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Os líderes da Igreja Genesis II de Saúde e Cura foram presos por usar da fé para vender uma falsa cura milagrosa para a Covid-19. O fundador Mark Grenon, de 62 anos, e o filho Joseph, de 32, foram presos na Colômbia a pedido da Justiça norte-americana.

Eles seriam responsáveis por fabricar e comercializar um remédio tóxico, que prometia curar pacientes da Covid-19 e de outras questões como malária, câncer e autismo. Outros dois filhos de Grenon, Jonathan e Jordan, foram capturados nos Estados Unidos e já estão em prisão preventiva, de acordo com a BBC.

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A acusação afirma que a família vendeu dezenas de milhares de garrafas da "solução mineral milagrosa" e chegou a lucrar US$ 120 mil mensais, equivalente a R$ 670 mil por mês. Oferecida na sigla em inglês MMS, o falso remédio era composto por cloreto de sódio e água destilada. Os fabricantes instruíam que o líquido fosse misturado com um 'ativador', para transformá-lo em dióxido de cloro, substância encontrada em desinfetantes.

A Food And Drug Administration (FDA) alertou que o uso do MMS pode acarretar vômitos, diarreia e até mesmo reduzir a pressão arterial. Nenhuma autoridade reconheceu a eficácia da solução milagrosa.

A família é acusada de conspiração, fraude, violação da Lei Federal de Alimentos, Medicamentos e Cosméticos, além de não colaborar com as investigações. Eles estenderam as vendas da falsa cura em Santa Marta, na Colômbia, onde foram capturados.

A igreja mantida pelos Grenon também operava um "centro de recuperação" no país sul-americano e possuiu mais de 200 ministros no Chile. A sede chegou a ser instalada na República Dominicana, onde a inscrição dos seminários custava cerca de R$ 5.600, sem alimentação e hospedagem inclusos.

A prefeitura de Bogotá aumentou nesta sexta-feira (10) o nível de alerta para a disseminação do novo coronavírus, que está sobrecarregando o sistema de saúde da capital colombiana, de 8 milhões de habitantes, e anunciou que vai determinar uma quarentena em oito bairros da cidade. Bogotá é o epicentro da pandemia no país de 48 milhões de habitantes.

A partir de segunda (13) a cidade entrará em uma fase de "alerta laranja" e o sistema de UTI em alerta vermelho, informou a prefeita Claudia López. A ideia é reduzir o movimento de pessoas em turnos de 14 dias até 23 de agosto. A prefeitura espera que 2,5 milhões de pessoas fiquem em casa com as novas medidas.

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Bogotá tem 32% dos casos de contaminação (42.300) e 20% das mortes (953). Nas últimas semanas, o governo do presidente Iván Duque, pressionado pelo colapso da atividade econômica, relaxou as medidas de isolamento, o que aumentou a velocidade do contágio em Bogotá.

"Em agosto, teremos o maior número de pessoas infectadas", disse a prefeita. As mortes na Colômbia chegaram a 4.714 e as contaminações passaram de 133 mil.

Ontem, Bogotá, a cidade mais populosa da Colômbia chegou a 85% de ocupação das unidades de terapia intensiva habilitadas para enfrentar a pandemia. Brasil, México, Peru e Chile são os países mais atingidos na região.

Nesse período de medidas rigorosas, o governo local fornecerá ajuda financeira e alimentos para os mais necessitados, além de aumentar os testes e a vigilância policial, disse López. "Vamos nos cuidar para ultrapassar o pico do contágio, não vamos mais adiar."

A quarta maior economia da América Latina foi profundamente afetada pelas medidas de restrição contra o coronavírus e a queda do preço do petróleo, que é uma das principais fontes de divisas do país.

Durante a quarentena em Bogotá, apenas uma pessoa por casa poderá sair para comprar bens essenciais no bairro diariamente. A venda de bebidas alcoólicas está proibida. A movimentação será controlada pelo número da identidade e as pessoas deverão permanecer em casa entre 20 horas e 5 horas.

'Covid safe'

Apesar do novo anúncio de quarentena, os bares e restaurantes se preparam para o momento em que o governo anunciar a reabertura. A Associação de Bares da Colômbia(Asobares) apresentou ontem um selo "Covid Safe" que será concedido aos estabelecimentos que cumprirem as medidas sanitárias e de biossegurança para a reabertura.

Segundo a diretora executiva da Asobares, Adriana Plata, entre algumas medidas, os estabelecimentos deverão manter distanciamento entre as mesas e divisões que permitam assegurar essa separação. Como medidas sugeridas está a abolição de menus físicos, que poderão ser substituídos por telas ou plataformas no celular, e também o pagamento em dinheiro. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Diana Angola lutou para não morrer aos 36 anos e com o filho no ventre. Com COVID-19, pulmões deficientes e coma induzido, ela deu à luz Jefferson. O que mais impressiona os médicos é que ela permanece viva.

O segundo filho de Diana nasceu há 24 dias, em um parto de alto risco devido aos danos causados pelo novo coronavírus, explicou à AFP Paula Velásquez, médica da clínica Versalles, na cidade de Cali (sudoeste), onde o nascimento ocorreu. "Foi um caso que gerou muito choque, porque, até agora, sabemos que existem muito poucos relatos de sobrevivência em um contexto tão grave quanto o da nosso paciente", assinalou.

Diana foi induzida ao coma e submetida a uma cesariana porque sua capacidade pulmonar foi comprometida pelo vírus, que a fez ser hospitalizada em 15 de maio, após uma febre incontrolável. Três dias depois, ela foi intubada e permaneceu assim até a cirurgia.

Além disso, devido à gravidez, os médicos a mantinham sentada em um ângulo de 45 graus, para que ela pudesse respirar melhor, devido à impossibilidade de deitá-la de bruços, posição em que pacientes com a nova pneumonia são frequentemente tratados.

O parto de Jefferson, que não foi infectado, teve outra dificuldade: ele era um bebê prematuro. O menino nasceu quando a mãe completava 24,3 semanas de gestação, entre catorze e 18 semanas a menos do que se costuma dar à luz.

"Um ser humano pode sobreviver a partir de 24 semanas com um bom peso, mas com muita tecnologia e resultados em neurodesenvolvimento e no nível pulmonar" que, às vezes, causam evoluções pouco favoráveis, explicou.

O neonatologista Edwin Olivo, que fazia parte do grupo de especialistas que tratou do caso, disse que o bebê ganha peso aos poucos e respira melhor. "Ele nasceu com muita dificuldade para respirar, tivemos que ressuscitar, tivemos que fazer todo o procedimento para um paciente gravemente doente", relatou. "Felizmente, podemos dizer que a evolução foi em direção à melhora", embora ele ainda esteja na incubadora.

- Lembranças tristes -

Já recuperada da Covid-19, a mãe aguarda ansiosamente para receber alta. "É uma grande emoção saber que lutamos, que os médicos nos ajudaram a sobreviver", disse, com a voz fraca.

Diana não sabe como foi infectada e sua família garante que ela seguiu rigorosamente a ordem de isolamento obrigatória, imposta em 25 de março, embora cada vez mais relaxada em meio às tentativas do governo de retomar a economia.

Nos corredores do hospital, sua irmã Angela respira aliviada. A hospitalização trouxe lembranças tristes para a família: há alguns anos, sua mãe e outra irmã morreram, intubadas, em unidades de terapia intensiva, como a em que Diana permaneceu por semanas.

Angela aproveita a recuperação da irmã e do sobrinho para advertir sobre o momento em que os contágios e mortes se multiplicam na América Latina: "Há muitas pessoas que ficam sem máscara, que vão a festas, talvez por não saberem de um caso próximo. Não estão cientes", lamenta.

Com mais de 2.650 mortes e 80.000 infecções detectadas desde 6 de março, a Colômbia, com 50 milhões de habitantes, é o sexto país da América Latina em número de mortes e o quinto entre os infectados pelo novo coronavírus. Autoridades acreditam que mantêm a doença sob controle em relação a outros países da região, embora, na semana passada, tenha apresentado 25% do total de ambos os indicadores.

A água nem sempre flui pela mangueira de borracha preta que fica atrás da casa de Yeimy Martínez. Em plena pandemia, o simples gesto de lavar as mãos é um desafio em um bairro pobre de Bogotá.

"Às vezes a água chega, às vezes não (...) Se fico sem água, não tenho como lavar as mãos, como dar banho no meu filho (...) como limpar minha casa", lamenta esta jovem 21 anos de idade.

Como outras 80 famílias, ela sobrevive em uma das construções de madeira e telhado de chapa metálica agrupadas ao pé de um penhasco em Ciudad Bolívar, ao sul da capital colombiana de oito milhões de habitantes.

Apesar da falta de água encanada e de um sistema de coleta e tratamento de esgoto, esse assentamento ilegal foi batizado de Sonhos 2. O apelido dado por seus habitantes é ainda mais irônico: "cachoeira", em razão do esgoto que cai das casas mais altas.

"Tudo aqui é mais difícil, e ainda mais com esta quarentena. Estamos ferrados", desabafa Yeimy.

Junto com o marido, o filho de seis anos e o pai, ela divide um quarto com três camas, uma televisão antiga e armários precários. A cozinha não tem geladeira, nem pia, apenas um fogão a gás.

- O luxo do desinfetante -

Várias vezes ao dia, Yeimy precisa percorrer um caminho difícil para pegar água com um balde de plástico e carregá-la para a casa modesta.

Desde 20 de março, quando o confinamento começou em Bogotá, essa vendedora ambulante de CDs não pôde mais trabalhar, e seu marido, um operário de 28 anos, também não.

Nos "dias bons, ele conseguia ganhar até 50.000 pesos (cerca de US$ 13) e, com isso, fazer o mercado", conta ela.

Agora, sem dinheiro para comprar nem mesmo um quilo de arroz, não pode se "dar ao luxo" de comprar um desinfetante para compensar a falta de água.

Christian Robayo, prefeito de esquerda, diz que a "situação extrema foi exacerbada" pela Covid-19 em Ciudad Bolívar, onde metade de seus 800.000 habitantes, especialmente os informais, "precisam de ajuda social".

O governo alega ter fornecido US$ 1,2 bilhão em subsídios para as famílias pobres atingidas pela crise em toda Colômbia, mas os pedidos por mais ajuda persistem.

Pelo menos 47% da população ativa do país vive da economia informal e quase sete dos 48 milhões de habitantes não têm acesso à água corrente, apesar de o país ser considerado uma fonte de água e de a Justiça exigir um mínimo vital do líquido para populações vulneráveis.

A Colômbia contabiliza mais de 900 mortos e 29.000 infectados pelo novo coronavírus desde a detecção do primeiro caso, em 6 de março. "Ciudad Bolívar é um dos distritos onde a curva está aumentando", afirma Robayo.

Na parte baixa do bairro, Jorge Ariza cultiva uma pequena horta. Na frente de sua casa, em um dos estacionamentos de ônibus, uma vaca e dois bezerros do vizinho pastam. Alguns patos também vagam por lá.

Aos 51 anos, Ariza é um reciclador que, 11 anos atrás, foi deslocado do campo pela violência na Colômbia. Ele mora em uma casa de dois andares que construiu com as próprias mãos para sua família de cinco filhos.

Também se abastece com uma escassa corrente de água que chega através de uma conexão pela qual pagou 130.000 pesos (cerca de US$ 35). "Serve para cozinhar, lavar", relata Jorge, apontando os baldes que carrega do pátio para a cozinha.

Para regar a horta, ou dar descarga no banheiro, ele recorre à água coletada da chuva.

"Neste momento, não podemos ir ao mercado livremente (...), não podemos trabalhar, então essa horta tem nos servido para os alimentos, frutas, verduras e medicamentos também", diz aliviado.

Sem dinheiro para remédios, esse indígena do povo Pijao administra com suas plantas enquanto o vírus espreita. "A parte medicinal deste jardim nos ajudou muito (...) para as dores de cabeça (...) gripe, tontura", completa.

Quando o confinamento terminar, Jorge e Yeimy retornarão às ruas sem muita esperança de ver a água sair da torneira.

Foram nove anos reconstruindo a execução extrajudicial de seu filho. Na busca por justiça, Carmenza Gómez descobriu uma "banda podre" do exército colombiano e exige a verdade sobre o crime.

Víctor Gómez trabalhava como segurança em Bogotá. Em 23 de agosto de 2008, ele desapareceu junto com Diego Tamayo e Jader Palacio. No mês seguinte, seus corpos foram encontrados muito longe de Soacha, a cidade onde moravam ao sul de Bogotá.

Com a falsa promessa de um emprego melhor, desconhecidos - identificados mais tarde - os levaram ao departamento (estado) de Norte de Santander, na fronteira com a Venezuela.

"Eles os embriagaram e os levaram para um falso posto de controle do exército ... No dia seguinte, amanheceram mortos", disse a mulher de 62 anos à AFP. "Victor levou um tiro na testa, um tiro de graça."

Autoridades identificaram o jovem de 23 anos como membro de uma organização paramilitar que morreu em combate. Ele era o sexto de oito filhos que Carmenza criou sozinha.

A mulher conta que descobriu o que aconteceu com Victor porque um estagiário do instituto médico legal, primo de um de seus amigos desaparecidos, encontrou a foto de seu parente. O corpo estava em um necrotério a 740 quilômetros de Soacha.

No mesmo álbum, também estava Victor. "Você quer que a terra se abra e leve você. Eu desmaiei", lembra ela. "Um pai ou mãe nunca está preparado para ver um filho morto"

- "Banda podre" -

Ela juntou o dinheiro que pôde e viajou em busca do corpo do filho, que junto com outros cadáveres estava sendo transferido do necrotério para uma vala comum. Com o tempo, os 19 jovens de Soacha foram localizados em várias covas.

"Fui eu quem descobriu essa 'banda podre' do exército", diz a mulher, que recebeu proteção do Estado para garantir sua segurança.

Sem imaginar, Carmenza começou a desvendar o maior escândalo da história das Forças Armadas colombianas: os "falsos positivos", execuções de civis por militares que as apresentavam como baixas em combate para aumentar os resultados de um conflito que ensanguentou o país por quase sessenta anos.

A promotoria registrou 2.248 "falsos positivos" - em grande parte, jovens pobres - entre 1988 e 2014. Cinquenta e nove por cento dos casos ocorreram durante o governo do agora senador Álvaro Uribe (2002-2010), que lutou incansavelmente contra os grupos rebeldes.

Como recompensa, os militares recebiam dias de folga, medalhas e promessas de ascensão. Quando o paradeiro dos jovens desaparecidos de Soacha foi confirmado, o governo destituiu 27 soldados e Uribe negou qualquer responsabilidade.

Começou então a maratona judicial de Carmenza e outras 13 mulheres que formam o Coletivo Mães dos Falsos Positivos.

Enquanto buscavam justiça, em 4 de fevereiro de 2009, indivíduos não identificados mataram a tiros outro de seus filhos, John.

Carmenza acredita que ele tenha sido morto porque estava investigando a morte do irmão. A mulher lembra com remorso sua admiração pelo exército colombiano, ao qual três de seus cinco filhos prestaram serviço obrigatório.

- Perdão? -

Apesar da nova perda e do medo, Carmenza não desistiu e acompanhou praticamente todas as audiências relacionadas à morte de Victor. Em 2017, nove anos após o crime, a justiça civil condenou 17 soldados e comandantes.

Todo esse tempo "eu olhava para eles, cara a cara, no mesmo recinto, quando as audiências eram públicas, e eles apenas zombavam ou se escondiam", lamenta ela.

Vários dos condenados uniformizados recuperaram temporariamente sua liberdade após serem submetidos a uma justiça especial decorrente do acordo de paz de 2016, que encerrou meio século de luta armada com a guerrilha das FARC.

Foi "um golpe muito duro", desabafa Carmenza. No entanto, apesar de cética, ela espera que essa concessão revele a verdade e que haja reparação para as vítimas, de acordo com o pacto firmado pela Colômbia para esclarecer os piores crimes do conflito.

"A única coisa que espero é que se retirem os benefícios (criminais) se não contarem toda a verdade ", acrescenta.

A patente mais alta vinculada aos "falsos positivos" é o general Mario Montoya, comandante do exército entre 2006 e 2008, que alegou em audiência que seus subordinados interpretaram mal suas exigências por resultados.

Carmenza considera que o Estado é o maior responsável pelos crimes por estabelecer uma política de "pagar recompensas para dizer que eles estavam vencendo a guerra, matando civis". Ela garante que quando a verdade for revelada, poderá considerar um perdão.

Em tempos de pandemia, as mães de Soacha vendem máscaras como uma pergunta que resume sua luta: "Quem deu a ordem?"

Membros da Polícia Nacional da Colômbia usaram o 'meme do caixão' para conscientizar a população da cidade de Quibdó a ficar em casa devido à pandemia do novo coronavírus. Na mesma ação, policiais usam pias improvisadas para ensinar como a população deve lavar as mãos.

 As imagens que circulam nas redes mostram quatro homens, possivelmente membros da polícia, fazendo a coreografia no ritmo da música do meme do funeral de Gana.

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 Também é possível ouvir um áudio dizendo em espanhol "Recomenda-se, por sua saúde e de sua família, procurar permanecer em casa. Polícia Nacional, somos um somos todos."

 Os dançarinos estão em cima de uma caçamba em uma rua de Quibdó. Ao lado, policiais fardados lavam as mãos em pias improvisadas. 

 Essa não é a única ação lúdica realizada pela Polícia Nacional. Membros da corporação também já dançaram zumba nas ruas para a população acompanhar das varandas, e se fantasiaram de super-heróis para o Dia das Crianças na Colômbia, celebrado em 25 de abril.

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Estados Unidos, Reino Unido, Colômbia, Rússia e vários países europeus intensificaram nas últimas horas as medidas para atenuar o impacto da pandemia de coronavírus, que segue avançando em todo o mundo, com exceção da China, e provocando o fechamento de fronteiras e o confinamento de milhões de pessoas.

A pandemia já matou mais de 5.400 pessoas em todo o mundo desde dezembro e o número de contágios supera 143.000.

A China, país de origem da pandemia, com mais de 3.000 mortes, já registra números diários muito reduzidos de contágio e falecimentos. Neste sábado foram apenas 11 infectados. Na Europa, no entanto, a doença está em plena propagação, com mais de 37.000 casos e ao menos 1.500 mortos, especialmente na Itália e na Espanha.

Além disso, a COVID-19 afeta novos países a cada dia. Nas últimas horas, por exemplo, foram registrados os primeiros casos em Ruanda e na Venezuela. O Equador anunciou a primeira morte.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou que é impossível prever quando acontecerá o pico da pandemia. Depois da China, os países mais afetados são Itália, com 1.266 mortos, Irã (611), Espanha (136) e França (79).

O medo da COVID-19 esvazia ruas, confina milhões de pessoas em suas casas nos países mais afetados e transforma as vidas cotidianas. O cumprimento com um beijo, o café no balcão da padaria, reuniões de trabalho, momentos de lazer nos parques ou assistir um filme no cinema se tornaram atos irresponsáveis ou simplesmente impossíveis.

Europa, coração da pandemia

A Europa se tornou o centro da pandemia, segundo a OMS. Em Madri, os bares estavam fechados neste sábado, assim como as lojas, enquanto as praças e ruas estavam desertas, consequência das medidas instauradas pelo governo, que decretou estado de alerta.

Muitos cidadãos correram aos supermercados para comprar alimentos com os quais esperam sobreviver a um confinamento que não sabem quanto tempo deve durar. As lojas de alimentos permanecerão abertas e o governo garante que não permitirá escassez, mas produtos em conserva ou carnes desapareceram das prateleiras.

As principais cidades italianas também estavam desertas. Em Roma, alguns ônibus circulavam praticamente vazios e poucos cidadãos se aventuraram a sair às ruas.

O silêncio foi interrompido na sexta-feira às 18H00, quando os italianos compareceram às varandas para cantar e afastar a tristeza do confinamento. As imagens deste momento deram a volta ao mundo.

Em Paris, locais emblemáticos do turismo como o museu do Louvre ou a torre Eiffel estão fechados.

Os franceses comparecerão às urnas no domingo para eleições municipais, apesar da propagação da epidemia. As medidas de segurança e higiene serão intensificadas durante o horário de votação para evitar os contágios.

Mais fronteiras fechadas 

A pandemia representa um teste para os sistema de saúde dos países europeus mais afetados, como Itália e Espanha.

A fotografia de uma enfermeira italiana exausta, adormecida sobre o teclado de um computador, virou a imagem símbolo do cansaço extremo dos profissionais da área de saúde no norte da Itália, que estão na linha de frente da luta contra o novo coronavírus.

Nos Estados Unidos, horas depois do presidente Donald Trump declarar estado de emergência, a Câmara de Representantes aprovou um pacote de medidas que será enviado ao Senado e que inclui testes gratuitos para todos e licenças médicas remuneradas.

A maior potência econômica do mundo não tem cobertura universal de saúde e milhões de cidadãos não possuem plano de saúde, o que deixa o país mais vulnerável. Os Estados Unidos registraram até o momento 2.000 infectados e 47 vítimas fatais.

Diante da expansão da COVID-19, a Rússia, que tem apenas 45 casos e nenhuma morte, decidiu fechar suas fronteiras terrestres com Polônia e Noruega, depois adotar a mesma medida na fronteira com a China há algumas semanas.

No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson deve anunciar medidas mais drásticas para conter a pandemia. Eventos emblemáticos, como o torneio de tênis de Wimbledon, podem ser cancelados.

Na América Latina, a Colômbia anunciou o fechamento da fronteira com a Venezuela e restringiu a entrada de estrangeiros que passaram pela Europa e Ásia. A Venezuela declarou "estado de alerta" após confirmar os primeiros dois casos e o Uruguai decretou emergência de saúde, assim como o fechamento parcial das fronteiras.

No esporte, mais eventos foram cancelados ou adiados. O Giro de Itália de ciclismo e o Grande Prêmio da Austrália de Fórmula 1 foram cancelados nas últimas horas.

As dúvidas se concentram sobre a celebração da Eurocopa, prevista para junho e julho em 12 países, e sobre os Jogos Olímpicos de Tóquio, com cerimônia de abertura marcada para 24 de julho.

Quase uma pessoa por dia foi vítima de bombas ou minas terrestres na Colômbia no ano passado, disse o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Ao todo, foram registradas 352 ocorrências - incluindo 19 menores de idade -, um aumento de 59% com relação a 2018. Conforme o órgão, 42 pessoas morreram.

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As bombas e minas ainda são uma herança do conflito interno entre o governo e as Farc.

O Brasil começou a fase decisiva do qualificatório para os Jogos de Tóquio com um suado empate. Após vencer as quatro partidas que disputou na primeira fase, arrancou a igualdade por 1 a 1 contra a Colômbia, nesta segunda-feira (3), pela primeira rodada do quadrangular do Pré-Olímpico, em Bucaramanga.

No confronto com a seleção anfitriã do qualificatório, o Brasil voltou a ter produção ofensiva considerável, uma marca da primeira fase, em que marcou 11 gols em quatro jogos, mas falhou bastante nas finalizações. Mas Antony, e Paulinho não brilharam como em outros jogos, assim como Pedrinho, que voltou ao time após se recuperar de lesão e foi substituído por Pepê na etapa final. Outro componente do quarteto ofensivo, Matheus Cunha foi decisivo ao marcar o gol de empate.

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A seleção sub-23 do Brasil também pareceu tensa, até por ir pela primeira vez na competição ao intervalo perdendo. A defesa, mesmo com as mudanças realizadas pelo técnico André Jardine, voltou a se mostrar insegura e sofreu com a velocidade colombiana em alguns contra-ataques. E Iago, uma das novidades do time, falhou no gol adversário.

A partida foi acompanhada no estádio por Tite, técnico da seleção principal do Brasil. Ele esteve acompanhado por Rogério Caboclo, presidente da CBF, e Juninho Paulista, coordenador de seleções.

A seleção voltará a jogar no quadrangular decisivo do Pré-Olímpico na quinta-feira (6), quando terá pela frente o Uruguai, às 20 horas (de Brasília), fechando a sua participação no domingo, diante da Argentina. Nesta segunda, os argentinos largaram na frente com a vitória por 3 a 2 sobre os uruguaios. Os dois primeiros colocados se garantem nos Jogos de Tóquio.

O JOGO - Em relação ao time-base do Brasil na primeira fase do Pré-Olímpico, Jardine fez três alterações, todas na defesa, mudando os laterais, com as entradas de Dodô e Iago, além do zagueiro Bruno Fuchs. Mas o que se destacou no início da partida foi o ataque.

Com a marcação adiantada, a seleção pressionou a Colômbia e quase abriu o placar logo aos dois minutos, numa jogada que começou com a roubada de bola de Bruno Guimarães e terminou com uma perigosa finalização de Paulinho. Mas mesmo com o domínio, a equipe parecia nervosa, a ponto de Matheus Henrique quase marcar um gol contra em uma dividida no meio-campo. Tinha também o controle da posse, criava chances, mas falhava nas finalizações.

Isso acabou custando caro em um avanço do veloz ataque colombiano, aos 26 minutos. Benedetti avançou pela esquerda e cruzou da linha de fundo. Nas costas de Iago, Cetré cabeceou no canto esquerdo da meta defendia da por Ivan, fazendo 1 a 0.

O gol colombiano ampliou a postura ofensiva do Brasil, que quase respondeu na sequência, numa jogada em que Matheus Cunha escorou a bola para Antony finalizar com perigo, mas para fora.

O atacante são-paulino voltaria a bater com perigo aos 39, mas naquele momento o jogo já era bem mais complicado para a seleção, com dificuldades para encontrar espaços na retranca colombiana. E o Brasil ainda quase foi vazado aos 44, quando uma tentativa de cruzamento de Cetré desviou em Bruno Fuchs e forçou Bruno Fuchs a fazer difícil defesa.

A retomada da partida após o intervalo foi de pressão e chances perdidas pela seleção. Foram duas em sequência, com Pedrinho e Antony, que pararam em boas defesas de Ruiz. Só que essa produção intensa no ataque logo parou. Tensa, a equipe passou a cometer muitos erros, pouco ameaçando a Colômbia e ainda correndo riscos na defesa.

Mas quando o momento parecia ruim, a seleção respondeu. Aos 25 minutos, Paulinho ajeitou para Matheus Cunha, que chutou cruzado, de fora da área, no canto direito da meta de Ruiz. E o atacante recém-contratado pelo Hertha Berlin quase marcou o gol da virada no lance seguinte, não fosse uma grande defesa de Ruiz.

Nesse momento, a seleção retomou o controle da partida, a ponto de Paulinho também ter perdido chance, em cabeceio, após ótima jogada de Antony. Mas aí a Colômbia também buscou ser mais ofensiva. E só não voltou a passar à frente no placar porque Ivan fez ótima defesa em uma finalização de Carbonero que desviou em Guga, em jogada iniciada em erro de Matheus Henrique.

Só que o Brasil tinha mais qualidade e força ofensiva. E poderia ter conseguido a vitória aos 41, quando Pepê recebeu de Bruno Guimarães na esquerda, tocou para Paulinho, que deu uma caneta no marcador dentro da grande área, mas bateu fraco, facilitando a defesa de Ruiz, que ainda faria defesas difíceis em tentativas de Bruno Guimarães e Matheus Henrique nos minutos finais, asegurando o empate para a Colômbia.

FICHA TÉCNICA:

BRASIL 1 x 1 COLÔMBIA

BRASIL - Ivan; Dodô (Guga), Nino, Bruno Fuchs e Iago; Bruno Guimarães, Matheus Henrique e Pedrinho (Pepê); Antony, Matheus Cunha e Paulinho (Reinier). Técnico: André Jardine.

COLÔMBIA - Ruíz; Herrera, Ditta, Segura e Fuentes; Kevin Balanta, Atuesta, Avaraldo, Benedetti (Carbonero) e Carrascal (Sandoval); Cetré (Arroyo). Técnico: Arturo Reyes.

GOLS - Cetré, aos 26 minutos do primeiro tempo; Matheus Cunha, aos 25 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Ángel Arteaga (Venezuela).

CARTÕES AMARELOS - Bruno Fuchs, Kevin Balanta, Ditta, Bruno Guimarães, André Jardine, Arturo Reyes, Nino, Alvarado e Carbonero.

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Alfonso López, em Bucaramanga (Colômbia).

Depois de passar pela primeira fase com uma campanha perfeita, de quatro vitórias, a seleção brasileira sub-23 estreia nesta segunda-feira (3) no quadrangular final do Pré-Olímpico que acontece na Colômbia. Os dois primeiros colocados garantem vaga nos Jogos de Tóquio.

A estreia brasileira na fase decisiva será às 22h30 (de Brasília) contra os donos da casa, no estádio Alfonso López, na cidade de Bucaramanga. Mais cedo, às 20 horas, no mesmo local, a Argentina, que também venceu os quatro jogos da fase inicial, encara o Uruguai.

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A principal novidade na seleção brasileira deve ser o retorno do meia Pedrinho, do Corinthians. O jogador desfalcou o time nas partidas contra a Bolívia e o Paraguai, mas treinou no domingo e deve começar em campo. No último jogo da primeira fase, na vitória por 2 a 1 sobre os paraguaios, o técnico André Jardine mandou a campo os reservas, pois a classificação já estava assegurada.

Os titulares descansaram e agora voltam para os três jogos decisivos. O atacante Paulinho comentou a expectativa para a reta final. "Todo jogo aqui tratamos como o mais importante. Agora a gente vai pegar os donos da casa, sabemos das dificuldades, com a torcida deles, com uma equipe boa. Mas todos aqui já jogaram com estádio contra. Todos estão preparados para buscar essa classificação", disse.

A Colômbia vem de empate sem gols com o Chile na última rodada do Grupo A, resultado que serviu para garantir a segunda vaga na chave, com sete pontos somados. A Argentina se classificou em primeiro, com 12. Depois de enfrentar os donos da casa, o Brasil terá pela frente o Uruguai, na quinta-feira, e encerrará a participação contra a Argentina, domingo.

Estão abertas as inscrições para o programa Bolsas Eiffel. As informações foram divulgadas nessa sexta-feira (20), através do site a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

O programa, desenvolvido pelo Ministério das Relações Exteriores e Europeias da França, oferece bolsas para cursos de mestrado e doutorado na França, além de cursos de pós-graduação na Colômbia.

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As bolsas para mestrado e doutorado contemplam as seguintes áreas de estudos:  Engenharia para o nível master; Ciências da Engenharia e Ciências Exatas para o doutorado (Engenharia, Matemática, Física, Química e Ciências da Vida, Nano e Biotecnologia, Ciências da Terra, do Universo e do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia da Informação e da Comunicação); Economia e Gestão; Direito; Ciências Políticas. O edital pode ser consultado aqui ou através deste email.

Já o programa de estudos na Colômbia é para estudantes estrangeiros que desejam cursar a pós-graduação a partir de 2020. São ofertados auxílios para especialização (12 meses); mestrado (24 meses) e doutorado (48 meses) em várias instituições do país. A bolsa oferecida pelo programa colombiano cobre todos custos acadêmicos, incluindo assistência médica; visto; auxílio instalação e manutenção e para aquisição de material letivo. Para mais informações, acesse o site da iniciativa (site em espanhol).

A Colômbia chegou nessa quarta-feira (27) ao sétimo dia seguido de protestos após a convocação de uma nova greve geral por sindicatos de trabalhadores e organizações estudantis, responsáveis pelo início das manifestações, há uma semana, que deixaram quatro mortos e mais de 500 feridos. Milhares de manifestantes ocuparam a Praça Bolívar, centro dos protestos em Bogotá, com bandeiras, panelas e apitos rejeitando as propostas que foram até agora apresentadas pelo presidente Iván Duque.

Diferentemente dos últimos dias, a movimentação não se espalhou para o restante da capital e não foi significativa em outras cidades do país. Manifestantes indígenas chegaram a bloquear uma rodovia no sudoeste da Colômbia.

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Os protestos generalizados nas ruas da Colômbia provavelmente forçarão Duque a fazer grandes mudanças em sua proposta de reforma tributária, se ele quiser aprovar a lei antes do final do ano. Galvanizados por quase uma semana de protestos e inspirados por outras manifestações na América Latina, os sindicatos estão reivindicando que o governo rejeite o projeto, que inclui cortes de impostos para as empresas, enquanto os partidos de oposição tentam retardar o debate legislativo, na esperança de obter concessões.

O tribunal constitucional decidiu que a lei deve ser aprovada até o final do ano, caso contrário o regime tributário retomará as disposições de 2018. Se Duque não aprovar a reforma ou for forçado a diluí-la drasticamente, ele frustrará os líderes empresariais e os aliados conservadores, para quem o projeto de lei é essencial para manter a classificação de crédito do país e reduzir a dívida.

De início, o governo disse que o projeto de reforma tributária elevaria a receita em cerca de 1% do PIB, aumentaria a confiança dos investidores e impediria um possível rebaixamento das classificações de crédito. "Duque terá de encontrar soluções amigáveis rapidamente, pois a força dos manifestantes cresce à medida que o tempo passa", disse o analista Sergio Guzmán, da Colombia Risk Analysis. Os protestos, na maioria pacíficos, em Bogotá e outras cidades levaram milhares de manifestantes às ruas por questões que vão desde a corrupção até o assassinato de ativistas, passando pela violenta reação da tropa de choque.

Uma das questões que catalisou os protestos foram os rumores sobre planos econômicos desconectados da reforma tributária - entre eles um corte no salário mínimo - que Duque diz não apoiar.

Na terça-feira, Duque tentou apaziguar os críticos acrescentando ao projeto medidas para populações desfavorecidas. Ele sugeriu que um imposto sobre valor agregado poderia ser repassado ao 1/5 dos colombianos mais pobres e aposentados menos abastados poderiam contribuir menos para o sistema de saúde. Essas mudanças "não serão suficientes", disse Guzmán.

Vetar o corte nos impostos empresariais, apoiar um popular corte dos salários do Congresso e aumentar bastante o salário mínimo de 2020 são maneiras pelas quais Duque pode dar provas de que está ouvindo os manifestantes, disse.

Embora os protestos não tenham atingido o pico dos que vêm ocorrendo nos últimos meses em Chile, Bolívia e Equador, eles podem se intensificar, complicando ainda mais a aprovação do projeto de lei. Antes dos protestos, a Fitch confirmou o rating de crédito da Colômbia em BBB, mantendo sua perspectiva negativa por causa dos "indicadores mais fracos de governança".

Os partidos de oposição já estão incentivando os protestos para prolongar o debate sobre as propostas de Duque, na tentativa de obter mais concessões do presidente. "A oposição pediu ao ministro das Finanças que adiasse a votação e incorporasse as propostas que as pessoas fizeram", disse Katherine Miranda, parlamentar do Partido Verde e membro do comitê econômico da Câmara. "Por exemplo, para não aumentar a base tributária."

Reconsiderar partes da reforma será fundamental para acalmar os protestos, disseram especialistas. "Não é o momento político adequado para apoiar o tipo de reformas que geralmente reduzem os impostos sobre as empresas, pois, na cabeça das pessoas, é uma maneira de ajudar os ricos", disse Marc Hofstetter, professor de economia da Universidade dos Andes.

Duque pode se arrepender de responder aos protestos com um convite para um diálogo nacional até meados de março de 2020, disse Hofstetter. "O risco é que isso se torne um protesto permanente, como o que aconteceu no Chile, certamente com consequências para a economia, o emprego e a renda das pessoas", afirmou. "Estabelecer um prazo em março é um convite para o povo ficar nas ruas." (Com agências internacionais)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Embora suja e com menos fluxo de pessoas e carros do que o habitual, Bogotá voltou ao normal neste sábado, após o toque de recolher decretado por uma onda de violência que se seguiu a um protesto contra o governo de Iván Duque.

O barulho dos veículos começou a tomar conta das ruas após o fim do toque de recolher às 06H00 (08H00 de Brasília) para a capital colombiana, onde vivem mais de sete milhões de pessoas que estavam em casa desde as 21H00 (23H00) da noite anterior, por ordem do prefeito Enrique Peñalosa.

Em algumas ruas ainda era possível ver muito lixo espalhado, cinzas onde havia fogueiras e estilhaços de vidro das estações ou ônibus do sistema de transporte coletivo que gradualmente começa a retomar a normalidade após a interrupção do serviço na véspera por conta de ataques de manifestantes mais exaltados, chamados de "vândalos" pelas autoridades.

A maior parte dos atos de "vandalismo", registrada nas áreas mais populares do sul da cidade, acabou por volta da meia-noite de sexta, num horário em que cerca de 90% dos moradores cumpriam o toque de recolher, informou o ministro da Defesa, Carlos Holmes Trujillo.

Centenas de pessoas, que não foram para casa conforme a determinação do governo, fizeram um protesto em frente à residência particular de Duque. Cerca de 13.000 policiais e militares patrulham a capital.

Algumas universidades abriram suas salas de aula para os alunos passarem a noite por conta da impossibilidade de obter transporte. O comércio fechou no início da tarde e foi difícil adquirir alimentos.

- Sem rosto claro -

As autoridades afirmam que não há como saber que são os autores dos saques e depredações registradas na noite de sexta.

Peñalosa, que ainda não apresentou um balanço sobre os protestos, não fez nenhuma relação entre os atos de vandalismo os manifestantes que foram às ruas na quinta-feira, numa manifestação que atraiu amplos setores com várias reivindicações contra o governo de direita de Duque, que está ha pouco mais de quinze meses no poder.

Alguns cidadãos relataram tentativas de roubo em suas casas lideradas por homens encapuzados, que segundo as autoridades causaram "uma onda de pânico" que se espalhou com a divulgação de notícias falsas.

Devido à situação da ordem pública, as autoridades adiaram para domingo a partida pelas semifinais do futebol colombiano entre o Independiente Santa Fe e o Deportivo Cali, marcada para este sábado.

Além disso, o jogo de exibição entre os tenistas Roger Federer (suíço) e Alexander Zverev (alemão) que estava prevista para a sexta-feira foi cancelado.

Com popularidade em franca queda, Duque convocou um "diálogo nacional" em resposta às mobilizações contra seu governo.

A famosa briga entre o atacante Asprilla e goleiro Chilavert durante as eliminatórias da Copa do Mundo, em 1997, poderia ter tido um fim trágico, segundo o colombiano. O ex-jogador do Palmeiras confirmou que um traficante o procurou para matar o goleiro paraguaio após o ocorrido.

A revelação foi feita por Asprilla em documentário sobre sua vida transmitido pelo canal Telepacífico. O jogador contou que recebeu uma ligação de um homem chamado Julio Fierro, pedindo que fosse até o seu hotel. "Cheguei nesse dia e ele estava com umas dez pessoas, bêbados, estavam com mulheres paraguaias", disse.

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Segundo o atacante colombiano, a proposta veio em seguida. O homem teria lhe dito que precisava que ele desse uma autorização. "Ele disse: 'estes dois caras vão ficar aqui em Assunção e querem ir matar esse gordo do Chilavert'", contou Asprilla.

O jogador diz ter respondido imediatamente: ”'Como assim? Mas vocês por acaso estão loucos? Vão acabar com o futebol colombiano, isso não pode ser, não, não, não. No futebol o que aconteceu no campo fica no campo. Chilavert me deu um soco, tivemos a discussão, nos expulsaram e acabou'", finalizou.

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O meia-atacante James Rodríguez está de volta à seleção da Colômbia após quatro meses. Ausente nos amistosos de setembro e outubro por conta de lesões, o jogador do Real Madrid foi confirmado nesta quarta-feira pelo técnico português Carlos Queiroz, que divulgou a lista final para os amistosos contra Peru, no próximo dia 15, e Equador, no dia 19, ambos nos Estados Unidos.

James Rodríguez não defende a Colômbia desde a eliminação nas quartas de final da Copa América para o Chile, no início do mês de julho, em jogo disputado na Arena Corinthians, em São Paulo. Ele foi chamado agora mesmo ainda se recuperando de uma nova lesão muscular no Real Madrid. Ele atuou por alguns minutos contra o Galatasaray, pela Liga dos Campeões, há duas semanas, e ficou de fora contra Leganés e Betis, pelo Campeonato Espanhol.

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Segundo Carlos Queiroz, James Rodríguez estará apto para defender a Colômbia nos dois últimos amistosos antes da estreia nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, que será disputada no Catar. "Na Espanha fazem o trabalho deles (Real Madrid), nós fazemos o nosso. Se não estivesse bem não o teria convocado", disse o português em entrevista coletiva nesta quarta-feira, em Bogotá.

O treinador fez questão de ressaltar que optou por não convocar jogadores envolvidos em finais de competições, como é o caso de River Plate e Flamengo, que decidirão a Copa Libertadores no próximo dia 23. "Não considerei convocar jogadores de River e Flamengo. Nenhum técnico tem que chamar jogadores que estejam em finais com suas equipes", afirmou.

Uma novidade na convocação é o atacante Steven Mendoza, que atualmente joga no Amiens, da França. O atleta foi contratado pelo Corinthians em 2015 e teve seu vínculo com o clube paulista encerrado no ano passado. Neste período, chegou a ser emprestado três vezes.

Confira a lista de convocados da Colômbia:

Goleiros - David Ospina (Napoli-ITA), Aldair Quintana (Atlético Nacional) e Éder Chaux (Patriotas);

Defensores - Stefan Medina (Monterrey-MEX), Santiago Arias (Atlético de Madrid-ESP), Dávinson Sánchez (Tottenham-ING), Yerry Mina (Everton-ING), Jhon Lucumí (Genk-BEL), Jeison Murillo (Sampdoria-ITA), William Tesillo (León-MEX) e Johan Mojica (Girona-ESP);

Meio-campistas - Wílmar Barrios (Zenit St.Petersburg-RUS), Juan Cuadrado (Juventus-ITA), Jéfferson Lerma (Bournemouth-ING), Steven Alzate (Brighton-ING), Mateus Uribe (Porto-POR) e Yairo Moreno (León-MEX);

Atacantes - Luis Muriel (Atalanta-ITA), Steven Mendoza (Amiens-FRA), Róger Martínez (América-MEX), Luis Díaz (Porto-POR), Alfredo Morelos (Rangers-ESC) e James Rodríguez (Real Madrid-ESP).

A ex-senadora Claudia López, primeira mulher a ser eleita prefeita de Bogotá, representa a ascensão política da comunidade LGBT na Colômbia, onde os direitos dos homossexuais não estão plenamente garantidos. Claudia, de 49 anos, que mantém um relacionamento com a senadora Angélica Lozano, rompeu uma barreira na América Latina, região que nunca havia tido em nenhuma de suas capitais algum membro desta comunidade como autoridade máxima.

Em seu discurso após a vitória - no qual foram vistas bandeiras dos partidos Aliança Verde e Polo Democrático Alternativo, que apoiaram sua candidatura, mas poucas com as cores do arco-íris -, a prefeita eleita afirmou que terá um governo diversificado que buscará, nos próximos quatro anos, mudar a cidade por meio da cultura cidadã.

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A histórica vitória de Claudia ocorre em um país ainda dividido pelo acordo de paz de 2016, que desarmou os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Embora apoiasse o pacto de paz, ela não aceitou na campanha nenhuma aproximação com o partido homônimo formado pelos ex-rebeldes em razão de seu passado violento. Ao mesmo tempo, ela também se declara distante da "agenda do passado" do presidente Iván Duque, embora diga que trabalhará com o governo nacional.

"Bogotá não apenas votou para que a cidade mude nos próximos quatro anos, mas também para que essa geração mude toda nossa sociedade. Votou para que, através da cultura cidadã, da educação de qualidade e da igualdade, derrotemos o machismo, o racismo, o classismo, a homofobia e a xenofobia", afirmou Claudia.

A ex-senadora estava acompanhada por mais de 20 políticos que a apoiaram, incluindo a senadora Angélica, sua parceira por muitos anos e a quem beijou quando entrou no palco sob aplausos dos participantes. "Que não haja dúvida, Bogotá votou porque a mudança e a igualdade são irrefreáveis", acrescentou.

Claudia não esqueceu dos que tiveram papel importante em seu triunfo nas urnas. "(Todos) que abriram caminho para eu chegar até aqui, no dia em que uma mulher humilde, filha de uma professora, conquistou pela primeira vez o segundo cargo eleitoral mais importante do país."

A prefeita eleita disse que terá um governo aberto, participativo e transparente com o qual procurará recuperar a confiança dos cidadãos nas instituições públicas. "Estou ciente da enorme responsabilidade que assumimos, não apenas para honrar o voto livre dos milhões de cidadãos, mas sobretudo para honrar sua confiança", afirmou.

Por isso, Claudia convidou os moradores da capital a se unirem à mudança que propõe, pois considera que ela não depende exclusivamente do governo. "Bogotá realmente mudará se cada um de nós decidir ser um cidadão melhor todos os dias. Cidadãos não nascem, são criados, feitos através da inteligência e da cultura cidadã que hoje retorna a Bogotá. Isso ocorre com educação pública gratuita e de qualidade." (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um protesto diferente da torcida do Independiente Medellin chamou a atenção na última rodada do campeonato colombiano. Durante o jogo desta segunda-feira (16) contra o Envigado uma torcida organizada lançou ao gramado seringas com sangue falso para 'infectar' os atletas.

A equipe estava a seis rodadas sem vencer na competição, o que motivou o protesto inusitado da torcida: "Seringas com sangue da torcida para se infectarem e darem a vida. Esse foi nosso protesto pacífico para levar a mensagem aos jogadores. Deem a vida! Não descansamos por vocês, morram por nós", diz a publicação.

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A pressão parece ter surtido efeito. O Independiente voltou a vencer após seis rodadas. O jogo terminou com placar de 4x1. Com a vitória a equipe soma 13 pontos e ocupa agora a 14° colocação.

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Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, convocou o Conselho de Segurança Nacional de seu país em reação a "atos de agressividade" por parte da Colômbia ao longo da fronteira entre as nações.

A decisão foi tomada enquanto as tensões entre os dois países sul-americanos voltam a crescer. "Como dirigente do Estado e governo, eu tomei a decisão de convocar o Conselho de Segurança Nacional, o qual tomará decisões em relação às ameaças de guerra do governo colombiano contra a Venezuela", disse Maduro em um encontro com membros do conselho.

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Vale destacar que militares venezuelanos se preparam para realizar exercícios ao longo da fronteira com a Colômbia. Os exercícios estão programados para ser iniciados nesta terça-feira (10) e deverão ser finalizados no dia 28 deste mês. Todos os sistemas de armas deverão ser submetidos a testes durante as atividades militares neste período.

Maduro afirmou que a mobilização militar foi decidida após o Comando das Forças Armadas do país ter analisado a situação na fronteira com a Colômbia. De acordo com o presidente, a Venezuela vem sendo alvo de agressões colombianas.

FARC e tensões

As relações entre os países estão em crise desde a última eleição presidencial venezuelana, ocorrida no início deste ano. Muitos países, incluindo a Colômbia e o Brasil, não reconheceram o resultado do pleito.

Além disso, recentemente, parte dos membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) anunciou a retomada da luta armada contra Bogotá. Segundo o governo colombiano, a Venezuela estaria apoiando as FARC.

Da Sputnik Brasil

Em sua conta no Twitter, o presidente equatoriano Lenin Moreno anunciou, neste fim de semana, que propôs aos líderes de Colômbia, Iván Duque, e Peru, Martín Vizcarra, uma candidatura conjunta entre os países para a Copa do Mundo de 2030.

A proposta equatoriana rivalizaria com a indicação da Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, que conta com o apoio da Conmebol, e há alguns meses já vem apresentando medidas concretas para viabilizar sua candidatura ao Mundial daquele ano.

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O mandatário equatoriano, que se encontrou com Duke e Vizcarra na última sexta-feira na cidade colombiana de Letícia para discutir maneiras de aumentar a proteção à floresta amazônica, entretanto, não mencionou como sua iniciativa foi recebida por seus colegas sul-americanos.

Em uma declaração publicada separadamente, o governo de Moreno ofereceu, sem dar mais detalhes, "Todo o apoio à Federação Equatoriana de Futebol e a seu presidente Francisco Egas para alcançar este objetivo!".

Enquanto isso, o jornal equatoriano El Comercio publicou, neste domingo, que a possível sede conjunta da América do Sul tem boas possibilidades, em parte, porque, de acordo com a Fifa, para a 24.ª edição da Copa do Mundo, em 2030, "a Confederação da América do Norte, América Central e Caribe de Futebol (Concacaf) não pode se candidatar, pois já vai sediar a Copa do Mundo de 2026 na América do Norte" - Estados Unidos, México e Canadá realizarão o evento.

A candidatura oficial de Argentina, Paraguai e Uruguai foi lançada em junho, no Chile. Anteriormente, os países já haviam definido as cidades-sede para abrigar a competição e criaram um comitê executivo responsável pelo torneio, no caso de a campanha tornar-se bem-sucedida.

Espanha e Portugal também já informaram que têm estudado a possibilidade de apresentar uma candidatura conjunta para sediar a Copa do Mundo de 2030, ocasião em que o torneio entre seleções completará um século de sua primeira edição, realizada no Uruguai.

Os vencedores desta luta para sediar a Copa do Mundo de 2030 serão anunciados durante o Congresso da Fifa no Catar, pouco antes do Mundial de 2022.

Após três meses sem jogar, Neymar voltou a atuar pela seleção brasileira e participou dos dois gols no empate por 2 a 2 no amistoso com a Colômbia, na noite desta sexta-feira. O atacante cobrou escanteio para Casemiro abrir o placar e depois aproveitou cruzamento de Daniel Alves para marcar o segundo. Do lado colombiano, Muriel fez os dois gols no Hard Rock Stadium, em Miami, nos Estados Unidos.

Neymar agora tem 61 gols marcados pela seleção brasileira e está a cinco de igualar Zico, terceiro maior artilheiro do time verde e amarelo. Pelé é o artilheiro máximo, com 95 bolas na rede, e Ronaldo está em segundo, com 67.

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No amistoso desta sexta-feira, o camisa 10 ainda sofreu um pênalti não marcado pelo árbitro americano Ismail Elfath. Aos 28 minutos do segundo tempo, ele foi empurrado por Sánchez dentro da área, mas o juiz marcou tiro de meta. O jogo não teve o auxílio do VAR (árbitro de vídeo, na sigla em inglês).

O amistoso contra a Colômbia foi a primeira partida do Brasil depois do título da Copa América conquistado em julho. Neymar não participou da competição por causa da lesão no tornozelo direito sofrida contra o Catar, no dia 5 de junho. Desde então, o atacante se recuperou, mas não atuou pelo Paris Saint-Germain, da França. Ele queria se transferir para o Barcelona, da Espanha, mas os clubes não chegaram a um acordo.

Após voltar a jogar pela seleção brasileira, fica a expectativa de Neymar ser utilizado pelo técnico Thomas Tuchel no PSG. Ele ainda não foi relacionado para alguma partida neste início de temporada europeia e chegou a ser xingado pela torcida do clube francês.

Bancado por Tite mesmo com os três meses sem atuar, Neymar cobrou escanteio pela direita na medida para Casemiro abrir o placar aos 19 minutos do primeiro tempo. A festa brasileira durou pouco. Muriel empatou aos 25, em cobrança de pênalti, e fez o da virada aos 34. Em ambos, o lateral-esquerdo Alex Sandro contribuiu: primeiro cometeu o pênalti e depois chegou atrasado no lance.

Para o segundo tempo, as duas seleções voltaram sem mudanças. O Brasil pressionou nos primeiros minutos e alcançou o empate aos 13 minutos, quando Coutinho enfiou linda bola para Daniel Alves, que cruzou e viu Neymar completar para o fundo da rede.

A seleção brasileira manteve o ímpeto ofensivo e continuava sem mudanças, enquanto a Colômbia passou a fazer substituições. A primeira mexida verde e amarela só foi acontecer aos 34, com a estreia de Bruno Henrique na vaga de Coutinho.

Das seis mudanças permitidas, Tite realizou apenas três, enquanto a Colômbia utilizou todas. A entrada e saída dos jogadores travou a partida nos minutos finais, e o amistoso terminou mesmo empatado nos Estados Unidos.

Na próxima terça-feira, em Los Angeles, em seu segundo amistoso depois da conquista da Copa América, a seleção brasileira vai enfrentar o Peru, a partir de meia-noite da madrugada de terça para quarta (no horário de Brasília).

FICHA TÉCNICA

BRASIL 2 x 2 COLÔMBIA

BRASIL - Ederson; Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro, Arthur e Philippe Coutinho (Bruno Henrique); Richarlison (David Neres), Neymar e Firmino (Paquetá). Técnico: Tite.

COLÔMBIA - Ospina; Medina (Orejuela), Mina, Sánchez e Tesillo; Barrios, Uribe (Lerma) e Cuadrado (Moreno); Roger Martínez (Luis Díaz), Muriel (Berrío) e Zapata (Borré). Técnico: Carlos Queiroz.

GOLS - Casemiro, aos 19, e Muriel, aos 25 minutos do primeiro tempo; Muriel, aos 34, e Neymar, aos 13 do segundo tempo.

ÁRBITRO - Ismail Elfath (EUA).

CARTÃO AMARELO - Casemiro.

PÚBLICO E RENDA - Não disponíveis.

LOCAL - Hard Rock Stadium, em Miami (EUA).

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