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A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, ministros de seu gabinete e executivos dos serviços públicos terão um corte de 20% nos seus salários nos próximos seis meses, em razão do impacto da pandemia de coronavírus. O dinheiro será doado para ações de combate ao surto da Covid-19 no país.

O governo previu que o desemprego aumentaria em razão da desaceleração global e doméstica. "É aqui que podemos agir e é por isso que estamos fazendo isso", afirmou Ardern em entrevista coletiva, anunciando a decisão. "Reconhecemos que os trabalhadores neozelandeses que dependem de salários sofreram cortes salariais e perderam seus empregos como resultado da pandemia global."

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A premiê disse que, embora essa ação por si só não melhore o caixa do governo, a medida tem o objetivo de dar exemplo de austeridade em um momento difícil. "É a decisão correta. É o reconhecimento de que cada pessoa tem a sua responsabilidade na luta comum contra a Covid-19", afirmou.

No cargo, Ardern recebe cerca de 39,2 mil dólares neozelandeses (R$ 123,6 mil) por mês. Já os ministros têm como remuneração o valor mínimo de 20,8 mil dólares neozelandeses (R$ 65,6 mil). A premiê indicou que a doação total do primeiro escalão do governo, que a imprensa estima alcançar 1,6 milhão de dólares neozelandeses (R$ 5 milhões), é mais um de muitos esforços já feitos no país para combater a propagação do coronavírus.

Entre as medidas já aprovadas pelo governo da Nova Zelândia está um subsídio de 9 bilhões de dólares neozelandeses (R$ 28,3 bilhões) para 1,5 milhão de trabalhadores.

Em discurso para empresários da Nova Zelândia, no início do dia, o ministro das Finanças, Grant Robertson, disse que, se o governo decidisse reduzir as restrições que vigoram hoje no país, a ênfase seria liberar apenas atividades econômicas seguras.

Robertson também afirmou que o orçamento anual, a ser anunciado em 14 de maio, se concentrará na recuperação econômica do país. "Isso incluirá financiamento das atividades necessárias para manter nosso país funcionando. Mas dedicaremos grande parte de nossos recursos para iniciar essa recuperação", disse Robertson.

A Nova Zelândia registrou ontem 20 novos casos de Covid-19, elevando o número total de notificações para 1.386. O país de 4,8 milhões de habitantes registrou apenas 9 mortes até agora. Escritórios, escolas e serviços não essenciais do país foram fechados nas últimas três semanas e a atividade econômica está paralisada - a Nova Zelândia tem um dos mais rígidos bloqueios do mundo. Espera-se que o governo decida na próxima semana se estenderá a atual paralisação.

Outros governantes também decidiram doar parte de seus salários nos últimos meses para a luta contra a Covid-19. O governo de Cingapura, por exemplo, doou um mês do salário do primeiro-ministro e sua equipe em fevereiro, enquanto o primeiro-ministro tailandês, Prayut Chan-ocha, anunciou em março a doação de um salário mensal, cerca de US$ 3,8 mil (R$ 19,9 mil). (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apresentou nesta terça-feira, 7, uma portaria com a redução de despesas da Casa em R$ 150 milhões. O objetivo, segundo ele, é destinar esse dinheiro ao combate à covid-19. O documento ainda não foi publicado. O texto determina o corte de R$ 43 milhões em despesa pessoal, de R$ 49 milhões em investimentos e de R$ 58 milhões em custeio operacional. A portaria foi encaminhada ao diretor-geral da Casa, Sérgio Sampaio.

O documento determina a redução dos gastos com viagens nacionais e internacionais de parlamentares, servidores e colaboradores eventuais, com horas extras e adicionais noturnos. Determina também o corte de obras não tenham sido iniciadas e a contratação de novos serviços que não sejam essenciais. A portaria barra a aquisição de equipamentos e mobiliários que não sejam essenciais e suspende eventos não relacionados à atividade do processo legislativo.

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"Em razão da decretação do estado de calamidade pública, fruto da pandemia causada pela emergência de saúde pública de importância internacional relacionada ao coronavírus, e consequente efeito drástico na economia dos países, em especial na arrecadação tributária, faz-se necessário reduzir as despesas da Câmara para que os recursos públicos possam ser redirecionados para o combate à doença e seus efeitos", relata Maia no documento apresentado nesta terça-feira.

O corte de 50% no repasse de verbas para o Sistema S levará a um fechamento de 265 unidades do Sesc e Senac pelo País, além de mais de 10 mil demissões, informou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em nota.

Um plano emergencial divulgado pelo governo federal para combate à pandemia de coronavírus determinou a redução à metade da arrecadação compulsória do Sistema S, por um período de três meses, com economia equivalente a R$ 1 bilhão. Segundo a CNC, o corte resultaria em 144 unidades do Sesc fechadas e 6.670 colaboradores demitidos, enquanto o Senac teria 121 unidades fechadas e 3.540 colaboradores dispensados.

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De acordo com a CNC, apenas no Sesc e Senac, a redução estimada é de mais de 36 milhões de atendimentos, o que afetaria municípios que necessitam da infraestrutura dessas instituições para atendimento básico à população.

"Mais de 90% das unidades que poderão ser fechadas estão presentes em regiões que, muitas vezes, carecem da presença do governo e, principalmente nestas localidades, os serviços que o Sistema Comércio oferece chega aos mais pobres, a parcela que sofrerá o maior impacto com fechamento", afirmou José Roberto Tadros, presidente da CNC, em nota oficial.

A CNC sugeriu ao presidente da República, Jair Bolsonaro, que o corte previsto nas contribuições para o Sistema S seja substituído pela prestação de serviços emergenciais dessas entidades à sociedade.

Entre as sugestões estão a aquisição de respiradores, disponibilização de instalações para vacinação e coleta de sangue, coleta e distribuição de alimentos para instituições sociais, identificação do número de infectados via aquisição e distribuição de materiais necessários à prevenção e ao combate à pandemia.

O plano de ações, enviado ao presidente na semana passada, inclui sugestões de conscientização, combate ao vírus e prestação de serviços à sociedade pelos próximos três meses. A entidade argumenta que a capilaridade das duas instituições seria utilizada para reduzir os impactos da epidemia, especialmente em municípios carentes de estrutura para o enfrentamento do problema.

A proposta da CNC também foi encaminhada ao ministro da Economia, Paulo Guedes, ao ministro da Saúde, Luiz Mandetta, ao presidente do Senado Federal, David Alcolumbre, e ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

A IMC, dona das redes KFC, Pizza Hut, Viena e Frango Assado no Brasil, demitiu 30% de seus empregados nos últimos dias como forma de reduzir custos e preservar caixa. Para aqueles que não foram dispensados, a companhia afirmou que alguns terão férias antecipadas e outros terão os contratos suspensos.

Nas últimas semanas, as empresas de capital aberto no Brasil estão enviando comunicados ao mercado sobre os efeitos da pandemia do coronavírus em seus negócios e quais medidas que estão sendo adotadas. A IMC é a primeira, até aqui, a anunciar demissões em decorrência da crise.

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"Dentro do pacote de demissão, mantivemos planos de saúde por pelo menos três meses e estamos comprometidos em priorizar a recontratação de funcionários demitidos, assim que a situação estiver mais normalizada", de acordo com o documento. Apesar de reduzir drasticamente sua folha de pagamento, a IMC disse que estuda ações para a ajudar a comunidade, com a doação de alimentos de sua rede e ainda de sua cozinha central.

Outras medidas

A empresa disse ainda que está negociando os contratos de alugueis de todas as suas lojas, reduzindo as horas de funcionamento das lojas que ainda estão abertas e acelerando o fechamento de lojas: da bandeira Viena , 15 foram fechadas até aqui. Outra medida tomada, segundo comunicado da empresa ao mercado, é a suspensão de investimentos que não estavam em estágio avançado de implementação.

Por conta dos efeitos do Covid-19, a IMC informou que postergará o guidance de abertura de lojas para 2020 para o período entre 2021 a 2026, o que inclui 15 novas lojas do Frango Assado, 200 Pizza Hut e 200 do KFC.

A 33ª Vara Cível da Capital determinou que a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) não pode suspender o fornecimento de água dos consumidores residenciais inadimplentes durante o período de emergência de saúde devido ao novo coronavírus. A decisão, em caráter liminar, foi assinada nesta quarta-feira (25) e atende pedido da Defensoria Pública do Estado em ação civil pública. A Defensoria Pública já havia conseguido, com a 3ª Vara Cível da Capital, uma liminar para que a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) não suspenda a energia elétrica dos inadimplentes. 

A liminar desta quarta-feira também determina o restabelecimento dos cortes já efetuados em virtude de não pagamento e a adoção de providências para fornecimento de água nas localidades ainda não atendidas, seja pelo sistema ordinário de provimento de água ou caminhões pipa. Caso a decisão não seja cumprida, será aplicada uma multa diária de R$ 10 mil por cada consumidor afetado, que será revertida ao Fundo Estadual do Consumidor.

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Na ação civil pública, a Defensoria Pública destacou que há bairros periféricos no Recife e Região Metropolitana que estão desabastecidos de água. Apontou também que a suspensão do abastecimento, como medida de coação de pagamento, configuraria afronta à dignidade da pessoa humana na situação excepcional atualmente vivenciada.

"A água é essencial para a concretização das medidas de higiene sobremaneira estimuladas, como a lavagem constante das mãos, para evitar a disseminação do vírus", diz o pedido, destacando a essencialidade do serviço no período.

A liminar foi assinada pela juíza Karina Aragão. "Diante de tal cenário, não é difícil perceber que o abastecimento de água – serviço já considerado essencial em época de normalidade – reveste-se do caráter de indispensabilidade, dada a sua fundamental importância para manutenção da higiene dos indivíduos e de sua permanência, em isolamento domiciliar. O fornecimento de água mostra-se, assim, essencial para a efetivação do princípio da dignidade da pessoa humana, da saúde e da vida dos cidadãos, aspectos especialmente afetados em razão da crise sanitária mundial", pontuou a magistrada.

A Prefeitura de Olinda remeteu à Câmara dos Vereadores, nesta segunda-feira (23), um Projeto de Lei que prevê a destinação de recursos para a aquisição de insumos e medicamentos voltados ao enfrentamento ao coronavírus. A medida determina o desconto de 10% nos salários do prefeito e vice-prefeito, além de todos os secretários, secretários-executivos e assessores especiais do município.

Ao todo, os salários somados dos parlamentares giram em torno de R$ 50 mil, mensais. A assessoria da Prefeitura de Olinda afirmou que, caso seja aprovado, o desconto permanecerá por tempo indeterminado. O projeto de lei trata também do deslocamento de fundos públicos para esta finalidade, reforçando as ações de combate à pandemia, já estabelecidas na cidade.

De acordo com o texto, a verba será gerida e direcionada para a ampliação do trabalho, iniciado desde o último mês de janeiro, pelas secretarias de Saúde e Desenvolvimento Social, Cidadania e Direitos Humanos de Olinda. Entre os objetivos está também a compra de materiais de primeira necessidade; equipamentos de proteção individual; contratação de reforço de pessoal, deslocamento de equipes e a preparação da infraestrutura necessária para o acolhimento de pacientes, reduzindo os impactos da população menos favorecida.

Segundo o prefeito Lupércio Nascimento, é indispensável o enquadramento de medidas urgentes no âmbito municipal, diante do agravamento da emergência de saúde pública. “Temos concentrado todos os esforços para assegurar a saúde e qualidade de vida da nossa população. Além de todo o trabalho preventivo, é importante o engajamento de cada cidadão, no que diz respeito à higiene, a permanência dentro de casa e o cuidado com os idosos”, destacou.

Corte de Gastos

O município também publicou, nesta data, o Decreto 033/2020, que estabelece, entre outras ações para o enfrentamento ao Covid-19, o corte de 50% nos gastos de cada Secretaria Municipal nas despesas com locação de veículos e com combustíveis, pelo prazo de 90 (noventa) dias, com exceção dos órgãos prioritários. Conforme a resolução, todo o recurso decorrente desta economia será aplicada nas ações de combate à pandemia na cidade. O contingenciamento poderá chegar até 100% para os casos das secretarias que não mantiverem atendimento presencial.

Política de Enfrentamento

A Prefeitura estabeleceu ainda o “Comitê Olinda em Ação” para enfrentamento ao coronavírus, atuando em conjunto com o Governo do Estado. Entre as ações na cidade está a contratação de mais profissionais da área de saúde, como enfermeiros e médicos; a restrição de eventos públicos e privados de qualquer natureza; a suspensão do comércio, serviços e obras; o funcionamento dos órgãos apenas considerados essenciais; a higienização dos ônibus e terminais do transporte público; a panfletagem e fixação de cartazes; a veiculação de carros de som, peças publicitárias para conscientização; além do uso dos canais da internet para orientação da população.

*Com informações da assessoria de imprensa

Os gigantes da tecnologia, incluindo o Google, são livres para censurar o conteúdo como desejarem, segundo decisão anunciada na quarta-feira (26) por um tribunal dos Estados Unidos em um caso histórico de liberdade de expressão relacionado a plataformas privadas da Internet.

A decisão do Tribunal de Apelações do Nono Circuito de São Francisco (Oeste) rejeitou as alegações conservadoras de um meio de comunicação de que o YouTube violou a Primeira Emenda censurando seu conteúdo.

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A Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos proíbe o governo, mas não as partes privadas, de censurar a liberdade de expressão.

Apesar de seus dois bilhões de usuários mensais, o YouTube, de propriedade do Google, "continua sendo um fórum privado, não um fórum público sujeito a escrutínio judicial sob a Primeira Emenda", afirmou o tribunal.

A mídia conservadora sem fins lucrativos PragerU argumentou que o Google limitou ilegalmente o acesso a seus vídeos que discutiam questões como "diferenças entre homens e mulheres", "problemas ambientais" e "outras questões discutidas nos campi das universidades".

De acordo com o processo da PragerU, o Google agiu "de maneira arbitrária ou caprichosa que fornece discrição irrestrita para discriminar um usuário com base em sua identidade".

Como exemplo, ele citou vídeos semelhantes de contas mais liberais, como BuzzFeed, TEDx Talks e Real Time with Bill Maher, que não haviam sido restringidos.

Admiradora da moda funk, uma idosa cheia de disposição aderiu ao corte 'blindado' e foi bastante elogiada nas redes sociais, após a repercussão de uma publicação do neto. Com o ‘cabelo ok’, a vovó de Campinas, Interior de São Paulo, se rendeu às tesouradas do barbeiro Ariel Franco e esbanjou estilo.

"Meus Deus, que lindo!", afirma impressionada enquanto o profissional dá uma última alinhada no corte e finaliza com laquê. Satisfeita com o resultado, prontamente ela pergunta, "quando vou vir aqui de novo? Amanhã tenho culto". O barbeiro responde, "a senhora vai querer vir direto". O penteado 'blindado' ganhou adeptos após uma série da Netflix e faz sucesso entre artistas e admiradores da cena funk.

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No Twitter, o neto Matheus Ferrer escreveu: "e minha vó que 'meteu' um blindado e ficou super feliz". Com a repercussão da ‘vovó do blindado’, internautas enalteceram sua atitude. “Mano do céu, que fofinha”, “claramente eu quando envelhecer”, “vovó no grau”, foram alguns dos comentários que exaltaram a idosa.

Confira

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Um homem morreu depois de ser atacado pelo galo que estava sendo levado para uma rinha. O caso aconteceu no sul da Índia. A imprensa local aponta que o animal estava com lâminas amarradas nas pernas e teria tentado escapar do "dono". Nessa tentativa, acabou cortando o homem que morreu logo em seguida.

Não se sabe exatamente qual região do corpo do homem que sofreu os cortes, mas uma fonte policial disse à CNN que o ferimento foi no pescoço. Desde a década de 60 que as rinhas de galo é proibida na Índia. Mesmo assim, algumas comunidades do interior do país adotam a prática - mesmo ela sendo ilegal. Além das brigas dos galos, há também a briga de passarinhos que são amarrados nas rinhas para celebrar a colheita em determinados locais do país.

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O governo Donald Trump cortou substancialmente sua contribuição para o orçamento coletivo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), revelaram funcionários americanos e da aliança atlântica. A medida ocorre em meio aos questionamentos sobre o comprometimento de Trump com a Otan, enquanto ele se prepara para participar da reunião em Londres que marcará o 70.° aniversário da organização.

Antes, os EUA contribuíam com 22% dos fundos da Otan para os gastos de manutenção das sedes da organização e investimentos em segurança.

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É uma medida amplamente simbólica, já que o orçamento direto da Otan é relativamente pequeno, cerca de US$ 2,5 bilhões, e é separado do orçamento de defesa que, segundo recomendação da organização, deveria ser de 2% do PIB de cada país-membro. Funcionários da defesa americana disseram à rede CNN que Trump reduzirá essa contribuição para 16%, aproximando-se da Alemanha, que é de 14,8%, apesar de a economia americana ser maior. Outros membros da Otan também devem reduzir suas contribuições, segundo funcionários americanos e da aliança atlântica.

Trump vem criticando os aliados da Otan, principalmente a Alemanha, por não cumprirem a meta de contribuir com 2% do PIB para os gastos de defesa. Somente 8 dos 29 países-membros contribuem com a porcentagem estipulada. Todos os integrantes haviam se comprometido a alcançar os 2% até 2024, mas agora alguns desistiram de fazer isso.

Países-membros elevaram consideravelmente seus gastos nos últimos anos e Trump disse que o crédito pelo aumento foi seu. Funcionários da Otan, entre eles o secretário-geral Jens Stoltenberg, também atribuíram a Trump o aumento dos gastos, com um extra de US$ 100 bilhões desde 2014, mas reconhecem que a tomada da Crimeia pela Rússia e outros fatores ajudaram a incentivar o aumento.

"Todos os aliados concordaram com uma nova fórmula de compartilhamento de custos. Sob essa nova fórmula, a divisão de gastos atribuída à maioria dos aliados europeus e ao Canadá aumentará, enquanto a dos EUA diminuirá. É uma grande demonstração de compromisso dos aliados com relação à aliança e seu orçamento", disse um funcionário da Otan à CNN.

O orçamento militar para 2019, de US$ 1,56 bilhão, é usado para financiar algumas operações e o centro de comando estratégico da Otan. Essa é uma fração dos gastos totais com defesa dos países-membros, que, segundo estimativas da Otan, totalizará US$ 1 trilhão este ano. Fonte: Associated Press.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após vencer um câncer de intestino há cerca de três anos, João Victor Ferreira de Sá Souza, de nove anos, decidiu deixar o cabelo crescer para doar aos pacientes que lutam contra a doença. Na última sexta-feira (22), ele participou de um evento em Goiânia, capital do Goiás, e realizou a doação.

"Eu deixei crescer para doar, porque eu já tive câncer. Eu resolvi doar porque eu já fiquei careca. E eu senti o que eles sentiram, e por isso eu quis fazer", contou o garoto ao G1.

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A mãe Josiane Ferreira de Sá Sousa revelou que ficou surpresa com a empatia do menino e explicou o momento que João Victor se sentiu confortável para doar as madeixas. "Ele falou assim: 'mãe, eu quero cortar no dia da festa da polícia no Araújo Jorge'", contou. O corte ocorreu em um evento que reforçava o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil (23), promovido pela da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no Hospital Araújo Jorge.

Orgulhosa, a mãe relembra que, após vencer a batalha de quatro anos contra a doença e o cabelo do filho voltar a crescer, pediu para que ele cortasse. Contudo, o menino já conservava a ideia de ajudar os pacientes. Desde então, a família pesquisou sobre o assunto até descobrir o comprimento necessário para confeccionar uma peruca. 

Josiane revelou que João "ficava medindo sempre", enquanto ela continha sua ansiedade. "Ele falava: 'vamos esperar mais um pouco, porque se não vai ficar pouco cabelo para a peruca'. Até que chegou o dia que ele resolver cortar", relatou.

Policiais que participam das manifestações que estão acontecendo na Bolívia cortaram de seus uniformes o símbolo do Whipala, reconhecido como um símbolo do Estado Plurinacional da Bolívia que, segundo afirmado pela deputada Taliria Petrone, “incorporou as diversas nações indígenas no seio da institucionalidade boliviana desde a instauração da atual constituinte”. 

A Whipala é apontada como um símbolo de identificação cultural dos povos da Bolívia, representando a unidade, a solidariedade e a harmonia entre as diferentes etnias da região. Taliria, por meio de sua conta do Instagram, diz que “não é à toa que ela (Whipala) passou a ser muito atacada pelos ‘setores golpistas’, pois vai contra todo o racismo, colonialismo e fundamentalismo cristão que norteia os golpistas bolivianos”.

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A situação política da Bolívia se complicou depois que Evo Morales foi reeleito para um mandato de 6 anos. Oposição e até a Organização dos Estados Americanos (OEA) apontaram falhas no processo eleitoral como "manipulação ao sistema de computação de voto e assinaturas falsificadas". 

Nesta última semana, Morales renunciou ao seu mandato após três semanas de protestos contra a sua reeleição e depois de perder o apoio das Forças Armadas. Atualmente existe um vácuo no país e ninguém sabe quem está comandando a Bolívia. Nesta segunda-feira (11), o agora ex-presidente boliviano aceitou a oferta de asilo oferecida pelo México.

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Durante a 12ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, o professor de biologia Arthur Costa defendeu que o cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) prejudica estudantes dos estados mais pobres do Brasil. O tema foi discutido em uma palestra chamada “O Enem como uma bola de ferro nos pés do Brasil pobre”, na qual o professor apresentou dados sobre a migração de estudantes entre estados de diferentes regiões, facilitada pela adesão ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu). 

Em entrevista ao LeiaJá, Arthur explicou que a discussão a respeito do tema começou através da percepção, por meio de dados de aprovação do curso onde trabalha e de declarações de estudantes, de uma mudança no fluxo de êxodo de estudantes entre estados para cursar graduação. Além disso, também era perceptível o aumento do número de relatos sobre vagas ociosas nas universidades públicas de Pernambuco. O professor contou que a chegada de estudantes de estados do Sul e Sudeste do Brasil nas universidades nordestinas se intensificou com a adesão ao Sisu.

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“Se historicamente nos últimos 20, 30 anos, estados nordestinos como Pernambuco, Ceará e Bahia exportavam estudantes, por que agora nós estamos importando?”, questionou o professor, que também expôs um outro movimento de estudantes, entre estados da mesma região, como reação ao aumento do número de estudantes de outros locais que não conseguem ser aprovados na região onde vivem devido à ocupação de vagas por alunos de longe. “Sempre aprovamos muitos alunos em universidades locais e regionais, mas ao longo do ano a aprovação cresceu, mas com cada vez menos estudantes na universidade federal de pernambuco. Há mais de cinco anos que, todo ano, a gente coloca alguém de medicina na Universidade Federal do Acre. Poderia ser algo pra gente comemorar, mas não, estamos predando a vaga de uma instituição”, afirmou Arthur, explicando um movimento que ele chamou de “dança das cadeiras” de estudantes.  

O movimento de alunos recifenses indo para universidades do interior e "tomando" as vagas de quem vive na região também foi apontado pelo professor como frequente e negativo. “Como é que a Universidade do Vale do São Francisco vai servir às pessoas que vivem no Vale do São Francisco? Ela vai servir a Recife? Está errado! Por mais que essa vaga possa servir a um filho meu, não é legal”, disse o professor. 

Arthur explica que há coisas positivas na mobilidade de estudantes, como o amadurecimento do aluno que se muda e o intercâmbio cultural, mas que essa movimentação em massa de estudantes traz consigo um problema: a ociosidade de vagas deixadas por estudantes que desistem de seus cursos. Esse fenômeno, segundo o professor, começou a ser percebido através do relato de ex-alunos da instituição onde trabalha. “Eles dizem ‘na minha sala tem oito cadeiras vazias’, é o paulista que se matricula e não vem, ou desiste porque não aguenta o tranco de ser muito jovem e estar longe da família. Eles dizem que tem oito, dez, quinze cadeiras vagas em medicina, isso nunca aconteceu”, afirmou ele. 

Há também, segundo Arthur, uma movimentação de estudantes entre cursos, com a intenção de acalmar a família que cobra uma aprovação.”Há o cara de medicina que não passa, mas pelo Sisu ocupa uma vaga de direito para dar uma justificativa em casa, esse é um dos motivos de ter muito remanejamento no curso”, disse o professor.

Adesão integral ao Sisu e ociosidade de vagas

Perguntado sobre os motivos dessa facilidade que os estudantes de estados mais ricos têm para ocupar vagas em universidades de regiões pobres do país, Arthur explicou que o cronograma do Enem, juntamente com a adesão de universidades do Norte e Nordeste ao Sisu como única forma de ingresso, dá mais tempo de estudo a alunos do Sul e Sudeste que ainda têm muitas universidades estaduais com outros vestibulares. 

“O estudante daqui só estuda até novembro pois o único caminho é o Enem, e só descobre que reprovou em fevereiro, tem 9 meses de estudo para tentar de novo. Os alunos do sul e sudeste têm vestibulares até janeiro, estudam 11 meses e meio, às vezes até os 12 meses do ano e levam vantagem por isso, a dinâmica de calendário favorece esses caras”, afirmou o professor. 

Quando esses alunos desistem de suas vagas, elas ficam ociosas e geram custos em vão para a universidade e o poder público, “a universidade gasta dinheiro e a cadeira está lá vazia”, nas palavras do professor. Além da distância da família e imaturidade, Arthur cita a falta de políticas de assistência e permanência estudantil como a principal razão para a desistência de vagas até em cursos muito concorridos, dentro da lógica do Sisu. 

“O governo diz ‘vem, a vaga é tua’ mas para permanecer aqui você tem que se virar. O Enem é uma ótima porta para entrar na universidade, mas não para ficar pois não existe uma política para que o aluno permaneça”, afirmou o professor Arthur. Para ajudar a solucionar o problema, ele cita primeiro, como medida emergencial, o exemplo de algumas universidades que, apesar de terem entrado no Sisu integralmente, reservam vagas para estudantes que cursaram o Ensino Médio em escolas da região onde está a instituição, seja a rede pública ou privada. 

“Uma coisa muito boa que Caruaru, Mossoró e algumas outras universidades fizeram foi criar uma cláusula de barreira, uma cota regionalizada, dando 5, 10, até 15% para alunos da região. Esse é o ponto inicial, Depois disso, a discussão é muito mais ampla”, afirmou Arthur, que defende a adoção de medidas de apoio aos estudantes como estratégia de longo prazo para reduzir o número de vagas ociosas.

“Criar uma casa do estudante digna, um restaurante universitário digno, um núcleo de apoio psicológico e psiquiátrico” através das verbas universitárias e do aproveitamento não somente da estrutura física mas também do capital humano das universidades, através dos seus departamentos, é o caminho defendido pelo professor. “A universidade forma pessoas e tem pessoas formadas lá dentro, ela tem assistente social, tem fisioterapeuta, médico, dentista, psicólogo, advogado, historiador, existe uma série de departamentos que podem gerar uma assistência para esse estudante”, explicou ele.

“Eu sou professor de biologia e me debruço sobre esses dados, o que o departamento de estatística da universidade fornece sobre isso? Aparentemente nada. O departamento de estatística deveria tratar esses dados, é um prato cheio para fazer uma tese de mestrado, uma dissertação de doutorado, um TCC de graduação, mas a universidade faz de conta que isso não existe. A universidade é muito grande, pode ser muito maior e precisa entender-se, ver-se dessa maneira. A universidade é incrível!”, afirmou Arthur. 

O professor explica que a necessidade de implementar essas medidas parte do custo envolvido para estudantes que vivem longe de casa e suas famílias, que passam a ter que se sustentar em duas localidades. “Se a família tiver dinheiro para bancar o estudante e botar ele para morar na Avenida Boa Viagem, tudo bem. Mas muitos não têm condições, precisam de uma casa do estudante para morar e não tem uma que comporte todos que precisam. Tem ex-aluno meu que só conseguiu arrumar um lugar para morar em Abreu e Lima, uma criatura que faz medicina e só conseguiu viver longe porque a grana não dava”, contou o professor.  

Recursos para estrutura e serviços

No que diz respeito ao financiamento de políticas públicas e ajustes estruturais que proporcionem as medidas de assistência de que os alunos necessitam, Arthur explica que não é possível fazer educação e produzir conhecimento sem financiamento, seja ele público ou privado. Questionado sobre as possíveis consequências da política de encolhimento orçamentário das universidades públicas promovidas pelo Ministério da Educação, Arthur afirma que é necessário haver uma alternativa para manter e ampliar os serviços educacionais se as verbas para a educação forem cortadas. 

“Pode ser uma política de governo diminuir o dinheiro da universidade, o que eu discordo é dizer que vai cortar e não dar nenhum outro plano de financiamento. Pode ser a ideia do governo privatizar, ele tem que ser claro. Se vai contingenciar, seria obrigação criar uma alternativa, porque simplesmente que acabou é sucatear. O sucateamento da educação nunca levou canto nenhum a nada, eles [governantes] não fazem isso na casa deles”, disse o professor. 

Apesar do cenário pessimista e das políticas de gestão de verbas, cortes e contingenciamento pelo qual as universidades vêm passando, o professor Arthur permanece acreditando na força das universidades para vencer os problemas. “Aparentemente há uma tentativa de encolher a universidade, mas ela é muito maior do que pessoas, maior que ministros, governos. A universidade é grande do ponto de vista temporal, um dos maiores patrimônios da nossa sociedade, ela vai conseguir resistir, superar e passar por isso”, disse ele. 

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O Estádio de São Januário teve a energia cortada nesta terça-feira por causa da falta de pagamento da conta do mês de julho. No mesmo dia, o Vasco acertou a pendência, e a luz foi religada à tarde. De acordo com a assessoria do clube, a energia foi interrompida por poucas horas.

A Light, concessionária de energia, confirmou que interrompeu o fornecimento de energia do estádio na manhã desta terça-feira. A empresa ainda falou que "cumpriu todos os procedimentos regulatórios que antecedem a suspensão do fornecimento, incluindo a emissão ao cliente da notificação de suspensão de energia, em 15 de agosto, recebida pelo mesmo no dia seguinte".

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Enquanto o estádio estava sem energia, os funcionários trabalharam com o auxílio de um gerador. O corte não afetou a rotina dos jogadores, que treinaram no CT do Almirante, em preparação para o confronto com o Bahia, no sábado, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. O palco do jogo será justamente São Januário.

Antes do treino, o zagueiro Ricardo concedeu entrevista coletiva e projetou o duelo com o Bahia. "O time deles tem um contra-ataque muito rápido, o Gilberto está em fase excelente. Tenho certeza de que o (técnico Vanderlei) Luxemburgo vai nos passar os atalhos. Espero que a torcida volte a nos apoiar. A torcida dá aquele algo mais. Mesmo quando pega no pé, nos deixa mais ligados. Em São Januário, quem treme é o adversário", afirmou o defensor.

Apesar disso, ele admitiu preocupação com o contra-ataque do rival. "A equipe deles tem um contra-ataque muito rápido, mas tenho certeza que o Luxemburgo vai nos mostrar como podemos neutralizar e conseguirmos ganhar o jogo. Temos que fazer valer o fator casa", ponderou Ricardo.

O jogo entre Vasco e Bahia será realizado no sábado, às 11h, em São Januário, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. No último domingo, a equipe carioca perdeu por 1 a 0 para o Cruzeiro, no Mineirão, e caiu para o 15º lugar da tabela, apenas duas posições acima da zona de rebaixamento.

Não vai ter expediente no Exército na segunda-feira, 2. A medida foi adotada pelo comandante da Força, general Edson Pujol, como forma de economizar os gastos discricionários da instituição. O comando do Exército prevê economizar cerca de R$ 2 milhões por dia em cada uma das cinco segundas-feiras do mês de setembro, período em que a medida foi adotada.

O Exército teve 28% de seus gastos discricionários contingenciados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. A medida preventiva foi tomada em razão da estimativa de rombo de R$ 139 bilhões nas contas do governo deste ano. O Estado confirmou a decisão de Pujol, anunciada ao Alto-Comando do Exército por meio de um e-mail revelado pelo jornal Folha de S. Paulo, com três generais, dois dos quais comandantes de tropas.

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O corte de gastos deve afetar até mesmo as cinco brigadas classificadas como forças de emprego estratégico: a Brigada de Infantaria Paraquedista (com sede no Rio e subordinada ao Comando Militar do Leste), a 12.ª Brigada de Infantaria Aeromóvel (com sede em Caçapava, no interior paulista, e subordinada ao Comando Militar do Sudeste), a 23.ª Brigada de Infantaria de Selva (com sede em Marabá, no Pará, e parte do Comando Militar do Norte), a 5.ª Brigada de Cavalaria Blindada (Ponta Grossa, Paraná, no Comando Militar do Sul) e a 4.ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (em Dourados, em Mato Grosso do Sul), subordinada ao Comando Militar do Oeste.

O contingenciamento deve afetar os pagamentos de contratos de serviços como limpeza e recolhimento de lixo que vencem em outubro e também a quitação de contas de água, luz e telefone das organizações militares. Um general explicou que o Exército está presente em todo o território e, por isso, tem capilaridade, não funcionando por meio de bases. Isso faz com que seja mais difícil para diretoria de gestão realizar seu trabalho.

A economia estimada de R$ 10 milhões em setembro não deve cobrir a necessidade de contingenciamento do Exército até o fim do ano, caso novas verbas não sejam liberadas em setembro pelo Ministério da Economia. Devem ser ainda afetados o trabalho de segurança na faixa de fronteira do País e os pelotões que lá trabalham, inclusive na região amazônica.

Mas um general disse que o Exército vai "priorizar algumas coisas". Assim, devem ser atingidos pelo contingenciamento - ainda que de forma menor - setores como o Comando de Aviação Militar - que completou cem anos no sábado. Com sede em Taubaté, em São Paulo, o comando enviou na semana passada duas aeronaves a Porto Velho (RO) para ajudar no combate aos incêndios na Amazônia - um Jaguar e um Puma.

Um general afirmou que os cortes podem afetar horas de voo, que é algo caro. A Brigada Aeromóvel, por exemplo, desloca-se em helicópteros. O mesmo pode acontecer com a Brigada Paraquedista. O treinamento e a capacitação dos pilotos e a manutenção das aeronaves, no entanto, serão preservados, pois não podem parar.

Preservados

De acordo com os generais consultados pelo Estado, devem ser poupados do corte de um dia de expediente nas casernas os hospitais do Exército e suas escolas, como a Academia Militar das Agulhas Negras , a Escola de Comando e Estado-Maior (Eceme) e outros centros essenciais para o funcionamento do Comando do Exército. Todos os generais afirmaram que não haverá - como muitas vezes é dito - cortes na alimentação da tropa. Segundo um general, esse é um gasto obrigatório que já foi feito e a comida está estocada.

Os generais lembraram ainda que a situação do Exército não é única. Os cortes também afetam as outras Forças. A Marinha, por exemplo, teve 100% do projeto de novas corvetas paralisado. No Ministério da Defesa, o congelamento da verba discricionária chegou a 44%. Os generais dizem ter consciência de que a situação fiscal do País não é boa e não há mágica a fazer.

Caso não receba as verbas contingenciadas, o Comando do Exército estuda prorrogar o fim do expediente às segundas-feiras até o fim do ano, o que poderia gerar uma economia de cerca de R$ 52 milhões. A mudança deve afetar, de acordo com os generais, a rotina apenas da tropa que está aquartelada. Isso significa que as tropas que estão envolvidas em operações, como os 500 homens de diversas unidades que o Comando Militar do Sul (CMS) enviou para a Operação Acolhida, em Roraima, não sofrerão com o corte de verbas.

Na avaliação dos generais, não havia alternativa para o Comando Exército poder chegar até o fim do ano com dinheiro em caixa. O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, no entanto, já expôs ao colega da Economia a necessidade de descontingenciamento de verbas, assim como outros ministros, como os titulares da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com parte de seus recursos contingenciada, o Exército poderá ser obrigado a dispensar pelo menos 25 mil dos 80 mil recrutas no início de outubro, antecipando a primeira baixa, que estava prevista para dezembro. Caso não haja descongelamento de verbas, a Força também prevê reduzir operações militares e cortar expediente dos que ficarem.

A dispensa dos soldados, prevista em todo o País, tem como consequência direta o agravamento do quadro de desemprego. A situação é mais grave em cidades do interior em que jovens dependem do trabalho nos quartéis.

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A situação foi discutida na semana passada pelo Alto-Comando do Exército em Brasília, com a presença de 16 generais. O presidente Jair Bolsonaro tem sido informado das dificuldades.

Ontem, ao embarcar para Resende (RJ), onde participa hoje de cerimônia de entrega de espadins aos cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), o presidente citou a situação dos militares. "Nós estamos aqui tentando sobreviver ao corrente ano. Não tem dinheiro. Eu já sabia disso e fui fazendo milagre, conversando com a equipe econômica com o que podemos fazer para sobreviver. O Exército vai entrar em meio expediente, não tem comida para dar ao recruta, que é filho de pobre", disse.

Bolsonaro acrescentou que "a situação em que nos encontramos é grave, não há maldade da minha parte, não tem dinheiro, só isso, mais nada". Na visita do presidente à escola onde estudou, os generais, mais uma vez, pretendem tratar do tema com o chefe do Executivo.

A situação no Exército foi agravada com o contingenciamento, no primeiro semestre, de R$ 180 milhões que seriam destinados a despesas. Segundo os militares, a redução contínua no orçamento da Força - neste ano é de R$ 620 milhões, mesmo valor de 2009 -, futuramente pode comprometer até mesmo gastos do dia a dia, como contas de luz, gás, telefone, combustível e até munição.

Anteontem, em seu discurso na transmissão do cargo de secretário de Economia e Finanças do Exército, o general Marcos Antônio Amaro advertiu que "os insuficientes recursos no orçamento para aquisição e manutenção dos meios e para desenvolvimento das atividades da Força vêm reduzindo a sua operacionalidade a patamares inadequados às suas missões constitucionais e subsidiárias". Amaro assumiu o Comando Militar do Sudeste, em São Paulo, no lugar do general Luis Eduardo Ramos, que foi alçado a ministro da Secretaria de Governo de Bolsonaro.

Alternativas

 

Embora a redução do expediente seja uma das alternativas discutidas para conter gastos, a medida é considerada pouco efetiva. Isso porque a economia de um dia parado - R$ 2 milhões - é pequena diante do montante que a Força precisa para pagar suas contas. O Exército tem 653 unidades militares e, mesmo que a maior parte delas suspenda as atividades, não é possível se deixar de operar os batalhões de fronteira, as escolas e os hospitais.

A dispensa de recrutas é tratada como mais eficaz. Além da baixa em outubro, o Exército também discute antecipar as baixas previstas apenas para janeiro e março de 2020.

Outra consequência da falta de recursos é que o Exército não deve conseguir atender a pedidos para emprego da tropa em situações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), como as recentes operações no Rio, durante a Olimpíada de 2016. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Jorge Kajuru (Patriota-GO) tornou a criticar nesta terça-feira (13), em Plenário, o contingenciamento e o corte de recursos das áreas de educação e pesquisa, anunciado pelo governo federal.

Para o parlamentar, é contraditório o país promover o maior evento científico da América Latina — a 71ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, que aconteceu em julho no Mato Grosso — ao mesmo tempo em que universidades interrompem pesquisas por falta de orçamento.

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“O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Ildeu Moreira, conseguiu ser cristalino, cáustico e até jocoso, ao mesmo tempo, ao dizer que nós estávamos rodando com um pneu furado e agora eles tiraram a roda”, criticou.

*Da Agência Senado

 

O Ministério Público Federal (MPF) da Bahia determinou ontem que escolas públicas militarizadas não mais interfiram em corte de cabelo, cor de unhas e maquiagem de estudantes ou os impeçam de namorar e se manifestar politicamente. O modelo tem crescido e faz com que uma escola municipal ou estadual passe a ter administração compartilhada entre a secretaria da Educação local e a Polícia Militar. A ideia é semelhante ao que o governo Jair Bolsonaro anunciou este mês como prioridade para o Ministério da Educação (MEC).

Para o MPF, elas têm visão "autoritária" e restringem a liberdade de expressão. Segundo o MEC, há 203 escolas chamadas pelo governo federal de cívico-militares no Brasil, em 23 Estados e no Distrito Federal, com 192 mil alunos.

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O MEC pretende investir R$ 40 milhões para implementar 108 dessas escolas até 2023, com 100 mil alunos, segundo foi anunciado este mês. Como mais uma forma de estímulo, nesta semana o presidente Bolsonaro assinou decreto que permite que policiais militares trabalhem em escolas públicas. E afirmou que investir em educação é investir na "autoridade do professor". Procurada, a assessoria do MEC informou que o projeto de escolas cívico-militares, em elaboração, será divulgado até o fim do ano.

O modelo é diferente das escolas do Exército, que são 13 no País, e têm a função de formar quadros militares. Nelas, segundo indicadores do MEC, os alunos têm renda alta, passam por seleção e apresentam desempenho melhor. O custo de um aluno em escolas do Exército, que têm piscina, laboratórios de robótica e professores com salários de R$ 10 mil, é três vezes maior que o de uma escola pública comum. As escolas cívico-militares também não são como os colégios da Polícia Militar, que existem em alguns Estados, e são totalmente geridos pela PM. "As escolas públicas são para comunidade geral, não se pode suprimir as individualidades. Os alunos necessariamente não querem ser militares, podem querer ser artistas, por exemplo", diz o procurador do MPF-BA Gabriel Pimenta.

Os regimentos de algumas escolas proíbem até que os alunos frequentem locais de jogos eletrônicos, usem óculos esportivos e namorem, se estiverem usando uniforme. Há também registros de controle das redes sociais dos estudantes e do tipo de publicação que eles levam para a escola. Segundo o documento do órgão, com essas proibições, as escolas violam a Constituição, o Estatuto da Criança e do Adolescente e as convenções internacionais que "preveem educação com base no pluralismo, tolerância, direitos humanos, valorização de diversos saberes". "Desconheço estudos e educadores que achem que penteado e cor de esmalte de um aluno vão interferir na qualidade do ensino", completa o procurador. A recomendação atinge escolas baianas apenas, mas é a primeira manifestação do MPF sobre o assunto.

Presidente executiva do Movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz observa que "uma política educacional, com recursos da Educação, que serve para impor um tipo de comportamento desejado por um grupo qualquer, é, no limite, desvio". "É como usar recursos da Educação para construir uma ponte que traz benefício eleitoral ou de imagem." Como o modelo é recente, não há estudos conclusivos mostrando melhor desempenho de escolas militarizadas. O MEC já fez uma apresentação em que dizia que escolas cívico-militares tinham Ideb (principal índice de qualidade de ensino do País) superior às escolas públicas civis. Questionado pelo Estado, não soube explicar como calcularam os dados.

Goiás

Em geral, a justificativa da gestão compartilhada com a PM é a de trazer mais segurança e disciplina. Em Goiás, já há 60 escolas estaduais militarizadas. Elas têm fila de espera e as vagas são decididas por sorteio. Entre as regras, há a proibição de "mascar chiclete", "sentar-se no chão estando uniformizado" ou "usar óculos com lentes ou armações de cores esdrúxulas, mesmo sendo de grau".

Na Bahia, a mudança começou em 2018 e já são 63 escolas em 58 cidades. Os órgãos oficiais têm até 15 dias para informar as medidas adotadas para o cumprimento da recomendação feita.

Procurado pelo Estado, o governo da Bahia disse que não se manifestaria porque ainda não foi notificado. Caso a decisão não seja cumprida, o modelo pode ser questionado na Justiça, segundo o MPF. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça Federal da Bahia determinou ao Ministério da Educação (MEC) a suspensão dos bloqueios financeiros às universidades federais, na noite dessa sexta-feira (7). A juíza Renata Almeida de Moura Isaac, da 7ª Varada Federal, em Salvador, tomou a decisão após uma ação do Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Brasília (UnB). O governo pode recorrer.

A juíza fixou a multa diária de R$ 100 mil caso o MEC não cumpra a decisão em 24 horas. "Apenas assegurando que os limites de empenho, especialmente em áreas sensíveis e fundamentais segundo a própria Constituição Federal, tenham por base critérios amparados em estudos que garantam a efetividade das normas constitucionais", argumentou a sentença. A União afirmou que o 'contingenciamento' foi "operacional, técnico e isonômico", e que os recursos podem ser desbloqueados caso a arrecadação melhore. O governo também informou que ainda não foi notificado da decisão e que a defesa é de competência da Advocacia Geral da União (AGU), de acordo com o G1.

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Em abril, o MEC anunciou o bloqueio de 30% nos gastos não obrigatórios. A quantia é revertida na quitação de dívidas básicas como contas de água, luz e empresas terceirizadas. Desde então, estudantes e docentes organizam manifestações em todo país contra a medida.

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