Tópicos | Síria

As conversas entre o governo e os grupos rebeldes da Síria começaram nesta segunda-feira (23) na capital do Cazaquistão, em um esforço mediado por Rússia, Turquia e Irã para encerrar o conflito de seis anos.

A reunião, cujo foco central é fortalecer o cessar fogo no país, é acompanhada pelo enviado das Nações Unidas à Síria, Staffan de Mistura, que pretende criar um entendimento para conversas de cunho mais político em janeiro, em Genebra.

##RECOMENDA##

Por outro lado, os Estados Unidos decidiram não enviar uma delegação ao encontro, citando "necessidades imediatas da transição" de governo em Washington. O país é representado pelo embaixador no Cazaquistão, George Krol.

Osama Abo Zayd, um representante dos rebeldes junto à mídia, afirmou à Associated Press antes do encontro em Astana que o escopo das negociações é limitado ao fortalecimento do cessar fogo.

"Não existe significado em uma negociação quando aqueles que nós defendemos estão sendo mortos", afirmou, acrescentando que não haverá, em hipótese alguma, discussões sobre eleições ou sobre o futuro de Assad.

Estimativas dão conta de que o conflito sírio matou mais de 400 mil pessoas desde março de 2011. Fonte: Associated Press.

O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que o governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, deve ser convidado para participar das negociações de paz sobre a Síria, no dia 23 de janeiro.

Lavror disse que as negociações, que devem ocorrer em Astana, no Casaquistão, serão mais produtivas com o governo de Trump do que foram com o presidente Barack Obama.

##RECOMENDA##

"É totalmente possível traze um pouco de novos ares para as conversações, levando em conta que o novo governo norte-americano diz que pretende lutar contra o terrorismo com força total, diferente da administração anterior", disse Lavrov para repórteres.

As negociações de paz sobre a Síria foram pausadas nos últimos meses, à medida que autoridades dos EUA se viram deixadas de lado pela Rússia, que ajudou as forças sírias do presidente Bashar al-Assad a reconquistar a cidade de Aleppo. Fonte: Dow Jones Newswires.

Ativistas da oposição síria afirmam que militantes do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) iniciaram nova ofensiva em áreas controladas pelo governo, na cidade de Deir el-Zour, na região leste do país.

Foi relatada uma batalha intensa entre soldados sírios e membros do EI na cidade e nas cercanias de um aeroporto controlado pelas forças armadas.

##RECOMENDA##

Os extremistas, que controlam a maior parte da província de Deir el-Zour, mantêm cerco à cidade desde 2014. Forças sírias têm resistido à pressão do EI graças a envios de ajuda humanitária e remessas de armamentos e munição ao aeroporto.

O Observatório Sírio para Direitos Humanos afirma que a ofensiva deste sábado foi o ataque mais intenso em um ano. Foram reportadas fortes explosões e a participação de aviões sírios nas batalhas. Fonte: Associated Press.

Em mais um vídeo divulgado pelo Estado Islâmico (EI), crianças recrutadas são filmadas enquanto matam três homens. Segundo o jornal The Sun, as imagens foram capturadas em um parque abandonado em Deir ez-Zor, na Síria. 

[@#galeria#@]

##RECOMENDA##

A menor das crianças é filmada atirando em um homem com uma pistola. Já outra corta a garganta do prisioneiro com uma longa faca. O vídeo ainda exibe o treinamento dos meninos com rifles e os mostra erguendo a bandeira com o distintivo do grupo extremista.

Acredita-se que as vítimas façam parte do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). Uma delas ainda fala com a câmera antes de ser assassinada.

O vídeo foi divulgado no último domingo (8). O recrutamento de crianças faz parte das estratégias do Estado Islâmico. 

Na Síria, ao menos 43 pessoas morreram com a explosão de um carro-bomba em um mercado lotado na cidade de Azaz, na província de Alepo, próximo da fronteira com a Turquia. A explosão destruiu o mercado e atingiu ainda um prédio do governo. Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque. Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, entre os mortos estão seis opositores.

Outros grupos de ativistas, inclusive o centro de imprensa de Azaz, informam 50 mortos. As buscas por feridos continuam e muitos corpos seguem sem identificação, em função da força da explosão. Imagens divulgadas na internet mostram uma extensa fumaça preta sobre os destroços do mercado e sons de tiros ao fundo.

##RECOMENDA##

Muitos rebeldes e civis que saíram de Alepo, durante a ofensiva do governo no ano passado, ficaram em Azaz. Ao oeste da cidade, as forças curdas da Síria têm o controle de uma faixa de terra e tentam frequentemente avançar para a cidade, causando confrontos com tropas turcas e aliados. Já ao leste, opositores lutam contra os extremistas do Estado Islâmico, ganhando território e avançando. Fonte: Dow Jones Newswires

A Rússia comunicou nesta sexta-feira (6), que está retirando seus porta-aviões e navios de guerra das águas do largo da síria, como o primeiro passo para retirada das forças de segurança do país, segundo a Associated Press.

O transportador Almirante Kuznetsov e os navios de acompanhamento serão os primeiros a partir, informou o chefe do Estado-Maior Geral russo, General Valery Gerasimov.

##RECOMENDA##

Segundo a agência estatal de notícias Tass, de acordo com a decisão do comandante supremo, Vladimir Putin, o Ministério da Defesa está começando a reduzir o número de forças armadas na Síria.

Putin anunciou um acordo de cessar-fogo entre o regime sírio e a oposição armada da Síria, em dezembro do ano passado. Já nesta semana, rebeldes rejeitaram a proposta apresentada pelo governo Assad para que entreguem suas armas e se retirem de Yalda, Babila e Beit Sahem, que ficam ao sul da capital Damasco.

A Rússia começou a fazer ataques aéreos na Síria no final de setembro de 2015. A medida afetou o equilíbrio de forças no país, já que, apesar de terem como alvo comum o Estado Islâmico, a Rússia e os Estados Unidos apoiam forças diferentes no conflito.

Enquanto os russos apoiam o presidente sírio, Bashar al-Assad, as forças ocidentais dão suporte aos grupos de rebeldes, que são contrários a Assad.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos estima que ao todo, 3.943 civis morreram na Síria em 2016 por conta de ataques da aviação russa no país.  

As negociações de paz entre o governo de Bashar al-Assad e os grupos rebeldes sírios começarão no dia 23 de janeiro em Astana, no Cazaquistão, disse o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu.

A entrevista do chanceler foi dada à agência oficial de notícias de seu país, Anadolu, citada pela russa Tass nesta quarta-feira (4). Rússia e Turquia, ao lado do Irã, foram os principais negociadores do acordo para cessar-fogo assinado entre os dois lados do conflito sírio e que entrou em vigor no último dia 30 de dezembro.

##RECOMENDA##

Cavusoglu destacou que, antes do acordo de todos os representantes, será realizada uma espécie de pré-reunião entre russos e turcos nos dias 9 e 10 de janeiro.

Ao ser questionado sobre as acusações de grupos rebeldes de que o regime de Assad não estaria respeitando a trégua nos ataques, o ministro turco se mostrou preocupado e destacou que "se nós não formos capazes de para as violações do cessar-fogo, o encontro de Astana fracassará".

Nessa terça-feira (3), representantes dos rebeldes informaram que "congelariam" as conversas de paz em Astana porque as "violações" dos grupos pró-Assad estariam "ameaçando a vida de centenas de milhares de pessoas".

Mergulhada em uma guerra civil há quase seis anos, a Síria tenta um acordo diplomático para por fim ao conflito - que já matou centenas de milhares de pessoas e obrigou mais de seis milhões a saírem de suas casa. 

O cessar-fogo na Síria negociado pela Rússia e Turquia que entrou em vigor a meia-noite desta sexta-feira está mantido, apesar de pequenas violações, marcando um avanço potencial num conflito que tem sido destruído iniciativas de paz de alto nível durante mais de cinco anos.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha, relatou hoje conflitos entre tropas e rebeldes na província central de Hama e perto da capital, Damasco, mas disse que não houve relatos de vítimas civis desde que a trégua começou.

##RECOMENDA##

O ativista da oposição Mazen al-Shami, que está residindo em Douma, subúrbio de Damasco, disse que pequenos confrontos próximos deixaram um rebelde ferido. O ativista Ahmad Al-Masalmeh, no sul da província de Daraa, disse que as forças do governo abriram fogo em áreas mantidas pelos rebeldes.

Várias tentativas anteriores de travar a luta fracassaram. Tal como em acordos anteriores, o atual cessar-fogo exclui tanto o grupo afiliado à Al-Qaeda, Al-Sham Front, que luta ao lado de outras facções rebeldes, quanto o Estado Islâmico.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse na quinta-feira que o cessar-fogo será garantido tanto por Moscou como pela Turquia, e que o Irã também faz parte do acordo. Moscou e Teerã fornecem apoio militar crucial ao presidente sírio Bashar Al-Assad, enquanto a Turquia tem servido há muito tempo como uma base traseira e fonte de suprimentos para os rebeldes.

A Rússia disse que o acordo foi assinado por sete das principais facções rebeldes da Síria,

embora nenhuma delas tenha confirmado imediatamente e uma negou assiná-lo.

A trégua veio na esteira de um acordo russo-turco no início deste mês para que os rebeldes deixassem a cidade de Aleppo. A retomada de todas as regiões de Aleppo marcou a maior vitória de Assad desde o início da revolta de 2011 em quatro décadas da família no poder.

"A derrota dos terroristas em Aleppo é um passo importante no sentido na guerra", disse Assad em entrevista à TG5, uma emissora de TV italiana, acrescentando que a captura da cidade não significa que a guerra tenha terminado porque "terroristas" ainda estão na Síria.

Os Estados Unidos ficaram de fora de ambos os acordos, refletindo a deterioração das relações entre Moscou e Washington após o fracasso de esforços diplomáticos anteriores sobre a Síria. Fonte: Associated Press

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (29) que os acordos foram firmados para um cessar-fogo na Síria e negociações de paz entre o governo do presidente Bashar al-Assad e a oposição.

A trégua está programada para começar na manhã de sexta-feira (30), disse o ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu.

##RECOMENDA##

Em um comunicado divulgado pela Agência de notícias oficial da Síria, os militares da Síria confirmaram que um "cessar-fogo abrangente" entraria em vigor na meia-noite.

Putin disse que os acordos foram alcançados nesta quinta-feira entre o regime sírio e a "oposição militante" para um cessar-fogo e para os arranjos para monitorá-lo. Ele também disse que o acordo foi alcançado sobre a "prontidão das conversações de paz para resolver [a situação] na Síria.

O líder russo, no entanto, não identificou os grupos militantes que ele disse terem concordado com a trégua, mas Shoigu disse que incluíram as "forças principais" da oposição armada. O Estado Islâmico e a Frente da Conquista Síria, um grupo armado ligado à Al Qaeda, foram excluídos das tréguas anteriores. Em suas observações, Putin reconheceu que os acordos eram "muito frágeis".

Fonte: Dow Jones Newswires.

A Turquia e a Rússia fecharam um acordo de cessar-fogo em todo o território sírio, informou a agência oficial de notícias de Ancara, Anadolu, nesta quarta-feira (28). Agora, esse documento será submetido à aprovação do governo sírio e dos grupos de oposição do país que está há mais de cinco anos em guerra.

Entre os principais termos da negociação, Ancara e Moscou querem colocar a trégua em vigor já na madrugada desta quinta-feira (29) "em todas as zonas de combate entre as forças do governo e os rebeldes". A única exceção será a continuidade de ataque contra "grupos terroristas".

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Desde a última semana, representantes do governo turco, russo e do Irã estão debatendo alternativas para por fim aos conflitos na Síria. O acordo fechado agora não inclui os ataques dos Estados Unidos e da coalizão internacional - incluindo os países europeus.

Até o acordo, o governo de Ancara não apoiava o presidente sírio, Bashar al-Assad, e realizava ataques especialmente nas fronteiras entre as duas nações - onde, além dos terroristas do Estado Islâmico (EI) e da Frente al-Nusra, combatia grupos curdos que querem criar uma região autônoma no território turco.

O que não ficou claro, segundo a Agência Ansa, é se Ancara continuará atacando os curdos. Isso porque, apesar de não contar com reconhecimento internacional, o governo de Recep Tayyip Erdogan considera "terroristas" diversos desses grupos que lutam contra seu governo.

Aproximadamente 400 ativistas pela paz saíram da periferia de Berlim, em direção à destruída cidade síria de Aleppo, na noite de segunda-feira (26), em solidariedade à população, vítima da guerra que ocorre há mais de cinco anos neste país do Oriente Médio.

A "marcha civil por Aleppo", foi proposta por Anna Alboth, jornalista polonesa residente em Berlim. A intenção do ato consiste em exercer pressão política para ajudar civis que são vítimas do conflito existente na Síria.

Para percorrer os 3.000 quilômetros que separam as duas cidades, será necessário caminhar por três meses e meio. Os participantes pretendem fazer de 15 a 20 km de deslocamento diário, movendo-se no sentido inverso ao do itinerário dos imigrantes que chegam à Europa, passando por Turquia, Grécia, e pela "rota dos Bálcãs".

Anna, 30 anos, afirma que "o objetivo dessa marcha é que os civis sírios tenham acesso à ajuda humanitária", relatou esta blogueira, que pretende atrair para a sua causa um público mais amplo.

Ainda assim, Alboth não acredita que a marcha consiga chegar até a cidade síria, retomada pelo governo na última semana, declarou à imprensa. Ela acredita que possam ser impedidos de completar o trajeto ainda em território turco.

No dia 20 de dezembro, a idealizadora da marcha publicou em seu Facebook: "se pudéssemos mudar as coisas com uma multidão de europeus e ocidentais marchando até Aleppo, vocês viriam comigo?". A ideia teve aceitação positiva, e então, a iniciativa se concretizou.

Desde 2012 dividida em um setor sob controle do regime sírio de Bashar al Assad (oeste) e outro sob domínio dos rebeldes (leste), a antiga capital econômica e a segunda maior cidade do país foi reconquistada pelo exército sírio, com apoio da Rússia e do Irã.

O Ministério da Defesa russo afirmou nesta segunda-feira que os militares do país encontraram covas coletivas no leste de Alepo, com corpos que apresentavam sinais de tortura e mutilações. Porta-voz militar, o major-general Igor Konashenkov disse em comunicado que os russos encontraram covas com várias dezenas de sírios que sofreram um "massacre" no local.

Konashenkov disse que alguns cadáveres estavam mutilados e alguns tinham ferimentos de bala. A Força Aérea russa ajudou o regime do presidente Bashar al-Assad e seus aliados a capturar a maior cidade da Síria, após semanas de cerco. O porta-voz também criticou rebeldes da oposição, que controlavam o leste de Alepo antes de serem expulsos neste mês. Segundo Konashenkov, os rebeldes haviam colocado minas pela cidade, o que ameaça a população civil.

##RECOMENDA##

Assad, por sua vez, visitou um orfanato cristão perto da capital do país, Damasco, no Natal. Fotos do evento foram colocadas na página da presidência síria no Facebook. Assad visitou o local com a mulher, Asma, no subúrbio de Sednaya.

Em Alepo, cristãos celebraram o Natal pela primeira vez em quatro anos, após o regime retomar o controle das forças do governo. A retirada rebelde do leste de Alepo, na semana passada, foi a maior vitória de Assad desde o início da guerra civil no país, em 2011.

Os cristãos são uma das maiores minorias religiosas na Síria e representam cerca de 10% da população de 23 milhões de pessoas do país. A oposição ao regime tem sido cada vez mais uma defensora do islamismo e parte dela é radical, o que levou os cristãos a penderem para Assad. Fonte: Associated Press.

O papa Francisco lançou um apelo neste domingo (25) pelo fim da guerra na Síria e uma "nova página na história" entre Israel e Palestina, durante sua mensagem de Natal "Urbi et Orbi" ("À cidade e ao mundo").

"É tempo de as armas se calarem definitivamente e da comunidade internacional se aplicar ativamente para alcançar uma solução negociada" na Síria, declarou na Praça São Pedro do Vaticano o chefe espiritual de 1,2 bilhão de católicos.

Neste país, onde o regime sírio apoiado pela Rússia acaba de recuperar o controle de Aleppo, "muito sangue foi derramado", ressaltou o pontífice a respeito do conflito que já dura cinco anos. "Sobretudo na cidade de Aleppo, palco nas últimas semanas de uma das batalhas mais atrozes, é mais do que nunca urgente que a ajuda e reconforto sejam garantidas à população civil, no fim de suas forças, em respeito ao direito humanitário".

A comunidade católica de Aleppo celebra neste domingo a primeira missa em cinco anos na Catedral Maronita de Santo Elias, na parte antiga da cidade. Um pequeno grupo de pessoas decidiu limpar o local e instalar um presépio. "Nós todos temos lembranças desta igreja, aqui celebramos nossas festas e alegrias. Queremos transformar os escombros em algo bonito", disse um dos membros desse grupo, Bachir Badaoui.

Diante de dezenas de milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro, o papa argentino, que acaba de completar 80 anos, disse esperar "a paz" na Terra Santa. "Que israelenses e palestinos tenham coragem e a determinação de escrever uma nova página da história, onde o ódio e a vingança deem lugar à vontade de construir juntos um futuro de compreensão recíproca e de harmonia", acrescentou.

Paz

O soberano pontífice também pediu uma "paz restaurada" no Iraque, Líbia e Iêmen, "onde as pessoas sofrem com a guerra e atos terroristas atrozes".

"Paz aos homens e mulheres de diferentes regiões da África, especialmente na Nigéria, onde o terrorismo fundamentalista também explora crianças para perpetrar a morte e horror", denunciou o pontífice argentino.

O papa também pediu "valentia" à "amada Venezuela", país mergulhado em uma profunda crise política, para acabar "com as tensões atuais". E na mesma mensagem, felicitou a Colômbia por "um novo e valente caminho de diálogo e reconciliação", em referência as negociações de paz com a guerrilha.

Finalmente, Francisco desejou "paz" para todos aqueles que "perderam um ente querido devido a atos terroristas", enquanto um atentado com caminhão fez doze mortos em 19 de dezembro em um mercado de Natal em Berlim.

O autor do ataque, um tunisiano, foi morto pela polícia na sexta-feira em Milão, na Itália.

"A paz àqueles que perderam um ente querido devido a atos atrozes de terrorismo que semearam o medo e a morte no coração de tantos países e cidades", disse o papa.

Moradores e turistas em Berlim acendem velas e depositam flores no local do ataque. Em Milão, a polícia ocupa a praça que abriga um pequeno mercado de Natal, cujo acesso está sendo protegido por blocos de concreto desde o ataque de Berlim.

Na noite de sábado, em sua homilia da noite de Natal, o papa Francisco criticou o materialismo daqueles que festejam o Natal pensando apenas nos presentes e chamou a todos a ter compaixão pelas crianças abandonadas. Esta cerimônia, na Basílica de São Pedro, foi realizada em meio a fortes, mas discretas, medidas de segurança.

Em Belém, lugar onde, segundo a tradição cristã, nasceu Jesus Cristo, cerca de 2.500 fiéis palestinos e estrangeiros lotaram a Basílica da Natividade para a missa do Galo à meia-noite.

O presidente Mahmud Abbas e outros dignitários palestinos estavam presentes.

A menina síria Bana al Abed, conhecida por seus tuítes sobre o inferno diário de Aleppo, foi evacuada junto com sua família durante o cessar-fogo decretado na cidade síria, indicaram várias ONGs nesta segunda-feira.

Bana, de sete anos, "foi evacuada nesta manhã de Aleppo junto com sua família", indicou no Twitter a ONG islâmica turca IHH, e publicou uma foto que mostra a menina, com um gorro, junto a um de seus funcionários. "Fazia parte do primeiro grupo que foi evacuado nesta manhã e agora se encontra na região de Rashidin", uma zona campestre de Aleppo, disse à AFP um porta-voz do IHH.

Ahmad Tarakji, chefe da ONG médica síria American Medical Society (SAMS), também anunciou no Twitter, com uma foto, a evacuação da menina e sua chegada "com muitas outras crianças" ao campo de Aleppo.

A agência de notícias turca Anatolia exibiu pouco depois uma breve entrevista com Bana Al-Abed após sua evacuação, na qual ela aparece com um casaco e um toca para se proteger do frio do inverno. "Em Aleppo, há bombardeios em todas as partes. Saímos das ruínas porque nossa casa foi bombardeada", declarou timidamente em árabe, antes de se voltar para a sua mãe.

O ministro turco das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, anunciou que a menina e sua família seriam acolhidos na Turquia, segundo Anatolia. Desde setembro, Bana Al Abed (@AlabedBana) tuitava junto a sua mãe sobre a vida sob as bombas no leste de Aleppo, cercado pelo regime sírio. Sua conta é seguida por mais de 323.000 pessoas.

Em um de seus últimos tuítes, no domingo, havia implorado ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e ao seu ministro das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, que garantissem que o cessar-fogo apadrinhado por Turquia e Rússia funcionasse para que os habitantes dos bairros rebeldes fossem evacuados. "Estamos tão cansados", escreveu.

Cavusoglu respondeu no Twitter, afirmando que "as dificuldades em terra não nos dissuadirão". "Deve estar certa de que fazemos todo o necessário para te tirar dali, você e milhares de outros, para um lugar seguro".

Uma resolução a ser votada pela Organização das Nações Unidas (ONU) exige que a instituição e outros grupos monitorem as evacuações no leste de Alepo e obriga o chefe da ONU a consultar a Síria e as outras partes envolvidas para o envio imediato dos monitores.

O texto também pede para que todas as partes permitam acesso incondicional e imediato para a ONU e seus parceiros para a entrega de ajuda humanitária e cuidados médicos, além do "respeito e proteção de todos os civis em Aleppo e em toda a Síria".

##RECOMENDA##

A princípio, França e Rússia apresentaram resoluções conflitantes, e então anunciaram acordo em um texto após mais três horas de consultas a portas fechadas pelo Conselho de Segurança da ONU, neste domingo (18). Espera-se que a resolução final seja posta para votação na manhã da segunda-feira (19).

Em tom alarmista, o texto fala da "contínua deterioração da situação humanitária devastadora de Aleppo". Fonte: Associated Press.

A evacuação que deveria ter acontecido neste domingo (18)na cidade de Aleppo (Síria) e nas localidades xiitas de Fua e Kafraya foi adiada até nova ordem, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). As informações são da AFP.

O diretor do Observatório, Rami Abdel Rahman, indicou que a suspensão se deveu a um ataque de homens armados a 20 ônibus enviados para a evacuação das localidades xiitas. Yasser al-Yussef, do grupo rebelde Nurredin al-Zinki, confirmou à AFP o "adiamento momentâneo" da operação, assinalando que o incidente não terá impacto na retomada da mesma.

##RECOMENDA##

Yasser al-Youssef, do grupo rebelde Nurredin al-Zinki, confirmou à AFP o "adiamento momentâneo" da operação, assinalando que o incidente não terá impacto na retomada da mesma.

Neste domingo, 20 ônibus que deveriam entrar em Fua e Kafraya, localizadas na península de Idlib, controlada pelos rebeldes, foram atacados e incendiados por homens armados. O motorista de um dos veículos morreu no ataque, segundo o OSDH.

Segundo a mesma fonte, o acordo entre os beligerantes determinava que as evacuações acontecessem de forma sincronizada, primeiro em Fua e Kafraya e, depois, em Aleppo.

Segundo a ONU, na antiga capital econômica da Síria restam 40 mil civis e entre 1,5 mil e 5 mil combatentes e suas famílias.

A imprensa síria diz que ônibus e ambulâncias estão se preparando para entrar em Aleppo. O canal de televisão pró-governo Al-Ikhbariya disse neste domingo (18) que os comboios estão se preparando para evacuar mais de 2 mil residentes feridos e doentes das aldeias de Foua e Kefraya, no norte da Síria, que são sitiadas por rebeldes.

O Conselho de Segurança da ONU deve votar neste domingo uma resolução que determina acesso imediato e incondicional dos países das Nações Unidas e de seus parceiros à cidade síria de Aleppo e à Síria, para assegurar a entrega de ajuda humanitária.

##RECOMENDA##

O conselho programou consultas para a manhã deste domingo sobre a resolução de autoria da França, seguida de uma reunião aberta na qual se espera que os membros votem.

O projeto de resolução, obtido pela Associated Press, solicita ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que imediatamente transfira funcionários da Organização das Nações Unidas de um campo de operação para outro, para realizar "monitoramento neutro, observação direta e relatar evacuações." O texto salienta que as evacuações de civis "devem ser voluntárias e a destinos de sua escolha".

O Conselho de Segurança da ONU deve votar neste domingo (18) uma resolução que determina acesso imediato e incondicional dos países das Nações Unidas e de seus parceiros à cidade síria de Aleppo e à Síria, para assegurar a entrega de ajuda humanitária.

O conselho programou consultas para a manhã deste domingo sobre a resolução de autoria da França, seguida de uma reunião aberta na qual se espera que os membros votem.

##RECOMENDA##

O projeto de resolução, obtido pela Associated Press, solicita ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que imediatamente transfira funcionários da Organização das Nações Unidas de um campo de operação para outro, para realizar "monitoramento neutro, observação direta e relatar evacuações." O texto salienta que as evacuações de civis "devem ser voluntárias e a destinos de sua escolha".

O embaixador da ONU na Rússia, Vitaly Churkin, disse na sexta-feira que poderia avaliar a proposta, mas que era cético com a possibilidade de monitores serem levados à localidade rapidamente.

Milhares de civis e rebeldes enfrentam a fome e o frio, enquanto aguardam a retomada das operações de retirada dos últimos redutos controlados pelos insurgentes em Aleppo, na Síria. Um deputado da oposição afirmou hoje (17) que um novo acordo para a evacuação havia sido negociado, mas as autoridades do regime sírio não confirmaram a informação.

Pelo menos 40 mil civis e entre 1.500 e 5 mil combatentes com suas famílias continuam cercados no ponto rebelde da segunda maior cidade síria, de acordo com o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura.

##RECOMENDA##

No bairro de Al-Amiriyah, controlado em parte pelos insurgentes, e de onde começa o périplo da população a ser evacuada, milhares de pessoas, entre elas crianças, passaram a noite de sexta-feira para sábado em meio às ruínas dos imóveis. Durante a madrugada, a temperatura no local atingiu 6 graus negativos.

Os moradores estão sem água potável e alimentos e muitos deles sobrevivem comendo tâmaras. Segundo um correspondente da agência Agência France Presse, muitos moradores queimaram seus pertences para evitar que sejam tomados pelas forças do regime de Bashar Al-Assad.

Regime acusa rebeldes

Na sexta-feira, o exército sírio suspendeu a retirada acusando os rebeldes de não "respeitarem as condições do acordo". Uma fonte militar afirmou que os insurgentes tinham "aberto fogo e mostrado disposição de sacar suas armas e fazer moradores como reféns".

Um comboio com cerca de 800 pessoas evacuadas teve que dar meia-volta pelas milícias xiitas pró-regime.

De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos (Osdh), desde quinta-feira, cerca de 8.500 pessoas, sendo 3 mil combatentes, foram retiradas dos territórios controlados pelos rebeldes no oeste de Aleppo.

O diretor da ONG, Rami Abdel Rahmane, indicou outro motivo pela suspensão da operação. Segundo ele, a decisão se deve a um bloqueio por parte dos rebeldes para a retirada de feridos dos vilarejos xiitas Foua e Kafraya na província de Idleb, cercados pelos insurgentes.

"A evacuação deverá ser retomada em Aleppo ao mesmo tempo em que forem retirados de Foua e Kafraya cerca de 4 mil pessoas, entre elas feridos, seus familiares, civis e órfãos", disse Rahmane.

O acordo foi confirmado por um dos responsáveis pelo grupo islâmico Ahrar al-Cham, encarregado das negociações. "Nós estamos trabalhando para uma retomada das operações. Haverá retiradas em Foua e Kafraya, assim como em Madaya e Zabadani. Todos os moradores de Aleppo e os combatentes poderão partir", garantiu Al-Farouk Abou Bakr.

Da Rádio França Internacional

A retirada de civis e de combatentes da oposição do leste de Alepo foi suspensa nesta sexta-feira (16), após rebeldes abrirem fogo contra um comboio em um dos postos de controle da área, de acordo com a imprensa estatal da Síria. Já a imprensa oficial da Turquia afirma que as forças leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad, é que foram responsáveis por um ataque a um comboio.

Não estava ainda claro quanto tempo poderia levar para a retirada ser retomada. A imprensa estatal síria também disse que rebeldes tentavam levar reféns com eles para o enclave das forças oposicionistas. Também não se sabia se os episódios poderiam acabar com o cessar-fogo, no âmbito do qual dezenas de milhares de pessoas estão sendo retiradas de áreas controladas pelos rebeldes, um processo que deve levar vários dias.

##RECOMENDA##

O canal Al-Manar, do Hezbollah, afirmou que o Exército sírio interrompeu o processo pois rebeldes haviam violado o cessar-fogo. Milicianos do Hezbollah combatem na guerra civil síria ao lado das forças de Assad. A emissora Al-Mayadeen TV, sediada no Líbano, diz que ônibus que estavam parados em um posto de controle deixaram a área após um ataque de homens armados.

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma nova iniciativa de paz para a Síria, ao dizer que ele e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, trabalham para estabelecer um diálogo pela paz entre Damasco e oposicionistas no Casaquistão. Putin disse que as negociações ocorreriam em Astana, capital do Casaquistão, e que ele e Erdogan também trabalham por uma trégua geral na Síria. A oposição síria apoiada pelo Ocidente, porém, dificilmente aceitará o local proposto para as negociações.

Há números contraditórios sobre quantas pessoas foram retiradas de Alepo na quinta-feira. A imprensa estatal síria disse que mais de 9 mil pessoas foram retiradas apenas na quinta-feira na cidade. Entre as pessoas retiradas havia, segundo a TV estatal, 3.475 homens, 3.137 mulheres, 2.359 crianças e 108 pessoas feridas. Já o Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou que cerca de 4 mil civis foram retirados na quinta-feira.

Para a oposição, a retirada é uma derrota humilhante. Assad qualificou o episódio como um evento histórico, comparável ao nascimento de Cristo e à revelação do Alcorão. Fonte: Associated Press.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando