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Foram identificados, por peritos judiciais e extraoficiais, dezenas de cortes nas gravações da conversa de Michel Temer pelo empresário Joesley Batista. Segundo um dos peritos, as edições podem desvalidar os áudios enquanto provas. 

De acordo com o perito Marcelo Carneiro de Souza, foram identificados 14 trechos fragmentados, conforme noticiou o jornal O Estado de S.Paulo. Um segundo especialista, Ricardo Caires dos Santos, em serviço da Folha de S.Paulo, concluiu que o áudio passou por mais de 50 edições. 

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Para o primeiro especialista, todos os 14 cortes aconteceram entre os minutos 14 e 34. Entre o 6° e 12° minuto, o perito afirma que não houve edições. Por outro lado, Santos afirma que um dos cortes foi no momento em que Temer respondeu sobre sua relação com Eduardo Cunha. Para o especialista, e edição do áudio o desqualifica enquanto prova, ainda que haja coerência no conjunto.  

Em outro trecho da gravação entre Joesley Batista, dono do grupo J&F, e Michel Temer, o empresário comunica ao presidente as diversas manobras utilizadas para interferir nas investigações da Justiça Federal que envolviam a J&F e a JBS, que faz parte do grupo. O presidente não demonstra surpresa nem condena a atitude em nenhum momento do áudio.

“Eu estou segundo as pontas", diz Joesley. "Aqui eu dei conta, de um lado, o juiz, dar uma segurada, do outro lado o juiz substituto, que é o cara que fica... segurando os dois”. O empresário continua: “Consegui um procurador dentro da força-tarefa, que está também me dando informação e eu estou pra dar conta de trocar o procurador que está atrás de mim”.

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Joesley, então, explica que trocar o procurador pode ser benéfico ou não. “O lado bom é que dá uma esfriada até o outro chegar e o lado ruim é que sem um cara com raiva ou não sei o quê...(...) eu estou me defedendo, me segurando e tal”. Durante a gravação, é perceptível que Temer compreendia as falas do empresário. 

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--> Ouça a gravação entre Michel Temer e Joesley Batista

A gravação entre o presidente da República, Michel Temer, e o dono da J&F Joesley Batista, foi divulgada à imprensa no início da noite desta quinta-feira (18). O material gerou a autorização para abertura de inquérito para investigar Michel Temer por obstrução. 

No início da conversa entre o empresário e o presidente, ainda nas formalidades, Temer menciona como a oposição estava no pé dele. “Eles lançaram o negócio do golpe, golpe, golpe, não passou. ‘A economia não vai dar certo’, começou a dar certo. Então os caras estão num desespero”, diz o presidente.

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Ele continua: “Nós vamos atravessar isso aí, você vai ver, vamos chegar no final deste ano já muito melhor. E 2018 vamos comemorar”. 

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--> Ouça a gravação entre Michel Temer e Joesley Batista

Foi liberado, nesta quinta-feira (18), o áudio gravado entre Joesley Batista, da JBS, e o presidente da República Michel Temer. A gravação ganhou repercussão porque o presidente aparece aprovando que Eduardo Cunha receba propina para se manter em silêncio.  "Tem que manter isso, viu?" diz Temer após Joesley informar que fazia o pagamento de mesadas para Cunha e o operador Lúcio Funaro. 

Fachin autorizou a abertura de inquérito por obstrução contra Michel Temer. O presidente, em declaração nesta tarde, disse que não renunciará. 

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O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o afastamento do senador Aécio Neves do mandato. A informação foi publicada na manhã desta quinta-feira (18) pelo jornal Estadão. Além dele, segundo a publicação, o deputado Rocha Lourdes também sofreu a mesma sanção do STF. 

Caso o afastamento afirmado pela publicação seja confirmado, a medida acontece um dia após uma reportagem do jornal O Globo divulgar uma gravação que o dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, que entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR). 

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Nela Aécio Neves aparece pedindo a ele R$ 2 milhões. No áudio, o presidente nacional do PSDB se justifica e diz que precisava da quantia para pagar sua defesa na Lava Jato. Em nota encaminhada à imprensa, o senador negou tudo. 

Na manhã de hoje uma nova fase da operação Lava Jato foi deflagrada com base na delação da JBS e cumpre mandados judiciais envolvendo o senador.

Desde o início da manhã desta quinta-feira (18), agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF) realizam uma operação da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro. Estão sendo cumprindo pelo menos três mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao senador Aécio Neves (PSDB), à irmã dele, Andrea Neves, e Altair Alves Pinheiro, braço direito do deputado Eduardo Cunha (PMDB).

No Congresso Nacional, em Brasília, buscas também estão sendo realizadas nos gabinetes do tucano, além nos do senador Zeze Perrella (PMDB-MG) e do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).

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As equipes deixaram a sede da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio, por volta das 5h30 e se dirigiram a endereços nos bairros de Ipanema (onde mora o senador), de Copacabana (onde a irmã tem apartamento) e do Maracanã (residência de Altair Pinheiro).

Um chaveiro foi chamado para ajudar no trabalho dos agentes em Ipanema, já que não havia ninguém na casa de Aécio Neves. Um funcionário que trabalha no hotel ao lado foi chamado para ser testemunha.

A operação foi deflagrada após a delação de Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, que entregou uma gravação de áudio na qual Aécio Neves pede a ele R$ 2 milhões. No áudio, o senador tucano justifica o pedido alegando que necessitava do dinheiro para pagar sua defesa na Lava Jato. A informação foi divulgada pelo jornal "O Globo" ontem à noite (17).

O dinheiro teria sido entregue ao primo de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros, que foi diretor da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), nomeado pelo tucano, e um dos coordenadores de sua campanha à Presidência em 2014. A assessoria de imprensa do senador informou que ele "está absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos" e disse que o tucano "aguarda ter acesso ao conjunto das informações para prestar todos os esclarecimentos necessários".

Foi na noite do último dia 7 de março que o dono do Grupo JBS, Joesley Batista, gravou a conversa que teria acontecido entre ele e o presidente Michel Temer (PMDB), na qual o peemedebista teria falado sobre “manter” a mesada ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB). A informação é do jornal O Globo. O periódico também diz que o empresário conseguiu a prova com um gravador escondido. 

A reportagem destaca que as delações da JBS, as quais define como “a maior produtora de proteínas do mundo”, foi feita em tempo recorde. As conversas teriam sido iniciadas no final de março e os depoimentos, logo em seguida, em abril, e terminado na primeira semana de maio. A matéria lembra que a delação da Odebrecht foi negociada em um período de dez meses e a da OAS “se arrasta por mais um ano”.  

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Na redes sociais, a denúncia é o assunto mais comentado. Políticos da oposição e internautas contra Temer utilizam a palavra “acabou” para se referir a situação do presidente do país. 

O presidente Michel Temer (PMDB) terá que dar uma boa explicação sobre a revelação da noite desta quarta-feira (17), após o dono da JBS, Joesley Batista e o seu irmão Wesley confirmarem ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin o que já teriam dito à Procuradoria-Geral da República em pronunciamento de suas delações premiadas, em abril passado. 

Segundo o jornal O Globo, há um diálogo gravado que denuncia o envolvimento de Temer. O peemedebista teria indicado o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB) para “resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS)”. O fato é que, em outro momento, o parlamentar Rocha foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. 

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O problema se complica ainda mais quando Temer teria ouvido do dono da JBS que ele estaria enviando para o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro “uma mesada” para que permanecessem em silêncio na prisão. Temer teria sido cúmplice ao dizer: “Tem que manter isso, viu”. 

Joesley também afirmou que deu para Cunha R$ 5 milhões após ter sido preso, segundo ele, o valor seria o saldo de propina que o peemedebista teria com ele. 

 

Assim como fez no Dia do Trabalho, comemorado no último 1º de Maio, o presidente Michel Temer (PMDB) decidiu gravar um pronunciamento com o objetivo de realizar um balanço de um ano de governo, que serão completados na próxima sexta-feira (12). A informação foi divulgada, nesta sexta (5), pelo jornal Folha de S.Paulo.

O que ainda não foi definido por ele e pela equipe é se a gravação será divulgada apenas nas redes sociais ou também na televisão e rádio. Segundo o jornal, Temer pode optar apenas divulgar nas mídias sociais para evitar os “panelaços”.

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Assim como o vídeo em homenagem ao Dia do Trabalho, no qual pouco o peemedebista se dirigiu ao trabalhador e passou a maior parte do tempo defendo as reformas que quer realizar, no novo depoimento ele deverá ressaltar as principais conquistas que conseguiu fazer durante sua gestão e voltar a falar sobre como as suas propostas são positivas para o país.

Ainda segundo informação da Folha de S.Paulo, Temer programa um evento no Palácio do Planalto, também na próxima sexta, onde ele também deve fazer um discurso.

O juiz federal Sérgio Moro, dos processos da Operação Lava Jato em Curitiba, advertiu nessa quinta-feira (9) as partes do processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a "grave irregularidade" da gravação de vídeo de uma audiência sem autorização do juízo.

"Na última audiência, houve uma grave irregularidade consistente na gravação de vídeo da audiência por um dos presentes sem que tivesse havido autorização do Juízo", registrou Moro, na ata de audiência desta quinta, quando foi ouvido o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

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O ex-presidente foi arrolado como testemunha de defesa do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, em ação penal em que Lula é réu, junto com o ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro. O petista é acusado de corrupção passiva, por supostamente ter recebido propinas da empreiteira no montante de R$ 3,8 milhões.

Na ata da audiência, na qual registra os presentes e as deliberações da audiência, Moro advertiu: "Conteúdo da gravação irrelevante, mas ainda assim trata-se de irregularidade que não deve se repetir". "Nenhuma parte tem direito de gravar áudio ou vídeo da audiência sem autorização expressa deste Juízo." O juiz da Lava Jato não cita quem foi o autor da gravação.

Lula e sua defesa têm levado às audiências da Lava Jato em Curitiba assessores de imprensa: dois que atuam em nome do Instituto Lula e uma na assessoria dos advogados. Desde os primeiros depoimentos das testemunhas de acusação, chamadas pelo Ministério Público Federal, a equipe grava em áudio as audiências - com autorização do juízo.

As audiências do processo da Lava Jato são todas gravadas em vídeo, pela própria Justiça Federal, e os arquivos anexados aos autos eletronicamente.

Em dezembro, uma audiência do processo foi filmada pela equipe de Lula e registrou, após o término da gravação da Justiça, uma conversa entre Moro e os advogados. O registro audiovisual não foi requerido formalmente à Justiça.

Na ata da audiência desta quinta, Moro advertiu as partes. "Fica advertida as partes, com base no art. 251 do CPP que não promovam gravações de vídeo da audiência sem autorização do Juízo."

Pernambuco vem atraindo os olhares dos produtores culturais e cinematográficos para as gravações de longas, séries e cenas de novelas nos últimos meses. Nessa segunda-feira (16), os produtores executivos, Camila Valença e Mauro Lima, do filme 'Piedade', se reuniram com representantes da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho para pedir apoio no período das gravações da obra. De autoria do cineasta pernambucano Claudio Assis, o longa começa a ser gravado no próximo dia 23 de janeiro.

"O filme Piedade é uma forma de apresentar o que temos de melhor em nossa cidade, o resgate da história de pessoas simples e a valorização de nossas belezas naturais”, destacou a secretária de Educação do município, Sueli Lima, conforme informações da assessoria de imprensa. 

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Fazem parte do elenco a atriz Fernanda Montenegro, o ator Cauã Reymond, Matheus Nachtergaele, o pernambucano Irandhir Santos, e o ator Gabriel Leoni, que trabalhou na novela Velho Chico. Durante as filmagens, eles ficarão hospedados no Hotel Canarius, em Gaibu, e a produção do filme utilizará a escola Rui Barbosa, em Suape, para o preparo das refeições. 

O longa será rodado em vários pontos da cidade, como o Porto de Suape, na Ilha de Cocaia, Ilha de Tatuoca e Praia do Paiva. A Vila de Nazaré - local histórico do Cabo de Santo Agostinho - também terá algumas cenas gravadas nas ruínas e no cemitério. As paisagens litorâneas e os principais pontos turísticos do Cabo serão palco principal da trama. De acordo com Camila Valença, o elenco possui 100 pessoas. 

O bar do Eloi, na praia de Suape, foi o escolhido para abrigar o restaurante da personagem Carminha, atriz Fernanda Montegro. Ela fará a mãe de Cauã Reymond, que é dono de um cinema pornô, e o personagem foi roubado na maternidade.

O ator Cauã Reymond chegará à capital pernambucana nesta sexta-feira (13), para iniciar as gravações do longa ‘Piedade’, do cineasta pernambucano Claudio de Assis. O longa que terá imagens gravadas em Suape, Paiva e Centro do Recife, contará ainda no elenco com os atores Irandir Santos, Matheus Nachtergaele, Francisco de Assis, além da convidada de peso do cineasta, Fernanda Montenegro.

A atriz que viverá uma mulher que sustenta a família, com o dinheiro que consegue em seu bar à beira-mar, também deve chegar a capital pernambucana para iniciar as gravações, já neste domingo (15). 

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Esta será a primeira vez que Cláudio incluirá no seu elenco Cauã Reymond - que atualmente atua na minissérie global dupla de personagens, em Dois Irmãos - e a atriz Fernanda Montenegro. As gravações estão previstas para começar no dia 22 deste mês e enquanto a data não chega, os atores irão experimentar os figurinos e se preparar para as tomadas. 

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O apresentador Luciano Huck vem ao Recife essa semana e pediu indicações de histórias para o 'Lata Velha', quadro que reforma carros antigos no seu programa 'Caldeirão do Huck', exibido na TV Globo. Luciano Huck anunciou que vem à capital pernambucana na segunda-feira (5) por meio de postagem no seu Facebook: 

'Alguém aí tem uma história de amor incrível entre o homem e a máquina para indicar pro Lata Velha? Se tiver, pode contar aqui nos comentários deste post. Videos e fotos sempre ajudam... Nos vemos em breve! Bjs a todos e obrigado'. 

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A última vez que o apresentador esteve no Recife foi no mês de julho, quando entregou uma casa reformada pelo quadro 'Lar Doce Lar' a Jonas Tavares, estudante da rede pública de ensino. 

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Uma "indignidade absoluta", reagiu o presidente Michel Temer, em coletiva realizada na manhã deste domingo, 27, sobre a possibilidade de uma de suas conversas com o ex-titular da Cultura Marcelo Calero ter sido gravada pelo próprio ex-ministro. "Com toda franqueza, gravar clandestinamente é desarrazoável. Um ministro gravar o presidente da República é gravíssimo, quase indigno", emendou. E disse que jamais teria a coragem de gravar uma conversa com alguém

Na entrevista coletiva, que teve a participação dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (PMDB-RJ), e do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), realizada para o anúncio do veto à anistia ao caixa 2 no bojo do pacote das dez medidas contra a corrupção, em votação no parlamento, Temer disse que arbitrar conflitos é uma tarefa indispensável para o Presidente da República e foi isso que fez nas conversas com Calero. Mais de uma vez, o presidente da República disse que deseja que venha à público a eventual gravação de sua conversa com Calero "para mostrar que não patrocinei nenhum interesse privado.".

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Ainda sobre Calero, Temer disse que se tal gravação vier mesmo a público, ficará evidente que ele é cuidadoso com as palavras e que jamais falou algo inadequado às suas funções no comando do País. O peemedebista disse que ao ser procurado pelo ex-ministro da Cultura e ver que havia um conflito entre o Iphan da Bahia e o nacional, pediu que o seu ex-colaborador fizesse o melhor neste caso e informou-lhe que a lei prevê, em casos de conflito, que se ouça a Advocacia Geral da União (AGU).

"Eu estava arbitrando conflitos, que é o que mais faço na Presidência da República". Segundo Temer, ele não vai mudar seu estilo por conta de episódios que ocorreram ou venham a ocorrer na gestão do País e frisou que não é autoritárioe possui um perfil conciliador e de arbitrar conflitos, que cultiva desde os 18 anos de idade. "Meu estilo sempre foi esse, não venham me dizer que devo tomar atitudes autoritárias. Não tenho esse temperamento e acho que é ruim para o Brasil uma visão centralizadora e autoritária, prezo a cultura política do diálogo, e é isso que tenho feito."

Na coletiva, o presidente da República disse que está em caráter efetivo no comando do País há dois meses e meio e lembrou do cenário difícil que encontrou o País, com, recessão e desemprego em alta. "Não foi fácil aprovar o verdadeiro déficit fiscal, não foi fácil aprovar a emenda do Teto dos Gastos, DRU estava paralisada e, em pouco tempo, conseguimos aprovar na Câmara e no Senado", disse, argumentando, porém, que "houve apoio extraordinário do Brasil às atitudes do executivo". Ao falar da crise fiscal que atinge muitos Estados da federação, Temer falou que sua gestão compreende a "angústia dos Estados" na repatriação, mas o executivo pediu contrapartida. "Fizemos uma repactuação com os Estados." Ao falar da reforma da Previdência, disse que irá se reunir com os sindicatos antes da proposta ser enviada ao Congresso Nacional.

Em seu oitavo álbum de carreira, o cantor paraibano, Chico César, após rodar o Brasil com a nova turnê, retornou a capital pernambucana na noite deste último sábado (17), para apresentar o show “Estado de Poesia” e gravar seu novo DVD.

Realizado no Teatro Boa vista, Centro do Recife, a apresentação contou com as músicas compostas nas 14 faixas do novo disco que incluem misturas dos gêneros do frevo, samba, forró, toada e reggae, bem como os clássicos do cantor que ainda embalam gerações, desde a época dos álbuns “Aos Vivos”, “Cuscuz Clã” e “Mama Mundi”.

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Entre as parcerias harmoniosas, passaram pelo palco o cantor baiano Lazzo Matumbi, o samba nordestino e funk Paraíba de Seu Pereira, o pernambucano de Serra Talhada, Escurinho, Luizinho Calixto e Michael Ruzitschka. Além da banda composta pelos músicos Simone Soul, Gledson Meira, Helinho Medeiros, Xisto Medeiros e Oleg Fateev.

O cantor iniciou o show expondo sua satisfação pelo público recifense, chegando a citar referências musicais do Estado e agradecendo pela presença do cantor Lula Queiroga, que o assistia na plateia. Reuniu algumas músicas clássicas da MPB, a exemplo de “Para Não Dizer que Não Falei de Flores”, de Geraldo Vandré.

Surpreendeu o público ainda com a versão melódica do Poema de Torquato Neto, “Quero Viver”, e com a sua mais nova composição, exibida pela primeira vez aos palcos, “Autopista”, canção em que cita várias cidades da Paraíba como Mamanguape, Cabedelo e Café do Vento.

Chico também aproveitou o encontro para prestar homenagem ao ator global falecido nesta última quinta-feira (15), Domingos Montagner, com a canção em que faz parceria com Carlos Rennó, “Reis do Agronegócio”, resultante de protesto em forma de melodia sobre os tempos de incerteza e efervescência.

Com bastante carisma e simplicidade, o músico interagiu diversas vezes com o público, que também sempre retribuía em aplausos e risadas. Despediu-se no formato solo, relembrando as faixas de maiores sucessos como “Pensar em Você”, “Deus me Proteja de Mim” e “A Prosa Impúrpura do Caicó".

A gravação do DVD “Estado de Poesia” surgiu por meio de um convite da TV Globo para que o paraibano integrasse a programação de fim de ano da emissora. A ideia foi transformada em projeto pessoal do cantor e tem coprodução do Canal Brasil e da Chita Discos.

A cantora Mel B, que já exibiu a boa forma nas redes sociais, participou do programa Running Wild With Bear Grylls e viveu uma experiência bem inesperada e digna de filmes de aventura. A jurada do American’s Got Talent viu o apresentador Bear Grylls se queimar e sofrer de dor após tocar uma água-viva com a mão.

E adivinha só o que a Spice Girl, que apareceu reunida com as outras meninas do grupo para comemorar os 20 anos do single Wannabe, fez? Ela simplesmente abaixou sua calça e urinou no machucado na mão do apresentador. Mesmo com as negativas de Bear, a cantora fez questão de tentar ajudá-lo.

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E, pelo visto, a tática da cantora funcionou muito bem.

- Mel B salvou minha vida. Ainda fede, mas está melhor. Devo admitir que que essa é a primeira vez que isso acontece. Tudo em nome da sobrevivência, disse ele para as câmeras.

O cantor paraibano Chico César anunciou na última semana, em sua página oficial no facebook, que irá gravar o DVD do seu último álbum, 'Estado de Poesia', na capital pernambucana. O show irá acontecer no dia 17 de setembro, no Teatro Boa vista, no Centro do Recife. Os ingressos ainda não estão disponíveis, mas as vendas estão previstas para serem iniciadas ainda nesta semana com preços entre R$ 60 (inteira) e R$30 (meia).

'Estado de Poesia' é o oitavo álbum do cantor e possui 14 faixas que reivindicam a liberdade e o ato de fazer. O repertório passa por música gravada pela cantora Maria Bethânia, e paixão pela sua esposa, Bárbara, nas canções como, Caracajus, Da Taça, Museu e Palavra Mágica. Chico César ainda assina duas composições integrais de sua autoria.

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Serviço

Show Chico César

17 de setembro

Teatro Boa Vista (Rua Dom Bôsco, 551 - Boa Vista, Recife)

R$ 60 (inteira) e R$30 (meia)

As gravações do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado com políticos do PMDB, feitas como parte de sua estratégia para conseguir o acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal, não afastam a possibilidade dele ser julgado na 13ª Vara Federal, em Curitiba - origem e sede dos processos em primeiro grau da Operação Lava Jato. Considerado o novo "homem-bomba" do escândalo Petrobras, o medo de Machado é ser julgado pelo juiz Sérgio Moro, responsável por 158 prisões e 93 condenações no caso.

Até aqui, foram tornadas públicas conversas com o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o ex-presidente José Sarney (AP) e o senador Romero Jucá (RR) - exonerado do cargo de ministro do Planejamento, um dia após a divulgação dos conteúdos. Nos áudios, os peemedebistas mencionam a preocupação com a prisão de Machado, por Moro, e os avanços da Lava Jato, em Curitiba.

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Com um rombo no caixa da Transpetro reconhecido em balanço de R$ 256,6 milhões por desvios em contratos de R$ 8 bilhões, um adiantamento de R$ 511 milhões para estaleiros de empreiteiras do cartel acusado de corrupção na Petrobras e a confissão de três delatores sobre propinas nos negócios da subsidiária, Machado segue investigado em um inquérito aberto em Curitiba.

É nessa apuração que o ex-executivo da Transpetro ainda pode virar réu de Moro pelos crimes praticados por ele de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Investigadores e advogados especialistas em delação, ouvidos em reservado, avaliaram que ao arrastar políticos da cúpula do PMDB com foro privilegiado para o centro do escândalo, a delação premiada de Machado pode ter afastado temporariamente o risco de uma prisão preventiva decretada em Curitiba - tratada nas conversas como a "Torre de Londres", referência ao castelo inglês que nos séculos 16 e 17 foi prisão e local de torturas. Mas não afasta a possibilidade de denúncia criminal contra ele por crimes na Transpetro - a não ser que o Supremo expressamente proíba esse desmembramento.

Em outros casos da Lava Jato, como o que envolve suposto recebimento de propina pelo presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ministro Teori Zavaski - relator da Lava Jato no STF - mandou seguir com Moro os processos contra sua mulher, Cláudia Cruz, e contra outros delatores, como o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

Temor

Machado expressou, nos diálogos, o medo de ser preso por Moro. "Ele (Rodrigo Janot, procurador-geral da República) acha que no Moro, o Moro vai me prender, e aí quebra a resistência e aí... Então, a gente precisa ver. Andei conversando com o presidente Sarney, como a gente encontra uma... porque se me jogar lá embaixo (Curitiba) eu tô f...", afirma Machado, em diálogo com Renan - principal investigado no inquérito que resultou na delação de Machado, em trâmite no Supremo Tribunal Federal.

Os números de revisão de prisões e sentenças do juiz da Lava Jato mostram que o temor de Machado tem fundamento. Dos 372 habeas corpus e recursos em habeas corpus apresentados pelas defesas contra acusações, desde 2014, apenas 3,5% prosperaram no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal, segundo balanço do início do mês feito pela Procuradoria da República.

Com indícios de existência na Transpetro de um tentáculo do esquema de cartel e corrupção descoberto na Petrobras, a força-tarefa do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, em Curitiba, considera ter elementos para imputar a Machado crimes. No esquema "sistêmico" de "propina tabelada", como classificou Moro, políticos do PT, PMDB e PP, em conluio com empresários e agentes públicos, lotearam postos-chave nas estatais e suas subsidiárias para arrecadar de 1% a 3% nos contratos públicos - um desvio de mais de R$ 20 bilhões, em 10 anos.

Segundo a investigação, Machado seria um braço do PMDB na Transpetro, sustentado no cargo por Renan, que arrecadou valores para membros do partido e para benefício próprio. Ele ocupou a presidência da companhia desde o primeiro ano do governo do PT, com Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, até ser afastado, no início de 2015, com Dilma Rousseff, por ter o nome citado no escândalo da Petrobras.

A apuração em Curitiba foi aberta após confissão do primeiro delator da Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele citou ter recebido propina de R$ 500 mil de Machado, referente a contratos de afretamentos de navios. Desde então, outros dois delatores comprometeram o ex-presidente da Transpetro: o dono da UTC, Ricardo Pessoa, que diz ter pago R$ 1 milhão em um contrato, e o senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS), que ligou Machado ao presidente do Senado e ao esquema de propinas.

Defesas. Procurado por meio de sua assessoria de imprensa, Sérgio Machado não foi encontrado para comentar o caso.

A assessoria da Transpetro afirma que a subsidiária "não fez qualquer desses pagamentos indevidos" apontados na Lava Jato. Em balanço contábil, a companhia admitiu perda de R$ 256 milhões e informou "que está acompanhando e colaborando com as investigações", além de ter aprofundados em 2015 as medidas de compliance para evitar mais prejuízos. "Não toleramos qualquer prática de corrupção e consideramos inadmissíveis práticas de atos ilegais envolvendo os nossos empregados." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em trecho da conversa gravada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) indica ao ex-presidente da República José Sarney o advogado Eduardo Ferrão para tentar influenciar o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki a barrar a Operação Lava Jato.

Ferrão entraria como substituto do ex-ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) Cesar Asfor Rocha na tarefa de tentar convencer Zavascki a por fim na Lava Jato e evitar que o juiz Sérgio Moro mandasse Machado para a cadeia.

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Na conversa ente os três, gravada no dia 10 de março pelo próprio Sérgio Machado, Sarney diz ao ex-presidente da Transpetro: "O Renan me fez uma lembrança que pode substituir o César. O Ferrão é muito amigo do Teori."

Renan adverte sobre a importância de a conversa ficar só entre ele, Sarney e Machado: "Tem que ser uma coisa muito confidencial, Sérgio. Só entre nós e o Ferrão."

Outro trecho da conversa gravada mostra que houve tentativa de se mudar a lei para prejudicar a Operação Lava Jato. Machado sugere: "outro caminho que tem que tem que ter. É a aprovação desse projeto de leniência na Câmara o mais rápido possível porque aí livra criminal, livra tudo." Sarney reponde: "Tem que lembrar o Renan disso. Para ele aprovar o negócio da leniência."

Os dois se referiam à Medida Provisória sobre acordo de leniência editada pelo Governo Dilma para facilitar as empresas envolvidas nas investigações da Lava Jato que admitirem culpa voltar a fazer negócios com o setor público. Só que depois do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público terem se posicionado contrários a MP foi substituída por um Projeto de Lei mais rígido.

Em conversa gravada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fala em mudança na lei da delação premiada, para impedir que um preso possa ser delator, procedimento usado exaustivamente pela Operação Lava Jato. As informações são da Folha de São Paulo.

Machado e Renan são investigados na Operação Lava Jato. Segundo a Folha, desde março Marchado gravou pelo menos duas conversas entre os dois por temer ser preso. Ele também gravou o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que se exonerou do cargo de ministro do Planejamento do governo Michel Temer.

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Na conversa com Machado, Renan diz que antes de passar a borracha no Brasil, como sugere o ex-presidente da Transpetro, é preciso fazer três coisas. “(...) precisa fazer três coisas, que alguns do Supremo [inaudível] fazer. Primeiro, não pode fazer delação premiada preso. Primeira coisa. Porque aí você regulamenta a delação e estabelece isso”,  ele diz na gravação.

O presidente do Senado ainda menciona que todos os políticos estão com medo da Lava Jato. “Aécio está com medo. [me procurou] ‘Renan, queria que você visse para mim esse negócio do Delcídio, se tem mais alguma coisa’”, revela a Folha.

À Folha, a assessoria de Renan informou que os “diálogos não revelam, não indicam, nem sugerem qualquer menção ou tentativa de interferir na Lava Jato ou soluções anômalas. E não seria o caso porque nada vai interferir nas investigações”. 

Sobre Aécio Neves, “o senador Renan Calheiros se desculpa porque se expressou inadequadamente. Ele se referia a um contato do senador mineiro que expressava indignação –e não medo- com a citação do ex-senador Delcídio do Amaral”, diz a nota.

Confira a transcrição das conversas divulgadas pela Folha de São Paulo:

Primeira conversa -

SÉRGIO MACHADO -Agora, Renan, a situação tá grave.

RENAN CALHEIROS - Grave e vai complicar. Porque Andrade fazer [delação], Odebrecht, OAS. [falando a outra pessoa, pede para ser feito um telefonema a um jornalista

MACHADO - Todos vão fazer.

RENAN - Todos vão fazer.

MACHADO - E essa é a preocupação. Porque é o seguinte, ela [Dilma] não se sustenta mais. Ela tem três saídas. A mais simples seria ela pedir licença...

RENAN - Eu tive essa conversa com ela.

MACHADO - Ela continuar presidente, o Michel assumiria e garantiria ela e o Lula, fazia um grande acordo. Ela tem três saídas: licença, renúncia ou impeachment. E vai ser rápido. A mais segura para ela é pedir licença e continuar presidente. Se ela continuar presidente, o Michel não é um sacana...

RENAN - A melhor solução para ela é um acordo que a turma topa. Não com ela. A negociação é botar, é fazer o parlamentarismo e fazer o plebiscito, se o Supremo permitir, daqui a três anos. Aí prepara a eleição, mantém a eleição, presidente com nova...

[atende um telefonema com um jornalista]

RENAN - A perspectiva é daquele nosso amigo.

MACHADO - Meu amigo, então é isso, você tem trinta dias para resolver essa crise, não tem mais do que isso. A economia não se sustenta mais, está explodindo...

RENAN - Queres que eu faça uma avaliação verdadeira? Não acredito em 30 dias, não. Porque se a Odebrecht fala e essa mulher do João Santana fala, que é o que está posto...

[apresenta um secretário de governo de Alagoas]

MACHADO - O Janot é um filho da p*** da maior, da maior...

RENAN - O Janot... [inaudível]

MACHADO - O Janot tem certeza que eu sou o caixa de vocês. Então o que que ele quer fazer? Ele não encontrou nada nem vai encontrar nada. Então ele quer me desvincular de vocês, mediante Ricardo e mediante e mediante do Paulo Roberto, dos 500 [mil reais], e me jogar para o Moro. E aí ele acha que o Moro, o Moro vai me mandar prender, aí quebra a resistência e aí f****. Então a gente de precisa [inaudível] presidente Sarney ter de encontro... Porque se me jogar lá embaixo, eu estou f*****. E aí fica uma coisa... E isso não é análise, ele está insinuando para pessoas que eu devo fazer [delação], aquela coisa toda... E isso não dá, isso quebra tudo isso que está sendo feito.

RENAN - [inaudível]

MACHADO - Renan, esse cara é mau, é mau, é mau. Agora, tem que administrar isso direito. Inclusive eu estou aqui desde ontem... Tem que ter uma ideia de como vai ser. Porque se esse vagabundo jogar lá embaixo, aí é uma merda. Queria ver se fazia uma conversa, vocês, que alternativa teria, porque aí eu me fodo.

RENAN - Sarney.

MACHADO - Sarney, fazer uma conversa particular. Com Romero, sei lá. E ver o que sai disso. Eu estou aqui para esperar vocês para poder ver, agora, é um vagabundo. Ele não tem nada contra você nem contra mim.

RENAN - Me disse [inaudível] 'ó, se o Renan tiver feito alguma coisa, que não sei, mas esse cara, p****, é um gênio. Porque nós não achamos nada.'

MACHADO - E já procuraram tudo.

RENAN - Tudo.

MACHADO - E não tem. Se tivesse alguma coisa contra você, já tinha jogado... E se tivesse coisa contra mim [inaudível]. A pressão que ele quer usar, que está insinuando, é que...

RENAN - Usou todo mundo.

MACHADO -...está dando prazos etc é que vai me apartar de vocês. Mesma coisa, já deu sinal com a filha do Eduardo e a mulher... Aquele negócio da filha do Eduardo, a p**** da menina não tem nada, Renan, inclusive falsificaram o documento dela. Ela só é usuária de um cartão de crédito. E esse é o caminho [inaudível] das delações. Então precisa ser feito algo no Brasil para poder mudar jogo porque ninguém vai aguentar. Delcídio vai dizer alguma coisa de você?

RENAN - Deus me livre, Delcídio é o mais perigoso do mundo. O acordo [inaudível] era para ele gravar a gente, eu acho, fazer aquele negócio que o J Hawilla fez.

MACHADO - Que filho da p***, rapaz.

RENAN - É um rebotalho de gente.

MACHADO - E vocês trabalhando para poder salvar ele.

RENAN - [Mudando de assunto] Bom, isso aí então tem que conversar com o Sarney, com o teu advogado, que é muito bom. [inaudível] na delação.

MACHADO - Advogado não resolve isso.

RENAN - Traçar estratégia. [inaudível]

MACHADO - [inaudível] quanto a isso aí só tem estratégia política, o que se pode fazer.

RENAN - [inaudível] advogado, conversar, né, para agir judicialmente.

MACHADO - Como é que você sugeriria, daqui eu vou passar na casa do presidente Sarney.

RENAN - [inaudível]

MACHADO - Onde?

RENAN - Lá, ou na casa do Romero.

MACHADO - Na casa do Romero. Tá certo. Que horas mais ou menos?

 RENAN -  Não, a hora que você quiser eu vou estar por aqui, eu não vou sair não, eu vou só mais tarde vou encontrar o Michel.

MACHADO -  Michel, como é que está, como é que está tua relação com o Michel?

RENAN -  Michel, eu disse pra ele, tem que sumir, rapaz. Nós estamos apoiando ele, porque não é interessante brigar. Mas ele errou muito, negócio de Eduardo Cunha... O Jader me reclamou aqui, ele foi lá na casa dele e ele estava lá o Eduardo Cunha. Aí o Jader disse, 'p****, também é demais, né'.

MACHADO -  Renan, não sei se tu viu, um material que saiu na quinta ou sexta-feira, no UOL, um jornalista aqui, dizendo que quinta-feira tinha viajado às pressas...

RENAN -  É, sacanagem.

MACHADO -  Tu viu?

RENAN -  Vi.

MACHADO -  E que estava sendo montada operação no Nordeste com Polícia Federal, o c******, na quinta-feira.

RENAN -  Eu vi.

MACHADO -  Então, meu amigo, a gente tem que pensar como é que encontra uma saída para isso aí, porque isso aí...

RENAN -  Porque não...

MACHADO -  Renan, só se fosse imbecil. Como é que tu vai sentar numa mesa para negociar e diz que está ameaçado de preso, pô? Só quem não te conhece. É um imbecil.

RENAN -  Tem que ter um fato contra mim.

MACHADO -  Mas mesmo que tivesse, você não ia dizer, p****, não ia se fragilizar, não é imbecil. Agora, a Globo passou de qualquer limite, Renan.

RENAN -  Eu marquei para segunda-feira uma conversa inicial com [inaudível] para marcar... Ela me disse que a conversa dela com João Roberto [Marinho] foi desastrosa. Ele disse para ela... Ela reclamou. Ele disse para ela que não tinha como influir. Ela disse que tinha como influir, porque ele influiu em situações semelhantes, o que é verdade. E ele disse que está acontecendo um efeito manada no Brasil contra o governo.

MACHADO -  Tá mesmo. Ela acabou. E o Lula, como foi a conversa com o Lula?

RENAN -  O Lula está consciente, o Lula disse, acha que a qualquer momento pode ser preso. Acho até que ele sabia desse pedido de prisão lá...

MACHADO -  E ele estava, está disposto a assumir o governo?

RENAN -  Aí eu defendi, me perguntou, me chamou num canto. Eu acho que essa hipótese, eu disse a ele, tem que ser guardada, não pode falar nisso. Porque se houver um quadro, que é pior que há, de radicalização institucional, e ela resolva ficar, para guerra...

MACHADO -  Ela não tem força, Renan.

RENAN -  Mas aí, nesse caso, ela tem que se ancorar nele. Que é para ir para lá e montar um governo. Esse aí é o parlamentarismo sem o Lula, é o branco, entendeu?

MACHADO -  Mas, Renan, com as informações que você tem, que a Odebrecht vai tacar tiro no peito dela, não tem mais jeito.

RENAN -  Tem não, porque vai mostrar as contas. E a mulher é [inaudível].

MACHADO -  Acabou, não tem mais jeito. Então a melhor solução para ela, não sei quem podia dizer, é renunciar ou pedir licença.

RENAN -  Isso [inaudível]. Ela avaliou esse cenário todo. Não deixei ela falar sobre a renúncia. Primeiro cenário, a coisa da renúncia. Aí ela, aí quando ela foi falar, eu disse, 'não fale não, pelo que conheço, a senhora prefere morrer'. Coisa que é para deixar a pessoa... Aí vai: impeachment. 'Eu sinceramente acho que vai ser traumático. O PT vai ser desaparelhado do poder'.

MACHADO -  E o PT, com esse negócio do Lula, a militância reacendeu.

RENAN -  Reacendeu. Aí tudo mundo, legalista... Que aí não entra só o petista, entra o legalista. Ontem o Cassio falou.

MACHADO -  É o seguinte, o PSDB, eu tenho a informação, se convenceu de que eles é o próximo da vez.

RENAN -  [concordando] Não, o Aécio disse isso lá. Que eu sou a esperança única que eles têm de alguém para fazer o...

MACHADO -  [Interrompendo] O Cunha, o Cunha. O Supremo. Fazer um pacto de Caxias, vamos passar uma borracha no Brasil e vamos daqui para a frente. Ninguém mexeu com isso. E esses caras do...

RENAN -  Antes de passar a borracha, precisa fazer três coisas, que alguns do Supremo [inaudível] fazer. Primeiro, não pode fazer delação premiada preso. Primeira coisa. Porque aí você regulamenta a delação e estabelece isso.

MACHADO -  Acaba com esse negócio da segunda instância, que está apavorando todo mundo.

RENAN -  A lei diz que não pode prender depois da segunda instância, e ele aí dá uma decisão, interpreta isso e acaba isso.

MACHADO -  Acaba isso.

RENAN -  E, em segundo lugar, negocia a transição com eles [ministros do STF].

MACHADO -  Com eles, eles têm que estar juntos. E eles não negociam com ela.

RENAN -  Não negociam porque todos estão putos com ela. Ela me disse e é verdade mesmo, nessa crise toda estavam dizendo que ela estava abatida, ela não está abatida, ela tem uma bravura pessoal que é uma coisa inacreditável, ela está gripada, muito gripada aí ela disse: 'Renan, eu recebi aqui o Lewandowski, querendo conversar um pouco sobre uma saída para o Brasil, sobre as dificuldades, sobre a necessidade de conter o Supremo como guardião da Constituição. O Lewandowski só veio falar de aumento, isso é uma coisa inacreditável'.

MACHADO -  Eu nunca vi um Supremo tão merda, e o novo Supremo, com essa mulher, vai ser pior ainda. [...]

MACHADO -  [...] Como é que uma presidente não tem um plano B nem C? Ela baixou a guarda. [inaudível]

RENAN -  Estamos perdendo a condição política. Todo mundo.

MACHADO -  [inaudível] com Aécio. Você está com a bola na mão. O Michel é o elembto número um dessa solução, a meu ver. Com todos os defeitos que ele tem.

RENAN -  Primeiro eu disse a ele, 'Michel, você tem que ficar calado, não fala, não fala'.

MACHADO -  [inaudível] Negócio do partido.

RENAN -  Foi, foi [inaudível] brigar, né.

MACHADO -  A bola está no seu colo. Não tem um cara na República mais importante que você hoje. Porque você tem trânsito com todo mundo. Essa tua conversa com o PSDB, tu ganhou uma força que tu não tinha. Então [inaudível] para salvar o Brasil. E esse negócio só salva se botar todo mundo. Porque deixar esse Moro do jeito que ele está, disposto como ele está, com 18% de popularidade de pesquisa, vai dar merda. Isso que você diz, se for ruptura, vai ter conflito social. Vai morrer gente.

RENAN -  Vai, vai. E aí tem que botar o Lula. Porque é a intuição dele...

MACHADO -  Aí o Lula tem que assumir a Casa Civil e ser o primeiro ministro, esse é o governo. Ela não tem mais condição, Renan, não tem condição de nada. Agora, quem vai botar esse guizo nela?

RENAN -  Não, [com] ela eu conversa, quem conversa com ela sou eu, rapaz.

MACHADO -  Seguinte, vou fazer o seguinte, vou passar no presidente, peço para ele marcar um horário na casa do Romero.

RENAN -  Ou na casa dele. Na casa dele chega muita gente também.

MACHADO -  É, no Romero chega menos gente.

RENAN -  Menos gente.

MACHADO -  Então marco no Romero e encontra nós três. Pronto, acabou. [levanta-se e começam a se despedir] Amigo, não perca essa bola, está no seu colo. Só tem você hoje. [caminhando] Caiu no seu colo e você é um cara predestinado. Aqui não é dedução não, é informação. Ele está querendo me seduzir, p****.

RENAN -  Eu sei, eu sei. Ele quem?

MACHADO -  O bicho daqui, o Janot.

RENAN -  Mandando recado?

MACHADO -  Mandando recado.

RENAN -  Isso é?

MACHADO -  É... P****. É coisa que tem que conversar com muita habilidade para não chegar lá.

RENAN -  É. É.

MACHADO -  Falando em prazo... [se despedem]

Segunda conversa -

MACHADO -  [...] A meu ver, a grande chance, Renan, que a gente tem, é correr com aquele semi-parlamentarismo...

RENAN -  Eu também acho.

MACHADO - ...paralelo, não importa com o impeach... Com o impeachment de um lado e o semi-parlamentarismo do outro.

RENAN -  Até se não dá em nada, dá no impeachment.

MACHADO -  Dá no impeachment.

RENAN -  É plano A e plano B.

MACHADO -  Por ser semi-parlamentarismo já gera para a sociedade essa expectativa [inaudível]. E no bojo do semi-parlamentarismo fazer uma ampla negociação para [inaudível].

RENAN -  Mas o que precisa fazer, só precisa tres três coisas: reforma política, naqueles dois pontos, o fim da proibição...

MACHADO -  [Interrompendo] São cinco pontos:

[...]

RENAN -  O voto em lista é importante. [inaudível] Só pode fazer delação... Só pode solto, não pode preso. Isso é uma maneira e toda a sociedade compreende que isso é uma tortura.

MACHADO -  Outra coisa, essa cagada que os procuradores fizeram, o jogo virou um pouco em termos de responsabilidade [...]. Qual a importância do PSDB... O PSDB teve uma posição já mais racional. Agora, ela [Dilma] não tem mais solução, Renan, ela é uma doença terminal e não tem capacidade de renunciar a nada. [inaudível]

[...]

MACHADO -  Me disseram que vai. Dentro da leniência botaram outras pessoas, executivos para falar. Agora, meu trato com essas empresas, Renan, é com os donos. Quer dizer, se botarem, vai dar uma merda geral, eu nunca falei com executivo.

RENAN -  Não vão botar, não. [inaudível] E da leniência, detalhar mais. A leniência não está clara ainda, é uma das coisas que tem que entrar na...

MACHADO - ...No pacote.

RENAN -  No pacote.

MACHADO -  E tem que encontrar, Renan, como foi feito na Anistia, com os militares, um processo que diz assim: 'Vamos passar o Brasil a limpo, daqui para frente é assim, pra trás...' [bate palmas] Porque senão esse pessoal vão ficar eternamente com uma espada na cabeça, não importa o governo, tudo é igual.

RENAN -  [concordando] Não, todo mundo quer apertar. É para me deixar prisioneiro trabalhando. Eu estava reclamando aqui.

MACHADO -  Todos os dias.

RENAN -  Toda hora, eu não consigo mais cuidar de nada.

[...]

MACHADO -  E tá todo mundo sentindo um aperto nos ombros. Está todo mundo sentindo um aperto nos ombros.

RENAN -  E tudo com medo.

MACHADO -  Renan, não sobra ninguém, Renan!

RENAN -  Aécio está com medo. [me procurou] 'Renan, queria que você visse para mim esse negócio do Delcídio, se tem mais alguma coisa.'

MACHADO -  Renan, eu fui do PSDB dez anos, Renan. Não sobra ninguém, Renan.

[...]

MACHADO -  Não dá pra ficar como está, precisa encontrar uma solução, porque se não vai todo mundo... Moeda de troca é preservar o governo [inaudível].

RENAN -  [inaudível] sexta-feira. Conversa muito ruim, a conversa com a menina da Folha... Otavinho [a conversa] foi muito melhor. Otavinho reconheceu que tem exageros, eles próprios tem cometido exageros e o João [provável referência a João Roberto Marinho] com aquela conversa de sempre, que não manda. [...] Ela [Dilma] disse a ele 'João, vocês tratam diferentemente de casos iguais. Nós temos vários indicativos'. E ele dizendo 'isso virou uma manada, uma manada, está todo mundo contra o governo.'

MACHADO -  Efeito manada.

RENAN -  Efeito manada. Quer dizer, uma maneira sutil de dizer, né.

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