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O presidente Jair Bolsonaro participou de um evento do Aliança pelo Brasil, em Vitória, capital do Espírito Santo, neste sábado, 29, por meio de uma videoconferência. Na chamada, interagiu com alguns dos apoiadores e, após receber elogios de um deles, fez um comentário semelhante ao que já lhe rendeu acusações de racismo e processos na Justiça.

"Bolsonaro, sou negão, votei em você e em 2022 vou votar de novo. Você é o melhor presidente do Brasil", disse o apoiador, negro, ao presidente. "E você está com oito arrobas", respondeu Bolsonaro, arrancando risadas dos presentes.

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A conferência foi feita por meio do telefone celular da advogada Karina Kufa, que articula a criação do novo partido. O áudio da conversa foi reproduzido nos alto-falantes do evento, que reuniu entre 1 mil e 2 mil pessoas em Vitória, segundo os organizadores.

Um comentário semelhante já rendeu ao presidente um processo por racismo. Durante uma palestra em abril de 2017, o então deputado federal disse que quilombolas visitados por ele não faziam nada e que o mais leve pesava sete arrobas - unidade de medida usada na pesagem de bovinos e suínos.

Bolsonaro chegou a ser condenado na primeira instância, mas foi absolvido na segunda. Na época, a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas destacou que, "durante mais de três séculos e meio, pessoas negras foram legalmente comercializadas como escravas no Brasil, comercializadas inclusive em função da massa corporal que ostentavam".

Na semana passada, durante uma transmissão ao vivo pela internet, Bolsonaro atribuiu a cor do deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ), que é negro, ao tempo a mais que ele teria passado na barriga da mãe. Em tom de brincadeira, Bolsonaro associou, por meio de uma metáfora, a gestação a um forno, e Hélio teria dado uma "queimadinha" ao demorar dez meses para nascer.

Eleições

Ao dirigir uma mensagem final aos apoiadores capixabas, Jair Bolsonaro ignorou as eleições de 2020 ao dizer que vai "mergulhar" na disputa de 2022, quando pretende eleger deputados federais.

"Com o partido formado, vocês vão se orgulhar de todos aqueles que nós trabalharmos para representar o diretório estadual. Vão ser pessoas realmente com ficha limpa, comprometidas com o futuro do Brasil. E nós mergulharemos em 2022 para, de fato, a gente mudar o destino do Brasil. Faremos uma grande bancada, se Deus quiser", comentou.

A ideia inicial era ter o Aliança viabilizado para o pleito de vereadores e prefeitos deste ano. O núcleo que articula a formação do partido já dá o plano como abortado, como disse ao Estado o segundo-vice presidente do Aliança, Luís Felipe Belmonte.

"Se não der agora, não tem problema, até porque seria um risco. Não haveria tempo de, em duas semanas, formar diretórios, filiar e procurar candidatos em 5.700 municípios."

O Ministério Público Federal obteve a condenação de um técnico em enfermagem que apresentou atestados médicos com assinaturas falsificadas. O réu trabalhava no Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, localizado em Vitória, Espírito Santo, e apresentou quatro atestados falsos para justificar faltas entre 1º e 2 de junho de 2016, 27 de maio de 2016 e 1º e 5 de junho de 2017. 

Três dos atestados apresentados teriam sido emitidos por médicos do próprio hospital universitário. O último estava no nome de um profissional do Pronto Atendimento do Trevo, onde o réu também trabalhava. Apesar de os atestados em tese terem sido emitidos por médicos diferentes, chamou a atenção o fato de todos estarem redigidos pela mesma caligrafia.

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Em depoimento, dois médicos do hospital negaram ter emitido os atestados e um deles afirmou que, após o depoimento do técnico em enfermagem à Polícia Federal, foi procurado e recebeu um pedido de desculpas por ter feito um atestado falso em seu nome. Apesar disso, o réu negou as falsificações. 

A justiça determinou como punição o pagamento de uma multa no valor de quatro vezes o último salário do réu. Ele também ficará impedido de fazer contratos com o Poder Público e de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios por três anos. O valor da multa será revertido para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC) responsável por administrar hospitais universitários.

A apresentação de atestados médicos falsos por servidores e agentes públicos é crime e configura improbidade administrativa. Em caso de comprovação da fraude, as penas possíveis são a perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano (se houver), perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por até dez anos, pagamento de multa civil até 100 vezes a remuneração do condenado e a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios por até dez anos.

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Passageiros de um ônibus que circulava na cidade de Vitória, no Espírito Santo, viveram momentos de terror na manhã desta sexta (14). Bandidos invadiram o veículo, deram tiros no teto e mandaram todos descerem do coletivo. Logo em seguida, os criminosos jogaram gasolina e incendiaram o automóvel.

Segundo o jornal A Gazeta, cerca de 40 passageiros estavam no ônibus no momento do ataque, que culminou na total destruição do coletivo. A Polícia Militar foi acionada, mas os bandidos conseguiram fugir.

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Ainda de acordo com o veículo de imprensa, um dos pneus do ônibus explodiu e atingiu a janela de uma casa, deixando moradores em pânico. “Os bombeiros demoraram 40 minutos para chegar, mas enquanto isso a gente tentou apagar pelo menos o pneu com água de casa, mas não adiantou muito”, contou o morador, em entrevista ao A Gazeta.

Onda de violência – Vitória passa por uma onda de violência nesta sexta (14). Bandidos ocuparam avenidas, provocando o fechamento de lojas, suspensão das aulas e bloqueio de trânsito. Foram relatados ataque à carros e um veículo oficial de um deputado foi alvo de rojões. A Polícia anunciou o reforço de efetivo nas ruas.

O governo federal editou uma medida provisória que abre crédito extraordinário, no valor de R$ 892 milhões, para obras emergenciais e assistência às vítimas nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, regiões atingidas por fortes chuvas em janeiro. A MP, que será agora analisada pelo Congresso Nacional, está publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (31).

Os recursos serão direcionados ao Ministério do Desenvolvimento Regional, que fará o repasse aos estados. O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) comemorou a decisão, ressaltando outros valores já repassados pela pasta por meio de recursos ordinários, totalizando R$ 1 bilhão.

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Senador por Minas Gerais, estado onde pelo menos 55 pessoas morreram após temporais nesse início de ano, Carlos Viana (PSD) também celebrou a liberação dos recursos. O parlamentar tem se reunido com ministros e outras autoridades para assegurar o auxílio às vítimas.

“O presidente Jair Bolsonaro anuncia R$1 bi para atendimento a famílias e prefeituras em Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Em nosso estado serão inicialmente 101 cidades beneficiadas”, escreveu por meio de sua conta em uma rede social.

Na segunda-feira (27), vários senadores lamentaram pelas redes sociais as mortes decorrentes das chuvas que castigam o território brasileiro.

Tramitação

A MP já está valendo, mas uma comissão mista formada por deputados e senadores será criada para analisar o texto, que posteriormente precisará ser confirmado pelos Plenários da Câmara dos Deputados e do Senado.

*Da Agência Senado

 

Quem passou nesta semana pela orla de Vitória, capital do Espírito Santo, se surpreendeu com um veículo diferente em circulação. Na terça-feira (3), começaram a rodar 20 "tuk-tuks", espécie de triciclo, comum em países asiáticos. O serviço do novo modal, trazido ao Brasil pela Uber em parceria com a Movida, é inédito no Brasil. O veículo, elétrico, pode carregar até duas pessoas, além do motorista, e tem cinto de segurança.

Neste início de operação, os 20 "tuk-tuks" estarão disponíveis nos bairros Mata da Praia, Jardim Camburi, Santa Lúcia e Santa Helena, que estão à beira-mar. O veículo só poderá ser chamado por usuários que estiverem e colocarem como destino ruas desses locais. Segundo a Uber, o preço mínimo da viagem é R$ 4, inferior ao cobrado pelos carros.

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"Foi uma experiência divertida porque as pessoas passavam acenando e tirando fotos da gente no veículo", contou o estudante Jacob Kilppel, de 23 anos, que pediu a corrida com o namorado, Ícaro Pratti, também de 23. "Além de ser divertido, o veículo é 100% elétrico e segue as tendências que pensamos para um mundo mais sustentável. E o preço também é mais baixo ao de um carro comum", disse Pratti.

Já a estudante Camila Pimentel, de 30 anos, se frustrou com o início do serviço. Ela pediu uma corrida da Avenida Leitão da Silva à Avenida Nossa Senhora da Penha, ambas em Santa Lúcia, mas no aplicativo não apareceu a opção do "tuk-tuk". "Não vi ninguém que tenha conseguido chamar", reclamou. Procura, a Uber não respondeu ao questionamento feito pela reportagem.

Para Silvia Penna, gerente de operações da Uber que atua com "tuk-tuks" em países asiáticos, Vitória foi escolhida porque tem um litoral considerado excelente para esse tipo de opção. Em nota, a Movida informou que há possibilidade de expansão do serviço conforme a aceitação do mercado e o nível de utilização por parte da população.

A Uber também não informou quantos motoristas - que precisam ter Carteira Nacional de Habilitação (CNH) A ou B - se cadastraram para dirigir o "tuk-tuk".

Em nota, a Associação dos Motoristas de Aplicativo do Espírito Santo (Amapes) demonstrou preocupação com o "tuk-tuk". "Estamos preocupados com a segurança dos passageiros e não tivemos conhecimento de treinamento aos motoristas."

A Movida rebateu, afirmando que os veículos têm "todos os itens de sinalização de um carro tradicional, como piscas e luz de freio". Um "tuk-tuk" pode alcançar até 35 quilômetros por hora. A Uber não se pronunciou sobre a preocupação da Amapes.

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira (30) a liberação de R$ 892 milhões em recursos federais para ações de reconstrução da infraestrutura em municípios atingidos pelas fortes chuvas que ocorrem na região Sudeste há mais de uma semana, principalmente em Minas Gerais, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro.

O anúncio foi feito em Belo Horizonte, após o presidente se reunir com ministros e o governador do estado, Romeu Zema. Eles fizeram um sobrevoo sobre algumas das áreas mais atingidas pelas chuvas.

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Os recursos serão liberados por meio de medida provisória, que abre um crédito extraordinário em favor do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

"Estamos trabalhando ombro a ombro para buscar mitigar os problemas ocorridos com essa catástrofe, que aconteceu nos último dias", afirmou Bolsonaro, em um breve pronunciamento à imprensa. O presidente retorna a Brasília ainda na tarde desta quinta-feira.

Segundo o governo de Minas Gerais, até agora 55 pessoas morreram no estado em decorrência das chuvas e cerca de 30 mil estão desabrigadas. Nos três estados mais atingidos pelas chuvas, um total de 123 municípios teve situação de emergência reconhecida pelo governo federal.

"Parece-me que o pior já ficou para trás, mas o estado estará atento a tudo", disse o governador Romeu Zema.

O ministro Gustavo Canuto, do Desenvolvimento Regional, afirmou que pasta vai montar uma força-tarefa para receber e processar os pedidos solicitados pelas prefeituras o mais rápido possível.

"O sistema nacional de proteção e defesa civil funcionou em suas três esferas, municipal, estadual e federal. Aqui, o presidente Jair Bolsonaro, numa demonstração clara da preocupação dos os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, disponibilizando R$ 1 bilhão para as ações de restabelecimento de serviços essenciais, reconstrução de todas as estruturas danificadas. Os municípios devem apresentar essas demandas ao Ministério do Desenvolvimento Regional".

Além da liberação de recursos extras, o governo federal informou que tem atuado, por meio do Ministério da Saúde, na distribuição de mais de duas toneladas de medicamentos paras a regiões mais atingidas. O pagamento do Bolsa Família e o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para as vítimas das chuvas também será antecipado.

 

O risco de uma barragem se romper obrigou parte dos moradores de uma comunidade da cidade de Alegre (ES), a cerca de 200 quilômetros de Vitória, a deixar suas casas no sábado (25) e domingo (26).

Em nota, a Statkraft Energias Renováveis, empresa responsável pela barragem da Pequena Central Hidrelétrica Francisco Grós, também conhecida como Barragem São João, informou que está monitorando a situação. A empresa recomendou que os moradores do distrito de São João do Norte não retornem para suas residências até que os técnicos terminem a inspeção, que ocorre nesta segunda-feira  (27). Somente após concluída a vistoria da estrutura é que a empresa e as autoridades locais decidirão se suspendem o estado de emergência.

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O risco de rompimento da estrutura devido à elevação do nível de água em função das fortes chuvas que atingem parte da Região Sudeste desde o último dia 17 motivou a empresa e a prefeitura de Alegre a acionarem o plano de emergência. O alerta vermelho foi acionado na tarde do último sábado, quando a prefeitura divulgou pelas redes sociais mensagens para que os moradores das áreas próximas à barragem deixassem suas casas.

“Não é risco de enchente, mas sim de rompimento da barragem”, alertou a prefeitura, determinando a evacuação total da área sob impacto do empreendimento. “Procurem os pontos altos indicados pela Defesa Civil”, orientou o Poder Executivo municipal.

Chuvas

Alegre está entre as cidades do sul capixaba mais prejudicadas pelas consequências das chuvas. Só no município, até as 11h de hoje, 2.300 pessoas tiveram que deixar suas moradias (desalojados) e se abrigar, temporariamente, na casa de parentes ou amigos, e 250 desabrigados - pessoas que, sem ter para onde ir, foram provisoriamente acomodadas em abrigos públicos, muitas vezes improvisados em igrejas e escolas. Em todo o Espírito Santo, o número de desalojados e desabrigados já chega a 10.089.

Segundo a coordenadoria estadual de Proteção e Defesa Civil, o estado ainda está em estado de alerta, pois além do solo estar bastante encharcado, o tempo deve continuar instável, com previsão de pancadas de chuva em todas as regiões, embora com menor intensidade e frequência no litoral norte do estado. A possibilidade de eventos geohidrológicos, ou seja, enxurradas, inundações, deslizamentos e outras ocorrências, é considerada muito alta na região centro-sul do estado, e alta no norte capixaba.

Barragens

Mais cedo, a Agência Nacional de Mineração (ANM) estendeu até o dia 31 de janeiro o estado de alerta para as empresas que têm barragens de mineração nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Espírito Santo. O alerta inicial foi emitido na última quinta-feira (23), com previsão de ser suspenso no último sábado (25), mas a autarquia federal decidiu estendê-lo por mais sete dias após tomar conhecimento da previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que prevê fortes chuvas para os próximos dias em parte desses quatro estados.

A maior intensidade de precipitação deve ocorrer na região centro-norte de Goiás, regiões litorâneas do Espírito Santo, região centro-sul de Minas Gerais e região serrana do Rio de Janeiro. Os fiscais da ANM pedem que as equipes de segurança de barragens se mantenham em alerta com monitoramento diário das condições das estruturas – em especial do estado de conservação – além de manter atenção especial às tomadas d’agua dos vertedouros, para garantir a capacidade vertente de acordo com o projeto. Caso seja verificada qualquer anormalidade, o Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração deverá ser acionado e o Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens ser imediatamente informado.

 

O Governo Federal tem R$ 90 milhões disponíveis para liberação imediata aos municípios atingidos por chuvas desde 17 de abril. A informação é do ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto. Neste domingo, o ministro esteve em Belo Horizonte em reunião com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e com prefeitos de cidades atingidas pelas chuvas. De acordo com ele, há possibilidade de aumentar os recursos com remanejamento orçamentário.

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Técnicos do ministério estão à disposição das prefeituras municipais para capacitar e ajudar municípios na solicitação formal dos recursos emergenciais. “É essencial preparar as cidades”, disse o ministro em entrevista coletiva em Belo Horizonte. Segundo ele, o objetivo “é não deixar que os papéis atrapalhem neste momento”. O governo deverá publicar ato reconhecendo a situação dos municípios para a liberação dos recursos.

Além dos recursos emergenciais, Canuto descreveu que será antecipado o pagamento do Bolsa Família para famílias atingidas que estão inscritas no programa. Pessoas afetadas também poderão fazer saques no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Em outra frente de atendimento à população, o ministério da Saúde está distribuindo medicamentos necessários e identificando hospitais do SUS para atendimento de necessitados.

De acordo com Romeu Zema, “a quantidade de chuvas [que caiu em Minas] foi a maior da história desde que se iniciou a medição”. O governador quer apoio federal para ações emergenciais e, após as chuvas, recursos para reconstrução das áreas afetadas.

Conforme Zema, que fez um sobrevoo na região, os pontos mais atingidos são aqueles que têm ocupação desordenadas e algumas pessoas vivem em “verdadeiros despenhadeiros”. Ele declarou ainda que a solução do problema é de longo prazo, como um “plano habitacional”.

Em Minas Gerais, as enchentes e deslizamentos de terra por causa das chuvas causaram 38 mortes até o momento. Quarenta e sete municípios tiveram estado de emergência decretado pelo governo estadual. No Espírito Santo, 22 cidades estão sob alerta de risco “alto” conforme a Defesa Civil.

De olho nas chuvas

Em viagem oficial à Índia, o presidente Jair Bolsonaro disse à imprensa que tem conversado com o vice-presidente Hamilton Mourão e com o ministro do Desenvolvimento Regional sobre a crise vivida tanto em Minas Gerais quanto no Espírito Santo em razão das fortes chuvas.

“Mandei recado pro Mourão, ele está tomando providência. As Forças Armadas estão agindo em Minas Gerais e no Espírito Santo, fazendo o possível. Entrei em contato com o Canuto, ele já está ligado no tocante a isso. Agora, é uma área muito grande que foi atingida, é difícil atender a todos, mas estamos fazendo o possível”.

 

Relatório diário divulgado neste sábado (25) pela Defesa Civil indica que 7.344 pessoas estão desalojadas e outras 1.110 estão desabrigadas em Minas Gerais e no Espírito Santo, por contas das fortes chuvas que atingem as regiões Centro-Oeste e Sudeste. A previsão para este domingo (26) é de persistência das chuvas intensas, principalmente na região metropolitana de Belo Horizonte e Zona da Mata Mineira, além da área sul do Espírito Santo.

As chuvas castigam os Estados desde o dia 17 de janeiro. Bahia, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e o Distrito Federal também estão em estado de alerta. A situação, contudo, é mais crítica em Minas Gerais e Espírito Santo,

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O relatório indicou que já foram registradas 30 mortes e 3,5 mil pessoas seguem desabrigadas no Estado mineiro, segundo dados consolidados até às 18h deste sábado (25) pelas autoridades estaduais e municipais. São 43 municípios atingidos e 158 alertas vigentes. No Espírito Santo, são 75 alertas e 22 municípios atingidos. Nove mortes registradas e quase 5 mil pessoas desalojadas e desabrigadas.

Para acompanhar a situação, órgãos federais e agências se reuniram com representantes do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) no sábado, no Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), em Brasília (DF).

O cenário emergencial garante aos Estados mais afetados a concessão de recursos federais para a execução de planos de ação que financiem iniciativas de assistência e reconstrução. As verbas, contudo, ainda não foram definidas e dependem da conclusão dos planos de cada município. Belo Horizonte, de plano mais adiantado até então, deve conseguir a liberação do recurso já na semana que vem, segundo o MRD.

Além disso, para auxiliar a população, o governo prevê a antecipação do pagamento do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), em cidades mais atingidas. A União já reconheceu de forma sumária a situação de calamidade pública em quatro municípios do Espírito Santo: Iconha, Vargem Alta, Rio Novo do Sul e Alfredo Chaves. Também foi decretada situação de emergência em Belo Horizonte e Contagem.

Representantes do governo federal estão nos locais atingidos desde o último final de semana auxiliando as equipes locais nas ações de socorro, assistência e no dimensionamento dos anos para a elaboração do plano de ação.

Neste domingo, o ministro de Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, sobrevoará as áreas mais atingidas pelas chuvas. O sobrevoo deve ocorrer pela manhã em municípios de Minas Gerais e, no início da tarde, em áreas do Estado capixaba.

A Operação Chuvas de Verão 2020 mobiliza seis pastas do governo, além de órgãos de trânsito e meteorologia. Iniciativa composta por agências federais, intitulada Grupo de Segurança de Barragem, realiza ainda a articulação e monitoramento de situações emergenciais em barragens.

A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Espírito Santo mantém alerta de risco “alto” em 22 cidades. Há risco de movimentação de massa, como deslizamentos, em dez áreas e risco de chuvas em 11 localidades. No município de Muniz Freire, onde há 16 cachoeiras, há risco de enxurradas.

Além dessas cidades, há risco “moderado” em mais de 50 municípios. Segundo dados da estação meteorológica, 16 municípios acumularam mais de 35 mm de chuva nas últimas 24 horas.

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As chuvas se intensificaram no Espírito Santo a partir do dia 17 de janeiro. O governo estadual já decretou situação de “calamidade pública” para os municípios atingidos até aquela data: Iconha, Vargem Alta, Alfredo Chaves e Alto Rio Novo.

Conforme o boletim geo-hidrológico disponível no serviço de alerta do estado, neste domingo (26) e na segunda-feira (27) “considera-se muito alta a possibilidade de eventos geo-hidrológicos no centro-sul do Espírito Santo, devido aos altos acumulados dos últimos dias e à continuidade de chuvas previstas para essa região. Considera-se alta a possibilidade de eventos geo-hidrológicos no norte do estado do Espírito Santo.”

 

Um novo balanço, divulgado na tarde deste sábado (18) pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social estadual, informa que subiu para seis o número mortos devido à forte chuva que atinge a região Sul do Espírito Santo desde sexta-feira (17).

Três pessoas morreram no município de Iconha. Em Alfredo Chaves, onde foi registrado o maior volume de chuvas (foram 249,4 milímetros nas últimas 24 horas), duas pessoas morreram soterradas no distrito de Cachoeirinhas e uma morte foi registrada no distrito de Recreio.

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O rompimento do Dique de Limeira, localizado entre Limeira e Jabaquara, provocou inundação em parte do distrito, deixando 20 famílias desabrigadas. Elas foram encaminhadas para o Centro de Convivência de Limeira, no município de Anchieta.

Em Iconha, uma passarela e duas pontes desabaram, o Hospital Danilo Monteiro de Castro foi inundado até o segundo andar, além de carros e árvores arrastados pela correnteza. Em Alfredo Chaves, barreiras caíram na localidade de São Marcos, uma ponte desabou e há pontos de alagamento em toda a cidade.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, houve deslizamento de terra na BR-101, na altura do quilômetro 434, e a pista ainda está parcialmente interditada. Na BR-262, foi registrado deslizamento próximo ao quilômetro 78, e a via também segue parcialmente interditada.

Governo estadual

O governador do Espirito Santo, Renato Casagrande, acompanhou na manhã deste sábado, no município de Iconha, o trabalho das equipes da Defesa Civil Estadual e do Corpo de Bombeiros na assistência às pessoas atingidas pelas fortes chuvas. Casagrande afirmou que o governo vai dar apoio ao município e às pessoas afetadas.

“No primeiro momento, vamos dar suporte a quem precisa de abrigo. Vamos ofertar água potável, alimento, materiais de higiene pessoal, colchões e medicamentos. Muitas casas estão sem água, então vamos disponibilizar caminhões-pipa e a Cesan [Companhia Espírito Santense de Saneamento] vai ajudar na limpeza das ruas. Estamos em contato com a ECO 101 [EcoRodovias] para que possam ajudar na retirada dos carros, pois muitos foram arrastados”, disse, em nota.

O diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres da Defesa Civil Nacional do Ministério do Desenvolvimento Regional, Armin Braun, viaja ainda hoje para o estado, para auxiliar a Defesa Civil local.

Em publicação nas redes sociais, o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, afirmou: "Avisei ao governador que o presidente @jairbolsonaro oferece toda ajuda necessária à população capixaba.”

Segundo a coordenação de meteorologia do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), há previsão de pancadas de chuva em alguns momentos do dia nas regiões Sul, Serrana, da Grande Vitória, Nordeste e Noroeste do estado.

 

Ao menos cinco pessoas morreram em decorrência das fortes chuvas que atingem o sul do Espírito Santo desde esta sexta-feira, 17. Os Bombeiros e a Defesa Civil ainda tentam chegar a alguns dos locais atingidos para verificar o número de desabrigados e desaparecidos. O governador Renato Casagrande (PSB) foi às cidades na manhã deste sábado, 18, para acompanhar o trabalho de assistência.

Mortes foram registradas em Iconha e Alfredo Chaves. Foto: Governo do Espírito Santo/Divulgação

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Duas vítimas foram registradas em Iconha e três em Alfredo Chaves, município com o maior acumulado de chuvas nas últimas 24 horas, com 249,2 mm. Duas das vítimas são um casal de idosos que ficou soterrado após o desabamento de sua casa.

O governador Renato Casagrande esteve em Iconha e declarou que no primeiro momento os esforços serão voltados a fornecer água potável, alimento, materiais de higiene e medicamentos. "Muitas casas estão sem água, então vamos disponibilizar caminhões-pipa e a Cesan vai ajudar na limpeza das ruas. Estamos em contato com a ECO 101 (Concessionária de Rodovias) para que possam ajudar na retirada dos carros, pois muitos foram arrastados."

Ele anunciou que o governo lançará uma linha de financiamento do Banco Estadual do Espírito Santo para ajudar na reconstrução de casas e dos negócios.

As rodovias BR 101 e BR 262 ficaram parcialmente interditadas por movimentos de massa na altura dos quilômetros 434 e 78, respectivamente.

Alfredo Chaves

 

O município registrou alagamentos em todos os bairros, exceto no centro. Uma residência no distrito Cachoeirinhas desabou e soterrou o casal de idosos que moravam nela. Barreiras caíram no bairro São Marcos.

Iconha

 

Carros e árvores foram arrastados pelas águas em Iconha. No centro, a altura da água chegou a um metro. Uma passarela desabou completamente, e o Hospital Danilo Monteiro de Castro ficou inundado até o segundo pavimento. Duas pessoas morreram.

Vargem Alta

O município foi o segundo com maior índice pluviométrico nas últimas 24 horas, com 231, 6 mm. A cidade estava, até as 11h deste sábado, sem comunicação, água potável e energia.

O número de localidades atingidas por óleo continua aumentando e chegou a 999, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Praias, mangues, rios e áreas de proteção ambiental de ao menos 130 municípios de todos os nove Estados do Nordeste, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro foram afetados por fragmentos ou manchas de petróleo cru desde 30 de agosto.

O balanço também indica que 433 localidades ainda têm fragmentos da substância e 566 são consideradas "limpas". Para o Ibama, uma localidade equivale a uma área de até um quilômetro de extensão.

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Embora o petróleo não seja mais encontrado em grandes manchas, a presença de pequenas partículas da substância exige um trabalho de mais difícil remoção e também tem impacto no meio ambiente, principalmente à fauna.

As localidades ainda com óleo são distribuídas da seguinte forma: Maranhão (27), Piauí (8), Ceará (2), Rio Grande do Norte (9), Paraíba (1), Pernambuco (15), Alagoas (62), Sergipe (43), Bahia (215), Espírito Santo (49) e Rio de Janeiro (2).

Dentre os locais ainda com óleo, cerca de 30 ficam na Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais, maior unidade de conservação federal marinha costeira do Brasil, com cerca de 120 quilômetros de praias e mangues.

Em relação à fauna, ao menos 159 animais oleados foram identificados pelo Ibama. Os dados se referem especialmente a tartarugas marinhas (105) e aves (39).

A primeira mancha de óleo foi oficialmente identificada em 30 de agosto, no município de Conde, na Paraíba. Quatro dias depois, o material foi encontrado no segundo Estado, Pernambuco, na Ilha de Itamaracá. Em 1º de outubro, a Bahia foi o nono e último Estado do Nordeste a receber óleo, com a primeira mancha identificada na Mata de São João. Por fim, fragmentos são encontrados no Espírito Santo, desde 7 de novembro, e no Rio de Janeiro, desde 22 de novembro.

Uma criança de 5 anos ficou com a cabeça presa em uma panela de pressão enquanto brincava com o irmão em casa. Foi preciso chamar o Corpo de Bombeiros, que precisou usar um equipamento especial para cortar a panela. O caso aconteceu nesta última terça-feira (7), no bairro Castelo Branco, em Cariacica, Espírito Santo.

Jaqueline Rocha Castro, mãe do garoto, revela que o garoto dizia que queria fingir que a panela era um capacete. "Fui tomar banho e deixei eles brincando. Eles sempre tem costume de brincar com as panelas e eu não vi que era a de pressão", disse Jaqueline à TV Gazeta.

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Só depois de 30 minutos que os bombeiros conseguiram retirar a panela da cabeça da criança. Primeiro eles tentaram com detergente, depois tentaram com uma serrinha - mas a criança chorava muito - só depois dessas tentativas que os oficiais usaram um equipamento especial para cortar a panela. 

Os editais de concursos públicos e processos seletivos do estado do Espírito Santo divulgados a partir desta quarta-feira (8) terão cotas. O governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), sancionou a Lei 11.094 determinando a reserva de 17% das vagas para negros e 3% para indígenas na administração estadual, empresas públicas, autarquias, fundações públicas e sociedades de economia mista. 

O projeto, que foi enviado pelo Executivo para Assembleia Legislativa, só se aplica a editais que ainda não foram publicados e quando o número de vagas for igual ou maior que três. Será permitido que os candidatos negros e indígenas concorram simultaneamente às vagas reservadas e na ampla concorrência. Nos editais com uma ou duas vagas, os candidatos ficarão em uma lista de cadastro reserva para eventuais oportunidades.   

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Para concorrer às vagas reservadas, é necessário se autodeclarar indígena, preto ou pardo no ato de inscrição, conforme o quesito de cor ou raça definido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em caso de tentativa de fraude, os candidatos suspeitos serão encaminhados ao Ministério Público do Espírito Santo. 

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"Aqui foi o primeiro lugar que apareceu. Tenho na memória o cheiro forte daquele líquido preto, que não sabíamos o que era. Os turistas saindo do mar com os corpos pretos", lembra Irenilze Paixão, coordenadora da Defesa Civil de Conde (PB), sobre a chegada da primeira das manchas de petróleo cru na costa brasileira, em 30 de agosto. Quatro meses depois, nesta segunda-feira (30), ainda havia novos registros de petróleo cru - e há possibilidade de mais avistamentos até março -, mas o balanço é de que a maior parte das praias está limpa, destaca o jornal O Estado de S. Paulo.

Ao menos 980 localidades de 129 municípios foram atingidas em 11 Estados até agora, incluindo praias, rios, ilhas, manguezais e áreas de proteção ambiental permanente. Mas o problema vem diminuindo: só em dois locais há manchas, com mais de 10% da praia contaminada. Do total, pouco mais de metade (507) é considerada "limpa" e outra grande parte (471) só tem 10% de contaminação, conforme balanço do dia 28 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

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Após dois meses, o petróleo cru voltou a poluir o litoral norte do Ceará. Os registros desta segunda foram as praias de Caetanos de Cima, no município de Amontada, e de Apiques, em Itapipoca, no litoral norte cearense, segundo a Marinha. Para o professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) Luis Ernesto Bezerra, um efeito chamado swell pode ter sido a causa. "Esse óleo continua no mar e ondas um pouco mais fortes, criadas por ventos mais fortes, acabam trazendo de volta o óleo que estava em alto-mar", explica. Outra hipótese levantada pelo especialista é de que ainda pode haver óleo no fundo do mar, e as ondas mais fortes trazem a substância.

A Secretaria de Meio Ambiente também considera essas possibilidades - com os ventos fortes, pode haver reaparecimento de óleo no Ceará até março.

Até agora, 22 toneladas de resíduos oleados foram recolhidas em 29 praias de 16 municípios cearenses. O mesmo se vê em outros Estados: na última semana, 30 quilos foram retirados da Praia de Tambaba, localizada em área de preservação ambiental e atrativo turístico de Pernambuco. Ele ainda está nas pedras.

"A sensação que tenho é de que o óleo é uma assombração, sabe? Continuamos fazendo o trabalho de vistoria nas praias, retirando os resquícios que aparecem com a maré", desabafa Irenilze, de Conde.

A taxa de ocupação dos hotéis e pousadas no município diminuiu 15% em relação ao mesmo período do ano passado. E o impacto ambiental também afeta o comércio local, restaurantes e as empresas de passeios náuticos. Na Associação dos Pescadores da Praia do Amor, Antônio Jerônimo dos Santos, de 60 anos, diz que está "cismado". "Moro aqui há 35 anos e nunca tinha visto isso", afirma.

O pescador Felipe Montenegro, de 26 anos, lembra que ainda tem óleo colado no convés "É uma tristeza tudo isso. Ficamos assustados, mas agora acredito que vai melhorar."

Banhistas

Amostras da águas das praias paraibanas atingidas pelas manchas não apontaram contaminação por petróleo, segundo avaliação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Segundo o governo da Paraíba, o óleo não afeta a balneabilidade

Embora o balanço mais recente aponte a presença de óleo em 473 localidades (cada localidade equivale a até um quilômetro de extensão), não há uma lista específica de praias não adequadas para o banho. Com manchas em Abrolhos e na Praia de Cumuruxatiba e fragmentos em 223 localidades, a Bahia apenas não recomenda que banhistas toquem ou recolham petróleo e avisem as autoridades (incluindo casos de animais oleados). Já em Alagoas, o governo diz que o óleo em praias como Japaratinga e outras 55 é antigo e ainda não foi completamente retirado por exigir uma busca mais "refinada" pelas prefeituras. (Com colaboração de Priscila Mengue, Leonardo Augusto e Lôrrane Mendonça, especiais para o Estado).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Justiça autorizou a prorrogação do emprego da Força Nacional de Segurança Pública em apoio aos Estados do Pará, do Espírito Santo, de Goiás, Pernambuco e Paraná, nas respectivas capitais e regiões metropolitanas, com foco nos municípios de Ananindeua (PA), Cariacica (ES), Goiânia (GO), Paulista (PE) e São José dos Pinhais (PR). A prorrogação está sendo feita por mais 180 dias, a contar de 28 de dezembro de 2019, encerrando em 24 de junho de 2020.

O apoio da Força Nacional nesses Estados tem foco no projeto Em Frente Brasil - Programa Nacional de Enfrentamento à Criminalidade Violenta, para atuar nas ações de policiamento ostensivo nas atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

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O prazo de apoio prestado pela Força Nacional poderá ser prorrogado, se necessário e se for solicitado.

Uma semana antes de a Polícia Federal deflagrar a Operação Mácula no dia 1º de novembro, que apontava o navio grego Bouboulina como o principal suspeito pela mancha de derramamento de óleo avistada no litoral, o Ibama já havia rejeitado as imagens que dão base à prova da PF, por saber que não se tratava de uma mancha de óleo.

A revelação foi feita pelo coordenador-geral do Centro Nacional de Monitoramento e Informações Ambientais (Cenima) do Ibama, Pedro Alberto Bignelli. Em declarações dadas à CPI do Óleo, durante audiência na Câmara, o técnico especializado em análise de imagens de sensoriamento afirmou que as imagens chegaram a ser levadas ao Ibama em outubro, pela empresa Hex Tecnologias Geoespaciais. O material, segundo Bignelli, foi exposto ao Ibama como parte de uma oferta comercial de serviço. A Hex mantém, desde março, contrato com o Ibama para análise de imagens por satélite, mas se trata de serviço sob demanda - a Hex ganha quando presta o serviço.

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Ao ver as imagens que a Hex apresentou, Bignelli disse que o material já apresentava características básicas de que não se tratava de petróleo, como a coloração. A ausência de dados técnicos básicos, disse ele, levou o Ibama a rejeitar o material como prova da origem do óleo. Uma semana depois, porém, a PF deflagrou a operação com base nessas mesmas imagens, as quais foram cedidas gratuitamente pela Hex às investigações. Os investigadores teriam alegado que, além das imagens, teriam outras evidências.

"Vendo as imagens, eu, como técnico, não me senti confortável em assumir aquele relatório como verdadeiro", disse Bignelli. A operação da PF apontava o navio grego Bouboulina, da empresa Delta Tankers, como o autor do derramamento. A declaração contradiz o que afirmou, no mês passado, o presidente da Hex, Leonardo Barros. Ao Estado, o executivo comentou que tinha decidido ceder as imagens à PF porque não tinha sido acionado pelo Ibama nem pelo Ministério do Meio Ambiente.

Deflagrada a operação da PF, o Ibama fez laudo técnico próprio sobre as supostas provas e concluiu que, na realidade, se tratava de clorofila. A Marinha, que centraliza os trabalhos de investigação, chegou a dizer, na semana passada, que o Bouboulina ainda faria parte dos trabalhos das investigações. Já a Delta Tankers rejeita ligações com o crime ambiental. Procuradas, a Hex, a Marinha e a PF não se manifestaram até a publicação desta matéria. As causas do derramamento de óleo ainda são desconhecidas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Militar do Espírito Santo fez uma apreensão inusitada na manhã desta quarta-feira (11): um pé de maconha decorado com pisca-pisca, bolas coloridas e até presépio como se fosse uma árvore de Natal. As informações são do jornal A Gazeta.

 O flagrante ocorreu no município de Serra. A PM estava em uma ocorrência relacionada à guarda de uma criança de quatro anos que se encontrava na casa da avó paterna. A mãe da menina havia acionado o efetivo. 

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 A avó entregou a neta após a chegada da PM. Na saída, a mãe da criança pediu suporte para buscar pertences da filha na casa do ex-marido. Logo em seguida, os policiais perceberam a decoração de Natal inusitada no quintal da casa.

 O proprietário do imóvel teria confessado que a planta estava sendo cultivada há seis meses. Ele, a mulher e um amigo compraram a decoração nesta semana. O trio foi levado para a 3ª Delegacia Regional da Serra.

 De acordo com um policial militar que participou da ocorrência, o dono da planta pediu que ao menos os enfeites fossem devolvidos pela Polícia Civil. O trio havia batizado a planta de cannabis natalina.

O número de localidades atingidas por óleo continua aumentando e chegou a 900, segundo balanço divulgado no domingo, 8, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Praias, mangues, rios e áreas de proteção ambiental de ao menos 127 municípios de todos os nove Estados do Nordeste, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro foram afetados por fragmentos ou manchas de petróleo cru desde 30 de agosto.

O balanço também indica que 23 localidades ainda estão com manchas de óleo (isto é, com mais de 10% de contaminação), outras 518 têm fragmentos da substância e 359 são consideradas "limpas". Dentre os locais ainda com óleo, mais de 40 ficam na Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais, maior unidade de conservação federal marinha costeira do Brasil, com cerca de 120 km de praias e mangues.

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O óleo está distribuído da seguinte forma: Maranhão (24 localidades), Piauí (12), Ceará (8), Rio Grande do Norte (10), Paraíba (4), Pernambuco (22), Alagoas (87), Sergipe (60), Bahia (237), Espírito Santo (75) e Rio de Janeiro (2).

Em relação à fauna, ao menos 155 animais oleados foram identificados pelo Ibama. Os dados se referem especialmente a tartarugas marinhas (102) e aves (38). Nas redes sociais, a Fundação Mamíferos Aquáticos chegou a compartilhar imagens da recuperação de uma ave oleada encontrada em Maragogi (AL).

Pesquisadores apontam que o petróleo também foi encontrado no organismo de animais diversas, como mariscos e peixes. Eles também ressaltam que o impacto ambiental do óleo pode persistir por décadas.

A primeira mancha de óleo foi oficialmente identificada em 30 de agosto, no município de Conde, na Paraíba. Quatro dias depois, o material foi encontrado no segundo Estado, Pernambuco, na Ilha de Itamaracá. Em 1º de outubro, a Bahia foi o nono e último Estado do Nordeste a receber óleo, com a primeira mancha identificada na Mata de São João. Por fim, fragmentos são encontrados no Espírito Santo, desde 7 de novembro, e no Rio de Janeiro, desde 22 de novembro.

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