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Privatizações e concessões estão entre os temas considerados prioritários na mensagem lida pelo presidente Jair Bolsonaro durante a abertura dos trabalhos legislativos de 2021, nessa quarta-feira (3).

Um dos projetos apontados como essenciais é o que prevê a privatização da Eletrobras. A proposta permite a concessão de novas outorgas para a geração de energia elétrica pelo prazo de 30 anos.

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Continuariam sob controle da União as empresas Eletronuclear e Itaipu Binacional. Programas de governo como o “Luz para Todos”, de universalização do acesso à energia ou o que incentiva o uso de fontes alternativas, seriam transferidos para outras áreas da administração pública. O projeto não tem consenso no Parlamento.

Para o deputado Marcelo Ramos (PL-AM), primeiro vice-presidente da Câmara, o governo erra na tática desse debate. Em entrevista ao programa Painel Eletrônico, da Rádio Câmara, o parlamentar ressaltou que o Brasil tem uma série de empresas públicas deficitárias e setores da economia nos quais o Estado não deveria estar.

“Talvez uma estratégia mais adequada fosse iniciar o processo de privatização por essas empresas, até amadurecer a sociedade da importância das privatizações e, aí sim, enfrentar a privatização da Eletrobras, dos Correios. Acho que, se o governo insistir em começar pela Eletrobras, nós vamos ter dificuldade de construir a maioria necessária no Congresso Nacional,” avalia Ramos.

Vice-líder da oposição, o deputado Tadeu Alencar (PSB-PE) recomenda cautela no debate, e acredita que há um pensamento de alguns setores de que o que é público é negativo e o privado é positivo. Também falando à Rádio Câmara, o parlamentar sugeriu uma discussão pautada pelo equilíbrio, porque, na opinião dele, é um patrimônio relevante que está em jogo.

“Nós precisamos ter a compreensão de que quem tem a estrutura social de uma grande desigualdade (como) no Brasil precisa fazer opções estratégicas e garantir a presença do Estado onde essa presença é necessária.  Nós vimos agora, no momento de pandemia, o quanto é importante a ação do Estado brasileiro na proteção social, na proteção econômica das nossas empresas, dos empregos", defendeu.

Também consta da lista de projetos apontados pelo Poder Executivo como prioritários a proposta (PL 5518/20) sobre concessões à iniciativa privada para a conservação e a recuperação de florestas.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

 

 

 

O candidato à presidência da Câmara Arthur Lira (PP-AL) afirmou que vai pautar o projeto de lei de privatização da Eletrobras se houver maioria na Casa a favor da proposta. Ele insinuou que o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não colocou o projeto em votação em razão de um acordo com a oposição.

"Eletrobras quem deixou de pautar não fomos nós. O projeto de privatização está lá há muito tempo. O acordo quem fez para não ser pautado também não fomos nós. O que eu venho garantindo, prometendo para todos os deputados, é a discussão de todas as matérias, sem nenhum tipo de preconceito, e as privatizações estão no meio", disse Lira nesta terça-feira, 26, em Brasília.

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"Nós vamos pautar. Se tiver maioria vai ser votada, e se não tiver vai postergar, mas a discussão vai tratar do tema como ele verdadeiramente é. É nossa obrigação."

A saída de Wilson Ferreira Jr. da presidência da Eletrobras trouxe de volta o debate sobre a privatização, uma vez que o executivo atribuiu sua renúncia às dificuldades em aprovar a capitalização da estatal no Congresso.

Ele anunciou a decisão três dias após o Estadão/Broadcast publicar uma entrevista com o candidato apoiado pelo governo Jair Bolsonaro para o Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), em que ele disse claramente que a privatização da Eletrobras não seria prioridade em sua gestão.

No governo, a saída de Ferreira Jr. surpreendeu, principalmente pelo timing, uma semana antes das eleições para a presidência da Câmara e no Senado - a quem cabe dar aval à privatização. O Ministério da Economia sabe que a definição do novo presidente da Eletrobras é o que vai dizer ao mercado se a privatização vai finalmente andar ou se vai naufragar de vez.

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, renunciou ao cargo, alegando motivos pessoais. A informação foi prestada pela empresa em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) neste domingo (24). Segundo o ofício, o executivo vai deixar a presidência da empresa no dia 5 de março. Ainda não há um sucessor indicado.

A renúncia do executivo aconteceu menos de uma semana depois de um novo revés à desestatização da empresa. Na quinta-feira (21), as ações da Eletrobras caíram 6,15% (PNB) e 5,15% (ON) depois de o candidato apoiado pelo governo Bolsonaro para a presidência do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), declarar que a privatização da estatal não seria um foco da sua gestão.

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Analistas do mercado financeiro passaram a colocar em dúvida a privatização da empresa ainda durante o governo de Jair Bolsonaro. O Bradesco BBI cortou a recomendação da Eletrobras para neutro até o fim das eleições no Congresso, em 1º de fevereiro.

A companhia convidou os investidores para uma teleconferência às 15h desta segunda-feira, 25, com a presença do executivo.

Histórico

Wilson Ferreira Junior estava à frente da Eletrobras desde 2017, quando foi nomeado pelo então presidente Michel Temer. O executivo é um dos principais defensores do plano de privatização da estatal, que enfrentou reveses ao longo dos anos e acabou não se concretizando.

No fato relevante, a Eletrobras reconheceu méritos do executivo, como a redução de alavancagem da empresa e a diminuição de custos operacionais com privatizações de distribuidoras e programas de eficiência.

O executivo chegou a se envolver em polêmicas no início da sua gestão. Em junho de 2017, a divulgação de uma conversa de Ferreira Júnior com sindicalistas gerou mal-estar na empresa, depois de o então presidente da companhia se referir a funcionários com adjetivos como "safados" e "vagabundos."

O apagão que atingiu o Amapá provocou uma reação no Congresso Nacional contra a privatização da Eletrobrás e de outras empresas do setor elétrico. O projeto enviado pelo governo no ano passado está parado na Câmara. O Planalto discutia uma estratégia para encaminhar a votação pelo Senado, mas a possibilidade enfrenta entraves técnicos. Sem a privatização, parlamentares cobram uma fiscalização maior das empresas de geração e distribuição de energia para evitar novos desastres.

A subestação danificada é operada pela concessionária Linhas de Macapá Transmissora de Energia. Essa concessão pertencia à espanhola Isolux, que entrou em recuperação judicial, e hoje se chama Gemini Energy. A Gemini Energy detém 85,04% de participação na linha, e 14,96% são da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional. Em crítica às privatizações, parlamentares usaram o episódio para dizer que a entrada da iniciativa privada no setor não resolve problemas.

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A reação do Congresso ficou exposta durante reunião da Comissão Mista da Covid-19, formada para fiscalizar as ações do governo durante a pandemia do novo coronavírus. Parlamentares criticaram o fato de o problema ter ocorrido em um sistema concedido a uma empresa. Além disso, direcionaram críticas à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável pela fiscalização das empresas. "Monopólio público é muito ruim, mas você tem pelo menos a quem xingar. O monopólio privado, com agência reguladora que não funcione com eficiência, é muito mais despótico, porque geralmente a cabeça pensante e quem manda no dinheiro mora longe", afirmou o senador Esperidião Amin (PP-SC).

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) foi na mesma linha, lembrando o processo de desestatização da Companhia Energética de Brasília (CEB). "Imagine uma empresa como essa do Amapá participar de um leilão, ganhá-lo e administrar a nossa cidade, a capital da República. Podemos ficar num apagão geral na capital da República", disse. "É hora de refletir um pouco sobre isto: se a solução não seria melhorar a gestão em vez de privatizar." A comissão aprovou um convite para o diretor-geral da Aneel, André Pepitone da Nóbrega, esclarecer o apagão no Amapá. Os parlamentares querem realizar a audiência amanhã.

Relação

A Eletrobrás não tem relação direta com o incidente que deixou os amapaenses no escuro. Mas, diante da situação de calamidade pública, o governo federal deu aval para a Eletronorte, subsidiária da estatal, atuar para o restabelecimento do serviço.

A Aneel afirmou que o órgão vai apurar com "todo o rigor" a responsabilidade dos envolvidos no episódio que deixou a maioria das cidades do Amapá sem energia elétrica. O governo espera uma sinalização do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), sobre os próximos passos do projeto da Eletrobrás. No início desta semana, o parlamentar defendeu a cassação da empresa que opera a linha de transmissão no Estado e pediu que a Eletronorte assuma o serviço.

Em nota, a Gimini Energy, dona da Linhas de Macapá, afirmou que atua no setor de transmissão desde 2008 e preza pela qualidade e excelência tanto nas suas operações e serviços quanto na formação de suas equipes. Segundo a empresa, as causas técnicas do incidente ainda estão sendo apuradas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eletrobras informou neste sábado (7) que sua controlada Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A (Eletronorte) foi autorizada a contratar, de forma emergencial, unidades geradoras termo elétricas, de 40MW, e que poderão ser aumentadas até 150MW, para restabelecer a energia elétrica do Estado do Amapá. A informação foi divulgada pela empresa em comunicado enviado à CVM. A liberação saiu via Portaria 406, do Ministério de Minas e Energia, publicada em edição extra do Diário Oficial da União, do dia 6.

"Considerando que o incidente não tem relação com a Eletronorte, que está apenas apoiando na ação emergencial do Estado do Amapá, os custos fixos e variáveis associados à geração acima mencionada serão cobertos por meio de encargos setoriais previstos para casos de restrição da operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), mediante aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)", explicou a empresa.

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Um incêndio na subestação Macapá, ocorrido na noite de terça-feira (3), levou ao desligamento automático da linha de transmissão Laranjal/Macapá e das usinas hidrelétricas de Coaracy Nunes e Ferreira Gomes. O fogo tomou conta da subestação e interrompeu cerca de 250 megawatts de carga elétrica. Ao todo, 14 dos 16 municípios do Estado ficaram sem energia. O incêndio destruiu dois dos três transformadores da subestação.

A empresa disse ainda que a Eletronorte também adotou providências, durante toda a madrugada, para apoiar na recuperação do transformador 1 do Estado do Amapá, enviando equipamentos de Belém (PA) e São Luiz (MA) para Macapá, realizando ligação e testes no Centro de Tecnologia da Eletronorte, em Belém, com início de energização do transformador às 3 horas e 11 minutos deste sábado.

O secretário de Desestatizações e Desinvestimentos do Ministério da Economia, Salim Mattar, afirmou nesta terça-feira (18), em evento do BTG Pactual, que a Eletrobras será capitalizada em 2020. Segundo ele, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), estão convencidos da necessidade disso.

"As conversas estão indo muito bem", afirmou o secretário. "Temos grandes aliados na Câmara e no Senado", disse também.

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Mattar afirmou que em poucos dias o governo pretende concluir a modelagem da capitalização. "Estamos alinhavando e finalizando a modelagem para o mercado e para o governo, pois como é uma empresa que pertence ao pagador de impostos, temos de vender a perda de controle pelo melhor valor possível", disse.

O secretário ressaltou que a Eletrobras tem uma capacidade de investir até R$ 4 bilhões por ano, menor do que a necessária. Segundo ele, se a empresa não for capitalizada, a consequência será perda de participação de mercado.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira, 7, que muitas estatais devem ser "negociadas", caso contrário irão quebrar. Ele havia sido questionado por uma apoiadora, em frente ao Palácio da Alvorada, se a Eletrobras será privatizada.

"Olha, o que aconteceu. Quando a Dilma baixou o preço, houve um déficit enorme. Hoje você precisa investir para o sistema não entrar em colapso. E eu não tenho R$ 28 bilhões, esse que é o problema. Tem muita estatal aí que infelizmente vai ter que ser negociada, senão vai quebrar", respondeu Bolsonaro, fazendo alusões a decisões da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) que elevaram o valor da conta de luz.

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Na mensagem presidencial enviada neste ano ao Congresso, Bolsonaro defende aprovação da privatização da Eletrobras. O projeto de lei do governo para viabilizar negociação da estatal foi enviado em 2019 pelo governo ao Legislativo.

Preço da gasolina.

Bolsonaro voltou responsabilizar nesta sexta-feira, 7, governadores pelo alto preço do combustível. Em resposta a um fã que disse desejar a queda do valor pago nas bombas, Bolsonaro disse: "Estão sabendo de quem é a culpa agora, né. Estão sabendo. Acabou a brincadeira de me acusar."

O presidente defende que o ICMS incida sobre o valor do combustível na refinaria, em vez de em bombas de postos. Ele afirma que enviará ao Congresso um projeto de lei para viabilizar a mudança na cobrança.

Bolsonaro chegou a afirmar nesta semana que iria retirar cobranças federais sobre combustíveis se governadores zerassem o ICMS nas bombas.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou, nesta sexta-feira (20), que o modelo proposto pelo governo de capitalização da Eletrobras não passa na Casa. O senador destacou que há 48 senadores, do Norte e do Nordeste, que são contrários a modelagem apresentada no projeto de lei de novembro, e que o Executivo vai precisar construir uma nova se quiser buscar apoio no Senado.

"Se mudarem a modelagem pode ser que tenha apoio do Senado", disse Alcolumbre, que também defendeu a manutenção da Golden share pelo governo.

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O presidente do Senado também afirmou que senadores que conhecem o setor elétrico entendem que a empresa valeria R$ 120 bilhões, e que portanto uma capitalização que ronde de R$ 15 bilhões a R$ 20 bilhões não seria razoável.

Com o projeto encaminhado ao Congresso, o governo prevê arrecadar pelo menos R$ 16,2 bilhões, que é valor-piso para a mudança de regime da empresa, correspondente ao pagamento da outorga para a União.

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, disse nesta terça-feira, 10, confiar que o Congresso Nacional vai aprovar a privatização da Eletrobras no primeiro semestre do ano e a operação de capitalização na B3 será feita no segundo semestre de 2020.

"Levaram sete meses para aprovar a Previdência, que é mais difícil. A discussão termina no primeiro semestre e no segundo semestre fazemos a venda. É a primeira vez que o Brasil vai fazer uma operação desse tamanho, temos que ir com calma", disse durante palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).

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Segundo Ferreira, a privatização vai permitir à Eletrobras investir mais e arrecadar recursos para o governo.

Em evento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na última sexta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a Eletrobras "está condenada à morte" se não for privatizada.

Cautela de Maia

De acordo com Ferreira, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, ainda não escolheu o relator que irá instalar a comissão para estudar a privatização da Eletrobras porque está sendo cauteloso. Segundo ele, Maia procura alguém que consiga fazer andar o projeto na Câmara.

"Ele está tomando o cuidado necessário para colocar o relator que faça de fato deslanchar o projeto. Nós tivemos como parte do processo várias interações com ele (Maia), ele só está sendo cauteloso", disse Ferreira, já depois da palestra na ACRJ.

De acordo com o executivo, a expectativa é de que o relator seja escolhido por Maia ainda este ano.

Ele descartou obstáculos para aprovação da privatização por se tratar de um ano eleitoral, afirmando que a venda da estatal e a eleição para prefeitos "não vão se misturar", disse, alegando que a aprovação no Congresso deverá ocorrer no primeiro semestre e a venda no segundo semestre.

Participação do governo na capitalização

O governo deverá ficar com cerca de 45% das ações da Eletrobras no processo de capitalização da companhia na B3, e posteriormente poderá vender mais algum lote, como ocorreu na BR Distribuidora, disse Ferreira Júnior.

Segundo ele, a tendência é de que as ações que ficarão com o governo valham o dobro do valor atual em uma eventual nova oferta de ações. "Vamos fazer um aumento de capital de R$ 15 bilhões e o governo será diluído, mas ficará com 45% do capital e esperamos que com o tempo isso valha o dobro", afirmou.

Ebitda

O presidente da Eletrobras informou ainda que a empresa vai registrar este ano Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de mais de R$ 10 bilhões, cinco vezes a mais do que a estatal fazia há três anos, quando o executivo entrou na companhia. "Passados esses três anos a companhia vem tendo lucro, era uma média de R$ 2 bilhões de Ebtida e vamos bater R$ 10 bilhões este ano", disse.

Em pleno processo de privatização, que encontra resistência no Congresso Nacional, a Eletrobras enxugou seu quadro de pessoal, de 26 mil para 12,5 mil na gestão de Ferreira.

Ele anunciou ainda, que irão entrar em operação 250 megawatts provenientes de parques eólicos que serão inaugurados por Furnas e Chesf, subsidiárias da Eletrobras entre dezembro deste ano e janeiro 2020. "Não conseguimos reverter o passado, mas as perspectivas são muito boas", disse aos empresários.

Em evento de comemoração pelos 300 dias de governo, o presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira, 7, projeto de lei que prevê a privatização da Eletrobrás. Pelo texto, que tem de passar agora pelo Congresso, a União ficaria com uma participação de cerca de 40% do capital - perdendo o controle da operação - depois de um processo de capitalização da empresa.

A Eletrobrás é a maior companhia do setor elétrico da América Latina, de capital aberto, e tem hoje como acionista majoritário o governo federal. O governo Temer chegou a enviar uma proposta de privatização da companhia no ano passado, mas o PL não deslanchou.

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Segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, depois da privatização, o governo não terá também poder de veto na empresa - por meio da chamada golden share (classe especial de ação com poder de veto em decisões estratégicas da companhia. "(Será) sem golden share", disse Albuquerque.

Albuquerque espera que a capitalização aconteça no segundo semestre de 2020. O ministro afirmou, no entanto, que as datas dependem do andamento do PL no Congresso. "O Congresso tem autonomia para conduzir o processo legislativo", disse ele.

Com essa medida, o governo prevê arrecadar pelo menos R$ 16,2 bilhões, que é valor- piso para a mudança de regime da empresa, correspondente ao pagamento da outorga para a União.

Cotas

Com o projeto, a energia das usinas antigas, hoje no regime de cotas, poderá ser vendida a preços de mercado, retirando o risco hidrológico do consumidor. Esse é o chamado processo de "descotização". O regime de cotas foi criado em 2013 e estabeleceu que a energia produzida por uma parte das usinas da estatal seria vendida aos consumidores a valores mais baixos que os de mercado. A partir da descotização, a Eletrobrás poderá voltar a vender a energia a preço de mercado.

"A Eletrobrás vem reduzindo a participação no nosso setor de energia. Hoje, a empresa tem capacidade de investimento de R$ 3,4 bilhões", citou o ministro. "Mas seriam necessários R$ 14 bilhões para que ela mantivesse participação no mercado."

A secretária executiva do Ministério de Minas e Energia, Marisete Pereira, aposta em melhora do resultado operacional da empresa depois da capitalização. "Se o mercado tiver apetite e ela (a empresa) conseguir capitalizar R$ 24 bilhões, ela poderá pagar os R$ 16,2 bilhões para a União e o resto ficaria no caixa para fazer investimentos e reduzir serviço de dívida", disse ela.

O projeto de lei deve prever ainda que os recursos movimentados a partir da mudança de regime terão de ser destinados à revitalização do rio São Francisco e ao pagamento de encargos com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), uma espécie de fundo que abriga os recursos para ações e os subsídios no setor de energia.

Casa da Moeda

No mesmo evento em comemoração aos 300 dias de governo, Bolsonaro também assinou medida provisória que quebra o monopólio da Casa da Moeda.

Atualmente, a estatal tem monopólio na emissão de papel moeda, moeda metálica, caderneta de passaporte e selos fiscais federais (aqueles que vão em bebidas e cigarros, por exemplo). Com o fim do monopólio, a intenção do governo é que empresas privadas - inclusive estrangeiras - possam participar de concorrência para prestar estes serviços.

"O objetivo é dar mais competitividade e reduzir custos", disse o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo federal deve entregar, nesta terça-feira (5), ao Congresso Nacional o projeto de lei de privatização da Eletrobras, disse o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, à Globonews. "O presidente Bolsonaro assinando hoje o projeto eu levarei pessoalmente, hoje mesmo, para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia."

Segundo Albuquerque, o governo federal não tem condições de continuar mantendo a estatal, responsável por 46% da transmissão e 30% da produção de energia no País. "A capacidade de investimento da Eletrobras, hoje, é de R$ 3,4 bilhões por ano, mas, apenas para manter essa fatia de mercado na qual opera, ela precisaria investir R$ 14 bilhões", disse o ministro.

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De acordo com Albuquerque, a menos que o patamar de investimento anual suba, em dez anos a participação da empresa cairia para 15% da geração de energia e 35% da transmissão.

O ministro lembrou ainda que o governo federal não tem capacidade de aportar os recursos necessários para manter o patamar de participação da estatal. "O orçamento da União do ano que vem tem apenas R$ 19 bilhões para investimentos e, para manter a Eletrobras, seriam pelo menos R$ 9 bilhões. É inviável", ponderou.

Sobre o projeto, Albuquerque disse que o governo está "otimista" com seu andamento no Congresso e que já foram feitas conversas com várias lideranças para garantir o andamento do texto. "Nós queremos capitalizar a Eletrobras, para que ela se torne uma corporação e tenha condição de se manter nesse importante mercado."

Segurança energética

O ministro disse, ainda, que a segurança energética no final do ano está garantida e que não há problemas em vista para o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Segundo Albuquerque, o governo está discutindo com representantes do Congresso Nacional um programa de modernização do setor elétrico, cujo objetivo, além de aumentar a segurança, é garantir justiça tarifária. "Queremos que o consumidor pague tarifas compatíveis com seu poder aquisitivo e com o desenvolvimento sustentável da economia", afirmou.

O ministro não detalhou as ações do plano, mas disse que espera implementar, em breve, ações que já podem se refletir em benefícios para os consumidores no curto e no médio prazo.

O ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse nesta segunda-feira, 28, que o projeto de privatização da Eletrobras está pronto para ser enviado ao Congresso Nacional. "Vou levar pessoalmente o projeto de privatização da Eletrobras ao presidente (da Câmara) Rodrigo Maia. Vou agendar com ele a melhor data. Já está tudo pronto", comentou Albuquerque na saída da 19ª Conferência Internacional Datagro Sobre Açúcar e Etanol, em São Paulo (SP).

Ele evitou detalhar a proposta, mas ratificou que o projeto é diferente do que já tramita no Congresso e foi enviado em janeiro de 2018.

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Albuquerque confirmou também que o governo não terá "golden share" na Eletrobras após a privatização. Questionado se o governo sairia então da estatal, Albuquerque confirmou. "Sai, sai."

Golden shares ou "ações de ouro" são ações de classe especial de empresas estatais ou de capital misto, como é a Petrobras. Esse papéis pertencem ao governo que garante com eles direitos especiais, como o poder de veto de algumas decisões.

O ministro afirmou que a aprovação do projeto depende da "dinâmica" do Congresso, mas se mostrou otimista em relação à tramitação da proposta. "Da forma como estamos trabalhando, com bastante transparência e diálogo permanente com as lideranças políticas, esperamos que tenha uma tramitação mais célere possível."

Bandeira tarifária

Sobre a adoção, pela a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da bandeira tarifária vermelha patamar 1 a partir de novembro nas contas de luz, Albuquerque disse que a medida foi necessária por causa da falta de chuvas nos últimos dois meses nos reservatórios de geradores de hidrelétricas.

"As expectativas hidrológicas são positivas, mas trabalhamos com fatos e o fato é que nos últimos dois meses não houve um regime de chuvas nos reservatórios. Então, como cumprimos a norma, há a bandeira vermelha", afirmou o ministro. "Mas as expectativas são positivas para o regime de chuvas no próximo verão", completou.

Após reunião com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ser favorável à privatização de estatais como Eletrobras e Correios, mas avaliou que uma eventual venda da Petrobras ainda encontra resistências.

"Não consigo responder de forma genérica sobre privatizações. Sou a favor da privatização da Eletrobras. Acho que o custo da administração da Eletrobras prejudica muito o Estado brasileiro. Isso acaba gerando prejuízo à sociedade. Esse é um caso importante", destacou.

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Maia avaliou ainda ser cada vez menos necessário se manter uma estrutura como a dos Correios. "Não se sabe por que os Correios ainda têm a estrutura que têm", completou.

Já sobre a Petrobras, o presidente da Câmara admitiu que o ambiente ainda é de muita restrição para uma eventual privatização. "Mas o governo vendeu a BR Distribuidora e não teve manifestações e nem problemas. Então é um movimento que vai crescendo", avaliou.

Para Maia, o importante é que o governo mostre - em cada processo de privatização - por que a gestão pública tem sido pior para o cidadão do que seria uma gestão do setor privado.

A eventual privatização da Eletrobras poderá pôr em risco a soberania do Brasil, afirmou o senador Jean Paul Prates (PT-RN) nesta sexta-feira (20), em Plenário. Jean Paul ressaltou a importância da empresa e disse que ela é a grande holding brasileira do sistema elétrico. Para ele, a privatização seria um “crime de lesa-pátria”.

Como a empresa estatal é responsável por controlar as principais hidrelétricas e maiores bacias hidrográficas brasileiras, a privatização é inconcebível, disse o senador.

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“Que tomem cuidado, quem compra e quem vende, porque nesses processos nós vamos estar vigilantes. Eu estou começando só agora aqui. Espero que eu tenha longevidade para ver o momento em que, se houver esse tipo de venda irresponsável, nós possamos desfazê-la e reverter o que foi feito, independentemente de ter o rótulo de estatizante, de retomada de patrimônio, do que for. Chame-se como for, quem tem o direito de privatizar tem o direito de “reestatizar” depois”, disse.

*Da Agência Senado

 

O presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), avaliou nesta quinta-feira, 19, que o Senado não tem disposição em aprovar um projeto de privatização da Eletrobras. Por outro lado, a desestatização dos Correios passaria mais facilmente, declarou.

Para Alcolumbre, há um "receio" em autorizar a privatização da estatal do setor elétrico. Ele relatou que 48 senadores do Norte e do Norte são contra, o que tornaria inviável a aprovação de um projeto com esse modelo. "Se o governo continuar insistindo na privatização da Eletrobras como primeiro passo, acho que pode acabar prejudicando (a privatização) das outras empresas estatais que seriam importantes para modernização."

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Projeto

Alcolumbre declarou ainda que vai procurar o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para articular um acordo em torno de uma proposta de modernização do setor elétrico. Uma das proposições em discussão na Casa trata da repactuação do risco hidrológico de geradores com contratos no mercado livre. A proposta é acompanhada de perto pelo setor. "A conversa é para entender se o Senado ou vota do jeito que está ou aprimora a matéria para resolver de uma vez por todas esse problema, que eu acho importante na logística nacional."

Os participantes de audiência pública sobre a privatização da Eletrobras, realizada pela Comissão de Legislação Participativa nesta quinta-feira (19), afirmaram que o repasse do controle tornará mais difícil a gestão do uso múltiplo das águas no país. A ideia é que os novos controladores não teriam o mesmo compromisso que o Poder Público com questões como segurança hídrica, tarifas e até mesmo com as economias regionais.

Além disso, provavelmente o setor seria comprado por empresas estrangeiras, o que o deputado Pedro Uczai (PT-SC) considerou um risco à soberania do país.

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O governo já anunciou a intenção de desestatizar a Eletrobras. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tem afirmado que o sistema precisa de mais investimentos, o que não deverá acontecer com dinheiro público, dada a crise fiscal. Maia afirmou que, assim que a proposta do governo chegar à Câmara, ele criará uma comissão especial para a discussão do tema.

Conflitos pela água

Vicente Andreu, ex-diretor da Agência Nacional de Águas, citou o caso de Furnas que, segundo ele, vem sendo prejudicada para que, por exemplo, a usina de Ilha Solteira, privatizada em 2015, possa operar com alta capacidade. A situação ocorreria porque Furnas, em Minas Gerais, fica antes de Ilha Solteira, em São Paulo, e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) faz o manejo da vazão da água conforme a necessidade do sistema.

Vicente Andreu afirmou que Ilha Solteira foi privatizada com a permissão de que 30% da sua geração pudesse ser vendida no mercado livre. Com a política do ONS, de acordo com Vicente, nos últimos anos Furnas tem perdido água de maneira excessiva, enquanto a usina seguinte tem lucrado. Para ele, essas escolhas revelam que a operação já não seria neutra atualmente:

"Com a privatização da Eletrobras, na minha opinião, os conflitos pelo uso da água no Brasil explodirão. E a solução para esses conflitos será a judicialização. Ou seja, não será a regulação, não será governo, não será nada... Será a judicialização. Colocar o setor elétrico sob a dependência de decisões judiciais é um risco tremendo", disse.

Municípios prejudicados

Djalma Carvalho, representante da Associação de Municípios do Entorno do Lago de Furnas, disse que os 34 municípios que vivem do lago para pesca, agricultura e turismo também têm problemas com a queda do nível da água:

"Aquilo que nós chamávamos orgulhosamente de mar de Minas, margeado por belas montanhas, um cenário mais do que propício para que o turismo florescesse em toda a sua plenitude... foi prejudicado. E vemos esse chamado mar de Minas se transformar num pântano", observou.

O deputado João Daniel (PT-SE) disse que a Comissão de Legislação Participativa poderá realizar um debate específico para ouvir a direção de Furnas e do ONS.

*Da Agência Câmara Notícias

Reportagem - Sílvia Mugnatto

Edição - Roberto Seabra

 

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se reuniram nesta noite de segunda-feira para falar sobre o projeto da desestatização da Eletrobras.

No último dia 21 de agosto, Maia disse que a ideia era montar um projeto que viabilize o investimento privado na estatal, com regulação forte e distribuição de recursos para as regiões atendidas pela companhia.

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O governo do presidente Michel Temer enviou um projeto de lei ao Congresso, que não foi votado devido a pressões de parlamentares das regiões onde a companhia atua. Segundo o presidente da Câmara, a necessidade de investimentos da Eletrobras chega a R$ 16 bilhões por ano. Sem esses investimentos, a companhia corre o risco de perder grande parcela da sua participação no mercado.

O ministro Paulo Guedes disse em outra ocasião que a ideia é transformar a Eletrobras em uma corporação, após um processo que poderia levantar até R$ 30 bilhões.

O presidente da Câmara também já sinalizou que haveria quase consenso sobre ressarcimento de R$ 3,5 bilhões da União à Eletrobras pela energia consumida na Região Norte. A MP 879, que autorizava o repasse, foi rejeitada no dia 20 de agosto pelos deputados e a expectativa é de que o governo envie um PL para tentar garantir esse pagamento.

A Eletrobras registrou lucro líquido de R$ 5,56 bilhões no segundo trimestre deste ano, avanço em relação ao ganho de R$ 1,3 bilhão observado em igual período de 2018, informou a empresa em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

No período de abril a junho, a empresa teve receita de vendas de R$ 6,64 bilhões, frente à cifra de R$ 5,9 bilhões registrada no segundo trimestre do ano passado. A compra de energia para revenda custou R$ 466 milhões e os encargos para uso da rede elétrica, R$ 575 milhões.

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O resultado líquido de operações descontinuadas no segundo trimestre foi de R$ 5,25 bilhões, frente ao valor de R$ 919 milhões visto no mesmo período do ano passado.

Patrimônio líquido

A alta do lucro líquido da Eletrobras no segundo trimestre deste ano, de 305% em relação ao mesmo período de 2018, refletiu a privatização da Amazonas Energia e a consequente reversão do patrimônio líquido negativo, informou a empresa em comunicado à imprensa. Já as operações continuadas geraram lucro líquido de R$ 301 milhões. No período, a receita operacional líquida ficou em R$ 6,6 bilhões, alta de 12% frente aos R$ 5,9 bilhões registrados no segundo trimestre do ano passado. Nesse ponto, a empresa destacou a agregação de receita da Eletrobras Amazonas GT, de R$ 727 milhões, e para a GAG Melhoria relativa às concessões renovadas de cerca de R$ 250 milhões.

O Ebitda recorrente da companhia cresceu 8% em relação ao período entre abril e junho de 2018, ao passar de R$ 2,8 bilhões para R$ 3,1 bilhões no segundo trimestre deste ano. Com isso, a empresa registrou índice de alavancagem (dívida líquida/Ebitda recorrente LTM), nos período de 12 meses concluído em junho, de duas vezes, ultrapassando a meta da companhia de ficar abaixo de três vezes.

No semestre, o lucro líquido da Eletrobras foi de R$ 6,9 bilhões, alta de 272% em relação aos R$ 1,8 bilhões obtidos no primeiro semestre do ano passado. Na mesma base de comparação, a receita operacional líquida apresentou crescimento de 9,2%, passando de R$ 11,9 bilhões no primeiro semestre de 2018 para R$ 13,09 bilhões no primeiro semestre de 2019.

Nesse período, o destaque foi a entrada em operação da usina térmica Mauá 3, da Eletrobras Amazonas GT, e o recebimento de GAG Melhoria relativa às concessões renovadas pela Lei 12.783/2013.

"Excluindo os efeitos não recorrentes, o Ebitda recorrente se manteve em linha no acumulado, passando de R$ 6,1 bilhões no primeiro semestre de 2018 para R$ 6,03 bilhões no primeiro semestre de 2019", informou a Eletrobras.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira, 8, que o governo quer deixar de ter a participação majoritária nas ações da Eletrobras. Na semana passada, ele autorizou o aprofundamento de estudos para a processo.

"Você já respondeu", disse o presidente quando questionado se a União deixaria de ter o controle acionário da empresa. "O que é a privatização ou desestatização? É o Estado não ter a participação majoritária nas ações, isso que é a ideia", declarou, repetindo que era uma "ideia".

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Questionado sobre o encaminhamento de uma proposta ao Congresso para autorizar a privatização, Bolsonaro respondeu que não há prazo. "Tenho que estudar muito. Tem que mandar para lá o mais próximo que poderia ser aprovado para evitar emendas", declarou.

Na semana passada, a empresa informou que os estudos apontarão se o processo vai ocorrer por "aumento de capital social, mediante subscrição pública de ações ordinárias da Eletrobras ou de eventual empresa resultante de processo de reestruturação".

A Comissão de Minas e Energia manteve a vigência do Decreto 9.375/18, que incluiu a Eletrobras no Programa Nacional de Desestatização (PND), rejeitando o projeto de Decreto Legislativo apresentado pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS) e mais 13 parlamentares de quatro partidos (PT, PSB, PDT e PSOL). A decisão deixa aberto o caminho para que o governo prossiga com o plano de deixar o controle da empresa por meio de uma capitalização em bolsa de valores, da qual não participará com objetivo de diluir sua participação.

"A proposta buscava sustar o decreto que autoriza levantamentos e estudos para viabilizar a privatização da estatal", informa a Comissão.

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Segundo a relatora, deputada Greyce Elias (Avante-MG), o decreto não possui eficácia, pois depende da aprovação da proposta do Executivo que regulamenta a privatização da Eletrobras, que ainda tramita na Câmara. "É a regulamentação do que ainda não existe. Não se pode sustar a eficácia de uma norma que não possui este atributo", disse.

O projeto ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de seguir para o plenário.

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