Na prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que este ano será realizado nos dias 4 e 11 de novembro, biologia chega a ocupar boa parte das questões. No entanto, muitos são os assuntos estudados pelos alunos que almejam a aprovação, mas nem todos são os que definitivamente caem na prova.
Saber a maior incidência desses conteúdos garante otimização dos estudos, consequentemente uma boa forma de reforçar assuntos e, assim, aprendê-los melhor. Dessa forma, é possível ter uma garantia de maiores pontuações no Exame. Para ajudar o feras nessa missão, o LeiaJá traz dicas de dois professores de biologia sobre as maiores incidências de conteúdos no Enem.
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Esse é o assunto que os feras devem melhor dominar, segundo o professor Leandro Galindo. O docente de biologia explica que a frequência desse conteúdo na prova de Ciências da Natureza chegou a 44% nos últimos anos. A principal abordagem é para a temática ambiental, considerando os problemas naturais ocasionados pelo desenvolvimento humano. “São incluídas questões que abordam poluição da água, poluição do solo e, principalmente, poluição do ar. Então, temáticas como o agravamento do efeito estufa, aquecimento global, inversão térmica e chuvas ácidas são assuntos bastante constantes nas provas”, explica. Além disso, temáticas sobre atitudes sustentáveis, como reciclagem e energias solar e eólica, estão sempre presentes no Exame.
Citologia
Com 17% de incidência nas provas de 2009 a 2017, segundo o professor Leandro Galindo, citologia está dentro dos assuntos que mais caem no Enem. “Podemos incluir questões que abordem organelas, principalmente Complexo de Golgi, retículo endoplasmático e ribossomos, bem como perguntas sobre organelas que são portadoras de material genético, como cloroplastos e mitocôndria, pois elas trazem a temática de engenharia genética”, explica o professor. Núcleo celular também está presente dentro do conteúdo programático de citologia dentro do Enem. “Ou seja, informações relativas a cromossomos e expressão dos genes são uma temática bem importante dentro de citologia”, aponta Leandro.
Fisiologia
Com 10% de ocorrência dentro do caderno de Ciências da Natureza, fisiologia também é um ponto levantado pelo professor Leandro Galindo. “Questões relativas a uma alimentação saudável, vinculadas a uma questão de saúde pública, como pressão alta, diabetes e doenças crônicas. Então não são abordadas questões ‘decorebas’ sobre anatomia humana”. Também estão inseridas na prova as temáticas sobre sistemas circulatório, digestório e nervoso, em paralelo à questão da alimentação saudável e qualidade de vida.
Microbiologia
Aspectos relativos a programas de saúde, no assunto de microbiologia, estão na lista de conteúdos com grandes possibilidades de cair no Enem. Com 9% de incidências anteriores, microbiologia reserva assuntos estratégicos na área de saúde pública. “Tanto as doenças endêmicas - que têm uma frequência conhecida pelo poder público, como verminoses, esquistossomoses, doença de chagas, teníase, ascaridíase - quanto as doenças emergentes, o aluno tem que ter atenção especial”, conta Leandro. Além disso, algumas doenças têm causado alerta ao poder público e podem ser tema de questão. “Do ano passado para cá, algumas doenças eram controladas, mas vêm causando alerta em virtude delas voltarem, como paralisia infantil, sarampo e sífilis, além de febre amarela, dengue e demais casos de hepatite”, explica.
Genética
Com 6% de incidência nas questões de biologia, estão presentes genética e biotecnologia. Aspectos relativos à hereditariedade, temáticas relacionadas à primeira e segunda leis de Mendel, grupos sanguíneos e genética molecular estão presentes em biologia. “Dentro dos grupos sanguíneos, caem as possibilidades de transfusões. Em genética molecular, estão presentes transgenia, clonagem, vacinas gênicas, organismos geneticamente modificados, terapias gênicas e genética forense, com uso de DNA para identificar pessoas”, exemplifica do professor Leandro Galindo.
Outros assuntos
Por outro lado, segundo a professora de biologia Juliana Duarte, antigamente o assunto que mais se fez presente no Enem foi ecologia, com incidência entre 70% e 80%. “Os alunos, inclusive, reclamavam porque eles estudavam tanto para cair quase que praticamente apenas um assunto”, conta a docente. Mas as coisas mudaram há cerca de quatro edições do Exame, de acordo com a professora. “Hoje, a prova está mais distribuída, com mais assuntos, porém não está difícil”, aponta.
Segundo Juliana, os assuntos agora estão mais ligados ao dia a dia do estudante. “Em genética, é possível observar coisas mais presentes no dia a dia, como células tronco e teste de paternidade”, explica. Já em fisiologia, os assuntos mais recorrentes, segundo a docente, são os que abordam sistemas digestório e circulatório. “Além disso, também podemos citar como assuntos que vêm caindo com bastante frequência os temas de evolução e citologia, porque prova de biologia sem citologia não é prova de biologia”, brinca Duarte.
Interpretação é tudo
A professora Juliana Duarte ainda salienta que é importante que os estudantes saibam fazer a interpretação da questão. “Mesmo com uma quantidade grande de assuntos, a prova não está difícil. Os alunos têm que melhorar na interpretação de texto, pois muitas vezes as informações vêm em gráficos e tabelas e os estudantes não sabem ler o que está no gráfico e acabam errando a questão. Por isso, eu aconselho que eles treinem mais fazendo questões que contenham textos grandes e tabelas”, alerta.
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