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Dois novos voos chegaram ao Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre, na noite desta quarta-feira (26), trazendo mais 514.800 doses de vacinas da Pfizer/BioNTech. Os imunizantes são destinados à proteção da população acima dos 12 anos. Após a checagem de temperatura e conferência das doses, o Programa Estadual de Imunizações (PEI-PE) iniciará a distribuição para os municípios. 

Esta nova remessa deverá ser usada na aplicação de dose de reforço na população a partir dos 18 anos e para trabalhador da saúde, além de aplicação da primeira dose em adolescentes de 12 a 17 anos e segunda dose para população de 18 a 59 anos.

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Do início da campanha, em 18 de janeiro de 2021, até o momento, Pernambuco já recebeu 18.090.943 doses de vacinas contra a Covid-19. Desse total, foram 5.044.420 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz; 4.287.253 da Coronavac/Butantan; 8.138.520 da Pfizer/BioNTech; 207.000 doses da vacina pediátrica da Pfizer; 108.240 doses da vacina da Coronavac/Butantan para as crianças e 305.510 da Janssen.

Da assessoria

Em formato de pílulas, sprays nasais ou à prova de variantes: a segunda geração de vacinas contra a covid-19 está a caminho - e elas podem ser ainda melhores. O surgimento de variantes altamente transmissíveis, como a Ômicron, e a perspectiva de que o mundo terá de conviver com o coronavírus impulsionam pesquisas nessa área. Por outro lado, barreiras como a falta de insumos e até a dificuldade de recrutar voluntários atrasam resultados.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que há 140 imunizantes em fase de estudo clínico - quando a vacina é testada em humanos - e 194 em estágio pré-clínico, com testes em animais. A lista inclui candidatas brasileiras e, no caso das nacionais, a expectativa é de que fiquem prontas no início do ano que vem.

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Imunizantes hoje à disposição vêm cumprindo muito bem sua função principal: prevenir o adoecimento e a morte. Apesar disso, cientistas em todo o mundo veem um campo aberto para marcar novos gols contra a covid-19.

O desenrolar da pandemia já deixou claro que as vacinas podem ser aprimoradas para reduzir infecções e transmissão. Hoje, especialmente com a Ômicron, vacinados se infectam e transmitem, ainda que em escala menor do que não imunizados. O avanço da variante fez a Coalizão Internacional de Autoridades Reguladoras de Medicamentos convocar uma reunião para debater "estratégias de longo prazo" sobre tipos de vacinas necessárias para gerenciar a covid-19.

"Uma das razões pela qual a Ômicron é tão transmissível é que muita gente já vacinada tem o vírus (alojado) no nariz, mas é assintomático", diz o pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Jorge Kalil. O cientista quer armar o organismo contra o Sars-Cov-2 antes que ele invada e se multiplique pelo corpo. Por isso, desenvolveu uma vacina de spray nasal - poucas com este método estão em teste no mundo.

"O gol final é ter uma vacina de imunidade esterilizante, aquela que gera tantos anticorpos na porta de entrada, de forma que o vírus praticamente não infecta. Mas isso é difícil de alcançar", diz o virologista Fernando Spilki, da Universidade Feevale e membro do comitê de especialistas da Rede Vírus, do Ministério da Ciência e Tecnologia. De toda forma, tecnologias como a do spray nasal podem, se não barrar totalmente a entrada do Sars-Cov-2, reduzir o alcance, diminuindo o contágio.

E, embora não tenham efeito direto no nariz, vacinas injetáveis, no braço, também diminuem a transmissão porque evitam a replicação do vírus dentro do corpo. Essa função é melhor desempenhada à medida em que o imunizante é capaz de atacar de forma certeira a variante em circulação.

"Vamos continuar dando dose de reforço a quem perde parte da proteção, mas o ideal é conseguir vacinas melhores, inclusive para prevenir formas leves", diz Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações. Com a Ômicron, é possível que vacinas disponíveis se atualizem para cumprir melhor esse papel - farmacêuticas já engatilharam isso.

MUTAÇÕES

Outros estudos em teste miram evitar o problema das mutações, com vacinas "à prova de variantes" - mais uma meta difícil de alcançar. Uma das tentativas é da empresa americana Gritstone bio, que projetou um produto com foco nas células assassinas de estruturas infectadas pelo vírus. O CEO André Allen diz que a vacina é um primeiro passo para desenvolver um imunizante "pancoronavírus".

Já em teste em brasileiros, uma vacina desenvolvida pelo Senai Cimatec, em parceria com a empresa americana HDT Bio Corp, aposta em alta proteção com baixíssimas doses - até 30 vezes menores do que a da Pfizer. Isso é possível porque o imunizante usa uma técnica para que o RNA - que contém informações para a síntese de proteínas - se autorreplique nas células.

Uma das possíveis vantagens seria juntar, em uma só injeção, doses projetadas para cada uma das variantes - o fato de cada dose ser pequena facilitaria, em tese, criar esse "combo" sem causar tanta reação. "A expectativa para o futuro é que essa plataforma consiga ter o RNA de diferentes variantes por causa da tecnologia de baixíssimas doses. Talvez seja possível ter uma vacina multivalente", diz a pesquisadora Bruna Machado, líder técnica do projeto no Senai Cimatec.

Outras vacinas da segunda geração estão mais adiantadas: a da americana Novavax, por exemplo, foi aprovada na Europa. Sem usar tecnologia de RNA mensageiro, é uma aposta para convencer quem ainda resiste a se vacinar. Já contra o medo das agulhas, há propostas como a da Vaxart, na Califórnia, que criou uma vacina em forma de pílula e começou testes em humanos.

Além da possibilidade aumentar a proteção na mucosa da boca, outra vantagem seria a facilidade de transporte e administração. Desenvolvimentos de vacinas levam em conta, agora, não só o nível de proteção, mas o quanto podem melhorar as campanhas.

Novas vacinas para reforço com proteção de maior duração podem ampliar, por exemplo, os prazos para revacinação. A Agência Europeia de Medicamentos já deixou claro ao dizer, em comunicado semana passada, que aplicar doses de reforço em intervalos curtos não é uma "abordagem sustentável" a longo prazo. O reforço demanda alto investimento - e nem sempre tem boa adesão.

DESAFIOS

Pesquisas da 2ª geração de vacinas encontram entraves logísticos e financeiros. A pesquisa da vacina de spray nasal, por exemplo, do cientista da USP Jorge Kalil, está travada pela dificuldade de conseguir lotes piloto para ensaios em seres humanos. Não há como fabricá-los no Brasil.

Outra vacina em parceria com pesquisadores da USP, a Versamune, também atrasou. "Houve escassez geral: de luvas a frascos para envases", diz Helena Faccioli, CEO da Farmacore. Além disso, estudos precisam ser constantemente redesenhados diante da falta de voluntários não vacinados. Especialistas, no entanto, são otimistas: as pesquisas podem servir não só para a covid, mas para melhorar vacinas que já temos e encontrar soluções para doenças ainda sem prevenção.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta quinta-feira (20) é celebrado o Dia do Farmacêutico, data que presta homenagem a esses profissionais do segmento da saúde e lembra a criação da Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF), que ocorreu neste mesmo período em 1916.

A ideia para instituir a comemoração partiu do farmacêutico Oto Serpa Grandado, que questionou o fato de não existir uma data para celebrar a profissão. Após muita insistência, o Dia do Farmacêutico foi instituído em 2010, pela Lei n.º 12 338.

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O farmacêutico desempenha um papel essencial para a sociedade, pois é graças a esses profissionais, que os medicamentos e vacinas são produzidos. Mas, engana-se quem pensa que a profissão de um farmacêutico se resume apenas ao desenvolvimento de remédios.

Segundo o professor do curso de farmácia da Universidade Guarulhos (UNG), Anderson Carniel, existem atualmente 70 áreas de atuação, que vão desde o atendimento em farmácias, análises clínicas, veterinária, indústria farmacêutica e indústria cosmética. “São várias áreas onde estão envolvidas a produção, o controle de qualidade, o diagnóstico, a orientação e a dispensação de medicamentos”, explica.

O professor destaca que a rotina de um profissional de farmácia gira em torno da orientação de uso dos produtos, atenção e foco no paciente, assim como os processos de saúde onde o medicamento e os diagnósticos de análises clínicas estão envolvidos. “O farmacêutico precisa ter os ouvidos bem abertos, para poder compreender as necessidades do paciente e também, bastante olhar crítico em relação a fiscalização de insumos e produtos acabados”, descreve Carniel.

Diferente de médicos e enfermeiros, que trabalham diretamente com pacientes, o professor ressalta que o foco do profissional de farmácia é o medicamento. “A linha tênue que os separa, é que o farmacêutico não prescreve medicações, ele apenas faz a preparação, separação e triagens para gerar economia de custos”, exemplifica Carniel.

De acordo com Carniel, um estudante que deseja atuar na área da farmácia, precisa estar atento às novidades que surgem na internet. “É necessário sentir o chamado de querer salvar pessoas, melhorar o estado de vida, produzir os melhores medicamentos e desenvolver novos produtos cosméticos. Isso vai exigir muita criatividade, perspicácia e atenção às novidades da internet, pois é esse o profissional farmacêutico que a sociedade espera”, define.

 O profissional farmacêutico na pandemia

Durante a pandemia de Covid-19, Carniel lembra que o farmacêutico tem o papel fundamental de realizar os conhecidos testes rápidos de Covid, além de também estar envolvido no desenvolvimento e no controle de qualidade das vacinas disponíveis. “Assim como também, a pesquisa de prováveis medicamentos que podem ajudar a melhorar um estado de vida e oferecer uma possível cura”, destaca.

Carniel pontua que o profissional precisa observar as melhores informações, para evitar que a sociedade faça uso de medicamentos que não possuem eficácia contra o vírus. “É claro que nós temos o uso de outros medicamentos que ajudam a salvar vidas, porque evitam o agravamento pulmonar. Existem alguns antibióticos e corticosteróides que com condutas médicas e protocolos adequados, se mostraram importantes no tratamento, ”, finaliza. 

Próximo a completar um ano do início da campanha de vacinação contra a Covid-19, Pernambuco recebeu, na madrugada desta sexta-feira (14), a primeira remessa dos imunobiológicos destinados para crianças de 5 a 11 anos.

As 60 mil doses da Pfizer/ Pfizer/Comirnaty chegaram ao Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre às 10h50, onde permanecem, aguardando a empresa contratada pelo Ministério da Saúde para fazer o transporte. Em seguida, deverão seguir para sede do Programa Estadual de Imunizações (PNI-PE) para conferência e posterior encaminhamento aos municípios. A vacina da Pfizer é a única, até o momento, autorizada pela Anvisa para aplicação nessa faixa etária.

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“Nossa logística já está montada para o envio das doses para todas as Regionais de Saúde, onde os municípios fazem a retirada. Após o recebimento, iniciaremos nossa distribuição ainda nesta sexta-feira (14), finalizando no sábado (15)”, explica a superintendente de Imunizações do Estado, Ana Catarina de Melo.

As Gerências Regionais de Saúde (Geres) ficam responsáveis por disponibilizar os imunobiológicos para aos gestores, que possuem autonomia na criação de estratégias para promover o acesso a sua população.

“No caso da imunização do público infantil, a orientação é que sejam criadas alternativas distintas dos adultos, pois embora o imunizante seja do mesmo fabricante, sua apresentação, dosagem e composição são diferentes do imunizante utilizado para maiores de 12 anos. Além da formulação pediátrica ser diferente dos adultos, o intervalo de duas doses para completar o esquema vacinal será de dois meses. Neste período de preparação, orientamos os gestores municipais e as equipes de imunização a ficarem atentos a essas especificidades para evitar erros de administração”, reforça Ana Catarina.

O envio de novas doses será feito pelo Ministério da Saúde de forma gradativa, chama atenção o secretário estadual de Saúde, André Longo.

“Estamos vivendo o mesmo momento de 1 ano atrás, que é o envio de remessas abaixo do necessário para fazer grandes avanços. Diante desse fato, precisamos eleger prioridades dentro das prioridades previstas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. Esta semana, nosso Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação orientou e os gestores municipais se reuniram e pactuaram com o Estado para a campanha de vacinação das crianças entre 5 e 11 anos ser iniciada por aqueles meninos e meninas com doença neurológica crônica e com distúrbios do desenvolvimento neurológico, priorizando a síndrome de down, o autismo e indígenas”, afirmou o gestor.

Das 60 mil doses, 5.960 serão destinadas para 100% dos indígenas com esta faixa etária e 53.980 doses serão para 4,28% da população de crianças de 5 a 11 anos, dentro do grupo prioritário.

A vacina contra a Covid-19 estará disponível para as crianças de cinco a 11 anos nos postos e pontos de vacinação organizados no Sistema Único de Saúde (SUS), desde que acompanhadas pelo pai, pela mãe ou responsáveis. No ato da imunização, será exigida a apresentação de um documento de identificação oficial da criança para fins de registro do imunizante. A estimativa é de que o público entre cinco e 11 anos seja de 1,1 milhão no Estado.

Da assessoria

Neste sábado, 8, o Brasil chegou a 144,291 milhões de pessoas totalmente imunizadas contra a covid, ou 67,64% da população. Por outro lado, alguns estados ainda enfrentam dificuldade para extrair dados sobre o avanço da vacinação.

Em relação ao número de pessoas parcialmente imunizadas, com ao menos uma dose da vacina, são 161,630 milhões de residentes, o que equivale a 75,77% do total de habitantes do País, de acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias de saúde de 26 Estados e Distrito Federal.

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Nas últimas 24 horas, houve 300 mil aplicações. As primeiras doses foram aplicadas em 27,8 mil pessoas, enquanto 68,8 mil receberam a 2ª aplicação da vacina. Já as aplicações de reforço foram administradas em 210 mil habitantes, com total de 29,3 milhões de doses aplicadas.

Os Estados de Acre, Ceará, Goiás, Minas Gerias, Paraíba, Tocantins, Rio Grande do Sul e Roraima não atualizaram os dados da imunização. O Acre informou que "não atualizou nenhum número em virtude da instabilidade do sistema de notificação".

Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h.

O governo cubano enviou nesta sexta-feira (7) à Síria uma remessa de suas vacinas contra a Covid em forma de doação, anunciaram autoridades de ambos os países.

“Agradecimento, reconhecimento e gratidão, em nome da República Árabe Síria, por sua iniciativa amável de enviar as vacinas em forma de doações ao nosso país”, disse o embaixador da Síria em Cuba, Idris Mayya.

O Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB), empresa que produz a vacina Abdala, anunciou no Twitter a doação de 120.000 doses. Os pacotes do carregamento também estavam etiquetados com a marca das vacinas Soberana 02 e Soberana plus.

A ministra interina de Comércio Exterior, Teresita González, citou a "distribuição injusta e desigual" de vacinas durante a pandemia, que "provocou uma grande incerteza" no mundo. COVID-19, que ela disse ter "causado grande incerteza" no mundo.

“Cuba e Síria são povos agredidos e hostilizados pelo imperialismo, mas não cedem na defesa de sua soberania e do seu direito de existirem como nações livres e independentes”, assinalou a ministra.

A ilha conta com três vacinas de produção e desenvolvimento próprios: Abdala, Soberana 02 e Soberana Plus, cujos esquemas de vacinação são de três doses. Nenhuma delas é reconhecida pela OMS.

Cuba também enviou seus imunizantes à Nicarágua e Venezuela. Com esse último país, assinou um contrato para fornecer 12 milhões de doses da Abdala.

Em setembro, Havana fechou a venda de 10 milhões de doses da mesma vacina para o Vietnã, enquanto o Irã produz a Soberana 02 com a fórmula cubana. No mês passado, o México autorizou o uso emergencial da Abdala.

Com 1,1 milhão de doses, chegou ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), o primeiro lote de 2022 de vacinas contra a Covid-19. Segundo o Ministério da Saúde, a carga com os imunizantes do laboratório norte-americano Pfizer foi desembarcada na tarde desse domingo (2).

Neste ano, o Brasil deve receber mais 354 milhões de doses de vacinas, sendo 100 milhões de um contrato com a Pfizer e 120 milhões do imunizante da AstraZeneca, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O restante é referente a contratações assinadas em 2021 e que devem ser entregues ao longo deste ano.

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De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, já foram aplicadas 328,5 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus em todo o país, sendo 143,7 milhões de segunda dose ou dose única. Mais de 20 milhões de pessoas receberam doses adicionais de reforço da imunização.

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicaram nesta quarta-feira (29) um estudo sobre vacinas contra Covid-19 usadas no Brasil que aumentam a proteção contra o SARS-CoV-2 em quem já teve a doença previamente. O trabalho foi publicado em formato preprint no site Medrxiv, o que significa que ainda precisa ser revisado por outros cientistas.

Os pesquisadores avaliaram 22.565 indivíduos acima dos 18 anos que tiveram dois testes de RT-PCR positivos e 68 mil que tiveram teste positivo e depois negativo, entre fevereiro e novembro deste ano.

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Segundo o artigo, a vacinação com as duas doses de AstraZeneca, Pfizer e CoronaVac, ou com a dose única da Janssen, foi capaz de reduzir reinfecções sintomáticas e casos graves da doença em quem já havia contraído a Covid-19 anteriormente. A pesquisa mostrou que, quando a vacina requer duas doses, a aplicação da segunda dose de fato elevou o nível de proteção contra reinfecções nos indivíduos estudados.

Principal pesquisador responsável pelo estudo, Julio Croda, da Fiocruz Mato Grosso do Sul, explica que análise contou com a base nacional de dados sobre notificação, hospitalização e vacinação e confirma a necessidade de completar o esquema vacinal mesmo em quem já teve Covid-19.

“A importância de ser vacinado é a mensagem principal, e a necessidade dessas duas doses para maximizar a proteção. Vemos que alguns países chegam a recomendar apenas uma dose para quem teve Covid-19, por considerar que estes já contam com um certo nível de anticorpos neutralizantes. Mas esse tipo de avaliação de efetividade na vida real mostra que há um ganho adicional com a segunda dose. É um ganho substancial contra as formas graves", disse ele em entrevista à Agência Fiocruz de Notícias.

Ao analisar os dados, os pesquisadores descobriram que, após a infecção inicial, a efetividade contra doença sintomática 14 dias após o esquema vacinal completo é de 37,5% para a CoronaVac, 53,4% para AstraZeneca, 35,8% para Janssen e 63,7% para Pfizer. Já a efetividade contra hospitalização e morte, também após 14 dias da aplicação, é 82,2% com a CoronaVac, 90,8% com a AstraZeneca, 87,7% com a Pfizer e 59,2% com a Janssen. O estudo completo pode ser acessado em inglês no site Medrxiv.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta segunda-feira (20) a edição de uma Medida Provisória (MP) que autoriza o governo federal a doar até 30 milhões de doses contra a Covid-19 a outros países. Não foi informado, no entanto, quando o texto será publicado no Diário Oficial da União (DOU) - procedimento para dar força imediata de lei à MP, que precisa ser chancelada pelo Congresso em até 120 dias.

"O presidente Bolsonaro editou MP cujo objetivo é autorizar o Executivo federal a doar vacinas contra Covid-19 a outros países em caráter de cooperação humanitária internacional", declarou Queiroga em anúncio à imprensa no Ministério da Saúde ao lado do ministro interino das Relações Exteriores, embaixador Paulino Franco de Carvalho Neto.

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A estratégia de cooperação internacional vem no momento em que foi iniciada a campanha de imunização com doses de reforço e a discussão sobre aplicar vacinas da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos contra o coronavírus, estratégia que já tem aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com Queiroga, o Ministério da Saúde consultará o Itamaraty para definir os países beneficiários e a quantidade de imunizantes a ser distribuída para cada um. "Doações não comprometerão nossa bem sucedida estratégia de vacinação", garantiu o ministro. "Só estaremos seguros quando todos estiverem seguros", acrescentou.

O chefe da Saúde ainda classificou o aumento de casos da variante Ômicron do coronavírus no exterior como "preocupante", o que reforçaria a necessidade de doar vacinas para outros países. No Brasil, já há ao menos 19 casos confirmados da nova cepa com transmissão comunitária.

A variante Ômicron da Covid-19 parece se propagar mais que a Delta, com sintomas mais leves, contornando a ação das vacinas, disse neste domingo (12) a Organização Mundial da Saúde (OMS), que destacou que esses dados são preliminares.

A Ômicron estava presente em 63 países em 9 de dezembro, informou a OMS em uma atualização técnica que confirma as declarações de seus funcionários nos últimos dias.

Segundo a OMS, a Ômicron parece se espalhar mais rápido que a variante delta, que até agora é responsável pela maioria das infecções no mundo.

Este avanço mais rápido não é exclusivo da África do Sul, onde a delta é menos prevalente, mas também no Reino Unido, onde esta cepa é a dominante.

Até o momento, a ausência de mais informações impede afirmar se a taxa de transmissão da Ômicron deve-se ao fato de conseguir contornar a imunidade, ao fato de suas características a tornarem mais transmissível ou a uma combinação desses dois fatores.

A OMS estima que "a Ômicron deve superar a delta nos lugares onde há transmissão comunitária".

Os dados ainda são insuficientes para estabelecer o nível de gravidade do quadro clínico provocado pela ômicron, mesmo que até o momento os sintomas pareçam ser de "leves a moderados" tanto no sul da África como na Europa.

Sobre as vacinas, os poucos dados disponíveis levam a acreditar que o perfil genético da ômicron "reduz a eficácia em relação à proteção do contágio".

A fabricante Pfizer/BioNTech indicou na semana passada que um esquema de vacinação de três doses ainda é "eficaz" contra a ômicron.

Os países que têm recursos estão incentivando a população a tomar uma terceira dose.

Este é o caso da Europa, onde há uma nova onda de casos provocada pela delta, pelo abandono das medidas de prevenção e pelas baixas taxas de vacinação em alguns países.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a questionar a eficácia das vacinas contra covid-19, neste sábado (11), durante a cerimônia de Declaração de Guardas-Marinha e entrega de espadas da turma Capitão-de-Fragata Luis Barroso Pereira, uma formatura de aspirantes da Marinha, no Rio de Janeiro. Sem provas, o mandatário associou a internação do deputado federal Hélio Lopes, por embolia pulmonar, aos efeitos do imunizante. Ele ainda disse que as vacinas causam trombose.

"Nós disponibilizamos 400 milhões de doses de vacina. Compradas a partir do momento em que foram disponibilizadas. Mente descaradamente quem diz que o governo federal não comprou a vacina no ano passado. Nao tinha uma só dose a venda. Eu tomei hidroxicloroquina e se me infectar novamente, tomo de novo. Quem já tomou vacina pode se reinfectar? Pode. O meu irmão Hélio Lopes está internado com embolia. Parece ser efeito da vacina. Vamos aguardar. Tem casos de trombose também”, declarou.

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Bolsonaro se disse contra o passaporte de vacinação e criticou os “governadores autoritários” que estão promovendo medidas restritivas na tentativa de reduzir a disseminação do novo coronavírus. O presidente também afirmou que “nenhum país no mundo" combateu tão bem a pandemia como o Brasil.

"Mente descaradamente quem fala que o governo federal não comprou vacina. Quem comprou todas as vacinas foi o governo federal. Ninguém no mundo fez um combate tão efetivo da pandemia como nós. Ômicron já está no Brasil. É uma realidade”, colocou.

Embora a nova variante seja motivo de um novo surto da covid-19 na Europa, Bolsonaro segue defendendo o direito de as pessoas não se vacinarem. “Nós nunca proibimos ninguém de tomar vacina. Agora, a liberdade acima de tudo", acrescentou.

Ao mesmo tempo que a variante Ômicron do coronavírus avança pelo mundo, pesquisas tentam medir o quanto as vacinas usadas até agora são capazes de proteger a população. Os estudos, ainda preliminares, mostram que a nova cepa pode escapar parcialmente de uma primeira barreira de proteção oferecida pelos imunizantes. E sugerem um caminho: doses de reforço.

Considerada uma variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Ômicron foi identificada na África do Sul em 24 de novembro. Até esta quarta-feira, já estava em 57 países, incluindo o Brasil. O temor tem relação não só com o número de mutações, mas com a localização dessas variações dentro do vírus. Das 50 alterações genéticas na cepa, 32 estão na proteína spike, aquela que permite a entrada do vírus nas células humanas. Grande parte das vacinas usa a proteína spike para induzir a resposta imune - por isso, alterações nessa parte do vírus preocupam tanto.

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As primeiras pesquisas para testar o impacto da variante na proteção das vacinas ainda são preliminares, não foram revisadas por outros cientistas e coletaram poucos dados. Esses estudos são realizados em laboratório: cientistas analisam a interação entre amostras de sangue de vacinados (com anticorpos) e a nova variante. As primeiras conclusões são de que há queda na capacidade da vacina de produzir anticorpos que neutralizam a Ômicron - o que os cientistas já esperavam.

Segundo uma pesquisa realizada na África do Sul com 12 pessoas, houve declínio de 41 vezes nos níveis de anticorpos neutralizantes contra a nova variante em vacinados com a Pfizer. O estudo, do Instituto de Pesquisa em Saúde de Durban, também apontou que a proteção parece ser maior entre os que já tinham se infectado antes de tomar a vacina. Para Alex Sigal, virologista que conduziu o estudo, os dados trazem boas notícias, apesar de ser preocupante a queda de anticorpos. Ele temia que as vacinas pudessem não fornecer proteção contra a variante. Havia o risco de que a Ômicron tivesse encontrado uma nova "porta" para entrar nas células - o que tornaria os anticorpos de vacinas inúteis.

Outra pesquisa preliminar, do Instituto Karolinska, na Suécia, e da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, mostrou que a redução na capacidade de neutralização dos anticorpos é variável. Em algumas amostras, quase não houve diminuição e, em outras, houve queda de 25 vezes em relação ao "vírus original". "A neutralização não é completamente perdida, o que é positivo", afirmou Ben Murrell, do Karolinska, nas redes sociais.

Insuficiente

Nesta quarta, um novo estudo, realizado pela Pfizer e pela BioNtech, indicou que, com um esquema de duas doses, a quantidade de anticorpos neutralizantes contra a variante Ômicron diminui, em média, 25 vezes em relação aos produzidos contra o vírus original. E "duas doses podem não ser suficientes para proteger contra a infecção" pela nova variante, conforme informaram as empresas. A pesquisa analisou 39 amostras.

Essa queda em anticorpos neutralizantes era esperada pelos cientistas - justamente por causa do número de mutações da Ômicron - e deve ocorrer com outras marcas de vacinas. Mas as últimas pesquisas não significam que as vacinas são ineficazes contra a Ômicron. Especialistas ponderam que os anticorpos analisados até agora em laboratórios não são a única barreira. As vacinas também induzem outros tipos de resposta imune, como as células T, que matam células infectadas e são importantes para evitar que uma pessoa infectada adoeça. "A Ômicron escapa mais do que as outras (variantes). Mas, provavelmente, ainda vamos ter proteção em termos de hospitalização, de doença sintomática", diz Cristina Bonorino, imunologista e membro dos comitês científico e clínico da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI). A expectativa é de que a vacinação evite a forma grave da covid-19, mesmo com a Ômicron. Cientistas, no entanto, só poderão confirmar isso com análises no mundo real.

Nesta quarta, a Pfizer anunciou que vacinados "devem estar protegidos contra formas graves", já que o mecanismo de ativação de células T não parece ter sido afetado pelas mutações da Ômicron. "Sabemos que temos uma proteção clínica (com as vacinas), mas não em relação à infecção e transmissão", diz o virologista Fernando Spilki, da Universidade Feevale e coordenador da Rede Corona-ômica.Br, do Ministério da Ciência eTecnologia.

Reforço

"Está claro com os dados preliminares que a proteção é aumentada com uma 3.ª dose da nossa vacina", disse Albert Bourla, CEO da Pfizer. Ele também disse que é possível que a população venha a precisar de uma 4.ª dose.

Na mesma linha, o cientista Xiangxi Wang, pesquisador principal do Laboratório de Infecção e Imunidade do Instituto de Biofísica da Academia Chinesa de Ciências, afirmou nesta quarta que uma 3.ª dose da Coronavac, desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, produz anticorpos capazes de reconhecer a Ômicron. Ele citou uma triagem de mais de 500 unidades de anticorpos neutralizantes obtidos após a 3.ª dose. "Cerca de um terço apresentou grande afinidade de ligação com a proteína spike das cepas de preocupação, incluindo a Ômicron", afirmou. Segundo o Butantan, os cientistas ainda vão testar a capacidade de neutralização desses anticorpos contra o vírus para confirmar a eficácia.

"Dar a terceira dose é o que temos agora", afirma Jorge Kalil, imunologista da Faculdade de Medicina da Faculdade da Universidade de São Paulo (USP). Ele lembra que o desenvolvimento, a testagem e a aprovação de uma vacina completamente adaptada à Ômicron podem levar meses.

Uma vacina adaptada da Pfizer estaria disponível "até março", segundo a farmacêutica. A AstraZeneca informou que a plataforma de vacina desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford "permite responder rapidamente a novas variantes que possam surgir". A Johnson & Johnson informou que está testando amostras para medir a atividade neutralizante da Janssen contra a Ômicron. Paralelamente, a companhia busca uma vacina específica para a variante "e irá desenvolvê-la, conforme for necessário", afirmou.

"Se não vacinarmos, vão surgir variantes que escaparão da vacina. Por enquanto, quem se vacinou está razoavelmente protegido e quem não se vacinou deve se vacinar, mesmo tendo tido a doença", acrescenta Cristina Bonorino, professora titular da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A luta para acabar com a pandemia mundial de Covid-19 tem duas armas: as vacinas, utilizadas em larga escala, e os tratamentos médicos, muito menos divulgados até o momento.

- Pílulas mágicas -

Este é o sonho dos pacientes, médicos, autoridades do setor de saúde e políticos: uma pílula que permita combater a Covid-19 após um teste positivo para a doença.

Os tratamentos mais avançados até agora são o molnupiravir do laboratório Merck Sharp and Dohme (MSD) - comercializado com o nome Lagevrio - e o Paxlovid da Pfizer. São fármacos antivirais, que diminuem a capacidade de reprodução do vírus e, assim, interrompem a doença.

O Lagevrio foi aprovado para uso emergencial na União Europeia e está em processo de autorização nos Estados Unidos.

Porém, os resultados completos do teste clínico da Merck/MSD, divulgados em 26 de novembro, mostram que a eficácia é muito inferior ao que havia sido anunciado previamente.

De acordo com os resultados completos, o medicamento reduz em 30% (e não à metade como se acreditava inicialmente) o percentual de hospitalizações e mortes entre os pacientes que tomaram a pílula pouco depois da infecção.

Também surgem perguntas sobre a segurança dos medicamentos, pois o uso poderia favorecer, em tese, o surgimento de variantes do vírus ou provocar efeitos cancerígenos. Os riscos, no entanto, são considerados baixos pelos cientistas americanos.

As autoridades de saúde europeias e americanas também estão examinando os dados do Paxlovid (baseado em parte no ritonavir, um medicamento criado para combater o HIV).

Os dois medicamentos parecem, no momento, eficazes no que diz respeito às variantes da covid-19 e os especialistas acreditam que poderiam combater perfeitamente a mais recente registrada, a mutação conhecida como ômicron.

- Anticorpos sintéticos -

Estes medicamentos, de grande complexidade, não poderão ser utilizados em larga escala, porque o preço é elevado.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o Ronapreve para os pacientes da terceira idade ou com um sistema imunológico deficiente. O medicamento foi criado pela Regeneron e o laboratório Roche e cada dose, de acordo com estimativas das ONGs, custa quase 2.000 dólares.

Este medicamento combina dois anticorpos sintéticos, conhecidos como "monoclonais", o casirivimab e o imdevimab, e é administrado com apenas uma injeção intravenosa.

No caso destes medicamentos, o surgimento constante de variantes parece representar um problema, devido à maneira como foram criados.

A empresa farmacêutica Regeneron reconheceu em 30 de novembro que a eficácia de seus anticorpos sintéticos pode ser reduzida diante da variante ômicron.

A OMS recomenda outros anticorpos monoclonais para os pacientes mais graves, o tocilizumab (vendido com o nome Actemra ou RoActemra pelo laboratório Roche) e o sarilumab (vendido com o nome Kevzara pela Sanofi).

De acordo com a OMS, os dois medicamentos imunossupressores devem ser administrados em conjunto com corticoides.

- Corticoides -

Foi o primeiro tratamento oficialmente recomendado pela OMS, em setembro de 2020, apenas para os pacientes mais graves.

A OMS recomenda, a partir de todos os dados disponíveis, "a administração sistemática de corticoides" aos pacientes com covid "grave ou crítica".

Entre alguns pacientes o tratamento reduz a mortalidade e também a probabilidade de necessidade de um respirador artificial, segundo a OMS, pois reduz a inflamação.

- E os países pobres?

Vacinas e tratamentos têm no mínimo um ponto em comum: os países pobres são os últimos a recebê-los.

Uma estimativa da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) aponta que um tratamento de alguns dias a base de Lagevrio ou Paxlovid nos países desenvolvidos pode custar quase 700 dólares por paciente.

Tanto Pfizer como Merck assinaram acordos de licença voluntários para facilitar a distribuição do Lagevrio e do Paxlovid nos países em desenvolvimento, uma vez recebida a autorização formal.

As vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas até agora podem ter dificuldades para combater a variante ômicron e levará meses para desenvolver um novo imunizante eficaz contra esta cepa, afirmou o CEO do laboratório americano Moderna ao jornal Financial Times.

Stephane Bancel declarou ao jornal, em uma entrevista publicada nesta terça-feira (30), que os dados sobre a eficácia das vacinais contra a nova cepa estarão disponíveis nas próximas duas semanas, mas que os cientistas não são otimistas.

"Todos os cientistas com quem conversei... sentem que 'isto não vai ser bom'", disse ao jornal.

A advertência de Bancel coincidiu com uma reunião de emergência dos ministros da Saúde do G7 sobre a nova variante, que está se propagando pelo mundo e que levou diversos países a fechar suas fronteiras e a retomar as limitações às viagens.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a ômicron representa um risco "muito elevado".

Bancel explicou que os cientistas estão preocupados porque 32 das 50 mutações detectadas na variante ômicron se encontram na proteína 'spike' (ou espícula), uma parte do vírus que as vacinas usam para reforçar o sistema imunológico contra o coronavírus.

O CEO da Moderna afirmou ao Financial Times que pode acontecer uma "queda considerável" na eficácia das vacinas atuais contra a ômicron.

A Moderna já está trabalhando em uma vacina específica contra a ômicron, assim como o laboratório americano Pfizer.

Bancel afirmou que a Moderna espera entregar entre dois e três bilhões de doses deste imunizante em 2022, mas advertiu que concentrar toda a produção nas vacinas contra a variante ômicron seria perigoso, porque outras cepas continuam em circulação.

Um tono alarmista que contrasta com os esforços dos políticos para tentar tranquilizar a população a respeito da ômicron.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou na sexta-feira que a nova variante "não é motivo para pânico".

O Brasil ultrapassou, na manhã deste sábado (13), a marca de 350 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 distribuídas para aplicação por estados, municípios e o Distrito Federal. A marca foi divulgada pelo Ministério da Saúde.

De acordo com o painel informativo atualizado pela pasta, a vacina mais distribuída até o momento foi a desenvolvida pelo consórcio de laboratórios internacionais Pfizer/BioNTech, com 132,8 milhões de doses. Em seguida vêm os imunizantes de Fiocruz/AstraZeneca (118,2 milhões), Butantan/Sinovac (100,9 milhões) e Janssen (4,8 milhões).

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Das doses distribuídas, 294,2 milhões já foram aplicadas, de acordo com os dados oficiais. Com isso, 156,7 milhões de pessoas receberam ao menos uma dose de vacina, o equivalente a 70% da população, informou a Saúde. Dessas, 126,2 milhões completaram o esquema vacinal com duas doses ou dose única (Janssen).

O ministério atribui aos números da vacinação a melhora no quadro epidemiológico da covid-19 no Brasil. Pelos dados oficiais, desde abril houve queda de 90% na média de casos, que se encontra em 10,4 mil (média de novas notificações dos últimos 14 dias).

No caso dos óbitos, o Brasil tem média móvel de 216,36 (últimos 14 dias). Pelos números oficiais divulgados na noite de ontem (12), o país havia registrado 267 mostes provocadas pela covid-19 nas 24 horas anteriores à divulgação.

A cientista-chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS) disse nesta terça-feira (9) que aguarda ansiosamente pela "segunda geração" de vacinas contra a Covid-19, que pode incluir versões nasais ou orais.

Soumya Swaminathan explicou que essas vacinas teriam vantagens em relação às atuais, pois seriam mais fáceis de administrar do que as injeções e até mesmo o mesmo paciente poderia fazê-lo.

Segundo Swaminathan, havia 129 vacinas candidatas contra o coronavírus passando por testes em humanos em ensaios clínicos, e outras 194 ainda sendo desenvolvidas em laboratórios.

"Isso cobre todo o espectro de tecnologias", afirmou ela em uma interação ao vivo nas redes sociais da OMS. "Elas ainda estão em desenvolvimento e algumas se mostrarão muito seguras e eficazes e outras não", acrescentou.

A cientista destacou que “pode haver vantagens em algumas das vacinas de segunda geração”. "Claramente, com uma vacina oral ou intranasal, é muito mais fácil de administrar do que uma injetável", apontou.

Além disso, as vacinas de spray nasal, usadas em alguns países contra a gripe, podem promover uma resposta mais rápida à infecção. "Se há uma resposta imunológica local, ela cuidará do vírus antes que ele se estabeleça nos pulmões e comece a causar problemas", explicou.

Até agora, a OMS autorizou sete vacinas contra a Covid-19: Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca, Johnson & Johnson, Sinopharm, Sinovac e, na semana passada, Bharat Biotech.

De acordo com o balanço da AFP, mais de 7,25 bilhões de doses de vacinas anticovid foram aplicadas no mundo.

A diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, Rochelle Walensky, recomendou a vacinação contra a Covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos, com a dose pediátrica produzida pela Pfizer-BioNTech. A decisão de Walensky é um reforço à recomendação feita pelo Comitê Consultivo sobre Práticas de Imunização do CDC. Com a medida, o Centro abre a possibilidade para que 28 milhões de crianças no país sejam imunizadas contra a Covid-19.

Em comunicado, Walensky disse que, com a ciência na liderança, um passo importante foi dado no combate ao coronavírus. "Como mãe, eu encorajo que pais com dúvidas converse com seus pediatras, enfermeiros da escola e farmacêuticos locais para aprender mais sobre a vacina e a importância de vacinarem suas crianças", afirmou.

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A cúpula do G20 em Roma, a primeira presencial desde 2019, abordou uma série de desafios por dois dias, desde as mudanças climáticas até a pandemia do coronavírus e um imposto corporativo global. Aqui estão seus principais acordos.

- Clima -

As 20 nações mais desenvolvidas reafirmaram o objetivo do Acordo de Paris: limitar a elevação da temperatura do planeta a menos de 2ºC e continuar os esforços para limitá-la a 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais.

Mas eles vão um passo além: "Manter a meta de 1,5ºC ao alcance exigirá ações e compromissos significativos e eficazes de todos os países."

O G20 concordou em deixar de subsidiar "a partir do final de 2021" novas usinas termelétricas a carvão no exterior, embora não tenha anunciado medidas em nível nacional.

Em relação ao prazo para atingir a neutralidade de carbono, os dirigentes aprovaram a referência “em meados do século ou por volta dessa data”, um horizonte menos preciso do que o ano de 2050 defendido pela Itália.

O G20 “também reafirma” o compromisso assumido pelos países desenvolvidos de buscar mobilizar juntos 100 bilhões de dólares anuais (...) até 2025 “para capacitar os países em desenvolvimento a enfrentar as mudanças climáticas".

- Pandemia e vacinas -

“Contribuir para o alcance das metas globais de vacinação de pelo menos 40% da população de todos os países até o final de 2021 e 70% até meados de 2022”, conforme preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS). O G20 se compromete a tomar "medidas para ajudar a fortalecer o fornecimento de vacinas" nos países em desenvolvimento.

Para tal, este clube de países, que inclui entre outros Estados Unidos, Índia e China, promete "evitar restrições às exportações e aumentar a transparência e visibilidade na entrega de vacinas", embora não especifique prazos.

- Recuperação pós-pandemia -

Os líderes do G20 prometeram "evitar a retirada prematura das medidas de apoio" para "continuar sustentando a recuperação", enquanto monitoram a inflação.

Os bancos centrais “agirão se necessário para cumprir sua missão, que inclui estabilidade de preços”.

Os países do G20 permanecerão vigilantes "nos desafios globais que têm impacto nas economias, como interrupções nas cadeias de abastecimento".

- Ajuda aos países em desenvolvimento -

Os países do G20 se comprometeram a pagar aos países vulneráveis 100 bilhões de dólares do montante global de 650 bilhões em direitos especiais de saque (DES) emitidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para enfrentar os efeitos da pandemia.

"Acolhemos as recentes promessas no valor de cerca de 45 bilhões de dólares como um passo em direção à ambiciosa quantia de 100 bilhões de dólares em contribuições voluntárias para os países mais necessitados", afirmaram os líderes.

As nações do G20, que até agora não haviam acordado um valor a ser pago aos países em desenvolvimento, estão seguindo os passos do G7, que já fixou uma meta de 100 bilhões de dólares para redistribuir, principalmente na África.

Além disso, o G20 "saúda o progresso feito no âmbito da Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida do G20". “Estimativas preliminares mostram que pelo menos 12,7 bilhões de dólares (...) foram postergados graças a essa iniciativa entre maio de 2020 e dezembro de 2021, beneficiando 50 países”, indica.

O G20 concordou com uma suspensão ao pagamento de juros da dívida dos países menos desenvolvidos em abril de 2021 e ela foi prorrogada até o final do ano.

Os dirigentes também apontaram, em seu comunicado conjunto, outra medida de apoio aos países vulneráveis: o debate sobre a política de sobretaxas do FMI, como defende a Argentina.

- Imposto global -

Em relação ao acordo sobre a tributação mínima das multinacionais, os dirigentes celebraram "um sucesso histórico" que servirá para estabelecer "um sistema tributário internacional mais estável e justo".

A pandemia de covid-19 terminará "quando todo mundo decidir acabar com ela", pois atualmente dispomos de "todas as ferramentas" necessárias para combater o vírus, assegurou neste domingo (24) o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"A pandemia acabará quando todo mundo decidir acabar com ela, está nas nossas mãos, dispomos de todas as ferramentas de que precisamos para isso", declarou o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Berlim, onde voltou a insistir em uma distribuição mais equilibrada em todo o mundo das vacinas anticovid.

Tedros Adhanom também lembrou que "com cerca de 50.000 mortos semanais" no mundo, "a pandemia está longe de ter acabado".

Ele deu estas declarações na cerimônia inaugural da "Cúpula Mundial sobre a Saúde", que reúne a cada ano profissionais de saúde e dirigentes políticos em Berlim.

A OMS estabeleceu como meta que 40% da população de cada país esteja vacinada contra a covid-19 antes do fim do ano e 70% em meados de 2022.

Tedros Adhanom lamentou em várias ocasiões a concentração de vacinas nos países ricos.

"O objetivo é alcançável, mas só se os países e as empresas que controlam o abastecimento traduzirem suas declarações em fatos", insistiu na capital alemã.

Na noite da última sexta (22), Pernambuco recebeu sua maior remessa de vacinas da Pfizer/BioNTech entregues em um único dia. As 449.280 doses do imunizante desembarcaram foram transportadas por dois voos comerciais, que desembarcaram no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes. De lá, as vacinas foram encaminhadas para a sede do Programa Estadual de Imunizações (PNI-PE), para checagem e divisão por município.

As doses serão direcionadas para a população em geral acima dos 18 anos de idade e também para doses de reforço em pessoas com 60 anos ou mais. “Os gestores devem ficar atentos à decisão pactuada na última Comissão Intergestores Bipartite (CIB) pela manutenção do intervalo de 60 dias entre a primeira e segunda aplicação dos imunizantes fabricados pela Pfizer/BioNTech”, destaca o secretário estadual de Saúde, André Longo.

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O Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação em Pernambuco informou que a redução do intervalo entre as doses do imunizante da Pfizer é um equívoco técnico, pois diminui a efetividade da vacina e, assim, a resposta imunológica do organismo.

Desde janeiro, o estado recebeu um total de 14.339.880 doses de vacinas contra a Covid-19. Desse total, foram 4.707.170 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 4.481.720 da Coronavac/Butantan, 4.977.180 da Pfizer/BioNTech e 173.810 da Janssen.

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