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O Metrô de São Paulo deve operar com energia renovável nos próximos anos. O anúncio para que empresas e consórcios estudem possibilidades da alimentação elétrica de trilhos e estações da rede metroviária foi feito no último domingo (9). De acordo com a autarquia estadual de transporte, as instituições devem entregar os relatórios regulamentados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em até 120 dias.

Segundo o Metrô, 14 grupos empresariais vão participar dos estudos para implantação e operação sustentável do sistema de trens. O potencial do novo modelo de fornecimento de energia deve produzir, no mínimo, 120 megawatts (MW) por mês. Para abastecer a malha férrea, pátios e os postos das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, a companhia vai usar cerca de 60 MW. O restante da geração poderá ser negociado e reduzir os impactos econômicos nos cofres da autarquia. De acordo com a empresa, o consumo de eletricidade é o segundo maior gasto da instituição.

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Ainda segundo o Metrô, a melhor empresa poderá ser parte do futuro edital de licitação para a contratação do serviço. Serão considerados quesitos como melhor resultado econômico financeiro, menor impacto socioambiental e as mais satisfatórias técnicas de elaboração.

Sustentabilidade

Para contribuir com o consumo de energia limpa e renovável, o Metrô estuda disponibilizar cerca de 200 mil m² de espaço para coberturas de estações e pátios de manutenção para a instalação de células fotovoltaicas que geram energia solar.

Na elaboração dos projetos, a autarquia vai permitir que empresas e consórcios atuem em diferentes ambientes para estruturar a implantação dos recursos energéticos sustentáveis, como em terrenos remanescentes de obras de expansão da rede que pertencem à Companhia.

Na década de 1970, o botânico Akira Miyawaki desenvolveu um método para restaurar vegetações originais em terras degradadas ou destruídas. O processo, batizado de Método Miyawaki se dá em quatro passos e por meio dele foi possível criar 1.700 novas florestas por todo o continente asiático. Logo, a Europa abraçou a ideia.

O processo vem sendo utilizado para a criação de florestas urbanas na França e na Bélgica, além de pequenas florestas na Holanda, como esforço para ajudar no controle das mudanças climáticas. Na França e na Bélgica, o método já plantou 21 mil árvores em 7 mil metros quadrados, e por diversos estudos se concluiu que o uso de vegetações nativas facilita todos os processos, a começar pela polinização.

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O botânico Akira Miyawaki | Foto: Wikimedia

A primeira parte do método Miyawaki concentra-se no solo. Por meio da identificação, ao redor do ponto de onde se planeja construir a nova floresta, é possível identificar quais plantas nativas se adaptarão à região. Em seguida, há a limpeza do solo e a adição de nutrientes orgânicos. As plantações se iniciam com três a cinco pequenas árvores por metro quadrado e, por fim, resta aguar e cuidar da plantação contra pragas e ervas daninhas pelos três anos seguintes. O resultado é uma nova floresta na região, crescendo em velocidade até dez vezes maior e com vinte vezes mais biodiversidade.

 

A Vivo deu mais um passo em direção a sustentabilidade ao anunciar mais uma etapa de seu plano "RE100" - iniciativa global de estímulo à transição para o uso de fontes limpas. A empresa revelou que passará a produzir sua própria energia, por meio do modelo de geração distribuída, com fontes renováveis de origem solar (61%), hídrica (30%) e de biogás (9%). Com a conclusão do projeto, companhia espera produzir cerca de 670 mil MWh/ano de energia, o suficiente para abastecer todo o consumo de uma cidade de até 300 mil habitantes.

O projeto responderá por mais de 80% do consumo da Vivo em baixa tensão, e vai atender mais de 28 mil unidades da empresa, como lojas, torres, antenas, equipamentos de telecomunicações e escritórios. odelo teve início em 2018 no estado de Minas Gerais e, agora, irá atender todos os estados do país, além do Distrito Federal. 

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Duas usinas já estão em operação: no município de Aripuanã, no Mato Grosso, com capacidade de 3,5 MW, produzida a partir de fonte hídrica, e na cidade de Campinas, de fonte solar com capacidade de 4,77MW, no estado de São Paulo. Vale ressaltar que a fonte solar será um dos principais recursos renováveis utilizados em todo o projeto de geração distribuída da Vivo. 

O cronograma de expansão segue nos próximos meses com parcerias firmadas para os próximos 20 anos. A companhia espera criar empregos diretos e indiretos com as futuras fases do projeto, que visa alcançar uma produção de energia 100% sustentável. O caminho parece ter sucesso uma vez que a empresa de telecomunicações reduziu, em 2019, 50% de suas emissões diretas e indiretas de CO2 e neutralizou suas emissões dos gases causadores do efeito estufa.

Em um tom menos beligerante, o ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles, diz que está disposto a dialogar com as empresas brasileiras e investidores externos para buscar soluções conjuntas para a questão ambiental. Com o cargo em xeque nas últimas semanas e muito criticado pela fala de que o governo deveria aproveitar que a mídia estava com a atenção voltada à pandemia do coronavírus para "ir passando a boiada", no dia 22 de abril, durante reunião ministerial, Salles admitiu falhas na comunicação e afirmou que vai estreitar as relações com a iniciativa privada e países europeus para debater soluções completas para a Amazônia.

A seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao Estadão:

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Nas últimas semanas vimos um movimento de empresários e investidores pedindo mudanças de atitude sobre a política ambiental. Por que os investidores estrangeiros e empresários nacionais estão descontentes?

Acho que essa aproximação de empresas de vários setores é positiva. Nós tivemos duas reuniões (na quinta-feira, com investidores estrangeiros, e na sexta-feira, com empresas nacionais). As preocupações são expressadas de maneira diferente. O estrangeiro não tem o conhecimento que o nacional tem em diversos assuntos, mas no geral vai na linha do desmatamento. E nós, por outro lado, pudemos mostrar a eles que pode ter colaboração entre governo e setor privado.

O desmatamento tem aumentado e há uma preocupação das empresas, desde as queimadas na Amazônia no ano passado, de que o governo não tem agido de forma eficiente para combate. Como as conversas estão sendo conduzidas com o setor privado?

Nós entendemos que é necessária ter uma postura firme das atividades ilegais de toda a natureza: garimpo ilegal, de madeira, de grilagem de terra. Isso compõe o primeiro pilar da estratégia do governo. São cinco pilares. O primeiro é comando e controle, que é muito necessário realmente. O segundo é uma discussão no Congresso, neste momento, sobre como fazer a regularização fundiária para você ter a responsabilização das pessoas de acordo com o Código Florestal. Depois, o pagamento pelos serviços ambientais. Ou seja, premiar quem tem boas práticas ambientais. Para isso, o governo lançou o projeto Floresta Mais, que é um projeto piloto de R$ 500 milhões que pode se expandir, inclusive com a ajuda dos investidores estrangeiros. O quarto pilar é o zoneamento econômico e biológico, que poderá trazer um planejamento territorial para a Amazônia. E, por fim, trazer investimento privado para colocar de pé a agenda da bioeconomia.

E como faz isso?

O pressuposto é que a floresta preservada tem de valer mais que a floresta devastada.

As empresas e investidores fizeram pesadas críticas à política ambiental. O governo insiste em dizer que é uma questão de geopolítica e protecionismo.

Acho que as coisas se somam. Que há interesses comerciais entre países e mercados, não tem dúvida. Mas se soma a isso uma percepção da sociedade e consumidores sobre o tema ambiental, percepção essa que é justa. E há também um sentimento das empresas, que querem manter sua competitividade no Brasil e no exterior e que querem participar mais das discussões e dilemas ambientais.

As empresas dizem já sofrer boicotes. Como ajudá-las?

O que podemos fazer é ajudar as empresas a responder esses questionamento e, eventualmente, se precisar de ações concretas, nós faremos. Por isso que é preciso que as empresas estejam próximas ao governo para trazer essas informações e a gente responder.

O sr. reconhece que falhou nessas demandas ambientais?

Acho que preciso melhorar realmente a comunicação e trazer as pessoas para participarem desse debate. O vice-presidente Hamilton Mourão convidou alguns embaixadores estrangeiros para irem à Amazônia quando passar a pandemia. Por outro lado, precisamos ir à Europa e outros países para dar informações e ouvir as críticas. Ou seja, encontrar um caminho comum de soluções completas para a Amazônia.

Então existe uma certa falha neste processo. O sr. está fazendo uma espécie de 'mea culpa'?

A comunicação nossa precisa melhorar. Se a gente puder contar com as empresas brasileiras para ajudar, isso vai ser importante porque têm capilaridade, agilidade, e uma série de diferenciais que tornam mais rápida do que a missão governamental. Isso é verdade.

Como as empresas podem ajudar? Por que só agora o sr. procurou a iniciativa privada?

A ajuda pode se dar de várias formas. Há questões pontuais, que é o programa Adote um Parque para que 132 unidades de conservação da Amazônia possam ser adotadas por empresas privadas nacionais e estrangeiras. Mas do que isso as empresas devem - e o vice-presidente Mourão abriu essa oportunidade - participar desses debates nossos sobre o que fazer para enfrentar os desafios da Amazônia, seja no conselho da Amazônia ou no conselho do fundo da Amazônia.

Enfrentamos também um racha no agronegócio em relação às questões ambientais. Há uma ala muito radical, alinhada ao governo, que diz que o problema não existe.

Acho que precisa se aproximar todos os lados. Todos precisam ouvir - cada lado tem aí suas ponderações e suas perspectivas. Essa conversa tem de ser feita de maneira transparente e rápida.

A sua fala no dia 22 de abril na reunião ministerial com o Bolsonaro "de passar a boiada" pegou muito mal e gerou muitos protestos. Como o sr. avalia hoje essa fala?

Primeiro, a gente tem de explicar para a sociedade os desafios da burocracia e de ter uma regra. Se você me perguntasse se era uma frase para ser dita ao público desta forma, acho que não. Tem de explicar melhor. É o que tenho feito nesta entrevista. É uma questão de ter mais eficiência, ter mais transparência, diminuir burocracia, que são processos sempre necessários. E explicar isso de forma mais didática.

Há comentários em Brasília de que o sr. não está mais à altura da pasta. Como recebe essas críticas?

Essa escolha é do presidente da República. Ele é que tem fazer isso. Temos de receber as críticas com naturalidade e corrigir se tiver algo a fazer. O governo tem um nível técnico elevado. A gente tem de olhar para a frente e trabalhar em conjunto. O governo tem muita coerência e homogeneidade.

Como o sr. se defende das ações de improbidades administrativas que é acusado?

Eu acho que a ação é improcedente até porque vários temas que são tratados ali reúne muita coisa ao mesmo tempo. Elas já estão sendo discutidas em outros processos e o governo tem demonstrado que há fundamentos para todos os temas. 

O uso de agrotóxicos agrava não apenas inúmeros problemas ambientais, mas também oferece riscos já comprovados pela ciência para a saúde humana, como problemas respiratórios e o desenvolvimento de cânceres. Com pessoas cada vez mais valorizando alimentos orgânicos, a antiga técnica de controle biológico, que utiliza flores para atrair insetos que se alimentam de pragas substituindo os pesticidas, pode ser uma alternativa sustentável ao agrotóxico.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou no final do ano passado que 99,1% das amostras monitoradas com o uso de flores no lugar de agrtóxicos eram seguras para o consumo, sem indicação de risco. Apenas 0,89% das amostras tinham risco agudo para o consumidor, significando a possibilidade de provocar algum efeito negativo ao organismo. Entre os alimentos de plantações testados estavam o abacaxi, a batata e o arroz. Os alimentos foram coletados em 77 municípios do Brasil e são uma representação estatística do consumo no país.

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Conhecido como método biológico, a pratica ancestral é simples. Basta plantar flores silvestres ao redor da plantação, atraindo os predadores naturais das pragas para a área de cultivo. Com a ajuda de insetos, como joaninhas e vespas, as plantações podem ficar livres de pulgões e florescer normalmente.

O uso de pesticidas aumenta a contaminação e a poluição das águas, do solo e do ar, além de matar milhares de abelhas, espécie polinizadora considerada a mais importante do planeta, como afirma as Nações Unidas, podendo afetar drasticamente a produção de alimentos.

 

A aulas da rede de ensino do Recife começam nesta terça-feira (4). Os mais de 90 mil alunos matriculados em 2020 trabalharão as obras da escritora Clarice Lispector e terão Sustentabilidade e Emergências Climáticas dentro das disciplinas a serem estudadas. A capital pernambucana é a primeira cidade brasileira a ter obrigatoriamente a disciplina no currículo.

A Secretaria de Educação do Recife preparou uma programação especial na Escola Municipal Rozemar de Macedo Lima, em Casa Amarela, Zona Norte da cidade, para marcar o início das aulas. Os mais de 400 alunos da unidade de ensino receberão a visita da personagem professora Clarice, que contará a história do livro O mistério do coelho pensante. 

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Além de contar a história para as crianças, a professora Clarice realizará atividades lúdicas com os pequenos, por meio de brincadeiras, teatro, música, e estabelecerá diálogos sobre a sustentabilidade e as emergências climáticas.

Essa ação será desenvolvida em toda a rede de ensino do Recife durante o ano de 2020 e o projeto leva o nome de "Clarice vai à escola", que tem como foco o processo de alfabetização e letramento para Educação Infantil e Anos Iniciais. 

Para os estudantes de Anos Finais, o foco do projeto é a interpretação de texto e a apropriação da obra da escritora. Além de O mistério do coelho pensante, os alunos do ciclo de alfabetização trabalharão também com mais três livros da autora: A mulher que matou os peixes, Doze Lendas Brasileiras: como nasceram as estrelas e Quase de verdade. 

"Clarice Lispector é considerada uma das maiores escritoras brasileiras do século 20. Atualmente, 45 obras dela estão sendo comercializadas e nós estamos adquirindo dois kits para cada escola da rede. A comunidade escolar terá esse material à disposição, entre romances, contos e ensaios, para ser trabalhado durante todo o ano. A rede fará um evento para apresentar a produção literária dos nossos estudantes, no final do ano", diz Bernardo D´Almeida, secretário de Educação do Recife, segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa.

No total, mais de 18 mil livros foram adquiridos para serem distribuídos nas unidades escolares, nas bibliotecas do Compaz e para os professores. A rede de ensino da Prefeitura do Recife conta com 312 escolas, sendo 82 creches, além da Escola de Arte João Pernambuco, um barco escola e uma classe hospitalar.

Sustentabilidade nas escolas

Recife é a primeira cidade brasileira a ter a disciplina Sustentabilidade e Emergências Climáticas como obrigatória no currículo, com aval do Conselho Municipal de Educação, que aprovou em dezembro o novo componente curricular por unanimidade. 

Entre os conteúdos a serem aprendidos estarão: Aquecimento global e suas consequências no cotidiano; Formas de vida, sustentabilidade e os cuidados com a natureza; Consumo sustentável; e Água: entre os interesses econômicos e os da realização plena da vida humana.

O anúncio dessa decisão foi feito pelo Prefeito do Recife, Geraldo Julio, durante a 1ª Conferência Brasileira de Mudança do Clima, realizada no Recife, de 6 a 8 de novembro. Ainda no evento, o Recife foi a primeira cidade brasileira a decretar o reconhecimento da emergência global do clima em novembro de 2019 e, tem, inclusive, uma Lei Municipal que dispõe sobre a política de sustentabilidade e enfrentamento a emergências climáticas.

Para o secretário de Educação do Recife, Bernardo D’Almeida, a ideia é conscientizar as novas gerações e encontrar ressonância nessa causa absolutamente vital para o planeta. “A ideia é mostrar as causas do aquecimento global, desenvolver e promover ações socioambientais que possam combatê-lo, construir uma cultura de pertencimento e convivência sustentável entre os nossos estudantes, professores e comunidades do entorno das nossas escolas”.

A partir de março, os professores da Rede receberão um reforço na formação relacionada ao tema da sustentabilidade e emergências climáticas e atuarão de forma interdisciplinar. A qualificação será feita pelo professor da UFPE e doutor em Geografia e Ordenamento Territorial pela Universidade de Paris, Cláudio Jorge de Moura Castilho, na Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Educadores do Recife Professor Paulo Freire.

A tendência da nova década inclina-se a favor do consumo sustentável, e para um maior compromisso e respeito pelo meio ambiente.

Há ações que podem ser empreendidas para contribuir para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (2015-2030) propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para garantir a vida sustentável na Terra.

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A dez anos de 2030 devemos atuar desde agora com grande responsabilidade para o fiel cumprimento dos ODS, missão na qual deverão estar envolvidas todas as nações e para a sustentabilidade do mundo.

A seguir apresentamos algumas ações que pode empreender para começar a proceder em função dos ODS formulados pela ONU para que cada um de nós ponha em marcha sua contribuição para o consumo sustentável na década.

Ação 1. Objetivo 1: Pôr termo à pobreza em todas as suas formas em todo o mundo

Doe a um centro comunitário de coleta a roupa que já não usa, ou qualquer outro recurso que não necessite. Você também pode fazer um trabalho voluntário comunitário, e dar um pouco de tempo para as pessoas ou comunidades marginalizadas que necessitam de atenção prioritária.

Ação 2. Objetivo 2: Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável

Não desperdice os comestíveis, uma alta percentagem dos alimentos são descartados no lixo. Compre apenas o que vai consumir para evitar desperdiçar desnecessariamente a comida, além disso com esta prática melhorará a sua economia.

A sua contribuição será inclusivamente benéfica para o ambiente, pois contribuirá para a redução das emissões de CO2 relacionadas com a cadeia de produção de alimentos.

Ação 3. Objetivo 6: Garantir a disponibilidade de água e a sua gestão sustentável e o saneamento para todos

Faça bom uso de água potável, repare vazamentos de água e não deixe a torneira aberta. Lave o veículo num centro de lavagem onde a água seja reutilizada e não seja banhada por um período de tempo superior a 7 minutos. Estas ações permitirão poupar anualmente um grande volume de água.

Ação 4. Objetivo 7: Garantir o acesso a uma energia acessível, segura, sustentável e moderna para todos

Certifique-se de apagar as luzes antes de sair de casa e durante o dia, desligue os aparelhos quando não os utilizar. Muitos estudos mostram que essas ações economizam 10% de energia. Por outro lado, representa uma economia no orçamento familiar e, naturalmente, contribuirá para a poupança de energia e para o controlo da poluição.

Ação 5. Objetivo 11: Tornar as cidades e os colonatos humanos inclusivos, seguros e sustentáveis

Deixe o carro em casa e utilize principalmente o transporte público. Uma boa caminhada ao trabalho repercute favoravelmente em sua saúde e reduz os contaminantes que provocam os veículos em movimento. Esta prática ajuda a reduzir o impacto ambiental e será uma sábia decisão para incrementar a sua economia.

Ação 6. Objetivo 12: Garantir modos de consumo e de produção sustentáveis

Recicle e reutilize tudo o que tem em casa, doe ou venda as coisas que considere inúteis.

Conserte os equipamentos danificados e não descarte os que tem porque saiu uma nova versão. A indústria da moda começou a impulsionar o aluguel de roupas como medida para estimular o consumo sustentável.

Ação 7. Objetivo 13: Tomar medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus efeitos

Troque o plástico pelo vidro, se se ajustar a esta rotina economizará dinheiro e contribuirá para salvar o planeta. Os sacos de plástico para transporte de produtos podem ser substituídos por outros artigos reutilizáveis que ajudem a levar os comestíveis de um lugar a outro.

Ação 8. Objetivo 15: Proteger, restabelecer e promover a utilização sustentável dos ecossistemas terrestres.

Recicle todo o papel que puder, evite impressões de documentos. De preferência, manuseie as informações em digital. A indústria do papel sacrifica milhares de árvores por ano, o que significa que, para manter os níveis de produção em função do consumo são abatidas grandes áreas de floresta em todo o mundo.

Talvez este empenho individual com vontade de mudança pareça insuficiente para aproximar-se dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, mas se unirmos os esforços e compartilharmos a muitas pessoas esta informação certamente conseguiremos fazer a diferença.

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, deferiu um pedido de tutela provisória para suspender a cobrança de uma multa de R$ 30 milhões aplicada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) à da Petrobras por suposta operação nas plataformas de petróleo sem licença ambiental.

O ministro também determinou a retirada do nome da estatal dos registros do Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) até que o tribunal julgue o mérito do recurso contra a multa. As informações foram divulgadas pela Assessoria de Imprensa da Corte.

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Segundo os autos do processo, a Petrobras foi multada na década de 1990 por supostamente operar plataformas de petróleo sem a devida licença ambiental. A estatal ingressou com ação anulatória, alegando que a situação foi corrigida após a edição de uma medida provisória e a assinatura de um termo de compromisso com o Ibama. A ação foi rejeitada, e o caso chegou ao STJ.

O recurso da empresa foi distribuído ao ministro Benedito Gonçalves na Primeira Turma. No último dia 14 de janeiro, após ter seu nome inscrito no Cadin pelo Ibama, a Petrobras entrou com o pedido de tutela provisória alegando que, caso não fosse deferida a medida, estaria impossibilitada de assinar novos contratos de concessão. No pedido de tutela, a estatal ofereceu um seguro-garantia no valor da multa com o acréscimo dos encargos da execução.

Após analisar o caso, Noronha concedeu a tutela provisória para "suspender a exigibilidade dos créditos discutidos no processo, até o trânsito em julgado da decisão que vier a ser proferida ou até enquanto estiver vigente a garantia ofertada". O ministrou determinou ainda que o Ibama exclua o nome da Petrobras dos registros do Cadin, no prazo de 24 horas, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

Ao proferir a decisão, o presidente do STJ pontuou que o risco na demora é manifesto nos autos, já que a Petrobras venceu recentemente leilões de campos de petróleo na Bacia de Campos e está prestes a assinar os respectivos contratos de concessão.

"Porém, se não tiver seu nome 'limpo' nos registros do Cadin, será obstada de fazê-lo, suportando, consequentemente, grande prejuízo, pois será privada da exploração de recursos naturais diretamente afetos a suas atividades fim", explicou o ministro.

Noronha ainda destacou "boa intenção" da estatal, que se dispôs a apresentar um seguro-garantia enquanto o mérito do recurso não é julgado pelo STJ. "A tese defendida para anular os autos de infração, embora não tenha sido acatada nas instâncias ordinárias, em princípio, é sustentável", argumentou o presidente do STJ ao justificar o deferimento da tutela provisória.

"Se dela se conhecerá ou se será acatada, obviamente, trata-se de fase distinta, afeta ao juízo do relator e da Turma julgadora, se for levada a julgamento. Por agora, considero-a suficientemente estruturada e sustentável para o deferimento da tutela provisória de urgência", concluiu Noronha.

Distante das políticas de lazer, as crianças da Vila Santa Luzia, comunidade no bairro da Torre, estavam fadadas a observar de longe o desenvolvimento urbano da Zona Norte do Recife. A região tomada pelos imóveis mais caros da cidade soma parques públicos. Em contrapartida, a infância local mergulha no Rio Capibaribe para emergir com o sustento, facetando trabalho em diversão. Inquieto com o que via da sua janela, o marceneiro Claudemir Amaro da Silva construiu uma possibilidade para que os pequenos pudessem sonhar. Ao longo de 12 anos, seu esforço vem se materializando em um espaço sustentável de ‘brincadeira, alegria e amizade’.

O pedaço de chão envolto pelo mangue abriga uma biblioteca, uma horta comunitária e diversos brinquedos. Antes, o local era tomado por palafitas, quando uma ação da prefeitura retirou as famílias da condição de risco, mas não propôs nenhum projeto à comunidade. Cheio de atitude e com pouca ajuda, Claudemir começou a capinar o ‘mato’ ao passo que plantava árvores no seu tempo livre. Porém, o germinar das plantas ainda era muito pouco.

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Para ele, a retirada das moradias, em 2007, não havia transformado a vida na Vila efetivamente. "Eu fiz uma área para as crianças daqui, que os pais não têm tempo de ir para um parque distante e deixar o menino sozinho. Aí os meninos têm que ficar de frente para o celular, acabando com a visão. Isso aqui é para elas brincarem e ter infância. Isso é importante", explica.

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Cada palavrinha tem um significado

"Pensei num lugarzinho maravilhoso que é esse aqui. Olha que sombra", convida o marceneiro, sem esconder o orgulho de idealizar a RioTeca. O nome veio junto com os primeiros livros doados, que hoje, tomam conta da pequena instalação feita com tábuas. "Com a leitura a gente aprende a ser sábio e viver a vida. A RioTeca é o ponto de tudo", destaca enquanto varre e limpa o pó das prateleiras de caixote.

À princípio, a biblioteca era destinada aos pequenos, mas a expectativa foi superada com a visita de ‘pessoas de fora’, atraídas pelo acervo. Estudantes universitários e concurseiros também vão ao cantinho em busca de calmaria e referência para os estudos.

"Não tem coisa melhor que ver uma criança lendo um livro, folheando sozinha. Isso é que dá mais força ainda de fazer as coisas aqui, ver uma criança querendo aprender alguma coisa pra no futuro ter uma vida melhor”, conta entre sorrisos. "As pessoas também têm que ter respeito pelas crianças. A gente tem que educar de alguma forma, sem grosseria. Ninguém quer uma pessoa com grosseria pro seu lado. Aqui é um lugar de educação", avalia Claudemir.

Muito do apreço que conserva pela garotada e a ligação com o rio é fruto do passado de subsistência na Zona Canavieira de Rio Formoso. Sua diversão também foi privada e seu brinquedo era uma foice para cortar cana-de-açúcar junto ao pai, morto ao se afogar em um rio, quando Claudemir tinha apenas 10 anos. Desde então, o primogênito de quatro irmãos assumiu o posto e aos 16 mudou-se para a capital, embalado pelo desejo de melhorar a condição da família.

Um pé de mesa vira a alegria de todo mundo

Já no Recife, ele lembra que fugiu ao conhecer uma serra elétrica e chegou a acidentar um dos chefes pela falta de experiência. Entretanto, teimava em não desistir e, a caminho do serviço, percebia que havia valor nas lixeiras. Os itens que "a turma jogou fora" passaram a ser revitalizados pela vontade de ressignificar aquele espaço em prol do bem comum. "Onde eu passo numa calçada, se eu ver uma cadeira, um pé de mesa ou alguma coisa, eu trago já pra consertar e fazer a alegria de todo mundo", descreve.

O marceneiro relembra a alegria da sua primeira doação. Um dos irmãos é zelador e ligou para Claudemir à pedido da síndica, que queria pagar R$ 100 para alguém se livrar de um antigo brinquedo do residencial. "‘Tu vai querer? Eu Quero!”, respondeu prontamente. Já com o arco de serra e uma chave à postos, desligou o telefonema e, sem avisar, foi atrás do ‘lixo’. O irmão ficou surpreso com a recusa a quantia. "Eu não queria nada da síndica. Só queria o brinquedo. Aí meu irmão: 'pega o dinheiro, ela não quer pagar a tu?' Quero não", respondeu entre os cumprimentos aos visitantes da RioTeca.

Aos poucos a biblioteca crescia e o parque vinha cumprindo seu papel social. Tanto que até hoje, livros e brinquedos são doados e passam pelos reparados do marceneiro. Apontada para a educação, a ideia do parque partiu do entendimento que o conhecimento só é pleno se for divertido. Escorrego, pula-pula de pneus, balanço e casa da árvore eram as atrações da criançada do bairro e logo chegaram pedidos para realizar eventos na pracinha.

Madeira que cupim não rói

Os esforços de Claudemir se popularizaram na comunidade e geladeiras quebradas ganharam uma cara nova para equipar uma cozinha humilde. Devido a demanda de pedidos, ele controla o fluxo das festas de aniversário, chá de fralda e demais comemorações com seu caderninho, "as crianças não querem nem saber de comer, só querem saber de brincar", conta. Em troca, fixou apenas uma regra: "eu entrego [o local] limpo e peço limpo de volta. Não custa nada a pessoa sujar e limpar".

Detentor da admiração e da gratidão da Vila Santa Luzia, Claudemir lamenta que a RioTeca foi ameaçada em 2018. No mês de maio, policiais militares e uma equipe da Brigada Ambiental notificou o local como construção irregular. “Então eu tô errado de plantar árvore?”, questionou ao reforçar que o esgoto é despejado no Rio Capibaribe.

"Eu batalhei 12 anos e não tive ajuda. Aí o poder público querer tirar um negócio que é pra todos nós viver em paz, em harmonia um com o outro e fazer amizade? Isso é maravilhoso pra mim e não tem coisa melhor do que ver a alegria estampada no rosto do outro", comenta.

Ao lado do advogado, foi à sede do órgão ambiental para lutar pela RioTeca. "Se vai sair ou não, eu sei que a população aqui tá do meu lado. Enquanto vocês não fazem uma coisa boa aqui, a coisa boa é esse lugar para estudar", disse aos agentes. Perguntado se teme sofrer novos embargos, ele ressalta a união da comunidade e a força das redes sociais para impedir. "Vou juntar com a população e a gente vai ter que fazer uma barreira para proteger a leitura", sugere.

Os sonhos para o espaço fluem com o rio

Perguntado sobre o futuro da RioTeca, Claudemir foi categórico, "tenho tantos sonhos que não cabem dentro de mim". Todos os recursos vêm dos lixeiros ou do próprio bolso, contudo ele sente falta de companheiros para tocar o projeto. "Não tem gente empenhada em ajudar. Então os moradores deveriam se empenhar mais uns com os outros para cuidar de um espaço lindo desse, que você pode colher um remédio pra um filho a noite", pontuou apresentando a horta.

Dentro do cercado, a beleza das borboletas colore o local, no entanto, ele lamenta o desinteresse, “tem gente que só vem pra colher”. A horta lhes rende plantas medicinais, frutas - como abacaxi e maracujá -, além de verduras e hortaliças. 

Com o desejo de expandir a RioTeca, um dos ‘tantos sonhos’ de Claudemir é promover um ‘dia de educação’. Ele requisita parceiros para instruir a molecada. "É muito raro ter um voluntário, mas não será possível que um dia não apareça um né? Era para ter mais gente pela quantidade de criança que vem aqui, mas com o passar do tempo, vamos começar a educar essas crianças da comunidade", planeja enquanto contempla um grupo de crianças aos risos, correndo entre as instalações da sua obra.

 

 

Os investimentos em autoprodução de energia elétrica voltaram ao radar das grandes indústrias. Incentivadas pela redução nos custos das fontes renováveis de energia, pelo aumento dos preços da eletricidade e por compromissos ambientais para tornar as suas operações mais sustentáveis, empresas de diferentes segmentos passaram a investir ou firmar parcerias para viabilizar a construção de novos empreendimentos eólicos e solares.

O movimento retoma uma tendência registrada entre a segunda metade dos anos 90 e o início dos anos 2000, quando indústrias eletrointensivas investiram na construção de novas hidrelétricas para ter acesso a uma fonte de energia mais barata. Foi nesse contexto que grandes empresas de mineração e siderurgia do País, como Vale, Votorantim, Alcoa e CSN, participaram da implementação de empreendimentos como Machadinho (RS/SC), Estreito (TO/MA) e Igarapava (MG/SP).

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Restrições ambientais para a construção de novos projetos hidrelétricos, até então a fonte de energia elétrica mais barata, e o surgimento do mercado livre reduziram drasticamente os investimentos em autoprodução nos últimos 15 anos. A promessa de reduzir a conta de luz em 30% "da noite para o dia", por meio da negociação direta com geradores ou comercializadores, fez com que as indústrias optassem pela migração para o ambiente livre de contratação.

Com o advento de novas tecnologias e modelos de negócio, o investimento em autoprodução tem atraído, desta vez, não apenas os eletrointensivos, mas também indústrias que desejam uma pegada mais sustentável e eficiente para as suas operações. É o caso da cervejeira Ambev. A empresa definiu duas metas até 2025: consumir 100% da sua energia elétrica de fontes renováveis e reduzir em 25% as emissões de carbono em toda a sua cadeia de valor.

Um dos primeiros passos para o cumprimento da estratégia foi a parceria com o fundo de investimento Casaforte para a construção de uma usina eólica de 80 MW de capacidade na Bahia. A cervejeira firmou contrato de R$ 600 milhões para compra de energia por 15 anos para viabilizar o projeto, que vai atender a 100% da demanda das fábricas da Budweiser e 100% das unidades fabris no Nordeste. "O projeto vai representar 35% da nossa meta de consumo", afirmou o vice-presidente de Sustentabilidade e Suprimentos da Ambev, Rodrigo Figueiredo.

Para cumprir os outros 65%, Figueiredo afirmou que a Ambev aposta em usinas solares e em outros projetos eólicos. Além dessa frente, a Ambev também anunciou a construção de 31 usinas solares, no modelo de geração distribuída, para abastecer os seus quase 100 centros de distribuição pelo Brasil. A cervejeira firmou contratos de dez anos no valor de R$ 140 milhões com quatro empresas, que investirão R$ 50 milhões nas 31 plantas.

Unipar

Fruto dos ganhos de escala e do aumento de eficiência das turbinas, o preço da energia eólica teve uma queda substancial nos últimos dez anos. Em 2009, quando a fonte entrou com mais força nos leilões de energia nova, os investidores vendiam a oferta entre R$ 130/MWh e R$ 150/MWh. Hoje, esses valores variam entre R$ 80/MWh e R$ 100/MWh. Essa expressiva redução chamou a atenção da Unipar Carbocloro, que foi o primeiro consumidor livre do País a firmar um contrato de migração para o mercado livre em 1999 com a estatal Copel.

No começo de novembro, a Unipar constituiu uma joint venture com a geradora AES Tietê para a construção de um parque eólico de 155 MW na Bahia, um investimento total de R$ 620 milhões. Quando estiver operando em 2023, a usina fornecerá energia suficiente para 30% da demanda por energia elétrica do grupo. Os outros 70% serão adquiridos no mercado livre, mas a ideia é ampliar a participação da autoprodução.

"Se existirem novas opções de projetos, vamos considerar a possibilidade", afirmou o presidente da Unipar, Aníbal do Vale. Hoje, a energia elétrica representa em torno de 40% dos custos variáveis da empresa química.

A Braskem também demonstra interesse em projetos de fontes renováveis. A empresa firmou um contrato de 20 anos com a francesa EDF no valor de R$ 400 milhões, que está viabilizando a construção de uma usina eólica de 33 MW na Bahia do Complexo Folha Larga.

O diretor de Energia da petroquímica, Gustavo Checcucci, disse que a Braskem também avalia investimentos em fontes renováveis. Com 25% da demanda suprida por autoprodução, a empresa tem intenção de ampliar o porcentual, mas sem cravar uma meta. "A autoprodução é um modelo diferente. A expectativa é que você seja mais competitivo do que em um contrato no mercado livre, mas o risco também é maior porque a indústria assume a gestão do ativo."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Está em curso mais uma investida por parte da indústria automobilística para manter o etanol no foco como combustível alternativo até que veículos elétricos se tornem viáveis economicamente no Brasil, o que só deve ocorrer no longo prazo.

O País é o único fabricante de carros que rodam com etanol e as montadoras, junto com produtores do combustível, apostam na ampliação do seu uso e até mesmo que o produto terá papel importante nos automóveis do futuro.

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O grupo FCA (dono da Fiat e da Jeep) trabalha no desenvolvimento de tecnologia inédita para motores só a etanol, mais eficiente que o antigo carro a álcool - que tinha como base motores a gasolina -, e do que os atuais flex quando abastecidos com o combustível da cana. Para o futuro um pouco mais distante, a Nissan desenvolve tecnologia para usar bioetanol em veículos movidos à célula de combustível.

Já a Toyota colocou nas ruas em setembro o Corolla híbrido flex, que tem como opção o uso do álcool para o motor a combustão operar em conjunto com a bateria elétrica. O modelo produzido em Indaiatuba (SP) custa a partir de R$ 125 mil e atualmente tem fila de espera de cerca de três meses.

Parte desses projetos tem no horizonte o atendimento às metas de melhora da eficiência energética dos veículos estabelecida pelo programa automotivo Rota 2030.

A partir de 2022, os novos automóveis produzidos no País ou importados terão de consumir 11% menos combustível que os atuais, o que diminuirá também as emissões de poluentes na atmosfera.

No programa anterior, o Inovar-Auto, as empresas cumpriram exigência de melhora de 12% em relação aos carros que circulavam no mercado em 2012. Essa norma ainda vai valer para os próximos dois anos.

A corrida é acirrada, pois quem não cumprir a meta terá de pagar multa a ser depositada em um fundo governamental para programas de modernização do setor de autopeças.

Já quem superar o limite estabelecido de 11% terá desconto de 1 a 2 pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), benefício similar ao do programa anterior. Conseguiram o bônus extra para ser aplicado neste ano pelo Inovar-Auto a Ford e a General Motors (2 pp), Audi, Honda, Mercedes-Benz, Nissan, PSA, Renault, Toyota e Volkswagen (1 pp).

Diferença

Com o novo motor, o plano da FCA - que atendeu a meta dos 12% do Inovar-Auto - é reduzir a diferença de consumo do etanol, hoje 30% maior que o da gasolina. Chamado de E4, o motor turbo é um projeto da engenharia brasileira e deve ficar pronto em dois anos. A Fiat foi a primeira marca a lançar no País o carro a álcool no início dos anos 1980, um Fiat 147.

Trabalho semelhante está em estudo pela fabricante de autopeças Bosch. "Cabe a nós (setor automotivo) continuar trabalhando na evolução do etanol", diz Besaliel Botelho, presidente da Bosch América Latina.

O diretor de Assuntos Regulatórios e Compliance da FCA, João Irineu Medeiros, explica que o etanol é um combustível altamente renovável quando se considera o ciclo desde o cultivo da cana até o que sai do escapamento do carro.

"Trabalhamos num modelo conceitual que reduzirá substancialmente a diferença entre o uso do etanol e o da gasolina", diz Medeiros. "Essa tecnologia é patente nossa e não existe no mercado hoje."

O grupo também vai começar a produzir na fábrica de Betim (MG), no fim do próximo ano, uma nova família de motores turbo que vai equipar utilitários-esportivos e picapes produzidos pela Jeep na unidade de Goiana (PE). "Esses motores permitirão ganho significativo de eficiência que, somados a novos sistemas eletrônicos, pneus e aerodinâmica vão nos ajudar a atender as normas do Rota 2030", informa Medeiros.

Edson Orikassa, gerente de assuntos governamentais e regulamentação veicular da Toyota, prevê que o Corolla híbrido flex deve ultrapassar o mínimo de redução de consumo exigido na primeira fase do Rota (que vai até 2025), e usufruir do crédito de 2 pp de IPI. No Inovar-Auto a empresa obteve desconto de 1 pp.

Segundo Orikassa, "até 2025 teremos globalmente pelo menos uma versão híbrida de cada produto da marca e a tendência é de que também cheguem ao Brasil em algum momento".

Parceria

Na semana passada, a Nissan assinou acordo de parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), da USP, para acelerar o projeto que usa bioetanol em veículos movidos a célula de combustível. Em teste pela empresa desde 2016, a solução substituirá o hidrogênio pelo etanol, eliminando a necessidade de infraestrutura de abastecimento de hidrogênio e até mesmo os riscos de se transportarem cilindros com o composto químico. De acordo com a Nissan, a tecnologia permitirá uma autonomia de mais de 600 km ao veículo com apenas 30 litros de etanol, além de não emitir nenhum poluente na atmosfera.

Ela está prevista para ser testada em automóveis em até cinco anos e dará à Nissan vantagem extra na medição da eficiência energética de seus veículos. Até lá, a montadora pretende ampliar as vendas do elétrico Leaf, lançado oficialmente no País em julho e hoje comercializado a R$ 195 mil.

Cada carro elétrico tem o fator da medição de eficiência multiplicado por quatro e, o híbrido, por três. "Também estamos trabalhando no desenvolvimento de novas tecnologias relacionadas à combustão para aumentar a eficiência dos carros", informa a Nissan.

Nova tecnologia

Fabricantes de caminhões e ônibus também precisam atender metas de redução de consumo e emissões e trabalham em várias frentes. Uma das novidades apresentadas recentemente foi o caminhão sem retrovisor da Mercedes-Benz.

No lugar dos espelhos, duas telas de LCD e câmaras de alta definição são instaladas dentro do veículo e permitem um campo de alcance de até 200 metros. O sistema também tem alerta de pedestre e reduz o consumo de combustível em 0,5% a 1% por melhorar a aerodinâmica ao eliminar os grandes espelhos das laterais.

No Brasil há 30 anos, a Pósitron vai oferecer essa tecnologia, chamada de Mirror Eye, para montadoras e o mercado de reposição a partir de 2020. "Inicialmente será importada da Europa, mas, como temos fábrica em Manaus, a tendência é de que seja produzida localmente", diz Obson Cardoso, diretor de operações da empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O McDonald's firmou uma parceria com a empresa israelense UBQ para tornar suas lojas mais sustentáveis. Os restaurantes da franquia vão passar a substituir o plástico comum por um produzido com resíduos domésticos. O objetivo é diminuir o impacto ambiental de suas operações e contribuir com a preservação do meio ambiente. 

A novidade chega às lojas da franquia já no primeiro trimestre de 2020. O plástico especial, produzido com resíduos domésticos pela israelense UBQ, vai substituir o material utilizado nos restaurantes atualmente. O processo de fabricação desse novo material gera um balanço de emissões zero de gás carbônico, o que contribui para a diminuição do aquecimento global. 

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A iniciativa se soma a outras já aplicadas pela rede McDonald's, como a campanha de conscientização junto aos clientes para que evitem o uso de canudos plásticos durante as refeições, entre outras medidas que visam reduzir o uso de plástico nas lojas. 

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Meio ambiente, sustentabilidade, políticas públicas, educação ambiental, economia solidária, catadores e resíduos sólidos serão as questões abordadas no III Seminário Sobre Meio Ambiente e Sustentabilidade na Região Metropolitana de Belém, que será realizado no dia 21 de novembro, das 8 às 18 horas, no Instituto de Ciência da Educação (ICED) da Universidade Federal do Pará (UFPA). As inscrições, gratuitas, seguem abertas até o dia 20 de novembro.

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O propósito do Seminário, coordenado pela professora Vanusa Carla Pereira Santos, é desenvolver canais de comunicação entre os diversos órgãos que estão envolvidos na questão dos resíduos sólidos e divulgar experiências sustentáveis desenvolvidas em Belém. “A importância de abordar o meio ambiente e a sustentabilidade é uma tentativa de resgatar a consciência do homem em relação à natureza e seus limites, ou seja, continuar produzindo, mas, de uma forma consciente, responsável, preocupado com o meio ambiente, na busca da sustentabilidade”, explica a professora Vanusa, que conduz o Grupo de Pesquisa em Meio Ambiente e Sustentabilidade (GEMAS), da Faculdade de Ciências Econômicas da UFPA.

A mesa-redonda “Resíduos Sólidos, Políticas Públicas e Responsabilidade Social”, às 15 horas, reunirá representantes do governo do Estado, governo municipal, Ministério Público, Comissão Parlamentar de Meio Ambiente, Guamá Tratamento de Resíduos, UFPA, da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Universidade Federal de Lavras (UFLA), que vão abordar experiências de responsabilidade social relacionadas aos temas resíduos sólidos e meio ambiente. “Vamos apresentar o projeto Círio Sustentável, que desenvolvemos junto a vários parceiros, como uma experiência que pode ser replicada em escolas e condomínios na Região Metropolitana de Belém”, comenta Ana Rita Lopes, Gerente de Responsabilidade Social da Guamá Tratamento de Resíduos, empresa que opera o aterro sanitário de Marituba, que atende os municípios de Ananindeua, Belém e Marituba.

A Guamá também participa da programação do Seminário com o lançamento do livro infantil Uirapuru Mirim, produzido em parceria com a AIA Déias do Brasil, Instituto Solví. “É uma publicação infantil, que traz ilustrações produzidas pelas crianças que participam do projeto social Uirapuru Mirim, desenvolvido com a comunidade de Marituba. Eles também farão uma apresentação cultural do projeto”, conta Ana Rita.

A programação do seminário terá partida com as palestras “Tecnologia Social”, proferida pelo professor doutor Dyego Maradona Ataíde Freitas, da Universidade Federal de Lavras; e “Educação socioambiental como abordagem metodológica para o trabalho com resíduos sólidos” com a professora doutora Priscyla Cristinny Santiago da Luz, da Universidade do Estado do Pará; e apresentações do projeto “Moeda Verde”, por Carolina Magalhães, gerente executiva do Instituto de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia; e sobre o aplicativo AWA Online, com Fátima Ferreira, da UFPA.

No Painel das Cooperativas e Associação de Catadores será abordado o tema “Responsabilidade Socioambiental na Região Metropolitana de Belém”, que reunirá Maria Trindade de Araújo (Cidadania/ReciclaPará), Noêmia do Nascimento (COOTPA), Gessiria Leitão (DRES-ARAL-ACCSB), Jorge Ribeiro (Filhos do Sol) e Débora Gonçalves (Concaves). Durante o seminário, também serão apresentados resultados de estudos e pesquisas sobre os temas do evento.

Serviço

III Seminário Sobre Meio Ambiente e Sustentabilidade na Região Metropolitana de Belém. 

Dia 21/11, das 8hs às 18hs, no auditório B do ICED – Campus Profissional - Universidade Federal do Pará. 

Haverá emissão de certificados: 10h de carga horária.

Inscrições:http://www.even3.com.br/gemasevento/.Contato:   gemasevento2019@gmail.com

Da assessoria do evento.

Há 78 dias, o petróleo cru encontrado na costa brasileira ainda era chamado de "substância escura e oleosa". O que poderia parecer inicialmente um caso isolado se mostrou, contudo, uma das maiores tragédias ambientais do País, atingindo desde então quase 600 localidades do Nordeste e do Espírito Santo.

O óleo chegou a praias, ilhas, manguezais, rios e Áreas de Proteção Permanentes (APPs) em grandes manchas ou fragmentos. Em alguns lugares, foi encontrado mais de uma vez, inclusive em pontos que estavam praticamente limpos, como a Praia de Itapuama, uma das mais afetadas em Pernambuco.

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Os casos mais recentes são de vestígios, menores ou do tamanho da palma da mão, mas também impactantes para as comunidades locais, como a capixaba Praia de Regência, atingida há quatro anos pela lama da barragem de Mariana. O encontro do óleo e da lama também se repetiu em Abrolhos, na Bahia, que reúne a maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul.

A retirada começa de forma improvisada, pela população local e até por turistas, e depois conta com diferentes esferas governamentais. Com o avanço do óleo por destinos turísticos do Nordeste, a gestão Jair Bolsonaro foi pressionada a intensificar a resposta. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, negou demora na reação ao desastre e o governo enviou militares às praias para ajudar na limpeza.

Em vários pontos, a maior parte da força-tarefa é de voluntários, muitas vezes sem equipamento adequado para evitar o contato direto com a substância. "Não era para voluntários terem contato com o resíduo nas praias. É só pegar o exemplo de outros países. Mas imagina o pescador, que tem no mar a fonte de renda, vendo que está chegando o piche", afirma Sidney Marcelino Leite, coordenador do movimento Salve Maracaípe.

Com a menor concentração de óleo em alguns Estados e o relato de contaminação ao contato com óleo, ONGs têm visto menos voluntários e até tentam emplacar convocações como "o óleo não acabou" e "cadê vocês?". "O grosso (do óleo) parou de chegar, as pessoas acham que está tudo bem e cai o número de voluntários. Ainda vem bastante gente no fim de semana. Agora, o processo é mais minucioso, como o de tirar das pedras", diz Leite.

Investigação

Até agora, a Polícia Federal não tem uma explicação definitiva sobre a origem e a causa do derramamento. Bolsonaro afirmou que o óleo tem "DNA da Venezuela", mas não há provas de que o país vizinho tenha relação direta com o vazamento, que teria começado em meados de julho até atingir, em agosto, o litoral do País.

Entre as hipóteses estão o derramamento por um navio que teria passado pela área ou, até mesmo, afundado. Segundo a PF, o navio grego Bouboulina é o principal suspeito, mas a empresa proprietária nega e especialistas têm questionado os indícios do governo. Outras questões seguem sem resposta, como o impacto no pescado. Embora o governo federal considere seguro o consumo, a pesquisa usada como base era inicial e teve anúncio contestado até por um dos cientistas responsáveis (por envolver produto da pesca industrial, minoria na região).

A maior parte dos esforços científicos vem de universidades federais, organizadas individualmente ou em rede do Norte ao Sul do Brasil. "O trabalho de pesquisadores e voluntários é desenvolvido em rede com outros Estados. Umas são formais, como as dos institutos, e outras informais", conta Jailson Bittencourt de Andrade, do Centro Interdisciplinar de Energia da Federal da Bahia (UFBA) e vice-presidente regional da Associação Brasileira de Ciências.

As pesquisas buscam soluções para questões emergenciais, mas devem se prolongar. "Os efeitos não vão cessar de imediato. É preciso alguns anos para investigar as consequências no ambiente e nos organismos", diz Emerson Soares, coordenador da força-tarefa da Federal de Alagoas (Ufal), que reúne 22 professores e cerca de 80 alunos de graduação e pós. Pesquisadores estimam que serão precisos de 10 a 20 anos para acabar com os efeitos nocivos do óleo.

Também são desconhecidos os efeitos no turismo. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis potiguar, não houve cancelamentos expressivos de reservas e o impacto deverá ser conhecido no início de dezembro, quando dados da ocupação hoteleira do último trimestre são tabulados.

Destino

No Sudeste, Estados e Prefeituras têm feito treinamentos diante da possível chegada do óleo. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), correntes marinhas podem levar o material até o norte fluminense, mas uma proteção natural dificulta a passagem ao sul de Cabo Frio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O óleo que já atingiu 546 localidades brasileiras chegou, na manhã dessa quarta-feira (13), à Reserva Biológica de Comboios, na Praia de Regência, localizada no município de Linhares (ES). Com 784 hectares, a reserva é uma unidade de preservação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e é considerada um "santuário" de tartarugas marinhas.

No domingo (10), o petróleo já havia chegado a uma área de desova de tartarugas marinhas no Pontal do Iporanga, no mesmo município. A substância foi encontrada em pelo menos 23 localidades capixabas e há possibilidade de que chegue ao Estado do Rio nos próximos dias.

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Segundo a prefeitura de Linhares, "pequenas porções" de óleo foram encontradas na região de Comboios por voluntários do ICMBio. Uma equipe de oito militares do Exército teria sido deslocada para ajudar na retirada da substância, de acordo com a gestão municipal.

Segundo a secretaria municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos Naturais, foi feito um trabalho para identificar e minimizar os possíveis impactos sobre os locais de desova. Equipes de limpeza das praias evitam utilizar maquinário pesado para não provocar o soterramento de ninhos. Ontem, mais uma tartaruga marinha foi achada morta, na Bahia.

Há quatro anos, Linhares já sofria os prejuízos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). Os rejeitos chegaram à foz do Rio Doce, na costa do Espírito Santo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Fórmula 1 anunciou nesta terça-feira um plano de longo prazo para se tornar sustentável. A primeira meta da categoria, conhecida por ser uma das mais poluentes do mundo, é tornar o evento totalmente sustentável do ponto de vista do meio ambiente até 2025. E a segunda é neutralizar todas as emissões de carbono relacionadas ao campeonato até 2030.

"Esta iniciativa vai envolver todos os carros da Fórmula 1, todas as atividades na pista e as demais operações da categoria como esporte", anunciou a direção da categoria. "O plano ficou pronto após 12 meses de intenso trabalho com a FIA [Federação Internacional de Automobilismo], especialistas em sustentabilidade, times da F-1, promotores e parceiros, resultando num plano ambicioso, porém executável."

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Com a decisão, a F-1 espera se manter na vanguarda da tecnologia, uma das marcas de sua história, influenciando os carros comuns, das cidades. "Estar na vanguarda da inovação automotiva dá à F-1 uma plataforma global para acelerar o progresso e desenvolver tecnologias para reduzir e eliminar as emissões de carbono dos atuais motores de combustão interna."

Para tanto, a F-1 argumenta que a mudança para os motores híbridos, em 2014, foi o primeiro passo na categoria. Os híbridos contam com sistema elétrico, que aumenta a potência dos carros sem elevar o consumo de combustível. "Com mais de 1 bilhão de veículos no mundo usando motores à combustão, este é o potencial para reduzir as emissões de carbono globalmente."

Ainda sem apresentar detalhes sobre o projeto, a direção da categoria promete eliminar plásticos, até dos assentos dos carros, utilizar sistemas de logística e viagens "ultra-eficientes" e escritórios, facilities e fábricas abastecidas com energia 100% renovável.

"Ao longo dos seus 70 anos de história, a F-1 foi pioneira em numerosas tecnologias e inovações que deram contribuições positivas à sociedade e ajudaram a combater as emissões de carbono. Desde a aerodinâmica inovadora ao design dos freios, o progresso liderado pelas equipes da F-1 beneficiou centenas de milhões de carros de passeio. Poucas pessoas sabem que as unidades de potência híbrida da F-1 atual é a mais eficiente do mundo, já que oferece mais potência com menos combustível e, portanto, emite menos CO2, que qualquer outro carro", afirmou Chase Carey, atual chefão da Fórmula 1.

"Acreditamos que a F-1 pode seguir sendo uma líder para a indústria automotiva, trabalhando com o setor para oferecer o primeiro motor de combustão interna híbrido que reduza enormemente as emissões de carbono. Ao lançar a primeira estratégia de sustentabilidade da F-1, reconhecemos o papel fundamental que todas as organizações devem desempenhar para abordar este problema global", declarou o dirigente.

Dois meses e uma semana após começarem a ser identificadas nas praias do Nordeste brasileiro, as manchas de petróleo cru foram encontradas pela primeira vez no Sudeste do País, na quinta-feira. Segundo a força-tarefa do governo federal que acompanha a situação, "pequenos fragmentos de óleo" foram achados na praia de Guriri, em São Mateus, que é o segundo município do Espírito Santo após a fronteira com a Bahia. O primeiro é Conceição da Barra, onde até ontem não havia registro do óleo.

Segundo nota do Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), composto pela Marinha, Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), as amostras da substância foram encaminhadas para o Instituto de Estudos do Mar (IEAPM), que confirmou ser o óleo encontrado no Nordeste.

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Com o registro em São Mateus, subiu para dez o número de Estados atingidos pelo poluente. No total, são 409 localidades afetadas. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicou, na semana passada, a possibilidade o poluente chegar até o Estado do Rio.

A causa do vazamento e a origem do poluente ainda são desconhecidas. A Polícia Federal apontou o navio grego Bouboulina como suspeito pelo derramamento. Mas a empresa Delta Tankers, dona da embarcação, nega envolvimento.

Um grupo com 75 fuzileiros navais da Marinha está em Conceição da Barra e São Mateus monitorando as praias desde terça-feira. E o governo capixaba, por meio da Secretaria da Saúde, criou o Comitê Operativo de Emergência (COE), responsável por organizar as ações do Sistema Único de Saúde (SUS) no Espírito Santo, dividindo responsabilidades entre Estado e municípios.

Saúde

 

Segundo Gilson Almada, coordenador do COE, uma das medidas é orientar a população sobre os riscos à saúde de exposição aos resíduos. "Foi elaborada uma nota técnica orientando os profissionais de saúde sobre como atender as pessoas que tiverem contato com o óleo e também os cuidados de proteção individual que devem ser adotados por esses profissionais." De acordo com Almada, cerca de 400 profissionais foram capacitados pela Defesa Civil, Marinha e Exército para o recolhimento do óleo nas praias, caso necessário. Assim, diz ele, não será preciso a ajuda voluntária da população, evitando risco de intoxicação por inalação, contato com a pele ou ingestão.

Conforme o GAA, ontem havia vestígios de óleo e ações de limpeza em andamento em nove localidades do Nordeste e no Espírito Santo. De acordo com o Ibama, até hoje já foram retiradas das praias nordestinas aproximadamente 4,3 mil toneladas de resíduos de óleo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Natal já chegou na programação dos parques estaduais de São Paulo, é que neste mês começam as oficinas de como decorar a casa e fazer presentes para comemorar a data mais aguardada por muito durante o ano. Além disso, também há uma programação sobre consciência ambiental, ações de esporte e diversão para todas as idades.  

Aos amantes de esportes, o Parque Guarapiranga oferece a Trilha da Vida, de terça a domingo em dois horários. Além da trilha, todas as quintas-feiras de novembro haverá atividades que ensinam a fazer decorações para o Natal, como árvore feita de revista, decoração de pinha e Papai Noel de origami.  

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O clima natalino também chega mais cedo no Parque Villa- Lobos, entre os dias 30 de novembro e 1º de dezembro, haverá oficinas de como fazer enfeites natalinos com materiais recicláveis. Adultos e crianças podem participar da programação.  

Para quem quer inovar nos presentes, nos Parques Jequitibá, Ecológico da Várzea e da Juventude, terá oficinas que ensinam a fazer lustres com barbantes, cortina de jornal, enfeite com coador de café e brinquedo de garrafa pet.  

Já para conhecer mais sobre sustentabilidade e meio ambiente, aos sábados, acontece a Roda de Conversa sobre “Resíduos Sólidos e os Impactos no Ambiente”, no Parque Jequitibá. Nos dias 16 e 17, no Parque da Água Branca terá um evento sobre os “Anfíbios e sua importância como bioindicador em parques urbanos”. Os monitores vão explicar a importância dos sapos para o ecossistema.  

Essas e muitas outras atrações das programações estão disponíveis no site, junto com os endereços.  

Está em cartaz até domingo (10) a exposição interativa "5R’s da Moda", no Museu Catavento, na capital paulista. A mostra propõe uma experiência lúdica, interativa e informativa com os R's da sustentabilidade aplicados a moda: repensar, reduzir, reutilizar, reciclar e replicar.

Cada R representa uma área da exposição, e o público poderá refletir sobre questões cotidianas relacionadas ao ato de se vestir, além de entender a relação de suas roupas com os impactos sociais e ambientais no planeta.

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Os convidados podem interagir com as obras e acessar conteúdos informativos sobre os tipos de tecidos mais ecológicos, alternativas de consumo, dicas de vestimenta consciente e upcycling, que consiste em criar algo novo por meio de itens antigos.

A mostra também inclui o "Guia 5R’s da Moda", um material gráfico que resume as dicas e dados.

Serviço

Exposição "5R's da Moda"

Quando: até 10 de novembro das 9h às 17h

Onde: Museu Catavento – Praça Cívica Ulisses Guimarães, s/nº, Parque Dom Pedro II, Centro - SP

Ingressos: R$ 10 (inteira) R$ 5 (meia-entrada)

Informações: (11) 3315-0051 e www.cataventocultural.org.br

 

A empresa grega Delta Tankers, dona do navio Bouboulina, apontado ontem como responsável pelo vazamento do óleo que atingiu o litoral brasileiro, pode ser condenada a pagar multa de até R$ 50 milhões aos órgãos ambientais brasileiros por crime ambiental. Além disso, pode ter de indenizar todos os trabalhadores afetados pela sujeira, incluindo pescadores e donos de pousadas, de acordo com o prejuízo de cada um, e os governos federal, estaduais e municipais, conforme o gasto que tiveram com a operação de contenção e recolhimento do óleo, segundo advogados consultados por O Estado de S. Paulo.

O valor total que pode ser cobrado da empresa, portanto, ainda é impossível de calcular, porque os prejuízos vêm aumentando. "Esse tipo de acidente envolve tanto o Direito Ambiental como o Direito Marítimo, cujas regras acabam se entrelaçando, e o foco principal é o prejuízo ambiental. Os processos devem tramitar na Justiça Federal, e cabe à empresa acusada a responsabilidade de provar que não foi ela. Claro que a investigação precisa apontar algum nexo causal, como por exemplo a constatação de que esse navio foi o único que transportava petróleo e passou pela região atingida, em datas compatíveis. Apontada essa ligação, o ônus da prova passa aos acusados, a quem caberá demonstrar que não foram eles os responsáveis pelo acidente", afirma Flávia Limmer, professora de Direito Ambiental e Direito do Petróleo da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

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Notificação

O advogado Godofredo Mendes Vianna, sócio do escritório Kincaid e presidente da Comissão de Direito Marítimo e Portuário do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, afirma que a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, lançada na Jamaica em 1982 e ratificada pelo Brasil, prevê que os navios têm obrigação de informar aos países costeiros próximos a ocorrência de vazamentos como esse que atingiu a costa brasileira. Vianna lamenta que o Brasil ainda não tenha ratificado uma outra convenção, lançada em 1992, que estabelece um fundo internacional de compensação para acidentes envolvendo petróleo. "Se o Brasil estivesse nessa convenção, teria uma verba imediata para essa emergência, além da expertise de um grupo especializado nesse tipo de acidente", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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