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O vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (MDB-MG), preparou uma reclamação contra o procurador da República Deltan Dallagnol e pedirá que a Procuradoria da Casa encaminhe a denúncia ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

O emedebista quer que o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná seja punido por sua declaração no Twitter, onde sugeriu que se o governo pode usar mandado coletivo de busca e apreensão em favelas fluminenses, a iniciativa também pode se estender ao Parlamento.

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Em discurso inflamado nesta terça-feira, 20, no plenário da Câmara, Ramalho disse que o procurador devia explicações ao Congresso Nacional por suas críticas expostas na rede social. "Se cabem buscas e apreensões gerais nas favelas do Rio, cabem também nos gabinetes do Congresso. Aliás, as evidências existentes colocam suspeitas muito maiores sobre o Congresso, proporcionalmente, do que sobre moradores das favelas, estes inocentes na sua grande maioria", escreveu o procurador.

Ramalho vai endereçar o ofício ao procurador parlamentar da Câmara, o deputado Hildo Rocha (MDB-MA), ao presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira (MDB-CE).

No documento, o emedebista diz que a manifestação atinge diretamente a imagem do Congresso Nacional e que Dallagnol violou a recomendação do CNMP sobre a cautela e a discrição que os membros do Ministério Público devem adotar nas redes sociais.

"A declaração do mencionado procurador, ao tempo em que estabelece estranha relação entre a situação nas favelas do Rio de Janeiro e gabinetes parlamentares no debate dos chamados 'mandados coletivos' generaliza e coloca sob suspeita todos os parlamentares da atual Legislatura (deputados federais e senadores), sem exceção", diz no ofício o emedebista.

O presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio, desembargador Milton Fernandes, garantiu nesta quarta-feira, 21, que durante a intervenção federal no Rio não serão expedidos mandados de busca e apreensão coletivos. "Os mandados são para intervenção em determinado local e em determinada situação", declarou à rádio CBN.

O desembargador ressaltou que os mandatos devem ter informações precisas e que o objetivo é que sejam assegurados os direitos individuais e o ordenamento jurídico. "O Judiciário fluminense continuará decidindo sobre as questões referentes a crimes estaduais, incluindo o julgamento da progressão penal de presos, que é feito pela Vara de Execuções Penais", acrescentou o TJ em nota.

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Na terça-feira, Fernandes participou de uma reunião sobre a intervenção com o ministro da Justiça, Torquato Jardim, a advogada-geral da União, Grace Mendonça, e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, e ficou acertado que os mandados de busca e apreensão coletivos - medida defendida pelo ministro Raul Jungmann, da Defesa -, serão analisados caso a caso.

Ao fim, Jardim garantiu que "serão assegurados todos os direitos e garantias fundamentais postos na Carta republicana". Mas não descartou por completo que as operações sejam baseadas em pedidos de busca e apreensão contra alvos em grupo em favelas, identificados por nomes ou apelidos (caso de traficantes de drogas).

O ministro disse que a indicação para a busca poderá ser do "perímetro", e não de um endereço específico, por causa da configuração urbanística das comunidades cariocas.

Uma edição extra do Diário Oficial da União traz, nesta quarta-feira (21), o Decreto Legislativo 10/2018 que determina a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. O texto foi aprovado na noite dessa terça (21) no Plenário do Senado, com 55 votos favoráveis e 13 contra. Antes disso, a proposta, assinada pelo presidente Michel Temer no último dia 16, passou pela Câmara dos Deputados.

A medida vai vigorar até 31 de dezembro de 2018 e, durante este período, o Congresso Nacional fica impedido de discutir e votar qualquer proposta de emenda à Constituição (PEC). Ação que fez com que a reforma da Previdência, uma PEC considerada prioridade por Michel Temer, tivesse a tramitação suspensa.

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Essa é a primeira intervenção federal em um ente federado desde a promulgação da Constituição Federal em 1988. A iniciativa, apesar de aprovada e já promulgada, dividiu opiniões no meio político. 

O ministro da Fazenda Henrique Meirelles disse que o próximo empréstimo em análise para o Estado do Rio de Janeiro é de R$ 1 bilhão. A operação será lastreada em royalties do petróleo. No fim do ano passado, o governo fluminense havia fechado um financiamento bancário no valor de R$ 2,9 bilhões com base em ações penhoradas da Cedae, companhia de saneamento básico do Rio.

Apesar dessa operação ao governo fluminense que está em análise, o ministro comentou que ainda não foram solicitados recursos adicionais pelo Palácio da Guanabara no atual contexto de intervenção federal na segurança pública do Estado. Por enquanto, Meirelles comentou cabe ao governo estadual continuar pagando a folha de pagamento das polícias fluminenses. A União está direcionando recursos do Orçamento das Forças Armadas para a operação militar no Rio de Janeiro.

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Meirelles fez os comentários sobre a situação no Rio ao chegar em um evento sobre financiamento estudantil na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em Brasília.

O líder da minoria no Senado, senador Humberto Costa (PT-PE), criticou nesta terça-feira (20) o decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro, editado pelo governo Michel Temer, e que foi aprovado no plenário do Senado. "Esse é um governo paspalhão e essa é uma intervenção tabajara. Mesmo aqueles que são a favor (da intervenção), deveriam estar cobrando o que justifica essa intervenção. Se der errado, nós vamos recorrer a quem? Ao papa? Duvido que façam isso no bairro Leblon, onde se vende maconha e cocaína livremente. Os generais dessa intervenção foram dois conhecidos marqueteiros", disse Costa.

Por se tratar de um decreto presidencial, a intervenção já está em vigência desde sexta-feira (16), quando a medida foi assinada pelo presidente Michel Temer. Cabe aos parlamentares apenas dizer se aceitam ou não a decisão, sem ter o direito de fazer modificações no mérito da proposta.

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A medida terá validade até 31 de dezembro. Enquanto estiver em vigor, o general Walter Braga Netto, do Comando Militar do Leste, será o interventor no Estado e terá o comando dos aparelhos de segurança do Rio, como as Polícias Civil e Militar.

O Congresso aprovou na noite desta terça-feira (20) o decreto que autoriza a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Depois de a Câmara dar o aval, foi a vez de o Senado chancelar a medida por 55 votos a favor, 13 contra e uma abstenção.

Por se tratar de um decreto presidencial, a intervenção já está em vigência desde sexta-feira, quando a medida foi assinada pelo presidente Michel Temer. Coube aos parlamentares apenas dizer se aceitavam ou não a decisão, sem ter o direito de fazer modificações no mérito da proposta.

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A medida terá validade até 31 de dezembro. Enquanto estiver em vigor, o general Walter Braga Netto, do Comando Militar do Leste, será o interventor no Estado e terá o comando dos aparelhos de segurança do Rio, como as Polícias Civil e Militar.

Relator do decreto no Senado, o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), aliado do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), afirmou que o governo não pode deixar faltar recursos para as ações que serão colocadas em prática no Estado.

Segundo Lopes, o Palácio do Planalto "tem que apresentar o mais rápido possível" o plano de trabalho e a previsão de gastos da intervenção no Rio. "Não dá para começar uma operação dessa magnitude e no meio dizer que não alcançamos o que queríamos por falta de recurso", disse.

Até agora, o governo não divulgou quanto a medida vai custar. Caberá a Braga Netto apresentar nos próximos dias um planejamento detalhado das medidas.

Assim como na Câmara, a maioria dos senadores da base votou a favor da medida. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) criticou o governo, mas votou a favor do decreto. "A intervenção é decorativa e expõe as Forças Armadas, mas é inevitável", disse.

Encaminharam voto contrário ao texto PT, PSB, PCdoB e Rede. "Esse é um governo paspalhão e essa intervenção é uma intervenção tabajara. Se der errado, nós vamos recorrer a quem? Ao Vaticano?", questionou o líder da minoria no Senado, Humberto Costa (PT-PE).

A intervenção do governo federal na Segurança Pública do Rio levou a cúpula do Congresso Nacional a antecipar a votação de projetos na área. A sete meses das eleições, o objetivo é mudar o foco da pauta do Legislativo, até então centrada na reforma da Previdência, para um tema de forte apelo popular. A decisão segue a estratégia do governo, que elegeu a segurança como foco da gestão.

A pauta imediata de votações tem dois projetos principais. O primeiro prevê a criação de um Sistema Nacional de Segurança Pública. O colegiado terá o objetivo de articular e coordenar as atividades da área em todo o território nacional entre todas as polícias, bombeiros, guardas municipais, agentes penitenciários, peritos criminais e até agentes de trânsito. A ideia é criar um sistema de compartilhamento de informações.

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O outro projeto da pauta imediata vai endurecer as penas para tráfico de drogas e armas. Ele será apresentado nas próximas semanas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A proposta está sendo elaborada por uma comissão mista de juristas e parlamentares. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pré-candidato do PDT à Presidência da República, o ex-ministro Ciro Gomes criticou a intervenção federal decretada pelo governo na Segurança Pública do Rio de Janeiro. Ele chamou a medida do presidente Michel Temer de um "factoide" e disse que tem caráter "politiqueiro e mal intencionado". O ex-ministro afirmou ainda não acreditar que a intervenção terá relevância nas eleições presidenciais.

"Eu acho isso factoide, não acho que terá relevância no processo", disse Ciro, após participar de um evento do jornal Folha de S.Paulo na capital paulista. "Hoje, evidentemente, o governo mostra que está esperneando, que trocou de agenda saindo da impopularíssima reforma da Previdência com um factoide de grande comoção no Rio de Janeiro", disse.

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Ciro afirmou que, "superficialmente", as pessoas vão se sentir seguras no Rio inicialmente e que isso será positivo para o governo, mas que o efeito é passageiro.

Em sua fala no evento, o ex-ministro disse que não acredita que Michel Temer terá protagonismo eleitoral com a intervenção. Chamando o presidente de "figura enojante", afirmou que, mesmo assim, o emedebista continua "lutando e esperneando" para se manter no poder. "Eu fico zangado porque o Temer continua lutando, e a Dilma deixou o País cair nas mãos dessa gente sem lutar."

Para Ciro Gomes, colocar as Forças Armadas para enfrentar bandidos "é um equívoco grosseiro" porque "Exército é feito para matar o inimigo". Ele declarou que, após passar a sensação de segurança momentânea, o crime pode se espalhar para outros Estados, frustrando a intenção do governo com a intervenção.

Ceará

O ex-ministro, que já governou o Ceará, rechaçou a ideia de promover uma intervenção federal no Estado, para onde o governo enviou uma força-tarefa policial de segurança no último domingo. "Não, porque lá tem governo. (Os índices de homicídio) aumentaram bastante, mas o governo vai tomar conta", disse. O Estado é governado por Camilo Santana (PT), a quem Ciro apoia para reeleição neste ano.

A aprovação do decreto legislativo que autoriza a intervenção federal na área de segurança pública no Rio de Janeiro não retira apenas a reforma da Previdência da pauta do Congresso Nacional, mas outras propostas de emenda à Constituição (PECs) importantes que estavam em análise na Câmara dos Deputados e no Senado. Até o fim do ano, quando termina a vigência da intervenção, elas não podem ser pautadas pelas Casas. 

Na Câmara, por exemplo, há atualmente 97 projetos do tipo prontos para votação em plenário, último passo da tramitação de proposições legislativas. Uma das mais recentes é a 372/2017, que cria as carreiras de polícia penal nos âmbitos federal, estadual e distrital. Se aprovado, os agentes penitenciários terão como atribuições a segurança dos estabelecimentos penais e a escolta de presos. 

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Das mais antigas, porém com discussão atual, a PEC 130/2007 revoga o foro privilegiado para autoridades. Caso aprovada, a medida evitará que membros de cargos eletivos e integrantes do Judiciário sejam julgados apenas em tribunais superiores por eventuais crimes penais comuns. Já a PEC 33/2013 torna automática a perda de mandato do parlamentar, caso ele seja condenado por crime contra a administração pública.

A única hipótese de o Poder Legislativo voltar a apreciar mudanças constitucionais é se o presidente Michel Temer revogar o decreto, como tem sinalizado que fará para o caso da reforma da Previdência.  “Não há previsão constitucional de suspensão de decreto. Ele pode a qualquer momento suspender o decreto, mas como? Extinguindo a intervenção no Rio de Janeiro. Se for pra fazer uma intervenção, chamar todos nós, fazer a intervenção e daqui a cinco dias dizer que foi um equívoco porque precisa votar matéria A ou matéria B, não teria sentido ter feito a intervenção”, argumentou o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que também já suspendeu a tramitação das PECs na Casa Alta.

*Com a Agência Brasil

O novo comando da Segurança do Rio terá de lidar com policiais e agentes penitenciários insatisfeitos. A principal demanda é pela regularização de salários e gratificações - as categorias ainda não receberam o 13.º salário de 2017. No caso dos presídios, um motim no domingo (18) - o primeiro registrado em dez anos - e a afirmação dos servidores de que "não serão subservientes" à intervenção tornam o cenário mais tenso.

Há ainda um déficit de funcionários na PM e no sistema penitenciário - faltam 2 mil PMs, segundo a Polícia Militar, e 2,5 mil agentes penitenciários, de acordo com a categoria - a secretaria não revela números.

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Além do 13º, os policiais se ressentem do atraso no pagamento dos serviços extras e dos benefícios do programa de metas. Também criticam o fato de o governo do Estado ter depositado o 13.º de 2016 com um ano de atraso sem que houvesse correção monetária e, ainda, se ressentem das más condições de trabalho de quem atua diretamente no combate à violência. Veículos de patrulhamento, coletes à prova de balas e armas estão sucateadas, afirmam.

Como nas polícias, no sistema penitenciário, que conta com 51 presídios e tem 4.600 agentes para vigiar 51 mil presos, os servidores dizem se sentir tratados com descaso.

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, afirmou nesta segunda-feira, 19, que a intervenção federal na segurança do Estado não implica o repasse de novos recursos para a área. O sucateamento da Polícia Militar e da Polícia Civil - que por causa da crise ficaram sem armas, carros, combustível e até papel - será resolvido pelo próprio governo e não pelo interventor. "Não vai entrar dinheiro nenhum para frota, para combustível, isso tudo estamos vencendo agora", disse. "Mas a minha prioridade era pagar os salários dos policiais em dia. Acabamos de dar um aumento para todos eles. Agora vamos renovar a frota."

O Diário Oficial do Estado publicou nesta segunda a exoneração do delegado federal Roberto Sá, ex-secretário de Segurança, que pediu demissão na sexta-feira, dia 16. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta terça-feira (20) o decreto que autoriza a intervenção federal na segurança pública do Rio. A matéria segue agora para o Senado, que deve apreciá-la ainda nesta terça-feira.

É a primeira vez que o Congresso analisa uma intervenção em um Estado desde a promulgação da Constituição de 1988. O texto foi aprovado por 340 votos a favor, 72 contra e uma abstenção.

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Por se tratar de um decreto presidencial, a intervenção já estava em vigência desde sexta-feira. Coube ao plenário apenas dizer se aceitava ou revogava a decisão tomada pelo governo, sem ter o direito de fazer modificações no mérito da proposta.

Durante a votação, que durou mais de sete horas, parlamentares se revezaram na tribuna. O quórum se manteve alto durante toda a sessão, mas a oposição obstruiu os trabalhos e usou recursos para alongar a discussão.

Em ano eleitoral, os deputados do Rio também aproveitaram para fazer longos discursos e marcar posição. A maioria deles votou a favor da medida, com exceção de nomes do PT, do PCdoB e do PSOL.

Inicialmente contrário à medida, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez uma contundente defesa da intervenção. Segundo ele, a medida tornou-se "urgente e necessária porque o poder estadual exauriu sua capacidade para impor a autoridade". Maia defendeu a aprovação do decreto porque o crime organizado se transformou no "inimigo comum a todos os homens e mulheres de bem". "Basta de nos chocarmos com a imensurável dor de pais e mães que perdem seus filhos e filhas brutalmente assassinados", disse. Para alguns deputados, o tom adotado por Maia foi de campanha, uma vez que ele é pré-candidato ao Palácio do Planalto.

No campo da oposição, o discurso foi de que o governo editou o decreto para gerar uma cortina de fumaça e esconder o fracasso da reforma da Previdência, admitido nesta segunda-feira, 19, pelo Palácio do Planalto. "Sem voto para dizer aos bancos que não podia cumprir a reforma da Previdência, o presidente Michel Temer tentou mudar a pauta desse País e se utilizou do desespero e da fragilidade das pessoas do meu Estado", disse a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

Os oposicionistas também acusaram o governo de usar a medida com intenção eleitoral. O decreto foi assinado por Temer na sexta-feira. A intervenção foi discutida na noite anterior com o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), que declarou ter perdido o controle da situação no Estado. A medida tem validade até 31 de dezembro.

Relatora da matéria, a deputada Laura Carneiro (MDB-RJ) fez sugestões para o texto do decreto, que devem ser analisadas pelo Executivo. A principal delas foi a de dar poder de polícia aos militares que atuarem durante a intervenção e garantir que sejam julgados somente pela Justiça Militar e não pela Justiça comum, caso cometam alguma irregularidade durante as ações.

Carneiro também afirmou que o governo deve garantir recursos não apenas para as ações da intervenção, mas também para assistência social tanto para este ano quanto para o Orçamento de 2019. "É evidente que, sem o aporte significativo de recursos federais, a intervenção federal não conseguirá atingir minimamente seus objetivos", disse a deputada.

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), afirmou nesta segunda-feira, 19, na Favela da Rocinha, que a intervenção federal na segurança do Estado não implica o investimento de dinheiro na polícia militar ou civil.

"Não vai entrar dinheiro nenhum para frota, para combustível. Isso tudo estamos vencendo agora, compramos mil veículos para a PM", afirmou o governador, durante reinauguração da Biblioteca Parque, na comunidade. "Mas não consigo dinheiro num estalar de dedos, minha prioridade era pagar os salários em dia; agora vamos renovar a frota, vamos comprar 200 blindados para uso em áreas conflagradas.

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Até agora não foi discutido nenhum aporte novo de recurso para a segurança, segundo o governador. "Mas vamos esperar, vamos esperar a aprovação no Congresso", disse o governador. "Fuzil é arma de guerra em qualquer lugar do mundo. Quando um cidadão porta um fuzil, o que aparece em qualquer lugar do planeta são as Forças Armadas para combater, não é a polícia."

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirmou que o decreto da intervenção na segurança do Rio de Janeiro não será detalhado, já que é preciso ter operações de inteligência contra o crime. "Nós não vamos detalhar no decreto de conversão que será feito, porque aí é entregar o ouro ao bandido", disse, durante entrevista coletiva na base área de Brasília, de onde acompanhou o embarque de uma força-tarefa de segurança para o Ceará.

Segundo o ministro, o decreto de intervenção no Rio não prevê inicialmente o aporte de recursos da União. "Os recursos estão lá. O que é operação do Estado, a folha de pagamento do Estado, continua com o Estado. O que é custo federal de salário, diária, pagamento, munição, continua com o governo federal. O orçamento já existe, não tem que detalhar mais", declarou Torquato.

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Terminou no início da madrugada desta segunda-feira (19) o motim na Penitenciária Milton Dias Moreira, em Japeri, na Baixada Fluminense. A rebelião, iniciada no fim da tarde do domingo (18), deixou pelo menos três presos feridos. Ao todo, 18 pessoas ficaram sob o domínio dos detentos - oito agentes penitenciários e dez internos. Um revólver, duas pistolas, uma granada de efeito moral e uma lanterna foram apreendidos.

Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), os feridos foram atendidos por ambulâncias da Defesa Civil e não correm risco de vida. Durante o motim, as negociações foram conduzidas por profissionais especializados da Superintendência de Segurança da Seap. O Grupamento de Intervenção Tática da Seap, o Batalhão de Choque e diversas unidades da Polícia Militar (PM) também aturaram no caso.

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O motim aconteceu dois dias após a decretação da intervenção federal na área de segurança pública do Estado do Rio. Antes da rebelião, a Seap informou que "medidas de controle" das penitenciárias foram antecipadas por causa da intervenção federal. Conforme a secretaria, o motim começou "logo após" inspetores frustrarem uma tentativa de fuga de internos na penitenciária.

A região metropolitana do Rio de Janeiro teve um final de semana com registros de tiroteios semelhantes aos vistos nos dois anteriores. Até às 16h36 deste domingo, 17 casos foram mapeados pelo aplicativo Onde Tem Tiroteio (OTT). O número de arrastões, porém, aumentou: foram seis entre o sábado, 17, e o domingo, 18.

De acordo com dados do aplicativo, que mapeia os casos no Grande Rio, o primeiro fim de semana do mês foi o com maior número de tiroteios - foram 23 no total. Na semana passada, em meio ao carnaval, foram 18 casos. Os dois primeiros finais de semana registraram ainda quatro arrastões cada um.

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Apesar da intervenção federal na segurança pública do Estado anunciada na sexta-feira, 16, o fim de semana ainda foi de policiamento normal nas ruas do Rio, sem a presença de soldados das Forças Armadas. Segundo o Comando Militar do Leste, somente após o pedido de intervenção ser votado na Câmara e no Senado - o que deve acontecer até terça-feira, 20, - é que os militares passarão a ser vistos nas ruas.

Diante de um cenário de instabilidade na segurança do Rio, uma série de medidas especiais estão sendo tomadas nas penitenciárias. Algumas delas, que já estavam sendo planejadas, foram antecipadas após o anúncio de intervenção federal na segurança pública do Estado, na última sexta-feira, 16.

Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que a "intervenção abrange todos os setores da Segurança Pública e, dessa forma, coube ao Secretário antecipar algumas medidas de controle, na intenção de evitar qualquer reação da população carcerária".

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David Anthony Gonçalves Alves assumiu a Seap no dia 24 de janeiro. Desde então, mudanças na gestão dos presídios estavam em andamento, informou sua assessoria de imprensa. Ele afirma que aceitou o cargo para reorganizá-lo, "visando um novo modelo de gestão, promovendo maior integração com a Secretaria de Segurança Pública", afirmou.

Representante dos servidores públicos nas penitenciárias do Rio, o Sindsistema Penal do Estado divulgou comunicado neste sábado, 17, no qual classifica como positiva a intervenção federal, mas afirma que a categoria não será "subserviente a vaidades". O sindicato ainda destaca a superlotação e insuficiência de pessoal nos presídios, que contribuiriam para agravar o estado de insegurança.

A agenda do presidente Michel Temer (MDB) em Pernambuco nesta sexta-feira (2) colocará o vice-governador Raul Henry e o senador Fernando Bezerra Coelho no mesmo palanque. Os dois viraram desafetos políticos depois que o senador ingressou no MDB e deixou claro o desejo de assumir o comando do partido no Estado, atualmente gerido por Raul Henry. Além disso, Bezerra Coelho quer disputar o governo, desfazendo a aliança emedebista com o PSB. 

“Vou fazer com que se olhem, tem sido a minha atividade”, afirmou o presidente, em entrevista à Rádio Jornal, ao ser questionado como vai lidar com a situação. “Sabe que eu presidi muito tempo o PMDB [sic], que é um partido com muitas divergências, mas sempre conseguia reunificar as pessoas. Tenho certeza que aos poucos as pessoas vão se acertando procurarei fazer o possível para que haja o ajustamento entre eles”, completou Michel Temer. 

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Caso se confirme, a passagem do comando do MDB para o senador será por intervenção da nacional e tem o apoio do presidente e senador, Romero Jucá (RR). O caso foi levado à Justiça por Raul Henry. No mês passado, inclusive, ele conseguiu uma liminar que questionava os procedimentos adotados pela instância nacional do partido para promover a intervenção. A medida anulou a decisão anterior do juiz Jose Alberto de Barros, da 26a Vara Cível de Pernambuco, que determinava a retomada do processo que dissolve os poderes dos emedebistas.

A briga entre o senador Fernando Bezerra Coelho (FBC) e o deputado federal Jarbas Vasconcelos pelo comando do MDB em Pernambuco tem cada vez mais se acentuado e ido além das questões judiciais. Nos últimos dias, inclusive, eles trocaram farpas a partir de artigos publicados em um jornal de circulação nacional. Em entrevista ao LeiaJá nesta quinta-feira (4), durante passagem pela redação no Recife, Bezerra Coelho resumiu o episódio pontuando que “ninguém é obrigado a levar desaforo para casa”. 

O senador afirmou que no início preferiu “não fazer nenhum comentário, nem rebater ou revidar”, mas sob a ótica dele as “críticas ácidas” de Jarbas devem ter um limite. “Acredito que na política você nunca deve entrar pelo campo pessoal, você tem que falar de propostas, do seu trabalho, sua disposição e seus projetos. Isso é que de fato tem que ser a política, um aspecto positivo, mas na medida em que houve a decisão de levar a questão para o maior jornal de circulação do país, com um artigo cheio de críticas ainda mais ácidas, aqui em Pernambuco tem o ditado que ninguém é obrigado a levar desaforo para casa, então tem um limite”, cravou Bezerra.

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Apesar das alfinetadas constantes, Fernando Bezerra amenizou ao ponderar que espera “que haja respeito pelas biografias de um e de outro e que a gente não precise se utilizar desses argumentos para o debate político”. O embate entre eles se acentuou depois de o presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá (RR), confirmar que haveria uma intervenção na direção estadual da legenda. 

A interferência vai dissolver a atual formação da direção peemedebista no estado, que tem a presidência ocupada pelo vice-governador Raul Henry e a liderança política-eleitoral de Jarbas. Os dois serão substituídos por Fernando Bezerra Coelho. A medida, de acordo com informações repassadas pelo senador pernambucano, deve ser efetuada até o final de fevereiro, por enfrentar questões judiciais. 

Com a direção passando para Bezerra Coelho, a aliança do MDB com o PSB de Pernambuco será rompida, já que o senador é um dos nomes que lidera o chamado novo bloco de oposição “Pernambuco quer mudar” e se lançou como pré-candidato a governador, contra a reeleição de Paulo Câmara. Oficialmente os dois partidos são aliados de primeira hora e a intervenção tem a rejeição de Henry, Jarbas e outras lideranças estaduais, o que tem motivado a briga. A direção do PMDB foi um pré-requisito de FBC para se filiar ao partido.

Permanência de Jarbas e Raul no MDB

Indagado se depois das desavenças e com a intervenção haveria espaço para ele e Jarbas no mesmo partido, Bezerra Coelho disse que sim. “Não tem nenhuma movimentação do ponto de vista pessoal, ninguém questionou o posicionamento de Jarbas e Raul no ponto de vista pessoal, se quiserem permanecer no PMDB serão sempre bem-vindos, até porque temos a tradição de respeitar as dissidências”, salientou.

“O MDB vive um grande momento e vai procurar fazer um alinhamento mais estreito nos diretórios estaduais e nacional. Quando fui convidado para o PMDB, foi no sentido de apresentar um projeto político para resgatar o protagonismo com a apresentação da nossa candidatura ao governo de Pernambuco. É isso o que nos move nesse projeto, fazer o MDB crescer, tendo uma representação mais expressiva na Alepe e na Câmara, quem sabe até governado o Estado”, completou.

Presidente nacional do PMDB, o senador Romero Jucá (RR) afirmou, nesta terça-feira (19), que a intervenção no diretório do partido em Pernambuco vai acontecer no início de 2018. A interferência vai dissolver a atual formação da direção peemedebista no estado, que tem a presidência ocupada pelo vice-governador Raul Henry e a liderança política-eleitoral do deputado federal Jarbas Vasconcelos. Os dois serão substituídos pelo senador Fernando Bezerra Coelho.

“Vamos realizar a intervenção, o processo em Pernambuco será concluído no início do ano e teremos o PMDB ou MDB fortalecido em Pernambuco com a presença do senador Fernando Bezerra Coelho e de diversos deputados federais que estão ingressando no partido”, declarou Romero Jucá. Segundo o presidente nacional, a dissolução do diretório estadual foi aprovada há quatro anos e não inserida no estatuto “por um equívoco”.

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Com a direção passando para Bezerra Coelho, a aliança do PMDB com o PSB de Pernambuco será rompida, já que o senador é um dos nomes que lidera o chamado novo bloco de oposição “Pernambuco quer mudar” e se lançou como pré-candidato a governador, contra à reeleição de Paulo Câmara. Oficialmente os dois partidos são aliados de primeira hora e a intervenção tem a rejeição de Henry.

A direção do PMDB foi um pré-requisito de FBC para se filiar ao partido. Na ocasião, ele já ganhou carta branca para participar da disputa eleitoral de 2018. Henry e Jarbas têm reagido ao processo, eles, inclusive, ganharam uma liminar judicial que impede a intervenção e recorreram na semana passada ao presidente Michel Temer (PMDB). 

Um mexicano que foi considerado o homem mais obeso do mundo - chegando a pesar quase 600 quilos - se encontra estável após ser submetido a uma segunda cirurgia de redução de estômago, informou o centro médico que o atende nesta quinta-feira (22).

Juan Pedro Franco, de 33 anos, foi operado na quarta-feira na cidade de Zapopan (Jalisco, oeste), e espera-se que perca mais de 200 quilos com esta intervenção, indica um comunicado do Gastric Bypass México.

"Juan Pedro saiu muito bem desta cirurgia e estamos muito otimistas com os resultados que irão se apresentando de forma progressiva", disse o cirurgião José Antonio Castañeda, citado no comunicado. "Pensamos em lhe dar alta em poucos dias".

Trata-se de uma "conversão a bypass gástrico por laparoscopia", a segunda e mais importante cirurgia de um processo para perder peso que Franco começou há um ano.

"Fizemos uma divisão de seu estômago à metade e de forma horizontal para que fique muito menor e tenha mais capacidade gástrica. Realizamos uma divisão intestinal", explicou o médico, que espera que Franco possa parar de tomar medicação para diabetes e hipertensão.

Franco, que fez sua primeira operação em maio, desta vez entrou na sala de cirurgia pesando 366 quilos. Embora espere conseguir pesar cerca de 120 quilos em um ano e meio, o processo gera muita angústia.

"Desta vez estava mais nervoso do que na primeira operação, mas sabia que esta segunda cirurgia era uma prioridade na minha vida para poder seguir em frente (...) Cada vez estou mais perto de ter um peso saudável e continuarei querendo isso", comentou com a Gastric Bypass México.

Franco chegou a pesar 595 quilos e este ano obteve um certificado da organização Guinness World Records por ser o homem vivo mais pesado do mundo. Franco é oriundo do estado de Aguascalientes, mas deverá permanecer no vizinho Jalisco para continuar sob controle médico e psicológico.

Em maio de 2016 faleceu Manuel Uribe, outro mexicano que com 597 quilos chegou a ser o homem mais gordo do mundo em 2007, segundo o Guiness World Records.

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