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A ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Delaíde Alves Miranda Arantes, afirmou, nesta quinta-feira (16), que “há grandes inverdades” nos argumentos do governo do presidente Michel Temer (PMDB) para promover a reforma trabalhista. Sob a análise da ministra, o momento “não é apropriado para uma reforma trabalhista”, que “virá em prejuízo” do povo e dos trabalhadores. 

“É um momento de grave crise das instituições democráticas, e precisamos nos preocupar em defender a democracia”, disparou durante a audiência pública na Comissão Especial da Reforma Trabalhista (PL 6787/16) na Câmara dos Deputados.

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Classificando o que considerou “inverdades” do governo, Delaíde Arantes disse que ao contrário do que a gestão prega a reforma não vai gerar empregos. “Em lugar nenhum do mundo, as reformas geraram empregos; ao contrário, geraram a precarização de empregos”, afirmou. 

A ministra ponderou também a justificativa de que a legislação é obsoleta. De acordo com a ela, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, Decreto-Lei 5.452/43) “já teve 75% dos seus artigos alterados, mas preservando os direitos básicos do trabalhador”.

Outra “inverdade” apontada por Delaíde Arantes é o argumento de que a prevalência da negociação coletiva sobre a legislação, proposta na reforma, seria benéfica aos trabalhadores. Ela disse que agora a negociação poderia precarizar direitos. “A saída para a crise tem que ser encontrada na economia, não na precarização do trabalho”, declarou.

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, tenta agora barrar no Tribunal Superior do Trabalho (TST) a divulgação do cadastro de empregadores que usam mão de obra análoga à escravidão. Um dia após a 11ª Vara da Justiça, em Brasília, decidir que a chamada "lista suja" deveria ser divulgada ainda nesta terça-feira, dia 7, Nogueira, por meio da Advocacia Geral da União (AGU), recorreu no período da manhã à instância máxima da Justiça Trabalhista para adiar o anúncio em 120 dias.

Este é o prazo que ele estipulou para a conclusão do trabalho de um grupo criado no âmbito de sua pasta que analisa mudanças nos critérios da divulgação do cadastro. A informação foi repassada pela AGU. A assessoria de Nogueira informou que divulgará nesta terça um posicionamento sobre o caso.

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Em três momentos, a Justiça do Trabalho determinou a divulgação da lista. Em dezembro, o juiz Rubens Curado, da 11ª Vara do Trabalho, aceitou ação civil pública do Ministério Público Federal obrigando Nogueira e a União a divulgarem a lista. A decisão foi ratificada em janeiro.

Na segunda-feira, 6, o desembargador Pedro Luís Vicentin Foltran recusou um novo recurso da AGU para barrar a publicidade da relação dos empregadores flagrados pelos fiscais do Trabalho.

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O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Walmir Oliveira da Costa, preferiu não se posicionar sobre a proposta de reforma trabalhista apresentada pelo governo federal, mas elogiou a iniciativa em tramitação de tentar regulamentar a negociação coletiva. Uma das principais linhas da reforma proposta pelo governo é aumentar o poder das negociações e permitir que o acordado se sobreponha ao legislado.

"Não vou afirmar que sou a favor nem contra. Mas digo que regulamentar a negociação coletiva é importante", disse o ministro do TST durante audiência pública da Comissão da Reforma Trabalhista na Câmara dos Deputados. Costa comentou que cabe ao Congresso decidir a extensão da cláusula para determinar se a medida será ampla ou aplicada apenas a algumas situações.

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Para o ministro, o debate sobre a legislação trabalhista é pertinente porque pode aumentar a previsibilidade e a segurança jurídica. "Isso ajuda a harmonizar as relações trabalhistas. Precisamos de leis boas, de leis aplicáveis que não tragam lacunas, entrelinhas ou ressalvas", disse.

Apontado como um dos favoritos a ocupar a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF), após a morte do ministro Teori Zavascki, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Ives Gandra Martins Filho, é dono de posturas conservados e que tem causado polêmicas.

De acordo com uma reportagem publicada pela Folha de São Paulo, é de Martins Filho os conceitos de que "a mulher deve obedecer e ser submissa ao marido"; "o casamento de dois homens ou duas mulheres é tão antinatural quanto uma mulher casar com um cachorro"; e "casais homoafetivos não devem ter os mesmos direitos dos heterossexuais, isto deturpa o conceito de família". 

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Membro da organização católica Opus Dei, Martins ainda é contra a descriminalização do aborto e das pesquisas com células-tronco. As posturas do presidente do TST são expostas em um artigo publicado no livro "Tratado de Direito Constitucional", organizado pelo ministro do STF Gilmar Mendes, o advogado Carlos Valder e o pai dele, Ives Gandra Martins.

Nos corredores do Planalto, o nome do presidente do TST é um dos que mais se enquadra nos requisitos que o presidente Michel Temer (PMDB) deve adotar para a escolha. Além de ser membro de uma corte superior, tem o perfil técnico e a afeição de Gilmar Mendes, principal conselheiro de Temer para o assunto.

 

Uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) abriu espaço recentemente para que possíveis acordos possam ser estabelecidos entre empresa e empregado no intuito de conceder um final de semana de três dias para os trabalhadores. A medida tem origem no cálculo de horas extras dos bancários, mas abre espaço para que outras categorias recebam o benefício.

Em proposição publicada no dia 22 de novembro, o TST coloca que "o número de dias de repouso semanal remunerado pode ser ampliado por convenção ou acordo coletivo de trabalho, como decorrência do exercício da autonomia sindical", abrindo vaga assim para que todas as decisões de caráter repetitivo, que tratem do mesmo tema na justiça, possam ser julgadas com base no texto.

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A partir disso, acordos entre empresa, empregado e até sindicato da categoria, se necessário, poderiam garantir aos funcionários um período de folga maior. Cabendo também a negociação entre as partes definir como esse final de semana de três dias será distribuído, podendo-se optar por uma folga na segunda-feira, na sexta-feira, ou um dia no meio da semana.

A decisão é tomada num momento de especulações sobre a reforma trabalhista no governo de Michel Temer, onde o ministro do trabalho Ronaldo Nogueira expôs que uma das principais mudanças deve vir a partir da criação de contratos diferentes ligados ao número de horas trabalhadas, o que só seria possível por meio de acordos coletivos.

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra da Silva Martins Filho, disse ao Estado que a Justiça do Trabalho precisa analisar se não há um "desbalanceamento" nas decisões a favor dos empregados, protegendo demais o trabalhador. "Será que a balança não está pesando demais para um lado?", questiona.

O TST é a última instância em processos relacionados à legislação trabalhista. Desde que assumiu a presidência do órgão, no início deste ano, Ives Gandra ouve de empresários e parlamentares a crítica de que a Justiça trabalhista superprotege o empregado em detrimento das empresas. "Se há tanta reclamação no setor patronal, alguma coisa está acontecendo."

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A última censura, porém, veio de um colega do Judiciário. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou que o TST tem "má vontade com o capital" e adota uma jurisprudência no sentido de "hiperproteção" do trabalhador.

"Esse tribunal é formado por pessoas que poderiam integrar até um tribunal da antiga União Soviética. Salvo que lá não tinha tribunal", ironizou Mendes, fazendo rir a plateia de empresários presentes em um seminário sobre infraestrutura, em São Paulo, no dia 21 deste mês.

No mesmo dia, o presidente do TST lamentou, em nota, a forma "infeliz" como se expressou Mendes. No entanto, ele não assinou ofício encaminhado esta semana à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, por 18 ministros do TST que lastimaram as declarações de Mendes.

'Misturadamente'

Para Ives Gandra, o papel do TST é conciliar os interesses de trabalhadores e empregados. Ele recorre ao autor Guimarães Rosa e diz que as partes do processo precisam reduzir as expectativas para que haja acordo. Em vez do "felizes para sempre", comum nos contos de fadas, é mais apropriado para ele usar "viveram felizes e infelizes misturadamente", parafraseando o autor do livro Grande Sertão Veredas.

O presidente do TST estima que o número de processos recebidos nas varas trabalhistas deve bater recorde este ano e chegar à marca de 3 milhões, o maior volume já registrado desde 1941, quando começou a série histórica do tribunal.

No ano passado, foram 2,66 milhões. A tendência acompanha o aumento do número de demissões em razão da crise econômica e do clima de incerteza no País. A taxa de desemprego está em 11,8% no trimestre móvel encerrado em setembro, com 12 milhões de pessoas em busca de um trabalho no País, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do TST, Ives Gandra Martins Filho, ofereceu ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, uma solução para "salvar" o orçamento da Justiça do Trabalho diante da necessidade de congelar o crescimento dos gastos públicos. A via, segundo ele, é aumentar a remuneração que os bancos públicos pagam pelos depósitos em juízo de ações trabalhistas.

Segundo Gandra, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal dividem a custódia de R$ 40 bilhões em recursos de empresas e pessoas em litígios. As instituições financeiras aplicam esses recursos e pagam de remuneração ao TST a "mixórdia" de 0,08% ao ano. Gandra pediu a Meirelles que a remuneração suba para 0,25%. "O mercado me pagaria isso", disse. A elevação da alíquota representaria um incremento de cerca de R$ 1 bilhão nas receitas anuais do tribunal. "Com esse dinheiro, conseguiríamos tranquilamente trabalhar em horário normal, recontratar os terceirizados e estagiários, enfim, salvar a Justiça do Trabalho."

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O Estado apurou que os bancos públicos receberam a incumbência de fazer os cálculos de quanto seria o impacto do pedido do TST no custo de captação e, consequentemente, o resultado das instituições. Procurados, os bancos preferiram não se pronunciar.

Diferenciado

Na conversa com Meirelles, Gandra pediu um "tratamento diferenciado" para a Justiça do Trabalho no projeto que institui um teto de gastos para a União pelos próximos 20 anos. Ouviu que não era possível, tendo em vista que a PEC já tinha sido aprovada em um turno na Câmara - depois do encontro, ela foi aprovada em segundo turno.

Meirelles, porém, lembrou que o texto da PEC tem um dispositivo que permite que o Poder Executivo compense em até 0,25% os gastos do Legislativo e do Judiciário. Gandra faz as contas: se isso representar R$ 2 bilhões, o que a Justiça do Trabalho precisa é de algo em torno de R$ 700 milhões a mais do que o orçamento deste ano.

O TST pediu que o orçamento deste ano fosse de R$ 18 bilhões. Conseguiu R$ 16 bilhões. "Não existe uma coisa dessas. De um ano para o outro, não só não coloca a inflação, mas ainda reduz. É um 'gap' de R$ 2 bilhões", lastima-se. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dezoito ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) enviaram um ofício nesta sexta-feira, 28, ao Supremo Tribunal Federal (STF) criticando declarações feitas pelo ministro Gilmar Mendes na semana passada. Durante uma palestra, Gilmar disse que o TST desfavorece empresas em suas decisões. No documento, os ministros do TST manifestam "desconforto profissional e pessoal" sobre o episódio, além de "indignação, constrangimento e inquietação" sobre o que consideram ter sido uma ofensa.

No ofício, os ministros lastimam o modo "desprimoroso e preconceituoso" das declarações de Gilmar e afirmam que esperam de um ministro do STF "tratamento respeitoso e cortês". Eles afirmam ainda que as palavras de Gilmar buscam "amesquinhar e depreciar" o TST. No texto, também "repudiam as conotações de parcialidade" de Gilmar. Segundo os ministros, as declarações são "injustas" e são fruto de "má informação".

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Para os magistrados, o teor das declarações de Gilmar "desprestigiam e enfraquecem" o Poder Judiciário. "O limite da autoridade, máxime judiciária, em qualquer nível, repousa na lei e na razão. O respeito, a tolerância e o juízo devem pautar as relações entre as instituições e as pessoas em uma sociedade civilizada, até por uma imposição da inteligência", diz o documento.

Assinam o ofício os ministros João Oreste Dalazen, Barros Levenhagen , Aloysio Corrêa da Veiga, Lelio Bentes, Luiz Philippe de Mello Filho, Caputo Bastos, Márcio Eurico Amaro, Walmir da Costa, Maurício Godinho, Kátia Arruda, Augusto César de Carvalho, José Roberto Freire Pimenta, Delaíde Arantes, Hugo Scheuermann, Alexandre Belmonte, Cláudio Brandão, Douglas Rodrigues e Maria Helena Mallmann.

Os metroviários de Pernambuco suspenderam a assembleia da segunda-feira (23) e a ameaça de greve após a Companhia Brasileira de Trens Urbanos ingressar com o pedido de instauração de Dissídio Coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST) na quinta-feira (19). A categoria pede um reajuste salarial em torno de 10%.

Na última reunião, realizada na segunda-feira (16), em Brasília, a CBTU havia se comprometido a levar a questão salarial para a Justiça. Caso o fato não ocorresse até esta sexta-feira (20), os metroviários pretendiam fazer uma nova assembleia para discutir uma paralisação.

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Inicialmente, a categoria também reivindicava alguns pontos dos seus benefícios. Após negociação, o Vale Cultura foi convertido em dois tíquetes-refeição, chegando a 30 tíquetes por mês. A quantidade de toalhas fornecidas pela empresa também aumentou para quatro unidades ao ano, ao invés de duas. 

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) convocou o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) para uma audiência de conciliação com as empresas aéreas no próximo dia 17, em Brasília, às 9h, para debater o reajuste salarial na renovação da convenção coletiva de trabalho de pilotos e comissários de voo.

Em nota, o SNA informa que, com a audiência marcada para o dia 17, foi convocada, em regime de urgência, uma assembleia da categoria na sexta-feira, 5, às 18h, em São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, porto Alegre e Brasília, para deliberar sobre os novos rumos para o movimento de greve.

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Na quarta-feira, 3, pilotos e comissários de voo realizaram uma greve entre 6h e 8h da manhã nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Santos Dumont, Galeão, Campinas, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza.

Os trabalhadores do setor reivindicam reajuste salarial de 11% retroativo à data-base de primeiro de dezembro de 2015. A última proposta das empresas aéreas oferecia reajustes parcelados (3% em fevereiro de 2016, 2% em junho e 6% em novembro), sem serem retroativos.

Também na quarta, o SNA decidiu suspender a greve de pilotos e comissários de voo durante o período de Carnaval, podendo retomar as paralisações a partir da sexta-feira da semana que vem. O sindicato ainda havia marcado uma assembleia na quinta-feira, 11, para discutir eventuais novas propostas que fossem apresentadas pelas companhias aéreas - caso aceitas, a paralisação seria suspensa.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu manter o reajuste linear de 9,3% no salário e no tíquete alimentação para os rodoviários de Pernambuco em julgamento realizado na segunda-feira (14) em Brasília. A decisão, que deixou insatisfeitos tanto sindicato quanto a oposição, reacende as tensões existentes entre os dois representantes da categoria.

Para o representante do sindicato Genildo Pereira, o resultado foi considerado péssimo. “Tínhamos reajuste de 9,5% de salário e 27% de auxílio alimentação na mesa de negociação. Mas pessoas que não têm comprometimento com a categoria tumultuaram a assembleia e induziram os rodoviários ao erro”, relata.

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Genildo se refere à oposição do sindicato. Segundo ele, a categoria havia conseguido um bom resultando em negociação com a classe patronal. Além dos reajustes já citados, eles conseguiriam o pagamento do tíquete alimentação durante as férias, plano de saúde e participação nos lucros das empresas. Em assembleia, realizada em julho deste ano, os trabalhadores rejeitaram a proposta, decisão, que segundo Genildo, foi tomada por manipulação da oposição, que estaria apenas interessada em enfraquecer o sindicato. “O nosso departamento jurídico informava das grandes possibilidades da campanha obter um reajuste linear se fosse julgado em dissídio. Foi o que aconteceu”, lamenta.

Já a oposição, liderada por Aldo Lima, aponta que quem tentou ludibriar a classe foi o sindicato. “Eles falaram que os 9,5% era uma conquista histórica, mas ano passado foi de 10%. Sobre o tíquete, que eles dizem que é um avanço, com 27% ia haver um aumento de R$ 32, que significa R$ 1,23 a mais por dia. Isso é esmola”, provoca Aldo. 

De acordo com Aldo Lima, as demais conquistas apresentadas pelos representantes da categoria não são verdadeiras. “Todo trabalhador já tem direito a tíquete nas férias. É obrigação do sindicato entrar com uma ação judicial cobrando o cumprimento disso. Não é para ser usado como barganha. Quanto ao plano de saúde  e participação no lucro, Fernando Bandeira, presidente da Urbana-PE (sindicato das empresas de ônibus), disse que isso se daria de acordo com cada empresa. Ou seja, não havia nada assegurado”, aponta.

O Sindicato dos Rodoviários alega que vai acatar a decisão e não pretende fazer mobilizações. A oposição do sindicato pretende fazer visita a garagens e integrações para consultar a opinião dos rodoviários. 

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que uma professora receba R$ 64 mil de indenização por danos morais da instituição de ensino em que trabalhava. A professora de ensino superior, demitida no final de 2007, foi surpreendida com uma publicação da Fundação Educacional de Fernandópolis (FEF), onde lecionava, em jornais da cidade do noroeste de São Paulo. Na nota, eram expostos os critérios para o desligamento de 49 funcionários, como 'não vestir a camisa da empresa', professores com poucas aulas, colaboradores mal avaliados ou que não se adaptaram às novidades do ensino.

A primeira decisão judicial, do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas), julgou improcedente o pedido de indenização. "Ademais, entendo que cumpria à reclamante demonstrar a efetiva ocorrência do dano. […]não se pode banalizar a indenização por dano moral, sendo necessária prova robusta e cabal do dano pertinente à espécie. Afasto, portanto, a condenação à indenização por danos morais", sentenciou o TRT.

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A professora pediu revisão. Para ela, a 'nota oficial', que se tornou pública pelos jornais locais e pela internet, a expôs, por ser uma das dispensadas, a comentários em seu círculo de relacionamento, tanto pessoal quanto profissional. Ela também alega dificuldade em sua recolocação no mercado, "por deixar transparecer falta de responsabilidade, dedicação e comprometimento".

Essa também foi a análise do desembargador Marcelo Lamego Pertence, do TST. O relator discordou do TRT, pois, embora a reclamante soubesse o critério utilizado para sua dispensa - a professora teria sido desligada por ministrar poucas aulas-, o motivo da dispensa da docente não foi conhecido de terceiros. "Isso torna o prejuízo sofrido ainda mais evidente, pois sujeita a trabalhadora à imputação de condutas, por parte de futuros empregadores e da sociedade, que sequer foram por ela praticadas", adverte o magistrado.

"As ideias de desqualificação técnica, deslealdade e não confiabilidade decorrentes do teor da nota publicada seriam suficientes para dificultar a reinserção da reclamante no mercado de trabalho, dentro do âmbito de veiculação da publicação", afirma Pertence.

A decisão de reformar a sentença do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT/Campinas) foi acolhida por unanimidade pelos ministros da Primeira Turma do Tribunal Superior. Das decisões das Turmas, a parte ainda pode, em alguns casos, recorrer à Subseção I Especializada em Dissídios Individuais.

Em resposta ao jornal O Estado de S.Paulo, a Fundação Educacional de Fernandópolis (FEF) afirmou que reconhece a gravidade da situação, mas que a publicação nos jornais foi uma decisão de um ex-presidente da FEF e que estão sendo analisadas as possibilidades de recurso.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que os sindicatos que representam os trabalhadores dos Correios mantenham pelo menos 65% do efetivo mínimo em atividade normal. O tribunal determinou também que os funcionários se abstenham de impedir o trânsito de bens, pessoas e carga postal nas unidades da empresa, sob pena de multa diária de R$ 65 mil. Os trabalhadores estão em greve desde o dia 16 de setembro.

De acordo com os Correios, quase todas as 20 mil unidades da empresa operaram nesta quarta-feira, 23, com a maior parte do efetivo presente, com exceção de 230 locais. A empresa informa que 89,74% do trabalhadores não aderiram à paralisação, ou 107.058 empregados.

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Segundo os Correios, a greve está concentrada na área de distribuição, portanto, pode haver atraso na entrega de correspondências e encomendas. Dos 30.366 carteiros, 10.571 não compareceram hoje (34,81%). A agências, porém, estão abertas, e os serviços estão em funcionamento, inclusive Sedex e Banco Postal.

Um ato conjunto do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) foi assinado nessa quarta-feira (22) pelo ministro Barros Levenhagen, presidente dos dois órgãos. O documento institui a reserva de 20% das vagas nos concursos públicos das duas casas para negros.

O ato regulamenta a aplicação da Lei 12.990, de 9 de junho de 2014, que institui a reserva de vagas para negros na administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União. O documento leva em consideração também o Estatuto da Igualdade Racial - Lei 12.288/2010 –além de decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal a respeito do tema.

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A decisão prevê que a reserva será aplicada sempre que o número de vagas oferecidas for igual ou maior que três e constará expressamente nos editais. De acordo com o texto do ato, poderão concorrer às vagas reservadas “aqueles que se autodeclararem pretos ou pardos no ato de inscrição no concurso público, conforme o quesito cor ou raça utilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]”.

A norma está em vigor e será aplicada nos próximos concursos do TST e do CSJT.

Audiência de conciliação marcada para a manhã desta segunda-feira (23) no Tribunal Superior do Trabalho (TST) com o ex-deputado federal Inocêncio de Oliveira (PR-PE) foi cancelada devido à ausência de representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT). Em um processo que se arrasta desde 2002, o ex-parlamentar já foi condenado por manter trabalhadores em condição degradante numa fazenda no Maranhão. A defesa de Inocêncio busca um acordo sobre os valores indenizatórios.

Na última decisão, a primeira turma manteve a condenação fixada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (MA) em R$ 130 por dia por trabalhador, em um total de 53, limitado a R$ 10 mil por trabalhador, a serem revertidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O pedido de conciliação foi solicitado pela defesa de Inocêncio. O ex-deputado, que se recupera de uma cirurgia cardíaca, foi representado por seu advogado Diego Coelho. "A discussão agora é só o valor", explicou o advogado.

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A audiência foi conduzida pelo presidente do TST, ministro Barros Levenhagen, que entendeu que o não comparecimento do MPT significava "recusa tácita à pretendida conciliação". Uma nova audiência poderá ser marcada após o julgamento dos embargos de declaração, que ainda não têm data para ser apreciados pelo plenário do TST.

Entenda o caso

Em 2002, o MPT entrou com uma ação civil pública após fiscalização na qual 53 trabalhadores foram encontrados na Fazenda Caraíba, em Gonçalves Dias (MA), sem alojamentos adequados, sem alimentação suficiente e sem condições mínimas de higiene e saúde do trabalho. Na ocasião foi constatado que os trabalhadores bebiam água do açude que atendia os animais da fazenda. De acordo com o MPT, eles foram aliciados mediante promessas enganosas, tinham restrição de liberdade de locomoção e ainda precisavam pagar pelos alimentos e ferramentas de trabalho.

A condenação em primeiro grau tinha um valor global de R$ 530 mil ou R$ 10 mil por trabalhador. O TRT rejeitou a tese de trabalho em condição análoga à de escravo por entender que a situação configurava somente trabalho degradante. A primeira turma do TST não deferiu o recurso do MPT, que pretendia restabelecer a sentença.

O monitoramento indiscriminado das contas correntes de todos os empregados de instituição financeira não constitui violação ilícita do sigilo bancário. O entendimento é do ministro João Oreste Dalazen, da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que reformou decisão da Terceira Turma da corte trabalhista. Com a decisão, do dia 12 de fevereiro, o Bradesco não precisa pagar indenização de R$ 10 mil por monitorar a conta pessoal de um ex-empregado. Advogados trabalhistas consideram que foi aberto um importante precedente no TST para outros casos semelhantes.

Segundo o relator do caso, ministro Dalazen, para a configuração do dano moral seria necessária a comprovação de que o empregador, de alguma forma, abalou a honorabilidade do empregado, atuando ilicitamente. Porém, para Dalazen, a ausência de elementos fáticos sobre eventual ilegalidade atrairia a presunção de que a atuação do banco se deu nos limites da legislação vigente. A decisão foi por maioria.

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O advogado Márcio Ferezin Custodio, sócio de Lucon Advogados, lembra que nesse caso, por força das controvérsias dos julgadores (a decisão foi por maioria e com ressalvas de provas) "é muito difícil adotar uma posição coerente em sede direito material (direito a indenização), já que regras tradicionais de processo foram desconsideradas".

A advogada Márcia Dinamarco, sócia da Innocenti Advogados Associados, reitera que se trata de uma decisão importante e que "com certeza servirá de precedente para muitos outros casos".

De acordo como o ministro João Oreste Dalazen, relator do processo, "o monitoramento indiscriminado das contas correntes de todos os empregados de instituição financeira não constitui violação ilícita do sigilo bancário".

O autor do processo prestou serviço ao banco de 2006 a 2011. O pedido de indenização por dano moral baseou-se no fato de a instituição ter analisado sua conta bancária pessoal visando, principalmente, identificar "movimentação elevada de dinheiro, não condizente com a situação financeira".

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) manteve a decisão que cassou a aposentadoria do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, condenado por envolvimento no escândalo do desvio de cerca de R$ 170 milhões das obras do Fórum trabalhista de São Paulo.

A cassação da aposentadoria foi determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região após o trânsito em julgado da sentença criminal.

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Por meio de um recurso administrativo, Lalau pretendia derrubar a decisão que o impediu de receber a aposentadoria. O pedido foi negado por unanimidade no Órgão Especial do TST.

O relator do caso no Tribunal, ministro Emmanoel Pereira, entendeu que foi correta a decisão que determinou a cassação da aposentadoria, já que foi verificado o trânsito em julgado da sentença penal e não houve ilegalidade no processo administrativo. A defesa ainda pode apresentar um recurso, chamado embargos de declaração, ao Órgão Especial do TST.

Os aeronautas e os aeroviários acataram em assembleias realizadas nesta terça-feira pelo País a proposta salarial apresentada pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) - representante das empresas Avianca, Azul, Gol e TAM - de reajuste de 7% para salários até R$ 10 mil. O acordo foi mediado na semana passada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Do lado dos aeronautas, representados pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac/CUT), a assinatura da convenção coletiva de trabalho ocorrerá quinta-feira (29), na sede da entidade patronal, em São Paulo. Já os aeroviários, representados pelo Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), também firmarão o acerto na quinta-feira, mas a assinatura será em Brasília.

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No dia 23, em audiência de conciliação, os sindicatos e as empresas aéreas chegaram a um acordo sobre o reajuste salarial de 2015, que foi submetido hoje à aprovação dos trabalhadores. Além dos 7% de reajustes para salários até R$ 10 mil, o acordo prevê um aumento de 8,5% no vale-alimentação e vale-refeição, cujo teto salarial para ter acesso ao benefício passou de R$ 3,4 mil para R$ 4 mil. A audiência de conciliação ocorreu no dia seguinte a uma paralisação de uma hora feita pelos aeronautas e aeroviários em diversos aeroportos do País.

O Sindicato Nacional dos Aeronautas aceitou a proposta feita pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) - representante das empresas Avianca, Azul, Gol e TAM - de reajuste de 7% para salários até R$ 10 mil. Em assembleias realizadas na tarde desta terça-feira (27) em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Campinas e Belém, os aeronautas acataram os termos do acordo mediado na semana passada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e encerraram o movimento grevista.

O acordo ainda precisa ser selado em assembleias que estão sendo realizadas hoje pelo Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA). Aeronautas são os trabalhadores que embarcam nas aeronaves. Aeroviário é o pessoal de terra. De acordo com a secretária-geral do SNA, Selma Balbino, as consultas aos aeroviários estão ocorrendo em 22 bases e é possível que um resultado seja anunciado apenas amanhã. "Mas ainda estamos tentando fechar um balanço no fim do dia de hoje", ponderou.

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Segundo Selma, já há definições em pelo menos cinco bases que apontam para uma aprovação dos trabalhadores. "Curitiba, Salvador, Belém e Florianópolis votaram pela aprovação do acordo. A única base que não aprovou foi Vitória, mas é uma base pequena", explicou. "Ainda não dá para adiantar que o acordo será aceito pela maioria, pois falta a apuração em grandes bases."

No dia 23, os sindicatos e as empresas aéreas chegaram a um acordo sobre o reajuste salarial de 2015. Além dos 7% de reajuste para salários até R$ 10 mil, o acordo prevê um aumento de 8,5% no vale-alimentação e no vale-refeição, cujo teto salarial para ter acesso ao benefício passou de R$ 3,4 mil para R$ 4 mil. A audiência de conciliação ocorreu no dia seguinte a uma paralisação de uma hora feita pelos aeronautas e aeroviários em diversos aeroportos do País.

Os trabalhadores e as empresas aéreas chegaram a um acordo sobre o reajuste salarial de 2015. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) - representante das empresas Avianca, Azul, Gol e TAM - aceitou o reajuste de 7% para salários até R$ 10 mil. O aumento foi intermediado pelo vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra Martins Filho. "Eu formulei uma proposta com os dois princípios de dissídios (patrões e empregados), que está sendo aceito e deve ser colocado em votação pelas assembleias", disse.

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Transporte da CUT (Fentac/CUT) e Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) colocarão o acordo para aprovação dos associados. O acordo prevê ainda um aumento de 8,5% no vale alimentação e vale refeição, cujo teto salarial para ter acesso ao benefício passou de R$ 3,4 mil para R$ 4 mil. "Esses termos são os melhores e os possíveis no atual contexto", ressaltou Gandra. O ministro também determinou uma "anistia ampla, total e irrestrita" aos trabalhadores que aderiram à greve realizada na quinta-feira (23). "Não pode haver retaliação", disse.

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Os aeronautas conseguiram que as empresas aceitassem criar comissão para discutir carga horária de pilotos e co-pilotos. A comissão deverá apresentar como resultado, até 1º de junho, regras sobre folgas, escala de madrugadas, sobreaviso e reserva, horas de solo, tabela de horário de trabalho e valor das diárias internacionais.

O diretor jurídico do SNA Marcelo Ceriotti havia dito pouco antes do acordo que os pilotos trabalham seis dias por semana, com 24 horas corridas de descanso, diferentemente de outros países, nos quais onde a carga horária é compensada com folgas. O sindicato vai colocar o acordo em votação na sua assembleias no dia 27.

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