, oito senadores viajaram para o exterior com pretensão de visitar líderes da oposição ao governo local, mas, de acordo com a nota do PT, eles tiveram a missão fracassada após ficar parados em bloqueio no percurso.

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No texto também assinado pela secretária de Relações Internacionais do PT, Mônica Valente, a legenda afirma que “respeita a soberania e da não-intervenção em assuntos internos de outros países”.

Confira a nota na íntegra:

“Nota do Partido dos Trabalhadores sobre a viagem de senadores brasileiros à Venezuela

O Partido dos Trabalhadores (PT) manifesta sua preocupação com os fatos envolvendo uma comitiva de senadores de oposição brasileiros em recente viagem à Venezuela, com o objetivo de contatar líderes da oposição ao governo local.

A visita da comitiva acarretou um incidente, explorado politicamente, na tentativa frustrada de comprometer o Itamaraty com os lamentáveis episódios.

Diante do factoide provocado pelos oposicionistas, o PT reitera sua defesa dos princípios do respeito à soberania e da não-intervenção em assuntos internos de outros países. E reafirma seu apoio à busca de uma solução política e democrática para os problemas que a Venezuela enfrenta atualmente, tal como unanimemente vem propondo a UNASUL. Também reafirma seu apoio ao governo legitimamente eleito do presidente Nicolás Maduro, que tem procurado manter as políticas sociais e distributivas iniciadas por seu antecessor, o presidente Hugo Chávez.

Rui Falcão - Presidente Nacional

Mônica Valente - Secretária de Relações Internacionais

O presidente do PT, Rui Falcão, abrirá seu discurso no 5º Congresso da sigla, na noite desta quinta-feira, 11, em Salvador, dizendo que o partido enfrenta "uma campanha de cerco e aniquilamento". Segundo Falcão, há uma campanha para cassar o registro do PT. "Condenam-nos não por nossos erros, que certamente ocorrem numa organização que reúne milhares de filiados. Perseguem-nos pelas nossas virtudes", dirá Falcão.

Segundo o presidente do PT, o partido é feito de "bode expiatório da corrupção e de dificuldades passageiras da economia". Os responsáveis pela perseguição seriam "maus perdedores no jogo democrático". "Nunca antes no Brasil a corrupção foi tão investigada e punida como em nossos governos", dirá.

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Na avaliação de Rui Falcão, o PT precisa "identificar melhor e enfrentar a maré conservadora em marcha", além de reagir de maneira vigorosa.

Ele admite, porém, erros cometidos pelo partido e pede correção de rumos. "Devemos também, com humildade, assumir responsabilidades e corrigir rumos. Com transparência e coragem", escreveu o presidente petista.

O presidente disse acreditar que as discussões do congresso vão estimular o PT a encontrar a "radicalidade política". "Vamos, juntos, mudar o PT para continuar mudando o Brasil", convocará Falcão ao final de seu discurso.

O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Rui Falcão, saiu em defesa da legenda durante coletiva de imprensa nessa sexta-feira (5) em Aracaju. O líder garantiu que o PT não está em crise e comemorou a adesão de mais de 17 mil filiações de janeiro a junho deste ano. 

Além de contabilizar a quantidade de novos integrantes do partido, Falcão alegou que há mais de 139 mil pedidos de filiação aprovados e aguardando as plenárias de confirmação da militância e outros 47,2 mil pleitos para ingressar na sigla estão em análise. “Ou seja, são quase 200 mil que estão pedindo para ingressar no PT”, reforçou Falcão.

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De acordo com o líder nacional, a legenda conta atualmente com 1,74 milhão de filiados. “Isso não é um partido de crise, como a mídia monopolizada tenta mostrar”, defendeu. “Não pode ter crise um partido que está há 12 anos no poder, ganhou a quarta eleição consecutiva. Não estamos em crise, apesar do ataque feroz que a direita conservadora, a mídia monopolizada e aqueles que não se conformam com a derrota no passado fazem contra nós”, rebateu Falcão, em texto divulgado no site oficial do PT. 

O petista aproveitou a conversa com a imprensa para relembrar o “Mensalão Tucano” e defender o ex-secretário de Finanças do PT João Vaccari Neto. “Não há nenhuma prova contra ele (Vaccari). As maquinações que levaram à prisão foram todas desmentidas. Esperamos que ele seja solto brevemente porque não se pode condenar ninguém sem provas”, declarou.

Formado em jornalismo, o advogado, ex-deputado federal e estadual por São Paulo e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Rui Goethe da Costa Falcão, 72 anos, conversou com exclusividade com a equipe do Portal LeiaJá recentemente na sua vinda ao Recife. Ex-jornalista de veículos importantes como A Gazeta, Diário da Noite, Jornal da Tarde e Folha de São Paulo, entre outros, Falcão sempre foi contra a ditadura militar de 1964, inclusive, foi preso político durante os anos de 1970 a 1973 quando foi militante da organização política armada brasileira de extrema esquerda, Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Na liderança do PT desde 2011, o líder nacional conversou sobre as dificuldades enfrentadas pelo partido, as estratégias para as eleições de 2016 e as parcerias polêmicas com o PMDB e o PP, este último, ameaçou deixar o governo recentemente. 

Ainda na entrevista, Falcão analisou a possibilidade da volta de Lula em 2018, as divergências petistas em Pernambuco e a saída de Marta Suplicy do PT. A conversa com o petista foi realizada durante o Encontro Estadual do PT – 2ª Etapa do V Congresso, na capital pernambucana, onde o ex-deputado confirmou a existência de diálogos com o PSB local, apesar de assinar uma moção em apoio aos professores grevistas. 

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Confira a entrevista na íntegra:

Leiajá (L.J): Quais são os principais desafios enfrentados pelo senhor como líder do PT?

Rui Falcão (R.F): A principal dificuldade é, que pelo fato de nós nunca no governo termos cuidado da democratização dos meios de comunicação, a mídia monopolizada é o verdadeiro partido de oposição no país, e elas têm nos partidos políticos de oposição seus condutos eleitorais para buscar o voto. Mas, quem forma consciência, quem influi nos costumes, quem manipula as informações, quem seleciona e quem omite é a mídia monopolizada e isso coloca o PT apenas nos períodos eleitorais, é que a gente tem acesso aos grandes meios. Nós ganhamos a eleição em 2014 em grande medida, porque durante 45 dias tivemos 11 minutos na televisão para expor nossas realizações, nossas ideias. Se não fosse isso! Claro que não foi só por isso, tivemos grandes apoios, principalmente no segundo turno, mas o fato de a gente ter tido tempo na televisão e no rádio, ajudou muito. Passa a eleição e a gente não tem mais esse tempo. Então, essa foi a principal dificuldade.

L.J: Como o PT avalia as doações financeiras para campanhas políticas?

R.F: Há tentativa agora de criminalizar o PT, tentando transformar essas doações, que são permitidas pela lei, e que nós queremos que acabe, mas nós seguimos a lei, e eles querem agora, dizer que doação para o PT é propina e doação para os outros partidos é contribuição para irmã Dulce. Essa também é uma luta que nós estamos fazendo para reverter, para dialogar na sociedade, para dizer que o PT é um partido que mais combateu e combate a corrupção. Nós não temos nem conivência nem convivência com a corrupção. Se algum filiado nosso comprovadamente incorrer em prática de corrupção, que seja nosso juízo, ele não ficará mais no PT. 

L.J: Quais serão as estratégias do PT para ter eleições vitoriosas no próximo ano?

R.F: Primeiro nós vamos fazer um encontro nacional para discutir as táticas das eleições municipais e que políticas de alianças nós vamos fazer, com quais partidos nós vamos fazer. Mais importante que isso é o PT sair às ruas, se reaproximar dos movimentos sociais com mais vigor, dialogar com a população, procurar construir planos de governo ouvindo a população, fazendo pesquisas, melhorando a condição de nossas prefeituras, onde a gente é governo, onde planeja a sucessão e ter propostas claras para debater com a população. Quando a gente está na oposição temos feito críticas aos governos e o que a gente propõe no lugar deles. Isso pode ser como o caso daqui do Recife, onde não sei qual vai ser o debate daqui do diretório municipal, mas é uma capital que seguramente nós devemos ter candidatura e tentar retomar a prefeitura porque o que se fez com a nossa saída eu acho que mostra a população que o PT é melhor de governo do que o nosso adversário.

L.J: O senhor chegou a pedir o cargo de Marta Suplicy após sua saída do PT. Como foi costurada esta decisão e como o senhor avalia a saída da senadora do partido?

R.F: Foi uma desfiliação movida por ambição desmedida por projetos pessoais. Eu costumo dizer no popular que ela cuspiu no prato que comeu porque ninguém no PT de São Paulo teve tantas oportunidades como ela. Foi prefeita, foi candidata à governadora, foi candidata à prefeita na reeleição, disputou uma prévia para ser candidata ao governo do Estado, foi deputada federal, ministra duas vezes e agora senadora, sempre com o apoio do PT, e ela sai protestando que está saindo porque o PT está praticando corrupção, porque ceceou as atividades, as atividades políticas e partidárias dela, que é uma grande mentira, e inclusive, no caso das doações, as mesmas doações que ela diz que nós incorremos em práticos são doações que fizeram a campanha dela. Eu tinha dito que achava inútil pedir o mandato, até porque achava que o Supremo iria referendar esta jurisprudência de que cargo majoritário não incorre em fidelidade, mas como o diretório estadual e a sua executiva por unanimidade decidiu pedir o mandato dela, e estavam colocando como condição para poder postular no TSE que houvesse a concordância do diretório nacional, eu não quis por minha vontade, nem impor nenhum tipo de veto a uma decisão de um diretório estadual. Aí, simplesmente subscrevi a procuração e no dia seguinte saiu à decisão do Supremo (STF) e, praticamente torna inútil o requerimento do mandato dela. Mas teve um significado político em dizer que o mandato que ela conquistou, mesmo o Supremo achando contrário, mas ela conquistou com o nosso apoio, das pessoas que confiam no PT, que votam no PT e ela vai sentir isso na eleição municipal. Mas enquanto ela se desfilou nós tivemos nesse período até 14 de março, 16.700 mil novos filiados. Então, saem os oportunistas e veem aqueles que querem nos ajudar a construir o nosso projeto. 

L.J: Muito se fala na volta de Lula ao cenário político em 2018. Ele deve, de fato, ser candidato à presidência da República novamente?

R.F: Primeiro nós precisamos passar por 2016 para poder pensar em 2018, mas o que eu posso dizer é que o Lula goza de ótima saúde, continua a ser considerado o melhor presidente que o país já teve, a melhor liderança nacional, e eu sinto por onde passo, por onde converso que as pessoas querem ver o Lula de volta em 2018. Aliás, essa é uma das razões dessa veroz oposição contra nós porque eles temem a volta do Lula, mas nada disso foi decidido. Ele não se diz candidato, e, numa eventualidade dele não ser candidato, nós temos outros nomes também. O PT produz lideranças novas, tem condições de dirigir o país. A presidenta Dilma, por exemplo, nunca tinha disputado uma eleição e é uma boa presidenta com o apoio do PT, do Lula e de seus aliados. O desejo das pessoas, dos petistas, dos amigos e do povo é que Lula volte em 2018, mas não há nenhuma deliberação neste sentido, nem ele está fazendo campanha.

L.J: O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) tem travado algumas pautas do governo. No entanto, o vice-presidente Michel Temer é do mesmo partido dele. Como é desenhado o apoio político do PMDB?

R.F: As alianças no Brasil são complexas porque nem todos os partidos têm programas claros, coerência com os programas, então, acaba tendo muitas contradições no interior desses partidos. Ademais, aliança significa unidade em alguns pontos e divergências em outros, senão, seríamos todos do mesmo partido e nem sempre também essas contradições explicitam nos planos das ideias. Elas se dão nos planos dos interesses, de ocupações de espaços, do poder. É por isso que se diz que há um governo de coalizão, não é um governo do PT. A presidenta é do PT, há ministros do PT, e no Brasil, pelo tipo do processo eleitoral que existe, e é por isso que nós queremos uma reforma política verdadeira com a convocação de assembleia constituintes exclusiva, a composição do Congresso Nacional ela, muitas vezes, trava a efetivação de reformas, ela impede que o presidente cumpra o seu programa de governo numa contradição de que: quem te ajuda a eleger depois te impede a governar! Esse é o quadro que nós vivemos hoje não só em relação ao PMDB, mas em relação a outros estados. Você vê aqui no Estado de Pernambuco, gente que é da base do governo Dilma em Brasília fala mal da Dilma na Assembleia Legislativa, na imprensa, então, não há uma identidade partidária nacional quando como existe, por exemplo, no PT. O presidente da Câmara está querendo nos impor uma pauta conservadora, inclusive, nos planos de costumes, das questões libertárias, como por exemplo, quando tenta reduzir a maioridade penal para 16 anos, quando faz prevalecer através de um golpe à questão de financiamento empresarial para os partidos políticos. Felizmente ele sofreu uma derrota na questão do distritão que se aprovado iria significar praticamente o fim dos partidos políticos e o predomínio de candidaturas individuais sem compromissos, celebridades, oportunistas de ocasião, e assim por diante. E eu espero que na questão do financiamento empresarial como precisa ainda de mais uma votação na Câmara e duas no Senado, que a pressão da sociedade possa fazer reverter esse resultado, mas, independente dele, esse processo de contra reforma agora, ela mostra com muita nitidez para a população. Se a gente quiser de fato uma verdadeira reforma política, só com uma constituinte exclusiva, fora este Congresso que está aí.

L.J: Recentemente o PP do deputado Eduardo da Fonte chegou a ameaçar que sairia da base aliada do governo. O senhor chegou a conversar com o parlamentar sobre isso?

R.F: Não tenho falado com ele, mas não acredito que isso passe de ameaça. No plano nacional eles participam de um ministério importante, estão apoiando o governo no plano nacional e isso faz parte dessas contradições que eu te disse. Lá é uma coisa e chega ao Estado é outra. Em geral, é briga por espaços de poder, e não ideias diferentes quanto a condução do governo, infelizmente. 

L.J: Apesar de o PT-PE ter intensificado a unidade no plano local, são notórias as divergências de lideranças como Dilson Peixoto e João da Costa. Essa unidade precisa ser melhor costurada?

R.F: Acho que sim, e o Congresso é um momento para isso. O PT é um partido com muitas diversidades, com tendências de opinião e isso também é a nossa força, porque a gente consegue fazer unidade na diversidade. Eu sei que a presidente Teresa, ela tem se empenhado muito para reforçar essa unidade que foi construída a duras penas depois do processo de eleição municipal. Acho que há uma boa convivência dela com o Bruno também, que é o vice-presidente, uma liderança forte, o senador Humberto Costa, o próprio João da Costa, o João Paulo. Das vezes que eu tenho podido conversar com as principais lideranças daqui, eu sinto o desejo, apesar de uma ou outra divergência, de ter unidade, até porque, depois dos acontecimentos daqui que nós vivemos e da campanha que se faz contra nós, se não houver unidade (...). Eu acho que todos os grupos daqui e todas as correntes de união estão convencidos que é preciso deixar de lado algumas divergências secundárias, apostar no empenho da Teresa de ter um partido forte, unido, como é o modelo do PT de conviver com a diversidade, mas que na hora de seguir a decisão da maioria, consultar os filiados, acho que nós estamos indo num bom caminho. 

L.J: No mês de abril o PT lançou um documento afirmando ser contra o financiamento empresaria de campanha e, também, assumindo ter tido algumas falhas ao longo da caminhada. Quais são essas falhas?

R.F: Eu falei das falhas porque os acertos são tantos que não era o caso de ficar enumerando. O melhor acerto são esses 12 anos que nós mudamos completamente a vida do país. Quando eu falo em algumas falhas é porque o partido cresce, também, quando se renova e quando eles criticam. A crítica de ideias é que faz avançar. As pessoas que não mudam de ideias nunca são pessoas dogmáticas, se não se mudasse de ideias, até hoje se acreditara que é o sol que gira em torno da terra.

*Confira no vídeo abaixo as falhas apontadas pelo presidente nacional do PT:

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O presidente nacional do PT, Rui Falcão, confirmou a existência de diálogos com lideranças do PSB sobre possível retorno de parceria. Para o petista, o ponto negativo da retomada da aliança é a fusão com o PPS anunciada recentemente pelas duas legendas. O dirigente esteve nesse domingo (31) no Recife, onde participou da segunda etapa do Encontro Estadual do PT para o V Congresso Nacional. 

Questionado, em entrevista exclusiva do Portal LeiaJá, se as vindas da presidente Dilma Rousseff (PT) a Pernambuco e os recorrentes encontros entre o governador Paulo Câmara (PSB) e ministros nacionais poderiam estreitar os laços com o PT, Falcão confirmou a existência de conversas. “Há um diálogo com setores do PSB para uma reaproximação que nos interessa e a eles também, mas ao mesmo tempo, há um movimento do PSB em se fundir com o PPS”, revelou, pontuando a posição do PSB local. “Eu sei que aqui em Pernambuco tem uma oposição contra essa fusão por parte de algumas lideranças. Precisa esperar este processo concluir, mas nós temos mantido diálogo com lideranças do PSB que não vou dizer nomes aqui, mas eu espero avançar”, completou. 

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Congresso Nacional – Durante a entrevista Rui Falcão antecipou informações do V Congresso Nacional do PT e a o lançamento de uma campanha de arrecadação. “Nós vamos lançar agora no Congresso Nacional uma campanha de arrecadação para que o PT possa financiar através de seus próprios filiados, suas próprias atividades e vai ser um momento de muito debate”, contou. “A campanha de arrecadação financeira será feita pela internet com métodos modernos de arrecadação”, disse.

Outro detalhe do evento é um documento que o PT irá elaborar e divulgar. “Nós queremos como resultado do 5° Congresso apresentar uma carta para o país com algumas ideias, com os nossos compromissos, com a nossa autocrítica com algumas ideias que estão sendo colocadas para superar as dificuldades. É também um momento de coesão interna, de fortalecimento do partido”, sinalizou. 

Segundo Falcão, o evento terá a presença da presidente Dilma na abertura, dia 11 de junho e também do ex-presidente Lula que permanece no encontro até o dia 12. “São 800 delegados e delegadas de todo o país. O presidente Lula e a presidente Dilma já confirmaram a sua presença. A presidente na abertura dia 11 e o Lula até fica no dia 12. Tem seis teses que serão apresentadas no dia da na abertura e o principal tema da eleição é se agente mantém o processo de Eleição Direta (PED) dos dirigentes ou se retorna ao processo de eleição indireta”, pontuou, revelando sua opinião sobre o tema. “A minha opinião é que deveríamos manter (o PED), mas desvinculando a obrigatoriedade do pagamento do filiado comum”, sugeriu o petista. O V Congresso Nacional do PT será realizado nos dias 11,12 e 13 de junho em Salvador na Bahia. 

Confira no vídeo mais detalhes da entrevista de Rui Falcão:

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Em passagem pelo Recife para participar da segunda etapa do Encontro Estadual do partido para o V Congresso Nacional, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, assinou neste domingo (31), uma moção em favor à greve dos professores da Rede Estadual. Durante entrevista ao Portal LeiaJá, o petista também fez críticas a oposição e à fala de diálogo do governador Paulo Câmara (PSB) com a categoria da educação e analisou o cenário econômico do país. 

Em defesa a governadores petistas e analisando aumentos salariais à docentes de dois Estados, Falcão analisou a greve retomada pelos professores em Pernambuco na última sexta-feira (29). “Tentam nos criminalizar. Tentam criminalizar os movimentos sociais. Você vê a diferença: nós temos dois governadores, um no Ceará, e outro em Minas, que fizeram acordo com os professores. Acordo que vinha há muito tempo sendo reivindicado ao pagamento do piso nacional. Em contra partida, você vê no Paraná um governador do PSDB reprime os professores, joga bombas, massacram a população e aqui em Pernambuco também não há o diálogo”, criticou. 

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Segundo Falcão, sua vinda ao encontro petista pretende, entre outras coisas, adiantar as articulações para as táticas eleitorais do próximo ano. “São assuntos prévios também da preparação do processo eleitoral de 2016. Não é verdade que o PT vai ser varrido do mapa como a imprensa diz. Teve três eleições suplementares e dessas três, nós ganhamos duas”, comemorou.

Outra abordagem feita pelo líder do PT foi em relação à economia do Brasil. “Eu estou otimista. Acho que essa conjuntura de baixa da economia é passageira. Estão fazendo alguns ajustes na economia. Estão sendo discutidas algumas correções em relação às aposentadorias, seguro desemprego, abono, essas questões tem que ser muito dialogada com a sociedade e com o movimento social”, destacou. 

Rui Falcão revelou a possibilidade de veto presidencial do Projeto de Lei da Terceirização n° 4.330. “Nós tivemos uma vitória com o PL 4330. A sociedade se levantou contra isso, e eu tenho certeza que se no Senado o projeto for aprovado como saiu da Câmara, a presidente vai vetar. Nós estamos tranquilo quanto a isso”, sinalizou o petista. 

Lideranças locais e nacionais do Partido dos Trabalhadores de Pernambuco (PT-PE) participam, neste domingo (31), da segunda etapa do Encontro Estadual da legenda no Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Pernambuco (Sindsep), no Recife. O evento preparatório para o V Congresso Nacional da sigla segue até às 14h de hoje e entre os assuntos estão os desafios do PT, o Processo de Eleição Direta (PED) e a defesa do governo. O evento conta com a presença do presidente nacional do PT, Rui Falcão, vereadores, deputados e demais lideranças locais. 

Para a presidente estadual do PT-PE, deputada Teresa Leitão, a vinda de Falcão é estratégica. “Assim que o convidamos ele logo aceitou porque ele acompanhou todo o processo de reunificação do partido, do PED, as nossas tentativas de fortalecendo partidário, construção e aperfeiçoamento da nossa unidade interna e ele foi uma peça importante”, enfatizou. 

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Detalhando o objetivo principal do encontro, a parlamentar explicou já ter realizado neste ano plenárias municipais, debates setoriais e ter sediado o encontro Nordeste da Fundação Perseu Abramo. “Hoje é a parte mais aberta para os militantes, para os diretorianos, vereadores, deputados, então, a gente espera fazer um bom debate e levar posições do Estado de Pernambuco em relação às principais temáticas que serão debatidas lá no nosso encontro”, pontuou. 

Apesar dos eventos promovidos e da intensificação dos debates, Teresa Leitão reconheceu os desafios do PT. “O saldo que iremos apresentar aqui dos encontros municipais e das plenárias regionais é que o PT vive uma conjuntura muito difícil pela sua forte presença no Governo Federal (...). É um desafio, e por isso, o partido precisa se armar para enfrentar esses desafios e os caminhos que estão sendo colocados é o aprofundamento da nossa unidade interna e a defesa daquilo que nós fizemos como governo para mudar a face do Brasil”, prometeu, elevando as políticas públicas promovidas pelo governo. 

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Também presente no encontro, o líder do PT no Senado, Humberto Costa, ressaltou a participação de Rui Falcão, mas, em sintonia com a presidente estadual, destacou as dificuldades enfrentadas. “Hoje nós vivemos um momento de dificuldade, e ao mesmo tempo, um momento muito decisivo, quando vamos ter esse Congresso que deverá fazer alguns ajustes na política partidária, que deverá estabelecer algumas prioridades para este ano e o ano que vem que é um ano de eleição, e acima de tudo, porque deve pensar o futuro do nosso partido”, observou. 

Rui Falcão revelou os principais assuntos que serão abordados e reforçou o Congresso Nacional marcado para junho. “Nós vamos discutir os principais temas do Congresso que o PT realiza agora de 11 a 13 de junho na cidade de Salvador, na Bahia. Quero saber também como está à organização do PT aqui no Estado, examinar um pouco a conjuntura nacional”, revelou. 

O líder nacional do PT também contou a principal prioridade do partido neste momento. “A prioridade nossa agora é que a militância faça a defesa do PT e do governo. Nós temos sido alvo de uma campanha de ódio, de ressentimento, não por conta de nossos erros eventuais, mas por causa de nossas virtudes, por ter, ao longo de 12 anos, mudado tanto a vida do país, ter ferido interesses poderosos, combatido preconceitos seculares. Então, é importante que haja uma mobilização em defesa de nosso partido”, sinalizou Falcão. 

Focando no público da internet, o PT realizará nesta quinta-feira (28), um debate online entre o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, e os militantes do partido. O diálogo na internet intitulado de ‘Etapa Livre Interativa’, será promovida às 19h via Facebook e Twitter. 

.O objetivo da ação é debater com militantes, simpatizantes e filiados, o futuro do partido e da esquerda no Brasil. O bate-papo será online e aberto à comunidade em geral.

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Para participar da Etapa Livre Interativa, debate que antecede o 5º Congresso Nacional do PT marcado para os dias 11,12 e 13 de junho em Salvador, na Bahia, basta acessar a página congresso.pt.org.br ou enviar as perguntas nas redes sociais através da hashtag #EtapaLivrePT.

“O PT passa por um momento em que uma autoanálise se faz necessária. Por isso, precisamos ouvir filiados, simpatizantes e movimentos sociais”, reconheceu Falcão no site do partido.

O debate com líder do PT terá como tema “Brasil – mudanças e perspectivas da esquerda” e “Organização Partidária”. “Queremos ouvir, debater e colher sugestões para que possamos levar ao Congresso”. Esses temas serão debatidos ao vivo e, posteriormente, sistematizados e integrarão um caderno de propostas que será entregue aos delegados do 5º Congresso Nacional do PT. As ideias discutidas também poderão ser incorporadas às deliberações do partido.

O Congresso Estadual do Partido dos Trabalhadores de Pernambuco (PT-PE) contará no próximo domingo (31) com a presença do presidente nacional da legenda, Rui Falcão. O encontro que também reunirá outras lideranças petistas ocorrerá no Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Pernambuco (Sindsep-PE), no bairro da Boa Vista, no Recife, das 9h às 14h.

Segundo a assessoria de imprensa da legenda, a programação oficial do encontro ainda está sendo fechada, mas, entre outros assuntos, a conjuntura nacional será um dos focos do evento. 

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Além de Falcão, a presidente estadual do PE-PE deputada Teresa Leitão, também estará presente e outros líderes locais como o senador Humberto Costa e o ex-deputado federal João Paulo estão a confirmar participação, mas devem comparecer ao evento. 

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou, nesta segunda-feira (25), que o texto da reforma política que tramita na Câmara dos Deputados “vai contra os anseios da sociedade”. A definição se deu por conta do item financiamento de campanha. Na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) relatada pelo deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI), o financiamento permanece misto, mas com regras para as doações de empresas. Elas só podem doar para os partidos e não a candidatos.

“O texto em questão vai contra os anseios da sociedade. Trata-se de uma proposta que não democratiza e não amplia os mecanismos de participação social”, avalia Rui Falcão, em postagem no Facebook. “Defendo uma reforma política ampla que amplie os mecanismos de democracia, que aproxime o poder do povo e que inclua ainda mais as mulheres no parlamento. Além disso, defendo o financiamento público de campanha e o limite para doações vindas de pessoas físicas”, acrescenta o presidente.

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Em abril, o PT definiu que não receberia mais doações privadas para as campanhas. As articulações das empresas com os políticos petistas e de outros partidos, como o PP, tem sido o principal foco de investigações da Operação Lava Jato e já foi alvo do Caso do Mensalão. 

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou na noite desta sexta-feira (22), que viu como positivo o anúncio da MP que eleva a alíquota da CSLL sobre bancos e outras instituições financeiras, de 15% para 20%, e disse acreditar que novas medidas deverão vir. "Acho que foi positivo, é uma medida positiva como outras que deverão seguir", disse. "Já teve aumento do IOF, aumento do imposto de importação, teve algumas medidas para usar a linguagem de vocês que batem no andar de cima", afirmou aos jornalistas ao chegar para a abertura do Congresso estadual do partido, em São Paulo.

Segundo Falcão, há ainda a expectativa de que o governo coloque na pauta o imposto sobre grandes fortunas. "Isso é decisão do governo", disse. "Estou imaginando que deva haver já que tem muita gente defendendo, discutindo. Não no governo, mas entre nós", afirmou.

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O petista defendeu ainda o retorno da CPMF como uma alternativa para o governo conseguir obter mais recursos. "A CPMF era um imposto que o Joaquim Levy já defendeu no passado", disse, reforçando que o imposto tem como finalidade arrumar mais recursos para a saúde. "É um imposto limpo, não regressivo, transparente", disse.

Questionado sobre se o retorno de tributos ou até a criação de novos impostos não seria uma forma de penalizar ainda mais os brasileiros em um momento de desemprego em alta, Falcão argumentou que, no caso da CPMF somente 13 milhões de pessoas eram impactas. "Não dava nem 10% da população, seria um esforço importante para você, além de cortar custeio, arrumar recursos para investimento", disse.

Sobre a provável intenção do ministro da Fazenda em criar novos impostos, Falcão disse que o importante é ver que camada social essa criação de tributos poderia impactar. "Não sei quais impostos e se ele vai propor, mas impostos que peguem quem tem condições de arcar com eles é bom", afirmou.

O presidente do PT esteve hoje em Brasília, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a convite da presidente Dilma Rousseff. Falcão não quis falar o assunto do encontro e minimizou o fato dos dois terem disso chamado por Dilma de última hora. "Periodicamente a gente conversa", disse.

Perguntado sobre se o tamanho do contingenciamento do Orçamento anunciado hoje pelo governo de R$ 69,9 bilhões foi um dos temas da reunião, Falcão esquivou-se e disse que "não fala de reunião". Ele disse ainda que a presidente Dilma vai explicar todas as decisões do governo em relação ao ajuste. "Ela vai explicar, imagino que sim."

Sobre se achava o tamanho do corte de despesas era suficiente para que o governo cumpra a meta fiscal e "feche a conta", Falcão disse. "Vai fechar."

O Partido dos Trabalhadores vai afirmar nesta terça-feira (5), durante a exibição do seu programa partidário no rádio e na televisão, que expulsará todos os condenados judicialmente por processos de corrupção.  No esquete, de 10 minutos, a legenda diz que “acendeu” as luzes contra a impunidade e, por isso, não será “conivente” com os filiados que estiverem envolvidos nos esquemas investigados pela Justiça Federal.

“Qualquer petista que cometer mal-feitos e ilegalidades não vai continuará nos quadros do partido. O PT também não aceita que setores da mídia queiram criminalizar todo o partido por causa de erros graves de alguns filiados. O PT vai continuar à frente das mudanças tão necessárias”, argumenta o presidente nacional da sigla, Rui Falcão. 

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A promessa feita pelo dirigente, no entanto não é observada na prática, já que o ex-ministro José Dirceu e o ex-deputado José Genoino, condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do Mensalão, permanecem filiados à legenda.    

Ainda no vídeo, o PT convida outros partidos a aderirem ao projeto pelo fim do financiamento de empresas para as campanhas eleitorais. Segundo eles, esta é a “chave” para fechar as portas da corrupção. 

Além de pregar o fim da impunidade, o partido também se coloca contra a redução da maioridade penal, a terceirização e a volta da inflação. O projeto de Lei 4330, por exemplo, é o foco da participação do ex-presidente Lula no programa. Ele garante que os parlamentares petistas vão “lutar mais uma vez para garantir as conquistas dos trabalhadores”. 

“A história do povo brasileiro sempre foi de lutas contra a injustiça e a exploração. Nada caiu do céu, tudo que os trabalhadores têm hoje foi duramente conquistado ao longo das gerações. Não podemos permitir que a história ande para trás. É isso que vai acontecer se o PL 4330 for totalmente aprovado”, dispara o ex-metalúrgico. 

O programa partidário do PT vai ao ar nesta terça, às 20h30. No mesmo horário, movimentos, como o Vem Pra Rua, estão organizando um “panelaço” em protesto à legenda.

O ex-presidente Lula (PT) e o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, participarão nesta sexta-feira (1º), Dia do Trabalhador, de ato público em São Paulo. A manifestação será realizada no Vale do Anhangabaú, no centro da cidade, a partir das 9h30, e será transmitido pelos pela Agência PT de Notícias, além dos sites do Instituto Lula e da CUT.

O ato desta sexta promete defender os direitos da classe trabalhadora, da democracia, da Petrobras e da reforma política. A ação foi convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Intersindical, além de outros movimentos populares. Durante a manifestação, as centrais também reforçarão contrariedade ao Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização.

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Além da mobilização em São Paulo, o Dia do Trabalhador será de manifestações em várias cidades do País. Em Brasília, a marcha começará, a partir das 9h, na Torre de TV. No Rio Grande do Sul, o ato do dia 1º de maio tem início às 14h, no Gasômetro.

Já no Rio de Janeiro, a mobilização ocorrerá nos Arcos e contará com a participação de 22 duas entidades sociais. No Mato Grosso do Sul, a marcha acontecerá em Campo Grande, no posto Jaú, na BR 163, a partir das 6h30 e no Recife, o ato terá concentração às 9h na Praça Oswaldo Cruz, e percorrerá principais ruas da capital pernambucana. 

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, reconheceu, em discurso no 3º Congresso das Direções Zonais do PT São Paulo, que está sendo realizado na noite desta sexta-feira, 24, em São Paulo, que o momento é muito difícil. "Estamos realizando dezenas de atividades em todo o País porque mais do que o PT, é preciso unir as forças progressistas, os movimentos sociais e toda esquerda, para garantir a democracia, o resultado das eleições e a não revogação dos direitos da classe trabalhadora."

No breve pronunciamento, o dirigente petista fez uma menção, indireta, aos escândalos que atingiram integrantes da legenda. "Quem erra no caminho ético não pode continuar em nossas fileiras (PT), essa é uma regra que os outros (partidos) não aplicam." E voltou a dizer que o PT não vai mais permitir doações de empresas. Por isso, pediu empenho na arrecadação de fundos pelos militantes, explicando que isso terá de ser feito ou por cheque ou por boleto bancário, a fim de que se preste contas à Justiça Eleitoral.

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"O ingresso no financiamento empresarial foi a entrada do mal. Os outros (partidos) não tem moral para cobrar a gente, eles instituíram esse sistema e não querem abrir mão dele", disse Falcão, reiterando que a corrupção sempre existiu.

Para Falcão, é importante o PT se mobilizar. "Não é a primeira vez que nos atacam", disse, lembrando episódio do sequestro do empresário Abílio Diniz, que tentaram imputar a militantes da sigla. O dirigente nacional da legenda, disse que o PT está sendo criticado por suas virtudes e não pelos erros. "Querem nos cobrir com a lama da hipocrisia deles (adversários)."

E como o presidente nacional da CUT, disse que o partido irá pedir à presidente Dilma Rousseff que vete o PL 4330, caso ele seja aprovado pelo Congresso.

A Comissão Especial que analisa a Reforma Política (PEC 182/07) vai ouvir o presidente nacional do PT, Rui Falcão, nesta quinta-feira (23), sobre sistemas eleitorais e financiamento de campanha. O debate do dirigente com os parlamentares será às 9h. O debate foi proposto pelo relator da comissão, o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), que apresentou requerimento para que fossem convidados representantes de diversos partidos.

Dirigentes de outras legendas foram ouvidos pelo colegiado nas últimas semanas, entre eles o senador Aécio Neves, presidente do PSDB; Renato Rabelo, do PCdoB; Carlos Lupi, do PDT; o deputado federal Roberto Freire, do PPS; e Carlos Siqueira, do PSB. 

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Para o relator do grupo, o debate na comissão especial tem como um dos eixos principais o fortalecimento dos partidos políticos e “não seria razoável deliberar sobre um novo regramento político-partidário sem ouvir dirigentes nacionais de partidos políticos representativos das legendas do Congresso Nacional."

O presidente do PT, Rui Falcão, disse em coletiva de imprensa ver com preocupação o "mélange", a mistura, entre o a Justiça Federal e o Ministério Público nas investigações da Operação Lava Jato. Ele disse ainda que "forças conservadoras" estão tentando ensaiar pedidos de impeachment da presidente por meio da avaliação parcial de indícios de irregularidades.

"Quando ele (juiz Sérgio Moro) diz 'minha equipe' ele está se referindo aos procuradores que estão lá em Curitiba. Tem até uma briga, que eu vi pelos jornais, da Polícia Federal com o Ministério Público para saber quem conduz a investigação. Tem uma mélange que nos deixa em dúvida sobre o resultado (dessas investigações)", disse o dirigente.

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"Está se formando dentro do estado democrático de direito um verdadeiro estado de exceção", disse ao repetir a argumentação petista de que até o momento as informações da Lava Jato vem de "criminosos", em relação aos delatores, e argumentando que atualmente a confissão "não é mais a rainha das provas".

Falcão afirmou que as doações empresariais investigadas no âmbito da Lava Jato foram feitas nos mesmos moldes a outros partidos além do PT. "Não somos nós que estamos dizendo, são os números do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)." Questionado então sobre o motivo de tal seletividade, o presidente do PT afirmou que "há uma onda conservadora em curso, destinada a cercar a presidenta Dilma e destinada a ensaiar o impeachment".

Vaccari

Ainda quando falava do ex-tesoureiro João Vaccari Neto, Falcão fez questão de reforçar que a o partido também viu seletividade no tratamento das informações que justificaram a prisão dele. E repetiu também que os dirigentes do partido não viram qualquer razão que justificasse a prisão do ex-tesoureiro.

Perguntado se Vaccari pode voltar à tesouraria, Falcão disse que o tema não foi discutido na reunião do diretório mas que não haveria um impedimento estatutário para isso. "Isso não está em pauta, mas se ele desejar não há impedimento partidário para ele reassumir suas funções."

Pedaladas

 

Falcão chamou de "mais um fato midiático, sem consequências" a investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as chamadas "pedaladas fiscais" do governo.

Falcão disse que viu na imprensa que houve resposta do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e afirmou que "pedaladas já ocorreram em vários momentos no Brasil". O presidente petista cobrou que Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal (STF) investiguem as "pedaladas" do passado, sem especificar quando elas aconteceram.

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