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A vice-secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, reforçou nesta quinta-feira, 21, que o governo dos Estados Unidos apoia a quebra de patentes das vacinas contra a covid-19 no mundo. Há uma discussão sobre o tema no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).

De acordo com a porta-voz, o governo Biden já enviou 200 milhões de imunizantes para o exterior. Ela disse que a pandemia exige uma resposta global e afirmou que outros países também precisam intensificar as doações.

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Ao ser questionada sobre as negociações em torno do pacote social e ambiental de Biden, Jean-Pierre disse que o governo avalia "algumas ideias" sobre a taxação de carbono. Ela garantiu que, como prometido na campanha eleitoral do ano passado, o democrata não vai aumentar impostos para a parcela da população que ganha menos do que U$S 400 mil por ano.

Sobre a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de proibir seus dirigentes de comprar ações individuais no mercado, após acusações de conflito de interesse, a vice-secretária disse que a Casa Branca respeita a independência da autoridade monetária. Ela também afirmou que, na visão de Biden, todas as autoridades de alto escalão deveriam evitar o conflito de interesse em suas atribuições.

Um estudo de fase 3 indicou que a terceira dose da vacina desenvolvida por Pfizer e BioNTech é 95,6% eficaz na proteção contra o coronavírus, informaram as duas empresas nesta quinta-feira (21), com base em resultados preliminares.

Os testes contaram com 30 mil participantes que já haviam completado o ciclo vacinal do imunizante. Parte deles recebeu 30mg de uma dose de reforço e o restante, um placebo, em um intervalo de aproximadamente 11 meses após a injeção anterior. Não houve eventos adversos severos, de acordo com o ensaio.

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Os dados ainda serão revisados por especialistas antes de serem publicados em revista médica. As farmacêuticas afirmam que pretendem submetê-los à Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, à Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e outros reguladores "o mais breve possível".

"Além de nossos esforços para aumentar o acesso global e a aceitação entre os não vacinados, acreditamos que as doses de reforço têm um papel crítico a desempenhar no enfrentamento da ameaça contínua à saúde pública desta pandemia", disse o CEO da PFizer, Albert Bourla.

Os resultados são divulgados em um momento em que vários governos já começam a aprovar a aplicação de novas doses das vacinas, mesmo sem a conclusão das pesquisas. Nos EUA, a FDA concedeu autorização a doses de reforços dos profiláticos de Moderna, Johnson & Johnson e da própria Pfizer para pessoas com mais de 65 anos ou de 18 a 64 anos com alto risco de contrair o caso grave da doença.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem reiterado apelo aos países para que priorizem a vacinação global antes de começarem a reforçar a imunização de quem já está vacinado.

A Índia alcançou nesta quinta-feira (21) a marca de um bilhão de doses aplicadas da vacina contra a Covid-19 - anunciou o Ministério da Saúde, seis meses após o surto devastador de contágios que deixou o sistema hospitalar do país à beira do colapso.

De acordo com o governo, quase 75% dos adultos do país, que tem 1,3 bilhão de habitantes, receberam uma dose, e quase 30% estão com a vacinação completa.

Mas centenas de milhões de indianos com menos de 18 anos, que representam quase 40% dos habitantes do segundo país mais populoso do mundo, não receberam nenhuma dose.

A Índia registrou um grande foco de contágios em abril e maio deste ano, com mais de 400.000 casos e 4.000 mortes por dia. Muitos hospitais estão saturados, e os crematórios trabalham acima de sua capacidade.

Desde então, os casos registraram queda, com menos de 20.000 contágios diários e o retorno à normalidade na maioria das atividades.

Uma das grandes cidades da Índia, Mumbai registrou, recentemente, o primeiro dia sem mortes por coronavírus desde que a pandemia chegou ao país.

O governo, que teve a imagem muito abalada com a onda letal de covid-19, pretende comemorar o número.

O primeiro-ministro Narendra Modi deve agradecer aos profissionais de saúde por seu trabalhar, e os monumentos do país serão iluminados com as cores nacionais.

"Felicidades, Índia! Este é o resultado da liderança visionária do primeiro-ministro Modi", afirmou o ministro da Saúde, Mansukh Mandaviya.

- "Menos relutância" -

Apenas a China, o país de maior população do mundo, aplicou mais doses do que a Índia, com 2,3 bilhões de inoculações de vacinas contra a covid, segundo as autoridades de Pequim.

A Índia iniciou a vacinação em janeiro. Após um início lento, atualmente aplica oito milhões de doses por dia.

"Durante a primeira onda, lembro que as pessoas questionavam se o coronavírus era real, ou não", disse Reham Ali, taxista de 49 anos de Nova Délhi que recebeu a primeira dose.

"Agora, as pessoas sabem que é, e há menos resistência. A segunda onda abriu os nossos olhos", completou.

As exportações de vacinas, que chegaram a ser interrompidas este ano, foram retomadas. As autoridades garantem que o país, chamado de "farmácia do mundo", estará em pleno funcionamento em 2022.

Na semana passada, a imprensa indiana informou que um comitê de especialistas recomendou o uso de uma vacina local (Covaxin) para as pessoas com menos de 18 anos.

Muitas restrições foram suspensas, e os indianos celebraram, recentemente, a temporada de festas religiosas hindus pela primeira vez em dois anos.

Isto gerou preocupação com um possível aumento de casos e levou o governo a insistir em que a população tome a vacina.

"É improvável que observemos uma terceira onda que seja parecida com a segunda", afirmou o médico Gangandeep Kang, da Christian Medical College, de Vellore, no sul do país.

"A única situação em que isto pode acontecer é se tivermos uma variante completamente nova do vírus. Então, aconteceria uma nova pandemia", explicou à AFP.

Oficialmente, a Índia registra 34 milhões de casos e 452.000 óbitos desde o início da pandemia. Especialistas consideram, no entanto, que o balanço do governo é muito inferior à realidade.

O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado sobre a Covid-19 (CPI) apresentado nesta quarta-feira (20) tem uma lista de pedidos de indiciamento pelos mais diversos crimes de 66 pessoas, entre as quais, o presidente Jair Bolsonaro.

O acordo entre os senadores do chamado "G7", que fazem oposição ao mandatário, ainda inclui duas empresas.

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Confira a lista completa:

Eduardo Pazuello – Ex-Ministro da Saúde –art. 267, § 1º (epidemia com resultado morte); art. 315 (emprego irregular de verbas públicas); art. 319 (prevaricação) e art. 340 (comunicação falsa de crime), todos do Código Penal; art. 7º, parágrafo 1, b, h e k, e parágrafo 2, b e g (crimes contra a humanidade, nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos), do Tratado de Roma (Decreto 4.388, de 2002);

Marcelo Antônio C. Queiroga Lopes – Ministro da Saúde - art. 267, § 1º (epidemia com resultado morte) e art. 319 (prevaricação), ambos do Código Penal;

Onyx Dornelles Lorenzoni – Ex-ministro da Cidadania e ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República - art. 286 (incitação ao crime) do Código Penal e art. 7º, parágrafo 1, b, h e k, e parágrafo 2, b e g (crimes contra a humanidade, nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos), do Tratado de Roma;

Ernesto Henrique Fraga Araújo – Ex-ministro das Relações Exteriores - art. 267, § 1º (epidemia com resultado morte) e art. 286 (incitação ao crime), combinado com art. 29; todos do Código Penal;

Wagner de Campos Rosário – Ministro-chefe da Controladoria Geral da União - art. 319 (prevaricação) do Código Penal;

Antônio Elcio Franco Filho – Ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde - art. 267, § 1º (epidemia com resultado morte), do Código Penal; art. 10, VI e XII, e art. 11, I (improbidade administrativa), todos da Lei 8.429, de 2 de junho de 1992;

Mayra Isabel Correia Pinheiro – Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde - SGTES - art. 267, § 1º (epidemia com resultado morte), e art. 319 (prevaricação), ambos do Código Penal; e art. 7º, k (crime contra a humanidade) do Tratado de Roma (Decreto 4.388, de 2002);

Roberto Ferreira Dias – Ex-diretor de logística do Ministério da Saúde - art. 317, caput, do Código Penal (corrupção passiva); art. 2º, caput (formação de organização criminosa) da Lei nº 12.850, de 2013; art. 10, XII e art. 11, I (improbidade administrativa), todos da Lei 8.429, de 2 de junho de 1992;

Cristiano Alberto Hossri Carvalho – Representante da Davati no Brasil - art. 333, caput, do Código Penal (corrupção ativa);

Luiz Paulo Dominguetti Pereira – Representante da Davati no Brasil - art. 333, caput, do Código Penal (corrupção ativa);

Rafael Francisco Carmo Alves – Intermediador nas tratativas da Davati - art. 333, caput, do Código Penal (corrupção ativa);

José Odilon Torres da Silveira Júnior – Intermediador nas tratativas da Davati - art. 333, caput, do Código Penal (corrupção ativa);

Marcelo Blanco da Costa – Ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde e intermediador nas tratativas da Davati - art. 333, caput, do Código Penal (corrupção ativa);

Emanuela Batista de Souza Medrades – Diretora-Executiva e responsável técnica farmacêutica da empresa Precisa - arts. 299, caput (falsidade ideológica), 304 (uso de documento falso) e 347 (fraude processual), todos do Código Penal; art. 2º, caput (formação de organização criminosa) da Lei nº 12.850, de 2013; e art. 10, VI e XII, e art. 11, I (improbidade administrativa), combinados com art. 3º, todos da Lei 8.429, de 2 de junho de 1992;

Túlio Silveira – Consultor jurídico da empresa Precisa - arts. 299, caput (falsidade ideológica), 304 (uso de documento falso), ambos do Código Penal; art. 10, VI e XII, e art. 11, I (improbidade administrativa), combinados com art. 3º, todos da Lei 8.429, de 2 de junho de 1992;

Airton Antonio Soligo - Ex-assessor especial do Ministério da Saúde - art. 328, caput (usurpação de função pública);

Francisco Emerson Maximiano – Sócio da empresa Precisa - arts. 299, caput (falsidade ideológica), 304 (uso de documento falso), 347 (fraude processual) e 337-L, inciso V (fraude em contrato), todos do Código Penal; art. 2º, caput (formação de organização criminosa) da Lei nº 12.850, de 2013; art. 10, VI e XII, e art. 11, I (improbidade administrativa), combinados com art. 3º, todos da Lei 8.429, de 2 de junho de 1992;

Danilo Berndt Trento - Sócio da empresa Primarcial Holding e Participações Ltda e diretor de relações institucionais da Precisa - 337- L, inciso V (fraude em contrato) do Código Penal; art. 2º, caput (formação de organização criminosa) da Lei nº 12.850, de 2013; art. 10, XII, e art. 11, I (improbidade administrativa), combinados com art. 3º, todos da Lei 8.429, de 2 de junho de 1992;

Marcos Tolentino da Silva – Advogado e sócio oculto da empresa FIB Bank - art. 337-L, inciso V (fraude em contrato), combinado com art. 29, ambos do Código Penal; art. 2º, caput (formação de organização criminosa) da Lei nº 12.850, de 2013; e art. 10, XII, e art. 11, I (improbidade administrativa), combinados com art. 3º, todos da Lei 8.429, de 2 de junho de 1992;

Ricardo José Magalhães Barros – Deputado Federal - art. 286 (incitação ao crime) e art. 321 (advocacia administrativa), ambos do Código Penal; art. 2º, caput (formação de organização criminosa) da Lei nº 12.850, de 2013; e art. 10, XII (improbidade administrativa) da Lei 8.429, de 2 de junho de 1992;

Flávio Bolsonaro – Senador da República - art. 286 (incitação ao crime) do Código Penal;

Eduardo Bolsonaro – Deputado Federal - art. 286 (incitação ao crime) do Código Penal;

Bia Kicis – Deputada Federal - art. 286 (incitação ao crime) do Código Penal;

Carla Zambelli – Deputada Federal - art. 286 (incitação ao crime) do Código Penal;

Carlos Bolsonaro – Vereador da cidade do Rio de Janeiro - art. 286 (incitação ao crime) do Código Penal;

Osmar Gasparini Terra – Deputado Federal - art. 267, § 1º (epidemia com resultado morte), e art. 286 (incitação ao crime), ambos do Código Penal;

Fábio Wajngarten – ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) do governo federal - art. 319 (prevaricação) e art. 321 (advocacia administrativa), ambos do Código Penal;

Nise Hitomi Yamaguchi – Médica participante do gabinete paralelo - art. 267, § 1º (epidemia com resultado morte), do Código Penal;

Arthur Weintraub - ex-assessor da Presidência da República e participante do gabinete paralelo - art. 267, § 1º (epidemia com resultado morte), do Código Penal;

Carlos Wizard Martins – Empresário e participante do gabinete paralelo - art. 267, § 1º (epidemia com resultado morte); e art. 286 (incitação ao crime), ambos do Código Penal;

Paolo Marinho de Andrade Zanotto – biólogo e participante do gabinete paralelo - art. 267, § 1º (epidemia com resultado morte), do Código Penal;

Luciano Dias Azevedo – Médico e participante do gabinete paralelo - art. 267, § 1º (epidemia com resultado morte) do Código Penal;

Mauro Luiz de Brito Ribeiro – Presidente do Conselho Federal de Medicina - art. 267, § 1º (epidemia com resultado morte) do Código Penal;

Walter Souza Braga Netto – Ministro da Defesa e Ex-Ministro Chefe da Casa Civil - art. 267, § 1º (epidemia com resultado morte) do Código Penal;

Allan Lopes dos Santos – Blogueiro suspeito de disseminar fake news - art. 286 (incitação ao crime) do Código Penal;

Paulo de Oliveira Eneas – Editor do site bolsonarista Crítica Nacional suspeito de disseminar fake news - art. 286 (incitação ao crime) do Código Penal;

Luciano Hang – Empresário suspeito de disseminar fake news - art. 286 (incitação ao crime) do Código Penal;

Otávio Oscar Fakhoury – Empresário suspeito de disseminar fake news - art. 286 (incitação ao crime) do Código Penal;

Bernardo Kuster – Diretor do Jornal Brasil Sem medo, suspeito de disseminar fake news - art. 286 (incitação ao crime) do Código Penal;

Oswaldo Eustáquio – Blogueiro suspeito de disseminar fake news - art. 286 (incitação ao crime) do Código Penal;

Richards Pozzer – Artista gráfico suspeito de disseminar fake news - art. 286 (incitação ao crime) do Código Penal;

Leandro Ruschel – Jornalista suspeito de disseminar fake news - art. 286 (incitação ao crime) do Código Penal;

Carlos Jordy – Deputado Federal - art. 286 (incitação ao crime) do Código Penal;

Filipe G. Martins – Assessor Especial para Assuntos Internacionais do Presidente da República - art. 286 (incitação ao crime) do Código Penal;

Técio Arnaud Tomaz – Assessor especial da Presidência da República - art. 286 (incitação ao crime) do Código Penal;

Roberto Goidanich - Ex-presidente da FUNAG - art. 286 (incitação ao crime) do Código Penal;

Roberto Jefferson – Político suspeito de disseminar fake News - art. 286 (incitação ao crime) do Código Penal;

Raimundo Nonato Brasil – Sócio da empresa VTCLog - art. 333, caput (corrupção ativa) do Código Penal; e art. art. 11, I (improbidade administrativa), combinado com art. 3º, todos da Lei 8.429, de 2 de junho de 1992;

Andreia da Silva Lima – Diretora-executiva da empresa VTCLog - art. 333, caput (corrupção ativa) do Código Penal; e art. 11, I (improbidade administrativa), combinado com art. 3º, todos da Lei 8.429, de 2 de junho de 1992;

Carlos Alberto de Sá - Sócio da empresa VTCLog - art. 333, caput (corrupção ativa) do Código Penal; e art. 11, I (improbidade administrativa), combinado com art. 3º, todos da Lei 8.429, de 2 de junho de 1992;

Teresa Cristina Reis de Sá - Sócio da empresa VTCLog - art. 333, caput (corrupção ativa) do Código Penal; e art. 11, I (improbidade administrativa), combinado com art. 3º, todos da Lei 8.429, de 2 de junho de 1992;

José Ricardo Santana – Ex-secretário da Anvisa - art. 2º, caput (formação de organização criminosa) da Lei nº 12.850, de 2013; Marconny Nunes Ribeiro Albernaz de Faria – Lobista - art. 2º, caput (formação de organização criminosa) da Lei nº 12.850, de 2013;

Daniella de Aguiar Moreira da Silva – Médica da Prevent Senior - art. 121, caput, combinado com os arts. 13, § 2º, alínea b, e 14, todos do Código Penal;

Pedro Benedito Batista Júnior – Diretor-executivo da Prevent Senior - arts. 132 (perigo para a vida ou saúde de outrem), 269 (omissão de notificação de doença) e 299, caput (falsidade ideológica), todos do Código Penal; e art. 7º, k (crime contra a humanidade) do Tratado de Roma (Decreto 4.388, de 2002);

Paola Werneck – Médica da Prevent Senior - art. 132 (perigo para a vida ou saúde de outrem) do Código Penal;

Carla Guerra - Médica da Prevent Senior - art. 132 (perigo para a vida ou saúde de outrem) do Código Penal; e art. 7º, k (crime contra a humanidade) do Tratado de Roma (Decreto 4.388, de 2002);

Rodrigo Esper - Médico da Prevent Senior - art. 132 (perigo para a vida ou saúde de outrem) do Código Penal; e art. 7º, k (crime contra a humanidade) do Tratado de Roma (Decreto 4.388, de 2002);

Fernando Oikawa - Médico da Prevent Senior - art. 132 (perigo para a vida ou saúde de outrem) do Código Penal; e art. 7º, k (crime contra a humanidade) do Tratado de Roma (Decreto 4.388, de 2002);

Daniel Garrido Baena – Médico da Prevent Senior - art. 299, caput (falsidade ideológica) do Código Penal;

João Paulo F. Barros – Médico da Prevent Senior -art. 299, caput (falsidade ideológica) do Código Penal;

Fernanda de Oliveira Igarashi – Médica da Prevent Senior - art. 299, caput (falsidade ideológica) do Código Penal;

Fernando Parrillo - Dono da Prevent Senior - arts. 132 (perigo para a vida ou saúde de outrem), 269 (omissão de notificação de doença) e 299, caput (falsidade ideológica), todos do Código Penal; e art. 7º, k (crime contra a humanidade) do Tratado de Roma (Decreto 4.388, de 2002);

Eduardo Parrillo - Dono da Prevent Senior - arts. 132 (perigo para a vida ou saúde de outrem), 269 (omissão de notificação de doença) e 299, caput (falsidade ideológica), todos do Código Penal; e art. 7º, k (crime contra a humanidade) do Tratado de Roma (Decreto 4.388, de 2002);

Flávio Adsuara Cadegiani – Médico que fez estudo com proxalutamida - art. 7º, k (crime contra a humanidade) do Tratado de Roma (Decreto 4.388, de 2002);

E os pedidos contra duas empresas:

Precisa Comercialização de Medicamentos LTDA. – art. 5º, IV, d (ato lesivo à administração pública) da Lei 12.846, de 1º de agosto de 2013;

VTC Operadora Logística LTDA (VTCLog) - art. 5º, IV, d (ato lesivo à administração pública) da Lei 12.846, de 1º de agosto de 2013.

Da Ansa

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, acusou nesta terça-feira (19) a Organização Mundial da Saúde (OMS) de "descaso" na aprovação de vacinas contra a covid-19, como a russa Sputnik V, que será produzida no país latino-americano.

“Estão há muito tempo nisso (...), digo que é mais um descaso”, afirmou o presidente em sua habitual coletiva de imprensa matinal. “Quando se trata de saúde, é, com todo o respeito, uma ineficiência”, acrescentou.

López Obrador lembrou que está há uma semana urgindo à OMS que aprove vacinas como a Sputnik V e a chinesa CanSino, esta última já em produção no México junto com a do laboratório sueco-britânico AstraZeneca.

Sem sua aprovação, os mexicanos que receberam esses imunizantes não poderão entrar nos Estados Unidos, que permite a entrada em seu território apenas àqueles que receberam vacinas autorizadas pela OMS.

Os Estados Unidos vão abrir sua fronteira com o México, de mais de 3.000 km, no dia 8 de novembro, após mantê-la fechada para viagens não essenciais desde março de 2020 devido à pandemia.

“O gargalo está na OMS”, declarou López Obrador, que disse ainda que em breve enviará uma carta à organização, na qual solicitará "formalmente" a aceleração dos processos de aprovação.

A OMS validou apenas, até o momento, as vacinas Pfizer/BioNTech, Moderna, Sinovac e Sinopharm, além de algumas versões da desenvolvida pela AstraZeneca.

A entidade informou na semana passada que em breve retomará as análises da Sputnik V, que foram suspensas no início do ano por falta de "alguns trâmites jurídicos".

O México assinou na última quinta-feira um acordo com o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) para produzir a vacina russa.

O país latino-americano, que iniciou a vacinação contra a covid-19 em dezembro do ano passado, imunizou até o momento 69,1 milhões de pessoas, incluindo 11,9 milhões com doses da Sputnik V.

Com 126 milhões de habitantes, o México é o quarto país mais atingido no mundo pelo coronavírus em números absolutos, com 284.477 mortes e 3,7 milhões de casos acumulados, segundo dados oficiais.

Os reflexos da pandemia também diminuíram a procura de pais para atualizar a caderneta de vacinação das crianças e adolescentes. Para conscientizar sobre a importância dos imunobiológicos e reverter o atraso na prevenção no Recife, este sábado (16) marca do Dia D da campanha aos menores de 15 anos, que segue até o fim de outubro.

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Acompanhado do pai, o pequeno Gabriel Souza, de 9 anos, foi cedo à Policlínica Lessa de Andrade, no bairro da Madalena, Zona Norte da capital, para receber as doses contra gripe e febre amarela. "A vacina é uma coisa muito importante, pois ela ajuda a gente a ter a prevenção da doença para a gente não se sentir mal e criar uma proteção no nosso corpo. Sem ela, muita gente poderia está doente agora", comentou.

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Ele confessa que até teve certo receio, mas a emoção por estar protegido foi maior do que o medo da agulha. "Antes doía muito, mas agora como tô maior não dói tanto. Só uma beliscadinha de nada, como se fosse uma picadinha de formiga. Eu senti um pouco de medo e depois um pouco de emoção", relatou.

A aposentada Iolanda Noberto levou a neta Karen, de 7 anos, e conta que o diálogo é a melhor ferramenta para convencer os menores. "Eu procuro conversar com ela uma semana antes, explicando que é para o bem dela, para ela não adoecer. Aí ela vai conscientizando", indicou.

Preocupado com a alta transmissão da Covid-19 no pior momento da pandemia, o gerente de vendas Wellington Souza passou o período com a família no Interior, o que atrasou o calendário de Gabriel. Contudo, a ampla distribuição de vacinas contra o vírus permitiu que a agenda de proteção do filho fosse atualizada. 

"O período de pandemia assustou muitos pais, mas hoje é um dia especial para atualizar tudo isso. Vale à pena salientar o protocolo de segurança que está sendo feito aqui, distanciamento, cuidado, separação de pessoas para que não tenha o acúmulo", elogiou.

Ao lado da filha de 6 anos, a promotora de vendas Renata Matos lembra do histórico positivo do Brasil em campanhas de imunização e garante que confia no trabalho desenvolvido por cientistas. "A gente cresceu em uma Cultura que sempre foi acostumado a vacinar nossos filhos, então creio que é importante para a prevenção de doenças, até para a saúde dela e o crescimento. [Por isso,] sempre vacinei", pontua.

A enfermeira Nayara Bezerra aponta que a campanha segue até o fim do mês, mas explica que os imunizantes inclusos no Calendário Nacional vão continuar disponíveis por todo ano. Os pais devem ficar atentos às doses com atraso para que os filhos não possam contrair doenças que já tenham substâncias preventivas.

Com informações de Júlio Gomes

Trazendo febre, tosse e calafrios, a gripe chega e, com ela, a campanha de vacinação. Se até agora as vacinas contra esse vírus, que sofre muita mutação, utilizam tecnologia que não é totalmente eficaz, o uso de RNA mensageiro pode mudar o quadro.

Mais e mais laboratórios se lançam no desenvolvimento de vacinas contra o vírus da gripe usando essa nova tecnologia.

Líder mundial em imunizantes contra gripe, a francesa Sanofi já começou a testar uma vacina de RNA monovalente - contra uma única cepa do vírus - e fará testes com uma vacina quadrivalente no próximo ano.

Em setembro, a gigante americana Pfizer fez as primeiras injeções em humanos de um imunizante contra gripe com RNA mensageiro, mecanismo que já usa em seu produto contra a Covid-19.

O laboratório Moderna, também americano, lançou seus testes no início de julho.

Quais são os benefícios dessa tecnologia, amplamente usada contra a Covid-19, mas que nunca foi empregada para outros vírus?

As vacinas contra a gripe existem há muito tempo, mas sua eficácia é relativa. Utilizam vírus inativados, que devem ser preparados com bastante antecedência, e seus níveis de eficácia variam entre 40% e 60% - ou até 70%, em alguns casos.

"Seis meses antes da epidemia, avaliamos as cepas que mais circulam. Às vezes cometemos erros, e isso cria um excesso de mortalidade significativo", explica a imunologista e diretora de pesquisa do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm), Claude-Agnès Reynaud.

- Mercado atrativo -

Além disso, "o problema quando um vírus é inativado para preparar uma vacina é que isso pode danificar algumas proteínas de superfície", as mesmas que fornecem a resposta imunológica, diz a cientista.

Já o RNA mensageiro não precisa produzir antígenos (a substância estranha que ativa a reação imunológica), pois é a célula humana que criará as proteínas do vírus.

"Se a Organização Mundial da Saúde (que indica as cepas a serem usadas) alerta sobre uma mudança nas cepas prevalentes, podemos mudá-la mais rapidamente com RNA do que com a tecnologia existente", enfatiza Jean-Jacques Le Fur, analista da Bryan, Garnier & Co Y. E com uma eficiência que pode chegar a 95%.

Com essas vantagens, muitos pesquisadores avançam nesse caminho. Norbert Pardi, especialista em vacinas da Universidade da Pensilvânia, tenta, com o RNA mensageiro, incluir vários antígenos em uma única vacina, testada em camundongos.

"Essas vacinas multivalentes provavelmente provocarão uma resposta imunológica globalmente superior" do que os imunizantes atuais, disse ele, recentemente, à AFP.

Essa tecnologia também tem desvantagens, como condições de armazenamento em temperaturas muito baixas.

"Teremos que chegar a vacinas termoestáveis, que podem ser armazenadas na geladeira de 2 a 8 graus, em uma seringa. Há muito o que fazer para converter o RNA mensageiro contra a gripe", estimou o vice-presidente do ramo de vacinas da Sanofi, Thomas Triomphe.

Sem esquecer "a questão da aceitabilidade: quando chegarem essas vacinas, a população vai ficar tranquila com essa tecnologia, ou a relutância vai continuar?", questiona Jean-Jacques Le Fur.

Isso não impede, porém, que as pesquisas avancem.

"A Sanofi entendeu que não pode ignorar essa tecnologia. Para eles, as vacinas contra gripe representam 2,5 bilhões de euros (2,9 bilhões de dólares) de vendas a cada ano", acrescenta.

"É um mercado muito atraente para grandes laboratórios. À exceção da Moderna, que é nova no setor, os demais - como Sanofi, AstraZeneca, ou GSK - estão muito bem estabelecidos na gripe", diz Jamila El Bougrini, especialista em biotecnologia da Invest Títulos.

"Foram US$ 5 bilhões em vendas em 2020. Em 2021, são esperados US$ 6,5 bilhões, ou US$ 7 bilhões", completa, com um possível crescimento anual de 7% a 8% no período 2020-2026.

Diretor-assistente da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Jarbas Barbosa foi questionado durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (13) sobre os reforços em vacinas contra a Covid-19. Segundo ele, a posição da entidade foi adotada a partir do recomendado pelo Grupo Assessor Estratégico de Especialistas em Imunização (Sage, na sigla em inglês), que auxilia a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Barbosa disse, a partir de recomendação do Sage, que uma dose de reforço deve ser aplicada a pessoas imunossuprimidas, "moderadas ou graves". Além disso, citou que no caso das vacinas das chinesas Sinovac e Sinopharm, pesquisas apontaram que a eficácia entre as populações mais idosas é menor do que entre os mais jovens, por isso também nesse casos é recomendada a dose de reforço para os mais velhos. A Sinovac é a fabricante da Coronavac, uma das vacinas usadas no Brasil.

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Barbosa disse que, preferencialmente, o reforço deve ser do mesmo fabricante. Caso esta não esteja disponível, porém, é possível usar uma vacina de outro produtor, com pesquisas apontando que não há problema quanto a isso, comentou.

Em outro momento da coletiva, a diretora da Opas, Carissa Etienne, lembrou que o primeiro pico da Covid-19 no Brasil "infelizmente, foi muito extenso", atingindo não apenas grandes cidades, mas também áreas mais remotas. Ela recordou também que, na segunda onda da doença, com a presença da variante gama, os serviços de saúde ficaram ainda mais pressionados. A diretora da Opas, porém, também citou aspectos positivos do quadro no País, como campanhas de vacinação nos fins de semana e a presença de "campeões de vacinas" para incentivar toda a população alvo a se imunizar.

A Opas também pediu, durante a coletiva, que ocorra um esforço para garantir que 40% das populações de todos os países da região sejam vacinadas até o fim deste ano. Etienne disse que a entidade registra um aumento de casos entre pessoas mais jovens, atribuído segundo ela em parte ao fato de que esse grupo adota menos medidas de proteção, mas também pois em vários países eles não foram vacinados, ou têm menos acesso aos imunizantes por ora.

Já o gerente de Incidentes da Opas, Sylvain Aldhigieri, mencionou em outro momento que as festas de fim de ano "são mais propícias" à disseminação da covid-19, ao ser questionado sobre o eventual risco de um aumento nos casos da doença no fim do ano no México. Em resposta a outra questão, Jarbas Barbosa disse que "é difícil" fazer uma previsão sobre a pandemia nas Américas em 2022. Em sua avaliação do quadro, ele notou que apenas nove países da região conseguiram vacinar mais de 50% de suas populações contra o vírus, enfatizando a necessidade de melhorar a cobertura pela região.

Etienne ainda citou alguns cenários possíveis da Opas para a pandemia, a depender dos avanços na imunização. Em um deles, com alta cobertura vacinal, mas sem medidas de proteção, os países continuariam expostos a surtos de casos da doença, advertiu. Ela afirmou que a covid-19 pode se tornar uma doença endêmica, o que segundo a autoridade é mais um motivo para se reforçar a distribuição de vacinas entre os países das Américas.

O coordenador da força-tarefa da Casa Branca para o combate à pandemia, Jeff Zients, afirmou nesta quarta-feira (13), durante uma coletiva de imprensa, que a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) deve decidir nos próximos dias se recomenda ou não a dose de reforço das vacinas contra covid-19 das farmacêuticas Moderna e Johnson & Johnson.

A agência reguladora já recomendou a aplicação da terceira dose do imunizante fabricado pela Pfizer em parceria com a BioNTech.

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De acordo com Zients, sete milhões de americanos já receberam a dose de reforço. Ainda segundo o coordenador da força-tarefa, 77% dos americanos elegíveis para vacinação já receberam pelo menos uma dose.

Zients também afirmou que a cada dia há mais evidências de que os requisitos de vacinação, por parte do governo e de empresas, têm funcionado para controlar a pandemia.

Ele citou a decisão da Boeing de exigir que todos os seus funcionários estejam completamente imunizados até dezembro. A fabricante de aviões é uma das companhias que mais empregam nos Estados Unidos.

"Continuaremos usando todas as ferramentas disponíveis para proteger as pessoas", prometeu Zients.

A vacinação contra a Covid-19 reduz em 90% o risco de se desenvolver uma forma grave da doença entre aqueles com mais de 50 anos de idade e também parece eficaz contra a variante delta - de acordo com um grande estudo conduzido na França.

"As pessoas vacinadas têm 9 vezes menos probabilidade de serem hospitalizadas, ou de morrerem de Covid-19, do que as pessoas não vacinadas", disse à AFP o epidemiologista Mahmoud Zureik, diretor da estrutura Epi-Phare, que associa Assurance maladie (Cnam) à Agência de Medicamentos (ANSM), responsável pela preparação do relatório.

Obtidos com base em um universo de 22 milhões de casos, estes dados confirmam as conclusões de outros estudos realizados em Israel, Reino Unido e Estados Unidos.

Mas o relatório francês é "o mais abrangente do mundo", ressalta Zureik.

Os pesquisadores compararam a situação de 11 milhões de pessoas vacinadas com mais de 50 anos de idade com outras 11 milhões de pessoas não vacinadas da mesma faixa etária, entre 27 de dezembro de 2020 (quando as vacinações começaram na França) e 20 de julho.

Duas semanas após a segunda dose, os cientistas observaram "uma diminuição de mais de 90% do risco de internação hospitalar".

Os autores do relatório também analisaram a eficácia das vacinas com relação à variante delta, que surgiu na Índia e atualmente é dominante no mundo. Para isso, usaram dados de apenas um mês, entre 20 de junho e 20 de julho.

De acordo com essas informações, observou-se uma eficácia de 84% entre os maiores de 75 anos, e de 92%, entre aqueles na faixa de 50-74 anos.

Zureik reconheceu, porém, que "este período é muito curto para avaliar o real impacto da vacinação sobre esta variante".

"O estudo continuará para incluir os dados de agosto e setembro", acrescentou.

Essa constatação da eficácia das vacinas diz respeito aos imunizantes anticovid-19 da Pfizer/BioNtech, da Moderna e da AstraZeneca.

O imunizante Janssen é o quarto licenciado na França, mas foi injetado em tão poucas pessoas que não foi incluído no estudo.

"Esta diminuição está no mesmo nível que o risco de morrer durante uma hospitalização por Covid-19", segundo a Epi-Phare.

Além disso, a eficácia sobre as formas graves da doença "não parece diminuir no período estudado, de cinco meses".

- "Epidemia sem formas graves" -

O estudo foi dividido em duas partes: uma sobre pessoas com mais de 75 anos (7,2 milhões de casos analisados); e outra, sobre 50-74 anos (15,4 milhões de casos).

A campanha de vacinação na França começou em 27 de dezembro de 2020 para a primeira faixa etária, e entre 19 de fevereiro e 10 de maio de 2021, para a segunda.

O estudo analisou essas duas faixas etárias até 20 de julho deste ano, com resultados de eficácia semelhantes.

Para comparar os dados de hospitalização, estabeleceram-se duplas entre uma pessoa vacinada e uma não vacinada de mesma idade, sexo e região.

O relatório analisou apenas o risco de desenvolver formas graves do coronavírus e não se inclinou sobre a possibilidade de infecção e de transmissão do vírus.

Outros estudos já haviam demonstrado que a variante delta reduzia a eficácia das vacinas contra o risco de contrair Covid-19.

Evitar formas graves - frisou Zureik - é "o principal objetivo da saúde pública", explicando que "uma epidemia sem formas graves não é mais uma epidemia".

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, chamou nesta quinta-feira (7) de "imoral" e "estúpido" o monopólio de vacinas contra a Covid-19 pelos países ricos, alertando que essa situação abre espaço para o surgimento de novas variantes potencialmente perigosas do novo coronavírus.

“Não haver uma distribuição igualitária de vacinas não é apenas uma questão imoral, é também estúpida”, afirmou Guterres durante entrevista coletiva com o diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O acesso desigual "é o melhor aliado da pandemia, porque permite que as variantes se desenvolvam livremente, condenando o mundo a milhões de mortes adicionais e prolongando a desaceleração econômica", assinalou Guterres.

A meta da OMS é de que cerca de 40% da população de cada país esteja imunizada até o fim do ano, e chegar a 70% em meados de 2022. “Para atingir esses objetivos, serão necessários 11 bilhões de doses de vacinas. Não é um problema de abastecimento, mas de distribuição”, destacou Ghebreyesus, lembrando que a produção mundial é de quase 1,5 bilhão de doses por mês.

A OMS pede às fabricantes que transfiram a tecnologia e favoreçam o dispositivo de distribuição internacional Covax e o Fundo Africano para a Aquisição de Vacinas (Avat), promovido pela União Africana.

Pernambuco recebeu, na tarde desta terça-feira (5), mais 326.610 doses de vacinas contra a Covid-19. Desse total, 155.610 unidades são da Pfizer, destinadas à aplicação da segunda dose na população em geral e à dose de reforço dos trabalhadores de saúde, e outras 171 mil doses são da Astrazeneca, que também serão utilizadas para completar o esquema vacinal da população.

Do Aeroporto Internacional do Recife as vacinas foram encaminhadas à sede do Programa Estadual de Imunizações (PNI-PE) para conferência, separação dos quantitativos por município e envio, já na madrugada desta quarta-feira (6), às Gerências Regionais de Saúde (Geres).

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Segundo o secretário estadual de Saúde, André Longo, os municípios estão sendo abastecidos com novas remessas para que possam continuar suas ações, tanto para a segunda dose quanto para o reforço dos públicos preconizados. 

“Fizemos uma grande mobilização em setembro para ampliar o número de pessoas vacinadas com a segunda dose e, neste mês de outubro, os gestores municipais devem continuar empenhados em buscar aqueles que estão em atraso”, afirmou Longo.

Desde o início da campanha, em janeiro deste ano, Pernambuco já recebeu 13.354.920 doses de vacinas contra a Covid-19. Desse total, foram 4.702.670 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 4.481.720 da Coronavac/Butantan, 3.996.720 da Pfizer/BioNTech e 173.810 da Janssen.

A CPI da Covid-19 ouve, nesta terça-feira (5), o sócio da VTCLog, Raimundo Nonato Brasil. A empresa que Nonato faz parte é encarregada da logística para a entrega de vacinas do Ministério da Saúde. Há suspeita de superfaturamento no contrato com o Governo Federal.

Ao iniciar o seu depoimento, Nonato Brasil afirmou que todos os contratos mantidos entre a VTCLog e o poder público estão sob controle de autoridades internas, do Ministério Público, do Tribunal de Contas da União e da Controladoria Geral da União. Segundo ele, a companhia jamais deixou de prestar contas à estrutura fiscalizadora do Estado. 

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Ainda na fala inicial, Raimundo Nonato Brasil informou que, de 18 de janeiro até hoje, mais de 300 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 foram distribuídas pela VTCLog, que tem contrato junto ao Ministério da Saúde. Outros 15 milhões de doses devem ser distribuídos nesta semana.

Segundo a testemunha, a empresa também distribuiu milhões de outros insumos durante a pandemia, como máscaras, álcool em gel, respiradores, cilindros e EPIs. 

Negociações e contratos

Segundo Nonato, os sócios da VTCLog não se envolvem em tratativas com órgãos públicos. Segundo ele, os responsáveis pelas negociações são a área jurídica e diretoria-executiva, comandada por Andreia Lima. 

Após Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, afirmar que a empresa foi condenada por corrupção ativa por pagar propinas a servidores da Central Nacional de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Cenadi) entre 2004 e 2009, Nonato respondeu que o processo ainda está em grau de recurso.

Renan também apresentou uma lista dos principais contratos da VTCLog com órgãos e entidades públicas. Segundo o senador, os maiores foram firmados com a Capes (R$ 131 milhões), com o Comando do Exército (R$ 42 milhões) e com o Ministério da Educação (R$ 34 milhões). E chamou a atenção para vários contratos feitos sem licitação, no total de quase R$ 400 milhões. 

A CPI vai pedir ao Ministério da Saúde a justificativa para a dispensa de licitação nos contratos da VTClog com a pasta em 2017 e 2018, na gestão de Ricardo Barros, deputado do PP-PR e líder do governo na Câmara. Em resposta a questionamentos do relator e do presidente Omar Aziz (PSD-AM), sobre esses contratos, Ramundo Nonato disse que o Ministério da Saúde tentou contratar os Correios, mas teria sido barrado pelo Tribunal de Contas da União. Afirmou ainda que os contratos têm a devida "documentação legal". 

"O Ministério fez ampla pesquisa e 'modesta parte' conseguimos continuar prestando nosso serviço", disse o sócio da empresa, que inicialmente usou o direito de ficar calado quando o relator perguntou sobre os contratos da VTClog com a pasta da Saúde.

*Da Agência Senado

Uma nova remessa com 202.410 doses de vacinas contra covid-19 da Pfizer/BioNTech chegou a Pernambuco neste sábado (2). De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o material permitirá que o estado inicie a aplicação da dose de reforço em profissionais de saúde e em pessoas acima dos 60 anos de idade. Os imunizantes também servirão para complementação de alguns esquemas vacinais.

As vacinas desembarcaram no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre, às 13h20, de onde foram encaminhadas para a sede do Programa Estadual de Imunizações (PNI-PE), responsável por sua conferência e separação, para posterior distribuição às Gerências Regionais de Saúde (Geres).

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“A partir do recebimento das doses, cada município do Estado poderá colocar em prática sua estratégia de ampliação da campanha, visando garantir o acesso à vacina. Em relação à aplicação das doses de reforço dos trabalhadores de saúde, ficou acertado que o Estado realizará as ações junto aos trabalhadores da rede estadual e os municípios devem ficar responsáveis pelos serviços sob sua gerência”, explica a superintendente de Imunizações do Estado, Ana Catarina de Melo.

Desde o início deste ano, Pernambuco já recebeu 13.028.310 doses de vacinas contra a covid-19. Desse total, foram 4.531.670 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, mais 4.481.720 da Coronavac/Butantan, outras 3.841.110 da Pfizer/BioNTech e ainda 173.810 da Janssen.

Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira que preparam o envio de mais de 8 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 a Filipinas e Bangladesh, na mais recente entrega de ajuda a um mundo que luta para controlar a pandemia.

Cinco remessas, totalizando 5.575.050 doses, irão para as Filipinas na próxima semana, informou à AFP um funcionário da Casa Branca, que não quis ser identificado. Outras 2.508.480 doses chegarão a Bangladesh no começo da próxima semana, indicou.

As vacinas, todas do laboratório Pfizer-BioNTech, serão doadas por meio do programa Covax, conduzido pela Organização Mundial de Saúde. O governo "entende que acabar com esta pandemia exige eliminá-la em todo o mundo", disse o funcionário, observando que as doações dos EUA representam "a maior compra e doação de vacinas feita por um único país".

Bangladesh, duramente atingido pela pandemia, já recebeu milhões de doses de vacinas americanas, incluindo 2,5 milhões enviadas na semana passada. De acordo com o banco de dados da AFP, cerca de 10% da população daquele país, de cerca de 170 milhões de habitantes, foi totalmente imunizada.

As Filipinas registraram mais de 2,5 milhões de infectados, incluindo mais de 38.000 mortos. Pouco mais de um quarto da população adulta foi totalmente imunizada. Funcionários alertam que a economia do país pode levar mais de uma década para se recuperar do impacto da pandemia, que deixou milhões de pessoas sem trabalho.

O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (30) o início da Campanha Nacional de Multivacinação, que disponibilizará, em 45 mil postos de vacinação localizados em todas as 27 unidades federativas e seus respectivos municípios, 18 tipos de vacinas que protegem crianças e adolescentes de doenças como poliomielite, sarampo, catapora e caxumba.

Durante a cerimônia de lançamento da campanha, que se inicia amanhã (1º de outubro) e vai até o dia 29, as autoridades destacam o papel importante que pais e responsáveis têm para o sucesso da campanha com público-alvo de crianças e adolescentes até 15 anos.

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Eles, no entanto, manifestaram também preocupação com a queda nos índices de vacinação que vêm sendo observados desde 2015. Segundo eles, em parte isso é explicado pela disseminação de notícias falsas (fake news) e pela atuação de grupos antivacinas.

De acordo com o secretario de Vigilância em Saúde do ministério, Arnaldo Medeiros, a campanha deste ano é “mais relevante” porque o governo vem identificando, desde 2015, uma “tendência de queda nos índices de vacinação”. Segundo ele, essa queda tem, entre suas causas, o “desconhecimento sobre a importância da vacina, as fake news, os grupos antivacinas e o medo de eventos adversos”. Aponta também como causa os horários de funcionamento das unidades de saúde que, às vezes, são incompatíveis com as novas rotinas da população.

Preocupação similar manifestou o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Wilames Freire. “A campanha publicitária é importante e urgente, porque temos de combater de forma dura as fake news e o movimento antivacina que vem estimulando a população a não procurar a vacina e, assim, ficar desprotegida”.

O ministro da Saúde substituto, Rodrigo Cruz, reiterou que a pandemia mostrou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), e acrescentou que seu sucesso tem por base a unicidade que abrange os âmbitos federal, estadual e municipal.

“O Brasil tem cultura de vacinação, e isso tem se mostrados nos números da covid-19, em um patamar de 60% vacinados com as duas doses. Temos agora 30 dias para vacinar nossas crianças com idade de até 15 anos. São vacinas seguras, e a gente incentiva que os pais levem as crianças para que possamos erradicar essas doenças”, disse.

Segundo o ministro, que substitui Marcelo Queiroga, ainda em isolamento após diagnóstico de Covid-19, o governo já trabalha com a possibilidade de ampliar o período inicial previsto para a Campanha Nacional de Multivacinação. “Sabemos que haverá mais tempo disponível porque o Brasil é muito grande, e que existem realidades diferentes no país”, antecipou.

A França vai doar 120 milhões de doses da vacina contra a covid-19 a países pobres - o dobro do previsto, prometeu neste sábado (25) o presidente francês, Emmanuel Macron.

"A injustiça é que em outros continentes, evidentemente, a vacinação esteja muito atrasada. Por causa de nós, coletivamente. Na África, apenas 3% da população está vacinada, devemos ir mais rápido, com mais força", disse o presidente francês em uma sequência de vídeo difundida durante um show da organização de caridade Global Citizen, em Paris.

"A França se compromete a dobrar o número de doses que doará. Passaremos de 60 milhões a 120 milhões de doses doadas. Isto é, mais doses, até agora, das que temos feito no país", acrescentou.

Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira a intenção de dobrar suas doações de vacinas contra a covid-19, elevando o total das doses prometidas aos países pobres a mais de 1,1 bilhão.

"Precisamos que outros países de renda alta ponham em prática suas ambiciosas promessas de doações", reivindicou o presidente americano, Joe Biden.

A União Europeia, por sua vez, doará mais de 500 milhões de doses, enquanto a China prevê abastecer o mundo com 2 bilhões de doses, segundo as autoridades do país, que não informaram se o volume se refere a vendas, doações ou ambas.

Cuba aumentará sua capacidade de produção de vacinas contra a meningite e a pneumonia, especialmente destinadas à África, graças a um financiamento de 45 milhões de euros por parte da França, segundo um acordo firmado nesta quarta-feira (22) em Havana.

Esse financiamento "permitirá a aquisição de novos equipamentos e remodelar os centros produtivos", explicou o embaixador da França em Cuba, Patrice Paoli, durante uma coletiva de imprensa. O diplomata detalhou que os primeiros recursos para este projeto de três anos serão entregues no último trimestre de 2021.

O dinheiro será destinado ao Instituto Finlay de Vacinas para produzir imunizantes contra a meningite e a pneumonia destinados à população cubana, aos países da África subsaariana e às nações em desenvolvimento em geral, onde serão distribuídos a um custo baixo através da OMS e do Unicef.

Graças a esse aporte financeiro, o Instituto Finlay também poderá "alcançar os padrões ótimos exigidos em nível internacional", de acordo com um comunicado enviado à imprensa.

O Instituto Finlay também foi responsável por desenvolver a vacina contra o coronavírus Soberana 02, que atualmente está em processo de reconhecimento por parte da OMS, o mesmo estágio em que se encontra outro imunizante cubano, o Abdala, criado pelo Centro de Engenharia e Biotecnologia (CIGB, na sigla em espanhol).

Até a última segunda-feira (20), Cuba já havia imunizado 46% de seus 11,2 milhões de habitantes com suas próprias vacinas contra o coronavírus. O país caribenho também lançou uma campanha única no mundo para vacinar as crianças a partir de dois anos, uma condição imposta pelo governo para a reabertura das escolas em novembro.

"Já temos 1,6 milhão de crianças vacinadas com a primeira dose" das três previstas, e "com praticamente nenhum efeito adverso", disse nesta quarta o diretor do Instituto Finlay, Vicente Vérez, que destacou que essa cifra deve subir para "quase 2 milhões de crianças" até sexta-feira (24).

Sob um embargo econômico dos Estados Unidos desde 1962, Cuba começou a desenvolver suas próprias vacinas nos anos 1980, descobrindo a primeira contra a meningite B. Atualmente, quase 80% das vacinas que integram o programa de imunização do país são fabricadas na própria ilha.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebeu mais uma remessa de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). O lote chegou ao Aeroporto Internacional Tom Jobim- RIOGaleão, na manhã desta quarta-feira (22). De acordo com a Fiocruz, a quantidade é suficiente para a produção de cerca de 5,2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca.

Há previsão da chegada de novos lotes de insumo ainda este mês, mas a Fiocruz ainda aguarda a confirmação das datas em que vai receber as remessas. É a partir do IFA que a Fiocruz produz as vacinas distribuídas pelo Ministério da Saúde aos estados e Distrito Federal.

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Doses

Na segunda-feira (20), o Ministério da Saúde recebeu 937,5 mil doses da vacina Astrazeneca/Oxford, produzidas no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fiocruz. Desse lote, 50 mil doses foram entregues diretamente ao estado do Rio de Janeiro, onde está localizada a unidade da Fundação produtora dos imunizantes.

Segundo o ministério, a estratégia de distribuição é revisada semanalmente em reuniões entre União, estados e municípios, quando são avaliadas as confirmações do cronograma de entregas por parte dos laboratórios. “O objetivo é garantir a cobertura do esquema vacinal no tempo recomendado de cada imunizante e assegurar que todas as unidades federativas imunizem sua população de forma igualitária”, informou o ministério.

Conforme as previsões, a Fiocruz fará mais duas entregas para o Programa Nacional de Imunizações (PNI), até o fim da semana, totalizando cerca de 4,6 milhões de doses. “Os quantitativos e as datas de entrega serão informados à medida em que ocorrerem as liberações”, informou a pasta.

O governo dos Estados Unidos vai comprar e distribuir aos países com menos recursos 500 milhões de doses suplementares da vacina anticovid-19 da Pfizer, anunciaram fontes do governo americano nesta quarta-feira (22).

Desta maneira, Washington elevará para mais de 1,1 bilhão a doação total de doses.

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De acordo com as mesmas fontes, que pediram anonimato, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quer estabelecer uma "meta ambiciosa", pela qual cada país, incluindo os mais pobres, "alcance 70% de vacinação" em sua população dentro de um ano.

O anúncio deve ser feito pelo presidente democrata ainda nesta quarta-feira em uma reunião de cúpula virtual sobre a luta contra a pandemia.

"É um compromisso imenso dos Estados Unidos. Para cada dose que administramos neste país até agora, estamos doando três doses a outros países", disse uma funcionária da administração americana.

As vacinas serão compradas a preço de custo e distribuídas por meio do mecanismo internacional Covax.

Até o momento, o governo dos Estados Unidos doou quase 160 milhões de doses para mais de 100 países diferentes.

De acordo com o OurWorldInData, 43,5% da população mundial recebeu ao menos uma dose de vacina.

Mas este número, elevado pelo ritmo de vacinação nos países desenvolvidos, esconde imensas desigualdades e há países com menos recursos onde apenas 2% da população recebeu ao menos uma dose da vacina

"Esta reunião tem como ambição decretar o início do fim da pandemia", de acordo com fontes americanas. "Isto vai exigir muito trabalho".

A pandemia de covid-19 provocou mais de 4,7 milhões de mortes no mundo desde o fim de dezembro de 2019, segundo o balanço da AFP com base em números oficiais.

Porém, a OMS calcula que o balanço da pandemia pode ser duas ou três vezes mais elevado.

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