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A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) vai realizar no próximo fim de semana uma manutenção no Sistema Cantareira que pode afetar o abastecimento de água para quase 5 milhões de pessoas na capital e em mais sete cidades da Grande São Paulo - Guarulhos, Osasco, Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Cajamar e São Caetano do Sul.

Segundo a empresa, será necessário fazer uma parada programada no funcionamento da Estação de Tratamento de Água (ETA) Guaraú, responsável pela produção de água do sistema, entre as 18h de sábado (20) e as 6h de domingo (21). A retomada completa do fornecimento deve acontecer até a segunda-feira (22).

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"Imóveis com caixa-d'água obrigatória e com reservação para ao menos 24 horas, como determina decreto estadual, devem sentir com menos intensidade a alteração no fornecimento", afirma em nota a companhia, que orienta a população a usar a água de forma consciente.

Segundo a Sabesp, o abastecimento em regiões com serviços essenciais, como hospitais, será redirecionado para que não haja intermitência. Para situações de emergência, diz a empresa, serão disponibilizados caminhões-tanque.

A Sabesp afirma ainda que, durante a parada programada do Cantareira, será acionada a flexibilização do Sistema Integrado da Região Metropolitana de São Paulo, permitindo que as regiões afetadas recebam momentaneamente água de outros sistemas.

Durante a manutenção preventiva, será feita a adequação da estrutura de chegada de água à ETA Guaraú, além da troca, devido ao "desgaste natural", de uma válvula com 1,1 metro de diâmetro e 16 toneladas na Estação Elevatória Santa Inês. Outras duas válvulas serão substituídas no Reservatório Vila Jaraguá, na zona norte.

Ao final do trabalho, uma nova adutora entrará em operação e vai reforçar o abastecimento na região de Perus, na capital, e nos municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato e Caieiras, beneficiando cerca de 300 mil pessoas, de acordo com a Sabesp.

Machete e celular na mão, o líder indígena Vanderlei Weraxunu percorre o futuro local de sua aldeia: um terreno público cercado por mata em Maricá, no norte do Rio de Janeiro, onde sua comunidade vai dispor de água potável e terra para plantar.

Provenientes de outras regiões do Brasil, cerca de 50 indígenas da etnia Guaranú Mbya fundaram há uma década a Aldeia Céu Azul, em Maricá.

Mas a terra onde instalaram suas casas e sua escola, cedidas por um empresário, está degradada e não há água nem terra fértil para o plantio.

"Hoje a gente tem esse espaço, que é onde corria um rio antigamente, há uns 150 anos, mas há uns 100 anos teve uma devastação, aqui era cafezal (...) derrubaram a mata e com isso a água secou", explica Vanderlei, que veio do estado de Santa Catarina.

O acesso à água se dá exclusivamente com caminhões pipa, enviados pela prefeitura de Maricá.

Por isso, há anos, negociam junto ao poder público uma solução, que agora está mais perto de se concretizar: a mudança para um terreno de 500.000 m2 doado pela prefeitura a 35 km de distância.

"Esse espaço a gente já viu que vai dar mais recursos, como plantar, colher da mata ervas medicinais", explica o líder.

Também planejam recuperar a plantação de sementes autóctones, como de milho guarani, ao qual é atribuído um significado sagrado.

E poderão cultivar seu próprio bambu para a fabricação de artesanato, uma importante fonte de renda para a aldeia.

"Agora é muito, muito difícil para continuar a fazer (artesanato), porque o bambu não tem em qualquer lugar. Temos que trazer de outra aldeia", diz Maria Helena Jaxuka, cacique da aledeia.

O novo terreno, cercado por uma frondosa floresta no alto de um morro, precisa passar por obras para nivelar o solo e os trâmites burocráticos para torná-lo oficialmente propriedade dos indígenas, algo que deve acontecer nos próximos meses.

"A prefeitura vai fornecer toda a estrutura: as cabanas para morar, escola, saúde e um centro cultural para que possam receber visitantes e vender seus artesanatos", disse à AFP Maria Oliveira, coordenadora indígena da Secretaria de Direitos Humanos de Maricá.

Vanderlei está entusiasmado com a ideia da mudança, que visa "preservar a natureza" e também a "cultura, o modo de vida do povo Guarani".

"O povo Guarani e todos os povos indígenas são guardiões da natureza. Nós dependemos dela, é ela que nos dá a vida. Por isso cuidamos dela com amor", diz.

Estima-se que existam 280 mil indígenas guarani vivendo na América do Sul, distribuídos entre Brasil, Argentina, Bolívia e Paraguai, de acordo com o Mapa Guarani Continental de 2016, um relatório que reúne dados oficiais e de ONGs.

No Brasil vivem atualmente cerca de 85.000, dos subgrupos kaiowá, nhandeva e mbya, dos quais mais de 64.000 estão concentrados no estado de Mato Grosso do Sul e cerca de 20.000 nas regiões sul e sudeste do Brasil.

Identificados por sua alta mobilidade e habilidades agrícolas, esses grupos continuam protagonizando conflitos com produtores agrícolas pela disputa por suas terras, das quais, em muitos casos, foram radicalmente deslocados pela expansão econômica.

A Justiça de Mato Grosso condenou a Apple a pagar quase R$ 10 mil a um dono de iPhone XR por se recusar a consertar o aparelho. Segundo autos do processo, após entrar em contato com água, o aparelho - que é vendido pela gigante da maçã como resistente ao líquido -, começou a apresentar problemas.

O telefone havia sido comprado em 2019 diretamente pelo site da Apple, mas em março de 2020 começou a apresentar mau funcionamento após levar "respingos" de água. O cliente resolveu processar a empresa norte-americana após ela se negar a consertar o modelo, mesmo ele estando na garantia, e orientado o consumidor a comprar um novo aparelho.

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Mesmo com o anúncio da resistência à água por 30 minutos, em profundidade máxima de dois metros, a fabricante informa por meio de seu site oficial que no Brasil, os danos provocados por água ou outros líquidos no iPhone ou iPad não serão cobertos pela garantia.

Mesmo assim, a juíza Edna Ederli Coutinho defendeu que a propaganda divulgada nos canais de comunicação da ré induzem o consumidor a acreditar que o iPhone XR é de fato resistente à água. Por isso, a Apple foi multada em R$ 9,8 mil por danos morais e materiais, acrescidos de juros e correção monetária. A empresa ainda pode recorrer.

Ofertar mais água à população levou o Governo de Pernambuco, por meio da Compesa, a implantar o Programa Rodízio Zero, que a partir de ações de pequeno, médio e grande porte mudará o cenário de abastecimento na Região Metropolitana do Recife (RMR). O governador Paulo Câmara anunciou, nesta quarta-feira (13), no município de Igarassu, no Grande Recife, a eliminação do rodízio no abastecimento e a ampliação da oferta de água em várias localidades do Recife e de Olinda, Igarassu, Jaboatão dos Guararapes e São Lourenço da Mata, beneficiando 475 mil pessoas nesta primeira etapa. Até o final de 2022, serão contempladas mais 500 mil pessoas, totalizando quase um milhão de moradores com mais água nas torneiras.

“As fortes chuvas fizeram com que nossos reservatórios tivessem uma condição hídrica bem maior. Temos o intuito de, até o fim do ano, tirar muitas outras cidades do rodízio, garantindo sustentabilidade e abastecimento para o futuro”, destacou Paulo Câmara. 

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Ainda no município, o governador inaugurou a operação de dois novos poços profundos: um no Loteamento Encanto Igarassu, com 222 metros de profundidade, e o outro no Sítio Boa Vista, com 156 metros. As ações permitiram a chegada do Rodízio Zero nas duas localidades. O investimento total nas obras foi de R$ 4,2 milhões. Até o final do ano, quando serão inaugurados mais três poços, será possível retirar toda a cidade do rodízio.

Segundo a presidente da Compesa, Manuela Marinho, a Companhia vinha atuando há meses na realização de estudos e execução de ações que pudessem acarretar a melhoria na distribuição de água na RMR. “Investimos muito em obras de modernização da rede de distribuição, com assentamento de tubulações novas, perfuração de 23 poços, implantação de novos registros e válvulas, substituição de conjuntos de bombas e o uso de tecnologia para o aperfeiçoamento dos processos operacionais das nossas unidades”, explicou.

 

Calendário de abastecimento

O novo calendário de distribuição de água está disponível no site da Compesa (www.compesa.com.br). Basta acessar a Loja Virtual, clicar na aba Calendário de Abastecimento e digitar o endereço completo. A consulta também pode ser feita por meio do teleatendimento no 0800 081 0195 ou pelo novo canal no WhatsApp (81 99488-2336).

Da assessoria.

Após divulgar a primeira imagem capturada pelo telescópio James Webb, a Nasa revelou novas imagens nesta terça-feira (12), que mostram registros de uma assinatura de água em um exoplaneta descoberto.

De acordo com a Agência Espacial, o telescópio registrou um exoplaneta a 1.150 anos-luz de distância da Terra, orbitando uma estrela semelhante ao Sol. Além da assinatura de água, existem também indícios de nuvens e neblina na atmosfera do planeta gasoso, conhecido até então como WASP 96-b.

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Outra imagem feita pelo James Webb, disponível nas redes da Nasa, mostra uma região conhecida informalmente como Nebulosa do Anel Sul, que se localiza a 2.500 anos-luz de distância. O registro captura uma estrela que morreu e ficou envolta em camadas de poeira e luz.

Segundo a Nasa, o novo registro possível pelo James Webb nos ajudará a entender quais moléculas ficam presentes nas camadas de gás e poeiras em eventos como este.

O telescópio foi lançado ao espaço no final de 2021, porém, só agora em abril ele completou sua fase de alinhamento e se tornou operacional. O James Webb conta com 18 espelhos que totalizam mais de 6,4 m de largura, instrumento mais potente e que pode ser ferramenta para a ciência encarar os mistérios que se escondem nos cantos afastados de nossa galáxia.

O projeto do telescópio foi concebido como sucessor do Hubble, que se aposentou após décadas vagando pelo espaço. Apenas a fase de desenvolvimento do telescópio durou mais de 20 anos, tendo começado em 1996.

Por Matheus Maio.

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) anunciou, na noite da segunda-feira (30), que está trabalhando para retomar, de forma gradativa, o abastecimento de água nos municípios afetados pelas chuvas. A Compesa justifica que a distribuição havia sido paralisada por falta de energia elétrica, em alguns locais, e por medida de segurança nas áreas de risco.

"As intervenções seguem em curso, apesar dos desafios das equipes de trabalhar em áreas de difícil acesso e inundadas pelas chuvas", diz a companhia. 

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A Compesa reitera que suas equipes estão atuando e pede, mais uma vez, a compreensão dos moradores e informa que todos os esforços estão sendo feitos para a normalização total dos seus sistemas, tão logo as condições sejam favoráveis e em alinhamento com as Defesas Civis dos municípios. À medida que o abastecimento nos demais bairros seja restabelecido, a população será comunicada.

Confira os locais onde o abastecimento está sendo normalizado

Olinda 

Jardim Brasil, Rio Doce, Jardim Atlântico, Ouro Preto, Bairro Novo, Casa Caiada, Passarinho, Caixa D’água, Alto Sol Nascente, Águas Compridas, Alto da Bondade, Aguazinha e Jardim Fragoso (parte).

Recife

O abastecimento foi restabelecido em Água Fria, Bola na Rede, Brejo da Guabiraba (parcialmente), Córrego do Jenipapo, Macaxeira, Dois Irmãos, Vila Dois Irmãos, Apipucos, Brejo de Beberibe, Dois Unidos, Passarinho, Alto José Bonifácio, Alto do Pascoal, Alto Santa Terezinha, Alto do Deodato, Beberibe, Linha do Tiro, Água Fria, Bomba do Hemetério e Alto da Brasileira.

Paulista

A água já voltou para Arthur Lundgren, Vila Torres Galvão, Janga e Pau Amarelo.

Ilha de Itamaracá

Foi retomada a distribuição para Baixa Verde e Vila Eldorado.

Goiana

A Compesa garante que o abastecimento voltou, menos para o centro da cidade.

Moreno

Totalmente abastecido

São Lourenço da Mata

Água voltou para Matriz da Luz.

Camaragibe 

A distribuição de água voltou para Cosme Damião e Centro.

Interior de Pernambuco

A distribuição de água foi retomada nos municípios de São Joaquim do Monte, Agrestina, Garanhuns, Macaparana, São Vicente Férrer, Timbaúba (parcial), Vitória de Santo Antão (menos o distrito de Pirituba), Rio Formoso, Tamandaré, Primavera, Sirinhaém, Pombos, Barra de Guabiraba, Belém de Maria, Sairé, São Bendito do Sul, Panelas, São Joaquim do Monte e Bonito.

Para outras informações, a Compesa pode ser contactada através do 0800 081 0195, ou por meio do site e aplicativo Compesa Mobile.

As fortes chuvas também atingem a região da Mata Norte de Pernambuco neste sábado (28). Em vídeo divulgado nas redes sociais, é possível ver o exato momento em que uma casa desaba no município de Macaparana. O desastre registrado aconteceu na entrada da cidade.

De acordo com informações, não houve feridos e ninguém estava dentro da residência. A gravação registra o desmoronamento da casa, que cai no rio, e é possível observar nas águas os pertences da família que ali morava. Também é possível ouvir os moradores da região assustados e comovidos com os estragos causados pela força da correnteza.

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Em nota publicada nas redes sociais, a Prefeitura de Macaparana alertou com urgência que as pessoas residentes nas proximidades de beiras de rios e barreiras se retirem imediatamente de suas casas. A gestão informou que estão sendo realizadas ações  com equipes de desobstrução de vias, conscientização e assistência social, além da abertura da Escola Governador Moura Cavalcanti para abrigo de famílias em situação de risco. Os moradores da cidade devem solicitar ajuda pelo telefone: 9 9542-6930.

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Em decorrência das fortes chuvas que atingem a Região Metropolitana de Recife desde a sexta-feira (27), e seguem intensificadas neste sábado (28), a Prefeitura da capital informou que foi ativado o Plano de Contingência Municipal e todos os protocolos de mitigação aos danos causados. Entre as medidas tomadas, foi autorizada a abertura de escolas para o acolhimento de famílias que moram em regiões mais críticas.

Para dar suporte à população, mais de 3 mil servidores públicos, incluindo membros de secretarias e órgãos municipais, como Defesa Civil, Samu Metropolitano, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, CTTU, Emlurb, Guarda Municipal, entre outras entidades, estarão trabalhando ativamente no suporte à população.  A Prefeitura ainda emitiu um alerta via SMS, para mais de 32 mil famílias que moram em áreas de risco, no qual informa o risco de saturação do solo e a previsão da intensificação das chuvas.

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No aviso, foi orientado que a população redobre os seus cuidados e procure um local seguro para se proteger. Em caso de moradores que vivem em encostas, morros e outras áreas de risco, a Gestão Municipal solicita que os mesmos se retirem do local o quanto antes e que procurem casas de familiares, amigos ou utilizem abrigos municipais como o Irmão Dulce e o Emergencial, ambos localizados no Bairro de São José.

De acordo com as informações da  Prefeitura, até o momento, foram registrados 18 pontos de alagamento e seis ocorrências em semáforos, que estão sendo atendidos pelas equipes técnicas. A Defesa Civil do Recife, comunicou que desde as 19h da sexta-feira (27), foram recebidas 49 chamadas da população, entre pedidos de vistorias e solicitações de lonas. As equipes da Defesa Civil de Recife devem ser acionadas pelo número: 0800 081 3400.

Um cano que passa pelo teto do Hospital da Restauração, no centro do Recife, estourou e deixou o corredor do setor de transportes da unidade inundado e com mau cheiro. O fato aconteceu no final da tarde da última quarta-feira (18).

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), a obstrução foi na tubulação por onde escoava água dos ralos e das pias do hospital. "Para resolver a situação, a equipe de manutenção da unidade foi acionada e precisou abrir a estrutura para tirar a obstrução, o que provocou o escoamento da água", diz a pasta.

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A SES-PE garante que não havia nenhum paciente no local do ocorrido e que a equipe de manutenção realizou os devidos reparos em cerca de 15 minutos. A secretaria constatou que o transtorno teria sido causado por uma peça de hotelaria hospitalar descartada de forma inadequada.

Por fim, a pasta acrescenta que está finalizando os trâmites para lançar, em breve, um edital de licitação para reforma do Hospital da Restauração. As obras, no valor de R$ 9,1 milhões, contemplarão, entre outros serviços, a revisão e recuperação de toda a rede elétrica e hidráulica.

Recorrente

No início deste mês, um rompimento na tubulação de água do HR causou a queda de parte do forro de gesso da unidade de trauma. A situação fez com que vários pacientes - inclusive os que estavam entubados - precisassem ser realocados para outras salas e até nos corredores do hospital.

A cabeleireira Ângela Silva, de 59 anos, conta que, quando o expediente acaba, não consegue tomar banho, lavar a louça ou cozinhar. Moradora de Jabaquara, bairro da zona sul de São Paulo, ela reside no mesmo imóvel em que opera seu salão de beleza e diz conviver com a falta de abastecimento, problema que costuma começar por volta das 20h e se estende até a manhã.

Ângela não está sozinha. Moradores de diversas regiões da capital relatam ver as torneiras secas no fim do dia. Dados obtidos pelo Estadão via Lei de Acesso à Informação apontam que a Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp) teve no primeiro trimestre deste ano o maior número de reclamações ligadas ao abastecimento de água desde a crise hídrica atravessada pela Grande São Paulo entre 2014 e 2016.

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Ao todo, a Sabesp foi alvo de 129 queixas direcionadas à Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado (Arsesp) entre janeiro e março deste ano, o maior número desde o 1º trimestre de 2015.

Nos quatro primeiros meses daquele ano, o sistema Cantareira, principal responsável por abastecer a capital e a região metropolitana, supriu a demanda da capital recorrendo à "reserva técnica" do reservatório, que só pode ser utilizada "em situações excepcionais, mediante expressa autorização dos órgãos gestores" por definição.

Desde aquela crise hídrica, a Sabesp passou a reduzir a pressão na sua rede de tubulação, como forma de evitar desperdícios na rede. No ano passado, a própria empresa admitiu que começou a adotar a manobra mais cedo: começava por volta das 23h e foi adiantado para cerca de 21h. As chuvas do último verão elevaram o volume dos reservatórios, mas o Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo, tem o menor nível desde 2016 para esta época do ano. Nesta terça-feira (10) está com 43,5% da capacidade.

"Não fico um dia sem falta de água. Agora, até quando temos, a pressão da água está baixa, não é mais como antes", conta Ângela, que chegou a instalar uma caixa d'água em casa, mas o fornecimento não dá pressão nem quantidade suficientes para que possa, por exemplo, enxaguar o cabelo das clientes com água aquecida. "É algo que me atrapalha muito e dá muitos problemas, principalmente quando acaba durante o dia."

Segundo a empresa, a estratégia de reduzir a pressão é implementada desde os anos 1990 - costuma ter efeitos piores para quem vive na periferia ou em áreas mais altas da cidade. Em nota, a Sabesp diz que os "imóveis com caixa d'água obrigatória e reservação para ao menos 24 horas não sentem os efeitos de manutenções ou da gestão da pressão".

Clientes que têm os reservatórios, no entanto, acumulam queixas. Nos últimos meses, a deputada federal Tábata Amaral (PSB-SP) enviou uma série de ofícios à Sabesp questionando se há redução de pressão em pelo menos 75 bairros da capital. Em resposta, a companhia afirma que "os locais apontados nos ofícios recebidos foram analisados, confirmando-se abastecimento regular" e que "em regiões de áreas informais, a existência de ligações irregulares prejudica a vazão de água disponibilizada a imóveis regulares".

A 16 quilômetros da casa de Ângela, Ademilson Cadari, de 47 anos, convive com a falta de água na Vila Celeste, zona norte. Lá, ele conta que desde que se mudou, há dois anos, "aprendeu" à força a viver sem água pelo menos duas noites por semana. Segundo ele, a seca na área, por volta das 19h, mesmo horário em que costuma chegar do trabalho em uma empresa de vendas.

"Não tem periodicidade nem dia certo. Infelizmente, também não tem aviso prévio para podermos nos preparar", conta. Como a caixa d'água não está ligada diretamente ao chuveiro, Ademilson explica que já se acostumou a tomar banho esquentando a água no fogão e se enxaguando com canecas, à medida em que os "imprevistos" se tornam cada vez mais frequentes.

Mesmo quem tenta reclamar com a Sabesp acaba muitas vezes sem resposta. No portal Reclame Aqui, uma das principais queixas é a falta de agilidade no atendimento da empresa e de transparência nos processos de interrupção do fornecimento de água. "Eles não chamam de corte, mas sim de redução de pressão. Só que, na prática, ficamos sem água praticamente todas as noites", explica a cantora Bianca Rodrigues, de 44 anos.

Morando em uma casa na Rua Tupi, em Santa Cecília, na região central, Bianca conta que precisou adaptar todo o sistema de distribuição de água da casa e ligar todas as torneiras e canos à caixa d'água. Ainda assim, o reservatório não é suficiente para suprir a demanda de 20h às 5h e a troca de um sistema por outro causa prejuízos adicionais.

"Acontece direto de começar o banho com água da rua, ela acabar, e isso queimar a resistência do chuveiro elétrico. Já tivemos de trocar a resistência três vezes, porque precisamos adaptar as duas torneiras: uma ligada na caixa d'água e outra na da rua", conta. "Ou às vezes nem conseguimos tomar banho porque usamos a caixa d'água para lavar louça ou cozinhar. Precisamos de organização à tarde para não ficar sem água à noite."

Bianca, assim como Ângela e Ademilson, também nunca foi formalmente avisada de que, mesmo pagando suas contas em dia, estava concordando em não ter água durante a noite. Principalmente de que não seria notificada quando houvesse interrupção do serviço.

Washington Alan, de 45 anos, mora no Grajaú, na zona sul. Segundo ele, a redução de pressão leva à perda de água. "(Ocorre o problema) quando há restabelecimento (do serviço) por volta das 4h30. É quando a água empurra com muita pressão trazendo ar da tubulação e fazendo o hidrômetro girar por alguns minutos. Depois, a própria pressão da água sobrecarrega a tubulação interna e, há um ano, provocou vazamento no imóvel", conta, relatando prejuízo de R$ 2,5 mil."

Em setembro de 2021, o superintendente da Metropolitana Centro da Sabesp, Roberval Tavares de Souza, disse que a prática de reduzir a pressão da água serve para "preservar os sistemas de abastecimento de água" e, mesmo em meio à escassez hídrica, negou que houvesse risco de desabastecimento. Hoje, o nível do Cantareira é de 43,6%.

A Sabesp acrescentou ainda que esse sistema de "redução da pressão" no abastecimento é adotado internacionalmente e indicado pela Comissão Europeia. A empresa também disse que visitou todos os endereços citados na reportagem, mas "não se constatou problemas de abastecimento".

"Reduzir a vazão a ponto de ter gente sem água é outra história. A Sabesp é maior que qualquer concessionária na Europa", critica o geólogo Carlos Eduardo Giampá, membro do Conselho Estadual de Recursos Hídricos e da Câmara Técnica de Águas Subterrâneas.

Apesar de realmente ajudar a conter o desperdício de água, a redução da pressão no período noturno se mostra mais eficiente em outros países. Na maior parte da Europa, citada como exemplo pela própria Sabesp, estima-se que aproximadamente 9% da água disponibilizada é "perdida" ao longo da rede. No Brasil, relatório elaborado pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) no ano passado com dados de 2019 apontou que esse índice pode chegar a 74% em algumas regiões e, em São Paulo, costuma variar em torno dos 40%.

Um dos problemas que contribui para esse desperdício na cidade é a falta de conservação e manutenção na rede de distribuição da água. Na Europa, a maioria dos países se programa para reparar de 2% a 3% do sistema por ano, evitando assim que haja desperdício por furos ou rachaduras. Em Israel, esse índice é de 5%, o que garante uma renovação total em 20 anos. Já no Brasil, a taxa é inferior a 1%.

"No Brasil, só substitui-se a rede de abastecimento quando aparece o vazamento mesmo. Isso acontece quando não tem mais jeito", explica Antônio Carlos Zuffo, professor de Hidrologia e Gestão de Recursos Hídricos da Unicamp. "Infelizmente, não afeta só a periferia, onde a água acaba antes de chegar, mas todos os pontos altos também ficam desabastecidos com esse sistema", aponta sobre a política de "redução" noturna.

Zuffo também diz que a caixa d'água dificilmente é uma saída considerada ecológica ou segura por países desenvolvidos, uma vez que a facilidade de contaminação da água é maior. "Mas a nossa situação aqui no Brasil ainda requer esses perrengues. Isso precisa ser pensado no futuro com a redução das perdas."

O sentimento de medo pelo que aconteceu no Hospital da Restauração, no centro do Recife, na última segunda-feira (2), quando um cano estourou e o gesso da unidade cedeu, permanece para alguns familiares. É o caso da cuidadora Solange Maria da Silva, 41 anos, que acompanha sua mãe há quase um mês no hospital. “Minha mãe me informou que minutos antes [do desabamento] tinham tirado ela pra varrer. Se não fosse isso, teria sido em cima da minha mãe”, contou.

A mãe de Solange deu entrada no dia sete de abril no HR após sofrer um derrame. Desde então, com um quadro delicado, ela vem sendo cuidada no hospital. Com tanto tempo acompanhando a matriarca, a cuidadora conta que já tinha visto água caindo do teto uma semana antes do ocorrido.

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“Era bem na área onde minha mãe estava, então eu conversei com a assistente social que me disse que a infiltração não era nada”, revelou. O problema é que esse “nada” afirmado anteriormente acabou resultando no rompimento na tubulação de água do hospital, que causou a queda de parte do teto da unidade.

“Na segunda-feira, quando aconteceu a situação, a gente estava aqui fora. Eles colocaram o maior guarda impedindo a gente de entrar e fecharam as portas”, lembrou Solange Maria, que só pôde ver a sua mãe por algumas horas na terça-feira (3). “Parecia que eu estava em outro setor. Vi limpeza, organização e a área mais branda. Estava tudo bem organizado”, disse. 

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Paulo Câmara diz que vai redobrar cuidado

Na terça-feira (3), o governador Paulo Câmara (PSB) declarou que serão autorizados os recursos financeiros necessários para "qualquer tipo de intervenção necessária para a Saúde". 

Ele garantiu que depois do desabamento começou a manter contato com a Secretaria Estadual de Saúde para verificar se havia outros pontos de fragilidade. "A gente não pode ter mais riscos como o que nós sofremos", comentou.

O que diz a Secretaria de Saúde

Sem citar o desabamento, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirmou em nota que reconhece a grande demanda das emergências de Pernambuco e que a situação do HR, maior emergência do Norte e Nordeste, "é mais grave pela complexidade e grau de especialização da unidade. No entanto, o serviço não recusa atendimento, garantindo assistência a todos os pacientes."

A SES informou ainda que o orçamento de 2022 da Secretaria de Saúde para reformas, obras e equipagem das unidades da rede estadual de saúde é de mais de R$ 200 milhões. "A requalificação do HR está em fase de projeto e também está entre as prioridades da SES. Por enquanto, a equipe de manutenção predial já foi reforçada e atua de forma permanente na unidade", acrescentou.

A nota ressalta que, no começo deste ano, o Governo de Pernambuco realizou a requisição administrativa do prédio onde hoje já funciona o Hospital de Retaguarda de Neurologia, localizado no Prado, Zona Oeste do Recife. A unidade conta atualmente com 55 leitos e está recebendo pacientes encaminhados pelo HR.

Um rompimento na tubulação de água do Hospital da Restauração, localizado na área central do Recife, causou a queda de parte do teto da unidade de trauma, que é feito de gesso.

Em um vídeo que circula nas redes sociais - que o LeiaJá optou por não publicar para não expor os pacientes - a cena é caótica. Médicos e enfermeiros correm para retirar os pacientes, enquanto parte do teto e equipamentos desabam em meio a "bicas" jorrando água através dos spots de luz. Um dos médicos chega a grita que uma paciente teve que ser extubada. "Preparem a intubação", berra conduzindo a maca de um paciente.

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A assessoria confirmou que o rompimento aconteceu por volta das 13h30 desta segunda-feira (2), na sala "laranja um", o que provocou a transferência de pacientes. 

"A equipe de manutenção já consertou o vazamento desta tubulação e retirou algumas placas de gesso, por medida de prevenção e segurança. Por volta das 15h30, os pacientes que foram removidos voltaram para a sala Laranja 1", detalha a assessoria do HR.

Por conta da situação, visitas foram suspensas durante esta segunda (2). A assessoria garante que a equipe de manutenção da unidade de saúde trabalha 24h e já estava no local quando aconteceu o imprevisto.

São Lourenço da Mata foi um dos municípios mais castigados pelas chuvas que caem em todo estado de Pernambuco desde a segunda-feira (21). Com um rastro de lama deixado em pontos da cidade, as aulas foram suspensas pela Prefeitura.

As regiões de Barra do Riachão (145,44mm) e a Rua dos Milagres (144,40mm) foram as que registraram as maiores precipitações no município, segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac).

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A água acumulada subiu e inundou em aproximadamente 70cm a capela de São Frei Galvão, no bairro do Caiará. Ainda durante a noite, a intensidade com que aumentou o fluxo do rio preocupou os moradores.

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As proximidades do cinema também ficaram alagadas e uma viatura chegou a ficar debaixo d'água.

A Apac prevê a continuidade das pancadas de chuva em todas as regiões do estado ao longo desta terça (22) e na quarta-feira (23).

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Está em tramitação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) um projeto de lei (PL3185/2022) que prevê a concessão de descontos na conta de água. O texto é de autoria do deputado estadual William Brigido (Republicanos). Segundo o texto, o desconto será aplicado quando houver interrupção do serviço, o fornecimento não for satisfatório ou quando a água chegar imprópria para o consumo.

A proposta aponta que será considerada a falta de abastecimento “quando houver interrupção por mais de 24 horas ou quando a água chegar imprópria para consumo”. Além disso, a matéria deixa claro que o recebimento de água imprópria ou insuficiente deve ser comunicado à Compesa imediatamente.

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Para provar os critérios apontados como necessários para o desconto na conta, o consumidor deverá ter imagens gravadas e devidamente datadas, a partir do momento em que constatar a falha no fornecimento do serviço.

A proposta afirma também que nos casos de interrupção do fornecimento de água previamente avisado pela companhia, o desconto não será aplicado, bem como nos casos em que a inadimplência for o motivo da falta de água.

O desconto será calculado da seguinte forma: 5% por cada 24 horas de ausência no fornecimento de água e 10% por cada 24 horas de ineficácia na prestação do serviço de esgoto.

Ao justificar o texto, o deputado William Brigido salienta que a intenção do PL é oferecer ao consumidor a garantia de restituição da prestação de serviço não realizada.

“Existem também muitas reclamações a respeito da qualidade da água quando alguns serviços são retomados. Na sua maioria, uma água barrenta ou escura.  O desabastecimento causa diversos prejuízos ao usuário. Notadamente, aqueles lares que abrigam crianças e idosos”, observa o deputado no texto.

“Vale destacar que as empresas que prestam serviço de água e esgoto são amparadas pela cobrança de multas e juros, por atraso no pagamento da fatura mensal. Queremos estender esse benefício ao consumidor, em forma de desconto, pelos dias de suspensão do serviço de água ou ineficácia na prestação do serviço de esgotos”, emenda logo em seguida.

A matéria foi publicada no Diário Oficial da Alepe nesta quinta-feira e ainda não há previsão de quando ela será votada no plenário da Casa.

 

A Compesa implantou um novo sistema de abastecimento de água na comunidade do Córrego da Fortuna, em Dois Irmãos, na Zona Leste do Recife. Os técnicos estão implementando o sistema através de dois poços que foram perfurados em 2021 na região.

O conjunto de obras contempla, ainda, a recuperação do reservatório local, assim como a implantação de cerca de 2 mil metros de adutora e mais de 7,5 mil metros de rede de distribuição de água. Haverá também a construção de uma estação elevatória e de tratamento, além da instalação de uma subestação de energia. 

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O gerente de  Unidade de Negócios da Compesa, Aprígio Cunha, informou que na ocasião oportuna ainda será realizada uma ação cadastral para viabilizar 800 novas ligações intradomiciliares, permitindo que as residências se conectem à nova rede de distribuição. A previsão de conclusão da obra é até o mês de outubro deste ano.  

As ciberdefesas dos sistemas de abastecimento de água potável dos Estados Unidos são "absolutamente inadequadas" e vulneráveis a ataques de hackers em larga escala de hackers, disse um funcionário de alto escalão do governo americano, nesta quinta-feira (27), pedindo para não ser identificado.

"Há uma resistência inadequada para igualar (as capacidades) do setor criminal", disse o funcionário.

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O governo tentou atender a cibersegurança da infraestrutura, mas há limitações pelo fato de a grande maioria destes serviços ser oferecida por empresas privadas.

O tamanho do desafio ficou claro em maio do ano passado, quando um ataque deixou temporariamente fora de serviço o importante oleoduto Colonial Pipeline.

Funcionários que falaram com os repórteres sob condição de anonimato mostraram um plano para que as empresas de água cooperem com o governo para tentar selar as falhas de segurança. Como acontece em outros existentes nos setores elétrico e de gás, o programa é, no entanto, de adesão voluntária.

Outro problema é que existem cerca de 150.000 fornecedores de água diferentes para atender 300 milhões de americanos, segundo o funcionário ouvido pela AFP. Também aumenta a vulnerabilidade o fato de se tratar de sistemas cada vez mais automatizados, com computadores que gerenciam o tratamento, o armazenamento e a distribuição.

"Esses processos, quero destacar, podem ser vulneráveis a ciberataques (...) Estamos particularmente preocupados que se lance um ciberataque para, por exemplo, manipular processos de tratamento e produzir água insegura, ou também para danificar infraestrutura hídrica, ou mesmo parar o fluxo de água", completou esta fonte.

As ilhas Tonga enfrentavam nesta sexta-feira (21) uma imensa escassez de água potável, quase uma semana após a erupção de um vulcão no arquipélago, cujo efeito foi comparado à explosão de uma "bomba atômica" por uma autoridade do serviço de resgate.

Em Tongatapu, a principal ilha de Tonga, "foi como uma bomba atômica", testemunhou por telefone à AFP o secretário-geral da Cruz Vermelha de Tonga, Sione Taumoefolau.

"Toda a ilha tremeu devido à erupção", afirmou.

Em 15 de janeiro, a erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, que causou um tsunami, isolou esta pequena nação do Pacífico do restante do planeta, depois que o cabo de comunicação que ligava o arquipélago à rede de Internet se rompeu.

A situação continua difícil, devido à falta de ajuda humanitária e à operação titânica de limpeza das cinzas que os habitantes agora devem enfrentar.

"O pior para nós são as cinzas. Tudo está coberto pelas cinzas do vulcão", ressaltou Taumoefolau.

Jonathan Veitch, encarregado de coordenar as operações das Nações Unidas de Fiji, estimou que o principal problema é a água potável.

As reservas de água de dezenas de milhares de pessoas podem estar contaminadas pelas cinzas do vulcão, ou pela água salgada do tsunami que se seguiu.

"Antes da erupção, a maioria deles dependia da água da chuva", disse Veitch à AFP.

- "Golpe triplo?" -

"Se as cinzas tornaram tudo tóxico, isso é um problema, a menos que possam acessar fontes subterrâneas". Para ele, "agora é vital poder determinar sua localização".

As análises da água começaram, mas após a erupção do último sábado "todo país está coberto de cinzas", informou Veitch.

As operações de resgate começaram, de fato, apenas na quinta-feira, depois que a principal pista de pouso do arquipélago foi finalmente limpa da espessa camada de cinzas que a cobria.

Aviões militares australianos e neozelandeses transportando ajuda de emergência conseguiram pousar. Mas a distância, as dificuldades de comunicação e as medidas para evitar que a covid-19 afete este reino de 170 ilhas complicam as operações.

"Não é fácil. Está longe de tudo. Portanto, há restrições de acesso. E ainda tem o problema da covid, claro, assim como a falta de meios de comunicação", reconheceu o coordenador da ONU.

"Eu diria que é quase um golpe triplo".

À medida que as chegadas de ajuda externa se intensificam, a ONU está "preocupada" com os riscos ligados à covid, disse Veitch, referindo-se à variante ômicron que está se espalhando atualmente por vários arquipélagos do Pacífico, em particular nas Ilhas Salomão e Kiribati.

O governo procura uma maneira de trazer trabalhadores humanitários para o país sem correr o risco de contaminar a população.

O governo de Tonga concluiu a avaliação da extensão dos danos, especialmente nas ilhas que foram afetadas pelo tsunami causado pela erupção.

Três pessoas morreram, mas a extensão financeira ainda não foi estabelecida. "Nada sugere que o balanço humano seja maior, mas a destruição (material) é numerosa", de acordo com Veitch.

Muitas pessoas que vivem em ilhas remotas, e perderam suas casas, foram levadas para a grande ilha de Nomuka.

O navio neozelandês HMNZS Aotearoa atracou hoje em Tonga, carregando grandes suprimentos de água potável.

"Ele também tem capacidade para dessalinizar de 70 mil a 75 mil litros de água por dia, o que fará a diferença para as pessoas, pelo menos em Tongatapu", ressaltou Veitch.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) enviou um grande número de kits de água a bordo do navio humanitário australiano "HMAS Adelaide", que deixou Brisbane na noite de quinta-feira.

"Também enviamos muitos equipamentos para tratar a água", declarou Veitch.

A erupção vulcânica foi sentida até no Alasca, a mais de 9.000 km de distância. Um cogumelo de fumaça de 30 km de altura dispersou cinzas, gás e chuva ácida nas 170 ilhas de Tonga.

Essa erupção causou uma enorme onda de pressão que atravessou o planeta, movendo-se a uma velocidade de 1.231 km/h, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas sobre a Água e Atmosfera da Nova Zelândia.

Todos os 59 sistemas afetados pelas chuvas na Bahia já foram reabilitados e o abastecimento de água em municípios das regiões do Recôncavo, Vale do Jiquiriçá (baixo sul), Sul, Sudoeste e Extremo Sul está sendo retomado gradativamente. “O único sistema que ainda não foi colocado em operação é o do município de Caetanos, porque continua chovendo na bacia do Rio Gavião e o acesso à captação do sistema continua muito difícil. A estimativa é colocar o sistema em operação até a noite de hoje (02)”, informou neste domingo a assessoria de imprensa da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa).

Uma força-tarefa com cerca de 500 colaboradores foi mobilizada para recuperar os sistemas no menor prazo possível. Técnicos da Embasa também estão trabalhando para reconstruir as estações de bombeamento dos sistemas de esgotamento sanitário de municípios situados no Vale do Jiquiriçá. Ao todo, foram seis estações destruídas pela força da correnteza durante a enchente.

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Ainda de acordo com a empresa, os temporais provocaram avarias em equipamentos, rompimentos em adutoras e redes distribuidoras de água e impediram o acesso às áreas onde estão localizadas captações ou estações de tratamento da Embasa, inviabilizando sua manutenção imediata. As chuvas causaram ainda danos também em redes elétricas dos municípios, paralisando sistemas de abastecimento de água por falta de energia.

Números

Por causa das fortes chuvas já são 165 municípios afetados pelas enchentes deste o início do mês de novembro. Desse total subiu para 153 o número de cidades do estado em situação de emergência. Segundo a última atualização feita ontem (1) pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), já são 32.737 desabrigados, 57.531 desalojados, 25 mortos e 517 feridos. O número total de atingidos chegou a 661.508 pessoas.

Rodovias

Segundo a Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) as ações de monitoramento nas rodovias baianas atingidas pelas fortes chuvas das últimas semanas continuam sendo feitas neste domingo (02). A equipe técnica do órgão acompanha a situação de dois trechos de rodovias na região do Extremo Sul da Bahia, a BA-284 e a BR-489, para a prevenção em caso de novas ocorrências. Ambas estão entre os 54 pontos de via afetadas durante o período chuvoso e que são observadas pela Seinfra.

Na BA-284, o trecho entre Itamaraju e Jucuruçu é monitorado pela Secretaria de Infraestrutura para que os reparos necessários sejam realizados imediatamente se houver algum registro de ocorrência. Os desvios provisórios nos quilômetros (Kms) 10, 17 e 30 da rodovia precisaram ser construídos no mês passado após a pista ceder. Outra rodovia avaliada pela equipe técnica da Seinfra é a BR-489. Também foram implantados desvios provisórios nos Kms 02, 13 e 15 da ligação de Prado com Itamaraju em dezembro por conta das chuvas.

Estão sendo monitoradas nove pontes e pontilhões em sete diferentes regiões do estado. Os trechos são importantes vias de acesso às cidades e distritos e foram danificados por conta do rompimento de aterro ou por ter cedido um dos encontros. Nessa lista estão as pontes sobre o Rio Água Piranga; da Urissangas; de acesso à Itapitanga; sobre o Rio Cipó; entre Inhobim e Encruzilhada; no acesso ao distrito de Guaibim; entre o distrito de Itaibó, em Jequié, e Baixa Alegre; de acesso à Prado; entre os distritos de Ventania e Caiubi, em Itapebi. O tráfego foi liberado em alguns locais e outros somente serão retomados após a execução de serviços.

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) conseguiu finalizar os serviços de manutenção e reposição dos equipamentos furtados da Estação de Tratamento de Água Amaraji, situada em Rio formoso, responsável por abastecer Tamandaré, Litoral Sul de Pernambuco.

Com a resolução, o sistema de abastecimento está voltando gradativamente, com previsão para atender todas as áreas, incluindo as mais altas, durante esta sexta-feira (31).

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A estação foi invadida por cinco homens na terça-feira (28). Funcionários foram rendidos e os suspeitos levaram cabos elétricos e outros componentes. A Compesa registrou um boletim de ocorrência para apurar os fatos e identificar os envolvidos.

 

A cidade de Tamandaré, na Mata Sul de Pernambuco, está temporariamente sem água após um grupo de cinco homens invadir a unidade operacional da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), rendendo funcionários do local. O fato aconteceu na noite da terça-feira (28).

Cabos elétricos e outros componentes que impossibilitaram o funcionamento do sistema foram levados da Estação de Tratamento de Água Amaraji, situada em Rio Formoso, pelos suspeitos. A Compesa afirma que está providenciando o Boletim de Ocorrência para que o fato seja apurado e os envolvidos possam ser identificados e punidos.

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"Equipes já estão em campo fazendo o levantamento dos danos causados aos equipamentos para a sua reposição. A Compesa está empenhada adotando todas as providências com a máxima agilidade, possibilitando assim, a retomada do fornecimento de água de Tamandaré o mais breve possível", diz a Compesa.

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