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Visitante no Clássico dos Clássicos diante do Náutico, neste sábado (18), o Sport entrou em campo com uma camisa cobrando justiça para Dom Philips e Bruno Pereira, assassinados na Amazônia. O rubro-negro pernambucano estampou imagens das duas vítimas e ainda uma grande frase "#JustiçaParaDomEBruno" na parte de baixo do uniforme.

O presidente do Sport, Yuri Romão, já havia lamentado o assassinato do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, que era pernambucano do Recife e torcedor do Leão da Ilha do Retiro.

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Vem novidade por aí! Após ficar internada com sequelas da Covid-19, a cantora Joelma anunciou que irá comemorar o seu aniversário, no próximo dia 22 de junho, presenteando aos seus fãs.

Movida sempre pela sua cultura, Joelma irá lançar o seu mais novo clipe gravado na Amazônia, Amor No Silêncio, para comemorar a chegada dos 48 anos de idade. O clipe traz a tona o lado ribeirinho da artista, e mostra cenas belíssimas dela em meio ao Rio Negro e a Amazônia.

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"O que me move é a minha cultura, o Norte do nosso Brasil e cantar sobre o amor. Então esse clipe gravado na Amazônia é muito especial pra mim. Gravamos na cidade de Novo Airão em Manaus e foi muito especial estar em meio à natureza, ao rio. Eu me diverti, estava literalmente em casa", disse ela.

Animada, Joelma compartilhou um trecho do trabalho nas redes sociais.

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Ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro até abril de 2020, o ex-juiz Sérgio Moro afirmou ontem ao Estadão que a Força Nacional ficou "muito reativa" em sua atuação no Norte do País. Questionado sobre o fato de apenas seis agentes da tropa de elite terem sido enviados durante sua gestão para a região do Vale do Javari - que tem 85 mil km² -, Moro admitiu que o efetivo é pequeno e disse que a ampliação do contingente esbarrou em divergências políticas.

"A Força Nacional ficou muito reativa, mas acabou sendo espalhada para atender também essa situações em lugares ermos onde a população local está sendo ameaçada, como a população indígena em regiões como Altamira e Amazonas. O problema não é uma falta de estratégia, mas de efetivo. Isso o País deveria discutir profundamente", afirmou Moro. "O governo estadual é que tem que atender essas situações ermas e remotas ou o governo federal deve assumir maiores responsabilidades? Eu defendo um aumento do efetivo da Força Nacional, o que acabou não sendo politicamente viável. A gente discutiu isso quando eu era ministro da Justiça, mas acabou não sendo viável por conta das rusgas do presidente da República com o Congresso Nacional."

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A tropa de elite nacional é formada por policiais militares, bombeiros militares e policiais civis. Reportagem do Estadão publicada ontem mostrou que os seis agentes foram enviados para a Terra Indígena do Vale do Javari em 2019; desde então, o efetivo é renovado. Ao menos seis pedidos foram feitos neste ano ao governo federal para o reforço da proteção na região. Foram rejeitadas todas as solicitações da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

FUNAI

Filiado ao União Brasil e pré-candidato nas eleições deste ano, Moro disse que a exoneração do indigenista Bruno Pereira da Fundação Nacional do Índio (Funai) não tem sua assinatura. "Muitas dessas questões não chegam até o ministro. A exoneração do Bruno Pereira (da Funai) não passou por mim. Não tem minha assinatura nisso. No fundo a Funai tem a sua autonomia para proferir suas decisões." O ex-ministro lamentou o caso e afirmou conheceu o jornalista britânico Dom Phillips.

Conforme o Estadão revelou, cartéis de drogas de Miami, Medellín e Sinaloa mantêm um Estado paralelo no Alto Solimões, na Amazônia. "Isso suscita uma discussão importante, que é o espaço da Amazônia. O que o Brasil pretende? A falta da presença do Estado é uma questão grave. Do governo federal e do Estado. Dimensões grandes do território são dominadas por gangues", afirmou Moro.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ONU, indígenas, ONGs e familiares manifestaram sua indignação com o assassinato na Amazônia brasileira de Dom Phillips e Bruno Pereira, crime que vincularam à impunidade que prevalece na região por incentivo do presidente Jair Bolsonaro, que sempre se mostrou favorável à exploração comercial das áreas protegidas.

Após dez dias de intensas buscas, a investigação sobre o desaparecimento de ambos deu um salto na quarta-feira com a confissão de um dos dois detidos, Amarildo da Costa de Oliveira, que conduziu a polícia ao local onde disse ter enterrado os corpos, próximo da cidade de Atalaia do Norte, na remota região do Vale do Javari, na fronteira com o Peru.

A Polícia Federal (PF) encontrou ali restos humanos, que chegaram na noite desta quinta-feira de avião em Brasília para sua identificação. Os resultados das análises serão divulgados na semana que vem.

O caso ainda tem diversos pontos a serem esclarecidos: o motivo do crime, as circunstâncias da morte, aparentemente com arma de fogo, o papel exato que tiveram os dois presos, Amarildo e seu irmão Oseney, e seus possíveis cúmplices e mandantes.

- "Ato brutal de violência" -

Phillips, de 57 anos, trabalhava em um livro sobre a preservação da Amazônia. Pereira atuava como seu guia nessa região onde vivem 26 povos indígenas, muitos deles isolados, e onde atuam traficantes de drogas, garimpeiros, pescadores e madeireiros ilegais.

O especialista da Fundação Nacional do Índio (Funai) recebeu ameaças desses grupos por seu trabalho em defesa das terras indígenas.

Diante deste "ato brutal de violência", a ONU pediu ao Brasil para "acrescentar seus esforços para proteger os defensores dos direitos humanos e os povos indígenas" por parte de "atores estatais e não estatais", disse em Genebra o porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani.

A Amazônia está "à mercê da lei do mais forte, sob a qual a brutalidade é recorrente", lamentou a WWF nesta quinta-feira, expressando sua "indignação" pelo fracasso do Estado em proteger os "povos da floresta e seus defensores".

O desaparecimento de ambos reavivou as críticas a Bolsonaro, que desde que chegou ao poder em 2019 é acusado de incentivar invasões de terras indígenas com seu discurso a favor da exploração econômica da selva.

O Greenpeace afirmou que nos últimos três anos o Brasil se configurou como a terra da lei do "vale tudo", alimentada pelas "ações e omissões" do governo.

Em Bruxelas, sete líderes indígenas brasileiros denunciaram na sede da União Europeia o clima de violência e "impunidade" na Amazônia. Um deles, Dinamam Tuxa, declarou à AFP que "Bruno e Dom Phillips foram vítimas das políticas do governo".

A família de Phillips no Reino Unido disse ter "o coração partido" pelas mortes e agradeceu aos participantes das buscas, "especialmente os indígenas".

"Agora que os espíritos do Bruno estão passeando na floresta e espalhados na gente, nossa força é muito maior", escreveu no Twitter Beatriz Matos, esposa do indigenista.

- Bolsonaro reage no Twitter -

O presidente Bolsonaro reagiu às mortes de Pereira e Phillips nesta quinta-feira com uma curta mensagem no Twitter: "Nossos sentimentos aos familiares e que Deus conforte o coração de todos!".

Bolsonaro causou indignação nos últimos dias com várias declarações, quando disse que a incursão de Phillips e Pereira era uma "aventura não recomendada" e que o repórter britânico era "malvisto" na região amazônica por suas reportagens sobre atividades ilegais.

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), cujos integrantes participaram ativamente das buscas, qualificou o assassinato como "crime político", já que ambos eram "defensores dos direitos humanos".

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) afirmou que nos últimos anos o trabalho de jornalistas e ambientalistas tem servido para mostrar os "recordes" de crimes ambientais na Amazônia, assim como os assassinatos de ativistas e os cortes nos órgãos de controle ambiental.

No terreno, a Polícia Civil cumpriu três mandados de busca e apreensão, que terminaram sem detidos. As autoridades buscavam sem sucesso a embarcação em que Phillips e Pereira viajavam quando foram vistos pela última vez no rio Itaquaí indo em direção a Atalaia do Norte, confirmou um jornalista da AFP.

A imprensa afirma que haveria outros três suspeitos, entre eles um que possivelmente ordenou o crime, informação não confirmada oficialmente pela PF.

O Tribunal Superior Eleitoral lamentou (TSE), lamentou as mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, nesta quinta-feira (16). Em nota, o presidente do tribunal, ministro Edson Fachin, enfatizou que "é imperativo constitucional que a sociedade e o Estado respeitem os povos tradicionais".

No comunicado, o presidente do TSE disse que um dos envolvidos, Bruno Pereira foi "importante parceiro da Justiça Eleitoral". Segundo o TSE, em 2014, o indigenista ajudou na instalação de cinco seções eleitorais no Vale do Javari.

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Além disso, Fachin acrescentou que uma imprensa livre, segura e plural é condição essencial para uma sociedade democrática". Sobre o jornalista, a nota ressaltou o "amor" do profissional pela região Amazônica. “Dom Phillips, jornalista britânico, veterano na cobertura internacional, era conhecido por seu amor pela região amazônica, trabalhando ativamente para relatar a crise ambiental brasileira e os problemas das comunidades indígenas".

O caso 

O indigenista e o jornalista estavam desaparecidos na região Amazônica do Vale do Javari, no Amazonas, desde 5 de junho. Porém, na noite desta quarta-feira (15), a Polícia Federal informou que Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", confessou que teria assassinado dos dois. 

A PF informou que encontrou os restos mortais no local que Amarildo relatou. Esse material será encaminhado para perícia em Brasília a fim de confirmar a identificação das vítimas. Em relação ao suspeito, ele e seu irmão estão presos.

As redes sociais estão de luto pelos assassinatos do indigenista Bruno Pereira, 41 anos, e do jornalista britânico Dom Phillips, 57 anos. Várias personalidades da política compartilharam mensagens de revolta pelo que aconteceu com as vítimas, culpando o governo de Jair Bolsonaro e pedindo por justiça.

A coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sônia Guajajara, afirmou que Bruno e Dom desempenharam um papel na Amazônia que o governo brasileiro criminalizou nos últimos anos.

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"Bruno Pereira e Dom Philips tiveram um papel na Amazônia que o Estado brasileiro não apenas omitiu, mas criminalizou nos últimos anos. Esse quadro precisa ser mudado. A justiça é necessária para Bruno e Dom. Não vamos descansar até que isso aconteça", publicou.

-> Suspeito diz ter matado e esquartejado Bruno e Dom, diz TV

O senador Randolfe Rodrigues (Rede) culpou o presidente Jair Bolsonaro (PL) pelas circunstâncias que levaram aos assassinatos. "Se confirmado, que fique claro: Dom e Bruno foram mortos por várias mãos, inclusive a de Jair Bolsonaro, que destruiu os órgãos de fiscalização e fomenta o banditismo na Amazônia. Essa é a forma que Bolsonaro quer acabar com o ativismo no país. Covarde, bandido", exclamou.

O também senador Renan Calheiros (MDB) assevera que se só o indigenista Bruno tivesse sido vítima, o crime passaria despercebido pelo governo federal. "É preciso dizer que se não houvesse um jornalista inglês para chamar atenção do mundo, o indigenista brasileiro Bruno Pereira seria só 'mais um' executado. O bolsonarismo protege criminosos e faz jornalistas e indigenistas brasileiros sentirem um alvo desenhado na própria testa".

O pré-candidato a presidente, Ciro Gomes (PDT) atesta que a omissão de quem comanda e comandou o Brasil propiciou a criação de um estado paralelo. 

"A forma brutal como os assassinos acabaram com as vidas de Bruno e Dom Phillips mostra que a omissão dos governos criou mais que um estado paralelo, fez nascer um versão cabocla do Estado Islâmico, dentro do nosso território", compartilha Ciro.

O pedetista também cobra uma posição do vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal. "Por enquanto, quero fazer apenas uma pergunta específica: e o tal general Heleno que, por uma eternidade, foi o vice rei da Amazônia, não tem nada a dizer? Ei, general, nada a dizer?", indaga.

O ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador Geraldo Alckimin (PSB) divulgaram uma nota de pesar pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, na Amazônia. “É uma notícia chocante que nos causa dor e indignação”, diz. 

Os pré-candidatos prestaram solidariedade aos familiares, amigos e amigas de Dom e Bruno, que “dedicaram a vida a fazer o bem”. “Por isso percorreram o interior do Brasil, ajudando, protegendo e contando a vida, os valores e o sofrimento dos povos indígenas”. 

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Em crítica ao atual governo do País, a nota afirma que “este crime está diretamente relacionado ao desmonte das políticas públicas de proteção aos povos indígenas”. “Está diretamente relacionado também ao incentivo à violência por parte do atual governo do País. O que se exige agora é uma rigorosa investigação do crime; que seus autores e mandantes sejam julgados. A democracia e o Brasil não toleram e nem podem mais viver com a violência, o ódio e o desprezo pelos valores da civilização. Bruno e Dom viverão em nossa memória e na esperança de um mundo melhor”, finalizou. 

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Ao defender a criação da comissão externa, a deputada Joenia Wapichana (Rede-RR) afirmou que os deputados devem também acompanhar as circunstâncias do desaparecimento do jornalista Dom Philips e do indigenista Bruno Pereira. "A invasão das terras indígenas envolve a presença de garimpos ilegais, madeireiros, narcotráfico. Devemos apontar soluções para fatos preocupantes e graves", afirmou. 

O deputado Tiago Andrino (PSB-TO) considera a comissão estratégica por causa da atenção da mídia internacional sobre o caso. "O que está por trás disso não é só um desaparecimento; envolve toda uma organização da República, investimentos em segurança. E há inclusive um estrangeiro", observou, em referência ao jornalista inglês. 

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Críticas à Funai

A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) quer que a comissão externa ouça os indígenas do Vale do Javari, que segundo ela têm sido desrespeitados pelo governo federal. "Os primeiros a começarem as buscas foram justamente os indígenas. O governo começou só três dias depois", afirmou. 

A deputada reclamou de declarações do presidente da Funai sobre Bruno Pereira, que é servidor licenciado da fundação. "É um escândalo. O órgão que deveria zelar pelo bem-estar dos indígenas parece que quer promover uma política de extermínio e ataca o Bruno Pereira neste momento em que precisamos lutar para encontrá-lo com vida", comentou.  Ela também sugeriu que a comissão ouça fiscais do Ibama que estão sob ameaça de garimpeiros e narcotraficantes. 

ONGs na Amazônia

O deputado Felício Laterça (PP-RJ) defendeu que a comissão externa também investigue a atuação de organizações não-governamentais na Amazônia. "Registro o nosso pesar aos familiares desses dois senhores. Mas é importante registrarmos aqui o seguinte: o que de fato eles estavam fazendo? É essa a narrativa de proteção dos povos indígenas? Era, de fato, isso ou eles estavam buscando os tesouros que estão na nossa Amazônia, o que cerca as ONGs que estão na Amazônia?", afirmou. "Essa comissão externa também vai ter essa tarefa de desvendarmos os estrangeiros que há muito habitam a nossa Amazônia e de lá estão levando para fora toda a nossa riqueza." 

Segurança

O deputado Rrenato Queiroz (PSD-RR) quer que a comissão externa investigue possível omissão da Polícia Federal e do Exército na garantia da segurança das fronteiras. "Aquilo ali é terra de ninguém, lá em Roraima é da mesma forma. Isso está espalhado por todo o Norte do País, e as autoridades têm reiteradamente fingido que não estão enxergando o caos que está instaurado e a falta de autoridade dentro dessas terras", lamentou. 

O deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) defendeu a atuação das Forças Armadas na região. "Há mais de 30 pelotões de fronteira, margeando-a, trabalhando muito. Os comandantes de pelotão estão comandando seus militares, com afinco e muita responsabilidade. Os comandantes, como o comandante militar da Amazônia, os generais, os de organizações militares, prestam um serviço excelente ao Brasil, tomando conta e cuidando dos brasileiros, na faixa de fronteira, principalmente na Amazônia", declarou. 

*Da Agência Câmara de Notícias

Os irmãos Oseney da Costa de Oliveira e Amarildo da Costa de Oliveira confessaram ter matado e esquartejado o jornalista correspondente do The Guardian, Dom Phillips, e o indigenista Bruno Pereira, de acordo com a Band, que também informou que a Polícia Federal irá fazer uma entrevista coletiva às 17h desta quarta-feira (15), para detalhar o caso. 

Oseney, que foi preso na terça-feira (14), disse que ele e o irmão mataram o indigenista e o jornalista no último dia 5, após terem sido flagrados pescando ilegalmente. Bruno e Dom foram mortos, tiveram os corpos esquartejados, incendiados e foram levados para uma vala na terra indígena do Vale do Javari, na Amazônia. Já o outro irmão, Amarildo, mais conhecido como “pelado”, foi preso na semana passada.

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Os irmãos estavam pescando pirarucu, quando foram alertados por Bruno e Dom, que estava fotografando. 

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse estar "profundamente preocupado" com o desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips, que sumiu em uma região remota da Amazônia com o indigenista brasileiro Bruno Pereira.

"Assim como todo mundo nesta casa, estamos profundamente preocupados com o que pode ter acontecido com ele. Oficiais do Departamento de Relações Exteriores estão trabalhando em estreita colaboração com as autoridades brasileiras", disse o premiê em discurso na Câmara dos Comuns nesta quarta-feira (15).

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"O que dissemos aos brasileiros é que estamos prontos para fornecer qualquer ajuda que eles possam precisar", acrescentou Johnson, que até esta quarta não havia se pronunciado publicamente sobre o desaparecimento de Phillips e Pereira.

Os dois sumiram na Amazônia no último dia 5 de junho, enquanto viajavam entre a comunidade ribeirinha de São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, no oeste do Amazonas, em uma região conhecida como Vale do Javari, que abriga uma grande quantidade de povos isolados.

Um funcionário da Embaixada do Brasil em Londres chegou a informar à família de Phillips que dois corpos haviam sido achados na área das buscas, mas a sede diplomática admitiu o erro e pediu desculpas.

Até o momento, a Polícia Federal já encontrou objetos pessoais do jornalista e do indigenista e aguarda o resultado de perícia em material orgânico aparentemente humano. Dois suspeitos foram presos, os irmãos Amarildo da Costa Oliveira, conhecido na região como "Pelado", e Oseney da Costa Oliveira, chamado de "Dos Santos".

O local do desaparecimento é alvo frequente de invasões de garimpeiros, madeireiros e pescadores, e Pereira já havia recebido ameaças por seu trabalho para tentar proteger comunidades indígenas no Vale do Javari.

Da Ansa

O delegado da Polícia Federal, Alexandre Saraiva, disse, à GloboNews, que o seu nome foi achado como alvo em cela do PCC. Ele também apontou nomes de políticos que ajudam os criminosos e persegui-lo, dentre eles: a deputada federal Carla Zambeli (PL) e o senador Telmário Mota (Pros).

Na entrevista, o delegado salientou que “esses criminosos [madeireiros] têm a maior parte dos políticos da região Norte no bolso, eu tô falando de governadores, senadores”. “Tenho uma coleção de ofícios de senadores dos diversos estados da Amazônia que mandaram para o meu chefe dizendo que eu estava ultrapassando os limites da lei. Teve senador junto com madeireiro me ameaçando”, contou. 

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De acordo com Saraiva, há uma “bancada do crime” no Congresso Nacional. “Vejam de onde saíram boa parte dos parlamentares do centrão, são financiados por esses grupos: Zequinha Marinho, que tava junto com Ricardo Salles; Telmário Mota; Messias de Jesus; Jorginho Melo, de Santa Catarina, mandou ofício; Carla Zambelli foi lá defender madeireiro com Ricardo Salles. Temos uma bancada do crime. Uma bancada, na minha opinião, de marginais. São bandidos”, apontou, ao explanar ter tido o nome encontrado em cela do PCC.  

“No dia que eu fui convidado para ir na audiência na Câmara dos Deputados, na Comissão de Legislação Participativa - e eu já fui a várias audiências criminais com advogados e criminosos -, nunca fui tão desrespeitado como na Câmara, que os deputados estavam fazendo uma nítida defesa do crime, e isso no Brasil virou moda”, expôs o delegado. 

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Trazendo registros da observação do mundo ao seu redor, a doutora e mestra em Antropologia Marcilene Silva da Costa lança o seu livro de estreia no mundo da poesia, nesta quarta-feira (15). “Amazina, poemas de chuva”, publicado pela Editora Folheando, carrega o olhar da autora sobre os modos de existência das populações periféricas da Amazônia brasileira.

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Marcilene começou a organizar a obra durante a primeira onda da pandemia da covid-19, época em que morava em Toulouse, na França. Longe da família e com as fronteiras fechadas, a antropóloga retomou a forma de escrita que mais a agrada – a poesia. “Sentia urgência de registrar a forma como observava o mundo. A obra representa eu me assumir como escritora e perder a vergonha de mostrar meus textos”, revela.

Também pesquisadora, natural de Santa Isabel do Pará, Marcilene explica que a obra apresenta as populações amazônicas de maneira humanizada e que abordá-las é um jeito de mostrar a pluralidade delas, a partir da perspectiva de uma autora que nasceu no interior. Marcilene conta que também desejava mostrar personagens e enredos que conheceu na infância através de histórias que sua mãe contava.

Marcilene diz que a poética de "Amazina" tem origem africana e celebra a vida e a beleza presente em cada um de nós. Segundo ela, o escritor congolês Jean Kabuta realizou um estudo comparativo de literaturas orais e identificou uma narrativa descritiva de experiências de vida como forma autêntica de conhecimento, que consiste na interação entre escrita e oralidade. 

“A prática inspirou bastante minha escrita, visto que o autor me tocou muito quando afirmou que devemos criar poesias confiando em nós mesmos e também nas pessoas que nos rodeiam sem competições sociais”, complementa Marcilene.

A autora relata que a parte do processo de produção do livro da qual mais gostou foi repassar os poemas que escreveu para o computador. Marcilene trabalha escrevendo as ideias e o tema dos poemas nos vários cadernos de anotações que possui. “Também gostei muito do momento de retorno da leitura dos textos. Eu decidi trabalhar com leitoras beta (leitor beta é a pessoa que lê um livro em primeira mão, antes da publicação). Escolhi quatro mulheres para lerem e criticarem a obra antes da produção final”, conta.

Marcilene também revela o que espera a partir do lançamento do seu livro e quais resultados pretende que ele atinja. “Que mais autoras com fenótipo semelhante ao meu e de origem das classes populares escrevam e publiquem livros”, finaliza.

Sobre a autora

Marcilene Silva da Costa é natural de Santa Isabel do Pará, uma cidadezinha na qual o improvável e fictício são vividos e celebrados no cotidiano. Gosta de lidar e brincar com palavras. Acredita e trabalha pela democratização da leitura e escrita como direito fundamental para populações marginalizadas. Pesquisa e ensina sobre racismo, opressões interseccionais e descolonização do pensamento. Doutora em Antropologia pela Universidade de Toulouse, França, e mestra em Antropologia pela Universidade Federal do Pará, Brasil, é do Norte e está no Norte. Atualmente, mora em Montreal, Canadá.

Serviço

Lanlamento de "Amazina, poemas de chuva".

Data: 15 de junho de 2022.

Hora: 19 horas.

Local: Sede da Academia Izabelense de Letras, Colégio Antônio Lemos.

Endereço: Avenida Antônio Lemos, Santa Isabel do Pará, 68790-000.

Compre o livro aqui: Editora Folheando.

Contato e informações:

 E-mail: ezili.marci@gmail.com

Instagram: @marciezili (https://www.instagram.com/marciezili/?hl=fr)

 

A Polícia Federal (PF) informou na noite desta segunda-feira (13) que as buscas pelo jornalista Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Pereira vão prosseguir e que nada foi encontrado no dia de hoje. 

Pela manhã, após circularem notícias na imprensa de que dois corpos teriam sido encontrados na área de busca, a PF, que coordena as forças de segurança na operação, negou a informação. 

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 "Os órgãos federais e estaduais reforçam que não há nada mais importante do que a busca pelos senhores Bruno Pereira e Dom Phillips e reiteram a esperança de encontrá-los", diz a nova atualização.   

Ontem (12), bombeiros envolvidos na operação encontraram uma série de pertences dos dois desaparecidos. Segundo a PF, os itens encontrados foram: um cartão de saúde, uma calça preta, um chinelo preto e um par de botas pertencentes a Bruno e um par de botas de Dom.   

Na sexta-feira (10), a PF no Amazonas, que está à frente das forças de segurança na Operação Javari, informou que equipes de busca encontraram material orgânico, “aparentemente humano”, em uma área próxima ao porto de Atalaia do Norte. Ainda não há informação se a amostra recolhida tem alguma relação com o desaparecimento de Dom Phillips e de Bruno Pereira. 

O Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal está fazendo análise pericial do material recolhido, como também fará a perícia em vestígios de sangue encontrados na embarcação de Amarildo da Costa de Oliveira, 41 anos, conhecido como “Pelado”, suspeito de envolvimento no caso e que está preso desde a semana passada. A expectativa é que os resultados laboratoriais saiam ainda esta semana, informou a PF. 

Phillips, que é colaborador do jornal britânico The Guardian, e Pereira, servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), foram vistos pela última vez na manhã de domingo (5), há oito dias, na região da reserva indígena do Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares. Eles se deslocavam da comunidade ribeirinha de São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte (AM), quando sumiram sem deixar vestígios. 

O indigenista denunciou que estaria sofrendo ameaças na região, informação confirmada pela PF, que abriu procedimento investigativo sobre essa denúncia. Bruno Pereira estava atuando como colaborador da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), uma entidade mantida pelos próprios indígenas da região.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que o Senado precisa reagir diante do cenário que envolve o desaparecimento do indigenista Bruno Araújo e do jornalista Dom Phillips, no Vale do Javari, no Amazonas.   

Em pronunciamento nesta segunda-feira (13), no início da sessão deliberativa do Plenário, ele citou reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, com denúncia de que o crime organizado e um "Estado paralelo" podem estar por trás do que aconteceu, numa trama que envolve tráfico internacional de drogas e de armas, desmatamento e garimpo ilegal e atentados contra os povos da floresta. 

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Pacheco defendeu que senadores das Comissões de Direitos Humanos (CDH), de Meio Ambiente (CMA) e de Constituição e Justiça (CCJ) devem se mobilizar para identificar os reais problemas que assolam aquela região e apresentar ao país propostas para combater o crime organizado, inclusive com o fortalecimento dos órgãos do Estado que atuam diretamente na Amazônia. 

"Caso realmente se confirme o fato de terem sido eventualmente assassinados, é uma situação das mais graves do Brasil. Assim como nós já presenciamos promotores de justiça, no seu munus [encargo] de acusar, sofrendo atentados, e alguns pagaram com a vida; juízes e magistrados julgando a criminalidade organizada, igualmente sacrificados em função disso; crimes políticos de atentados a parlamentares em função de sua atividade política, prefeitos municipais, a jornalistas que, por vezes, perdem a vida em função de seu mister de denunciar, de investigar. Em tudo isso, para além do sentimento humano da vida que se perde num atentado dessa natureza, há uma ofensa ao Estado brasileiro, há uma ofensa às instituições gravíssima", disse. 

Comissão externa Já o senador Randolfe Rodrigues (Rede Sustentabilidade-AP) apresentou requerimento de criação de uma comissão externa temporária para acompanhar o caso e apurar o que aconteceu com Bruno Araújo e Dom Phillips. Pela sugestão de Randolfe, três senadores de cada comissão integrarão o colegiado.

  Na opinião dele, conforme o desdobramento do caso, será necessário inclusive criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Randolfe Rodrigues afirmou ainda que tudo o que acontece naquela região é consequência da política ambiental do governo do presidente Jair Bolsonaro. 

"O que nós estamos assistindo ao final de quatro anos do governo do senhor Jair Bolsonaro é que a Amazônia foi entregue. Foi entregue a todo tipo de banditismo político ou banditismo organizado. Isso porque foram desmantelados todos os mecanismos e instrumentos que existiam de defesa da Amazônia", denunciou. 

Mas para o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), é preciso cautela para evitar a politização do caso em ano eleitoral. Nesse sentido, ele defendeu que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, aceite requerimento dele de criação de uma CPI para apurar o crime organizado em todo o país. 

"Eu quero sugerir ao senhor que a gente faça essa CPI técnica, com apoio da Polícia Federal [...] E que a gente possa desenvolver um trabalho para apurar a expansão do narcotráfico nos estados do Norte e do Nordeste", defendeu. 

Também preocupado com uma possível politização do caso, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que mais de 200 agentes participam da busca de Bruno Araújo e Dom Phillips, fato que desmonta o discurso de que o governo não está se empenhando para solucionar a questão. 

"Essa Casa também tem o papel importante. Eu acho que uma forma de se combater a extração ilegal de ouro, a extração ilegal de madeira, é dar regras mais claras para esses tipos de atividades. Que possa haver a exploração com a responsabilidade ambiental, como acontece em diversos locais, lá em Minas Gerais, por exemplo", sugeriu. 

*Da Agência Senado

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na manhã desta segunda-feira, 13, que "indícios levam a crer que fizeram alguma maldade" ao jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira, desaparecidos na Amazônia. O chefe do Executivo disse considerar improvável que a dupla ainda seja encontrada com vida.

"Os indícios levam a crer que fizeram alguma maldade com eles, porque já foram encontradas vísceras humanas boiando no rio, que já estão aqui em Brasília para fazer o DNA e pelo tempo, já temos 8 dias, indo para o nono dia, de que isso tudo aconteceu, vai ser muito difícil encontrá-los com vida. Peço a Deus que isso aconteça, que encontremos com vida", afirmou. As declarações foram feitas à rádio CBN Recife.

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Nesta segunda-feira, a Polícia Federal divulgou nota para informar que Pereira e Phillips não foram encontrados até o momento. Segundo o comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal no Amazonas, foram encontrados materiais biológicos que estão sendo periciados e pertences pessoais dos desaparecidos.

O presidente ainda criticou o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que o governo adotasse 'todas as providências necessárias' para encontrar a dupla. "É dispensável o senhor Barroso dar uma de 'dono da verdade.' (...) Ele (Barroso) se preocupou apenas com esses. Nós nos preocupamos com todos os desaparecidos no Brasil", afirmou.

As buscas pelo jornalista britânico Dom Phillips e pelo especialista indigenista Bruno Araújo Pereira, desaparecidos em uma região remota da Amazônia brasileira, completam uma semana neste domingo (12) em meio a questionamentos e pressões para que o governo redobre seus esforços.

- Os desaparecidos -

Phillips, de 57 anos, é colaborador do jornal britânico The Guardian e trabalha no Brasil há 15 anos.

Apaixonado pela Amazônia, onde escreveu dezenas de reportagens, o jornalista estava na região há vários dias trabalhando em um livro sobre preservação ambiental e desenvolvimento local, com apoio da fundação Alicia Patterson.

Pereira, de 41 anos, é um especialista da Fundação Nacional do Índio (Funai) e um conhecido defensor dos direitos indígenas.

Foi coordenador regional da Funai em Atalaia do Norte, município onde viajava com Phillips quando desapareceram.

Seu trabalho em defesa dos povos indígenas lhe rendeu ameaças regulares destes grupos criminosos.

- As circunstâncias-

Phillips e Pereira foram vistos pela última vez na manhã de domingo, 5 de junho, na comunidade São Gabriel, não muito longe de seu destino, onde navegavam pelo rio Itaquaí.

Haviam viajado até a região de Lago do Jaburu e deveriam retornar à cidade de Atalaia do Norte, a cerca de duas horas de barco.

Pereira acompanhava o jornalista britânico como guia, na segunda viagem da dupla por esta região isolada da Amazônia desde 2018.

- Una zona "complexa" -

O jornalista e especialista indígena desapareceram no Vale de Javari, uma área densa da selva amazônica onde vivem 26 povos indígenas, muitos deles isolados.

As autoridades alertaram para a "complexidade" da área, devido ao fato de que ali operam garimpeiros, madeireiros e pescadores ilegais.

Além disso, o tráfico de drogas tem uma presença cada vez maior nos últimos anos, utilizando a região como um importante corredor para o transporte de drogas produzidas no Peru e na Colômbia, países que fazem fronteira com a região.

Atalia do Norte, uma pequena cidade de 20.000 habitantes, está comovida pelo desaparecimento.

"Infelizmente, vivemos aqui na nossa região de fronteira e o que posso afirmar como cidadã é que não temos uma segurança", disse à AFP Marivalda Rabelo, recepcionista da pousada onde Phillips e Pereira se hospedaram antes de desaparecerem.

"Rezamos, nunca sabemos que imprevisto pode acontecer", acrescentou Rabelo, que teme que, se for um ato criminoso, fique impune em um lugar que já virou manchete por casos não resolvidos.

- A investigação -

Até agora, a busca resultou na prisão de apenas um único suspeito: Amarildo da Costa, de 41 anos, que foi visto por testemunhas em uma lancha seguindo em alta velocidade o barco em que Phillips e Pereira viajavam. Não está clara sua implicação no caso.

A polícia realiza testes em uma mancha de sangue encontrada no barco do detento. Além disso, na sexta-feira, a equipe de busca encontrou material "aparentemente humano" próximo ao porto de Atalia do Norte, que também está sendo analisado.

Até o momento, não há conhecimento de nenhuma pista sobre o paradeiro de ambos ou do barco em que navegavam.

O governo federal tem recebido críticas de ativistas, organizações internacionais e da justiça brasileira pela suposta lentidão e falta de coordenação nas buscas.

Na sexta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso deu cinco dias ao governo para apresentar um relatório com todas as providências tomadas e os dados obtidos até o momento.

O presidente Jair Bolsonaro, que na terça-feira descreveu a expedição realizada por Phillips e Pereira como uma "aventura não recomendada", disse na Cúpula das Américas que as Forças Armadas e a polícia realizam uma "busca incansável" desde o primeiro dia e pediu a Deus que "sejam encontrados com vida".

O presidente Jair Bolsonaro disse que promessas de recursos para a Amazônia sempre surgem, mas muitas não se concretizam. "O pessoal sempre fala em botar dinheiro na Amazônia, mas na hora de botar na mesa, não acontece", reclamou a jornalistas, ao deixar o hotel em que está hospedado, em Los Angeles, com destino à Cúpula das Américas.

Bolsonaro também lamentou o desaparecimento do inglês Dom Phillips e do brasileiro Bruno Pereira. "Não tenho notícia do paradeiro deles, a gente pede a Deus para que sejam encontrados vivos, mas a gente sabe que a cada dia que passa essas chances diminuem", afirmou.

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Segundo o presidente, desde o primeiro dia, quando foi dado o sinal de alerta pelo desaparecimento, a Marinha entrou em campo e, na sequência, outras Forças Armadas e a Polícia Federal foram acionadas. Há, conforme ele, quase 300 pessoas nas buscas - dois aviões, helicópteros e barcos. "Agora eles entraram numa área, não participaram à Funai. Tem um protocolo a ser seguido, e naquela região normalmente você entra escoltado. Foram para uma aventura. A gente lamenta pelo pior", afirmou.

Bolsonaro também voltou a criticar organizações não governamentais (ONGs). Disse que é preciso ficar preocupado com os recursos administrados por essas instituições. "Parte não trabalha corretamente", afirmou.

Ao se referir a temas globais, Bolsonaro disse que o fenômeno de inflação está no mundo todo e que o Brasil não está fora.

O ator Mark Ruffalo usou o Twitter para fazer um desabafo. Na rede social, o astro do filme Hulk cobrou respostas sobre o desaparecimento do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Philips na Amazônia. Ruffalo compartilhou uma reportagem do jornal The Huffington Post para falar do assunto com seus seguidores.

"É preciso haver uma resposta internacional a isso. A tendência de jornalistas serem atacados, mortos ou desaparecidos em 'democracias' que se desviam para a direita deve ser denunciada", escreveu ele, nesta quinta-feira (9). Depois de ter tocado sobre o tema, Mark Ruffalo deu o que falar entre os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).

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No último final de semana, o indigenista e o jornalista estavam trafegando de barco entre a comunidade ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, no Amazonas, quando foram vistos pela última vez. Os dois eram aguardados por pessoas ligadas à Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari) para participarem de uma reunião. O Ministério da Defesa informou que as Forças Armadas estão intensificando as buscas por Bruno Araújo Pereira e Dom Philips.

O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, afirmou nesta quarta-feira (8) em audiência pública na Câmara dos Deputados que “não houve retardo” nas buscas pelo jornalista inglês Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Pereira, desaparecidos desde domingo (5) no Vale do Javari, no Amazonas.

  O jornalista do The Guardian e o servidor da Funai estavam recebendo ameaças de pessoas que atuam ilegalmente na região.  

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O titular da pasta foi questionado pela deputada Vivi Reis (Psol-PA) sobre o possível atraso de 48 horas para que as Forças Armadas enviassem helicópteros ao local. “Nós estamos falando de Atalaia do Norte, estamos falando de um local onde não chega nem avião, não tem campo de pouso. O helicóptero mais perto do Exército sai de Manaus e ele já estava pronto na manhã de ontem para atuar na área. A Marinha, da mesma forma, estava lá no dia anterior”, disse o ministro. 

“Considerando as distâncias, o tamanho da Amazônia e a geografia da floresta e dos rios, pode parecer que houve retardo, mas não houve”, reforçou. Ele acrescentou que hoje atuam nas buscas dois helicópteros, um do Exército e outro da Marinha, além de equipe médica e um efetivo das Forças Armadas. 

"O helicóptero da Polícia Federal deu um problema, por isso é bem provável que a gente tenha que reforçar em termos de aeronaves", acrescentou.  As afirmações foram feitas durante audiência pública promovida pelas comissões de Fiscalização Financeira e Controle; e de Seguridade Social e Família. O ministro foi chamado à Câmara para explicar os motivos da compra de mais 35 mil comprimidos de Viagra e de 9 próteses penianas. 

*Da Agência Câmara de Notícias

 O papa Francisco enviou uma mensagem para os participantes do 4º Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal, realizado em Santarém (PA) entre 6 e 9 de junho, e pediu que os bispos e padres da região sejam "corajosos e audazes".

"Sonhemos juntos comunidades cristãs capazes de se empenhar e se encarnar na Amazônia, até o ponto de entregar à Igreja novos rostos com traços amazônicos", diz a carta escrita pelo pontífice.

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"Sejam corajosos e audazes, abrindo-se com confiança à ação de Deus que criou tudo e nos inspira a anunciar o Evangelho e a contemplar a beleza da criação, ainda mais exuberante nas terras amazônicas", acrescentou Francisco.

O encontro lembra os 50 anos do Documento de Santarém, que delineou ações para a evangelização na Amazônia. A floresta já foi tema de um sínodo convocado por Francisco em 2019, que deu origem à exortação apostólica "Querida Amazônia".

Nesse documento, o Papa sugere a ampliação das responsabilidades de diáconos, freiras e laicos para combater a crônica falta de padres na Floresta Amazônica e defende que a Igreja exerça seu papel social e fique ao lado dos oprimidos. 

Da Ansa

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