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A sexta-feira, para muitos, é o dia de tomar uma cervejinha com os amigos ou outra bebida para relaxar das atividades do dia a dia. Mais da metade da população brasileira, 55%, têm o costume, mostra pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig), sendo que 17,2% declararam aumento do consumo durante a pandemia de covid-19, associado a quadros de ansiedade graves por causa do isolamento social.

Hoje, 18 de fevereiro, é o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, data destinada a conscientizar sobre danos e doenças que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode causar, tanto em homens quanto em mulheres. 

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De acordo com o levantamento da Ibrafig, uma em cada três pessoas no país consome álcool pelo menos uma vez na semana. O consumo abusivo de bebidas alcoólicas foi relatado por 18,8% dos brasileiros ouvidos na pesquisa. Os dados foram levantados com base na resposta de 1,9 mil pessoas, nas cinco regiões do país. O estudo mostra ainda que, em média, os brasileiros ingerem três doses de álcool por ocasião, o que representa 450ml de vinho ou três latas de cerveja.

Diversos fatores podem desencadear a dependência alcoólica, diz o psiquiatra Rafael Maksud, da Clínica Ame.C. “Fatores que podem desencadear a dependência alcoólica são a predisposição genética, o início precoce do uso, doenças mentais preexistentes, condições culturais como associar o álcool à diversão, histórico de abuso sexual, violência doméstica, curiosidade, insegurança, entre outros”.

Maksud é da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e especialista em Saúde Pública, Dependência Química e Psiquiatria Integrativa pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e pelo Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB).

Ele lembra que as consequências do alcoolismo a longo prazo são negativas sobre a saúde física e psíquica e, na maioria das vezes, causam prejuízos graves em todos os âmbitos da vida - laboral, familiar ou social. "Como exemplo, podemos citar a hepatite, cirrose, hipertensão, o aumento do risco de acidente vascular isquêmico, distúrbios sexuais diversos, demência, abstinências severas, depressão, ansiedade e psicoses induzidas pelo álcool”.

O consumo de bebidas nos fins de semana, que geralmente começa na sexta-feira e só termina no domingo, leva muita gente a crer que não é dependente do álcool, mas o hábito também pode causar danos à saúde, alertou o médico. 

“Nesse caso, inicialmente não se caracteriza uma dependência alcoólica, podendo, porém, ser entendido como uso nocivo de bebida alcoólica. O uso nocivo é um padrão de consumo que causa danos à saúde, físicos (como hepatite alcoólica) ou mentais (como piora de quadros ansiosos e depressivos). Padrões nocivos de uso são frequentemente criticados por outras pessoas e estão associados a consequências sociais adversas de vários tipos”. 

O psiquiatra explicou como o álcool atua no cérebro. “Quando a pessoa bebe se sente relaxada, já que sua percepção diminui. No entanto, o consumo regular reduz os níveis de serotonina no cérebro, um dos neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar. Sendo assim, o álcool agrava a ansiedade e, principalmente, a depressão”.

A psicóloga Monica Machado, formada pela Universidade de São Paulo, fundadora da Clínica Ame.C, reforça que o consumo frequente de bebidas alcoólicas descontrola a liberação regular de substâncias cerebrais responsáveis pelo controle emocional, o que eleva a vulnerabilidade às crises de ansiedade”. 

Por isso, acrescenta, “entender a relação entre ansiedade e álcool ajuda na busca de respostas mais concretas para reduzir as consequências do consumo excessivo de bebidas alcoólicas e do transtorno de ansiedade”.

O inverso também pode acontecer, ou seja, quem não tem distúrbios pode desenvolvê-los com o consumo excessivo de álcool. “A dependência em álcool pode ser uma das razões para o desenvolvimento de distúrbios, como a ansiedade, mas essa situação é complexa, já que a ansiedade também pode levar à dependência alcoólica”, afirma Mônica.

Além dos danos psíquicos e físicos, o alcoolismo pode comprometer o raciocínio mesmo quando a pessoa está sóbria. “Mesmo sóbrio, o paciente dependente de álcool, principalmente após vários de anos de uso da susbstância, tende a apresentar diversos déficits cognitivos que podem, inclusive, se tornar permanentes.  Por exemplo,  dificuldades de memória, consolidação de novos aprendizados, redução da capacidade de abstração e resolução de problemas, elementos importantes para a construção do raciocínio”, alerta Maksud. 

Mulheres e álcool

O alcoolismo atinge homens e mulheres, mas, para elas, os problemas de saúde ocorrem com maior rapidez, afirma o médico. “Pesquisadores descobriram que as mulheres têm maior vulnerabilidade fisiológica ao álcool. De acordo com cientistas, as mulheres produzem quantidades menores da enzima álcool desidrogenase (ADH), que é liberada pelo fígado e usada para metabolizar o álcool. Além disso, a gordura retém o álcool, enquanto a água ajuda a dispersá-lo. Logo, graças a seus níveis naturalmente mais altos de gordura e mais baixos de água corporal, as mulheres apresentam resposta fisiológica ainda mais complicada”.

Sendo assim, completa, “mulheres que consomem álcool em excesso também tendem a desenvolver dependência e outros problemas de saúde com mais rapidez que os homens. Elas costumam começar a beber mais tarde que os homens, mas levam muito menos tempo para se tornar dependentes e apresentar doenças hepáticas ou cardíacas, por exemplo.

Tratamento

Segundo o psiquiatra, o tratamento para o alcoolismo geralmente é feito com acompanhamento médico e terapêutico e alguns medicamentos podem colaborar. “Quando bem avaliado e diagnosticado, os medicamentos são bons coadjuvantes nos tratamentos do alcoolismo, pois ajudam no processo de abstinência e na prevenção das recaídas. O álcool estimula indiretamente a atividade opióide endógena, ao promover a liberação dos peptídeos endógenos na fenda sináptica.  Existe um tipo de medicação que atua como antagonista competitivo nos receptores opióides. Dessa forma, a administração de antagonistas opióides reduziria o consumo de álcool por meio do bloqueio pós-sináptico de alguns receptores”.

Tratamento gratuito

Alcoólicos Anônimos (AA): o grupo de ajuda mútua é referência no apoio ao alcoólatra que quer parar de beber. A participação é gratuita e um dos grandes princípios é o sigilo. Presente no Brasil há 80 anos, o Alcoólicos Anônimos possui reuniões em quase todas as cidades do Brasil. 

Caps – AD: os Centros de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas são unidades de saúde feitas para atender gratuitamente quem precisa tratar o alcoolismo. O acompanhamento é feito por médicos, psicólogos e terapeutas. Também há abertura para a participação da família.

Quando o dependente mora em uma cidade que não tem o Caps – AD, pode procurar uma unidade tradicional (que cuida da saúde mental) ou uma unidade básica de saúde de seu município para fazer o tratamento. Se houver necessidade de internação, é o próprio Caps que faz a solicitação e encaminha o paciente para alguma das instituições associadas.

Prevenção

Para quem não quer ser dependente, algumas atitudes podem contribuir para inibir o consumo excessivo de álcool, observa Monica Machado. 

“Primeiramente é necessário saber identificar pessoas com maior tendência a dependências e, para isso, procurar a ajuda de um profissional capacitado. Existem algumas dicas para pessoas que consomem álcool em excesso e gostariam de parar de beber: não tenha bebidas alcoólicas em casa; evite situações onde acha que irá perder o controle do uso; aprenda a dizer não ou peça ajuda enquanto não tenha esse controle; escolha um dia para deixar de beber e confine o consumo de álcool a situações específicas. E novamente, o principal: procure ajuda profissional adequada”.

Outra atitude, reforça o psiquiatra, é evitar o contato com bebidas na adolescência. “Quanto mais tardio o contato com bebidas alcoólicas, menor o risco de dependência. Alguns estudos mostram que adolescentes que começam a beber antes dos 15 anos têm quatro vezes mais risco de desenvolver uso abusivo de álcool do que quem inicia mais tarde, após os 21 anos. Também já foi relatado na literatura médica que os riscos para uso problemático do álcool diminuem cerca de  14% a cada ano que se adia o início do consumo. Isso ocorre pela vulnerabilidade que a imaturidade neurológica  própria da idade acarreta”, diz Maksud.

A Buguer Terapia estará presente no Sábado na Debron neste dia 4 de dezembro. O cardápio de uma das Top 10 hamburguerias do Recife, vai poder ser apreciado junto com as mais variadas opções de chope na fábrica da cervejaria das 10h às 17h. Já o som vai ficar por conta da banda O Rolo.

A entrada no local é gratuita, mas vai respeitar todo o protocolo exigido pelo decreto estadual, como  acesso limitado do número de pessoas e uso de máscara e álcool 70 por cento. 

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Serviço:

Sábado na Debron com Burguer Terapia e Banda O Rolo 

Local: Fábrica DeBron – Estrada da Batalha, n° 1832 (após o Aeroporto)

Horário: 10h às 17h

Da assessoria

Motorista perde o controle e carreta tomba na BR-232, em Pesqueira, Agreste de Pernambuco. O veículo estava carregado de cerveja e parte da carga foi saqueada. O acidente aconteceu nesse sábado (13).

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista da carreta ficou ferido e foi socorrido para o hospital da região. Além disso, a PRF confirmou que o que sobrou da carga em garrafa de vidro foi levado pela população local.

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O caminhão foi retirado da rodovia por volta das 16h de ontem. Além do motorista, não há informação sobre mais alguém ferido.

Começa nesta quinta-feira (11), no Recife e em Caruaru, a campanha Bohemia e Comida de Boteco. Durante a ação, o consumidor que pedir o petisco especial da casa, nos botecos participantes, ganhará uma cerveja Bohemia gelada. Ao todo, quatro botecos da capital e quatro de Caruaru, no Agreste do Estado, participam da ação que ocorre todas as quintas-feiras de novembro.

De acordo com Lucas Lobão, coordenador de marketing regional da Ambev, o objetivo do evento é valorizar a tradição e fortalecer a economia deste segmento. "A Bohemia, primeira cervejaria do Brasil, que tem no seu DNA a valorização das tradições, vem desde o início da pandemia agindo para mitigar os prejuízos que este setor sofreu durante esse período", explica Lobão.

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"Criamos a Academia do Garçom, que recolocou profissionais no mercado de trabalho, o Ajude um Boteco, que disponibilizou vouchers de consumo no valor de 100 reais e o consumidor só pagava R$ 50, dentre outras ações", relembra. Ainda segundo o porta-voz da Ambev, para participar do Bohemia e Comida de Boteco, o consumidor precisa ter 18 anos ou mais.

Confira a lista dos estabelecimentos participantes em Pernambuco:

Recife

Bar do Paulinho - Petisco: Maminha

Bar do Tonhão - Petisco: Arrumadinho de Charque

D'Mica Boteco Bar - Petisco: Filézinho com Fritas

Guga Feijoada - Petisco: Caldinho de Feijoada

Caruaru

Bangalô - Petisco: Filézinho com Fritas

Fullano de Tall - Petisco: Tripinha

Petiscaria do Titio - Petisco: Tripinha

Via Regional - Petisco: Linguiça de Bode

*Da assessoria

Os recifenses apaixonados por cerveja contam, agora, com uma novidade no mercado local: a alemã Spaten. Com 600 anos de história e tradição, a marca chega ao público pernambucano em garrafas de 355 ml e 600 ml, além da lata de 350ml, já disponíveis em estabelecimentos comerciais e bares da capital. 

A Spaten é uma das primeiras cervejas do tipo puro malte do mundo e tradicional bebida da Oktoberfest. A marca é responsável pela criação do estilo Munich Helles, conhecido pelo sabor forte, porém, capaz de se adequar aos paladares mais sensíveis, de acordo com a mestre cervejeira da Ambev, Carolina Loureiro.

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A chegada da cerveja alemã ao Recife foi celebrada na noite da última quinta (14), em um evento realizado na Usina Dois Irmãos, na Zona Norte da capital. Na ocasião, Carolina apresentou a novidade e falou um pouco sobre ela. “A Spaten é uma das cervejarias mais tradicionais da Alemanha, histórica, produzindo cervejas puro malte desde 1397”. A cerveja já está disponível em mercados e bares locais, além do aplicativo Zé Delivery. 

*Com informações da assessoria.

A paixão do ser humano pelo queijo e pela cerveja vem de longe. Trabalhadores de uma mina de sal na Áustria já produziam queijo azul e cerveja de forma sofisticada há 2.700 anos, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (13).

Os cientistas fizeram esta descoberta analisando amostras de excrementos humanos encontradas no coração da mina de Hallstatt, nos Alpes austríacos. O estudo foi publicado na edição desta quarta-feira da revista Current Biology.

Frank Maixner, microbiologista do Instituto de Pesquisas Eurac de Bolzano (Itália) e autor principal do estudo, disse ter ficado surpreso em saber que os mineiros de sal de mais de dois milênios atrás eram suficientemente avançados para "utilizar a fermentação de forma intencional".

"Isso é muito sofisticado na minha opinião", disse Maixner à AFP. "É algo que não esperava para aquela época".

A descoberta é a primeira evidência até agora da maturação do queijo na Europa, segundo os pesquisadores.

E embora o consumo de álcool esteja bem documentado em escritos antigos e em provas arqueológicas, as fezes dos mineiros de sal contêm a primeira evidência molecular do consumo de cerveja no continente naquela época.

"Cada vez fica mais claro que não só as práticas culinárias pré-históricas eram sofisticadas, como os complexos alimentos processados, assim como a técnica da fermentação, tiveram um papel de destaque na nossa história alimentar primitiva", afirmou Kerstin Kowarik, do Museu de História Natural de Viena.

A cidade de Hallstatt, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, se dedica à produção de sal há mais de 3.000 anos, segundo Maixner.

A comunidade "é um local muito particular, está situada nos Alpes, no meio do nada", acrescentou. "Toda a comunidade trabalhava e vivia desta mina".

Os mineiros passavam todo o dia ali, trabalhando, comendo e fazendo suas necessidades ali mesmo, na mina.

Graças à temperatura constante de cerca de 8ºC e à alta concentração de sal da mina, as fezes dos mineiros permaneceram especialmente bem preservadas.

Os cientistas analisaram quatro amostras: uma que data da Idade do Bronze, duas da Idade do Ferro e uma do século XVIII.

Uma delas, com 2.700 anos de antiguidade, continha dois fungos: o Penicillium roqueforti e o Saccharomyces cerevisiae. Ambos são conhecidos hoje em dia por seu uso na elaboração de alimentos.

Para quem gosta de cerveja e não abre mão de ter novas experiências, nada mais interessante do que se deparar nas prateleiras dos supermercados com uma marca com mais de 600 anos. Criada em 1397, a cervejaria Spaten chega mostrando que expertise, qualidade e sabor andam juntos para se manter sempre atual e surpreendente, seja em Munique ou, agora, no Brasil.

A Ambev apresenta aos brasileiros e brasileiras não apenas um dos rótulos mais tradicionais do mundo, mas uma puro malte diferente de todas as conhecidas no país. Do estilo Munich Helles, Spaten tem sabor forte, mas na medida capaz de conquistar não só quem não abre mão de uma cerveja marcante como também quem está acostumado com cervejas mais leves.

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"A conexão com as pessoas nos incentiva a inovar em nosso portfólio e pra isso, intensificamos a troca de conhecimento com mestres cervejeiros do mundo todo. Estamos trazendo para o Brasil uma autoridade em cerveja. A Spaten é uma das cervejarias mais tradicionais da Alemanha, histórica, produzindo cervejas puro malte desde 1397, é a responsável pela criação do estilo de cerveja Munich Helles. Temos certeza de que os brasileiros vão se surpreender com essa experiência", afirma Laura Aguiar, Head de Conhecimento e Cultura Cervejeira da Ambev.

"Com Spaten queremos promover uma experiência diferente para as pessoas. A cerveja propõe uma imersão na cultura cervejeira de Munique por meio do paladar, com a qualidade e o sabor de uma puro malte da escola alemã, ideal para acompanhar o público em todos os momentos", explica Joice Carvalho, gerente de Marketing da marca.

Spaten está disponível em garrafas de 355ml e 600ml, além da lata sleek de 350ml, no Empório da Cerveja, Zé Delivery, supermercados e bares das principais capitais e áreas metropolitanas do país, expandindo para mais cidades durante setembro e outubro, período em que tradicionalmente acontece a comemoração da Oktoberfest de Munique e abre os trabalhos para a festa alemã ao redor do mundo.

*Da assessoria

Em tons de ouro, temperaturas baixas perfeitas para o clima tropical do Brasil e alto poder de sociabilidade, a cerveja é uma das bebidas mais apreciadas pelo povo brasileiro. Segundo pesquisa recente realizada pela Euromonitor, o país é o terceiro maior consumidor da ‘breja’ no mundo, ficando atrás somente da China e dos Estados Unidos.

Durante a pandemia do novo coronavírus, que vem assolando o mundo desde o início do último ano, o consumo do produto até aumentou em terras brasileiras. O mesmo levantamento apurou que o volume de vendas de cerveja no Brasil em 2020 foi o maior dos últimos seis anos, atingindo 13,3 bilhões de litros. O líquido dourado parece ser mesmo uma unanimidade, no entanto, o alto número de vendas e de consumo não condiz, de fato, com a realidade encontrada no mercado cervejeiro - que embora disponha de um produto largamente consumido, ainda apresenta limitações e problemas graves em termos de equidade de gênero, raça e classe.

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Os problemas vão desde as publicidades até à mesa dos bares, passando pelo mercado de trabalho do segmento. Durante muito tempo, por exemplo, às mulheres era reservado o lugar de ‘musa’ nas propagandas de cerveja - em sua maioria com corpos do tipo padrão, brancas, magras, com pouca roupa e sem falas. Esse cenário vem mudando aos poucos, mas ainda não o suficiente. De acordo com pesquisa feita pela Kantar Brasil, 43% do público feminino não se sente contemplado pelos comerciais das marcas de cerveja. 

Já no mercado de trabalho, nas indústrias e empresas cervejeiras, ainda é comum a disparidade salarial entre homens e mulheres, além da pouca presença de profissionais pretos. Em 2019, o 1º Censo das Cervejarias Independentes Brasileiras mostrou o quanto o setor ainda é masculinizado, com 89% de empresários do ramo sendo homens, com alto grau de escolaridade e média de 39 anos. A pesquisa não contempla o recorte racial. 

Sara Araújo é formada em direito, acadêmica de ciências sociais pela universidade estadual de Maringá (PR), pós-graduanda em História da África e da Diáspora Atlântica e sommelière de cervejas. Foto: Cortesia/Yasmin Victorino

Para a somelière de cervejas Sara Araújo, o mercado da cerveja artesanal no país é “um reflexo do espectro social, notadamente racista, misógino e sexista”. Ela também remete à história da bebida para apontar a grande contradição que há na exclusão das mulheres no segmento: “Foram elas as grandes precursoras (do meio). Já há descobertas arqueológicas que mostram que mulheres kemeticas/Egípcias/africanas fabricavam cervejas há milhares de anos, na idade média, haviam tavernas na Europa que eram gerenciadas por mulheres, leia-se, mulheres brancas”, disse em entrevista exclusiva ao LeiaJá.

O destaque na fala de Sara, que além de somelière é pós-graduanda em História da África e da Diáspora Atlântica pelo Instituto Pretos Novos e palestrante em questões raciais brasileiras, não é fruto apenas de seus estudos e pesquisas. Ela própria traz em sua vivência alguns obstáculos encontrados por ser uma mulher preta. Em 2020, pouco após dar início à sua carreira na área da cerveja, ela passou por várias violências misóginas e racistas em um grupo de WhatsApp voltado ao tema. “Sofri um ataque covarde de pessoas do meio cervejeiro, o qual me abalou emocionalmente, fiquei dias acamada, precisei buscar apoio psicológico para poder superar as agressões. Por outro lado, decidi continuar falando sobre cerveja, sobre algo que amo muito, decidi que não seriam aquelas pessoas ruins que me parariam”.

Desde então, Sara garante ter se tornado mais “combativa” e passou a “propor uma educação para o mercado cervejeiro no campo das relações raciais e sociais”. Ela tem feito isso através de sua página no Instagram, @negracervejasommelier, e através do projeto Xirê Cervejeiro, também publicado no perfil e que tem a proposta de construir um espaço de ações afirmativas se valendo de história, literatura e música, entre outros. 

Para a  somelière baiana com residência fixada no Paraná, é urgente operar mudanças significativas no mercado a partir da escuta ativa das pessoas que dele fazem parte e de estratégias educativas que possam redefinir paradigmas. “O mercado está muito atrasado em muitos pontos, é capaz de adquirir a melhor tecnologia para fazer cervejas, mas é incapaz de se atualizar no que diz respeito a enxergar a pluralidade, a diversidade das pessoas. O que não dá, é se esconder atrás da estrutura opressora ou colocar a culpa no patriarcado ou no racismo estrutural e tentar se eximir da responsabilidade, afinal, a estrutura não é uma abstração, é fomentada por pessoas e por continuidade de comportamentos nocivos”. 

Mulheres levantando mulheres

A pernambucana Chiara Rêgo Barros fundou o Instituto Ceres ao lado de outras duas mulheres, Patrícia Sanches e Julyana Alecrim. Foto: Cortesia/Leo Motta

Operar mudanças significativas no mercado cervejeiro também é uma das missões da pernambucana Chiara Rêgo Barros. No ramo há pouco mais de 15 anos, a engenheira química já foi cervejeira da Ambev e da Brasil Kirin, mas nem nas grandes potências do segmento se viu alheia ao preconceito de gênero, apesar de contar com alguns outros "privilégios" que ela própria diz entender. 

A pernambucana é taxativa ao dizer que, em pleno 2021, ainda há muito machismo e misoginia nesse meio. “É necessário falar que existe. E se você está lendo e está pensando: ‘não sou machista’ ou ‘é mimi’, provavelmente já fez algum comentário machista ou desconfiou de uma mulher. Existem ações e pensamentos que ainda são velados, mas estão presentes. Por exemplo, quando não se abre a oportunidade de entrevistar uma mulher apenas por ser mulher. Muitas empresas se posicionam em redes sociais, mas na prática funciona bem diferente. É só olhar o quadro de funcionários com ‘o’, não só por causa da língua portuguesa, mas porque o quadro é majoritariamente masculino”.

Chiara também faz questão de apontar a existência do preconceito para além da indústria:  “As consumidoras também sofrem bastante. Existem diversos ambientes que são inseguros para as mulheres que estão ali apenas para tomar sua cerveja”.  E foram essas observações e vivências que a levaram a ser como um “trator” no meio e passar por cima das dificuldades que se apresentavam. “Você se cobra e trabalha o dobro porque sabe que muitos esperam um deslize seu. É cansativo fisicamente e mentalmente também. Trabalhei em grandes empresas, sempre fui muito respeitada, mas sempre existem aquelas pessoas que duvidam. Em relação a essas últimas, a gente vai passando como um trator, filtra as situações e usa só o que servirá de algo para seu crescimento profissional”. 

Foi a partir daí que a pernambucana juntou-se a outras duas mulheres, Patrícia Sanches e Julyana Alecrim, para fundar o Instituto Ceres de Educação Cervejeira. A instituição visa a formação de profissionais para o ramo cervejeiro, não só com foco na inserção de mais mão de obra feminina no meio como o de pessoas de baixa renda, através de bolsas de estudos. Não à toa, a escola leva o nome de uma mulher da mitologia romana, Ceres, a deusa da colheita e dos grãos.

“O instituto é para todas as pessoas que amam cerveja, mas desde sempre tivemos o foco no desenvolvimento das mulheres. Só o fato de sermos mulheres já termina destravando o desejo de estudar em outras mulheres porque elas se sentem representadas e seguras. Normalmente cursos de cerveja têm maior presença masculina e isso termina intimidando as meninas”, diz Chiara. Ela conta que, além de professora, acaba atuando como amiga e “psicóloga” das alunas, que por estarem entre iguais acabam se sentindo mais acolhidas e à vontade. Entre os planos futuros do instituto, está um projeto de mentoria gratuita para o público feminino. 

Dia Internacional da Cerveja

Foto: Pixabay

O que essas duas mulheres têm em comum, além do amor pela cerveja e o trabalho no meio cervejeiro, é a vontade de tornar esse universo mais diverso e justo para todos os profissionais da área e consumidores. Nesta sexta (6), quando é celebrado o Dia Internacional da Cerveja - data comemorada toda primeira sexta-feira do mês de agosto -, o brinde pode ser acompanhado pela reflexão do papel que cada um de nós desempenhamos nessa engrenagem.

Beber cerveja, entre amigos, familiares ou até mesmo de forma solo, é muito bom, mas pode ser ainda melhor e a fala de Chiara ilustra bem isso. “Precisamos mudar muita coisa enquanto sociedade, mas estamos aqui para lembrar quantas vezes forem necessárias que somos capazes e que a gente não vai parar! Como sempre digo: isso não é uma revolução, é um resgate!”

 

Estimativas divulgadas nesta quarta-feira (14) pela Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer (Circ) apontam que 4% dos casos de câncer no mundo (cerca de 740 mil) estão ligados ao consumo de álcool, mesmo moderado.

A maioria (86%) dos cânceres atribuídos ao álcool estão ligados ao consumo "de risco e excessivo" (mais de duas doses por dia), segundo o estudo. Mas mesmo o consumo leve ou moderado representa "um a cada sete casos atribuídos ao álcool, ou seja, mais de 100 mil novos casos de câncer no mundo", em 2020, anunciou a Circ, ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Isso mostra "a necessidade de pôr em prática políticas e intervenções eficazes para conscientizar o público sobre a ligação entre o consumo de álcool e o risco de câncer, e para reduzir o consumo geral", declarou a médica Isabelle Soerjomataram, funcionária da Circ.

Publicado na revista médica "The Lancet Oncology", o estudo listou sete cânceres cujo risco é aumentado pelo consumo de álcool: boca, faringe, laringe, esôfago, colorretal, fígado e mama em mulheres (ou seja, 6,3 milhões de casos em 2020). Cruzando esses dados com os do consumo de álcool por país há uma década (tempo que a doença leva para ser declarada), os pesquisadores calcularam que 741.300 desses cânceres (ou seja, 4% do total de novos casos de câncer no mundo em 2020) poderiam estar diretamente relacionados ao álcool.

“Em 2020, os tipos de câncer com maior número de novos casos ligados ao consumo de álcool foram os de esôfago (190.000 casos), fígado (155.000 casos) e mama em mulheres (98.000 casos)”, segundo a Circ. A Mongólia é o país com maior incidência de novos casos de câncer relacionados ao álcool (10%, ou 560 casos), e os homens respondem por três quartos de todos os casos de câncer atribuíveis ao álcool (567.000).

O estudo, no entanto, apresenta limitações, assinalou a The Lancet Oncology. Por um lado, não considera a interrupção dos atendimentos devido à pandemia, que pode ter levado à subnotificação de alguns casos de câncer no ano passado. Por outro, não leva em consideração interações entre o consumo de álcool e outros elementos, como o tabaco ou a obesidade, que também podem causar a doença.

Uma cerveja, um bolo, flores e até dinheiro. Nos Estados Unidos, as iniciativas se multiplicam para convencer os indecisos a se vacinarem contra a Covid-19.

Quase 56% dos adultos do país, ou mais de 145 milhões de pessoas, receberam pelo menos uma dose.

Mas o número diário de doses administradas está diminuindo e as autoridades querem convencer os indiferentes ou céticos a se vacinarem.

O presidente Joe Biden iniciou uma "nova fase" de imunização na terça-feira (4) com a meta de pelo menos uma injeção em 70% dos adultos e 160 milhões de americanos totalmente imunizados até o feriado nacional de 4 de julho.

Para atingir esse objetivo, anunciou parcerias com supermercados para garantir promoções aos compradores que se vacinarem.

Os descontos variam de US$ 5 por compra a 10% do valor da compra, disse Andy Slavitt, assessor da Casa Branca na luta contra a Covid-19.

Algumas ligas esportivas importantes também oferecem ingressos grátis ou descontos nas lojas, informou.

Os fãs de beisebol que se vacinarem no estádio dos Yankees ou no do Mets no dia da partida receberão entrada gratuita, anunciou o governador de Nova York, Andrew Cuomo.

E para chegar a um posto de vacinação, as plataformas Uber e Lyft VTC prometem viagens gratuitas ou a preços reduzidos.

As lojas de suplementos nutricionais Vitamin Shoppe oferecem descontos aos clientes que apresentarem seu cartão de vacinação.

E para quem adora doces, a rede Krispy Kreme promete um donut grátis por dia até o final do ano para quem se vacinar.

Para convencer os indecisos, a marca oferece todas as segundas-feiras até o final de maio um café com bolo grátis "para começar bem a semana", além de escolher a vacina desejada.

Os estados também querem convencer com a bebida alcoólica favorita dos americanos.

O governador de Nova Jersey, Phil Murphy, prometeu uma cerveja grátis até o final do mês para qualquer pessoa com mais de 21 anos, a idade mínima para beber, que receber a primeira dose da vacina.

A prefeita de Washington, Muriel Bowser, anunciou uma cerveja grátis em troca da vacina de dose única da Johnson & Johnson. Mas a promoção é limitada a algumas horas na quinta-feira e em um único posto de vacinação.

- Prioridade aos jovens -

Antecipando o Dia das Mães, que é comemorado no domingo nos Estados Unidos, as autoridades municipais de Washington vão oferecer 300 buquês de flores para quem for vacinado na véspera. Eles também poderão fazer uma tatuagem de curta duração "Vacinado para a mamãe" até o final do mês.

Em um país onde os trabalhadores estão longe de ter férias remuneradas garantidas, mais de 1.000 empresas garantem a seus funcionários períodos de descanso remunerado para serem vacinados, disse Slavitt.

No final de abril, a administração Biden anunciou créditos fiscais para pequenas e médias empresas que oferecerem licenças remuneradas para seus funcionários receberem sua injeção e se recuperarem de possíveis efeitos colaterais.

Mas a melhor motivação é o dinheiro.

O governador de Maryland, Larry Hogan, anunciou na segunda-feira que os funcionários estaduais receberiam US$ 100 se fossem vacinados, uma oferta válida pelos próximos 18 meses.

"Esse tipo de incentivo é outra forma de enfatizar a importância da vacinação", disse Hogan, incentivando as empresas a fazer o mesmo para convencer seus funcionários.

Em West Virginia, onde a vacinação está aberta a partir dos 16 anos, o governador Jim Justice está oferecendo US$ 100 em títulos de capitalização para jovens de 16 a 35 anos, a faixa etária mais relutante em se vacinar. "É imperativo que nossos jovens sejam vacinados", declarou na semana passada.

De acordo com uma pesquisa de março da Kaiser Family Foundation, 25% dos jovens com entre 18 e 29 anos preferem "esperar" antes de serem vacinados, em comparação com 17% da população total. Apenas 13% dos entrevistados indicaram que se recusam a receber a vacina.

O Tribunal de Contas da União (TCU) vai investigar os gastos realizados pelas Forças Armadas com alimentos e bebidas. A Corte que assessora o Congresso acatou representação feita por deputados do PSB, a partir de levantamento realizado pela própria legenda no Painel de Preços do Ministério da Economia. A pesquisa identificou uma série de compras de itens nobres, como picanha e cervejas especiais, com preços acima dos praticados pelo mercado.

"Os Comandos das Forças Armadas iniciaram e concluíram processos de compras de 80.016 unidades de cerveja e de 714.700 quilos de carne bovina do tipo picanha, itens que, associados, revelam falta de zelo e responsabilidade com o dinheiro público", diz a representação dos parlamentares.

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Reportagem publicada em fevereiro pelo Estadão mostrou que o cardápio de itens de luxo consumidos pelas Forças Armadas é mais amplo. Os dados oficiais revelam que o consumo também incluiu, no ano passado, milhares de quilos de lombo de bacalhau, garrafas de uísque 12 anos e de conhaque.

O deputado Elias Vaz de Andrade (PSB-GO), um dos autores da representação, disse que a decisão do TCU "é o reconhecimento de que há realmente irregularidades graves" nesses processos de compra.

'Diferença'

O Ministério da Defesa nega irregularidades e afirma que "existe sempre uma significativa diferença entre processos de licitação e a compra efetivamente realizada, cuja efetiva aquisição é concretizada conforme a real necessidade da administração". "É imprescindível que se faça essa segmentação adequada, quando se faz a totalização dos valores."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de ser questionado sobre a compra de cervejas e picanhas, feitas sem licitação pelo Ministério da Defesa, o Exército, mais precisamente, o Batalhão Mauá, de Araguari, Minas Gerais, encomendou mais de 730 mil reais em brindes e materiais de fotografia. A informação foi divulgada pela coluna Radar, da revista Veja.

Na lista de encomendas estão bonés, canetas e placas de vários tipos. Só com bonecos em miniaturas do ‘Rambo’, serão gastos R$ 80 mil.

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A compra está sendo feita pelo Batalhão Mauá mas devem ser distribuídos para outras unidades do exército.

Na última sexta (12), a pedido do PSB, o MPF abriu inquérito para apurar “uso de recursos com ostentação e superfaturamento” e a “falta de zelo e responsabilidade com o dinheiro público” por parte das Forças Armadas. As últimas compras podem ser adicionadas na investigação.

 

‘Quem não fala, Deus não ouve’, assim nos ensina a sabedoria popular. De conhecimento dessa máxima, Gusttavo Lima não perdeu tempo e foi ‘choramingar’ na internet a ausência de um item em sua casa, que pelo visto, para ele é primordial: cerveja. A reclamação deu certo e ele ganhou um carregamento da bebida que lhe garantirá seis meses abastecido da ‘loira’. 

No Twitter, o Embaixador postou um apelo marcando uma marca de cerveja que lhe patrocina. “Me ajuda, minha cerveja acabou, bb”. A solicitação do sertanejo foi prontamente atendida e, no dia seguinte, um caminhão da empresa encostou em seu portão com um verdadeiro carregamento da bebida.

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Também pelas redes sociais, Gusttavo celebrou o ‘recebido’ e disse que poderia passar uma boa temporada sem se preocupar, a partir dali. “Recebi em casa e vou ficar em casa. Agora tenho 6 meses de cerveja na geladeira”. 

O consumo de cervejas sofreu retração no último trimestre de 2020 em comparação com o mesmo período de 2019. Ainda que o gasto dentro de casa tenha crescido 20%, o fora de casa caiu 24%, deixando o saldo total negativo em 6%. Os dados são da consultoria Kantar.

Para a Kantar, o motivo é claro: "a categoria é extremamente dependente de momentos de socialização, que na maioria das vezes acontecem em bares e restaurantes e nos quais paga-se um valor mais elevado", diz a empresa.

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Além de 700 mil quilos de picanha, 80 mil garrafas de cerveja e milhares de litros de leite condensado pagos com impostos do contribuinte, ao longo de 2020, as Forças Armadas complementaram o cardápio com outras regalias. Mesmo com a crise econômica agravada pela pandemia, de acordo com dados oficiais levantados por 10 deputados do PSB, as refeições da Segurança Nacional também incluíam lombo de bacalhau, uísque 12 anos e conhaque.

"É um poço sem fundo. Quanto mais investigamos, mais absurdos e irregularidades encontramos. Se não bastasse o governo comprar picanha e cerveja, ainda tem o corte mais caro do bacalhau, uísque e conhaque com indícios de superfaturamento", afirmou o deputado Elias Vaz de Andrade (PSB-GO) ao Estadão.

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Ele e os demais representantes da sigla enviaram uma representação para que o procurador-geral da República, Augusto Aras, investigue os altos investimentos. O Tribunal de Contas da União (TCU) também será acionado e uma CPI pode ser instaurada para apurar o processo de aquisição.

"É uma casa portuguesa, com certeza"

O levantamento oficial do Painel de Preços do Ministério da Economia informa que, durante o ano passado, foi aprovada a compra de 140 mil quilos de lombo de bacalhau e 9,7 mil quilos de filé do peixe já salgado. Só o comando da Aeronáutica solicitou 500 mil quilos de lombo pelo preço do quilo a R$ 150.

Além da indigesta herança portuguesa aos cofres públicos, aparentemente, as Forças Armadas têm as bebidas alcoólicas como insumo fundamental em suas operações. O 38º Batalhão de Infantaria adquiriu 10 garrafas de uísque Ballantine's, mas não rendeu-se aos rótulos mais 'jovens' e instituiu que as garrafas tivessem 12 anos de cura. O valor proposto para cada unidade foi de R4 144,13.

Sem paladar para Ballantine's 12 anos, a Marinha preferiu solicitar 15 garrafas de Johnnie Walker Black Label, que possui o mesmo tempo de envelhecimento. O valor de cada garrafa foi de R$ 164,18.

Já que nem todas as ações necessitam de uísque, o Batalhão Naval da Marinha foi mais humilde e aprovou a compra de 660 garrafas de conhaque dos rótulos "Presidente" e "Palhinha", com valor individual de R$ 27,06.

Mesmo com as licitações aprovadas, o Ministério da Defesa classificou como um "grande equívoco" apresentar o valor total dos processos de compra homologados como valores efetivamente gastos. "É imprescindível que se faça essa segmentação adequada, quando se faz a totalização dos valores, interpretação e principalmente a divulgação pública destes dados, de modo a evitar a desinformação", posicionou-se em nota.

Picanha de R$ 84,14 o quilo. Cervejas especiais, de puro malte, a R$ 9,80 cada. Em tempos de extrema restrição de orçamento, as Forças Armadas brasileiras usaram dinheiro público, ao longo de 2020, para bancar a compra de mais de 700 mil quilos de picanha e 80 mil cervejas. E não se trata de itens quaisquer. Para um dos cortes de carne mais nobres do País, foram escolhidas como referência peças das mais caras. Entre as cervejas, privilegiou-se o puro malte, entre outras.

As despesas com bebidas alcoólicas e carne de churrasco foram tema de uma representação que deputados do PSB enviaram, na terça-feira (9), ao procurador-geral da República, Augusto Aras, para que investigue os gastos militares. O levantamento foi feito diretamente pela equipe dos parlamentares. A representação levada à PGR foi divulgada pelo site Congresso em Foco. Os questionamentos não se limitam ao tipo de item que foi comprado. Há fortes indícios, de acordo com os parlamentares, de superfaturamento nas aquisições.

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O levantamento utilizou informações do Painel de Preços do Ministério da Economia, a mesma ferramenta pública que revelou as compras milionárias de leite condensado. Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro justificou que se tratava de um item "necessário" aos militares, dado seu alto teor energético e calórico.

A reportagem questionou as Forças Armadas sobre quais seriam as justificativas e motivações para a compra dos 714.700 quilos de picanha e 80.016 garrafas e latas de cerveja em pleno ano de pandemia. Em nota, o Ministério da Defesa (MD) informou que aguarda a notificação da Procuradoria Geral da República. "O Ministério da Defesa e as Forças Armadas reiteram seu compromisso com a transparência e a seriedade com o interesse e a administração dos bens públicos. Eventuais irregularidades são apuradas com rigor", diz a pasta.

O ministério sustenta que a representação do PSB se baseia em "informações absolutamente equivocadas" e que o tema foi objeto de nota de esclarecimento, mas o órgão não explicou as razões que levaram à aquisição de cervejas e de picanha: "Ficou claro que as quantidades adquiridas e os valores efetivamente gastos com os determinados produtos eram de 10 a 20 vezes menores do que foi divulgado".

O deputado Elias Vaz de Andrade (PSB-GO), que está entre aqueles que assinam a representação, afirma que os dados são oficiais e que se trata de preços devidamente registrados e aprovados pelas Forças Armadas, para que possa solicitar os alimentos. "Estamos denunciando esses processos licitatórios. Essas empresas tiveram suas propostas aprovadas, por esses valores. Há processos de compra concluídos e, inclusive, já efetivamente pagos. Todos eles foram homologados pelas Forças Armadas", disse o deputado. "Falam que fazem uma alimentação balanceada, mas não explicam por que essa alimentação deve incluir itens como picanha e cerveja."

Marcas famosas

Na relação detalhada de compras de cervejas anexada à denúncia dos deputados estão, por exemplo, 500 garrafas da bebida, da marca Stella Artois, ao preço unitário de R$ 9,05. Há ainda a aquisição de 3 mil garrafas de Heineken, a R$ 9,80 cada.

O comando da 23ª Brigada de Infantaria de Selva preferiu 3.050 garrafas de Eisenbahn, ao custo de R$ 5,99. Já a Brigada de Infantaria Motorizada do Rio de Janeiro optou por 1.008 latas de Bohemia Puro Malte, pelo valor de R$ 4,33 cada. Em supermercados, aponta a representação, o preço médio desse item é de R$ 2,59.

A lista de cervejas inclui ainda 2 mil garrafas de 600 ML de Bohemia Puro Malte, pelo valor de R$ 7,29, quando essas garrafas são encontradas por R$ 5,79. Para comprar mais 1.600 latas de Skol Puro Malte, de 350 ML, os militares pagaram R$ 4,00 pela unidade, item que é encontrado a R$ 2,69 em redes de varejo.

"O superfaturamento é evidente. Além disso, a grande quantidade que os órgãos solicitaram via processo licitatório deveria favorecer a negociação e proporcionar preços muito menores que os oferecidos no varejo. A realidade, todavia, demonstra que os preços contratados são superiores aos praticados pelos supermercados", afirmam os deputados, na representação.

As informações revelam ainda que Marinha, Aeronáutica, Exército, Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL) e a administração interna do Ministério da Defesa são grandes consumidores de picanha. Só em 2020, foram concluídos 76 processos de compra do corte, somando 714.700 quilos da carne nobre.

O Comando do Exército Brasileiro é o campeão em processos de compras do produto, tendo consumido 569.215 quilos do total.

Os dados revelam uma licitação de 13.670 quilos, na qual o valor de cada quilo pago foi de R$ 84,14. A se basear no preço que os militares estavam dispostos a pagar pela carne, até que saiu barato. O valor médio estimado pela equipe que conduziu a fase interna da licitação, de acordo com os documentos do certame, foi de R$ 118,25 o quilo.

"Sinceramente, é preciso investigar qual foi o corte de carne usado para se chegar a esse preço médio irreal", informa a representação.

"Em um ano de pandemia, com crise sanitária, econômica e social devastando nosso país, é inacreditável que os cofres públicos tenham custeado gastos com cerveja", declaram os deputados. "Enquanto nosso povo padece por falta de recursos para sobrevivência, nossos militares usaram dinheiro público para custear bebidas alcoólicas. Tal conduta fere de morte o Princípio Constitucional da Moralidade Pública."

Não se quer afirmar que os militares "não podem comer carne", argumentam os parlamentares, mas, sim, questionar "o grau de sofisticação empregado" nas compras de cortes nobres e específicos. "O episódio narrado nesse item revela que houve ostentação e os privilégios direcionados para alguns, conduta que destoa do discurso de humildade e simplicidade usado pelo Presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais."

Diferenças

Segundo a nota do Ministério da Defesa, "existe sempre uma significativa diferença entre processos de licitação e a compra efetivamente realizada, cuja efetiva aquisição é concretizada conforme a real necessidade da administração". Assim, "é imprescindível que se faça essa segmentação adequada, quando se faz a totalização dos valores, interpretação e principalmente a divulgação pública destes dados, de modo a evitar a desinformação". De acordo com a pasta, "apresentar valores totais de processos licitatórios homologados como sendo valores efetivamente gastos constitui grave equívoco", afirma a nota, referindo-se aos dados incluídos na representação. No documento apresentado à PGR, entretanto, os deputados trazem os dados detalhados com a identificação da compra realizada e seu referido fornecedor.

Há cerca de um ano, os brasileiros nunca pensaram ficar dentro de casa por muito tempo. Devido à pandemia do novo coronavírus, algumas pessoas se sentiram na obrigação de ficarem confinadas para evitar o contágio da doença. Por causa dessa situação, nova e estranha, muita gente vem aproveitando o tempo de isolamento social para explorarem inúmeras atividades.

Mas com a chegada do verão, como vai ser a exploração dos divertimentos durante a estação mais quente do ano? Para não deixar ninguém frustrado, Célio Gutstein, mestre-cervejeiro na Cervejaria Wäls da Cervejaria Ambev, preparou para os leitores do LeiaJá quatro opções de drinks à base de cerveja.

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Moskow Mule 

Ingredientes:

- 50 ml de vodka;

- 20 ml limão siciliano espremido;

- 20 ml de xarope de açúcar;

- Cerveja Pale Ale;

- Espuma de Gengibre;

- Gelo

Modo de preparo:

Em um copo long drink, insira o limão, a vodka e o xarope de açúcar. Complete com gelo e a cerveja Pale Ale, nesse caso usamos a Wäls Verano, deixando espaço de um dedo para a espuma. Misture tudo e decore com a espuma de gengibre, raspas de limão e hortelã.

Belgian Mojito

Ingredientes:

- 1 limão;

- 10 folhas de hortelã;

- 50ml de Rum;

- 20ml de xarope de açúcar;

- Cerveja Tripel;

- Refrigerante de limão;

- Gelo

Modo de preparo:

Amasse o limão em um copo long drink, machuque as folhas de hortelã e insira as doses de rum e xarope de açúcar. Coloque quatro cubos de gelo no copo, um dedo de Wäls Trippel que conta com aroma cítrico de laranja e coentro e complete com o refrigerante de limão.

Sensação Wäls

- 6 morangos;

- 2 colheres de sobremesa de cacau em pó;

- 50ml de creme de leite;

- 40ml de vodka;

- 50ml de Cerveja Wäls Gateau;

- 30ml de xarope de açúcar;

- Gelo

Modo de preparo:

Macere o morango em uma coqueteleira, acrescente o cacau em pó, o creme de leite, a vodka, cerveja, xarope de açúcar e gelo. Mexa tudo e despeje em uma taça degustação. Decore com chantilly, cacau em pó e morango. Observação: trave bem a tampa da coqueteleira, por conta do gás da cerveja pode ser que a pressão tire a tampa.

Orange Witte

- 4 pedaços de abacaxi;

- 10 folhas de hortelã;

- 50ml de suco de laranja;

- 30ml de vodka;

- 20ml de xarope de açúcar;

- Cerveja Witbier;

- Gelo

Modo de preparo:

Em uma coqueteleira, macere o abacaxi, machuque o hortelã e despeje em uma taça de degustação. Misture o suco de laranja, a vodka e o xarope de açúcar. Insira quatro pedras de gelo e complete com a cerveja. Aqui usamos a Wäls Witte. Decore com meia rodela de laranja dentro da taça e hortelã na borda.

A apresentadora Maísa Silva usou seu perfil no Twitter, na madrugada desta terça-feira (29), para reclamar que estava com insônia e se divertiu com uma sugestão inusitada de um de seus seguidores.

O rapaz comentou a publicação da apresentadora dizendo que cerveja seria um bom remédio para dormir, arrancando risadas de Maisa, que logo em seguida interagiu com o seguidor.

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"Insônia é algo que só Deus na nossa vida!! Porém umas Brahmas facilita muito", escreveu ele. Ao responder, Maisa disse: " [risos] Não gosto de breja gente, o jeito vai ser óleo essencial de lavanda no travesseiro e vamo q vamo".

Vale lembrar que não é a primeira vez que a jovem reclama sobre o assunto em suas redes sociais. Recentemente, Maisa deixou seu programa no SBT e anunciou também a abertura de uma agência de publicidade para influenciadores digitais.

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Uma carreta bitrem que transportava uma carga de cerveja do Grupo Petrópolis tombou por volta das 5h, desta quarta-feira (23), em um trecho da BR-101, no Recife. Populares arriscaram-se entre as garrafas de vidro quebradas e saquearam a carga que ficou espalhada às margens da rodovia.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) explica que o condutor perdeu o controle do caminhão quando passou por um desnível na pista, na altura do km 70, na alça de acesso à BR-232. Ele saiu ileso do acidente, que não chegou a reter o trânsito.

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"Para contar nossa história", explica Wang Fan, proprietário de uma pequena cervejaria de Wuhan, que decidiu criar uma bebida com o nome "Wuhan Permaneça Forte!", que recorda os 76 dias de confinamento na cidade chinesa onde a Covid-19 foi detectada pela primeira vez.

O empresário de 36 anos, conhecido na próspera comunidade de cervejaria artesanal da China, nasceu nesta metrópole de 11 milhões de habitantes, na região central do país, agora conhecida em todo mundo.

Wang Fan, que em 2013 fundou a "Cervejaria No. 18" e é dono de quatro bares, afirma que seu negócio ficou perto da falência durante o confinamento de Wuhan (de 23 de janeiro a 8 de abril).

Desde então, a vida tenta retornar ao ritmo normal na cidade, onde o novo coronavírus foi detectado pela primeira vez em dezembro de 2019, antes de matar quase 4.000 pessoas no país, de acordo com os números oficiais. Mas as cicatrizes permanecem.

O confinamento foi traumático para os wuhaneses, que enfrentaram um vírus sobre o qual os cientistas não sabiam quase nada.

Foi nesta época que Wang Fan e sua equipe tiveram a ideia de uma nova cerveja: "Wuhan Jia Hazi You!" ("Wuhan Permaneça Forte!"), que foi lançada em abril.

A lata, cinza e com desenhos coloridos de árvores típicas chinesas, era uma forma de "contar nossa história às pessoas", explica o empresário.

O rótulo da lata pode ser retirado para revelar a cronologia das longas semanas de confinamento, com fotografias em preto e branco.

As imagens mostram os profissionais da saúde com trajes de proteção, voluntários com máscara e uma ponte deserta sobre o rio Yangtsé.

A "Wuhan Jia Hazi You!" é uma cerveja doce, inspirada nas flores de cerejeira que dão à cidade tons de rosa quando florescem na primavera.

As bebidas da "Cervejaria No. 18", que já recebeu vários prêmios por suas cervejas, estão na vanguarda do cenário nacional e incorporam elementos de Wuhan e da China. Algumas são produzidas com sementes de gergelim preto, folhas de chá, ou coco.

A covid-19 está praticamente erradicada na China, graças às quarentenas, aos testes em larga escala, à vigilância da população e ao uso generalizado de máscaras.

Mas a epidemia afetou duramente os negócios da "Cervejaria No. 18", que foi obrigada durante o confinamento a despejar quase 12.000 litros de cerveja armazenados em seus tanques.

"Foi um desastre. Quase afundamos. Nossos estabelecimentos ficaram fechados por mais de três meses", recorda Wang Fan.

A vida foi retomada gradualmente após o fim do confinamento e, no verão, os bares da cidade retomaram as atividades.

As 100.000 latas da "Wuhan Jia Hazi You!" já foram vendidas.

"Venderam rápido, porque todos queriam ajudar Wuhan de uma forma ou outra", disse Wang Fan.

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